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1. INTRODUÇÃO

Vivemos a era da informação e saber trabalhar com ela é fundamental para a


construção do conhecimento e a aquisição de vantagens para a sobrevivência em um
mundo tão competitivo, sempre em busca de indivíduos capazes de gerar conhecimento e
de aprender conteúdos por conta própria.
A informática como parte presente (e principal) desta crescente evolução
tecnológica, vem através das suas ferramentas, trazer para a educação uma nova forma de
pensar e realizar o aprendizado, mudando o papel de educadores e estudantes.
A presente pesquisa fala sobre um tema muito comum em nosso país, a Exclusão
Digital e a principal ferramenta da informática, a Internet. Jovens fazem trabalhos
escolares, jogam games, batem papo, pegam músicas; empresas abrem comércio na
internet, facilidades como provedores gratuitos são criados, mas será que a internet só tem
pontos positivos?
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2. EXCLUSÃO DIGITAL

Fatores que contribuem com a Exclusão Digital


Inúmeros fatores contribuem, direta ou indiretamente, com a exclusão digital. Abaixo, são
listados os principais deles:
• Falta de infra-estrutura em telecomunicações: Para o uso das NTIC é necessária uma
infra-estrutura razoável em telecomunicações. Se não existe tal infra-estrutura, é necessário
construí-la e isso demanda tempo e dinheiro. Esse problema atinge principalmente os
países subdesenvolvidos, justamente os que apresentam menores condições de resolvê-los.
• Custo de acesso: O custo de acesso é mensurado basicamente por três indicadores:
preço dos computadores, custo das tarifas telefônicas e despesas com provedor de acesso à
Internet.
Nenhum desses indicadores é medido diretamente pelo seu valor monetário (do
bem ou serviço), mas pela porcentagem sobre a renda per capita. Por exemplo, enquanto
um usuário americano típico gastaria 1,2% de sua renda per capita com taxas de acesso,
um usuário de Madagascar gastaria 614% (Fonte: ITU 1999).
• Idioma: O inglês é o idioma oficial da Web. Cerca de 80% dos sites da Internet estão
escritos em inglês, sendo esse idioma compreendido por apenas 10% da população
mundial e 43% da população “online” [Global 2002].
• Conteúdo: É a obtenção de informação que motiva as pessoas a utilizarem a Internet.
Portanto, a ausência de informação relevante também deve ser considerada uma barreira.
Prover informação sob demanda a um público tão heterogêneo tem se mostrado uma árdua
tarefa.
• Censura: Mecanismos de censura também atrapalham a disseminação da Internet.
2.1. A Exclusão Digital no Brasil
No ano em que o Brasil chega a 11 milhões de micros e 35 milhões de linhas
detelefone fixas, a Internet ainda é coisa para poucos. O número de internautas não passa
de 5% da população. Este número remete a mais um grave problema social: o “apartheid
digital” - a divisão entre ricos e pobres, que poderá crescer ainda mais. [Novomilênio
2000].
Mesmo com as previsões dos negócios na rede este ano movimentando em torno
de US$ 1,7 bilhão, podendo ultrapassar US$ 54 bilhões até 2005, a relação de máquinas
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por habitantes é mais baixa do que na Argentina – apenas quatro para cada grupo de 100
pessoas [Update 2000].
A exclusão social se evidencia mais ainda se as previsões forem deixadas de lado
e os números atuais forem considerados: segundo o Ibope, 80% dos internautas pertencem
às classes A e B, 16% à classe C e apenas 4% às classes D e E. Segundo a matéria “O risco
da exclusão digital” a maior barreira para mudar esse quadro é a falta de poder aquisitivo.
Mesmo com as vendas de computadores crescendo 30% ao ano, a relação de máquinas por
habitantes ainda é baixa quando comparada a outros países – apenas quatro para cada
grupo de 100. Nos Estados Unidos, 41 entre 100 pessoas têm um computador. No Japão,
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O Brasil teve uma grande dificuldade de chegar à era digital. Quando entrou no
jogo, na década passada, andou rápido. Por se tratar de um país com tantas desigualdades
sociais, hoje corre o risco de novamente privilegiar as camadas sociais mais ricas,
aumentando a distância entre os que têm telefones e computadores e os que não têm, entre
uma elite diminuta de universitários e a massa de semi-analfabetos.
Ninguém ganha com esse abismo entre um Brasil.com e um Brasil excluído do
mundo da tecnologia, que reproduz e aumenta a distância entre ricos e pobres, os com
escolaridade e os sem instrução, centros urbanos e zona rural, micro e grandes empresas.
Enquanto a Internet não se abrir para o mercado, o comércio eletrônico não irá deslanchar
e a era da nova economia será apenas uma miragem. Essa convicção provoca uma reação
que ganha força a cada dia, com a mobilização de empresas, organizações não-
governamentais e governo.
A Internet deve desempenhar um papel crucial na melhoria do ensino, criando
novas fontes de conhecimento, viabilizando projetos de educação à distância ou oferecendo
suporte à escola tradicional. Na medida em que se limita à elite, ela tende a aprofundar
diferenças e a restringir ainda mais as oportunidades para as camadas de menor renda. Daí
o risco da exclusão social, do “apartheid” digital – um gigantesco e dramático fosso entre
uma minoria plugada no mundo moderno e uma grande massa de sem-Internet, à margem
da principal mudança tecnológica das últimas décadas.
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2.1.1. Iniciativas para diminuir a Exclusão Digital no Brasil

Apesar de serem reduzidos, há esforços que visam diminuir essa classe de


exclusão no Brasil. A seguir serão destacados alguns estudos de casos que mostram
exemplos:

Comitê para a Democratização da Informática (CDI) - “O apartheid digital é uma realidade


no Brasil”, afirma Rodrigo Baggio, 31 anos,diretor executivo da ONG Comitê para a
Democratização da Informática (CDI). Criada em 1995 no Rio de Janeiro, O Comitê para
Democratização da Informática (CDI) é uma organização não-governamental e sem fins
lucrativos que promove programas educacionais e profissionalizantes (Escolas de
Informática e Cidadania), com o objetivo de reintegrar os membros de comunidades
pobres, principalmente crianças e jovens, diminuindo os níveis de exclusão social a que
são submetidos no Brasil e em todo o mundo. [CDI 2001].

Em 1993, Rodrigo Baggio, então professor de informática, criou a Jovemlink,


um serviço de boletim on-line (BBS ou Bulleting Board System) para dar aos jovens das
comunidades de baixo poder aquisitivo a oportunidade de debater assuntos como
meioambiente, direitos humanos e cidadania. Notou rapidamente que as favelas do Brasil
não possuíam os equipamentos necessários para ter acesso a Jovem Link. Então, surgiu a
idéia de oferecer um espaço aos moradores das favelas onde eles pudessem aprender e
utilizar a informática.

Essa idéia começou a ser colocada em prática com a campanha “Computadores


Para Todos” que recolheu computadores usados e os repassou para os centros
comunitários. Entretanto, o equipamento era freqüentemente quebrado e conseqüentemente
inutilizado. Então, Baggio começou a ensinar manutenção de computadores. A idéia gerou
um interesse considerável e mais donativos chegaram com o resultado da criação da
primeira Escola da Informática e Cidadania (EIC) no Rio, em Março de 1995, na favela
Santa Marta. Em conseqüência, o Comitê para Democratização da Informática (CDI) foi
fundado em Abril de 1995, e em Novembro do mesmo ano adquiriu a categoria de ONG.
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No mesmo período, chegaram pedidos por pessoas e entidades de outros estados


brasileiros para fundarem comitês regionais. Desde então o CDI tem crescido e hoje atua
em parceria com organizações comunitárias, hoje já são cerca de 311 EICs no Brasil e 25
nos CDIs internacionais, registrando mais de 94.000 estudantes. O Comitê fornece a estas
escolas o auxílio técnico, o treinamento de professores e o desenvolvimento do programa
de estudos (metodologia), além de fornecer software e equipamentos de informática
arrecadados em campanhas de doações. As EICs oferecem treinamento nos pacotes básicos
de software, tais como Windows, Word e Excel e tem como meta maximizar as
oportunidades no mercado de trabalho para jovens das comunidades.
Além disso, o CDI em 1999 estabeleceu sua primeira filial internacional em
Tóquio, que arrecada computadores para serem enviados a países em
desenvolvimento.
Em 2000 já foram criados mais três CDI's Internacionais, Uruguai, Colômbia e
México e em 2001 já foi criado o CDI Chile. Isto permite ao CDI que monte programas em
outros países, forme parcerias com projetos similares e leve sua metodologia e visão para
os menos favorecidos em diversos pontos do mundo.
Encabeçada pelo CDI (Comitê para Democratização da Informação), a
campanha “Megajuda”, na Fenasoft do ano de 2001 (Figura 1), foi iniciada para
sensibilizar empresários a doarem 5.000 computadores em bom estado de conservação.
De acordo com o diretor-executivo do CDI, Rodrigo Baggio, as máquinas têm
endereço certo: as Escolas de Informática e Cidadania, principal projeto do comitê. O
presidente da Fenasoft, Max Gonçalves, também esteve presente ao lançamento. “Nós
achamos que a tecnologia só tem sentido se estiver integrada à sociedade”, diz Gonçalves.
A feira cedeu um estande em que o CDI expõe uma escola em funcionamento, com jovens
das comunidades carentes atendidas pelo projeto [Medeiros 2001].
Além de desenvolver o trabalho pioneiro de levar a informática às populações
menos favorecidas, o CDI promove a cidadania, alfabetização, ecologia, saúde, direitos
humanos e não-violência, através da tecnologia de informação. O CDI mantém hoje 140
escolas de informática e cidadania em 14 estados e é um dos exemplos da disposição de
alguns setores de lutar contra a segregação digital. “Essas comunidades não querem só
comida, mas diversão, arte e tecnologia”, diz Baggio.
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2.2. Contra a exclusão digital

O ministro da Ciência e Tecnologia, Roberto Amaral disse querer implantar


computadores com acesso à internet em todas as escolas do Brasil até 2006. A idéia, como
sempre, é boa, mas depois de ver tantas idéias boas ficarem apenas no papel ou registradas
em entrevistas de rádio e televisão, os cidadãos não mais acreditam com tanta facilidade
em planos que parecem resolver de vez os problemas do país.

Embora Roberto Amaral tenha informado que contará com o apoio do Ministério
da Educação e da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e
Cultura), todos sabem que não será fácil essa tarefa. As escolas públicas, não só em São
Paulo, mas em todo o país, carecem de bons equipamentos de informática. Permitir aos
estudantes que tenham acesso a este tipo de tecnologia é o primeiro passo para fazê-los
abandonar o rótulo de excluídos digitais. No Brasil cerca de 13% da população tem acesso
à tecnologia, enquanto em países como Japão e Alemanha esse número é de cerca de 80%.
Boa parte dos jovens que estudam em escolas públicas não sabe usar a internet como
ferramenta de pesquisa, não sabe usá-la para, então, diferenciar-se dos demais e ter acesso
a um mundo de informações democráticas, e abandonar o fosso da exclusão social e
digital. Equipar todas as escolas do Brasil com equipamentos tecnológicos não custará uma
bagatela, e será tarefa hercúlea para o país.

2.3. Telecentros Comunitários – Uma Resposta à “Exclusão Digital”

Um "telecentro" é um lugar físico, de fácil acesso público, que oferece


gratuitamente serviços de informática e telecomunicações, num contexto de
desenvolvimento social, econômico, educacional e pessoal. Sua concepção se baseia na
crença de que "o cidadão tem o seu poder aumentado quando tem acesso ao
conhecimento".

Telecentros representam uma ferramenta para diminuir a crescente distância entre


cidadãos "ricos em conhecimento" e aqueles "não-ricos em conhecimento". A literatura
científica sobre Telecentros revela centenas de exemplos de projetos nessa linha de
desenvolvimento comunitário na África, na Ásia e na América Latina nos últimos dez
anos. De fato, o termo "Telecentro" é aceito hoje como o nome mais geral para englobar
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projetos parecidos, com nomes tão variados como "cabines públicas", "centros
comunitários de tecnologia", "centros comunitários de acesso", "centros de conhecimento
na aldeia", "infocentros", e "clubes digitais".

O Brasil agora está se juntando a outros países latino-americanos onde


Telecentros já estão em funcionamento inicial e experimental: Peru tem 190 centros;
México, 5; Paraguai, 8; El Salvador, 100; Colômbia e Equador também têm projetos em
andamento.

Telecentros têm muitas conseqüências positivas e estrategicamente importantes


para o cidadão:

- acesso fácil à informação necessária para o cidadão levar a vida para frente com
dignidade;

- oportunidades para fortalecer a capacitação profissional dos cidadãos através de


educação à distância;

- aumento das oportunidades para auto-expressão local.

O conteúdo típico de sites de informação comunitária (local), em Telecentros


inclui acervos e serviços sobre:

- dados históricos da comunidade e dados demográficos e etnográficos;

- mapas indicando os limites municipais e estaduais, e a localização de


propriedades públicas e particulares;

- acesso a repartições governamentais (com instruções de como conseguir


documentos como alvarás e licenças, sem a ajuda de intermediários como
despachantes);

- informações sobre localização, horários e serviços de centros de saúde,


transporte local, educação e programas governamentais;

- quando a zona rural estiver incluída no programa de acesso: preços de safras


e insumos agrícolas, controle de pragas, extensão agrícola; e regulamentos florestais e
de fauna silvestre;
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- anúncios classificados de oferta de empregos, ou de pessoas se oferecendo


como empregados;

- anúncios de reuniões comunitárias como associações "amigos do bairro";

- jornal do bairro, com notificações de casamentos, nascimentos, mortes,


reuniões de igrejas, etc.

- local para publicar poemas, lembranças e opiniões políticas dos membros da


comunidade..... tudo isso eletronicamente e gratuitamente.

Em geral, os Telecentros servem para fortalecer a participação da população em


debates de política pública, melhorar a administração de recursos municipais e estaduais,
dar apoio a empresários de pequeno porte, criar novas oportunidades para aprendizagem e
permitir comunicação fácil entre todas as organizações locais em comunidades
beneficiadas com sua presença.

2.4. Exclusão Virtual

Todo avanço tecnológico gera desigualdade.


Será que isso é ruim?

O desenvolvimento de novas tecnologias de base digital deverá aumentar a


desigualdade no planeta, mas, por favor, caro leitor, não se assuste com isso. Não se trata
da crueldade que pode parecer à primeira vista. É certo que essas novas tecnologias vão
proporcionar maiores níveis de crescimento do valor adicionado por trabalhador equipado
com as referidas tecnologias em comparação com o trabalhador não equipado. O mundo já
viveu situações semelhantes quando houve progresso tecnológico veloz: o trabalhador em
um tear mecanizado é muito mais produtivo que um artesão, o navio a vapor anda mais
rápido e transporta mais carga que os navios a vela, e por aí vamos.

É muito fácil aceitar, por distração talvez, que o progresso sempre gera um “mal'
na mesma proporção em que produz o “bem', pois todo avanço tecnológico não
homogêneo, qualquer que seja sua natureza, eleva a desigualdade. É certo, portanto, que o
mundo estará cada vez mais claramente dividido entre gente digitalizada e gente não
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digitalizada, e que a produtividade — e conseqüentemente a remuneração — dos membros


do primeiro grupo crescerá mais rapidamente que a dos do segundo grupo.

Esse é o fenômeno conhecido como digital divide. A tradução não é simples.


Poderia ser “segregação digital' ou mesmo algo como “concentração de renda com base
digital', que até permitiria uma sigla: CRBD. Ambas as alternativas seriam mais fiéis ao
tom construtivo e ameno que a maior parte dos usuários do conceito quer emprestar ao
tema, como se pode observar, por exemplo, pelo Digital Divide Initiative, do Fórum
Econômico Mundial, o de Davos. Basta ver como o tema da cidadania digital preocupa
governos, empresas e o Terceiro Setor.

Uma tradução local para o conceito, de temperatura deliberadamente mais alta,


seria “exclusão digital', mas o leitor que procurar o tema, por exemplo, nas conferências do
Fórum Social Mundial de Porto Alegre, o evento anti-Davos, encontrará apenas uma
tímida referência à internet num painel sobre democratização dos meios de comunicação
de massa. A julgar pela amostra, que nada tem de restritiva, a esquerda tupiniquim não
parece muito preocupada com o assunto.

Independentemente disso, o problema não é saber se o fenômeno é real, mas se


não estamos falando de um truísmo, ou seja, de uma verdade que, por ser trivial, é
destituída de significado. É certo que a desigualdade sempre foi uma decorrência inevitável
do progresso tecnológico, como já observado. Mas o grande perigo de uma observação
desse tipo, especialmente quando repetida junto com ressentimentos contra a globalização
e o neoliberalismo, é criminalizar o progresso, ou, no mínimo, alimentar o sentimento de
culpa em quem o promove. E o sentimento de culpa alimenta outra criatura complexa, uma
indústria crescente, cada vez maior: a do politicamente correto.

Para evitar a distorção acima mencionada, convém enunciar um princípio básico,


o da não-relação. Ele consiste no seguinte: uma nação ou comunidade pode perfeitamente
progredir em relação a outras, sem que estas nem sequer sejam tocadas ou informadas
sobre o que se passou com a primeira.

Ilhas de excelência
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Para ilustrar o princípio, convém recorrer a um exemplo numérico e plausível:


vamos imaginar um mundo formado de dez ilhas incomunicáveis, cada qual com um PIB
de 100 unidades de uma mercadoria existente em todas as ilhas, e todas sem crescimento.
Uma delas, todavia, descobre novas técnicas de produção, ou de processamento de
informações existentes na natureza, e passa a crescer o pouco notado 1% anualmente. Em
dois séculos, todavia, tal ilha elevará sua participação na renda mundial de 10% para 45%.
Em três séculos, a participação chegará a quase 70%. Nada muito diferente do que ocorreu
com o Ocidente e com a África a partir do século XVII.

A concentração de renda pode ocorrer de forma muito rápida: se o crescimento


gerado pelas novas tecnologias fosse de 7% anuais, os 70% seriam alcançados em 45 anos,
após os quais cada uma das outras ilhas produziria pouco mais de 3% da riqueza mundial.
Após outros 45 anos, a ilha progressista responderia por 98% da renda mundial, e cada
uma das outras por 0,2%. Seria fácil dizer que o mundo se tornou extremamente desigual e
que está se tornando cada vez mais injusto, não? Mas que culpa tem a ilha que deu certo?

Nesse exemplo, é tão verdadeiro quanto destituído de significação o fato de que o


progresso causou a desigualdade. Com efeito, o exemplo demonstra que qualquer
progresso sempre gerará desigualdade, mas disso não se segue que a riqueza exista apenas
como pilhagem, exploração ou em decorrência da desigualdade. Não há relação de
causalidade entre progresso e pobreza. O exemplo do arquipélago acima foi construído
com a intenção explícita de mostrar que as novas tecnologias de base digital não estão
tornando os pobres mais pobres, embora possam estar tornando os países ricos mais ricos.
Criar riqueza não implica nem exige a criação ou a ampliação da pobreza, ao contrário do
que pregam teorias em torno das noções de dependência, troca desigual, mais-valia e
outras do gênero. Não é acidental que tenha sido da Conferência da ONU para Comércio e
Desenvolvimento (Unctad) — a instituição criada por Raul Prebish e pelo movimento
terceiro-mundista — que tenha saído um relatório apontando a internet como um fator de
ampliação da desigualdade no planeta.

Educação e produtividade

Vale, por fim, uma palavra sobre a pouca atenção que tem sido dedicada ao tema
no Brasil. A desigualdade aqui, como se sabe, é um assunto muito sério: foram décadas de
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crescimento baseadas em inflação, ou seja, na tributação do pobre e em desincentivos à


produtividade devidos ao fechamento econômico. A exclusão social é um tema tão
importante que a exclusão digital fica parecendo uma importação de mercadoria supérflua,
um desses modismos politicamente corretos do Primeiro Mundo, mas meio fora de lugar
num país em que a fome ainda é um problema. Talvez seja essa a razão pela qual a
esquerda local, em suas festividades em Porto Alegre, tenha ignorado o tema.

Muitos trabalhos foram feitos no passado por economistas preocupados com


educação e crescimento econômico. Da sabedoria assim construída ficaram algumas
conclusões muito sólidas: 1) a educação gera inovação tecnológica, produtividade e
crescimento econômico; 2) é enorme a taxa de retorno bruta do investimento em educação,
medida como a diferença entre salários médios para diferentes faixas de escolaridade. Com
certeza, o mesmo vale, possivelmente com força ainda maior, para a educação digital (ou
inclusão digital), entendida como o treinamento de pessoas para o uso de tecnologias de
base digital.

Partindo desse raciocínio que o governo procura instalar mais computadores


na rede de escolas públicas, assim como tantas ONGs mundo afora procuram investir
recursos na ucação digital. Pode ser que a esquerda tenha certa razão em alegar que o
problema da fome anteceda o analfabetismo digital, mas talvez não tenha sido percebido
que a inclusão digital pode ser um extraordinário atalho para o principal problema
distributivo deste país: o aumento da produtividade do trabalho no setor terciário.

3. INTERNET
3.1. Pontos Positivos

Você já sabe que a rede mundial de computadores coloca à sua disposição um


número cada vez maior de informações.
Informações sérias e acessíveis a toda a população constituem um dos requisitos
fundamentais da construção da cidadania. A internet vem se firmando com um importante
instrumento de difusão de informações e de manifestação da opinião popular sobre tudo o
que acontece no país. Mesmo quem não tem acesso à internet em casa pode navegar em
espaços abertos ao público, como escolas e bibliotecas.
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 A internet vem se firmando, cada vez mais, como uma alternativa para
encontrar pessoas e fazer amigos. Na comunidade virtual, é possível conversar, ao mesmo
tempo, com pessoas de diferentes cidades e até mesmo de outros países. Basta que todos
estejam on-line. As salas de bate-papo ou chats são, sem dúvida, a forma mais fácil de
trocar idéias, experiências ou simplesmente “jogar conversa fora”.

 Diversos sites oferecem serviços de e-mail gratuito. Por meio deles, você
pode abrir contas para enviar e receber mensagens. É uma ferramenta muito útil para o
internauta, principalmente se ele utiliza, a web com freqüência e acessa sites que exigem
um endereço eletrônico para fazer cadastro.

 Agenda lotada de compromissos e sem tempo para freqüentar escolas de


línguas estrangeiras? Com esta lição, você perceberá que não é preciso ter horário fixo ou
sair de casa para assistir às aulas. A internet tem diversos cursos on-line em que é possível
aprender outros idiomas. Há cursos gratuitos e pagos, alguns com recursos de áudio, salas
de bate-papo e professores.

 Esqueça os blocos de anotações pregados na geladeira. As webagendas


facilitam o acompanhamento de sues compromissos, oferecem calendários, guardam
telefones e mandam e-mail. Algumas também têm programas mais sofisticados e são
conectadas as programa Microsoft Outlook e a celulares wap.

 Se você é aficionado por clipes de música, gosta de saber dos mais recentes
lançamentos de filmes e faz questão de conferir os fatos que estão movimentando o mundo
em reportagens atuais, não deixe de baixar um player de áudio e vídeo. Com esse tipo de
programa você assiste aos trailers, às reportagens, aos programas ao vivo etc. disponíveis
na internet.

 A difusão da internet tem introduzido novos hábitos na vida das pessoas,


como o de fazer compras on-line. Além da praticidade que o comércio eletrônico
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representa, os preços também são compatíveis aos das lojas – às vezes, até mais baratos.
Por isso, vale a pena consultar a internet antes de ir às compras.

 Ter sua home page parece complicado? Pois não é! Já existem na web
endereços especializados em criação e hospedagem de sites. Basta ter um pouco de tempo
e paciência para obter resultados dignos de visitação e elogios.

 Inclua a internet em suas fontes de pesquisas da próxima vez que precisar


fazer um trabalho escolar. É uma forma prática e ágil de encontrar o que você procura. A
internet, um gigantesco banco de dados, dispõe de sites com dados sobre os mais diversos
assuntos. E o melhor: algumas das maiores bibliotecas do mundo estão na rede, deixando à
disposição de qualquer internauta seu acervo de textos e imagens.

 Da tela do seu computador é possível saber as últimas notícias da área


econômica em tempo real. E o melhor: você pode aprender dicas para controlar suas
despesas, participar de bate-papos, ter acesso aos rendimentos dos fundos de investimento,
saber as tendências do mercado nos próximos meses, acompanhar o andamento das bolsas
de valores e a cotação das moedas pelo mundo.

 A internet também pode ser utilizada para a recolocação profissional. Há


vários sites que intermediam a busca de vagas no mercado de trabalho.

3.2. Pontos Negativos

Os serviços vêm piorando a olhos vistos. A ineficiência e a falta de ética


imperam. Vale tudo. Muitos provedores desconhecem normas de segurança, pondo em
risco todo o sistema. Outros cobram ações que poderiam ser pré-requisitos de qualidade
dos serviços prestados, como o controle de vírus no servidor de e-mail. Os custos são
considerados altos pela maioria da população. Para pagar menos, o brasileiro se acostumou
a acessar a rede de madrugada e nos fins de semana. Na maioria das vezes, através de
provedores gratuitos. E ainda sim continuou a se surpreender com a conta do telefone,
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muito acima dos valores que previa pagar. Não raro fruto de interurbanos escondidos por
trás de números de acesso 1500, embora provedores e companhias neguem a prática.
O principal motivo é que há muito deixou de existir o modelo de gestão da
internet comercial brasileira, lançado em 1995 com base em regras pioneiras que, na época,
asseguraram seu extraordinário desenvolvimento. Com o passar do tempo, este modelo não
garantiu a transparência e o controle social que um serviço de interesse público como o
acesso internet requer.

Vírus de computador, invasões de sistemas, ameaças por e-mail, fraudes em sites


de leilões, desvios ilegais de contas bancárias, publicação de fotos de pedofilia, pirataria de
software, clonagem de cartões de créditos. Além da lista de crimes que podem ser
cometidos com a ajuda de computadores ser extensa, a Delegacia de Repressão a Crimes
de Informática (DRCI), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, precisa lidar com leis que não
estão adaptadas para o mundo digital, mas seu funcionamento mostra que o ciberespaço
começa a perder o clima de faroeste.
Pelo menos uma vez ao dia chega à delegacia especializada uma queixa de desvio
de dinheiro de contas bancárias de pessoas físicas através de internet banking. Apesar de o
sistema ser considerado seguro, muitas vezes o computador utilizado pelo cliente não é. Se
o usuário do computador instala inadvertidamente um programa que armazena as palavras
digitadas no computador, permitindo a um fraudador recolher suas senhas, ou utiliza um
computador público, corre o risco de ter sua conta invadida.
Além dos desvios de contas feitas por internet banking, a pirataria de software é
uma prioridade na DRCI. Apesar de não ser difícil encontrar vendedores ambulantes
comercializando programas obtidos ilegalmente, a pena para o crime pode chegar a quatro
anos de detenção.

Regulamentar um ambiente complexo como a internet não é fácil, e mesmo em


países onde seu uso é intenso as leis ainda não estão sendo discutidas. No Brasil
importantes leis para a internet, como a que regula o comércio eletrônico ou a que pune os
crimes praticados por hackers, são discutidas há anos. A criatividade dos legisladores, no
entanto, faz também surgir muitos projetos que podem bagunçar a internet ou setor de
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tecnologia da informação, outros que não podem ser implementados e alguns simplesmente
inúteis.
Existem também projetos de lei que aliam temas polêmicos com dificuldades
técnicas para implementação. Um deles, apresentado pelo deputado federal Valdemar
Costa Neto (PL/SP) pode acabar com a alegria dos freqüentadores da sala de bate-papo,
aonde o anonimato proporcionado pela rede de computadores permite que seus usuários
liberem todas as suas fantasias. Esse mesmo anonimato, contudo, transforma as salas de
bate-papo em ponto de encontro de pessoas que desejam trocar fotos e vídeos de pedofilia.
Segundo o projeto de lei, os usuários de bate-papo poderiam continuar a usar pseudônimos
e apelidos, mas deveriam fazer um registro no provedor ou site que hospeda a sala. Alem
disso toda sala de bate-papo deveria ter um moderador, que agiriam como os canais do IRC
e expulsariam participantes que não tivessem bom comportamento.

4. INTERNET: DIA-A-DIA MAIS FÁCIL

Inúmeras tarefas do nosso cotidiano que, antes, eram mais difíceis de realizar,
como pesquisar preços, procurar emprego ou fazer pesquisas escolares, são rapidamente
feitas com a ajuda direta dos computadores.
No mundo atual, cada vez mais competitivo, saber navegar no fascinante mundo
da internet, fazer trabalhos escolares no Word ou cálculos de seus negócios no Excel, por
exemplo, são atividades essenciais! Quem não consegue atender a esses requisitos mínimos
enquadra-se em uma nova categoria, a da exclusão digital.
4.1. “Navegando” na Internet

Um navegador (ou browser) é um programa usado para passar de uma página


para outra, ou “navegar” na internet.
4.1.1. Internet Explorer

O Internet Explorer é um dos browsers, que oferece o acesso aos endereços (ou
URLs).
O Internet Explorer é fornecido gratuitamente através de páginas na internet ou
até mesmo através do site da Microsoft. Para pessoas que têm uma conexão com baixa
velocidade, o download pode demorar horas.
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A atualização do Internet Explorer é bastante simples. Basta executar o programa


obtido no site da Microsoft para instalá-lo e configura-lo.
O acesso às páginas através do Internet Explorer é através do campo para a
digitação do endereço do site na web. Para a automatização desse processo, a opção
“Favoritos” é ideal, pois além de gravas o endereço ele disponibiliza a página da internet
off-line, ou seja, mesmo com o computador desconectado.
4.1.2. Zonas de Segurança

Ao navegar pela internet, sempre existe a possibilidade de que programas


maliciosos possam ser carregados no computador do usuário, causando-lhe danos ou perda
de dados.
Para impedir que isso ocorra, o Internet Explorer 5.0 trabalha com o conceito de
zonas de segurança. O usuário pode optar por três níveis de segurança já previamente
definidas, ou personalizar um conforto. Além de poder personalizar individualmente os
níveis de segurança de cada uma das zonas da web: sites restritos, sites confiáveis, Intranet
local e internet.
Intranet é uma rede de computadores interligados via rede, normalmente em
ambiente privado da empresa, como se fosse internet, só que em proporções menores.
O recurso das zonas de segurança é acessado na guia “segurança” da caixa de
diálogo “Opções da Internet”; ainda nesta opção, no campo “Conteúdo”, é possível
estabelecer limites para acesso às páginas visualizadas, como as de nudez, violência, sexo
ou linguagens ofensivas. Após definido o nível de segurança, toda vez em que for
visualizado algum site de nível questionável será solicitada a senha para ser acessado.
4.1.3. Netscape Communicator

O Netscape Communicator é o segundo browser mais famoso do mundo, sendo


Nestcape Communicator um pacote onde inclui o Navigator, o Messenger (para enviar
emails e grupos de notícias) e o Composer (para criar páginas), além de outros serviços de
Internet.
O Netscape Communicator pode ser obtido gratuitamente no site da Netscape:
http://home.netscape.com/download , ou então pedir uma cópia ao seu provedor de acesso
à internet. A instalação do mesmo é automática é fácil para qualquer nível de usuário.
Para facilitar a busca de informações, o Navigator traz o botão “Pesquisar” na
barra de ferramentas de navegação, no qual permite acessar programas de busca na
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internet. Pode-se fazer buscas por tópicos e sub-tópicos ou até digitar palavras-chave para
localizar páginas; podendo também grava-las e lê-las off-line.
No Menseger do Netscape, podemos obter várias opções de envio, como: o envio
de email mais tarde, mensagens apagadas serão removidas para a pasta lixeira, sendo
deletadas depois de apertar o Delete,
4.2. E-mail
Quando conectamos precisamos de um e-mail, que ser para nos corresponder com
amigos, familiares distantes...
Nos e-mails podemos também anexar arquivos, fotos, programas, músicas,
games, ou seja, todos os tipos de anexos. Deixando fácil, portanto o contato entre pessoas
na internet.
Os programas para a leitura e envio de e-mails se encontram nos browsers, mas
hoje em dia podemos verificar e-mails na própria página do nosso provedor ou e-mail
gratuito de qualquer computador.
4.3. Download

Download é o arquivo, a foto, o programa, a música, os games que podemos


pegar na internet, ou seja, que podemos transferir de sites para nosso computador.
Alguns downloads, por exemplo, são freeware (grátis) e outros são shareware
(possuem um tempo pré-determinado para o conhecimento do programa e depois efetuar a
compra, caso contrário o programa ficará impossibilitado de ser usado).
4.4. ICQ
O ICQ é um programa que permite que duas ou mais pessoas se encontrem e
conversem na internet. A sigla ICQ (em inglês) é um trocadilho para a expressão “I Seek
You” (“Eu Procuro Você”).
Seus recursos informam quando as pessoas autorizadas no ICQ estão online ou
não, estando online o ICQ possibilita abrir salas de bate-papo, enviar e receber arquivos,
entre outras opções.
Para fazer download de um ICQ é necessário ir no http://www.icq.com/ ou qualquer
outro site que possa fornecer o ICQ.
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5. PROVEDORES GRATUITOS

No surgimento da internet no Brasil, na metade da década de 90, em cada esquina


aparecia um provedor de acesso. O ministério das Telecomunicações, querendo evitar que
esse setor fosse monopolizado pelas empresas de telecomunicação, em 1995 o classificou
de valor agregado, que possibilitou a entrada de vários pequenos provedores. O setor
entretanto, atualmente é denominado por grandes grupos e provedores gratuitos ligados a
empresas de telecomunicação. Uma nova regulamentação, que está em consulta pública
pela Anatel, poderá afetar os provedores gratuitos e balançar o mercado.
Pela nova regulamentação proposta pela Anatel, o internauta residencial poderá
escolher ter acesso através de uma linha telefônica normal, pagando pulsos de acordo com
sua utilização, ou por uma tarifa plana. Os internautas de cidades do interior ainda
poderiam ter acesso por um número não-geográfico, pagando uma tarifa menor que a do
interurbano. Quando ele usar a tarifa plana ou o número não-geográfico, contudo, a
operadora deixaria de receber o repasse garantido pela tarifa de interconexão. E foi a
possibilidade de lucrar com a receita gerada pela interconexão que fez pipocar provedores
gratuitos financiados por empresas de telecomunicação.
Pela regulamentação dos provedores, as telefônicas que têm concessão de telefonia
fixa (STFC) não podem prover acesso, mas nada impede que ela abra outra empresa com
essa finalidade ou seja, acionista de um, segundo a própria Anatel.
Quando no final de 2002, a Anatel falou em mudar as regras dessa tarifa, o IG
protestou e acusou a agência de “virada de mesa”, em editorial publicado em seu portal.
Conseguiu fazer barulho e adiar o prazo da consulta, que terminou no último dia 15 de
março.
- O fim dessa tarifa pode levar ao desinteresse das empresas de telecomunicações em
manter seus provedores gratuitos – avalia o analista do IDC Rusty O’brian.
A saúde financeira dos provedores também não parece muito boa. Nessa briga, o
UOL parecia ter vantagem por ter sido o primeiro grande provedor, mas dá sinais de
fraqueza e passa por um processo de reestruturação desde a saída de Caio Túlio Costa de
seu comando. Boa parte do conteúdo tinha origem nas publicações da Editora Abril, que
viu sua participação acionária no portal diminuir à medida que novas rodadas de
investimentos eram feitas. O contrato entre o UOL e a Abril acabou em dezembro do ano
19

passado, e desde essa época o conteúdo das revistas da editora passou a estar disponível
gratuitamente para todos os internautas.
Segundo as contas da Abranet, os pequenos provedores continuam surgindo, mas
usando o acesso à internet para vender outros serviços, como a montagem de redes locais
ou consultoria de segurança na internet.
- Atualmente o acesso à internet é commodity, que pode ser comprada das empresas
de telecomunicações. Para sobreviver, é preciso inovar, fazer o que poucos fazem – afirma
Aleksandar Mandic, que criou um dos primeiros provedores do Brasil e agora oferece um
serviço de e-mail sofisticado.

5.1. Quem é quem no mercado de provedores

UOL TERRA IG AOL


Desde quando: 1996 Desde quando: 1999 Desde quando: 1999 Desde quando: 1999
Principais acionistas: Principais acionistas: Principais acionistas: Principais acionistas:
Folha e Abril O Terra Brasil é uma GP / Oportunity, Grupo Cisneros e
subsidiária da Terra telemar e Brasil Banco Itaú
Networks, que é da Telecom
Telefônica.
Nº de assinantes: 1,5 Nº de assinantes: 1 Nº de assinantes: 4 Nº de assinantes:
milhões milhão milhões (segundo o cerca de 500 mil
provedor, este é o (estimativa)
número que se
conecta ao menos
uma vez por
semana).
Diferenciais: Diferenciais: serviços Diferenciais: é grátis Diferenciais:
conteúdo exclusivo (e-mail protegido, facilidade e
(jornais e revistas) servidor de jogo) segurança da rede.
Situação atual: Situação atual: não Situação atual: não Situação atual: é o
redução consecutiva publica balanço, mas mosta balanço, mas maior provedor do
de prejuízo, mas diz que tem US$1,7 diz que opera no mundo, mas não
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ainda perde quase bilhão. É o segundo azul. Se a CP417 decolou no Brasil. A


R$100 milhões por colocado em número mudar de tarifa de matriz nos EUA já
ano. Como todo o de assinantes (entre interconexão, o falou em fechar na
mercado, está os provedores pagos provedor pode deixar AL. A AOL vem
pressionado para dar e o quarto em de ser gratuito. reduzindo o prejuízo
lucros e cortar acesso). o que lhe garante
gastos. Ainda é o caixa até o primeiro
maior provedor trimestre de 2004.
brasileiro.

6. ENTRETENIMENTO NA INTERNET – MÁQUINA DE LAZER

A popularização do acesso rápido à internet tem colaborado muito para o


computador assumir de vez seu posto de máquina de lazer.
No final dos anos 70 já havia gente criando quebra-cabeça e complicadas
aventuras baseadas em textos. Em pouco mais de 30 anos, o negócio dos jogos online, mp3
e bate-papo cresceu muito.
Jovens deixam seus hobbies como programar e fuçar em hardware, para pegar
mp3, jogar online e bater papo.
Os games são irresistíveis, principalmente para o público masculino jovem. MP3
é um hobby praticamente universal na internet, desde o Napster até o hoje em dia mais
conhecido Kazaa.
6.1. MP3

Nos últimos meses, as grandes gravadoras mundiais têm movido diversos


processos contra empresas que facilitam a troca de MP3, alegando esta prática ser ilegal,
pois infringe as leis de direitos autorais. Mas afinal, o que é MP3?
O formato MP3 (abreviação de ISO-MPEG Audio Layer-3) não é um programa e
sim um tipo de arquivo de áudio. Assim como os arquivos com extensão “.DOC” precisam
do programa Microsoft Word para funcionar, o MP3 necessita de softwares específicos,
chamados de players, que interpretam e reproduzem os dados em segmento sonoro.
21

Este tipo de formato se tornou demasiado popular por conseguir reduzir a um


décimo o tamanho dos arquivos musicais, com pouca perda na qualidade, o que propiciou
sua difusão pela internet. Uma canção de um minuto no formato WAV (original dos CDs
musicais) possui aproximadamente 12 Mbytes – levando muito tempo para ser transmitido
pela rede em uma conexão discada (56kbps). Esta mesma música gravada em MP3 teria
somente 1 Mbyte, ou seja, seu tamanho foi reduzido drasticamente.
Para obter esta compactação, os sons os quais a freqüência não é perceptível pela
audição humana são retirados da música. Por este fato que o MP3 é uma cópia semelhante,
mas não idêntica, às músicas em CD. Para os ouvidos mais sensíveis, ela sempre perde um
pouco de qualidade.
6.1.1. História do MP3

O MP3 começou a ser desenvolvido em 1987 por uma empresa alemã. Em 1992
foi aceito oficialmente como tipo padrão para arquivos musicais compactados. Entretanto,
somente em 1999 obteve seu grande reconhecimento por parte do público em geral.
Os softwares que tornaram o MP3 mundialmente popular são chamados de
programas de trocas (share, em inglês), que possibilitam aos usuários das mais longínquas
partes do globo compartilhar livremente músicas entre si, sem qualquer tipo de controle. O
Napster, pioneiro neste ramo, foi o maior responsável por esta explosão, se tornando foi
alvo de inúmeros processos judiciais, que o obrigaram a encerrar suas atividades.
A nova geração destes programas, porém, é mais difícil de se controlar. Ao
contrário do Napster, esta onda de softs recentes não possui um servidor central, uma
espécie de computador que controla e organiza as ações dos usuários, de onde partiam os
downloads das músicas. Agora é utilizada a tecnologia p2p (point to poit ou peer-to-peer),
na qual a figura do servidor foi abolida, sendo cada computador pessoal exercendo sua
função. Por exemplo: no software KazaA, um dos mais populares, o internauta, ao fazer
uma busca e localizar o arquivo desejado, irá copiá-lo diretamente do computador de outro
usuário deste serviço, sem passar por intermediários.
Sob este argumento, as empresas que desenvolvem estes sistemas alegam não
poder controlar as ações de todos os seus utilizadores, o que impede o prosseguimento dos
processos por direitos autorais.
A Sharman Networks, criadora do KazaA, não chega a possuir sede própria. Sua
equipe de desenvolvimento está espalhada em vários países, o que dificulta ainda mais os
22

processos nos tribunais, pois cada região possui leis diferentes em relação às normas de
conduta norte-americanas.
6.2. Jogos Online

Os jogos on-line surgiram através dos jogos dos videogames em forma de


emuladores, que são programas onde carregam no computador o determinado jogos de
videogame.
Há pouco menos de dez anos os jogos em 3d começaram a entrar na era do
computador e assim começaram os BattleField, Counter Strike, Dark Age of Camelot,
entre outros. Sendo que hoje em dia com algumas novidades, como por exemplo jogos on-
line: um determinado site promove jogos entre internautas.
Hoje em dia muitas festas para internautas e jogadores compulsivos são
organizadas, como a Lan Party, realizada novembro do ano passado. Essa festa durou dois
dias de puro jogo em rede.
6.3. Bate-Papo

Desde o início da internet, quando a maioria dos computadores tinha o Windows


3.11 já existia o ainda mais usado hoje em dia Mirc.
Nos últimos dez anos os bate-papos via sites aumentaram, como o UOL, como o
TERRA....entre outros, sendo que a maioria disponibiliza seus bate-papos (mais chamados
de chat, na internet) para assinantes. Por isso que o maior bate-papo ainda usado é o Mirc,
sendo que não mais na forma tradicional e sim através de scripts.
Scripts são programas que se agregam aos Mircs e possuem várias opções para o
uso do bate-papo, como frases, piadas, programas para ver fotos, segurança para os bate-
papos, entre outros.
Com a intensificação das conexões rápidas os bate-papo se tornam mais rápidos e
em tempo quase que real.

7. E-COMMERCE

7.1. Web não é sinônimo de e-commerce

Nos primórdios da Web o comércio eletrônico era praticamente inexistente,


esses tempos passaram e agora mais de 70% dos websites dedicam-se, de uma forma ou de
23

outra ao marketing e ao comércio eletrônico. Portanto, a equação Web e e-commerce tinha


que ser verdadeira.
Mark McDonald, um executivo da Arthur Andersen afirma o seguinte: 1 “Um
website é apenas o ponto de partida que permite a uma empresa realizar transações
comerciais eletrônicas na Internet. No entanto, é o relacionamento que a empresa
estabelece com seu ambiente de negócios que fundamenta sua expansão. Os sites da Web
são uma viela sem saída. A diferença entre ser bem ou malsucedido em e-commerce
encontra-se naquilo que sua empresa faz nos bastidores”.
A Web é uma belíssima interface entre um homem (ou uma empresa) e outros
homens (ou empresas) querendo realizar negócios. A Web é agilizadora dessas interações e
também facilitadora de operações e transações comerciais e mercadológicas. A Web
definitivamente não garante o sucesso comercial. Por mais que se relute, a Web é
simplesmente um meio. A Web é certamente uma mídia, um veículo de e-commerce e
marketing on-line, porém seus condutores sempre serão os executivos e as equipes de
profissionais de vendas e marketing que constroem relações com seus parceiros de
negócios. E isso só se realiza nos “bastidores da Internet”, nos chamados back offices do
comércio eletrônico.

1
VENETIANER, Tom. E-commerce na corda bamba. São Paulo. Editora Campus, 2000

7.2. Critérios para verificar o sucesso na venda on-line de produtos

Comodidade: Talvez seja a questão mais importante a ponderar sobre as chances


de sucesso do e-commerce. Pergunte-se o que fariam seus clientes em potencial
comprarem seu produto na Web em vez de visitarem uma loja. Tem de haver um motivo
forte para isso, já que ir ao shopping é de fato uma diversão, portanto, algo que as pessoas
gostam de fazer. Mas nada bate a comodidade, principalmente nos grandes centros
urbanos. As pessoas pagam para não ter de enfrentar o trânsito e o acotovelamento nas
lojas em horários de pico.
24

O toque que satisfaz: Se para comprar seu produto, o cliente em potencial


precisa examiná-lo fisicamente, é provável que ele terá poucas chances de sucesso na Web.
Este é, por exemplo, o motivo pelo qual é difícil vender na Web peças de vestuário. Por
melhor que seja a apresentação de um item desses na Web, nada substitui seu exame
visual, táctil e até odorífico. Além do que, muitas pessoas, principalmente as damas,
gostam de trocar idéias com um (a) vendedor de carne e osso.

Complexidade das características do produto: Pergunte-se se o seu produto


poderia ser vendido através de um catálogo. Se a resposta for positiva, é altamente
provável que seja também possível vendê-lo na Web. O motivo é evidente: o consumidor
que compra um produto por catálogo conhece perfeitamente as características do que
deseja adquirir. São poucas as variáveis que as definem e o prospect não precisa ir a uma
loja para decidir sua compra. Basta encomendá-lo a distância e aguardar sua chegada na
comodidade e aconchego do seu lar.

Grau de tecnicidade do produto: Os produtos que possuem muitas


características técnicas são mais difíceis de se vender na Web do que numa loja
convencional. O motivo é simples: na loja você consegue esclarecer dúvidas técnicas com
maior facilidade do que na Web. Se apesar disso você decidir vender on-line um produto
com essas características, certifique-se de que seu site terá informações abundantes que
ajudem o comprador a fazer a escolha adequada.

Valor da compra: Itens de baixo valor vendem muito melhor na Web do que os
com preços mais salgados. Isso evidentemente se aplica apenas ao e-varejo, ou seja, às
compras unitárias ou em pequenas quantidades. Se você quiser utilizar a Web para o
atacado, a história é bem diferente e você estará ingressando no mundo B2B (business to
business) e não no B2C (business to consumer). Existe, porém, um outro motivo pelo qual
mercadorias de valor maior muitas vezes não são vendidas na Internet: o risco de o
comerciante não receber o pagamento. Lembre-se de que assim como o comprador
desconfia de vendedor virtual, o vendedor também lida com compradores virtuais,
portanto, corre o risco de vender para pessoas inescrupulosas. Quando você negocia com
25

um comprador, olhando nos seus olhos, isso ajuda a estabelecer o limite de seu crédito. Na
Web você simplesmente não consegue determinar isso.

Custo de movimentação da mercadoria: Tentar vender em nível nacional ou


mesmo internacional na Web sempre trás à baila o custo da movimentação do produto até
as mãos do consumidor. Mesmo com os produtos que vendem bem na Web – tipicamente
software e livros – existem dificuldades para estabelecer presenças geográficas mais
amplas devido ao alto custo do frete, que por vezes pode chegar a ser maior do que o da
mercadoria. Empresas gigantescas conseguem superar essa limitação através de redes de
distribuição estrategicamente localizadas. Uma empresa menor evidentemente não
consegue fazer isso; portanto, suas chances de vender em áreas mais amplas é mínima. Por
outro lado, se você fica restrito a uma área relativamente pequena, pode ser que o volume
das vendas via Web não justifique o custo da implantação e manutenção do site.

O risco da desintermediação: Esta é uma análise que todo fabricante precisa


fazer: vale a pena vender diretamente aos consumidores finais e aborrecer a rede de
distribuição ou abrir mão do eventual volume incremental de vendas e manter o bom
relacionamento com seus parceiros de negócios? A Web inaugurou a era da
desintermediação e existem corporações que estão reformulando todas as suas políticas de
distribuição. Dependendo do produto, você poderá vender on-line diretamente aos
varejistas ou até ao consumidor final.

Tempo de entrega: Em geral, quando se trata de produtos de consumo não


durável, seu comprador quer adquiri-lo e levá-lo para casa imediatamente. É para isso que
servem as grandes lojas do varejo e de departamentos. Elas mantêm estoques adequados
para que o consumidor possa realizar a compra e levar a mercadoria. Exceção feita a
alguns poucos produtos (os que podem ser “enviados” eletronicamente), evidentemente
que a compra na Web não oferece essa facilidade, sendo esse fato um dos inibidores do e-
commerce. Antes de se aventurar a montar a sua loja virtual, examine com cuidado essa
questão. Se você não puder entregar a mercadoria num tempo relativamente curto (de 24 a
48 horas) despeça-se do seu projeto. Uma das maiores queixas dos consumidores on-line é
justamente a demora em receber os bens que compram. Quase todos os e-comerciantes
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brasileiros tendem a falhar na questão da rapidez e pontualidade de suas entregas. Não


surpreende, pois, que nas nossas paragens o e-commerce ainda não deslanchou. Na era da
Internet ninguém quer esperar.

7.3. Você será um sobrevivente ou é candidato à extinção?

O primeiro passo, no intuito de adequar uma empresa à Nova Economia, é onde


congregar seus funcionários em torno de uma visão unificada sobre como seu modelo de
negócios e os valores corporativos precisam mudar para poder se capitalizar às novas
oportunidades que ela oferece, assim como para enfrentar a enorme concorrência global,
resultante do e-commerce. Eis algumas das questões que você precisa se fazer:

Seu atual modelo de negócios garante seu sucesso futuro? A competitividade na


Nova Economia se desenrola muito mais entre modelos de negócios do que através da
eficácia organizacional. É importante examinar seu atual modelo de negócios para
determinar os valores que você está oferecendo seus clientes. Outras questões vitais
envolvem descobrir suas competências diferenciadoras, as partes da sua cadeia de valor
que realmente agregam valor, como sua empresa poderia fazer coisas diferentes (e
inovadoras) e, em caso de dificuldades, a quem ela poderia recorrer para obter ajuda.

Quão próximo você está dos seus clientes? O enorme poder que os consumidores
adqui- riram graças à Internet, que lhes permite pesquisar em instantes preços e as
melhores condições de compra, é uma das características focais da Nova Economia. O
sucesso comercial pertencerá àquelas companhias que conseguiram aproveitar-se das
oportunida- inerentes a essa nova maneira de se realizar negócios. O que você realmente
sabe sobre essa nova safra de consumidores? Como eles enxergam a sua empresa e quais
os novos va-lores que buscam em seus produtos ou serviços? Quais as informações que
eles buscam e como você poderá disponibilizá-las? Valeria a pena criar ema extranet para
atender a seus anseios? São perguntas como essas que sua empresa deveria estar
analisando e respondendo para continuar sendo competitiva no futuro.

Quão bem-sucedidas são as suas parcerias? A Nova Economia fomentará as


parcerias com fornecedores e até com antigos concorrentes. As empresas deveriam ficar
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atentas, avaliando se estão criando parcerias estratégicas adequadas, se os seus modelos de


negócios são congruentes, se os papéis e as responsabilidades estão claramente definidos e
sendo praticados.

Como fazer a sua empresa apreender rapidamente? A Nova Economia é uma


economia do conhecimento. As empresas bem-sucedidas serão capazes de capturar, trocar
e utilizar informações melhor e mais rapidamente do que os seus concorrentes. A grande
questão é saber se a sua empresa está sendo, o tempo todo, uma “organização que aprende”
(learning organization). Sua direção incentiva seus colaboradores a aperfeiçoarem seus
conhecimentos? Ela lhes oferece espaço e oportunidades para colocarem o conhecimento
em prática? Existe uma clara estratégia que foca o desenvolvimento contínuo do pessoal?
Aprender faz parte da visão e da missão da corporação?

Sua organização conseguirá gerar resultados, consistentemente? Já era assim no


passado, agora tornou-se vital. A Nova Economia demanda que as empresas gerem
resultados – o tempo todo e rapidamente. Na medida em que cresce a concorrência e os
clientes passam a ter mais opções de escolha, quem bobear na questão da busca de
resultados (leia-se rentabilidade e competitividade) não terá Segunda chances. Com o
avanço diário das tecnologias, quem não as adquirir ficará para trás. Gerar rapidamente
retornos sobre o investimento é, portanto, uma constante na equação da competitividade.
Sua empresa deverá avaliar o quão focados em resultados são os seus funcionários. Isso
ocorre em todos os níveis? Eles entendem que que para isso é preciso estar mudando
constantemente a maneira de fazer as coisas?

O sucesso de seus empregados faz parte da sua visão empresarial? Com toda a
tecnologia do mundo, só através das pessoas é que será possível gerar mudanças na
condução dos negócios. Se seus funcionários não estiverem altamente motivados e
afinados com o modelo de negócio adotado pela empresa, suas chances de suceder na
Nova Economia serão minúsculas? Seus funcionários são o fulcro da organização? Seus
dirigentes entendem que seu sucesso depende do sucesso e bem estar dos seus
colaboradores? Pergunte a cada empregado se a missão da empresa faz sentido para ele/ela
se essa missão está harmonizada com seus objetivos pessoais.
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8. CONCLUSÃO

A internet a cada dia que passa se torna um meio necessário a todas as pessoas que
tem condições ou disponibilidade de acessá-la, pois devido a globalização esse processo
tende a crescer ainda mais.
O uso do computador para uso doméstico ou comercial demonstra a importância da
comunicação via web. Esse impacto tecnológico, acentua uma sociedade dividida em
termos digitais e agrava a escassez de mão-de-obra qualificada no mercado de trabalho.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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1999.

[CDI 2001] CDI. “Comitê para Democratização da Informação”. Disponível em:


<http://www.cdi.org.br>. Acesso em: 11/09/2001.

Revista Novo Milênio. “Apartheid digital pode aumentar no Brasil”. Disponível em:
<http://www.novomilenio.inf.br/ano00/0007b010.htm>.Acesso em: 11/09/2001.

FELDMANN, Paulo Roberto, Exclusão digital - Folha de São Paulo, no dia 05=02-2001,
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SCHWARTZ, Gilson, Exclusão digital entra na agenda econômica mundial, Artigo


publicado na Folha de São Paulo de 18.06.00

LOPES, Bruno, Trapalhadas Políticas , Jornal do Brasil, 17/03/03

LOPES, Bruno, Crimes Eletrônicos na Mira da Polícia , Jornal do Brasil, 10/02/03

Revista Info Exame, dezembro de 2002, nº 201, Diversão no PC

CAVALCANTI, Eduardo, Terra Online, 06/11/02, MP3 e sua história

YAMASAKI, Sérgio, Clique e Descomplique, ed. Klick

LOPES, Bruno, Duelo de Tubarões. , 17/02/03 – Jornal do Brasil

VENETIANER, Tom. E-commerce na corda bamba. São Paulo. Editora Campus, 2000

Revista Info Exame, abril de 2002, nº 177, Música na Internet

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