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r-
,...,.,
(.
APRESENTAÇÃO
MAXIMILIANO MALITE
ROBERTO M. GONÇALVES
l
I.
SUMÁRIO
Capttmol-Dbpodtlvosdeti2açio
1.1 - Rebites 1
1. 2 - Parafusos 2
1.3- Soldas 9
Biblio2rafia 125
CAPÍTULO 1
DISPOSITIVOS DE LIGAÇÃO
Nos dias atuais são dois os dispositivos utilizados para a união de elementos
estruturais em aço: os parafusos (comuns ou de alta resistência) e a solda elétrica.
A..té a década de 50 eram utilizados com frequência os rebites, que apesar do bom
comportamento estrutural foram abandonados devido ao seu alto custo de execução
se comparado à solda ou parafusos.
A seguir apresentam-se algumas considerações específicas sobre estes três
dispositivos de ligação.
1.1 - REBITES
1.2 - PARAFUSOS
r-o-----compnmentodeaperto---1
~----- comprtmemo da rase<~~
: f j
corpo co be_ça
/
~ (,
plano de
corte
F F /
~
-=.~/
F
~
C= carbono
T = temperado
Estruturas Metálicu EESC!USP . Capib.do 1 - Dispositivoo de Üaaçllo 4
O controle do aperto dos parafusos pode ser feito mediante três processos:
Inferior ou igual
4 diâmetros
a
-
1
3
de volta
I
-
1
2
volta -3
2
de volta
Acima de 4 diâmetros
1 2 5
até no máximo 8 diâme
-2 VO 1 ta -3 de vo 1 ta -
6
de volta
tros, inclusive
Acima de 8 diâmetros
-65
2
até no rráx i mo 12 diâ - de. v o I ta de v o 1 ta 1 volta
metros
(B) 3
b) chave calibrada: tais chaves devem ser reguladas para fornecer uma protensão
pelo menos 5% superior à protensão mínima estabelecida. As chaves devem ser
calibradas pelo menos uma vez por dia de trabalho, para cada diâmetro de parafuso
a instalar.
onde:
d = diâmetro nominal do parafuso
P = passo da rosca
K = 0~9743 (rosca UNC- parafusos ASTM) e 0,9382 (rosca métrica ISO grossa)
12,5 53 66
16 85 106
19 11_25/ 156
22,2 173 216
25 227 283
28,5 250 357
32 317 453
38 460 659
T.-Mo:::::Mo
o- k.d- 0,2d
O valor do coeficiente ''k" pode ser admitido como 0,.2. Neste coeficiente já
está considerado o atrito da porca sobre a superficie da rosca e sobre a superficie de
apoio. O momento de torção resultante no corpo do parafuso é proveniente somente
( ~~
Oi = .Jcf + 31:
2
:::;; t:
onde:
'fo 4T0
cr= A =--2
r Me
_ 0,6M0 _ 0,6(0,2T0 d) _O 40 _~
"C- W- 3/ -,ood
1 nd. 1 .,
116
t = (0,48xl,l7)cr= 0,56cr
-.Jd + 3(0,560') 2
:::;; (
Ia=o,72t; I 1
ARRUELA
b
c
li
"
11
cl
d
UIELA
MOMENTO REATIVO
1.3- SOLDAS
Atmosfera
Protetora
0I/~~~
/§
Revestimento do
Eletrodo
// --:-:::-- A Ima do
1
---.... ' - Eletrodo
- funções elétricas:
a) tsolamento: o revestimento é um mau condutor de eletricidade. Assim. tsola a
alma do eletrodo evitando aberturas de arco laterats, onentando o arco para locats
interesse.
1on:ização: o revestimento contém silicatos de sódio e potássio que iomzam a
atmosfera do arco. Com isto, é facilitada a passagem da corrente elétrica dando
ongem a um arco estável.
· funções metalúrgicas·
a 1 pode contribuir com elementos de liga, de maneira a alterar as propnedades da
solda.
eletrodo.
fonte 1 ret 't' cador
garra
v
cabos
EXXXXX X
1 2 3 4 5
( 1) letra E designa eletrodo;
(2) indica o limite de resistência à tração mínima do metal da solda, em Ksi:
(3) indica as posições de soldagem em que o eletrodo pode ser usado com resulta-
dos satisfatórios;
1 = todas as posições
2 = posição plana e horizontal
3 = posição plana
4 = posição plana, horizontal, sobre-cabeça e vertical descendente
( 4) indica o tipo de corrente (contínua ou alternada), penetração do arco e natureza
do revestimento - tabela 1.6.
(5) é utilizado somente na especificação AWS A5.5, indicando a composição qm-
míca do material.
Exemplos:
E6010
(60) fw = 60Ksi = 415MPa
(1) adequado para todas as posições de soldagem
(O) corrente CC+ ou CA, grande penetração, revestimento celulósico
uso: onde é importante grande penetração
E7018
(70) fw = 70Ksi = 485MPa
(1) adequado para todas as posições de soldagem
(8) corrente CC+ ou C A, média penetração, revestimento básico
uso: aços baixa-liga
~
li!)
o 1 2 3 4 5 6 7 8
~
I
1-d
;-
rente
~I I
(')
~
CA CC CC CC' CC CC'
Tipo do arco Intenso Intenso Médio Leve Leve Médio Médio Leve Leve ~
e/salpico s/ salpico
$(') !i
Penetração Grande Grande Fraca Fraca Fraca Média Média Média Média
!:\)l •
xx TO celulósi-
co (com silica-
Celulósico
(com silicato
Rut11ico
(Ti0 2 e Silica-
Ruttlico
mo, e silica-
RutJ1ico
(Ti0 2 , silica-
Básico
(Calcáreo, Sili-
Básico
(Ti0 2 , Calcá-
Ácido
(Óxido de Fer-
Básico
(Calcáreo
o ~
to de Na)
xx 20 celulósi·
de K) to de Na) to de K) tos, Pó de F er-
ro 20%)
cato de Na) reo, Silicato de
Kl
ro (FeDI, Sili-
cato de Na, Pó
Ti0 2 , Stl!ca
tos, Pó de Fer ~rt
co (com Óxido
de Ferro
de Ferro) r o 2S a 40%)
00~
Revestimento
FeDI
xx 30 celulósi· m
co (com Óxido
de Ferro
],_.
FeO) o
Escória Pouca: remo- Pouca: auto· auto- auto- Espessa Espessa
f*
~·
remo· Densa: Densa: Densa: Ácida. facil- Espessa
çlfo fácil çlfo fácil destacável destacável destacável mente destacá-
vel o (')
-!
Teor de hidro- Elevado Elevado Moderado Moderado Moderado Baixo Baixo Moderado Baixo ~ !o
gênio
Velocidade de
20ml/100g
Elevada
20rnl/100g
Elevada
15ml/100g
Regular
15ml/100g
Regular
15ml/100g
Regular
2ml/100g
Baixa
2ml/100g
Baixa
15ml/100g
Elevada
2ml/100g
Baixa
"'....~ S(.
fusão ~~ i
o
......_ "'a:
--g
Pos~ão de sol- Todas Todas Plana e plana Plana Todas meoos Todas Todas Plana e Hori- Todas
dagem horizontal vertical des· zontal
.f;:>.
i
cendente i-
Usos Onde é impor-
tante grande
penetração
Onde é impor-
tante grande
penetração
Chapa ria f i na e Chaparia fina e
média - Bom média -Bom
acabamento acabamento
Chaparia fina e
média
acabamento
Bom
Aços baixa liga
(altamente h i-
groscópico)
Aços baixa liga
(altamente h i-
groscópico)
Aços carbono Aços baixa liga
(altamente h i
groscópico)
f
-N
.Estrun!rall Metálicas EESCIUSP Capitulo 1 - Dispositivos de ligaçao 13
-Hélio (100%)
- Argônio ( 1000/o)
- Argônio + 1% 02
- lc\rgônio + 3%02
-Argônio+ 5@ 10%02
-C02
- 02 (5@ 10%) + co2 (restante)
- co2 (15@ 30%) +Argônio (restante)
- 0 2 (5@ 15%) +Argônio (restante)
- N 2 (25@ 30%) +Argônio (restante)
É importante ter em mente que quanto mais denso for o gás, mais eficiente
a proteção do arco. As maiores vantagens do processo MIG/MAG são a alta versa-
tilidade, a larga capacidade de aplicação, a alta taxa de deposição, a baixa
liberação de gás e fumaça e a ampla faixa de materiais e de espessuras que podem
ser soldados.
Em estruturas de aço, é um processo muito utilizado na soldagem de chapas
fmas (espessuras inferiores a 3mm), ou seja, nas estruturas constituídas por perfis
de chapa dobrada.
O equipamento de soldagem MIG/MAG consiste de uma pistola de solda-
gem, um suprimento de energia, um suprimento de gás de proteção e um sistema de
acionamento de arame (figura 1. 7).
Estruluras Metálicas EESC!USP Capitulo 1 -Dispositivos de ligaçao 14
Poça dt
Fusão , Atmosfera
Protetora
Metal de
Bob1na de
Arame
Fonte de Gás
de Proteção
I-~,
i
Controle de
Tensão
I
@ @
u
I
'! @
!! Çl o o
FONTE DE ENERGIA
- Soldagem a arco submerso: a soldagem a arco submerso une metais pelo aque-
cimento destes com um arco elétrico entre um eletrodo nu e metal base. O arco está
submerso e coberto por uma camada de fluxo granular fusível. Dispositivos
automáticos asseguram a alimentação do eletrodo a uma velocidade conveniente de
tal forma que sua extremidade mergulhe constantemente no banho do fluxo em
fusão. A movimentação do arame em relação à peça faz progredir passo a passo o
banho de fusão que se encontra sempre coberto e protegido por uma escória que é
formada pelo fluxo e impurezas (figura 1.8).
Capitulo 1 - Dispositivos de ligação 15
Direção
Eletrodo Nú
~li
Fluxo
Fundido
I
Escória I
Bubrn.J de
~ ArJme
ReservJtÚflo
ou
MJnuJI de Fluxo
SrstemJ de Funte de
Controle Energrc~
o ___1::-
LADO DA SETA_
i
. -------------------------~-__j
I;
SOLDA SOLDA
DESEJADA DESEJADA
,.
.2
i"
2
rv: 'i V
SIM BOLO
SlMBOLO
~
d>
2.1 - GENERALIDADES
Uma conexão deve ser dimensionada de forma que a sua resistência de cál-
.··· __ _...::::=
2.2 - PARAFUSOS
~
As conexões parafusadas podem ser de dois tipos: conexão do tipo contato
(bearini-!YPe)oii do-tipo-atrito (:friclion-type}No pritneiiotipo, pode~se utiliZar
pâfâfus~s c~m1.ins-õ1cde-altaresistênci~ já que os parafusos são instalados sem
aperto controlado (protensão ). Quanto ao segundo tipo, apenas os parafusos de alta
resistência podem ser utiiizados, uma vez que a resistência ao desiizamento está
diretamente ligada à protensão aplicada aos parafusos.
Capitulo 2 • ResistBilcias de parafusos e soldas - NBR 8800 20
Fase (a): a força aplicada (F) é menor que a resistência ao deslizamento, ocorre
apenas deslocamentos provenientes da defonnação elástica das chapas.
Fase (b ): a força aplicada (F) supera a resistência ao deslizamento, o deslocamento
hf'Jsco é proveniente da acomodação dos parafusos nos respectivos furos.
Fase (c): ocorre deformação do conjunto em fase elástica.
Fase ( d): ocorre deformação do conjunto em fase inelástica, culminando com a fa-
llia da conexão. Há quatro modos de falha possíveis nas conexões parafusadas:
F F/2~ ~ F/2
---2'> Nas conexões por contato, os parafusos podem resultar solicitados à tração
(figura 2.2a), ao cisalhamento (figura 2.2b) ~-~~o e ci~amento simultanea-
mente (figura 2.2c). -
Figura 2.2- Conexões por contato: (a) tração (b) corte (c) tração e corte
.
~ração:
/ a resistência de cálculo é dada por "4>tRnt", onde:
.
\__/
Rnt = 0,95AJu
onde:
·\>· .'\=área bruta e área efetiva, respectivamente (ver capítulo 1)
fu = resistência à tração do material do parafuso.
~
( ~ força cortante: a resistência à força cortante deve ser tomada levando-se em
consideração dois estados limites últimos: ( 1) cisalhamento do tronco do parafuso e
(2) pressão de contato nos furos:
- parafusos A325 e A490 quando o plano de corte passa pela rosca e demais
parafusos (comuns) para qualquer posição do plano de corte:
-parafusos A325 e A490 quando o plano de corte não passa pela rosca:
Rnv=0,60~
b2) Pressão de contato no furo: a resistência de cálculo é dada por "cpRn", onde:
~-
q, = 0,75
Rn = a.Aifu
-para esmagamento (sem possibilidade de rasgamento): a.= 3,0
!
\
-para rasgamento entre dois furos consecutivos: a= (s/d) -11 1 :S: 3,0
It t tl
leJ 5 ~ 5 ~
Figura 2.3 - Dimensões "e" e "s" numa chapa
parafusos comuns
ASTM A325/A490
'-
onde:
T d = tração de cálculo
Vd = cortante de cálculo por plano de corte
<PtRnt = resistência de cálculo à tração, confonne 2.2.la
<PvRnv = resistência de cálculo ao cisalhamento, por plano de corte, conforme 2.2.1 b
D ~
1,0 <l>v Rnv
onde "C" é uma constante admitida como sendo 1,25. Isolando T d, obtém-se:
Rnv = ~(Tb- T)
Eslrutlns Metálicas EESCIUSP
Capitulo 2 - Reeistências de par:afusos e solda - NBR 8800 26
- - - - - - - - - - -----·-- --·-
T = força de tração no parafuso, calculada com base nas ações nominais. porém
com a ação permanente multiplicada por O, 75 caso isto seja desfavorável
área efetiva
de contato
{a) sem força externa (P =O) (b) sob a ação da força externa P
semP:
comP:
onde:
T b = protensão inicial.
T f = força de tração no parafuso na situação fmal, ou seja, atuando P.
P = força externa aplicada.
C1 =resultante das pressões de contato na situação inicial (sem P).
Cr = resultante das pressões de contato na situação fmal (com P).
- deformação do parafuso:
- deformação da chapa:
onde:
At, = área do parafuso.
Ac = área efetiva de pressão de contato entre as chapas.
Es1ruDJras Metálicas EESC/USP Capflulo 2 - Resistências de parafilsos e 110ldu - NBR 8800 28
Tf= Tb + 0,09P
llT .
'b - · - - ·
DESCOLAMENTO
Tb ~ Cf=O
/
/
/
45.
p
1,1 T b
2.3- SOLDAS
4> = 0,9
Rn = 0,6AMBfy
onde:
.-\v = área efetiva da solda (figura 2.8).
AMB = área teórica da face de fusão.
fw =resistência à tração do metal da solda (tabela 2.3).
fy = limite de escoamento do metal base.
Nomenclatura:
Aw=L.a
AMB=L.b
... I
Figura 2.8 - Filete de solda
Estruturas Metálicas EESCIUSP Capitulo Z • Resistências de parafusos e soldas - NBR 8300 31
classe 60 415
classe 70 485
--~
A resistência de cálculo é dada pelo menor valor de ~Rn calculado pelos dots
estados limites últimos aplicáveis: ~ ~ · · -
~ = 0,75
Rn = 0,6Awfw
<P = 0,9
Rn =0,6Awfy
Aw = área efetiva da solda de entalhe, dada pelo produto do comprimento da solda
(L) pela garganta efetiva (a). A garganta efetiva é tomada como:
para chanfro em J ou U
chanfro em bisel ou em V, com ângulo de abertura;;:: 60°
a = c (profundidade do chanfro)
a=c-Jmm
Estruluras Metálicas EESCIUSP Capitulo 2 - Resistências de p.-afusos e soldas - NBR 8800 32
2 @4mm
1------,11--.;
~,
I Solda de filete l
Tabela 2.4 - Dimensão nominal mínima de uma solda de filete
Maiores do metal base na
::;6,3 3
6,3 <t~ 12,5 5
12,5 <t~ 19 6
> 19 8
Estrulunis Metálicas EESCIUSP Capftulo 2 - Resistências de parafusos e soldas - NBR 8800 33
- soldas de filete com faces de fusão não ortogonais: são permitidas para ângulo
entre faces de fusão compreendido entre 60° e 120°, desde que haja contato entre
as partes soldadas através de superficie plana e não apenas uma aresta. Para outros
ângulos não se pode considerar tal solda como estrutural, pois esta não é adequada
para transmissão de esforços.
l Solda de entalhe· I
Para soldas de entalhe de penetração total, a garganta efetiva é dada sempre
pela menor espessura das partes conectadas. Nas soldas de entalhe de penetração
parcial, a garganta efetiva mínima ( ~ deve ser estabelecida em função da parte
mais espessa, sendo que tal dimensão não necessita ultrapassar a espessura da parte
menos espessa. A tabela 2.6 apresenta estes valores mínimos.
E:strm!ras Metálicas EESCIUSP Capítulo 2 - Resistências de plll'llfuaos e aoldas • NBR 8800 34
.-
T a bela 2 6 Gar~g·anta efetivam1mma de soldas deentalhe d e_~cetração parcial
Maiores l&~ do metal base na junta t(mm) 8mtn (mm)
::;6,3 3
6,3 < t ::; 12,5 5
12,5 < t::; 19 6
19 < t::; 38 8
38 < t::; 57 10
57<t::;152 13
> 152 16
CAPÍTUL03
p
F=-
p n
onde
FP = força cortante por parafuso
P = força aplicada
n = número de parafusos
~Metálicas EE8CIUSP Capítulo 3 - Solicitações em parafilsos e soldas 36
------------------------------- -
~ '---r--tl I
1
t+-----H! 1~1
11+---ttl11+-----MI1:+---ttl
p
---3llo- . . : _ _ '----r---Htl ~~~ ~
111-+H-111----+1+--111--t++--111 \ I :
. I I
. , I
I ·_:
I I I
I 1 I i
tt±t1 [[lT
a) deformações elásticas b) defonnações plásticas
TENSÕES NA BARRA
A 8 TENSÕES NA SOLDA
[LlllQIJ/
a) cordão longitudinal
b) cordão transversal
/ -~&=90°
....._
// I -.......... ....YJO
---::::.:::f _
/
I
/
,.-i I ------ 10°
I /
I """.,.....~------
-------:.f-
I I ...............
1I ,... - .....
/1 /. I I . I ---- o
I!/ -------------~0
11 ,..,.-í-- I I (0,6fw) Aw
/
t J ~mox ) J
DEFORMAÇÃO
Neste caso, a avaliação dos esforços nos parafusos é feita admitindo-se dois
carregamentos em separado: uma força centrada e um momento de torção. Em
seguida procede-se à uma superposição de efeitos (figura 3.4).
e
,
~p p ~ M=Pe
p
Fv=-
n
- compatibilidade de deformações:
- equiíbrio:
M
FM., =L r 2 r..
I
/l+n)
e r =e- 2,5,-2-
onde
er = excentricidade reduzida, em.
e = excentricidade real, em.
n = número de parafusos por coluna.
.. (1+4)
er =25- 2,5~ -r = 18~65 em
o que significa uma redução de 25%.
er=l8,65cm
e= 25 em
p p
- equações de equilíbrio:
onde
r0 ; e ~ coordenadas polares do centro de gravidade, tendo como origem o CIR
ri ; 4»i ~ coordenadas polares de um parafuso genérico.
e ~ excentricidade da força em relação ao centro de gravidade do conjunto.
Estruturas Metálicas EESCIUSP C11pítulo 3 • Solicitações em parafusos e soldas 42
F: = força no parafuso.
= resistência de cálculo do parafuso ao cisalhamento, conforme capítulo 2.
Obs: verificar selnpre a pressão de contato nos furos, a qual pode constituir uma
situação mais desfavorável.
81 =deslocamento, mm.
e= base neperiana (2,718).
8. = _5._8
I r
- mllX
b) conexões por atrito: neste caso, a força em cada parafuso é a mesma e é dada
pela resistência ao desliz~ento. Assim,
I Exemplo 3.1 I
Determinar a resistência de cálculo da conexão esquematizada a seguir.
considerando três casos:
a) método vetorial.
b) método vetorial com excentricidade reduzida do AISC.
c) método do centro instantâneo de rotação.
·-+
~p
75 •
1
~ 1.
'4
2.
75 :
'I
,:.r IG s
•
' 5
1
~ 3. I
.6
100
--.1<-
I
M= 12,5P
L: r;~= 4(9~0)2 + 2(5~0Y = 374 cm 2
12~P
FM = 374 9,0 = 0,301P
FMx = 0,251P G
FMy = 0,167P
Portanto, Rd = 208 kN
Eslruturas Metálicas EESC/USP Capitulo 3 -Solicitações em parafusos e soldas 45
fl+n) = 12,5-2,5,-
e r =e- 2,5\2 fl+2)
2- = 8,69 em
p
Ev =- =0167P
,
6
M = 8,69P
8 69
RM-- 374
' p 9 ' O-
- 0,209P
FMx =0,174P
FMy =0,116P
Portanto, Rd = 262 kN
E3troturas Metálicas EEBCIUSP Capitulo 3- Solicitações emparafusog e soldas 46
r = 0 e= 125
.~ o .
-- ~
CIR /::::: ~-
l<j)
t=P4\
I
I
,
;
~G
i
•
'
I
I X
>
le=oj
Neste caso, a força aplicada (P) tem a direção do eixo y, portanto o CIR está
situado sobre a reta horizontal que passa pelo centro de gravidade do grupo de
parafusos. Desta form~ o ângulo e é nulo e a primeira equação de equilíbrio será
satisfeita para qualquer valor de r 0 bastando considerar as duas últimas equações
de equilíbrio.
Fu =~ftav = 87 kN
8n= = 8,9 mm
8.=lÕ =89l
· rma: ma: ' rma:
8,9 b (mm)
ro= 5,2 em
"'Fl
""-' co~.=
0\f/1 P = 336' 3 kN
LF:!i =P(e+IQ)=4.928)kN.cm ~ P=246,4kN
LF coS(j). = P = 242 3 kN
l • l '
Quadro comparativo:
Método
208 0,867
vetorial corri 262 1,092
240 1,000
p
fv =p: s
onde:
As = área da solda (área efetiva ou área da face de fusão).
Aw = 2: Lsa ~ área da seção efetiva
AMB=l:Lsb ~ área teórica da face de fusão
•
e
~M=Pe
+
+-
I Exemplo 3.2 I
Determinar a resistência de cálculo da conexão soldada esquematizada a
seguir, considerando o método vetorial.
Admitir:
eletrodos classe 60 -4 fw=415 MPa
metal base: ASTM A36 -4 fy = 250 MPa
PONTO CRÍTICC
\\\ \
G
lO ll
íl
190 l
.,
2x19x9,5 ~
x = 2 x 19 + 25 =5,7 em
I
,O
-áreas:
- momento de inércia:
t 1J
= 25 2 +2 x 19 x 12,52 = 7240 cm3
2
I~= 25 x 5,72 +~19;{ + 19 x 3,82 ) = 2504 cm3
/ ~ I
w
Ix = 0,42(7240) = 3.041 cm4
Iy = 0,42(2.504) = 1.052 cm4
c/
23,3P
fM = 4 _093 18,25= 0,104P
12,5
fMx = 0,104P 18,25 = 0,071P [My = 0,1 04P /:f.s = 0,076P_
Finalmente:
b) conexões flexíveis: ocorre quando o giro relativo supera 80% do valor corres-
pondente à condição de apoio simples. Neste caso, é razoável calcular a estrutura
admitindo apoios rotulados.
b
j< >I
Fl r
F2 o
I<(
u.
t)M
<(
o::
\ 1-
d
'
ocf-
0.1
~I
~ -i
0
fc
v
F=-
v n
onde:
V = força cortante.
n = número total de parafusos da conexão.
-força nos parafusos devido ao momento fletor: neste caso, admite-se uma distri-
buição linear de deformações, que consiste numa hipótese razoável desde que as
deformações sejam pequenas (fase elástica). Assim,
onde:
M = momento fletor.
I = momento de inércia da seção formada pela região comprimida mais os parafu-
sos tracionados.
c\= distância do parafuso genérico "i" à face inferior da chapa.
-~ = área bruta do parafuso.
M~
s
=Minf
s
~
onde:
b = largura da chapa.
~= área dos parafusos tracionados posicionados à distância ~
I Exemplo 3.3 I
Verificar a conexão parafusada esquematizada a seguir, admitindo:
pos. l J..
....
pos. 2
s'
I
I
\ kN.m o
co
r</
Vd= 360 kN I
...T J..
~.
I
o!
,.,.., I'
200
360
FV d-- 6 -60kN
-
Eslruturas Melálicas EESCIUSP Capitulo 3 - Solicitações em p!lCI!fusos e soldas 57
- tração de cálculo:
y = 6,54 em
/~ .
- momento de inércia:
r"' v
6,54 3 r
I = 20 + 2x2,85x40,46 2 + 2x2,85x34,462 = 17.964 cm4
3
- força de tração nos parafusos da posição ( 1) - mais afastados da LN.
6.000
Fl d = 17.964 (47- 6,54)x2,85 = 38,5 ~
-resistências de cálculo:
mAp
L- P/2 l
-p tt-
~
p
1
t
p I
H -Y
H p
I
p
- --:::?.; ~/ / /
I
i
/ / / // /
v
I
P!
AÍ it,////.
I I
I
~
1
/ /////7
P/2
l b l b
- momento de inércia:
- tração no parafuso:
I Exemplo 3.4 I
Verificar a conexão esquematizada a seguir, admitindo:
o[
~
lr- 6
li --l
l
~--·-
I I
i I
I I o
o I i I<(
<D I u.
~ I ! <!
o I a:
..,.
N o I ' I .....
<D
>C
I I
I I
' I
I I
I I
o
I I
~
220
FVd = T4 = 15,7 kN
- tração de cálculo:
6
'~ + 0,66 (42 - ~,46)3
63
I = 20 = 11.673 cm 4
3500
Fld = 11.673 (39- 6,46)1,98 = 19,3 kN
-resistências de cálculo:
Neste caso, admite-se por hipótese: que sempre haja pressão de contato entre
a cltapa de extremidade e o elemento de apoio. Desta furma, a linha neutta coiru,'ide
com o centro de gravidade da chapa de extremidade e, assumindo distribuição
linear de deformaç~ uma parte da chapa fica sujeita a um acréscimo na pressão
de contato, enquanto a outra parte recebe um alívio nesta pressão de contato (figura
3.17).
A análise em questão é idêntica ao caso da flexo-compressão em seções
retangulares, onde pode-se considerar separadamente os efeitos da força normal
(protensão nos parafusos) e do momento fletor, resultando numa distribuição final
de pressões de contato conforme apresentado na figura 3.17.
Os parafusos críticos serão aqueles situados na região ''tracionada.", ou seja,
na região que recebe o alívio na pressão de contato, em particular, os mais afasta-
dos da linha neutra, pois apresentarão a menor resistência ao deslizamento.
A resistência da conexão à força cortante será obtida pelo somatório das
resistências ao deslizamento dos parafusos.
t-e- +
I Exemplo 3.51
Verificar a conexão parafusada esquematizada a seguir, admitindo:
o
"'
oo's. 1
POL.L_
!)M,35kN
[ V=280 kN
m
o
<.D
"'"
o<.D
>(
i
I
!
pos. 3
pos. 4
DOS. 5
<.D
!
DOS. 6
- ' '---
pos. 7
o
"' ~ 200
M M 3500
cr:Mi =TYi =bH 3/ Yi = 123.480 Yi
/12
onde:
I = momento de inércia da seção de contato, ou sej~ da chapa de extremidade.
Yi = ordenada do parafuso genérico "i" em relação à linha neutra.
3500 / ,, kN/
0
M = 121480 21 = 0,60 /cm2
onde:
; = 1,00 (furo padrão)
J.1 = 0,28 (coeficiente de atrito)
T = tração externa por parafuso
b
~ = crMi 2 p = 60 OMÍ
M
T=C=-
z
T
Tl =-
n
onde:
T = resultante de tração.
z = braço de alavanca, distância entre centros das mesas do perfil.
T 1 = tração por parafuso.
n = número de parafusos na região tracionada.
Eslruturas Metálicas EESCIUSP Capítulo 3 - Solicitações em~ e soldas 65
I Exemplo 3.6 l
Verificar a conexão parafusada esquematizada a seguir, admitindo:
~I
-I-
T - .r-
- v
-
.,_ (
\ @
I
)M~50kNm
o )
a:>
,..,
"
N
l
V= 150 kN I
I
o
,..,a:>
c - 1- •T -I-
,..,o
200 ~
T = C = ~ = -~~0 = 132 kN
5
T 132
Tl = n = 4 = 33 kN
-resistência ao deslizamento:
I Exemplo3.7l
Determinar a máxima força de cálculo Pd que pode ser aplicada ao console
esquematizado a seguir, admitindo:
180
~
160
p
d
=9
. lDI ~ I
r-11 I I _L
~
'
r-1
I{')
N
'<t
I"") o!
I{")
N
N
CH.8
~
0
(fM}mox.
PONTO CRÍTICO
08x209 (
3
í
J= ' ' +0,8x20,9x8,32 2 + 1,6x16x5,432 = 2.521 cm4
12
M 18Pd
fM = yY = 252!18,77 =0,134Pd
pd pd
fv = A= O8x20 9 = 0,06Pd
w ' '
I Exemplo 3.8 I
Verificar a conexão soldada viga-coluna esquematizada a seguir, admitindo:
I
5
~~
li
~)
Md=l05 kN.m I i
~1 s1
..., o::r-1
6,3
vd = 120 kN
_li
~~r
2oo I
VS 400 X 49
6,3
_ __...__ _ _ _-+---. ----------
Md 10500 kN/
(fM)A = - -y A = 16390 20 = 12,81
1 /cmz
vd 120 kNI
fv =A =O 63x331 = S,?S /cm2
w ' '
f Região A I
- tensão resultante na seção efetiva da solda:
garganta efetiva ~ a= 0,7b = 0,7x0,5 = 0,35 em
para dois filetes ~ toma-se a garganta efetiva 2a = 0,70 em
I Região B I
- tensão resultante na seção efetiva da solda:
-0,63 - kN/
(fJB- 0 7 12-10,8 /cmz
'
- tensão resultante na face teórica de fusão:
:~resistências de cálculo:
I PARAFUSOS
l
PARAFUSOS
I
I
I
i
I
SOLDA rh ,..--
-
I
- - - - . ---·--,
I
1r
i
I
I
I Exemplo 3.91
Verificar a conexão flexível viga-coluna esquematizada a seguir, admitindo:
VS 500x86
L 76 X 76 X 6,3 (A.Ll
v,l2 i i I
I
v,/2
I~ VIGA
n= ,~,.R
vd. =
220
= 3,4 ~
fi
4 para usos
'!'v nv 64
'j
o
<:r
o
o(\J
o
<:r
Neste caso, tem-se dois grupos de cordões de solda sob cisalhamento excên-
trico, onde pela simetria, cada grupo de solda é solicitado por uma força igual à
metade de V d-
tI2 vd
= llOkN '
/
-G-+-1------"-+--)M, ·l
_'!_;__'
2 l
)
2x6,6x3,3 I
"
X= 2x6,6+20 = 1,31 em :
J I
'l
J
[
I p =I X +I y = 742 cm 4
110
fv=l162=9,47
kN_iccmz
: fM
M
'
110x6,29 kN,i.
I
E:
I
fv
I
I
y
10 . kN~
fMx = fM r= 9A1 1009 = 9,33 _ cmz L
'}- ' 5,29 1,31
X 1,31
fMy = fM r= 9,4110,09 = 1,22
kNkCffi2 6,6
+Rn = 0,9(0,6fy) = 0,9(0,6x25) = 13,5 k.N/cmZ > fMB = 9,9 kN/cmZ (OK]
~ 110 kN
T- -4~
~1
o:
-+-- +--
t.!> M 2 =110x4,7=517 kN.cm
L-r+-
t
i
-f=
V
llOkN
~
.;('-/
VIGA
w 4 4 + 3 ,47mm
)
EstnJbns Metálicas EESC/UBP Capitulo 3 - Solicitações em pm'llfusos e soldas 77
v/
Fv = ~ = 1~O = 36,7 kN
-c _ M 2 _110x4,7 _ kN
J.'M- Z - 12 - 43
Fp = -136
'V '
72 +432 =56' 6 kN
.,.\
\
\
- -+-
i
~~- --T
T2 - \
\
\
\
\
-
) M l =110 X
~
6,29 =S29 kN.cm
:
1-
8......
~
- --
y; y
- ~ -~
---,j<-__!.....:~:......::....<;..J.::J _J__ ___j_
REGIÃO
COMPRIMIDA
. ./ . .:.
- momento de inércia
3
,~ + 2,85(16- 3,73)2 + 2,85(10- 3,73)
33
I= 7,6 2
= 672 cm4
Estruturas Meáilicas EESC/USP Capitulo 3 - Solicitações em parafusos e soldas IX
M 110x6,29
Fl = - 1 (d 1 - y)Ap = (16- 3,71)2$5 = 36 kN
1 672
:>f
d) verificação da cantoneira:
SEÇÃO 2 , SEÇÃO 1
11/
SEÇÃO 1
o
o
N
)
SEÇÃO 2
Observações complementares:
ÁREA CRÍTICA
L;
\';RECORTE P/ ENCAIXE
ÁREA
...,...-rl--.../ Av
I Exemplo 3.10 I
Verificar a possibilidade de colapso por rasgamento na conexão apresentada
a seguir~ admitindo aço ASTM A36 e parafusos «P 19mm (furos c!>= 2lmm):
Av
v, ~95 kN!
o
<.0
......
tw= 5 mm
Escoamento:
Ruptura:
T+O
}2T ~ 2T
\
Estruú.ns Metálicas EESCIUSP Capítulo 3 - Solicitações em parafusos e soldas 82
Da figura 3.28 observa-se que que o efeito alavanca no primeiro caso (a) é
=
desprezível, ou sej~ Q O; enquanto que no segundo (b) seu valor pode resultar
elevado.
A avaliação do efeito alavanca (força Q) é compli~ o que fez surgir, ao
longo dos últimos anos, vários modelos teóricos para sua determinação. O modelo
mais simples, e por conseguinte, o mais utilizado, é o modelo de viga. Neste
modelo, considera-se uma faixa de largura constante "p", e admite-se por hipótese a
plastificação da seção 1-1 (figura 3.29). Admite-se também que a linha de ação da
força no parafuso (T + Q) é deslocada para a extremidade do furo devido à defor-
mação da chapa.
b
Q 2 1 '
- M2 Tb1 -M1
Dfi
eme-se a- 8M
1
= õM 1
Tb 1 -M
Q= I 1
a
I Exemplo 3.11 I
Determinar o efeito alavanca na conexão apresentada a seguir, admitindo:
- modelo de viga.
- aço ASTM .A36 (fy = 250 MPa).
- parafusos tf> = 16mm.
L 30 _l 40
l,,i
- -
I
+ _L____ I I
•
Oi
~1138, ~
I[) I
oi
+--
1:1
<.DI
.-! '
I~ I 32
1:1 I I
or li
•
lf'l!
[__t
I L.-
I! I
11
~·
1
Pd =180 kN (TOTAL)
I 150
t-----
I
- distâncias de referência:
-parâmetro geométrico õ:
~ - p - d - 50 - 16 - o68
o- p - 50 - '
5xl,62
M1 = ~bMn = 0,9(1,5 6 25) = 72 kN.cm
- parâmetro a.:
Tb 1 - M 1 30x3,2 - 72
a = oMt = 0,68x72 = 0,49 < 1 _,. [OK]
- efeito alavanca Q:
_ Th 1 - M 1 _ 30x3,2 - 72 _ kN
Q- a· - 3,8 - 6 '3
Th'-M1
a= õM1 Th'-M1-0
-
0,9(1,5
52
! 25) = 30x3,2 ~ t = 1,85 em
Mediante essa análise, seria necessário adotar chapa de 19mm (3/4") para
desprezar o efeito alavanca nos parafusos. Ao invés de se aumentar a espessura da
chapa, poderia adotar-se elementos enrijecedores. conforme figura 3.31, o que
reduz consideravelmente o efeito alavanca.
SOLDA
~\
' 1'1
+-1~1 +-
== ·~ -~1.; 1!1 f-~
= + .~~~==-to=~t
. :!: +- ENRI J EC E DOR
c.-+=·
- ;:~--
li .
1
+~ .
I !li
I
•
I
I
SOLDA SOLDA/
VM.
q = -c.t = I
Estn.úuru MeiD!icas EESC/USP Capitulo 3 - Solicitações em p811'8fusos e soldas 88
onde:
V= força cortante na seção.
I = momento de inércia em relação ao eixo de flexão.
Ms = momento estático correspondente à fibra analisada em relação ao CG.
t = espessura da seção junto à fibra analisada.
Nas seções delgadas de abas largas, que é o caso das seções "I" ou caixão
usuais, a tensão de cisalhamento pode ser admitida uniformemente distribuída na
alma, desprezando a contribuição das mesas, o que implicará num erro relativa-
mente pequeno (figura 3.33).
,_1max-
--IH----- -- 9
7
I Exemplo 3.12 l
Verificar a solda de composição do perfil apresentado a seguir, admitindo:
!
5 J
6,3 ~I
i
L() I
~I
q -- V - 361 - 8 49 kN I
h - 42,5 - ' I em
I Exemplo 4.1 I
Dimensionar a emenda de uma barra tracionada constituída por uma canto-
neira L 64x64x6,3, admitindo conexão do tipo atrito.
Como Nd = 140 kN > 50o/o(<PtRnJ, a emenda deve ser dimensionada para Nd.
Estruturas Metálicas EESCIUSP Capitulo 4 - Cálculo de emendas em barras 91
- resistência ao deslizamento:
N 100
n= R ~
th
'fv zrv
=
14' 8 = 6,7 7 parafusos
Nd 140
n= A R = 284 =4,9 ~ 5 parafusos
'+'v nv '
L30 50 50 50 30 Jp-
lO
'''.
Ii
--- --- - ----,~-.-----:----;---.-- r--
(
I
I
I
55 50 50 55 J
I
I
'
I
430
I
'
I Exemplo 4.2 I
Dimensionar a emenda do banzo inferior da treliça esquematizada a seguir.
com seção constituída por dupla cantoneira 2L 76x76x5, admitindo duas situações:
emenda parafusada e emenda soldada.
.JL 76 X 76 X 5
2
Ag = 14 cm
SEÇÃO DA BARRA
Como Nd = 250 kN > 50o/o(<PtKnt), a emenda deve ser dimensionada para Nd.
Estruturas Metálicas EESCIUSP Capitulo 4 - Cálculo de emendas em barras 93
a) emenda parafusada:
AlL 5,80
NlL =LA Nd = 16,4 250 =88,5 kN
ACH 4,8
N CH = LA N = 16,4 250 = 73 kN
d
r- 60 r 60 + 60 ---j ~
I 1 i
.____ :: )
(
-~
'
-
li
li
li
·+--+
I
(
I
----~
I I I
I I r I! ! :
'
+ I~
I
Í30 60 i 60 30 10 por. P2 /
370
Pl 2 4 8
P2 6 1 6
L 14
b) emenda soldada:
- comprimentos de solda:
chapa de miolo:
NCH 110
2:L, ="'R = 39 = 28 em
'r n '
cantoneira lateral:
"" NlL 70
~L.= "'R = 39 = 18 em
o/ n '
Estroturas Metálicas EESC!USP Capítulo 4 - Cálculo de emendas em barra<; 96
3VL\ l
I 3
I
'\1
L
J I
J I
li
\ li
?
150 lO 150
I
I
i
310 i
I
I Exemplo 4.3 I
Dimensionar a emenda da barra tracionada apresentada a seguir, constituída
de perfil soldado CS 400xl07, admitindo:
400
i
área da seção:
ª'@l -
r<)
l --
. . <J
il
~CH.6,3
; ! I
-~
180 i
I
Esquema adotado inicialmente
A.s cobrejuntas de alma e mesas devem ser adotadas de maneira que sua
área seja igual ou maior que a área do respectivo elemento conectado. Observar
que no esquema inicialmente adotado (figura anterior), os parafusos de alma e
mesas são solicitados a corte duplo.
Acf 48
Nf =LA N = 136~32.190= 771 kN
Acw
40,3
Nw =LA N = 136,3 2.190 = 647 kN
- quantidade de parafusos:
CH.6,3
....
f
fi
-I I
'r
s ~ ..l,. i
..!..
r·'I
,,
IJ
[
~---~
~
"F'
i I
..i.. ..1.. lil
f' I
T ~li
I I li
50 60
-
I - ,. . .,. TA LAS I
,/~ I
I
i
r v
SOLDA DE
ENTALHE
SUPERFÍCIES
~ USINADAS j_
- 1- ·- ~
v - - -
~
" ~FIXAÇ
I
- ÃO DE
MONT AGEM
! ' ~
l '
~ _j -
I I I
'
11 '
- I' .l..
li
li
- -
::
li
"!"
'
I li
I
SOLDA DE
v
v
\ I / ENTALHE
J IY
v
li
'J
li
li
I:
I
0
11
I Exemplo 4.4 I
Dimensionar a emenda da viga esquematizada a seguir, admitindo:
-parafusos q, 19mm; ASTM A325 (fu = 825 MPa)
- conexão tipo contato, rosca inclusa no plano de corte
- metal base ASTM A36 (fu = 400 MPa)
Estruluras Metálicas EESCIUSP Capítulo 4 - Cálculo de emendas em barras 102
1 vs 6ooxl25 1
EMENDA
~o,·320kN
_K_
l 4m
~l 4m
~
l 4m o
o
~ 1 1 <.D
:
~ 12m
1 1
1--t=~:~0'1 I
..... f 300
50 100 j_ 50 10
L
I
'
!
i
I
I
J.r- \
'
'
60_ 1---
100
-!----
li
·IJ
1.1
-111
(
Ir
420 100 I -~~~ -
II e=l05
~30l CH.92,~ ,
~~~
CH. 6, 3"'
210
X-·-· 600
210
F ===§ _______.,__
~ 300 I·
seção da emenda
I 7.780
M._ = j Md = 98385 640 =51 kN.m
~
Mr = yMd = 98.385 640 =) 89
Ir 90.605 kN
.m
Estruturas Metálicas EESCIUSP Capí1nlo 4 - Cálculo de emendas em barras 104
EMENDA
~ e=lOS v
1 .,
vd =160kN
Md = Nl + LlM = 5.100 + 160xl 0,5 = 6.780 kN. em
Força no parafuso crítico (posições L 4, 5 e 8):
E = vd
n
= 16o = 20 kN
v 8
M 6.780
FM = Liiz I; = 1200 15,81 = 89,3 kN.cm
número de parafusos:
T 1.014
n = ~ftnv = 128 = 7,9 --+ 8 parafusos
rasgamento entre furo e borda: a.= e/d -11 2 = 50/19- O= 2,63 (crítico)
rasgamento entre furos: a= s/d -11 1 = 100/19-0,5 = 4,76
;i(
I
I
"
li
) _L,
-
li
-:I
- -
- - ,, -
1•1
- -i/
li
liI
BASES DE COLUNAS
placa de
base
'b,· €1-9.
chumb.
~:/e~
. ~ I
.j..6::j .
chumb.
, •, ! L chumb.
onde:
A 1 =área carregada sob a placa sob a placa de apoio.
A2 = área da superficie de concreto.
fck =resistência característica do concreto à compressão.
---------71
\ 111
\ I I area carregado
\ I I Al
I
\~ / I
\~I I
\ / I // ' qs,.
\ I
/X
I
I A
/
----7:______ .: ,. P.i:Jo•
'- ,. ~· p ·-·.a
I \ I -; ~.'
I
I \
\
I
I
área A 2 ~
I \
I \ I
I
1 contorl")o. \ 1
homotet tco ef1\
relacão a A 1 \
1 CORTE (&
1
---------~
PLANTA
Neste caso o detalhe da base deve ser tal que a restrição ao giro seja a menor
possível. Normalmente adota-se uma placa de base e dois chumbadores posiciona-
dos junto à linha de centro da seção (figura 5.4), pemritindo que ao menos uma das
extremidades da base possa se deslocar livremente. Se a rigidez à flexão da placa
de base for relativamente alta, pode-se admitir que a pressão de contato seja
uniformemente distribuída ao longo da área da placa. Os chumbadores são
dimensionados em função da força cortante "V", desprezando-se a força de atrito
mobilizada entre a placa de base e o apoio de concreto. Em alguns casos. este~
podem ser substituídos por barras de cisalhamento.
É importante lembrar que no caso de colunas com grandes dimensões. c
consequentemente com grandes esforços, deve-se projetar aparelhos de apo1o
especiais com o objetivo de reduzir ao máximo a restrição ao grro.
compatibilizando-os com as hipóteses de cálculo.
!N H
__,-,--.___J_J.\Ir-'- - - . . , . . . _
r -~ ~-
-
-~ ~-
'-
~chumbadores
- I
I
N
vv p= -s.H"' barra de cisalhamento
ao invés de chumbadores
tttt ttfJ (~olda
-~ :'·5 ç /
. J·,.
FAIXA EM BALANÇO
1. m ou n 1.
n 1 ~ se cão
--.Ji!.-
t~
j l
ttttth
I . ! "-P
m 0.95 d
H
m
n
Mr
Figura 5.5 - Método do AISC: balanços externos
onde:
Pd = pressão de contato (valor de cálculo).
A 1 = área da placa de base (B x H).
t = espessura da placa.
Mct =máximo momento de cálculo.
<Pb1-fn =resistência de cálculo ao momento fletor, admitindo-se plasti:ficação total.
Estruturas Metálicas EESCIUSP Capitulo 5 - Bases de colmas 110
b) balanço interno "c": é defmido em função de uma área interna efetiva AH obtida
sob a hipótese de que nesta área atua uma pressão de contato p 0 igual à resistência
de cálculo à pressão de contato 4>Ru. A figura 5.6 ilustra esta área efetiva.
c • ~ t f/2
p I
,
4
I
I
!,
1 n
I
Po =~o = ~Rn
H
(por hipótese)
(MJ. = p2cz
Concluindo, a espessura da placa é dada pelo maior valor entre 1m , 111 e te.
l Exemplo 5.1 I
Dimensionar a base da coluna em perfil CS 400xl65, sujeita à força normal
de cálculo Nd = 1.850 kN e cortante de cálculo Vd = 190 k.N, admitindo:
a) placa de base
Nd 1.850 ,
Al = 'flA-R = O98 = 1888
o
. cm-
'
1,. H =450
i
1 ! ---,;c
- __& - 1.850 - kN;/ i
380
_J j45x45) _
cj>Rn - O, 1~0,7x2,0"\j 40x4 0 - 1,1 O
kN/
1 em2
N0 1.456 2
AH = cj>Rn = 1JO = 1.324 em
1
c = [40 + 40- 1,9- ~(40 + 40- 1,9) 2- 4(1.324- 40x1,9) J = 11,2 em
4
I 2p0
~
/2x1,10
te= c o9f = 11,21/Q 9x25 = 3,5 em
' y v '
Portanto, tomando-se o maior valor encontrado para t, adota-se CH 38mm.
b) chumbadores
\
Estruturas Metálicas EESCIUSP Capítulo 5 -Bases de colmas 114
en r i j ecedo res
-~ ~-
o
L() -
<;j"
-~ ~-
J___
--+---< 41 chumb. 0 38
I>E chumbadores
tracionados
enrijecedor
B -
-~ ~-
.__
I
I
I
I
-·-_.__
i
-~
I
'COmpressão
'
LH/6 LH/6 L
, l ,
I
H
1,. e
1
- ~ "-r[
a .i_ ( I
~
.I
l b
I T 1
l
r--. -.... -.....
-..... ~R= N+T
1
--------
~lt-....l
\ T
V\Jma )(
.~ r---...--...__
G Y/3
-Equações de equilíbrio:
~ N + T =R= PIWII: Y. B
2
E s. _ T 1
Fazendon=-
E. s. - A.PIWII: n
onde
6
K2 = ~· (G+e)
K, = -K,(~ +G)
Obtida a posição da linha neutra (Y), pode-se calcular as outras duas incógnitas:
2(T+N)
Pmax = Y.B
I Exemplo 5.2 I
Dimensionar a base da coluna esquematizada a seguir, admitindo:
- fator de homogeneização n = 1O
Eslrulura.s Metálicas EESCIUSP Capilulo .5 - Bases de coluoas 119
-
/
40 J.. 480 40
l
I
-H ~- I -
8
- 8=250
-H ~- -H .__
i
l G =240
!
~ ESFORÇOS NA BASE
Y3 +KY
1
2
+K2 Y+K3 =0
6
K2 = ~s (G+e) = 6x~~O (24 +J9,56) = 1.045 cm 2
í y; +e -7
-I
HI l 136~9I / ;-. ,1 n-:f ,JO
::c ~ól l
- -; I
I
;1 - ')I
I
.. J -
1 - ,') . ·------
Td = Nd
l Hl _yI'._ jl= 46q s6/
72 /3 + G L /2 -
36,9 / '-~--j~~ 44,7 kN
/3 + 24
Estrutm1IS Metálicas EESC/USP Capitulo .5 - Bases de colunas 120
a) tração
Crct(+'5 · L -:tt:;
-escoamento na seção bruta: ~Nn = 0,9(1\fy) = 0,9(5x21) = 94,5 kN
-ruptura da parte rosqueada: ~Rnt = 0,65(0,751\fJ = 0,65(0,75x5x38) =j 3 KN - ~"' "
b) cisalhamento
lrc- :. I -
~vRnv = 0,6(0,421\fu) = 0,6(0;42x?x38) = _48' kN
- ( · - , . ,! fc :::- (Z 1 0 f
Portanto, ~vRnv = 48 kN :> Vdt = 122/4 = 30,5 kN (OK)
Pressão de contato em furo: não é crítico~ uma vez que a espessura da placa de base
normalmente é elevada.
c) tração + cisalhamento
../ J lz_1o I _ s""'
~tRnt ~ 0,641\fu- 1,93Vd = 0,64~5x38- 1,93~0,5 = 62-;7 kN
44,7 1,09
lificada 3,8 1,41
\ N
v
'
Y = 26,4 em
I
I ;
11111111
i '
i
11111111
i !, ~ I
I Cl jmesa , ,
:-.r---...
-
......... R= J+ T
-- .........
:
l 176 las l
1 1
<t> I. ~
1I.:1
êl
chumbador
;0/
I l :~ • •
travessa de
ancoragem
--,
_ _.J
16 50 90 67 27 8 30 22
I I
19 ! I I I 60 1 100 80 32 10 I 40 I 26
22 : ! 65 llO 93 38 11 45 30
25 I I I I 75 120 102 I 38 I 13 50 I 32
I
32 i i 95 160 116 44 16 65 38
38 I 115 190 145 50 19 75 44
44 135 220 167 57 22 90 51
50 155 255 197 70 25 100 60
Notas:
(l)A=B+C+D
(2) B é calculado em função da força de tração atuante no chumbador.
CD
2x y
VISTA 1-l
BIBLIOGRAFIA
6- ClJNH~ L.J.G. Solda: como, quando e por quê. Porto Alegre: Sagra editora,
la. edição, 1985.
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