“É possível considerar que a interpretação histórica é única?”
Muito pelo contrário, seria um engano tremendo legitimar tal afirmação.
De acordo com as ideias do perspectivismo, vide o circunstancialismo de Ortega y Gasset, percebe-se que uma vez que as circunstâncias são individuais, e, por isso, a verdade de um sujeito é a sua perspectiva, cada um conhece de acordo com as suas próprias circunstâncias. Uma vez que suas circunstâncias são distintas, haverão diferentes perspectivas do mesmo tópico interpretado, pensado, analisado. Os estímulos, o interesse, a busca, a negligência, tudo depende da relação do homem recíproca com a sua circunstância. Isto é, uma relação entre o agente e tudo que está envolto à ele mesmo. Conclui-se, portanto, que a interpretação histórica não é única, longe disso, é plural, pois varia totalmente baseada na perspectiva de quem a produz, e, por isso, deve ser feito o uso de documentos históricos para auxiliar nas interpretações, visando ter algo concreto para se sustentar em meio à algo tão interpretativo e variável como a interpretação histórica.