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LITERATURA

PROF. TATIANA SILVA

FONOLOGIA
2. Não há sílaba sem vogal nem sílaba com mais de uma
• Fonologia: Estudo da palavra quanto ao vogal.
aspecto sonoro. Ex.: Bíceps
• Fonema: Unidade sonora.
• Letra: Sinal gráfico que representa 3. Sílaba tônica X sílaba átona.
visualmente o fonema. Ex.: Compostura

PALAVRA LETRAS FONEMAS


VINHO 5 4
átona átona tônica tônica
HORA 4 3
com pos tu ra
CHUVEIRO 8 7
4. O til (~) não é um acento gráfico, é um sinal diacrítico,
ou seja, utilizado apenas para modificar o valor fonético
TIPOS DE FONEMAS de uma vogal.
Ex.: órgão (tem apenas um acento, o agudo)
• Vogal: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/ - A vogal é sempre
a base sonora da sílaba. 5. A cedilha (ç) também é apenas um sinal diacrítico.

➢ Obs.: Há vogal oral (Ressoa apenas pela boca) e


vogal nasal (Ressoa pela boca e pelo nariz) CLASSIFICAÇÃO DAS PALAVRAS

• Semivogal: /i/, /u/, /e/ (com som de /i/) e


/o/ (com som de /u/). A semivogal sempre se ➔ Quanto ao número de sílabas:
liga a uma vogal. Monossílaba – 1 sílaba
Consoante: /b/, /c/, /d/, /f/, /g/, /j/, /l/, /m/ Ex.: Crer / pó /vez
etc.
Dissílaba – 2 sílabas
ENCONTROS VOCÁLICOS Ex.: Mesa / verde /sempre

• Ditongo: vogal + semivogal ou semivogal + Trissílaba – 3 sílabas


vogal, na mesma sílaba. Ex.: Cozinha / bonito / soluçou
➔ Ditongo crescente - semivogal + vogal
Ex.: His-tó-ria / vá-cuo / á-gua Polissílaba – 4 sílabas ou mais
➔ Ditongo decrescente - vogal + semivogal Ex.: Sambódromo / desenhado / compostura
Ex.: Vo-gais / can-ção / cou-ro
➔ Quanto à tonicidade/posição da sílaba tônica:
• Tritongo: semivogal + vogal + semivogal, na Oxítona – Última sílaba tônica
mesma sílaba. Ex.: Saci /soluçou / Pará
Ex.: i-guais / quais-quer / U-ru-guai
Paroxítona – Penúltima sílaba tônica
• Hiato: dois sons vocálicos pronunciados em Ex.: Caráter / urso /difícil
sílabas diferentes.
Ex.: sa-ir /en-jo-ar / du-as Proparoxítona – Antepenúltima sílaba tônica
Ex.: Fascículo / escândalo / última
Observação: As letras: am, em e en podem construir
ditongos e até tritongos dependendo de seu valor FIQUE ATENTO:
sonoro.
Exs.: Po-rém / en-xá-guam ORTOFONIA – Parte da gramática que estuda a
pronúncia correta das palavras ou frases. A ortofonia é
ENCONTRO CONSONANTAL – Agrupamento de divindade em:
consoantes na mesma sílaba (inseparáveis) ou não ➔Ortoépia – Estuda a pronúncia correta dos fonemas.
(separáveis).
Ex.: Prato / dig-no ➔ Prosódia – É a parte da fonologia que se refere à
correta tonicidade silábica.
DÍGRAFO – Conjunto de duas letras que representa um
único fonema. DIKÃO:
Ex.: Cachorro / bolha / esquina O vício de linguagem é a alteração defeituosa sofrida
pela língua em seu caráter fonético ou gráfico. Isso
Observação: Também são considerados dígrafos ocorre graças à tentativa frustrada de uma afinidade no
fonéticos: am / an / em / en etc. pensamento e/ou forma.
Ex.: Vento / templo / samba
Destacam-se os seguintes vícios de linguagem:
DÍFONO – Uma letra com dois fonemas. Ambiguidade (Anfibologia), Arcaísmo, Barbarismo,
Ex.: Fixo / táxi Cacofonia, Colisão, Eco, Estrangeirismo, Neologismo,
Pleonasmo, Preciosismo, Solecismo e Vulgarismo.

DIKÃO:
1. Acento tônico é diferente de acento gráfico.
Ex.: Amizade (acento tônico e não gráfico)

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→ Colisão ACENTUAÇÃO
É o efeito sonoro desagradável causado pela repetição
de fonemas consonantais semelhantes. • Monossílabas tônicas terminadas em a(s); e(s)
Ex.: O que se sabe sobre seus sonhos só nos surpreende. e o(s) são acentuadas.
Exs.: Vá, pés, nó.
→ Arcaísmo
Designamos palavras que caíram em desuso e que, • Monossílabas tônicas em ditongos abertos ei(s),
porventura, são empregadas nos dias de hoje. eu(s) e ói(s) são acentuadas.
Exs.: Os convidamos mui polidamente a cear. / Aquela Ex.: céu, sóis.
senhorita é muito fremosa.
• Oxítonas terminadas em a(s); e(s); o(s) e
→ Eco em(ns) são acentuadas.
Efeito provocado pela sequência de sons de mesma Exs.: Voltará, vintém, robô.
terminação.
Ex.: A aflição e a tensão aparecem junto com a comoção • Paroxítonas em: r, x, n, l, ã(s), ão(s), i(s), um
do medo da reprovação. (uns), us, ps e ditongos são acentuadas.
Exs.: órfãs, hífen, álbum.
→ Ambiguidade (Anfibologia)
É a denominação dada ao vício que, em um discurso, • Proparoxítonas são todas acentuadas.
causa duplo sentido de interpretação. Exs.: náufrago, tônico, cibernético, âncora, antipático.
Ex.: Onde está a cachorra da sua mãe?
• Hiatos em /I/ e /U/ na segunda vogal são
→ Barbarismo recebem acento desde que sozinhos ou com /s/ na
Neste caso, a palavra é empregada de forma errada na sílaba e sem nh depois.
grafia, pronúncia, significado ou até quanto sua. Exs.: caída, traíram, faísca, Itaú, carnaúba.

Vários são os tipos de Barbarismo e salientamos: ACENTUAÇÃO E


1. Cacografia – É a má grafia ou má flexão de uma NOVA NORMA ORTOGRÁFICA
palavra.
Exs.: Proesa – proeza / aza – asa / cadadões– cidadãos “A língua não se congela. Ela é viva, pulsante.”
(Maurício Silva, 2008, p.09)
2. Silabada – É a troca de acentuação prosódica de uma
palavra. O Acordo Ortográfico é uma tentativa de unificar
Exs.: Récorde – recorde / rúbrica – rubrica (também o português entre Brasil, Portugal, Angola, Moçambique,
pode ser considerada cacoépia) Cabo Verde, Guiné-Bissau, Timor Leste e São Tomé e
Príncipe, oito países que adotam oficialmente a Língua
3. Cacoépia - É a má pronúncia de uma palavra. Portuguesa.
Exs.: Cadalço – cadarço / mortandela – mortadela Três pontos importantes devem ser evidenciados.
Primeiro, as modificações não se efetivam na pronúncia,
4. Deslize ou Desvio semântico – É o mau emprego de apenas na grafia; segundo, as alterações não atingem a
uma palavra. mesma cifra nos oito países, no Brasil e em Portugal; por
Exs.: Tráfico (por tráfego) / Peixe com espinho (por exemplo, a percentagem é de aproximadamente 0,5% e
com espinha) / Soar (suar) 1,6% respectivamente e; um terceiro ponto, o mais
importante talvez para as pessoas que farão concurso
CACOÉPIA CACOGRAFIA e/ou vestibular é que as novas normas embora vigentes
desde 1º de 2009, só poderão ser cobradas de fato a
Incorreto Correto Incorreto Correto partir de 1º janeiro de 2016.
Magestoso Majestoso
Empingem Impingem Excessão Exceção Fique Atento:
Esteje Esteja Xuxu Chuchu A presidenta Dilma Rousseff adiou por mais três
Areoporto Aeroporto Geito Jeito anos o início da obrigatoriedade do uso do novo acordo
Mácabro Macabro Quizer Quiser ortográfico, em vigor desde 2009.
Mendingo Mendigo Fraze Frase As novas regras, que se tornariam obrigatórias
Imbigo Umbigo em 1º de janeiro de 2013, só poderão ser cobradas a
partir de 1º de janeiro de 2016. O novo prazo foi
Largato Lagarto
regulamentado no Diário Oficial da União.

ALGUMAS REGRAS QUE MUDARAM:


1. Estrangeirismos só serão considerados vícios quando
usados desnecessariamente pelo senso comum. • O trema é eliminado tanto nas palavras
portuguesas quanto nas aportuguesadas.
2. Neologismos serão considerados vícios apenas em ANTES DO ACORDO: cinqüenta / conseqüência /
textos dissertativos, não literários. pingüim / tranqüilo
A PARTIR DO ACORDO: cinquenta / consequência /
pinguim / tranquilo
Obs.: O trema permanece em nomes próprios de
origem estrangeira e seus derivados.
Ex.: Müller, mülleriano

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• Elimina-se o acento agudo dos ditongos abertos ➔ Sufixos (terminações) - ES, ESA
–ei e –oi em palavras paroxítonas.
ANTES DO ACORDO: Heróico / idéia / assembléia / Escrevem-se com s (-ês, -esa) os sufixos que indicam
Coréia / paranóico / jibóia nacionalidades, origem ou procedência.
A PARTIR DO ACORDO: Heroico / ideia / assembleia Ex: Francês – francesa; burguês – burguesa.
/ Coreia / paranoico / jiboia
➔ Sufixo – ISA
DIKÃO: Os acentos nos ditongos em palavras oxítonas
e monossílabos tônicos permanecem. Escreve-se com s (-isa) o sufixo que entra na formação
Ex.: Herói / anéis / constrói / dói / céu / chapéu do gênero feminino.
Ex: Sacerdote – sacerdotisa; profeta – profetisa.
• Elimina-se o acento agudo nas palavras
paroxítonas com –i e –u tônicas precedidas de ditongo. ➔ Verbos terminados em –isar ou –izar
ANTES DO ACORDO: Feiúra / Sauípe / Bocaiúva
A PARTIR DO ACORDO: Feiura / Sauipe / Bocaiuva 1. São escritos com s (-isar) os verbos formados a partir
de palavras que já têm s na última sílaba. Nesses casos,
DIKÃO: Na palavra de mesma terminação, mas sendo ocorre o simples acréscimo da terminação -ar após a
proparoxítona ou em palavras não precedidas por letra s da palavra original.
ditongo, a acentuação permanece. O mesmo ocorre com Exs.: Dose – dosar; friso – frisar.
as oxítonas.
Ex.: Feiíssimo / maiúscula / aí / cafeína / saúde / 2. São escritos com z (-izar) os verbos formados de
saída / Piauí palavras que não têm s na última sílaba. Nesses verbos,
junta-se a palavra primitiva a terminação -izar (que já
• Elimina-se o acento circunflexo nos encontros é escrita com z).
vocálicos –oo. Ex.: Canal – canalizar; profeta – profetizar.
ANTES DO ACORDO: vôo / enjôo / perdôo / abençôo
A PARTIR DO ACORDO: voo / enjoo / perdoo / ➔ Sufixos – EZ, - EZA
abençoo
São escritos com z (-ez, -eza) os sufixos que se unem
• Não se acentua mais os encontros vocálicos –ee. a adjetivos para formar substantivos abstratos.
ANTES DO ACORDO: crêem / dêem / vêem /relêem Ex: Frio – Frieza; bravo – braveza.
A PARTIR DO ACORDO: creem / deem / veem /
releem ➔ Depois de ditongo: S ou Z?

• Elimina-se o acento agudo e circunflexo nas Depois de ditongo, emprega-se sempre s.


palavras homógrafas, que serviam de acento diferencial. Exs.: Coisa, pousada, náusea, causa, / maisena
ANTES DO ACORDO: Pára (verbo parar) e para (Atenção: maiZena – marca).
(preposição) / péla (verbo pelar), pela (preposição) e
péla (substantivo) etc. ➔ Nas formas dos verbos querer e pôr: S ou Z?
A PARTIR DO ACORDO: Para (verbo e preposição)
pela (verbo, preposição e substantivo) etc. Nas formas dos verbos querer e pôr (e nos derivados
dele) usa-se sempre a letra s; nunca z.
DIKÃO: O acento agudo e o circunflexo CONTINUAM nas Exs.: Quis, quiseram, propusera, pus.
seguintes palavras: pôde (3ª pessoa do singular do
pretérito perfeito do indicativo) e pode (3ª pessoa do Alguns empregos de J e de G
singular do indicativo); pôr (verbo) e por (preposição);
Tem (3ª pessoa do singular do presente do indicativo) e Letra J
têm (3ª pessoa do plural do presente do indicativo); Vem
(3ª pessoa do singular do presente do indicativo) e vêm ➔ São escritas com j as palavras formadas a partir de
(3ª pessoa do plural do presente do indicativo); e o outras que terminam com a sílaba -ja.
mesmo acontece com abstém (abstêm) e todos os Exs.: Gorja – gorjeta, gorjear; granja – granjeiro /
derivados do verbo ter; convém (convêm) e todos os lojista - loja.
derivados do verbo vir.
➔ Em vocábulos de origem ameríndia (sobretudo tupi)
• Emprego é facultativo dos acentos circunflexos e ou africana.
agudos nas seguintes palavras homógrafas: demos ou Exs.: Maracujá; pajé; jiló.
dêmos (1ª pessoa do plural do presente do subjuntivo)
e demos (1ª pessoa do plural do pretérito perfeito do Letra G
indicativo) / fôrma ou forma (substantivo) e forma ➔ Escreve-se com g as palavras terminadas em:
(substantivo, 3ª pessoa do singular do presente do -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio,
indicativo ou 2ª pessoa do singular do imperativo) etc. -agem, -igem e -ugem.
Exs.: Contágio, sacrilégio, litígio, relógio, refúgio,
ORTOGRAFIA barragem, origem, penugem.
(Exceções: pajem e lambujem.)
PRINCIPAIS EMPREGOS
DE ALGUMAS LETRAS Alguns empregos de X e de CH

Alguns empregos de S e de Z ➔ Depois de ditongo: X ou CH?


Depois de ditongo, emprega-se x.
➔ Palavras derivadas de outras já grafadas com Z. Exs.: Ameixa, gueixa, seixo, paixão
Exs.: Feliz – felizardo; zelo – zalador

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(Exceções: Caucho¹ e derivados dela: recauchutar, Ex.: A vitória por que lutamos está próxima.
recauchutagem etc.) [¹Árvore que fornece látex para (A vitória pela qual lutamos está próxima)
borracha]
Por que (preposição + pronome conjunção
➔ Depois de sílaba inicial EN-: X ou CH? subordinativa integrante) – Indica oração subordinada
substantiva e equivale a “para que”.
Depois de sílaba inicial en-, emprega-se x. Ex.: O escritor mostrou-se interessado por que lêssemos
Exs.: Enxugar, enxame, enxotar. seu livro.
(Exceções: palavras formadas de outras grafadas com
ch, como: encher [de cheio] e encharcar [de charco]). (O escritor mostrou-se interessado para que lêssemos
seu livro.)
Terminações -SÃO, -ÇÃO e –SSÃO

➔ Se o verbo apresenta -nd-, a terminação do TIPO II – POR QUÊ


substantivo é grafada com s (-são)
Exs.: Pretender – pretensão; repreender – repreensão. Por quê – Forma é empregada no final de frases, sendo
elas interrogativas diretas ou não.
➔ Se o verbo se forma a partir do verbo ter, a Exs.: Você faltou ontem por quê?
terminação do substantivo é grafada com ç (-ção). A redação não ficou pronta por quê?
Exs.: Reter – retenção; manter – manutenção.
TIPO III – PORQUE
➔ Se o verbo apresenta -ced, -gred ou -prim, a
terminação do substantivo é grafada com ss (-ssão). Porque – Funciona como conjunção coordenativa
Exs.: suceder – sucessão; reprimir – repressão; explicativa, subordinativa adverbial causal ou final e
deprimir – depressão; agredir – agressão. equivale a “pois”, “uma vez que”, “já que”, “como”, “para
que, “a fim de que”.
Verbos terminados em -UIR e -UAR Exs.: Fique aqui, porque vai chover.
➔Verbos terminados em -uir: têm suas formas escritas
com i. Porque corria pouco, os colegas o obrigavam a jogar no
Exs.: Possuir – possui; atribuir – atribui. gol.

➔Verbos terminados em -uar: têm suas formas escritas TIPO IV– PORQUÊ
com e. Porquê – Forma empregada com o significado
Exs.: Continuar – continue; efetuar – efetue. aproximado de razão/motivo. É sempre precedida de
artigo ou pronome, pois sofre substantivação.
Exs.: Ninguém sabia o porquê da demissão do gerente.
PRINCIPAIS EMPREGOS Desconfiado, ele nos interrogou com muitos porquês.
DE ALGUMAS PALAVRAS
Observação.: Único caso que podemos fazer o plural.
PALAVRAS PARÔNIMAS E HOMÔNIMAS
EMPREGOS DAS PALAVRAS MAU E MAL
➔ Parônimas: são palavras semelhantes na grafia e na
➔ Mau: Atribui característica; é o oposto de bom / pronúncia.
sinônimo de ruim. Exs..: imigrar – emigrar; ratificar - retificar.
Ex.: Assistimos a um mau jogo.
➔ Homônimas: são palavras que têm a mesma
➔ Mal: é, geralmente, o oposto de bem. pronúncia e/ou a mesma grafia.
Ex.: Ele agiu mal não socorrendo a vítima.
DIKÃO: As palavras homônimas podem ser:
DIKÃO:
MAL – 1. Significa ainda: doença, enfermidade; 2. Indica • Homógrafas: Iguais na escrita (Ex.: colher /ê/ -
tempo, tem sentido de “assim que”. colher /é/).
Exs..: Dengue é um mal transmitido por duas espécies • Homófonas: Iguais no som (acento – sinal
de mosquitos. gráfico / assento (lugar de sentar).
Mal a mãe saiu, as crianças começaram a desobedecer. • Perfeitas: Iguais no som e na escrita (morro -
montanha/ morro do verbo morrer)
USOS DE POR QUE, PORQUE, PORQUÊ E POR QUÊ
• O quadro a seguir mostra alguns parônimos
TIPO I – POR QUE mais usuais.

Por que (preposição + advérbio interrogativo) –


Perguntas diretas ou indiretas, fica subentendida a Deferir Infringir
palavra razão ou motivo, equivale a “por qual motivo”. (aceitar, conceder) (desrespeitar)
Exs: Por que você faltou ontem? Diferir Infligir
(diferenciar, (aplicar)
(Por que [razão] você faltou ontem?) discordar)
Não sei por que o setor de saúde no país é tão complexo.
Descriminar Mandado
(Não sei por qual motivo o setor de saúde no país é tão
(absolver) (ordem judicial)
complexo.)
Discriminar Mandato
(distinguir, separar) (tempo de ocupação de um cargo
Por que (preposição + pronome relativo) – Quando é
político)
substituível por pelo qual e suas variações.

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Emergir Ratificar Meio X Meia


(subir à superfície) (confirmar) Exs.: A janela ficou meio aberta (um pouco)
Imergir Retificar Comprei meia dúzia de ovos (metade)
(mergulhar) (corrigir)
A meu ver X ao meu ver (nunca)
Eminente Sortir Ex.: A meu ver o setor industrial recuperou-se. (não se
(ilustre, importante) (abastecer) usa artigo o antes de pronome possessivo)
Iminente Surtir
(que está para (acusar um efeito) Aonde X onde
ocorrer) Exs.: Onde você mora? (lugar)
Flagrante Vultoso Aonde ele foi assim tão cedo? (lugar / movimento)
(evidente, no ato) (volumoso)
Fragrante Vultuoso Muita dó (nunca) X Muito dó
(perfumado) (inchado) Ex.: A solidão daquele velho causou-me muito dó.

A cores (nunca) X Em cores


Ex.: O jogo foi televisionado em cores.

Veja, no quadro a seguir, algumas homônimas. Em férias X de férias (nunca)


Ex. Entraremos em férias no próximo mês.

Cessão (ato de ceder) Gratuito X Gratuíto (nunca)


Acento (sinal gráfico) Sessão (tempo de duração) Ex.: Conseguimos entradas gratuitas para o espetáculo.
Assento (lugar de Seção/secção (setor, parte)
sentar) Menor X De menor (nunca)
Ex.: João ainda é menos.
Apreçar (dar o preço) Torre (prédio alto e estreito)
Nobel (oxítona)
Apressar (acelerar) Torre (verbo torrar)
Ex.: Recebi o Prêmio Nobel.

Caçar (capturar) Chá (bebida) Recorde (paroxítona)


Cassar (anular) Xá (rei; soberano) Ex.: A turma bateu recorde de barulho.

Rubrica (paroxítona)
Censo (contagem) Morro (pequena montanha)
Ex.: Coloque a rubrica no quadro.
Senso (juízo) Morro (verbo morrer)
Ruim (oxítona)
Ex.: João era um menino ruim.
Serrar (cortar com Empossar (tomar/da posse) Seja, esteja X Seje, esteje (nunca)
serra) Empoçar (formar poças) Exs.: Talvez ele seja um chato. / Talvez ele esteja em
Cerrar (fechar) reunião.

Espiar (olhar, ver) Paço (palácio)


ORTOGRAFIA E NOVA NORMA
Expiar (pagar uma Passo (movimento das pernas)
culpa)
PRINCIPAIS MUDANÇAS NA ESCRITA
Extrato (fragmento, São (sadio)
resumo) São (verbo ser)
Incorporação, no alfabeto de língua
Estrato (camada de São (santo)
portuguesa, das letras K, Y e W. O alfabeto agora é
rocha)
formado por 26 letras, não mais por 23.
Obs.: Antes do Acordo, as letras apareciam apenas em
Incipiente (iniciante) Tacha (pequeno prego) casos especiais como abreviaturas e nomes próprios
Insipiente (ignorante) Taxa (valor) estrangeiros e seus derivados.

Manutenção ou eliminação das consoantes


QUESTÕES NOTACIONAIS DE LÍNGUA finais em antropônimos ou topônimos estrangeiros por
formas vernáculas correspondentes.
A fim X afim Ex.: David ou Davi, Jacob ou Jacó
Exs.: Chegou cedo a fim de terminar o trabalho. Obs.: Esta regra serve apenas para consagrar um uso já
(finalidade) comum em nossa grafia; porém, ainda não definida.
A Matemática e a Física são ciências afins. (semelhantes)
Substituição, quando possível, dos topônimos
A par X ao par estrangeiros por formas vernáculas correspondentes.
Exs.: O diretor não estava a par deste assunto. (ciente) ANTES DO ACORDO: London ou Londres / Nova York ou
O real já esteve ao par do dólar. (valor idêntico / câmbio) Nova Iorque.
A PARTIR DO ACORDO: Londres / Nova Iorque
Em vez de X ao invés de Letras maiúsculas e minúsculas
Exs.: Em vez de nos ajudar, prejudicou-nos. (em lugar • É consagrado o uso da letra minúscula nos nomes
de...) de dias da semana, estações e meses do ano.
Ao invés de baixar, o preço das frutas subiu. (ao Ex.: janeiro, outono, terça
contrário de...)

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• Emprego de letras minúsculas dos pontos Ex.: Inter-racial / hiper-rancoroso / super-realista


cardeais.
• Eliminamos o hífen de vocábulos derivados por
ANTES DO ACORDO: Norte, Sul, Leste, Oeste... prefixação, desde que vogal final do prefixo seja
A PARTIR DO ACORDO: norte, sul, leste, oeste... diferente da primeira vogal do segundo elemento.
ANTES DO ACORDO: extra-escolar/ auto-educação/
• Emprego facultativo da letra minúscula nos auto-aprendizagem/ co-editor / contra-oferta / auto-
vocábulos que compõem uma citação bibliográfica, com ajuda / semi-aberto
exceção do primeiro vocábulo, que deve ser escrito em A PARTIR DO ACORDO: extraescolar / autoeducação /
letra maiúscula sempre. autoaprendizagem / coeditor / contraoferta / autoajuda
ANTES DO ACORDO: Memórias Póstumas de Brás Cubas / semiaberto
/ Grande Sertão: Veredas Obs.: Já fazíamos isso em outras palavras, como:
A PARTIR DO ACORDO: Memórias póstumas de Brás socioeconômico, antiamericano etc.
Cubas / Grande sertão: veredas (além das formas
anteriores) • Empregamos hífen em vocábulos cujo prefixo
termina por vogal igual à vogal inicial do segundo termo.
• O emprego de maiúsculas e minúsculas será ANTES DO ACORDO: antiinflamatório / microondas /
facultativo em formas de tratamento, reverências ou antiimperialista / microônibus
nomes sagrados e/ou nomes que designam crenças A PARTIR DO ACORDO: anti-inflamatório / micro-ondas
religiosas. / anti-imperialista / micro-ônibus
ANTES DO ACORDO: Doutor Pedro / Papa Paulo II /
Governador Marcos / Vossa Majestade DIKÃO:
A PARTIR DO ACORDO: Doutor Pedro ou doutor Pedro/
Papa Paulo II ou papa Paulo II/ Governador Marcos ou I – Já eram escritos desta maneira: micro-organismo /
governador Marcos / Vossa Majestade ou vossa semi-interno / intra-arterial.
majestade
II – Embora a regra geral diga que o hífen deve ser
• Também será facultativo em nomes que empregado quando o primeiro elemento termina com
designam os domínios do saber. vogal igual à que inicia o segundo elemento, quando
ANTES DO ACORDO: Português / História do Brasil tivermos o prefixo pre - átono, mesmo que o elemento
A PARTIR DO ACORDO: Português ou português / seguinte também tenha o e como inicial, não haverá
História do Brasil ou história do Brasil hífen.
Ex.: Preenchimento, impreenchível etc.
• Seguindo a mesma regra, nomes de templos,
edifícios e logradouros públicos poderão ser escritos em III - A mesma exceção se aplica ao prefixo re-,
inicial maiúscula ou minúscula. tomando como explicação uma espécie de formação por
“aglutinação” ao repetir as vogais, isso foneticamente.
ANTES DO ACORDO: Rua Silveira / Edifício Marques / Ex.: Reeleger, irreelegível etc.
Igreja Nossa Senhora / Bairro do América
A PARTIR DO ACORDO: Rua Silveira ou rua Silveira / IV – O prefixo co- também é uma exceção, na
Edifício Marques ou edifício Marques / Igreja Nossa maioria dos casos, não colocaremos hífen, mesmo que o
Senhora ou igreja. segundo elemento também comece com o.
Ex.: cooperação / coordenar
Hífen
• O uso do hífen permanece nos compostos em
• Não se emprega hífen em certos compostos em que temos a letra H no começo do segundo elemento.
que se perdeu, em certa medida, a noção de Ex.: anti-higiênico/ super-homem / Pré-história / anti-
composição. herói
ANTES DO ACORDO: manda-chuva / pára-quedas /
pára-lama / bate-boca / cabra-cega / ferro-velho / toca- • Colocamos hífen nos compostos com os
fitas advérbios mal e bem quando estes formam uma unidade
A PARTIR DO ACORDO: mandachuva / paraquedas / sintagmática e semântica e o segundo elemento começa
paralama / bateboca / cabracega / ferrovelho / toca-fitas com H ou vogal.
Ex.: bem-estar / bem-humorado / mal-estar / mal-
• Elimina-se o hífen em vocábulos derivados por humorado
prefixação, cujo prefixo termine com vogal e o outro
elemento inicia-se por consoante R ou S, nesses casos, Obs.: Em alguns casos, as palavras compostas com
dobra-se a consoante inicial da segunda parte da palavra esses advérbios e seguidos por consoantes, também vão
composta. ficar com hífen, como em: bem-nascido / bem-visto.
ANTES DO ACORDO: ultra-sonografia / ultra-romântico Caso que não ocorre; por exemplo, em: malvisto e
/ ultra-secreto / semi-selvagem / contra-regra / supra- malcriado.
renal / ante-sala / auto-retrato / anti-social / extra-seco
A PARTIR DO ACORDO: ultrassonografia / •Mantemos o hífen em palavras compostas por
ultrarromântico / ultrassecreto / semisselvagem / justaposição em que os elementos constituem uma
contrarregra / suprarrenal / antesssala / autorretrato / unidade semântica; e em compostos que designam
antissocial / extrasseco espécies zoológicas e botânicas.
Ex.: ano-luz / arco-íris / luso-brasileiro / ave-maria /
Obs.: O uso do hífen permanece nos compostos em que bem-te-vi / feijão-verde / abaixo-assinado / médico-
os prefixos super, hiper e inter, mesmo terminados em cirurgião / segunda-feira / erva-doce / couve-flor / carta-
R, aparecem combinados com elementos que começam bilhete etc.
também com R.

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•Mantemos o hífen em palavras compostas por


prefixação cuja consoante final do prefixo e o início do
outro elemento são escritos por R.
Ex.: Hiper-reativo / inter-relacionado / super-resistente
/ super-requisitado

•Mantemos também o hífen nos casos em que


temos os prefixos circum- e pan- e o segundo elemento
começa com uma vogal ou pelas consoantes m ou n.
Ex.: pan-mágico / pan-americano / circum-navegação
etc.

• Continuamos com o hífen quando temos os


seguintes prefixos: ex- / além- / vice- / pós- / pré- / pró-
/ grão- / grã
Ex.: ex-diretor / vice-presidente / pré-escolar / pré-natal
/ vice-reitor etc.
FIQUE ATENTO:
[...] A escrita, longe de ser um sucedâneo da fala, é
a imagem visual das falas, força de unificação e
perenidade – voam as falas, os escritos ficam.
Indumentária comum das produções impressas do
saber e da arte guardadas em bibliotecas, condomínios
de nações e comunidades culturais, instrumento de
coesão e estabilidade – a escrita deve mudar o menos
possível. (Celso Luft, 2007, p. 185)

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