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-INTRODUÇÃO
Antes de começar a escrever esse diário, tive a oportunidade de compartilhar algumas
reflexões, memórias e anotações com outros colegas da turma, e assim acabei me lembrando de
como haviam sido as primeiras aulas da disciplina. No começo do semestre, fizemos algumas
dinâmicas para o grupo se enturmar e começar a soar junto. Algumas delas foram:
● Cada um falava o próprio nome de uma forma diferente acompanhado de algum movimento
com o corpo. Imagino que isso ajudou a turma a se conhecer um pouco, deixando também o
ambiente mais leve, e também creio que introduziu algumas noções sobre voz e corpo que
podem ser usadas no coral.
● Em outro momento, o professor sugeriu que a turma se dividisse em três partes, cada uma
cantando uma nota para que formasse um acorde maior, deixando o som se prolongar.
Assim, na medida que a turma ia sentindo, cada um podia cantar outra nota que
incrementasse o acorde básico, mudando a forma do som e trazendo diversas sensações que
inspiravam a turma a acrescentar cada vez mais sons.
Depois nos foi apresentado um arranjo da música “O Som da Pessoa”, que pareceu ser uma
ótima escolha de repertório para começar a colocar o coro para soar em conjunto, além do fato de
que a letra da música carrega uma mensagem muito relevante, principalmente dentro do contexto do
coral. Em suma, acredito que tudo isso que nos foi introduzido no início da disciplina norteou o
caminho que seguiríamos no decorrer do semestre.
-EXERCÍCIOS DE AQUECIMENTO
Nas aulas, costumávamos começar com exercícios para aquecer a voz, sendo primeiro o da
letra M com boca fechada ou do BRRR com os lábios, ajudando a prepararmos as cordas vocais para
cantar. Uma das ideias principais é a de direcionar a ressonância para a região da cabeça, porque
assim conseguimos ter uma projeção mais ampla da voz, e também nos permite alcançar as notas
mais altas de forma que possam soar adequadamente sem que prejudique a saúde da nossa voz, pois
como foi dito em aula, cantar com a voz de peito ou mista (carga pesada) nos tons mais altos causa
um desgaste que é extremamente prejudicial. No geral os exercícios vocais servem também para
preservar a saúde da voz na hora de cantar.
Outros vocalizes que fizemos serviam para ajudar a fazermos soar na região da cabeça o som
com a articulação das consoantes. Eu interpretei alguns exercícios dessa forma porque é muito mais
fácil fazer soar corretamente os sons compostos apenas pelas vogais, e quando entram os diferentes
tipos de articulações (labial, linguodental, etc.) o som pode cair no lugar da voz falada. Dessa forma,
exercícios como o VVVV, NNNGH(com a língua na parte de trás do céu da boca) o da silaba VÔ,
MUI, BRRR, TRRR e TRRRU me ajudaram a direcionar um pouco melhor o som, porque com eles
somos capazes de sentir como o som se comporta quando fazemos esses exercícios, nos dando uma
consciência corporal mais aguçada.
Em determinado momento na disciplina, também começamos a fazer exercícios que
envolviam o movimento corporal como um todo, pra desenvolvermos também um pouco da parte
cênica do coral, que também é muito importante, pois tem muito a acrescentar na expressão artística
do coro, além de quebrar com o padrão dos corais mais tradicionais com formato predominantemente
eurocêntrico. Mas acabamos não dando continuidade nesse tipo de exercícios, pois foi visto que
precisávamos focar mais em construir um soar mais consistente do grupo.
Aluno: Pedro Carvalho Damianovic Bragadin - 511007
Na minha visão, acredito que o professor pecou um pouco nos exercícios de respiração, e que
também deixou de reforçar mais o trabalho com o apoio. Inclusive, acho até mais difícil lembrar dos
exercícios de respiração que fizemos na disciplina, o único que me recordo é o de soltar o ar em
TSSS e dividir em dois arcos. Particularmente isso me afetou porque acabei esquecendo de usar o
apoio e de controlar melhor a respiração na grande maioria das vezes em que cantamos nas aulas.
Além disso, as explicações e metáforas usadas pelo professor pra ajudar a soarmos corretamente não
pareciam muito claras ou palpáveis, tornando o caminho um pouco mais complicado.
-APRECIAÇÃO/REFLEXÃO
-CONCLUSÃO/OBSERVAÇÕES ADICIONAIS
Falando de forma geral, foi bastante positiva a experiência que tive na disciplina, sendo as
minhas únicas críticas mais relacionadas a parte prática de preparação vocal da turma. Uma das
minhas maiores dificuldades é articular na hora de cantar o que aprendemos nos exercicios,
principalmente na música "O Tambor", onde sinto que não estou conseguindo fazer essa conexão, e
fico sentindo que estou fazendo voz falada.
O formato das aulas contribuiu bastante para que o aprendizado fosse absorvido de uma maneira
tranquila e eficiente, principalmente pra mim, que desde sempre tive uma questão muito presente no
meu cotidiano envolvendo uma grande dificuldade com desvio de foco e atenção, e dependendo da
dinâmica da aula em uma disciplina, o envolvimento com o que esta sendo passado em sala se torna
muito difícil. Também tive dificuldade em manter o habito de anotar coisas sobre as aulas durante o
semestre, mas justamente pelo fato de ter conseguido me envolver de maneira proveitosa nas aulas,
nao foi muito difícil de resgatar as lembranças, as conversas que tivemos entre turma e professor
contribuíram bastante. No geral tivemos um ambiente bastante rico em aprendizado, expressão
artistiva e reflexões críticas acerca do fazer e ensinar musical, e por isso espero com certeza estar
junto dos colegas e do professor na turma de coral do próximo semestre.
FIM