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INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR
DEPARTAMENTO DE LETRAS
TN639 – USOS E NORMAS DA LÍNGUA PORTUGUESA
Profa. Katia Emmerick
Aparelho Fonador
Disponível em:
https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/905248/mod_resource/content/1/Sons_da_fala_letra
s.pdf
Vogais: são fonemas que saem livremente pela cavidade bucal (a, e, i, o, u)
Consoantes: são fonemas produzidos com obstáculos à passagem da corrente expiratória (b,
c, d, f, g, h, j, k, l, m, n, o, p, q, r, s, t, v, x, w, y, z).
Sílaba
(https://www.todamateria.com.br/silabas/)
Sílabas são fonemas emitidos de uma só vez. Isso é percebido mais facilmente quando fazemos
exercícios de separação silábica e dividimos as palavras conforme elas são pronunciadas.
Assim, a palavra mar tem uma sílaba, enquanto on-da tem duas; bi-quí-ni, três e bra-si-lei-ros, quatro
sílabas.
Em cada sílaba há sempre uma vogal, por isso, lembre-se: as vogais são um elemento obrigatório; não
existe sílaba sem vogal!
As sílabas, por sua vez, são classificadas conforme a ênfase com que são pronunciadas e conforme
a localização da sílaba mais forte na palavra. Assim:
Quanto à Intensidade
• Tônicas: sílabas emitidas com mais ênfase, mais força. Ex.: ca-fé, ce-lu-lar, por-ta.
• Átonas: sílabas emitidas com menos ênfase, menos força. Ex.: ca-fé, ce-lu-lar, por-ta.
Estrutura da sílaba
Onset/ataque Rima
Núcleo Coda
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Por exemplo:
CA-sa BOI
σ σ
a Ø o i
• médias – são articuladas com a língua abaixada, quase em repouso. Ex.: /a/ pasta
• anteriores - são articuladas com a língua elevada em direção ao palato duro, próximo
aos dentes. Ex.: /Ɛ/ pé, /E/ dedo, /i/ sino
• posteriores - são articuladas quando a língua se dirige ao palato mole. Ex.: /ɔ/ cola, /O/
(loba), /u/ luta
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VOGAL NASAL
Há dois tipos de nasalidade vocálica, uma que é fonológica, a que ocorre sistematicamente na
vogal anteposta a uma consoante nasal, reconhecida pela tradição por vogal nasal, cuja
presença/ausência da nasalidade implica mudança de sentido da palavra, como se observa
entre canto e cato; junta e juta, cinto e cito, lenda e leda, e outra fonética, que ocorre na
vogal denominada de nasalizada, devido também à presença de uma consoante nasal, mas
que não gera oposição na língua, como, por exemplo, c/ã/na, b/ã/nana, em que a nasalação
é puramente fonética, pois não interfere no significado da palavra.
No entanto, para Camara Jr. (1999)1, não existem, no Português do Brasil, vogais nasais como
as descritas acima, uma vez que não se pode estabelecer na nossa língua oposição entre /ã/ e
/aN/ como se verifica em Francês entre as palavras bon /bõ/ e bonne /bon/. No caso brasileiro,
as vogais nasais são seguidas por um elemento consonântico nasal chamado de arquifonema
nasal /N/, a exemplo de caNta. “Em outros termos: a vogal nasal fica entendida como um
grupo de dois fonemas, que se combinam na sílaba ‒ vogal e elemento nasal.” (CAMARA Jr.,
1999, p. 47). Assim, o linguista defende que a nasalização da vogal se daria pela presença da
consoante nasal, ou seja, não seria uma nasalidade própria da vogal. Enfim, até hoje, a
nasalidade vocálica, no Português do Brasil, vem sendo investigada, com o propósito de
descrever as diferenças existentes entre uma vogal nasal e uma nasalizada.
Vale ressaltar que, consensualmente, a diferença entre essas vogais está no papel fonológico
desempenhado por elas. A vogal nasal, aquela acompanhada de consoante nasal, pode gerar
oposição, por exemplo, entre canta e cata; nesse caso, a nasalização distingue o significado
de ambas as palavras. Por outro lado, não existe oposição entre cãna e cana, pois a nasalização
da vogal não é categórica, mas é importante para a distinção entre dialetos.
Quanto à articulação, as vogais nasais e as nasalizadas são produzidas com a passagem
simultânea do ar pelas cavidades oral e nasal. Isso implica dizer que são os mesmos sons, mas
com status fonológico diferentes, já que a presença/ausência das nasais propriamente ditas
pode acarretar outro sentido lexical e as nasalizadas não.
1
CAMARA Jr. Joaquim Mattoso. Estrutura da Língua Portuguesa. Petrópolis: Vozes, 1999.
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3- Quanto à intensidade:
A intensidade está relacionada à tonicidade da vogal (vogal em que recai o acento prosódico
ou da fala).
4- Quanto ao timbre:
O timbre está relacionado com a abertura da boca.
ENCONTROS VOCÁLICOS
• Hiatos: é o encontro de duas vogais em sílabas diferentes: Exemplos: voo (vo - o), saúde
(sa - ú - de), faísca (fa - ís - ca) – rainha (ra - i - nha)
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ENCONTRO CONSONANTAL
DÍGRAFO OU DIGRAMA
É o grupo de duas letras que representam um só fonema. Os dígrafos podem ser consonantais
ou vocálicos.
• Dígrafos consonantais: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, xs, qu, gu
• Dígrafos vocálicos: am/an, em/en, im/in, om/on, um/un
CONTAGEM DE FONEMAS
• Dígrafo = 1 fonema
• x /ks/ = 2 fonemas
• letra etimológica: não tem valor de fonema
• Exemplos:
fonemas