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4 considerações bíblicas

sobre as vestimentas de
mulheres cristãs
Camila Rebeca de Almeida Teixeira

Há algo que nós fazemos todos os dias, e se somos Cristãs,


desejaremos fazê-lo para a glória de Deus (1 Coríntios 10:31): Vestir-se!
Cremos que ao escolher as roupas que usaremos em nosso dia a dia,
não devemos nos basear essencialmente em nossa cultura, no momento da
história em que vivemos, em nossos gostos pessoais e em nossa condição
financeira (apesar de serem fatores importantes!), mas o fundamento de
nossas escolhas devem ser os princípios da Palavra de Deus sobre este
assunto.
Na Bíblia encontramos duas passagens na quais buscaremos meditar
para a nossa instrução e edificação quanto a este assunto: 1 Timóteo 2:9-10
e os primeiros versos do capítulo 3 de 1 Pedro (ACF, ênfases minhas):
“Que do mesmo modo as mulheres se ataviem em traje honesto, com
pudor e modéstia, não com tranças, ou com ouro, ou pérolas, ou vestidos
preciosos, mas (como convém a mulheres que fazem profissão de servir a
Deus) com boas obras.” — 1 Timóteo 2:9-10
“Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas aos vossos próprios
maridos; para que também, se alguns não obedecem à palavra, pelo porte
de suas mulheres sejam ganhos sem palavra; considerando a vossa vida
casta, em temor. O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos
cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura dos vestidos; mas o
homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito
manso e quieto, que é precioso diante de Deus.” (Porque assim se
adornavam também antigamente as santas mulheres que esperavam em
Deus, e estavam sujeitas aos seus próprios maridos; como Sara obedecia a
Abraão, chamando-lhe senhor; da qual vós sois filhas, fazendo o bem, e
não temendo nenhum espanto.) — 1 Pedro 3:1-6
Como Cristãs, cremos que estes textos expressam claramente a
vontade de Deus para nós quanto a como nos vestirmos de modo a honrá-
lO. Considerando que este não é um estudo exaustivo sobre o tema, e tendo
os textos sagrados acima citados como fundamento de nossa meditação,
consideremos:
1. Deus dá ORDENS CLARAS sobre como as Suas filhas devem
se vestir.
Nós Cristãs cremos que as Sagradas Escrituras são a única, suficiente,
correta e infalível regra de todo conhecimento, fé e obediência salvífico.[1]
Assim, não estamos no mundo sem regras, mas nosso Pai celestial nos
revela em Sua Palavra como devemos nos portar de modo reto, justo e
digno daqueles que são conhecidos por serem o Seu povo.
Ao listar os 66 livros da Bíblia, a Confissão de Fé Batista de 1689, em
seu Primeiro Capítulo, afirma que: “Todos os quais são dados por
inspiração de Deus, para ser a regra de fé e vida”; essa afirmação da
Confissão tem por base e deriva a sua autoridade a partir de 2 Timóteo
3:16: “Toda Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar,
para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça”.[2]
Assim, se nós precisamos corrigir o modo como nos vestimos, ou ser
instruídas quanto a este assunto, devemos ir à Bíblia para receber
instruções, e encontraremos que a Sua Palavra é proveitosa para nos
ensinar e instruir em todo caminho de obediência a Deus.
Sim, vestir-se conforme as prescrições da Palavra de Deus não é uma
opção para as Cristãs, mas uma questão de obediência a Deus, visto que Ele
não nos deixou sem diretrizes de como são as vestimentas que Lhe
agradam.
Vestir-se conforme a Palavra de Deus honra ao Senhor e abençoa os
nossos próximos: é uma boa obra, quando feita pela fé em e amor a Jesus
Cristo (e vimos acima, que Deus deseja que nos ataviemos, ou seja, nos
enfeitemos, com boas obras!).
Esta é a nossa primeira consideração e fundamento: A Palavra de
Deus nos instrui e corrige quanto ao modo como nos vestimos e é
suficiente como regra para nos amoldar à vontade de Deus quanto a esta
questão.

2. Checklist: Nossas roupas sempre devem ter 1 característica


tripla — TRAJES HONESTOS, COM PUDOR E MODÉSTIA.
Nossas roupas podem ser belas, delicadas ou coloridas. Olhemos para
a criação, e veremos que o Deus que veste os lírios de belas e gloriosas
roupas (Lucas 12:27) ama a beleza, a ordem, as formas e as cores. Ele criou
a todos estes! Porém, nossa principal preocupação deve ser se as nossas
roupas agradam a Deus.
Como dito no ponto anterior, vamos à Palavra de Deus e ali
encontraremos um “Checklist” que nos ajudará a saber se estamos ou não
nos vestimos conforme a vontade de Deus.
Checklist é um termo que se refere a uma lista de verificação.
Conforme as prescrições encontradas em 1 Timóteo 2:9, nossas roupas
devem sempre ser caracterizadas por uma tripla qualidade: devem ser
honestas, com pudor e modéstia. Precisamos, então, entender o que estes
termos nos indicam, e buscar “verificar” a cada mudança de roupas e se
estamos nos vestindo do modo que agrada ao nosso Deus.

2.1. Nossas roupas devem ser HONESTAS:


Na versão Bíblica ARA, esta palavra é traduzida como “decente”. Este
aspecto nos revela que devemos usar roupas dignas de quem somos em
Cristo Jesus.
O Puritano Matthew Henry diz: “As roupas vieram com o pecado.
Pouca razão temos para nos orgulhar de nossas roupas, que são apenas os
sinais da nossa pobreza e infâmia”.[3]
Assim, um primeiro aspecto que “trajes honestos” envolve é um senso
de humildade diante de Deus. Como pecadoras salvas pela graça de Deus
somente, sabemos que nada temos em nós mesmas para nos orgulhar.
Nossa linguagem deve ser “não a nós SENHOR, mas ao Teu Nome dá
glória”, buscamos “diminuir para que Ele cresça”, e “engrandecer o Seu
nome”.
Além da linguagem dos nossos lábios, as nossas roupas também
expressam uma linguagem àqueles que nos cercam. Um coração
regenerado e, portanto, humilde diante de Deus e dos nossos semelhantes,
que busca exaltar a Deus e não o “eu”, se revelará em um traje honesto,
simples, honroso, decente.
Um outro aspecto é: roupas honestas ou decentes cobrem o corpo.
Segundo John Gill, em seu comentário de 1 Timóteo 2:9 afirma que a
palavra traduzida como “traje” refere-se a uma túnica longa que chega até
os pés; e as palavras que a descrevem fazem menção à “limpo, puro e
decente, sim, bonito e ornamental”, e o sentido do apóstolo Paulo alude ao
modo que os israelitas lavavam as suas roupas de modo a estarem prontos
para encontrar o Senhor no Monte Sinai (Êxodo 19:14).[4]
Como Cristãs, cremos que estamos continuamente diante do
SENHOR, e que Ele nos ordena a apresentar continuamente os nossos
corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Ele, que é o nosso culto
racional (Romanos 12:1).
Assim, não nos “preparamos” para encontra-lO somente de tempos em
tempos (aos domingos, na igreja, por exemplo!), mas sabendo que estamos
sempre em Sua presença, nossas roupas devem sempre e em todo lugar
exteriormente manifestar a realidade espiritual comum a todo povo de
Deus: “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo
sobre a tua cabeça” (Eclesiastes 9:8); “Regozijar-me-ei muito no Senhor, a
minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de
salvação, cobriu-me com o manto de justiça…” (Isaías 61:10).
Um outro aspecto referente a “trajes honestos” é que devemos nos
esforçar de tal maneira a não dedicarmos inadequadamente muito de
nosso dinheiro e tempo em nossas roupas. Segundo a linguagem do
apóstolo Paulo, não devem ser “vestidos preciosos”, ou seja, caros,
extravagantes, que acabam por exaltar ou evidenciar a nós mesmas.
Nesse sentido, João Calvino afirma que:
Note, boas obras são o melhor ornamento; estas são, à vista de Deus,
de grande valor. Aqueles que professam a piedade deveriam, no seu vestir,
assim como em outras coisas, agir como é coerente com o que professam;
em lugar de gastarem seu dinheiro em roupas finas, devem gastá-lo em
obras de piedade e caridade, as quais são propriamente chamadas boas
obras.[5]
Por fim, “trajes honestos” referem-se também a roupas que
demonstrem que nos contentamos em ser mulheres! Sim, em um tempo
tenebroso em que o feminismo e ideologia de gênero ousada e impiamente
tentam anular a diferença Divinamente ordenada entre homens e mulheres
(Deuteronômio 22:5), temos que conscientemente demonstrar com nossas
vestimentas que honramos ao Criador que nos fez mulheres, distintas dos
homens, não em dignidade, mas em constituição física, características
emocionais e funções.

2.2. Nossas roupas devem ser HONESTAS, COM PUDOR:


O pudor enfatiza principalmente a questão da prudência e inocência
interior que devem ser demonstradas por meio de roupas que revelem a
pureza de uma Cristã.
Sabemos que, segundo as palavras do Senhor Jesus Cristo (Mateus
5:28), se um homem atentar para uma mulher cobiçando-a, com impureza,
já adulterou com ela em seu coração. A mulher que se veste de modo a
despertar a lascívia, luxúria e cobiça, ou com risco de que isso seja
facilitado por seu modo de vestir-se também peca.
A Palavra de Deus afirma que há enfeites que são típicos de uma
“prostituta”, e que tal extravagância está sempre unida à astúcia de coração
(Provérbios 7:10). Como Cristãs, devemos cuidar para que nossos adornos
não nos identifiquem com as filhas deste mundo, com as filhas de Satanás,
com “prostitutas”, para usar a forte linguagem bíblica.
Nesse sentido, Calvino afirma: “Sem dúvida alguma, a vestimenta de
uma mulher piedosa e virtuosa tem de ser diferente das vestes de uma
prostituta… se a piedade tem de ser provada pelas obras, essa profissão de
fé também precisa ser visível em vestes decentes e apropriadas”.[6]
Meditando em nossa casa, na história de Tamar (Gênesis 38), meu
esposo e eu observamos que ela foi tida por prostituta não somente pelo
lugar onde estava: “assentou-se à entrada das duas fontes…”, mas também
por seu enfeite exterior: “cobriu-se com o véu… vendo-a Judá, teve-a por
uma prostituta, porque ela tinha coberto o seu rosto”. Assim, para nós,
Cristãs, a advertência é: “Abstende-vos de toda a aparência do mal” (1
Tessalonicenses 5:22).
Com pudor também implica em “sem sensualidade”. A sensualidade é
uma obra da carne. Em Gálatas 5:19 lemos: “Porque as obras da carne são
manifestas, as quais são: adultério, fornicação, impureza, lascívia…”.
Cristãs podem ser belas e elegantes, mas não sensuais, pois a sensualidade
revela um coração perverso, ainda dominado por seus pecados, e não por
Cristo e Sua Palavra. “Do coração procedem os maus pensamentos,
mortes, adultérios, fornicação, furtos, falsos testemunhos e blasfêmias.
São estas coisas que contaminam o homem…” (Mateus 15:19-20).
Uma mulher sensual é, por assim dizer, “contaminada” e
potencialmente “contaminadora”. Oh, que triste é caminhar assim, pecando
e fazendo pecar, desonrando a Deus e promovendo a desonra ao três vezes
Santo Deus, o qual é “tão puro de olhos, que não podes ver o mal”
(Habacuque 1:13). Meditemos nisso ao nos vestirmos, querida leitora.

2.3. Nossas roupas devem ser HONESTAS, COM PUDOR E


MODESTAS:
A versão bíblica ARA traduz a palavra modéstia de modo a nos
auxiliar a entender ainda mais o sentido bíblico deste termo neste contexto:
“bom senso”.
Devemos ter um bom juízo sobre nós mesmas, e os lugares que
frequentamos para que escolhamos as roupas mais adequadas a cada
circunstância. Ainda assim, não devemos abandonar nenhuma destas três
características (roupas honestas, com pudor e modestas) ao irmos a
qualquer lugar, em qualquer clima que vivamos e sejam quais forem as
nossas condições financeiras.
Cremos que não existe nada como roupas “de ir à igreja” e roupas
“seculares”. Como vimos anteriormente, toda a nossa vida é um culto a
Deus, portanto aonde quer que estejamos, nós e nossas vestes devem ser
“santidade ao SENHOR”.
Charo Washer, esposa do pregador Paul Washer concede uma dica
simples e prática, a qual pode nos ajudar a escolhermos roupas adequadas:
“a roupa deve ser uma moldura para o seu rosto, e não para o seu
corpo”.[7]

3. Ênfase nos ENFEITES INTERIORES.


Consideradas as características acima, precisamos citar os “enfeites
interiores”, os quais são valorizados nos dois textos-base como os que
devem adornar uma mulher Cristã.
1 Timóteo 2:9-10 nos revela que devemos ser “ataviadas”, enfeitadas,
com boas obras. Este é o mesmo termo usado em Apocalipse 21:2: “E eu,
João, vi a santa cidade, a nova Jerusalém, que de Deus descia do céu,
adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido”. O povo de Deus,
a Noiva de Cristo, o Marido, não é salva por suas obras, mas para as boas
obras, as quais “Deus de antemão preparou para que andássemos nelas”
(Efésios 2:10). As boas obras não são a causa, mas, sim, a evidência da
salvação, ou seja, fazemos boas obras não para sermos salvas, mas porque
já fomos salvas. Por meio de boas obras, a luz dos filhos e filhas de Deus
resplandece diante dos homens, “para que vejam as vossas boas obras e
glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus” (Mateus 5:16).
Boas obras são somente aquelas que Deus ordenou em Sua Santa
Palavra (Miquéias 6:8; Hebreus 13:21). Se feitas em obediência aos
mandamentos de Deus, são o fruto e as evidências de uma fé viva e
verdadeira (Tiago 2:18, 22), e por elas os crentes manifestam a sua
gratidão, fortalecem a sua confiança, edificam os seus irmãos, adornam a
profissão do Evangelho (Salmos 116:12-13; Mateus 5:16; 2 Pedro 1:5-11;
1 João 2:3, 5), fazem calar os adversários e glorificam a Deus (Filipenses
1:11; 1 Timóteo 6:1; 1 Pedro 2:15).[8]
Dedicar-se à leitura da Palavra, oração, ao amor, ao serviço no lar,
igreja local e demais contextos de vida; a submissão a Deus e demais
autoridades por Ele constituídas; a mansidão; o exercício da fé, paciência,
perdão, bondade; estas, e outras boas obras, são os verdadeiros enfeites de
uma mulher de Deus.
O apóstolo Pedro nos diz: “O enfeite delas [nossos] não seja o
exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura dos
vestidos” (1 Pedro 3:3, colchetes meus). Aqui, Pedro não está nos
proibindo de cuidar dos cabelos, ou usarmos enfeites, mas a nossa beleza
não deve estar nisso, ou seja, a nossa “confiança” em estarmos belas não
está no exterior.
Então, em que está a nossa beleza? O apóstolo continua: “Mas o
homem encoberto no coração; no incorruptível traje de um espírito manso e
quieto, que é precioso diante de Deus” (v. 4).
Nós, Cristãs, precisamos pedir a Deus para considerarmos belo o que
Deus declara ser belo, e aqui acima está uma descrição do traje que agrada
ao nosso Deus: um espírito manso e quieto! (Assim como em Provérbios
31:25-26: “A força e a honra são seu vestido, e se alegrará com o dia
futuro. Abre a sua boca com sabedoria, e a lei da beneficência está na sua
língua”! — Note quão lindamente as duas linguagens, da boca e das vestes,
se harmonizam na mulher considerada virtuosa!).
E porque, devemos nos enfeitar assim? “Porque assim se adornavam
também antigamente as santas mulheres que esperavam em Deus” (v.5).
Nesse sentido, John Gill afirma:
As boas obras são como boas roupas, ao que alude o apóstolo; elas
não tornam as pessoas homens e mulheres, mas elas as adornam como tais;
assim ocorre com as boas obras, elas não tornam homens e mulheres
Cristãos, ou crentes, mas elas os adornam como tais; elas são ornamentos
para suas pessoas, e sua profissão de fé, e ao Evangelho que testificam
crer.[9]
Em Provérbios 3:21-22 vemos outro exemplo de enfeites interiores
que são como “adorno ao pescoço”: “A verdadeira sabedoria e o bom siso”.
Oh, por mais deste lindo colar em nossos pescoços!
Não tendo os adornos exteriores como maus, se usados como parte de
trajes “honestos, com pudor e modéstia”, enfatizemos, irmãs, os adornos
eternos que tornam uma mulher verdadeiramente bela!

4. ALERTA!
Por fim, querida leitora, precisamos fazer um alerta:
A Palavra de Deus afirma que há pessoas que têm “aparência de
piedade”, mas que são, “amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos,
soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem
afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem
amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos
dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade…” (2
Timóteo 3:1-5, ênfases acrescentadas).
Vestir-se de modo modesto não é o principal. O principal é o poder
salvador de Deus Pai, em Cristo, por meio do Seu Espírito operando em
nós. A QUESTÃO MAIS IMPORTANTE DE NOSSAS VIDAS, PARA O
TEMPO E ETERNIDADE é saber se somos ou não salvas, se somos ou
não Cristãs, se fazemos tudo (inclusive nos vestir) para a glória de Deus em
Cristo, pelo poder do Seu Espírito operando em nossos corações, onde Ele
habita pela fé.
O Senhor Jesus Cristo disse, em Mateus 23:25-28:
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! pois que limpais o exterior
do copo e do prato, mas o interior está cheio de rapina e de intemperança. 26
Fariseu cego! Limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que
também o exterior fique limpo. 27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!
pois que sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente
parecem formosos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de
toda a imundícia. 28 Assim também vós exteriormente pareceis justos aos
homens, mas interiormente estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.
Ao meditarmos sobre “vestimentas da mulher Cristã”, não podemos
cair no erro de tratar deste assunto apenas como algo que ocorre sobre o
nosso corpo, por assim dizer, e que envolve apenas nossos hábitos. Mas
sim, devemos ir mais profundamente, buscando alcançar o interior e as
nossas motivações.
É possível vestir-se “biblicamente”, de modo “piedoso”, e ainda assim
não ser Cristã, de fato. É possível ter o “exterior do copo limpo”, mas o
interior imundo.
A pureza, humildade e graça de um coração regenerado serão
manifestos exteriormente por meio de conversação pura, bom porte, vida
casta em temor, em boas obras e, sim, roupas modestas. Mas, devemos nos
examinar pois, os hipócritas condenados pelo Senhor Jesus por fora
realmente pareciam formosos e se preocupavam com suas vestes e
aparentavam ser piedosos e santos, todavia, faziam “todas as obras a fim de
serem vistos pelos homens” (Mateus 23:5).
Cuidemos, amadas, de limparmos o interior, vamos a Cristo, o
Manancial da Vida, a Fonte Aberta para purificação do pecado e da
imundícia, e confiemos nEle para a vida e para a eternidade. Cuidemos de
examinar a Sua Palavra, pois ali Ele promete que o encontraremos, pois Se
Lhe agradar, Ele Se revelará a nós com salvação, graça e poder. Cuidemos
de nos vestir e fazer todas as coisas a partir de um coração crente, em fé
nEle e amor a Ele e Suas ordens reais, para a Sua glória somente, pois “…
o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante
dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” (1 Samuel 16:7).

[1] Capítulo I, parágrafo I, Sobre As Sagradas Escrituras, de A Confissão de Fé Batista de Londres


de 1689 (CFB1689).
[2] Capítulo I, parágrafo II. Sobre As Sagradas Escrituras, CFB1689.
[3] Comentário Bíblico Matthew Henry – Antigo Testamento, Volume 1, disponível em:
Books.google.com.br
[4] Comentário de 1 Timóteo 2:9, extraído de John Gill’s Exposition of the Bible, disponível em:
BibleStudyTools.com
[5] Citado no Artigo “Modéstia no Vestir – João Calvino e Matthew Henry”.
[6] Citado no Artigo “A Definição de Modéstia Cristã” por Jeff Pollard.
[7] Ensino citado por Paul Washer em “Mulher Virtuosa”.
[8] Declaração de Fé EC.
[9] Comentário de 1 Timóteo 2:10, extraído de John Gill’s Exposition of the Bible, disponível em:
BibleStudyTools.com

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