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Índice

1.Introdução.......................................................................................................................3

1.1.Objectivos....................................................................................................................4

1.1.1.Geral.........................................................................................................................4

1.1.2.Objectivos Específicos.............................................................................................4

1.2.Metodologia.................................................................................................................4

Capítulo II: Contextualização............................................................................................5

2.1.América Latina............................................................................................................5

2.2.Limites Geográficas.....................................................................................................6

Capítulo III: Características...............................................................................................7

3.1.Dinâmica do Aparelho Climático................................................................................7

3.2.Relevo da América Latina...........................................................................................9

3.3.Estrutura Geológica...................................................................................................11

3.4.Solos da América Latina...........................................................................................13

3.5.Hidrografia................................................................................................................14

3.6.Biodiversidade...........................................................................................................16

4.Conclusão.....................................................................................................................18

5.Referência.....................................................................................................................19
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1.Introdução

O trabalho surge no contexto da cadeira de Geografia Regional 1 que tem como tema:
América Latina e Suas Regiões. Com este trabalho pretende-se exercitar a compreensão
das características da América latina, a partir dos aspectos físicos geográficos,
adinâmica do aparelho climático influenciado pela temperatura e precipitação,
vegetação, relevo: principais formações distribuídas na superfície, delimitação territorial
ou limites naturais.

A América latina é constituída por países que possuem um passado colonial em comum
(serviram as suas metrópoles e desenvolveram economias voltadas a exportação), o que
impediu a constituição de um mercado interno consolidado e causou prejuízos que
permanecem até os dias actuais, e que possuem idiomas originados do latim (como
português, espanhol), é o facto de ter o nome América Latina. Essa característica
também diferencia expressivamente América Latina da América Anglo-saxónica.

Outra característica histórica que é comum aos países da América latina é a


concentração de terras nas mãos de elite, mesmo após a descolonização. Esse factor é
um dos mais responsáveis pelas marcantes desigualdades sociais e económicas
presentes nesses países. Todavia, apesar de muitas semelhanças, esse conjunto de países
possui diferenças que nos permitem agrupa-los em grandes conjuntos regionais. A
América latina tem a mesma ordem de formas de relevo, no sentido norte-sul, em todas
as latitudes, dessa forma, há cinco unidades geomorfológicas mais importantes.
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1.1.Objectivos

1.1.1.Geral

 Compreender a Estrutura Físico-Geográfico da América Latina.

1.1.2.Objectivos Específicos

 Explicar os aspectos físicos-geográficos da América Latina;


 Descrever a dinâmica do aparelho climático e distribuição hidrológica;
 Identificar os processos de formação geológica da América Latina;

1.2.Metodologia

Para a realização deste trabalho, teve-se como base o método dedutivo, a partir de
leituras de obras e artigos ligados ao mesmo assunto. Para a materialização do mesmo,
passou-se por vários estágios tendo partido da selecção de diversas obras inerentes ao
assunto, sua leitura minuciosa, consultas na internet, sistematização e compilação que
culminou com a produção do mesmo.
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Capítulo II: Contextualização

2.1.América Latina

A América Latina é uma região do continente americano que engloba os países onde são
falados os idiomas originados do latim. A maioria da América Latina foi colonizada por
Espanha e Portugal. A América Latina é composta por todos os países que se encontram
ao sul dos Estados Unidos (México, América Central e do Sul), uma vez que todos eles
passaram por uma colonização do tipo exploração (agrícola e/ou mineral), além de
apresentarem traços culturais de raiz latina, economia e estrutura social
subdesenvolvidas, (BRUITI,2005).

O conceito de América Latina corresponde na actualidade a uma região que abarca,


mais de 700 milhões de habitantes e envolve ao todo, 13 países da América do sul, 07
América Central e 14 do Mar do Caribe, ou seja, os países que estão abaixo do Rio
Grande rio que separa México dos EUA. Sua superfície total é de 21.000 quilómetros
quadrados tendo como idiomas principais o português, o espanhol, o inglês e diversas
línguas indígenas, (Idem).

O Mar de Caribe está localizado na Placa Caribeana, que engloba também a parte sul da
América Central. Na fronteira desta placa com a Placa Sul-americana, a leste, junto ao
Oceano Atlântico, existe uma zona de subducção activa, que originou as Pequenas
Antilhas. A América Central é uma região formada por dois conjuntos de Países, a
porção ístmica (ligada ao continente) e a porção insular (composta por ilhas).

Do ponto de vista histórico o termo América Latina, é essencialmente de origem


francesa derivado da terminologia “Amérique Latine”, sendo utilizado primeiramente
por intelectuais franceses em meados do século XIX, para justificar o imperialismo
francês no México sob domínio de Napoleão III. No entanto, Napoleão III, utilizou o
termo América Latina quase quatro séculos após a descoberta das índias ocidentais
como parte de um discurso “geo-ideológico” para uma suposta unidade linguística,
cultural e racial dos povos latinos em contraposição aos germânicos, anglo-saxões e
eslavos, (BETHELL, 2009: 289).
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2.2.Limites Geográficas

A América Latina está toda localizada no hemisfério ocidental, sendo cortada pelo
Trópico de Câncer, o qual atravessa o centro do México, pelo Equador, o qual corta o
Brasil, Colômbia, Equador e pelo qual é tocado o norte do Peru; pelo Trópico de
Capricórnio, o qual corta o Brasil, o Paraguai, a Argentina e o Chile. Está distribuída
irregularmente pelos hemisférios norte e sul, devido à extensão da maioria de suas terras
ao sul da Linha do Equador, (BETHELL, 2009: 290).
Tem como limites: ao norte, com o rio Grande (fronteira entre os Estados Unidos e
México), ao sul com a junção das águas salgadas dos oceanos Atlântico e Pacífico, a
leste, o oceano Atlântico, e a oeste, o oceano Pacífico.
Fig. 1: Limites naturais da América Latina

Fonte: Empraba 2015


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Capítulo III: Características

3.1.Dinâmica do Aparelho Climático

Todos os climas regionais são dependentes de uma grande quantidade de factores:


latitude, altitude e relevo disposto, massas de ar, continentalidade, maritimidade,
correntes marítimas. Uma pequena ou grande latitude determina caso uma região esteja
mais perto ou longe do Equador e, assim sendo, caso faça maior ou menor calor. Com
embasamento nisto, é simples o entendimento de que em quase a América Latina inteira
são predominantes temperaturas elevadas e quais essas se reduzem quando se dirigem
ao polo Sul. Por esse motivo, a porção sul da América Latina, é uma área de Verões
brandos e Invernos gelados, (AYERBE, 2002).

As Terras da América Latina, em sua quase totalidade, localizam-se na zona climática


intertropical, uma porção menor está situada na zona temperada do norte e uma área
muito grande localiza-se na zona temperada do sul. É cortada pelo Equador e pelos
trópicos de Câncer e Capricórnio, com predomínio de climas equatoriais e tropicais. Ao
norte do México e no extremo sul do continente, o clima é temperado, (Idem).

As diferentes latitudes, a disposição do relevo de leste a oeste e a influência das


correntes marítimas, são factores que influenciam no clima. Com excepção do relevo
montanhoso da Cordilheira dos Andes que possui clima frio de montanha, as demais
regiões da América do Sul está entre os trópicos possui climas equatoriais e tropicais.

O clima equatorial

Apresenta temperaturas médias mensais elevadas e paticamente constantes ao longo do


ano, geralmente superiores a 25°C. Amplitudes térmicas anuais muito baixas, ou seja a
diferença entre a temperatura media máxima anual e a temperatura media mínima anual,
é muito baixa, normalmente inferiores a 3⁰ C. Variação da Precipitação abundante ao
longo de todo o ano sobretudo. Apresenta algumas subdivisões que variam conforme
dois factores: a topografia e a localização relativa à humidade ou zona de convergência
intertropical, que acabam por interferir nas temperaturas do ar, (AYERBE, 2002).

Clima equatorial húmido é marcado por elevadas temperaturas o ano todo, bem como
grandes quantidades de chuvas. Por isso a humidade é constante. (constante na região
Amazónica).
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Clima equatorial semi-húmido é quente como o clima equatorial húmido, porém


menos chuvoso. Está dividido em duas estações, a chuvosa e a seca. (É típico do
planalto norte Amazónico), (Idem).

Clima Tropical

Apresenta elevadas temperaturas, com médias anuais em torno de 20ºC, e duas estações
bem definidas: uma quente e húmida (verão) e outra mais fria e seca (inverno). A
quantidade de humidade vária conforme a sua localização. Regiões tropicais próximas
ao litoral, que são influenciadas pela maritimidade, são mais húmidas do que as regiões
localizadas no interior do continente, que são influenciadas pela continentalidade.
Assim, as médias de pluviosidade variam entre 1.000 e 2.000 por ano e dependem da
região em que se encontram. Em virtude dessa variação de humidade, (AYERBE,
2002).

Clima tropical húmido - temperaturas médias mensais elevadas ao longo do ano


(superiores a 20° C), amplitudes térmicas anuais baixas, precipitações abundantes,
estação húmida mais longa do que a estação seca.

Clima tropical seco – temperaturas médias mensais elevadas ao longo do ano,


amplitudes térmicas anuais baixas, precipitações abundantes e concentradas numa época
do ano, estação seca mais prolongada do que a estação húmida, (Idem).

Clima Temperado

De acordo com Olic (2012, p.76), Clima Temperado, presente em áreas de médias
altitudes, é o único tipo de clima que possui as quatro estações bem definidas:
Primavera, Verão, Outono e Inverno. Possui temperaturas mais amenas, com médias
anuais que variam em torno de 8ºC e 15ºC, e humidade que varia de acordo com a sua
localização (quanto mais próximo ao litoral, mais húmido), (AYERBE, 2002).

Clima temperado marítimo - Verões frescos, invernos moderados, amplitudes


térmicas anuais fracas, devido à influência amenizadora do mar, precipitações
abundantes e relativamente distribuídas ao longo do ano, com máximos nos meses de
outono e inverno. Existência de quatro estações com, sensivelmente, a mesma duração.
É um clima mais húmido e que apresenta invernos menos rigorosos em virtude da
influência da humidade oceânica. Como a água demora mais tempo para se resfriar, ela
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mantém a temperatura atmosférica por mais tempo, diminuindo, assim, a amplitude


térmica entre o verão e o inverno.

Clima temperado continental apresente Verões quentes, curtos e com precipitação,


invernos frios, longos e secos, com valores negativos, Amplitudes térmicas anuais
bastante elevadas, devido ao efeito da continentalidade, precipitações pouco abundantes,
com máximos no verão e mínimos no inverno, frequentemente sob a forma de neve,
Estação fria, longa e relativamente seca, estação quente de curta duração, (Idem).

Clima frio e frio de montanha

Temperaturas médias mensais baixas, precipitação de neve, ocorrendo no extremo sul e


na Cordilheira dos Andes. Ocorre em regiões com grandes cadeias de montanhas, como
os Andes, Himalaia, as Montanhas Rochosas e os Alpes. Caracteriza-se pelas baixas
altitudes, com uma grande variação de temperatura conforme a altitude (quanto maior a
altitude, menor a temperatura), e a presença de neves eternas (que nunca derretem),
(AYERBE, 2002).

Clima desértico

Apresenta temperaturas médias mensais elevadas, amplitudes térmicas anuais superiores


a 15° C, amplitude térmica diurna muito elevada; Precipitações raras e muito irregulares
(quando chove é normalmente sob a forma de autênticas tempestades de curta duração
mas de grande violência), existe apenas uma estação, quente e seca durante todo o ano.
Apresenta médias de temperaturas acima de 30ºC, baixa humidade, chuvas escassas e
irregulares e índices pluviométricos inferiores a 250 mm por ano, vegetação xerófita,
(AYERBE, 2002).

Presente tanto em regiões temperadas quanto em regiões tropicais (norte da África,


Oriente Médio, oeste dos Estados Unidos, norte do México, litoral do Chile e do Peru,
Austrália e noroeste da Índia), geralmente em regiões de depressões, (Idem).

3.2.Relevo da América Latina

A América Central na sua porção continental apresenta planícies litorâneas mais larga
na sua porção voltada para o Mar das Antilhas, em direcção ao Oceano Atlântico
estende-se planaltos elevados e descontínuos. A porção insular apresenta relevo de
baixa altitude formando planícies, excepto em uma pequena área da República
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Dominicana, que apresenta uma Cordilheira Central quase na fronteira com o Haiti. A
diversidade das paisagens naturais tanto no México quanto na América Central seguem
os factores como a latitude, as correntes marítimas e a disponibilidade do relevo, (OLIC
et all, 2012: 44).

O relevo da América Latina pode ser dividido em três grandes compartimentos: A oeste,
encontram-se a presença dos dobramentos modernos (cadeias de montanhas), no
México, denominam-se Sierras Madre Oriental e Ocidental, com a presença de um
planalto entre as suas cristas. Na América do Sul, formou-se a Cordilheira dos Andes,
onde se destacam os altiplanos, (Idem).

A América Latina tem a mesma ordem de formas de relevo, no sentido norte-sul, em


todas as latitudes. Dessa forma, há cinco unidades geomorfológicas mais importantes:

Baixadas litorâneas banhadas pelo oceano Pacífico, as quais aparecem muito curtas.

Elevadas cordilheiras - as elevadas cordilheiras latino-americanas apresentam altitudes


acima de 5 mil metros e picos revestidos por neve e derivam ainda de demais
surgimentos de tectonismo, como terramotos, da actividade de uma grande variedade de
vulcões, certos dos quais prontificados para que entrem em acção. No México, a
cordilheira é denominada de Sierra e constitui ambas as cristas horizontais (linhas no
relevo pelas quais são reunidos os pontos de maior altitude), que recebem o nome de
Sierra Madre Ocidental e Sierra Madre Oriental. Na América Central, essa cordilheira é
formada por serras, como as de Isabela e Tatamanca. Na América do Sul, aparecem os
Andes, cujo ponto culminante é o pico Aconcágua, com 6 959 metros, na Argentina.
Assim como na Sierra Madre, os Andes possuem cristas, dentre as quais estão
localizados planaltos de soerguimento, chamados na região de altiplanos, com altitudes
acima a 3 mil metros, (Ibid: 45).

Grandes planícies banhadas por rios, na América do Sul (Amazónica, do Orinoco, do


Magdalena, Platina, do Pantanal ou Chaco, entre outros), que situam-se dentre as
cordilheiras ocidentais e os planaltos orientais.

Planaltos de desgaste na porção oriental da América do Sul, cujas altitudes são


menores, que pouquíssimas vezes ultrapassam 2 mil metros, devido à formação do
relevo regional por pedras de grande antiguidade, de grande desgaste pela erosão e não
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possuem surgimentos de tectonismo. Pertencem a este relevo os planaltos das Guianas e


Brasileiro, tendo como pontos culminantes os picos da Neblina (3 014 metros), 31 de
Março, da Bandeira, das Agulhas Negras.

Baixadas litorâneas banhadas pelo oceano Atlântico, as quais são estreitas e somem,
possibilitando o aparecimento de falésias ou litorais elevados, quer aparecem muito
longas, originando grandes balneários naturais, (Idem).

Sierra Madre são grandes planícies banhadas por rios, na América do Sul (Amazónica,
do Orinoco, do Magdalena, Platina, do Pantanal ou Chaco), que situam-se dentre as
cordilheiras ocidentais e os planaltos orientais.

3.3.Estrutura Geológica

A geologia sul-americana é caracterizada por conter três (3) tipos de estruturas


geológicas em seu território sendo elas: os Crátons, Bacias sedimentares e
dobramentos modernos. Sendo constituída por três plataformas em sua extensão,
dentre as quais estão: Plataforma Sul-americana, Plataforma móvel andina e Plataforma
Patagónica. Subdivididas em plataformas com o embasamento ainda não consolidado e
ainda em formação (Plataforma Patagónica), e orto-plataforma, plataformas com o
embasamento consolidado (Plataforma Sul Americana e andina, (VESENTINI, 2011:
45).

Tendo em vista a Plataforma Sul-Americana e, mais especificamente, o território


brasileiro se evidencia 10 províncias estruturais alicerçadas sobre o território brasileiro,
onde se encontram Crátons (quando aflorando são escudos cristalinos) formados em
terrenos Proterozóicos e Arqueanos, e as Bacias Sedimentares formadas em terrenos
Fanerozóicos.
Crátons
Os Crátons também chamados de Cratões são um tipo de estrutura geológica
caracterizada, em geral, pela sua estabilidade e composição antiga, tendo-se constituído
durante a era Pré-Cambriana, há mais de dois bilhões de anos. Esse tipo de estrutura é,
basicamente, a porção das placas continentais, que durante um período mínimo de 100
milhões de anos não sofrem acções directas do tectonismo e do vulcanismo, o que
caracteriza a sua estabilidade. Sua composição é, em maior grau, de rochas magmáticas
e metamórficas.
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Quando falamos que os crátons são estáveis, não significa que estamos dizendo que eles
não passam por transformações. Porém, neles, os agentes endógenos ou internos de
transformação do relevo praticamente não atuam. Por isso, as rochas são, externamente,
muito desgastadas, em virtude da acção dos agentes externos ou exógenos, tais como a
água, o vento e o clima. Por essas razões, o relevo das áreas onde se localizam os
crátons costuma abranger, em geral, regiões de planaltos com baixas altitudes e algumas
depressões relativas, (Idem).

Os crátons são divididos em dois tipos principais de estruturas: os escudos cristalinos e


as plataformas. Escudos Cristalinos: são também chamados de maciços antigos e
caracterizam-se por serem compostos por rochas cristalinas (magmáticas e
metamórficas). São tipos de crátons que afloraram na superfície, ou seja, não foram
recobertos por outros tipos de estruturas geológicas.

Plataformas: são composições de crátons recobertas por outras formações estruturais,


geralmente por camadas de sedimentos, as bacias sedimentares. São também conhecidas
por embasamentos cristalinos e geralmente são formadas por regiões de depressões
relativas, salvo quando a cobertura sedimentar é muito extensa.

Bacias Sedimentares

Bacias Sedimentares são formações rochosas localizadas em áreas de depressões


relativas ou absolutas, que acumulam espessas camadas ou estratificações formadas por
rochas sedimentares. Caracterizam-se por serem formadas a partir da deposição de
material sedimentar que, ao longo de milhões de anos, consolida-se e transforma-se em
formações rochosas, (Ibid: 46).

Sabemos que quando as rochas e o relevo desgastam-se, eles transformam-se em


sedimentos, que são pequenas partículas rochosas, como a poeira e pequenos detritos.
Esses sedimentos são levados até o fundo dos oceanos, carregados pelos ventos e,
principalmente, pelas águas das chuvas e dos rios.

Esses sedimentos acumulam-se lentamente nas depressões dos oceanos. Em alguns


lugares, a pressão das águas dos mares é tão forte que exerce uma força sobre eles
capazes de transformá-los em composições de rochas. Enquanto isso acontece, novas
camadas de sedimentos são “jogadas” por cima desses locais, formando, assim, várias e
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várias camadas de rochas sedimentares. Essas camadas formadas nesse processo são,
justamente, as Bacias Sedimentares.

Dobramentos Modernos

Dobramentos Modernos também chamados de cadeias orogénicos ou cinturões


orogénicos, são estruturas geológicas que se originaram em virtude das acções do
tectonismo e correspondem a formação de cadeias montanhosas, apresentando as
maiores altitudes do planeta. Em geral, são compostos por rochas magmáticas (ou
ígneas) e metamórficas. Essas formações originam das grandes cadeias de montanha, a
cordilheira dos Andes, (Ibid: 47).

Sob o ponto de vista do tempo geológico, são formações geológicas consideradas


recentes, cujo início ocorreu na era Cenozóica, no período Terciário (há cerca de 250
milhões de anos). São resultante das acções do tectonismo, geralmente de choque ou
conflito entre duas placas tectónicas. Sua localização ocorre, na maior parte, em regiões
com relativa instabilidade geológica, graças ao facto de se originarem do choque e
interacção entre duas placas tectónicas.

3.4.Solos da América Latina

Muitos dos solos da América latina são formados por materiais vulcânicos. Os solos se
originam a partir de um processo que envolve a acção da água das chuvas, do calor do
Sol, dos ventos, dos animais e das plantas que desintegram as rochas. Os principais
processos de formação do solo são: intemperismo ou meteorização, acumulação,
remoção, translocação e transformação, (OLIC et all, 2012: 46).

A parte central do continente corresponde ao trópico húmido, onde dominam os solos


Ferralsols (São comuns nas áreas com ocorrência de chuvas intensas e estão associados
a terrenos antigos “Terciário”) e os Acrisols (Solos moderada com subsolo rico em
argila, são muito abundantes na parte sul da bacia amazónica), Estes solos também são
os mais representativos de todo o continente. Nesta região, estes dois tipos de solos são
dominantes e estão associados aos Plinthosols, Gleysols, Alisols e Podzols.

Nas regiões desérticas do México, Venezuela, Peru e Chile predominam os Calcisols


(ocupam as zonas áridas e semiáridas onde a água da chuva não penetra a muita
profundidade), Leptosols (solos rasos, são comuns nas regiões montanhosas, nos
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desertos e nas áreas onde o solo foi erodido), Regosols, Arenosols (solos arenosos
susceptíveis a erosão, são os solos mais extensos, geralmente sob clima tropical
húmido), Gypsisols () e Solonchacks (). Na América Central estão os Vertisols,
localizados principalmente no México, na zona do Caribe, Venezuela e Colômbia. Por
outro lado, a predominância dos Andosols, geralmente relacionados com os vulcões da
América Central e da cadeia Andina.

Na região de solos de campos temperados e subtropicais existem os grupos Phaeozems


(apresentarem um horizonte mineral superficial escuro, rico em húmus.), Kastanozems
(semelhante aos Chernozems; diferenciam-se desses apenas pela presença de horizonte
superficial do solo de tonalidade mais clara) e Chernozems (com um horizonte mineral
superficial profundo, preto e rico em matéria orgânica). Estes solos são muito férteis e
sobre eles se desenvolvem as actividades agrícolas orientadas para a produção de
cereais, soja e carne (gado).

Quanto aos Nitisols (Apresentam um horizonte subsuperficial tipicamente vermelho),


estão localizados em sua maioria na América Central e no Caribe (Cuba,
principalmente). Por outro lado, os Solonetz (com um horizonte de acumulação de
argila e uma alta proporção de sódio e/ou de magnésio trocável), estendem-se
principalmente por Argentina, Paraguai e Bolívia. Por ultimo, nas áreas urbanas e
próximas das maiores áreas de exploração mineral, encontram-se solos altamente
alterados pela actividade humana, denominados Technosols (contém grandes
quantidades de artefactos produzidos pelo homem, ex. lixos domésticos, restos de
construção ou resíduos industriais), (Idem).

3.5.Hidrografia

Como seu relevo é disposto, a maior parte dos rios americanos, e especialmente latino-
americanos, drenam no sentido oeste-leste, porque o padrão da cordilheira dos Andes
faz eles se dirigirem ao Atlântico, (TERRA, 2015: 48).

Sendo, geralmente, uma região de grande humidade, a América Latina tem, na maioria
de sua extensão, uma grande rede hidrográfica. Sobressaem: o rio Grande, na fronteira
Estados Unidos-México, na América Central, em Honduras, rio Patuca, na América do
Sul, em sua parte norte, destacam-se os rios Madalena, na Colômbia, e Orenoco, na
Venezuela, que desembocam no mar das Antilhas, bem como demais rios principais os
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quais são projectados em suas porções central e sul, como o grande Amazonas e os rios
Paraná, Paraguai e Uruguai, os quais compõem a bacia Platina, desembocando
totalmente no oceano Atlântico, (Idem).

Ao contrário da América do Norte, a América Latina não possui imensos lagos, no


entanto, essa região tem numerosas lagoas em seu litoral, especialmente na vertente do
Atlântico, como a lagoa dos Patos, no Brasil, lagoas de inundação nas planícies
Amazónica e do Orenoco, e lagos de altitude, como o Titicaca, do Peru até a Bolívia.

A América do Sul conta com uma rede hidrográfica densa (as bacias Amazónica,
Platina e Orenoco drenam quase 50% de suas terras). Na América Central, a rede
hidrográfica é pouco extensa. Como destaque há o rio Coco e o rio San Juan, emissário
do lago Nicarágua. O rio Paraguai é uma importante via de navegação (Mercosul), por
ser um rio de planície, desagua no rio Paraná na fronteira entre Paraguai e Argentina.
Bacia Platina segunda maior bacia hidrográfica do planeta, é formada pelos rios Paraná,
Paraguai e Uruguai, (Ibid: 50).

Rio Grande é um dos maiores rios da América do norte, nasce nas montanhas San
Juan, no estado americano do colorado, tem sua foz no Golfo do México, banha o
estado do novo México e, a partir de El Paso, no Texas, serve de fronteira natural entre
os Estados Unidos e México, onde é conhecido como rio Bravo del Norte com 3.000 km
de extensão.

Rio Orenoco nasce no Cerro Delgado Chalbaud, Venezuela, tem a sua foz no Oceano
Atlântico, um dos principais da América do Sul, e tem a terceira maior bacia
hidrográfica neste continente cobrindo uma área de 880.000 km2. É o principal rio da
Venezuela, abrangendo quatro quintos do território do país, que percorre sinuosamente
por 2. 740 Km. Além da Venezuela, a bacia do Orinoco abrange um quarto do território
da Colômbia.

Rio Amazonas nasce no pico Huagro, nos Andes peruanos. Com 7.025 km, o
Amazonas é o maior rio do mundo, tanto em extensão quanto em volume de água. Bacia
Amazónica ocupa uma área superior a 7 milhões de km2, (mais de 4,5 milhões de km2
no Brasil). Estende-se por terras da Bolívia, Peru, Colômbia, Equador, Venezuela,
Guiana e Suriname. Tem sua origem na nascente do rio Apurimac (alto da parte
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ocidental da cordilheira dos Andes) no sul do Peru com sua foz no Oceano Atlântico
junto ao rio Tocantins no delta do Amazonas, no norte brasileiro, (Idem).

Ao longo do seu percurso recebe, ainda no Peru, os nomes de Carhuasanta, Lloqueta,


Apurimac, rio Ene, rio Tambo, Ucayali e Amazonas. Ele entra no território brasileiro
com o nome de rio Solimões e finalmente, em Manaus, após a junção com o rio Negro,
assim que suas águas se misturam el recebe o nome de Amazonas e como tal segue até a
sua foz no oceano atlântico. Sua foz é classificada como mista, por apresentar uma foz
em estuário e em delta.

Rio Paraná é o principal formador da bacia do prata, considerado em sua extensão total
até a foz do Estuário da Prata o oitavo maior rio do mundo em extensão (4.880 km) e o
maior da América do Sul depois do Amazonas. Sua bacia hidrográfica abrange mais de
10% de todo o território brasileiro, sendo a continuação do rio Grande, recebendo o
nome de Paraná na confluência com o rio Paranaíba. Nasce no rio Grande e rio
Paranaíba na Argentina com sua foz no rio Prata. É um rio de planalto em seu curso
superior e de planície em seu curso inferior.

Rio Prata se origina do encontro de dois principais rios desta bacia, Paraná e Uruguai,
se encontram na fronteira entre a Argentina e Uruguai. É um dos mais importantes da
Argentina, trata-se de um estuário criado pelo desagúe dos rios Paraná e Uruguai, e do
Oceano Atlântico. Tem uma extensão de cerca de 290 quilómetros e serve de limite
entre Argentina e Uruguai, (Idem).

3.6.Biodiversidade

A vegetação, um reflexo das condições de clima, solo e relevo, é bastante diversificada:


florestas tropicais e equatoriais, cerrados e caatinga no Brasil, lhanos na Venezuela,
Chaco no Paraguai e Argentina, florestas de coníferas nas porções meridionais da
América do Sul, vegetação de montanha, desertos: Atacama, Chihuahua, Sonora,
(VESENTINI, 2011).

As principais formações vegetais da América Latina são: Savana, vegetação de altitude,


estepes e pradarias, floresta densa, floresta tropical e equatorial, floresta temperada e
desertos. A maior parte da cobertura vegetal que revestia a América Latina até o século
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XVI já não existe mais. A vegetação somente foi preservada nos locais de pequeno
interesse económico ou em áreas de relevo abrupto/relevo íngreme.

Vegetação de clima equatorial: Florestas da Amazónia e de parte da América Central.


São florestas entrelaçadas, constituídas por árvores de vários comprimentos, de folhas
longas, revestidas e rodeadas por muitas trepadeiras e vegetações diversificadas, de tal
modo espessas que até mesmo a luz solar não consegue passar por elas.

Vegetação de clima tropical: Florestas ou savanas, na maioria da América Central e


nas porções norte e central da América do Sul. Espessas e entrelaçadas florestas
recobrem as regiões de maior humidade; nas áreas de menor humidade, destaca-se a
savana, formada por árvores de pouco comprimento e arbustos ligados a uma formação
vegetal rasteira, como o cerrado no Brasil, os lhanos na Venezuela e o Chaco na
Argentina e no Paraguai. Nas regiões tropicais semiáridas surge uma formação vegetal
ainda mais pouco densa, por exemplo, a caatinga brasileira.

Vegetação de clima temperado: Florestas temperadas ou subtropicais e pampas na


Argentina, no Uruguai, Chile e região Sul do Brasil. As primeiras são florestas de
araucárias que, em geral, estão ligadas a demais espécies; as pampas formam uma
região de formação vegetal rasteira, boa pastagem orgânica.

Vegetação de altas montanhas: Nos Andes, a formação vegetal varia por causa das
altas montanhas, as quais causam temperaturas menores e pouquíssimas chuvas.

Vegetação de clima desértico: Formada especialmente por arbustos e xerófitas, é


caracterizada por ser uma vegetação bem espalhada. As punas do deserto de Atacama,
no Chile e no Peru, destacam-se entre os outros desertos da América Latina, porque a
altitude do relevo faz com que sua área de ocorrência seja um deserto gelado.
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4.Conclusão

Findo o trabalho, todavia, no que tange a América Latina quanto a sua dinâmica do
aparelho climático, ela está situada na zona intertropical, onde predominam os climas
quentes, com excepção do extremo sul (Argentina e Chile) e das áreas montanhosas
(Andes). Sua grande extensão no sentido norte-sul, as diferentes latitudes e a variação
climática conferem à América Latina uma enorme diversidade de formações vegetais.
Destacam-se as principais paisagens: Floresta Amazónica, Cerrado, Caatinga, Pampa ou
Estepe e Desertos (México, Atacama e Patagónia).
Apresenta a Serra Madre Ocidental, no planalto mexicano, a Cordilheira Montanhosa
dos Andes, situada na porção oeste da América do sul, o Planalto das Guianas e o
Planalto Brasileiro, e as Planície do Orinoco, Planície Amazónica e Planície Platina,
localizadas na porção central da América do Sul.
A constituição do terreno sul-americano é bastante diversificada de forma simples, pode
se descrever a estrutura geológica da borda oeste como dobramentos modernos, ou seja,
actividades orogenéticas iniciadas e originados no Período Mesozóico, mais
precisamente no Persiano/Triásico até o cenozóico (dias atuais), constituindo, assim, a
Cordilheira dos Andes.
Em geral, os crátons possuem uma grande importância para os estudos referentes à
estrutura e ao passado geológico do planeta, pois apresentam uma elevada riqueza em
termos de tipos e quantidades de minerais metálicos, como o ferro, o cobre, o alumínio e
o estanho. Além disso, os crátons, por serem formações constituídas há muito tempo e
estáveis, apresentam as mais antigas rochas do planeta.
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5.Referência

1. BETHELL, Leslie. (2009). O Brasil e a ideia de “América Latina” em perspectiva


histórica, Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 22, nº 44, Jul./dez,, p. 289-321.
2. BRUITI, Hector. (2005). A invenção da América Latina, Doc. disponível:
http://www.ifch.unicamp.br/anphlac/anais/encontro5/hector5.htm
3. AYERBE Luís Fernando (2002). Estados Unidos e América Latina, são Paulo
editora de UNESP.
4. OLIC, NELSON, B. et all, (2012). Vereda digital geográfica, 1a edição, moderna,
São Paulo.

5. TERRA L. A, et all, (2015). Conexões: estudos de geografia, 3a edição, moderna.

6. VESENTINI, José, William (2011). Geografia: o mundo em transição, Ática, São


Paulo.

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