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CURSO DE IRPF
XI
INTRODUÇÃO
1. Prefácio da obra de: CANTO, Gilberto Ulhôa de. Temas de direito tributário (Pare-
ceres e Estudos). Rio de Janeiro: Edições Financeiras S.A. p. 3.
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1. PROBLEMAS E PREMISSAS
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7. KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. 6ª edição, São Paulo: Martins Fontes,
1999, 3ª tiragem.
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arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195,
§ 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em
benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja
alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares
de cargos efetivos da União. (Redação dada pela EC 42/2003)
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econô-
mico de que trata o caput deste artigo: (Incluído pela EC 33/2001)
I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação; (In-
cluído pela EC 33/2001)
II - incidirão também sobre a importação de produtos estrangei-
ros ou serviços; (Redação dada pela EC 42/2003)
III - poderão ter alíquotas: (Incluído pela EC 33/2001)
a) ad valorem, tendo por base o faturamento, a receita bruta ou
o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduanei-
ro; (Incluída pela EC 33/2001)
b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada. (In-
cluída pela EC 33/2001)
§ 3º A pessoa natural destinatária das operações de importação
poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei. (Incluí-
do pela EC 33/2001)
§ 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidirão
uma única vez. (Incluído pela EC 33/2001)
Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir
contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do ser-
viço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e
III. (Incluído pela EC 39/2002)
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se
refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. (Incluí-
do pela EC 39/2002)
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou
nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
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9. SCHOUERI, Luís Eduardo. Direito tributário. São Paulo: Saraiva, 3ª edição, 2013,
pp. 262 e 263.
10. CARVALHO, Aurora Tomazini de. Curso de teoria geral do direito. O Constructi-
vismo Lógico-Semântico. São Paulo: Noeses, 4ª edição, 2014, p. 236.
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2. ALGO SOBRE A MATERIALIDADE
DO IRPF NA CONSTITUIÇÃO
15. CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário, linguagem e método. São Paulo:
2015, p. 421.
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16. KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. São Paulo: Nova Cultural. Trad. De
Valério Rohden e Udo Baldur Moosberberger, 1996, p. 71.
17. Ibidem, p. 72.
18. Ibidem, p. 73.
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19. PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. Trad. José Teixeira Coelho Neto. 4ª edi-
ção. São Paulo: Perspectiva, 2008, p. 46.
20. SILVEIRA, Lauro Barbosa. Curso geral de semiótica geral. São Paulo: Quartier
Latin, 2007, p. 41.
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24. PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. Trad. José Teixeira Coelho Neto. 4ª edi-
ção. São Paulo: Perspectiva, 2008, p. 74.
25. Eco, Umberto. O Signo. Editorial Presença. 6ª edição. São Paulo: Cultrix, 2004, p. 159.
26. GONÇALVES, José Arthur. Imposto sobre a renda. Pressupostos constitucionais.
São Paulo: Malheiros Editores, 1ª edição, 2ª tiragem, 2002 p. 177.
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27. FIORIN, José Luiz. Introdução ao pensamento de Bakhtin. São Paulo: Contexto,
2016, p. 27.
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IV
“IMPOSTO SOBRE A RENDA
27. Imposto sobre subsidios e vencimen-
tos á razão de 2 % sobre todos os sub-
sidios, e sobre todos os vencimentos
que excederem de 3:000$ annuaes
ou 250$ mensaes, ficando isentos do
referido imposto os vencimentos até
3:000$ annuaes, cobrando-se o im-
posto sobre os que excederem essa
importancia apenas sobre o excesso.. 25:000$000 1.000:000$000
28. Dito sobre o consumo de agua............................... 3.100:000$000
29. Dito de 2 1/2 % sobre os dividendos dos titulos de
companhias ou sociedades anonymas.................... 2.000:000$000
30. Dito sobre casas de sports de qualquer especie
na Capital Federal ................................................... 6:000$000
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“Art. 31. Fica instituido o imposto geral sobre a renda, que será,
devido, annualmente, por toda a pessoa physica ou juridica, re-
sidente no territorio do paiz, e incidirá, em cada caso, sobre o
conjunto liquido dos rendimentos de qualquer origem.
I. As pessoas não residentes no paiz e as sociedades com séde no
estrangeiro pagarão o imposto sobre a renda liquida, que lhes
fôr apurada dentro do territorio nacional.
II. É isenta do imposto a renda annual inferior a 6:000$ (seis con-
tos de réis), vigorando para a que exceder dessa quantia a tarifa
que for annualmente fixada pelo Congresso Nacional.
III. Será considerado liquido, para o fim do imposto, o conjunto
dos rendimentos auferidos de qualquer fonte, feitas as deduc-
ções seguintes:
a) imposto e taxas;
b) juros de devidas, por que responda o contribuinte;
c) perdas extraordinarias, provenientes de casos fortuitos ou for-
ça maior, como incendio, tempestade, naufragio o accidentes se-
melhantes a esses, desde que taes perda não sejam compensadas
por seguros ou indenizações;
d) as despezas ordinarias realizadas para conseguir e assegurar a renda
IV. Os contribuites de renda entre 6:000$ (seis contos de réis) e
20:000$ (vinte contos de réis) terão deducção de 2 % (dous por
cento) sobre o montante do imposto devido por pessoa que tenha
a seu cargo, naõ podendo exceder, em caso algum, essa deducção
a 50 % (cincoenta por cento) da importancia normal do imposto.
V. O imposto será arrecadado por lançamento, servindo de base
a declaração do contribuinte, revista eplo agente do fisco e com
recurso para autoridade administrativa superior ou pára arbitra-
mento. Na falta de declaração o lançamento se fará ex-officio. A
impugnação por parte do agente do fisico ou o lançamento ex-of-
ficio terão de apoir-se em elementos comprobatorios do mantan-
te da renda e da taxa devida.
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33. SOUSA, Rubens Gomes de. Imposto de Renda. Tratamento tributário dos títulos
de renda fixa. In Pareceres 3 – Imposto de Renda. São Paulo: Editora Resenha Tri-
butária, 1976, p. 281.
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34. SOUSA, Rubens Gomes de. Imposto de Renda. Tratamento tributário dos títulos
de renda fixa. In Pareceres 3 – Imposto de Renda. São Paulo: Editora Resenha Tri-
butária, 1976, p. 275.
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35. CANTO, Gilberto de Ulhôa. Imposto sobre a renda: incidência no caso de prê-
mio de seguro e resseguro pagos a empresas estabelecidas fora do Brasil. Territo-
rialidade do tributo. Produção e realização do rendimento, como fatores da fixação
de competência impositiva. In Temas de Direito Tributário (Pareceres e Estudos).
Rio de Janeiro: Edições Financeiras S.A., 07-16, 1955, p. 10.
36. SOUSA, Rubens Gomes. Parecer 1.2 Imposto de Renda; Despesas não
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dedutíveis pelas pessoas jurídicas. Seu tratamento fiscal como “lucros distribuídos”
no que se referee à própria sociedade e a seus sócios ou acionistas:” In Pareceres 1:
Imposto de Renda. Editora Resenha Tributária: São Paulo, 1975, p. 67.
37. OLIVEIRA, Ricardo Mariz. Fundamentos do Imposto de Renda. São Paulo: Quar-
tier Latin, 2008, p. 284.
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38. Parecer 1.2 Imposto de Renda; Despesas não dedutíveis pelas pessoas jurídicas.
Seu tratamento fiscal como “lucros distribuídos” no que se refere à própria socie-
dade e a seus sócios ou acionistas:” In Pareceres 1: Imposto de Renda. Editora Re-
senha Tributária: São Paulo, 1975, p. 69/70.
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40. CANTO, Gilberto de Ulhôa. Estudos e pareceres de direito tributário. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 1975, p. 5.
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2.5.1 RE 117.887-6/SP
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E acrescenta:
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2.5.2 RE 172.058-1/SC
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56. MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil. 4ª edição. São Paulo:
Saraiva, 1961, fls. 90. Apud Ministro Marco Aurélio, RE 172058, Relator(a): Min.
MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 30.06.1995, DJ 13.10.1995 PP-34282,
EMENT VOL-01804-08, PP-01530, RTJ VOL-00161-03, PP-01043, fls. 1542.
57. CANTO, Gilberto Ulhôa. GARCIA DE SOUZA, Antônio Carlos. Caderno de Pes-
quisas Tributárias. Vol, XI. Apud Apud Ministro Marco Aurélio, RE 172058, Rela-
tor(a): Min. MARCO AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 30.06.1995, DJ
13.10.1995, PP-34282, EMENT VOL-01804-08, PP-01530, RTJ VOL-00161-03, PP-
01043, fls. 1545.
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2.5.3 RE 195.059
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62. ADI 2.588, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ Acórdão: Min. JOA-
QUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 10.04.2013, DJe-027, DIVULG
07.02.2014, PUBLIC 10.02.2014, EMENT VOL-02719-01, PP-00001.
63. A atual legislação de lucros no exterior das pessoas jurídicas encontra-se nos
arts. 77 e seguintes da Lei 12.973/2014.
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art. 153, inciso III, e do art. 146, inciso III, ambos da Constitui-
ção da República Federativa do Brasil, baseado no extravasa-
mento da materialidade constitucional do IR.
A relatora foi a Ministra Ellen Gracie, mas o relator para
o acórdão foi o Ministro Joaquim Barbosa. Os votos serão exa-
minados em ordem em que constam do acórdão.
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tampouco com os arts. 146, inciso III, alínea “a”, e 153, inciso
III, da Constituição Federal.
Já para as coligadas não haveria que se falar em dispo-
nibilidade de lucros, por não terem o poder decisório sobre a
destinação dos lucros.
A Ministra Hellen Gracie também aponta que a alteração
da mudança no critério temporal da regra-matriz de incidên-
cia do IR não estaria sujeita ao princípio da anterioridade.
Assim, a Ministra julgou parcialmente procedente a Ação
Direta de Inconstitucionalidade para declarar a inconstitucio-
nalidade do signo “coligada”.
Note-se que, em seu voto, não houve definição clara do
termo “renda e proventos de qualquer natureza”.
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“Na verdade, por mais variado que seja o conceito de renda, to-
dos os economistas, financeiras e juristas se unem em um ponto:
renda é sempre um ganho ou acréscimo de patrimônio.”104
(....)
Alguns outros julgados, sempre fincados em que o fato gerador
do imposto de renda é a ocorrência de acréscimo patrimonial,
são os seguintes:
- Superior Tribunal de Justiça, 1ª Seção, embargos de divergência
no recurso especial n. 571.886-RS, em 23.8.2006, o núcleo da hipóte-
se de incidência do imposto de renda é o acréscimo patrimonial;105
- Superior Tribunal de Justiça, 1ª Seção, embargos de declaração
no recurso especial 770078-SP, em 24.4.2006: o fato gerador do im-
posto de renda é acréscimo ao patrimônio material existente;106
- Superior Tribunal de Justiça, 1ª Seção, embargos de declaração ao re-
curso especial n. 320.455-RJ, em 7.6.2001, citando o recurso especial n.
181.912-PR: o fato gerador do imposto de renda é o acréscimo patrimonial
mais a respectiva disponibilidade econômica ou jurídica, ficando afasta-
da a incidência sobre rendas ainda não definitivamente adquiridas;107
- Câmara Superior de Recursos Fiscais, acórdão n. CSRF/01-
04046, de 19.8.2002, renda é acréscimo patrimonial, segundo o
CTN, resultado de todas as receitas e despesas;108
- 1º Conselho de Contribuintes, 6ª Câmara, acórdão n. 106-10462,
de 13.12.1998: o fato gerador do imposto de renda é o acréscimo
patrimonial que agrega riqueza em caráter duradouro e definiti-
vo, não situação transitória;109
- 1º Conselho de Contribuintes, 3ª Câmara, acórdão n. 103.19793, de
9.12.1998: citando Antônio Roberto Sampaio Dória, só é renda o acrés-
cimo patrimonial que possa ser consumido sem reduzir o patrimônio;110
- 1º Conselho de Contribuintes, 3ª Câmara, acórdão 103-19499,
de 14.7.1998:111 só é renda o acréscimo patrimonial que possa
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[...]
§ 12. Lei disporá sobre sistema especial de inclusão previdenciária para atender a
trabalhadores de baixa renda e àqueles sem renda própria que se dediquem exclu-
sivamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, desde que perten-
centes a famílias de baixa renda, garantindo-lhes acesso a benefícios de valor igual
a um salário-mínimo. (Redação dada pela EC 47/2005)
119. Art. 30. Compete aos Municípios:
[...]
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas
rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes
nos prazos fixados em lei; [...].
120. Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da Repúbli-
ca, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as
matérias de competência da União, especialmente sobre:
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; [...].
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próprio art. 153, inciso III;121 157, I;122 158, I;123 159, I e §1º124 do
Texto Constitucional e 72, incisos I e II125 do Ato das Disposi-
ções Constitucionais Transitórias - ADCT .
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Renda e Proventos de
qualquer natureza
Imunidade Competência
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130. Art. 195, § 4º. A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manu-
tenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I.
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que
sejam não cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados nesta Constituição;
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da CF, não devem ter, isto sim, fato gerador e base de cálculo pró-
prios das contribuições já existentes.131
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X - não incidirá:
[...]
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º;
[...].
135. CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário, linguagem e método. São
Paulo: Noeses, 6ª edição, 2015 p. 312.
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3. SOBRE OS PRINCÍPIOS QUE COLOREM O
IRPF NA CONSTITUIÇÃO
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141. QUEIROZ, Mary Elbe. Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Nature-
za. Barueri: Manole, 2004, pp. 36-37.
142. Sobre a influência do grau de escolaridade ao patamar de renda, vide estudo
desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Econômicas – IPEA, O Efeito Diploma no
Brasil de Anna Crespo e Maurício Cortez Reis. Disponível em: http://www.ipea.gov.
br/portal/images/stories/PDFs/mercadodetrabalho/08Nota2_Anna_Mauricio.pdf.
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143. (AI 724817 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em
07.02.2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-050 DIVULG 08.03.2012 PUBLIC
09.03.2012).
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144. Oliveira, Ricardo Mariz de. Fundamentos do Imposto de Renda. São Paulo: Quar-
tier Latin, 2008, p. 254.
145. Em sentido distinto, admitindo a possiblidade de se tributar de maneira dife-
rente inúmeras espécies de rendimentos, vide o interessante estudo de: SANTOS,
Ramon Tomazela. O princípio da universalidade na tributação da renda: análise
acerca da possibilidade de atribuição de tratamento jurídico-tributário distinto a
determinados tipos de rendimentos auferidos pelas pessoas físicas In: Revista de
Direito Tributário Atual – RDTA, São Paulo: Dialética, n. 28, p. 264-294, 2012.
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147. CARRAZZA, Roque Antonio. Curso de direito constitucional tributário. 29ª edi-
ção. São Paulo: Malheiros Editores, 2013, p. 102. Vide também: TIPKE, Klaus.
“Princípio da igualdade e ideia de sistema no direito tributário”. In: Direito Tributá-
rio: estudos em homenagem ao Prof. Ruy Barbosa Nogueira. São Paulo: Saraiva,
pp. 517 a 527.
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Até 22.847,76 - -
148. BARRETO, Paulo Ayres. Imposto de Renda e Preços de Transferência. São Pau-
lo: Editora Dialética, 2001, p. 95.
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149. PIRES, Cristiane. O tempo e o tributo. São Paulo: Noeses, 2018, p. 184.
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150. Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é veda-
do à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
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HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
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1. SOBRE A FUNÇÃO DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO
NACIONAL EM NOSSO SISTEMA NORMATIVO
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152. CARVALHO, Paulo de Barros. Direito tributário, linguagem e método. São Pau-
lo: Noeses, 6ª edição, 2015, p. 199.
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2. SOBRE A HIPÓTESE DE
INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA
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156. RODRIGUES, Silvio. Direito civil – Parte Geral. 2ª ed. São Paulo: Max Limo-
nad, vol. 1, p. 121 e 122.
157. Vou utilizar, doravante, a expressão “conversível em dinheiro” para exprimir
essas duas ideias.
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162. O tempo é visto como na cultura ocidental ativo dos mais preciosos. Lembra
bem Cristiane Pires que “representa algo de estimável valor para os seres huma-
nos.” (PIRES, Cristiane. Ibidem, p. 37).
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163. Como observa com acuidade Cristiane Pires, o critério cronológico é “aspecto
normativo condicionador da regra-matriz de incidência no tempo e marco para o
nascimento das relações-jurídico-tributárias”. Ibidem, p. 134.
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166. Isso porque, como lembra Rubens Gomes de Sousa, “renda é o acréscimo do
patrimônio, verificado entre dois momentos quaisquer de tempos”. (In Compêndio
de Legislação Tributária. Rio de Janeiro: Editoras Financeiras S.A., 1952, p. 204).
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167. Note-se que a redação desse parágrafo é mais precisa do que o caput, ao rela-
cionar os conceitos de disponibilidade com a noção de rendimento e não de renda.
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170. QUEIROZ, Luís Cesar Souza. Imposto Sobre a Renda. Requisitos Para uma Tri-
butação Constitucional. São Paulo: Editora Forense, 2003, pp. 272 e 273.
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171. FERRAGUT, Maria Rita. Presunções no direito tributário. 2ª edição. São Paulo:
Quartier Latin, 2005, p. 260.
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172. CSRF/01-04.663, Data da Sessão 13.10.2003, Rel. Antonio Freitas Dutra, Primei-
ra Turma da Câmara Superior de Recurso Fiscais.
173. Disponível em: https://goo.gl/4GcmYL Acesso em: 24 fev. 2019.
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Processo nº 10437.721422/201611
Recurso nº Voluntário Acórdão nº 2201004.663 – 2ª Câmara /
1ª Turma Ordinária Sessão de 09 de agosto de 2018 Matéria
IRPF Recorrente BRUNO CACCIATORE DA COSTA FREI-
TAS Recorrida FAZENDA NACIONAL ASSUNTO: IMPOSTO
SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA IRPF Exercício: 2011
OMISSÃO DE RENDIMENTOS. DEPÓSITOS BANCÁRIOS.
FATO GERADOR. ÔNUS DA PROVA. SÚMULA CARF Nº 38.
A presunção legal de omissão de rendimentos caracterizados
por depósitos bancários de origem não comprovada inverte o
ônus da prova, cabendo ao contribuinte aclarar a origem de tais
valores mediante a comprovação de fatos modificativos, extinti-
vos ou impeditivos do direito de crédito constituído pelo Fisco.
Comprovada a origem dos valores depositados em conta bancá-
ria, não tendo estes sido levados ao ajuste anual, devem ser sub-
metidos às normas de tributação específica, não mais havendo
que se falar da presunção legal de omissão de rendimentos ca-
pitulada no art. 42 da Lei 9.430/96. REGISTROS CONTÁBEIS.
MÚTUO. Mútuo se caracteriza por uma operação de crédito en-
tre pessoas, pela qual uma disponibiliza à outra recursos finan-
ceiros que deverão ser restituídos à primeira ao cabo de prazo
determinado ou indeterminado. Assim, não merecem fé os regis-
tros contábeis e contratos formalizados quando evidente que a
essência dos fatos administrativos não correspondem aos lança-
mentos contábeis e aos aspectos formais que revestiram as ope-
rações. MULTA QUALIFICADA. ELEMENTO VOLITIVO NA
CONDUTA DO AGENTE. A identificação de conduta deliberada
que objetiva levar a termo uma manobra da qual resulta regis-
tros contábeis que espelham operações fictíciase desconectadas
da realidade, justifica a qualificação da multa de ofício.174
159
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
175. Vide nesse sentido, a redação do §1º do art. 1º do Decreto 9.580 de 22 de no-
vembro de 2018, que regulamenta a tributação, fiscalização e administração do Im-
posto Sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza (“RIR/2018”).
176. Acórdão 106-14082, de 07.07.2005, rel. José Ribamar Penha.
161
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
163
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS
167
2. VISÃO GENÉRICA DO IMPOSTO SOBRE
A RENDA CONFORME REGIME JURÍDICO
ESTABELECIDO PELA LEGISLAÇÃO FEDERAL
177. Caso, dentro de um período de doze meses, a pessoa física não complete 184 dias,
consecutivos ou não, de permanência no Brasil, novo período de até doze meses será
contado da data do ingresso seguinte àquele em que se iniciou a contagem anterior.
173
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176
CURSO DE IRPF
178
4. SOBRE A RELAÇÃO JURÍDICO-TRIBUTÁRIA
DO IRPF – AJUSTE ANUAL
183
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186
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4.1.4 Espólio
187
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188
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183. Para anos calendários até 2007, quando o trânsito em julgado fosse após o mês de
fevereiro do ano subsequente à decisão judicial, o prazo era de 60 (sessenta) dias da data
do trânsito em julgado da partilha, sobrepartilha, ou adjudicação de bens inventariados.
189
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195
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198
CURSO DE IRPF
4.2.2.1 Definição
Se a base de cálculo do IRPF é composta pela diferença
entre rendimentos brutos e valores a serem deduzidos, como
vimos reiteradamente insistindo, no presente item investiga-
remos como a legislação trata os rendimentos brutos.
Assim, vale apontar que os §§1º e 4º do art. 3º da Lei
7.713 de 22 de dezembro de 1998, definem rendimento bruto,
prevendo o seguinte:
200
CURSO DE IRPF
204
CURSO DE IRPF
188. A rigor, com a isenção, a norma tributária não incide sobre o caso. Contudo, para
fins do presente livro, a designação “não incidência” será utilizada para indicar que
certos acontecimentos não se enquadram na competência tributária do IRPF, isto é,
que constituem meros recebimentos e não “rendimentos”, de modo que não existe sub-
sunção entre a regra-matriz de incidência de IRPF e aquela classe de acontecimentos.
205
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191. Art. 111. Interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre:
I - suspensão ou exclusão do crédito tributário;
II - outorga de isenção;
III - dispensa do cumprimento de obrigações tributárias acessórias.
212
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192. Tenhamos por mínimo vital a quantia mínima que a pessoa deve possuir para
uma existência digna.
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220
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224
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4.2.3.12 Diárias
Outro caso de valor recebido pelos contribuintes que se ca-
racteriza como claro caso de não incidência de IRPF refere-se
às diárias destinadas, exclusivamente, ao pagamento de despe-
sas de alimentação e pousada, por serviço eventual realizado
em município diferente do da sede de trabalho, inclusive no
exterior, tal como prescreve o art. 6º, inciso II, da Lei 7.713/88.
Ora, de fato, os meros ressarcimentos que o trabalhador
recebe para custear despesas inerentes ao trabalho não im-
portam um benefício econômico ou um rendimento apto a ser
tributável a título do imposto. Daí por que asseveramos tratar,
esse caso, de legítima não incidência.
Há interessantes questionamentos sobre essa não inci-
dência, como veremos a seguir.
Inicialmente, o § 2º do art. 457 do Decreto-lei 5.452 de 1º
de maio de 1943, que institui a Consolidação das Leis do Tra-
balho (“CLT)” prescrevia que não se incluem nos salários as
ajudas de custo, assim como as diárias para viagem que não
excedam de 50% (cinquenta por cento) do salário percebido
pelo empregado. Tal limitação de 50% (cinquenta por cento)
foi revogada pela chamada reforma trabalhista, isto é, pela
Lei 13.467/2017.
226
CURSO DE IRPF
227
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4.2.3.15 Indenizações
O termo indenizar importa a noção de que certa parte irá
ressarcir o dano que tenha causado a outrem. Assim, o núcleo
da indenização pressupõe (I) um dano de uma parte e (II) uma
reparação desse dano por outra.
A indenização poderia acarretar, eventualmente, a justi-
ficação de ser um rendimento por implicar uma relação ju-
rídica oriunda de lei que implica a transmissão de um bem
conversível em dinheiro para o possível contribuinte. No en-
tanto, se o fato jurídico de tal relação é uma lesão de direito
que importa um dano sofrido pelo contribuinte, não há, pelos
critérios, vistos anteriormente, rendimento.
230
CURSO DE IRPF
231
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
197. EREsp 770078/SP, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SE-
ÇÃO, julgado em 26.04.2006, DJ 11.09.2006, p. 225.
232
CURSO DE IRPF
198. O §8º do art. 35 determina que tal disposto se estende às verbas indenizatórias
pagas por pessoas jurídicas referentes a programas de demissão voluntária.
199. Sobre esse ponto, faço referência à Súmula CARF nº 42 que prevê o seguinte:
Não incide o imposto sobre a renda das pessoas físicas sobre os valores recebidos a
233
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CURSO DE IRPF
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200. Art. 2º - A percepção do benefício de que trata esta Lei dependerá unicamente
da apresentação de atestado médico comprobatório das condições constantes do
artigo anterior, passado por junta médica oficial para esse fim constituída pelo Ins-
tituto Nacional de Previdência Social, sem qualquer ônus para os interessados.
236
CURSO DE IRPF
201. O leitor perceberá que no presente livro o autor exprime sua interpretação acer-
ca do Imposto Sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Eventualmente, é
possível que tais visões não sejam compactuadas pelo Fisco ou pelo Judiciário. Reco-
mendamos que o leitor sempre complemente seu estudo, seja verificando eventual
modificação legislativa, seja confirmando as posições do Fisco e do Judiciário.
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210. Não incide imposto de renda sobre a indenização por danos morais.
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212. A isenção em tela apenas será concedida nas hipóteses em que o fundo de in-
vestimento imobiliário possua, no mínimo, cinquenta quotistas; e II - não será con-
cedida ao quotista pessoa física titular de quotas que representem dez por cento ou
mais da totalidade das quotas emitidas pelo fundo de investimento imobiliário ou
cujas quotas lhe derem direito ao recebimento de rendimento superior a dez por
cento do total de rendimentos auferidos pelo referido fundo.
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265
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214. O art. 16 da Lei 11.941/2009 foi posteriormente revogado pela Lei 12.973/2014.
268
CURSO DE IRPF
215. BIFANO, Elidie Palma. “Reflexões sobre alguns aspectos da Lei n. 12.973/14”.
In: Tributação Atual da Renda. Coord. RODRIGUES, Daniela Souto e MARTINS,
Natanael. São Paulo: Editora Noeses, 2015, p. 91.
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A isenção do imposto de renda prevista no art. 6º, inciso XIV, da Lei n.º 7.713, de
1988, referente à cegueira, inclui a cegueira monocular.
Acórdãos Precedentes:
2201-003.855, de 10/08/2017; 2202-003.786, de 05/04/2017; 2401-005.029, de 10/08/2017;
2402005.875, de 08/06/2017; 9202-005.464, de 24/05/2017.
217. Sobre tais rendimentos, importante notar a Súmula 43 CARF:
Súmula CARF nº 43
Os proventos de aposentadoria, reforma ou reserva remunerada, motivadas por
acidente em serviço e os percebidos por portador de moléstia profissional ou grave,
ainda que contraída após a aposentadoria, reforma ou reserva remunerada, são
isentos do imposto de renda.
Acórdãos Precedentes:
Acórdão nº 104-21935, de 18/10/2006 Acórdão nº 104-21933, de 22/09/2006 Acórdão
nº 106-15476, de 26/04/2006 Acórdão nº 102-47949, de 18/10/2006 Acórdão nº 104-
20204, de 17/09/2004.
Ademais, a Súmula 627 do STJ prevê o seguinte:
“O contribuinte faz jus à concessão ou à manutenção da isenção do imposto de ren-
da, não se lhe exigindo a demonstração da contemporaneidade dos sintomas da
doença nem da recidiva da enfermidade.”
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4.2.3.19 Vale-Cultura
O art. 6º, inciso XXIII, da Lei 7.713/88 isentou a título de
IRPF o valor recebido a título de vale-cultura.
Vale-cultura é um benefício vinculado ao Programa de
Cultura do Trabalhador que foi instituído pela Lei 12.761/2012
que tem como objetivo incentivar o acesso e fruição de
produtos e serviços culturais ao trabalhador, entre outros
objetivos análogos.
O programa se volta ao trabalhador que perceba até 5
(cinco) salários-mínimos mensais. Na hipótese de o emprega-
dor estender o benefício a outros empregados, deve-se garan-
tir que todos os empregados com remuneração até 5 (cinco)
salários-mínimos sejam cobertos pelo vale-cultura.
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CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
292
CURSO DE IRPF
VI – previdência privada;
VII – (Vetado)
VIII - o valor correspondente ao vale-cultura.
Embora os elementos acima mencionados não consti-
tuam salário, ora poderão estar sujeitos à tributação a título
do IRPF, ora estarão fora do campo de tributação.
A título de exemplo, a disponibilização de vestuário e
outros acessórios fornecidos no local de trabalho consistem
meros acessórios disponibilizados para o trabalho, não impor-
tando qualquer acréscimo à renda auferida pelo trabalhador.
O mesmo se pode dizer quanto ao transporte destinado
ao deslocamento para o trabalho e retorno. Ora, em nossa vi-
são, tal verba tem natureza meramente indenizatória, confi-
gurando caso de não incidência de IRPF.
Já quanto à assistência médica, já vimos que a legislação
expressamente isentou os valores pagos pelo empregador, por
conta do princípio do mínimo vital.
Também estão isentas, as contribuições patronais para
programa de previdência privada, conforme discorremos
anteriormente.
São tributáveis, porém, os rendimentos relacionados aos
pagamentos que o empregador faz, em favor do empregado,
com educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de
terceiros, compreendendo os valores relativos à matrícula,
mensalidade, anuidade, livros e material didático, cuja tribu-
tação é expressa pela legislação, conforme já indicamos, bem
como os seguros de vida.222 Embora, para fins trabalhistas,
tais verbas não correspondam a salário, não deixam de impli-
car uma riqueza nova auferida pelo contribuinte.
Note-se que o inciso I do art. 36 do RIR/2018 expressa-
mente menciona que o pagamento a título de bolsa de estudos
222. O valor correspondente a título de vale-cultura passou a ser isento a partir de 2012.
294
CURSO DE IRPF
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CURSO DE IRPF
225. § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências
para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por
permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor
da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria
compulsória contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional 41/2003)
226. § 5º O servidor de que trata este artigo, que tenha completado as exigências
para aposentadoria voluntária estabelecidas no caput, e que opte por permanecer
em atividade, fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor da sua con-
tribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria compulsó-
ria contidas no art. 40, § 1º, II, da Constituição Federal.
227. § 1º O servidor de que trata este artigo que opte por permanecer em atividade
tendo completado as exigências para aposentadoria voluntária e que conte com, no
mínimo, vinte e cinco anos de contribuição, se mulher, ou trinta anos de
contribuição, se homem, fará jus a um abono de permanência equivalente ao valor
da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria
compulsória contidas no art. 40, § 1º, II, da Constituição Federal.
228. Art. 7o O servidor ocupante de cargo efetivo que tenha completado as exigências
para aposentadoria voluntária estabelecidas na alínea a do inciso III do § 1o do art.
40 da Constituição Federal, no § 5o do art. 2o ou no § 1o do art. 3o da Emenda Consti-
tucional no 41, de 19 de dezembro de 2003, e que opte por permanecer em atividade
fará jus a abono de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previ-
denciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória contidas
no inciso II do § 1o do art. 40 da Constituição Federal.
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CURSO DE IRPF
229. SIMÕES, Thiago Taborda. Stock Options. Os planos de opções de ações e sua tri-
butação. São Paulo: Editora Noeses, 2016, p. 31.
230. Ibidem, p. 30.
231. Ibidem, p. 31.
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CURSO DE IRPF
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CURSO DE IRPF
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Decreto 9.580/2018
Art. 41. [...]
I - aforamento, locação ou sublocação, arrendamento ou su-
barrendamento, direito de uso ou passagem de terrenos, seus
acrescidos e suas benfeitorias, inclusive construções de qualquer
natureza;
II - locação ou sublocação, arrendamento ou subarrendamento
de pastos naturais ou artificiais, ou campos de invernada;
III - direito de uso ou aproveitamento de águas privadas ou de
força hidráulica;
IV - direito de uso ou exploração de películas cinematográficas
ou de videoteipe;
V - direito de uso ou exploração de outros bens móveis de qual-
quer natureza; e
VI - direito de exploração de conjuntos industriais.
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236. REsp 492.247/RS, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, julgado em 21.10.2003,
DJ 03.11.2003, p. 255.
321
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
237. STJ, REsp 1.590.478/RS, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Tur-
ma, Dje 21.06.2016).
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CURSO DE IRPF
I - a agricultura;
II - a pecuária;
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CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
I - a agricultura;
II - a pecuária;
III - a extração e a exploração vegetal e animal;
IV - a exploração de atividades zootécnicas, tais como apicultura,
avicultura, cunicultura, suinocultura, sericicultura, piscicultura
e outras culturas de pequenos animais;
V - a atividade de captura de pescado in natura, desde que a ex-
ploração se faça com apetrechos semelhantes aos da pesca arte-
sanal (arrastões de praia, rede de cerca etc.), inclusive a explora-
ção em regime de parceria;
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CURSO DE IRPF
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CURSO DE IRPF
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4.2.6 Deduções
241. Nos termos da Instrução Normativa SRF nº 15/2001, em seu art. 43 §7º,
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CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
Recurso nº 16707.003362/200710
Voluntário
Acórdão nº 2102-002.092 – 1ª Câmara / 2ª Turma Ordinária
ASSUNTO: IMPOSTO SOBRE A RENDA DE PESSOA FÍSICA
IRPF
Exercício: 2004
DESPESAS MÉDICAS ODONTOLÓGICAS. COMPROVAÇÃO.
Recibos médicos de valores não exagerados, em sintonia com os
rendimentos declarados, são instrumentos válidos para compro-
var despesas médicas passíveis de dedução da base de cálculo do
337
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
243. Recomendamos que o leitor se informe sobre eventuais atualizações ainda não
vigentes, quando da elaboração deste livro.
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CURSO DE IRPF
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CURSO DE IRPF
Súmula CARF nº 13
Menor pobre que o sujeito passivo crie e eduque pode ser con-
siderado dependente na Declaração do Imposto de Renda da
Pessoa Física, desde que o declarante detenha a guarda judicial.
(Vinculante, conforme Portaria MF nº 277, de 07/06/2018, DOU
de 08/06/2018).
Acórdãos Precedentes:
Acórdão nº 102-42738, de 19/02/1998 Acórdão nº 104-20530, de
17/03/2005 Acórdão nº 104-20368, de 02/12/2004 Acórdão nº 106-
12302, de 17/10/2001 Acórdão nº 106-14065, de 18/06/2004.
342
CURSO DE IRPF
a - o cônjuge;
b - o companheiro ou a companheira, desde que haja vida em
comum por mais de cinco anos ou por período menor se da
união resultou filho;
c - a filha, o filho, a enteada ou o enteado, até vinte e um anos,
ou de qualquer idade quando incapacitado física ou mental-
mente para o trabalho;247
d - o menor pobre, até vinte e um anos, que o contribuinte
crie e eduque e do qual detenha a guarda judicial;
e - o irmão, o neto ou o bisneto, sem arrimo dos pais, até
vinte e um anos, desde que o contribuinte detenha a guarda
judicial, ou de qualquer idade quando incapacitado física ou
mentalmente para o trabalho;
f - os pais, os avós ou os bisavós, desde que não aufiram ren-
dimentos, tributáveis ou não, superiores ao limite de isenção
mensal; e
g - o absolutamente incapaz, do qual o contribuinte seja tutor
ou curador.
(V) pensão alimentícia, em face das normas de direito de família,
quando em cumprimento de decisão judicial ou acordo homo-
logado judicialmente, inclusive a percepção de alimentos provi-
sionais. Nesse caso, será vedada a dedução, relativa ao mesmo
beneficiário, do valor correspondente a dependente, exceto na
247. Os dependentes a que referem os itens III e V poderão ser assim considerados
quando maiores até vinte e quatro anos de idade, se ainda estiverem cursando ensi-
no superior ou escola técnica de segundo grau.
343
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
248. Para cômputo do limite anual, deve-se multiplicar o limite mensal por doze
vezes. Apesar dessa dedução estar prevista no art. 4º, inciso VI, da Lei 9.250/95 para
fins de dedutibilidade mensal e apesar de o RIR/2018 autorizar sua dedutibilidade
anual, em nossa pesquisa, não encontramos fundamento na Lei 9.250/95 para a de-
dutibilidade dessa despesa anualmente. Aparentemente, trata-se de uma lacuna
legislativa que o regulamento visou a sanar, com legalidade discutível.
249. Tal dedução limita-se à alíquota de contribuição do ente público
344
CURSO DE IRPF
Acórdãos Precedentes:
Acórdão nº 106-16.454, de 14/06/2007; Acórdão nº 2101-001.490,
de 09/02/2012; Acórdão nº 2802-001.453, de 13/03/2012; Acór-
dão nº 2802-001.707, de 21/06/2012; Acórdão nº 2101-001.747,
de 10/07/2012; Acórdão nº 2802-001.734, de 11/07/2012; Acór-
dão nº 2801-002.701, de 20/09/2012; Acórdão nº 2802-001.983, de
20/11/2012; Acórdão nº 2101-002.136, de 14/03/2013.
345
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
346
CURSO DE IRPF
251. Na data em que este capítulo era escrito, ainda não havia sido publicada a Ins-
trução Normativa referente à Declaração de Ajuste Anual do IRPF referente ao
exercício de 2019.
347
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
348
CURSO DE IRPF
4.2.7 Alíquota
350
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355
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258. Convém apontar que as contribuições em favor do FNC podem ter destinação
livre ou direcionada a programas, projetos e ações culturais específicos, sob a forma
de doação, ou, com destinação especificada pelo patrocinador, sob a forma de patro-
cínio. As doações em espécie feitas em favor do FNC gozarão dos incentivos fiscais
previstos no art. 27, desde que comprovadas mediante recibo de depósito bancário
e declaração de recebimento firmada pelo beneficiário, sendo que, somente são
consideradas, para fins de comprovação do incentivo em espécie, as contribuições
que tenham sido depositadas em conta bancária específica, em nome do beneficiá-
rio, nos termos estabelecidos pelo MinC ou pela Ancine.
358
CURSO DE IRPF
e) folclore e artesanato;
g) humanidades; e
a) artes cênicas;
361
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
365
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261. Deve-se levar em consideração que o ato de aprovação dos projetos somente terá
eficácia após a publicação de ato oficial, contendo: o título do projeto aprovado, a institui-
ção responsável, o valor autorizado para captação e o prazo de validade da autorização.
367
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
372
CURSO DE IRPF
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5. DO IMPOSTO RETIDO NA FONTE OU PAGO
PELO CONTRIBUINTE: ANTECIPAÇÃO DO
DEVIDO
IV - as despesas de condomínio.
382
CURSO DE IRPF
263. Nos termos do parágrafo único do artigo 67 do RIR/2018, dedução permitida pelo
inciso II do caput aplica-se exclusivamente à base de cálculo relativa aos seguintes
rendimentos, assegurada, nas demais hipóteses, a dedução dos valores pagos a esse
título, por ocasião da apuração da base de cálculo do imposto devido no ano-calendá-
rio, conforme disposto na alínea “e” do inciso II do caput do art. 8o da Lei nº 9.250, de
1995 (Lei nº 9.250, de 1995, art. 4º, parágrafo único; Lei nº 9.532, de 1997, art. 11):
I - do trabalho com vínculo empregatício ou de administradores; e
II - proventos de aposentados e pensionistas, quando a fonte pagadora for responsá-
vel pelo desconto e pelo pagamento das contribuições previdenciárias.
383
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
5.2.7 Alíquota
Critério quantitativo:
Base de cálculo: valor recebido subtraído
dos abatimentos previstos na legislação;
Consequente
388
CURSO DE IRPF
5.2.10.5 Alíquota
Com relação à alíquota, para fins de apuração do IR men-
sal devido, será aplicada a mesma tabela progressiva que cita-
mos quando nos referimos à retenção na fonte.
Consequente:
Critério Pessoal
Sujeito Ativo: União
Sujeito Passivo: Contribuinte
Critério Quantitativo: valor rendimento abatidos das
deduções legais
Alíquota atualmente vigente
403
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404
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405
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265. REsp 1116460/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Seção, julgado em 09.12.2009,
DJe 01.02.2010).
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2.5.3 Permuta
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Item Conta
Proporção 10.000,00 x 100 /
Proporção
70.000,00 = 14,2857%
Ganho de capital (antes da re-
Ganho de capital (antes da re-
dução) 14,2857% x 10.000,00 =
dução)
1.428,57
Ganho de Capital (após a redu- 1.428,57/ (1,006x 1,0035) =
ção da Lei nº 11.196/2006) 511,89
Imposto sobre a renda 511,89 x 15% = 76,78
2.5.4 Usufruto
269. Esta MP não foi votada, tendo perdido sua eficácia em 13.10.2005.
436
CURSO DE IRPF
270. Se o imóvel for adquirido até dezembro de 1995, o primeiro mês a ser conside-
rado para cálculo do FR1 será janeiro de 1996.
437
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
438
CURSO DE IRPF
272. Parágrafo único. [...] considera-se regime fiscal privilegiado aquele que apre-
sentar uma ou mais das seguintes características:
I – não tribute a renda ou a tribute à alíquota máxima inferior a 20% (vinte por
cento);
II – conceda vantagem de natureza fiscal a pessoa física ou jurídica não residente:
a) sem exigência de realização de atividade econômica substantiva no país ou
dependência;
b) condicionada ao não exercício de atividade econômica substantiva no país ou
dependência;
III – não tribute, ou o faça em alíquota máxima inferior a 20% (vinte por cento), os
rendimentos auferidos fora de seu território;
IV – não permita o acesso a informações relativas à composição societária, titulari-
dade de bens ou direitos ou às operações econômicas realizadas.
444
CURSO DE IRPF
445
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
446
CURSO DE IRPF
[...]
e) preço parâmetro: a diferença entre o valor da participação do
bem, direito ou serviço importado no preço de venda do bem,
direito ou serviço vendido, calculado conforme a alínea c; e a
“margem de lucro”, calculada de acordo com a alínea d; e
III - Método do Custo de Produção mais Lucro - CPL: definido
como o custo médio ponderado de produção de bens, serviços
ou direitos, idênticos ou similares, acrescido dos impostos e ta-
xas cobrados na exportação no país onde tiverem sido origina-
riamente produzidos, e de margem de lucro de 20% (vinte por
cento), calculada sobre o custo apurado.
b) produtos do fumo;
a) produtos químicos;
450
CURSO DE IRPF
d) metalurgia; e
454
CURSO DE IRPF
278. O art. 22 da Lei 9.430/96 não dá parâmetros para a fixação do spread, de modo
que a legalidade e certeza do direito fica em xeque, especialmente, quando se trata
de pessoa física.
456
CURSO DE IRPF
461
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
279. Se não houver negociação na data de liquidação, será considerado o preço mé-
dio à vista na data de liquidação do contrato ou o ultimo preço de fechamento dis-
ponível, quando não houver liquidação em tal data.
466
CURSO DE IRPF
280. Salvo na hipótese de lucros apurados nos anos de 1994 e 1995, em que o custo
de ações bonificadas será zero.
467
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469
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470
CURSO DE IRPF
282. Apesar disso, lembramos que essa tributação é do tipo definitiva, ou seja, os
rendimentos não compõem o cálculo de ajuste anual.
476
CURSO DE IRPF
283. O art. 10 da mesma lei prevê que se aplica, no que couber, o tratamento
tributário aos empréstimos de títulos e outros valores mobiliários.
Prevê o § 1o do mesmo artigo que, no caso do tomador, a diferença positiva entre o
valor de alienação e o valor de aquisição será considerada:
I - ganho líquido ou perda, em relação a valores mobiliários de renda variável nego-
ciados em bolsa de valores, sendo esse resultado apurado por ocasião da recompra
dos valores mobiliários a serem devolvidos; e
II - rendimento, nos demais casos, sendo esse rendimento apurado por ocasião da
recompra dos títulos ou valores mobiliários a serem devolvidos.
Ademais, na apuração de tal imposto poderão ser computados como custos da ope-
ração as corretagens e demais emolumentos efetivamente pagos pelo tomador.
477
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
284. A exceção seria por JCP isentos, o que não se verifica para a pessoa física.
478
CURSO DE IRPF
285. Interessante notar que o art. 10, inciso II, da Lei nº 13.043/2014, prevê que em caso
de alienação de valores mobiliários não negociados em bolsa de valores, a diferença posi-
tiva entre o valor de alienação e o valor de aquisição será considerada um “rendimento”.
286. Art. 5º A partir de 1º de janeiro de 2005, ficam dispensados a retenção na fonte e
o pagamento em separado do imposto de renda sobre os rendimentos e ganhos aufe-
ridos nas aplicações de recursos das provisões, reservas técnicas e fundos de planos
de benefícios de entidade de previdência complementar, sociedade seguradora e
FAPI, bem como de seguro de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo aos fundos administrati-
vos constituídos pelas entidades fechadas de previdência complementar e às provi-
sões, reservas técnicas e fundos dos planos assistenciais de que trata o art. 76 da Lei
480
CURSO DE IRPF
b) sociedade seguradora; ou
c) Fapi.
Em tais hipóteses, eventuais rendimentos distribuídos
pelo título ou valor mobiliário ficarão a cargo do tomador, sob
alíquota de 15%.
Pois bem, nesse caso, o emprestador dos ativos, pessoa
física ou jurídica, será responsável pelo pagamento da dife-
rença entre o valor do imposto que seria devido na hipótese
em que o rendimento fosse pago diretamente ao emprestador
e o valor devido pelo tomador, anteriormente mencionado.
Na hipótese de empréstimo de ações ou valores mobiliá-
rios às entidades acima mencionadas, caso incida a retenção
de 15% (quinze por cento) acima indicada, o emprestador so-
frerá desconto, no mesmo percentual, incidente sobre os va-
lores a serem a ele reembolsados pelo tomador. Essa previsão
se encontra inserida no inciso II do art. 11 da Lei 13.043/2014.
2.6 Alíquota
481
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
287. EIZIRIK, Nelson. A Lei das S/A Comentada. Vol. 2. São Paulo: Quartier Latin, p. 529.
483
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2.8 Isenções
488
CURSO DE IRPF
489
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Lei 12.431/2011
Art. 1º. [...]
§ 1º. [...]
291. Vide art. 92 da Instrução Normativa RFB 1.585/2015 que trata da alíquota zero
para rendimentos produzidos por títulos públicos.
499
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
Lei 12.431/2011
Art. 1º. [...]
§ 1º-A. [...]
I - o fundo deve possuir prazo de duração mínimo de seis anos;
II - vedação ao pagamento total ou parcial do principal das co-
tas nos dois primeiros anos a partir da data de encerramento da
oferta pública de distribuição de cotas constitutivas do patrimô-
nio inicial do fundo, exceto nas hipóteses de liquidação antecipa-
da do fundo, previstas em seu regulamento;
III - vedação à aquisição de cotas pelo originador ou cedente ou
por partes a eles relacionadas, exceto quando se tratar de cotas
cuja classe se subordine às demais para efeito de amortização e
resgate;
500
CURSO DE IRPF
Lei 12.431/2011
Art. 1º. [...]
501
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
§ 1º [...]
I - prazo médio ponderado superior a quatro anos, na data de
sua emissão;
II - vedação à recompra dos certificados de recebíveis imobiliá-
rios pelo emissor ou parte a ele relacionada e o cedente ou origi-
nador nos dois primeiros anos após a sua emissão e à liquidação
antecipada por meio de resgate ou pré-pagamento, salvo na for-
ma a ser regulamentada pelo Conselho Monetário Nacional;
III - inexistência de compromisso de revenda assumido pelo
comprador;
IV - prazo de pagamento periódico de rendimentos, se existente,
com intervalos de, no mínimo, cento e oitenta dias;
V - comprovação de que os certificados de recebíveis imobiliá-
rios estejam registrados em sistema de registro, devidamente
autorizado pelo Banco Central do Brasil ou pela CVM, nas res-
pectivas áreas de competência; e
VI - procedimento simplificado que demonstre o compromis-
so de alocar os recursos captados no pagamento futuro ou no
reembolso de gastos, despesas ou dívidas relacionados a proje-
tos de investimento, inclusive os voltados à pesquisa, desenvol-
vimento e inovação.
292. Considera-se pessoa ligada, os parentes até 2º (segundo grau), empresas sobre
seu controle ou qualquer de seus parentes de 2º (segundo grau) ou sócios e dirigen-
tes de tais empresas.
293. Esses rendimentos ficam sujeitos à aplicação da alíquota de 15% (quinze por
cento). Tratam-se dos valores mobiliários. Lembrando-se que o art. 1º, caput, da
Lei 11.478/2008 dispõe o que segue:
504
CURSO DE IRPF
505
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
2.9.1 Introdução
294. A tributação incide sobre os rendimentos. Além disso, segundo o §3º do art. 9
da Instrução Normativa RFB 1.585/2015 prevê que o IOF deduzido do rendimento
apurado no último dia útil dos meses de maio e novembro de cada ano e não retido,
por não haver resgate de quotas, será adicionado à base de cálculo do imposto so-
bre a renda.
508
CURSO DE IRPF
295. No caso de fundos que adotam o critério de custo médio das cotas, o valor da
perda será adicionado ao custo das cotas restantes, se o resgate houver sido parcial,
ou ao valor das aplicações posteriores.
510
CURSO DE IRPF
I - no Brasil:
a) os recibos de subscrição;
b) os certificados de depósito de ações;
c) os Certificados de Depósito de Valores Mobiliários (Brazilian
Depositary Receipts - BDR);
d) as cotas dos fundos de ações; e
e) as cotas dos fundos de índice de ações negociadas em bolsa de
valores ou mercado de balcão organizado;
II - no exterior:
a) os American Depositary Receipts (ADR);
b) os Global Depositary Receipts (GDR); e
c) as cotas dos fundos de índice de ações negociadas em bolsas
de valores ou mercado de balcão organizado;
d) as cotas de fundos de investimento em ações.
296. “Art. 56. Esta Seção dispõe sobre a incidência do imposto sobre a renda sobre
os ganhos líquidos auferidos por qualquer beneficiário, inclusive pessoa jurídica
isenta, em operações realizadas nas bolsas de valores, de mercadorias, de futuros e
assemelhadas, existentes no País.
§ 1º O disposto nesta Seção aplica-se, também, aos ganhos líquidos auferidos:
I - por qualquer beneficiário:
a) na alienação de Brazilian Depositary Receipts (BDR), em bolsa;
b) na alienação de ouro, ativo financeiro;
c) em operação realizada em mercado de liquidação futura, fora de bolsa, inclusive
com opções flexíveis; e
d) em operações de day-trade realizadas em bolsa;
e) na alienação de cotas de fundo de investimento imobiliário, sem prejuízo das dis-
posições contidas no art. 37;
II - pelas pessoas jurídicas, na alienação de participações societárias, fora de bolsa.
§ 2º São consideradas assemelhadas às bolsas de que trata este artigo, as entidades
cujo objeto social seja análogo ao das referidas bolsas e que funcionem sob a super-
visão e fiscalização da CVM.
§ 3º Considera-se ganho líquido o resultado positivo auferido nas operações de que
tratam os arts. 58 a 62 realizadas em cada mês, admitida a dedução dos custos e
despesas incorridos, necessários à realização das operações.
§ 4º No caso de realização de mais de uma operação no mesmo dia, para efeitos de
apuração do ganho líquido de que trata o § 3º, os custos e despesas totais incorridos
poderão ser rateados entre as operações executadas, proporcionalmente ao valor
financeiro de cada operação.
§ 5º O imposto de que trata este artigo será apurado por períodos mensais e pago
pelo contribuinte até o último dia útil do mês subsequente ao da apuração.”
518
CURSO DE IRPF
297. Art. 48. No caso de debêntures emitidas por sociedade de propósito específico,
constituída sob a forma de sociedade por ações, dos certificados de recebíveis imo-
biliários e de cotas de emissão de fundo de investimento em direitos creditórios,
constituídos sob a forma de condomínio fechado, relacionados à captação de recur-
sos com vistas a implementar projetos de investimento na área de infraestrutura,
ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação,
considerados como prioritários nos termos do Decreto nº 7.603, de 2011, os rendi-
mentos auferidos por pessoas físicas ou jurídicas sujeitam-se à incidência do impos-
to sobre a renda, exclusivamente na fonte, às seguintes alíquotas: [...]
522
CURSO DE IRPF
298. Trata-se das pequenas e médias empresas com ações negociadas em bolsa. Es-
pecificamos melhor tais entidades quando tratamos da isenção de ganho de capital
sobre alienações efetivadas por tais pessoas jurídicas.
527
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
III - 25% (vinte e cinco por cento), para recursos com pra-
zo de acumulação superior a 4 (quatro) anos e infe-
rior ou igual a 6 (seis) anos;
IV - 20% (vinte por cento), para recursos com prazo de
acumulação superior a 6 (seis) anos e inferior ou
igual a 8 (oito) anos;
V - 15% (quinze por cento), para recursos com prazo
de acumulação superior a 8 (oito) anos e inferior ou
igual a 10 (dez) anos; e
VI - 10% (dez por cento), para recursos com prazo de
acumulação superior a 10 (dez) anos.
Na apuração da base de cálculo do imposto, será permiti-
da a dedução do IOF devido na operação.
Os resgates para transferência do investimento a outro
fundo da mesma espécie ou para aquisição de renda junto às
instituições privadas de previdência e seguradoras que operam
com este produto estão isentos do Imposto Sobre a Renda.
SÍNTESE DA REGRA-MATRIZ – REGRA GERAL DO
GANHO DE CAPITAL (SALVO EXCEÇÕES)
Hipótese de Incidência e Consequente
Hipótese de incidência
529
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
ALÍQUOTAS
I - 15% (quinze por cento) sobre a parcela dos ganhos que não ultra-
passar R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais);
II - 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento) sobre a par-
cela dos ganhos que exceder R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais)
e não ultrapassar R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); (Redação
dada pela Lei 13.259/ 2016)
III - 20% (vinte por cento) sobre a parcela dos ganhos que exceder R$
10.000.000,00 (dez milhões de reais) e não ultrapassar R$ 30.000.000,00
(trinta milhões de reais); e (Redação dada pela Lei 13.259/2016)
IV - 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento) sobre a
parcela dos ganhos que ultrapassar R$ 30.000.000,00 (trinta milhões
de reais). (Redação dada pela Lei 13.259/2016)
I - 15% (quinze por cento) sobre a parcela dos ganhos que não ultra-
passar R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais);
II - 17,5% (dezessete inteiros e cinco décimos por cento) sobre a par-
cela dos ganhos que exceder R$ 5.000.000,00 (cinco milhões de reais)
e não ultrapassar R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais); (Redação
dada pela Lei 13.259/ 2016)
III - 20% (vinte por cento) sobre a parcela dos ganhos que exceder R$
10.000.000,00 (dez milhões de reais) e não ultrapassar R$ 30.000.000,00
(trinta milhões de reais); e (Redação dada pela Lei 13.259/2016)
IV - 22,5% (vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento) sobre a
parcela dos ganhos que ultrapassar R$ 30.000.000,00 (trinta milhões
de reais). (Redação dada pela Lei 13.259/2016)
530
3. TRIBUTAÇÃO EXCLUSIVA NA FONTE
531
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
3.5 Alíquota
299. Salvo se residente e domiciliado em país com tributação favorecida em que se-
rão aplicadas alíquotas previstas na legislação.
300. Fazemos referência ao art. 38-A e 71-A da Instrução Normativa RFB 1.022/2010,
para fins de identificação do regime jurídico aplicável.
301. Recomendável identificar tratados internacionais que eventualmente possam
afastar ou reduzir o valor a ser retido.
538
CURSO DE IRPF
302. A opção para os que ingressaram antes também é possível para os segurados
que ingressaram, até 1º de janeiro de 2005, em planos de seguro de vida com cláu-
sula de cobertura por sobrevivência em relação aos rendimentos recebidos, a qual-
quer título, pelo beneficiário.
540
CURSO DE IRPF
303. Importante notar que a tabela acima passaram a ser ajustados de acordo com
os índices de atualização da tabela do IRPF, conforme previsão do §11 do artigo 3º
da Lei n. 11.101/2000.
541
CHARLES WILLIAM MCNAUGHTON
542
1. DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA DA
EQUIPARAÇÃO
304. Registre-se que não ocorre a equiparação, quando a subdivisão se efetive por
548
CURSO DE IRPF
549
2. APURAÇÃO DO LUCRO DA EMPRESA
INDIVIDUAL IMOBILIÁRIA
554
3. DOS EFEITOS DA EQUIPARAÇÃO PARA
DEMAIS EMPRESAS INDIVIDUAIS
556
CURSO DE IRPF
Critério pessoal:
Sujeito ativo: União
Sujeito passivo: pessoa física equiparada
Consequente
Critério quantitativo:
Base de cálculo: lucro real, presumido ou
arbitrado (atenção para base de cálculo no
caso de atividades imobiliárias e possibili-
dade de apuração pelo Simples Nacional).
Alíquota: 15% + adicional de 10% sobre a
renda que ultrapassar vinte mil reais multi-
plicado pelos meses do período de apuração.
557
REFERÊNCIAS