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Ano de escolaridade: 9º
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O texto escrito pelo monge Marcelo Barros aponta estratégias para que aconteça
diálogo respeitoso e amistoso entre as religiões.
No Brasil, essa semana é marcada pelo dia 21 [janeiro], data nacional do combate à
intolerância religiosa. Nessa sociedade mergulhada em desigualdade social cada
vez mais violenta, o respeito e diálogo entre as religiões pode ser instrumento de
humanização e testemunho do Amor Divino.
A ONU consagra o 21 de janeiro como “dia mundial das religiões”. Desde que foi
iniciada essa comemoração, o mundo se foi descobrindo sempre mais diverso e
plural. Por isso, essa data se tornou importante para provocar uma reflexão
profunda sobre a diversidade religiosa e combater as raízes de qualquer
intolerância.
No dia 21 de janeiro de 2000, Gildásia dos Santos, conhecida como Mãe Gilda de
Ogum, Iyalorixá do Ilê Abassá em Salvador, BA, morreu em decorrência de
agressões e humilhações sofridas por parte de grupos neopentecostais. Em 2007,
para que fatos como esse não aconteçam mais, o Presidente da República instituiu
o 21 de janeiro como o Dia de combate à intolerância religiosa. Naquela ocasião, a
Secretaria da Presidência da República para os Direitos Humanos criou uma
comissão especial para zelar pela diversidade religiosa. Além disso, em diversos
estados, foram criados fóruns e grupos que velavam pelos direitos à liberdade de
expressão por parte de todos os segmentos espirituais. Apesar disso, aqui e ali,
ainda ocorriam atos de discriminação e de violência, principalmente contra religiões
e cultos de matriz africana. Às vezes, a intolerância era clara, outras vezes,
camuflada sob o pretexto de protesto contra o barulho dos tambores ou contra o
sacrifício de animais.
Para que entre as religiões o diálogo possa ser profundo, cada grupo tem de
reconhecer o que Deus lhe revela, não só a partir da sua própria tradição, mas do
caminho religioso do outro. No tempo do nazismo, de uma prisão alemã, escreveu o
pastor Dietrich Bonhoeffer, teólogo luterano: “Deus está em mim, mas para me abrir
ao outro. Em mim, é uma presença fraca para mim mesmo e é forte para o outro. No
outro, a sua presença é para mim. Assim, Deus é amor e se encontra quando
encontramos o outro, o diferente”.
b) Em sua opinião, a intolerância religiosa pode ser justificada por aqueles que a
praticam? Por quê?
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