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CONVERSÃO DE ESCALAS TERMOMÉTRICAS

A conversão de escalas termométricas pode ser importante quando, ao viajar, o


indivíduo observar uma temperatura em uma unidade que não está habituado. Por
exemplo, a diferença de valores entre Kelvin e Celsius pode dar aos brasileiros, a
sensação que um dia está muito quente, como em 300 K. Mas, com as conversões
efetuadas de maneira correta, percebemos que 300 K = 26,85 ºC.

Dada a importância dessas alterações matemáticas, os físicos


criaram fórmulas matemáticas que relacionam essas escalas entre si.

Principais escalas termométricas

Celsius

A escala termométrica de Celsius é baseada nas temperaturas de ebulição e fusão da


água. Para padronizar os valores, ele utilizou como parâmetro um intervalo de cem
números, por isso, pode ser chamada de uma escala centígrada.

No desenvolvimento dessa unidade de medida, ficou determinado que a temperatura de


fusão da água, ou seja, quando ela transita entre os estados sólido e líquido, é o ponto
inicial = 0ºC. Por outro lado, a temperatura de ebulição da água, quando ela se
transforma de líquido em vapor, é a marca de 100ºC.

Note que, os parâmetros de 0 ºC ou 100ºC não limitam a escala, ou seja, é possível


encontrar graus Celsius negativos (-10ºC) ou acima de 100 (235ºC). Os valores
centígrados são uma forma de padronizar os intervalos de valores, com marcos bem
definidos para isso. Isso significa que, por exemplo, aqueles processos que acontecem a
mais de 100ºC estão em uma temperatura acima da necessária para a ebulição da água.

Fahrenheit

A escala de Fahrenheit foi criada no século XVIII, quando os termômetros de mercúrio


estavam em desenvolvimento. Assim como Celsius, os marcos utilizados também se
referem ao ponto de fusão e ebulição da água.
Dessa vez, ficou determinado que o ponto de fusão da água é igual a 32ºF, enquanto que
o ponto de ebulição está em 212 ºF. O número de intervalos entre os pontos é de 180,
por isso, a escala termométrica de Fahrenheit não é centígrada.

Kelvin

Por fim, a escala de Kelvin é mundialmente conhecida, principalmente em ambientes


laboratoriais e assuntos acadêmicos. Afinal, é uma escala termométrica criada com o
objetivo de atribuir um valor de temperatura para um momento em que as partículas
químicas estivessem em ausência de movimento — conceito conhecido como zero
absoluto.

Um dos critérios estabelecidos pelo autor foi que esse zero absoluto não poderia estar
em valores negativos. Foi assim que definiu que o ponto de fusão da água está em 273
K, enquanto o ponto de ebulição é de 373 K. Observe que o intervalo de valores é
centígrado e saiba que essa é a unidade utilizada pelo Sistema Internacional.

COMO CALCULAR AS ESCALAS TERMOMÉTRICAS

Celsius e Kelvin

Utilizamos a fórmula TK = TC + 273, em que TK equivale à temperatura em Kelvin e


TC à temperatura em graus Celsius.

Converter 40° C em K:

 TK = 40 + 273

 TK = 313.

Celsius e Fahrenheit

Utilizamos a fórmula TC/5 = (TF – 32)/9, em que TC é temperatura em graus Celsius e


TF é temperatura em Fahrenheit.

Converter 40° C em F:

 40/5 = (TF – 32)/9

 40 x 9 = 5(TF – 32)

 360 = 5TF – 160

 5TF = 520
 TF = 104.

Kelvin e Fahrenheit

Nesse caso, uma dica interessante é passar a temperatura Kelvin ou Fahrenheit (depende
do exercício) para graus Celsius, para então posteriormente aplicar a fórmula de
conversão adequada. Veja o exemplo a seguir.

Converter 60 K em F:

 TK = TC + 273

 60 = TC + 273

 TC = -213

Agora aplicamos a conversão Celsius – Fahrenheit:

 TC/5 = (TF – 32)/9

 -213/5 = (TF – 32)/9

 -213 x 9 = 5(TF -32)

 -1917 = 5TF -160

 5TF = – 1757

 TF = – 351,4.

CALOR ESPECÍFICO

Calor específico é uma grandeza física intensiva utilizada na calorimetria – estudo das
trocas de calor, variação entre os corpos e, consequentemente, mudanças de estados
físicos.
Calor é a energia que é transferida naturalmente entre um corpo de temperatura maior
para outro corpo de temperatura menor. Então, calor específico é a medida que define a
quantidade de energia necessária para aumentar o grau de temperatura de alguma
substância.
Também pode indicar a quantidade de energia liberada por unidade de massa quando a
temperatura é diminuída em grau. Chamado de capacidade térmica massiva, esse
número é medido em joule por quilograma e por kelvin (J/kg.k). Mas também pode ser
expressado em cal/g.C.
Para calcular o calor específico de alguma substância é usado a seguinte fórmula:
C = Q/m. ∆t

Sendo:

• C: calor específico (cal/g.°C ou J/Kg.K);


• Q: quantidade de calor (cal ou J);
• M: massa (g ou Kg);
• ∆t: variação de temperatura (°C ou K).

COMO CALCULAR?
Para calcular o calor específico (c), usaremos a equação fundamental da calorimetria,
em que tem esta constante inserida em sua fórmula.

Q = m.c.ΔT

Para acharmos o calor específico, basta rearranjar a equeção, da seguinte maneira:

c=

Vejamos com exemplos:


EXEMPLO
(PUC-RS) Um corpo A, homogêneo, de massa 200 g, varia sua temperatura de 20 ºC
para 50 ºC ao receber 1200 calorias de uma fonte térmica. Durante todo o aquecimento,
o corpo A mantém-se na fase sólida. Um outro corpo B, homogêneo, constituído da
mesma substância do corpo A, tem o dobro da sua massa. Qual é, em cal/gºC, o calor
específico da substância de B?
a) 0,1
b) 0,2
c) 0,6
d) 0,8
e) 1,6
esolução:
Usando a equação do calor sensível, podemos determinar o calor específico do material
A.
Q = m.c.ΔT
1200 = 200 . c . (50-20)
1200 = 200 .c.30
1200 = 6000 .c
c = 1200 ÷ 6000 = 0,2 cal/g°C
Letra B.

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