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1
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QUALITYMARK
Copyrightº 2001 by Alan Kardec Pinto e Júlio Aquino Nascif Xavier
CIP-Brasil. Catalogação-na-fonte
Sindicato Nacional dos Editores de Livros, RJ
P726m
Pinto, Alan Kardec
Manutenção: função estratégica I Alan Kardec Pinto e Júlio Aquino Nascif Xavier
- Rio de Janeiro: Qualitymark Ed., 2001.
Inclui bibliografia
ISBN 85-7303-323-1
01-1448 COD-620.004.6
CDU - 62-7
2001
IMPRESSO NO BRASIL
1.1. INTRODUÇÃO
Nos últimos 20 anos a atividade de manutenção tem passado por mais mu-
danças do que qualquer outra atividade.
Estas alterações são conseqüências de:
a) Aumento, bastante rápido, do número e diversidade dos itens físicos
(instalações, equipamentos e edificações) que têm que ser mantidos.
b) Projetos muito mais complexos.
c) Novas técnicas de manutenção.
d) Novos enfoques sobre a organização da manutenção e suas responsabilidades.
Nas empresas vencedoras o homem de manutenção tem reagido rápido a
estas mudanças; esta nova postura inclui uma crescente conscientização de
quanto uma falha de equipamento afeta a segurança e o meio ambiente, maior
conscientização da relação entre manutenção e qualidade do produto, maior
pressão para se conseguir alta disponibilidade e confiabilidade da instalação, ao
mesmo tempo que se busca a redução de custos. Estas alterações estão exigindo
novas atitudes e habilidades das pessoas da manutenção, desde gerentes, pas-
sando pelos engenheiros, supervisores, até chegar aos executantes.
. DISPONIBILIDADE/CONFIABILIDADE .·. 1
EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO 7
Tabela 1. 1
Evolução da Manutenção
2.1. INTRODUÇÃO
Este capítulo descreve a importância de "pensar e agir estrategicamente,,,
para que a atividade de manutenção se integre de maneira eficaz ao processo
produtivo contribuindo, efetivamente, para que a empresa caminhe rumo à
Excelência Empresarial.
Esta nova postura é fruto dos novos desafios que se apresentam para as em-
presas neste novo cenário de uma economia globalizada e altamente competiti-
va, onde as mudanças se sucedem em alta velocidade e a manutenção, como
uma das atividades fundamentais do processo produtivo, precisa ser um agente
proativo.
Neste cenário não mais existem espaços para improvisos e arranjos: com-
petência, criatividade, flexibilidade, velocidade, cultura de mudança e trabalho
em equipe são as características básicas das empresas e das organizações que
têm a Competitividade como razão de ser de sua sobrevivência. Para as pessoas
estas características são essenciais para garantir a empregabilidade de cada um.
A condução moderna dos negócios requer uma mudança profunda de
mentalidade e de posturas. A gerência moderna deve estar sustentada por uma
visão de futuro e regida por processos de gestão onde a satisfação plena de seus
clientes seja resultante da qualidade intrínseca dos seus produtos e serviços e a
qualidade total dos seus processos produtivos seja o balizador fundamental.
10 MANUTENÇÃO - FUNÇÃO ESTRATl!GICA
Na visão atual, a Manutenção existe para que não haja manutenção; esta-
mos falando da manutenção corretiva não planejada. Isto parece paradoxal à
primeira vista mas, numa visão mais aprofundada, vemos que o trabalho da
manutenção está sendo enobrecido onde, cada vez mais, o pessoal da área pre-
cisa estar qualificado e equipado para evitar falhas e não para corrigi-las.
Aliado a isto, cada vez mais têm amadurecido as relações de parceria entre
as empresas e suas contratadas na área de manutenção. Neste contexto, uma
nova estratégia está sendo praticada com os chamados contratos de parceria ba-
seados em disponibilidade e confiabilidade das instalações, onde a contratada
aumenta a sua lucratividade à medida que melhora a disponibilidade e a confi-
abilidade das instalações da empresa onde está atuando.
Neste tipo de contrato NÃO MAIS SE PAGAM "SERVIÇOS" MAS
"SOLUÇÕES".
Esta mudança estratégica da manutenção tem reflexo direto nos resultados
empresariais, tais como:
• Aumento da disponibilidade.
• Aumento do faturamento e do lucro.
• Aumento da segurança pessoal e das instalações.
• Redução da demanda de Serviços.
• Redução de custos.
• Redução de lucros cessantes.
• Preservação ambiental.
Metas
"Benchmark"
Caminhos
estratégicos
("Melhores Práticas")
não basta uma organização esta r melhorando seus indicadores emp resariais, ela
precisa escar evoluindo mais rápido gue os seus concorrentes para poder passar
a frente. Daí a necessidade de se incorpo rar ao seu p la nejamento estratégico a
parte superior da figura, que nada m ais é do que a comparação com os seus
co ncorrentes, inclusive os internacionais.
Infel izmente, é com um encontrarmos, ainda, indicadores de manute nção
que medem apenas sua eficiência, e isro é muiro pouco para uma empresa mo-
derna. O que p recisa ser medido é:
• Disponibilidad e e confiabilidade.
• Redução da demanda de serviços.
• Faturamento.
• Oti mização de custo.
• Segurança pessoal e das instalações.
• Preservação ambien tal.
• Moral e motivação dos colaboradores.
14 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRAT~G I CA
;.: Planejamento
~,:;, Estratégi~o ·:·
·Metas >·· ·
}·or~~;~tc; '-,
NÃOÉMAISACEITÁVELQ.UEOEQ.UIPAMENTOOUSISTEMAPAREDE
MANEIRA NÃO PREVISTA.
2.2.S. Competitividade
A Competitividade depende, fundamencalmencc, da maior produtividade
de um a o rganização em relação aos seus concorrentes, sendo esta produtivida-
de medida pela, ao mesmo tempo, simples e complexa equação:
o 1,00
üi
:J
u
~ º·ºº 1991 1993 1995 1997 1999 2001
Ano
DISPONIBILIDADE
OPERAÇÃO MANUTENÇÃO
GESTÃO ESTRATÉGICA DA MANUTENÇÃO 21
GJ\.RANTIRA'])ISI>:QNIBILIDAI>,E.DA fl1NÇú···D9s••.E(lUl~.Mi~N'fóS
E···.INSTALAÇQES. DE MODO A. ATENDER A UM PROCF'.SSO "l)E
PRODUÇÃO ()ÜDESERVIÇO, COM CO~IABILIDADE, SEGURANÇA,
PRESERVAÇÃÜ DÓ MEIO AMBIENTE E CUSTO ADEQUADOS.
-. -···-··---·-..- - ,
1! .. ·~FALTA .
DE j
. GENTE j
I. · EX~:sso
j : 'i>EMANDA?
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1
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l .........;., .............- -..........--. ......J
?
• •
Figura 2. 7 - Falta de Gente ou Excesso de Demanda?
GESTÃO ESTRAT~GICA DA MANUTENÇÃO 23
Figura 2. 8 - Retrabalho.
• QUALIDADE DA OPERAÇÃO: Do mesmo modo, sua não qualidade
provoca uma falha prematura, não por uma questão da qualidade in-
trínseca do equipamento/sistema, mas por uma ação operacional incor-
reta; também aqui a conseqüência imediata é a perda de produção.
24 MANUTENÇÃO - FUNÇÃO ESTRATÉGICA
DEMANDA DE SERVIÇOS
A GRANDE DIFERENÇA
QUALIDADE
DA OPERAÇÃO
PROBLEMAS
QUALIDADE DA TECNOLóGICOS
MANUTENÇÃO
(EXAGERADA)
..-. .
..:~...
2 · PREVENTlVA l~:-. t\~~-·
3 • PREOJTIVA .,~:~..:i . ~
4 • ENGENl<ARIA DE MANUTENÇÃO ;.~::J /'
·.~ /_,.--
c·'*-1r /-·--
1
~
E'JOli.1;A~
/ .- - -- •
--
Figura 2. 12 -A Empresa que não Atingiu a Excelência.
30 MANUTENÇÃO - FUNÇÃO ESTRATÉGICA
A Figura 2.12 ilustra uma situação comum em empresas que ainda não
atingiram o estágio de excelentes; nela podemos distinguir, claramente, o ~o
rnem da operação (motorista), o homem das finanças (banco da frente) e o ho-
mem da manutenção (banco de trás).
Na verdade, cada um está vendo, apenas, a sua parte, quando numa em-
presa excelente cada um tem que ter a visão do todo, buscando otimizar a
Organização e não somente a sua área.
POLÍTICA
Contribuir para o atendimento do programa de produção, maximizando a
confiabilidade e a disponibilidade dos equipamentos e instalações dos órgãos
operacionais, otimizando os recursos disponíveis com qualidade e segurança e
preservando o meio ambiente, contribuindo para a continuidade do desenvol-
vimento do refino.
DIRETRIZES
• Manucenção com qualidade, comando por referência indicadores de de-
sempenho das melhores empresas, preferencialmente internacionais;
GESTÃO ESTRATÉGICA DA MANUTENÇÃO 33
3.1. INTRODUÇÃO
A maneira pela qual é feita a intervenção nos equipamentos, sistemas ou
instalações caracteriza os vários tipos de manutenção existentes.
Existe uma variedade muito grande de denominações para classificar a atu-
ação da manutenção, o que pode ser visto com detalhes no Dicionário de Ter-
4
mos de Manutenção, Confiabilidade e Qualidade.
Não raramente essa variedade provoca uma cerca confusão na caracteriza-
ção dos tipos de manutenção.
Por isso, é importante uma caracterização mais objetiva dos diversos tipos
de manutenção, desde que, independente das denominações, todos se encaixem
em um dos seis tipos descritos a seguir.
Algumas práticas básicas definem os tipos principais de manutenção que
são:
tO - t l - tempo de funcionamento 1
tl - t2-tempo de manutenção
t2 - t3 - tempo de funcionamento 2
to tl t2 t3 tempo
o performance
...e::
ecu -- ~ --------- esperada
o..
E
cu
~
""tj
--------- nível admissível
procurado
plt p2 p3-manutenções
1
· preventivas
tO t1 t2 t3 t4 tS L t 7 . . . tempo
t t
.__--~----
manutenção corretiva não planejada
manutenções preventivas
performance esperada
__nível de alarme
___J]-ível admissível procurado
O - acompanhamento
preditivo
tO ti L t3 tempo
dos e formular diagnósticos. Embora isco possa parecer óbvio é comum encon-
trar-se, em algumas empresas, sistemas de coleta e registro de informações de
acompanhamento de Manutencão Preditiva que não produzem ação de inter-
venção com a qualidade equivalente aos dados registrados.
O Gráfico 3.3 mostra a Manutenção Preditiva.
2 3 4
* quebra de paradigma tipos de manutenção
Grdfico 3. 4 - Resultados X Tipos de Manutenção.
1 MANUTENÇÃO 1
1 1 1 1 1
CORRETIVA ENGENHARIA
CORRETIVA
NÃO PREVENTIVA PREOITIVA OETECTIVA OE
PLANEJADA
PLANEJADA MANUTENÇÃO
1 1
20%
0%
1990 1991 1993 1995 1997 1999 2001
ANO
Gráfico 3.5.
Pelo gráfico, que abrange o período de l 990a200 1, inclusive, observamos
que:
O gráfi co, que anali sa a situação na década de 90 , projeta para onde devem
caminhar as práticas de m an utenção e aponta um crescimento vertiginoso da
manutenção preditiva, um pequeno decréscimo na preventiva e uma redução
na corretiva não p lanejada.
Isso pode ser m ais bem entendido a parti r das segu intes considerações:
• Considera-se que rotinas como troca de fil tros, lim peza de filtros ou quaisq uer
outros tipos de limpeza, lubriflcaç.fo, ajustes, calibrações, nas quais são rea-
lizadas tarefas, fazem parte da manutenção preventiva. Esse tipo de traba-
lho é realizado em intervalos de tempo previamente defi n idos, podendo
ser executado pelo pessoal de operação. Algu m as empresas ainda têm pes-
soal de Manutenção fazendo isso, mas sua cultura cercamente é reativa. O
TPM - Manutenção Produtiva Total -, q ue m ostra como isso deve ser
mod ificado dentro da empresa, será descri to no Capítulo 7.
80
70
60
50 llllB normal
30
O modelo
20
10
o-i-........_~J6o.....~-m111
corretiva preventiva preditiva
TIPO DE MANUTENÇÃO
Gráfico 3.6
Observação:
Alguns autores citam M an utenção Proa tiva, como sendo aquela baseada na aná-
lise da origem dos problemas. E na sua caracterização consideram como sendo seu
escopo:
"Análise da causa real da falha, precisão de alinhamento e balanceamenro, es-
pecifi cações de compra bem feitas, instalação de comissão para verificação de per-
18
cro rmance, engen 11ana
. connave
e:' 1e :111a' I.1se de o' Ieos " .
matório de processos e/ou ferramentas, que a rigor não definem um novo tipo de
manutenção. A atuação final no equipamento será, sem dúvida, uma Corretiva
Planejada. Desse modo, as ações desenvolvidas na Proativa estão mais bem carac-
terizadas como de Predição.
O valor de preditiva, mostrado no gráfico, é o somatório de preditiva e proativa.
• Outras rotinas, como revisões parciais ou tocais em máquinas ou equi-
pamentos, em intervalos definidos, caracterizam manutenção preventi-
va, mas são cada vez mais restritas. Somente se aplicam quando há ocor-
rência de falhas a intervalos característicos, e/ ou aspectos de segurança
ou meio ambiente que recomendam essa prática. Fora disso, o risco de
se fazer manutenção em excesso ou ainda introduzir defeitos é alto. "Se-
gundo a Organização Forbes, um em cada três dólares gastos em manu-
tenção preventiva é desperdiçado."
• A manutenção prediciva permite uma significativa mudança na manu-
tenção, pela antecipação dos problemas nas máquinas, resultando numa
relação de ganho significativa. A tendência mundial é adotar, cada vez
mais, a manutenção baseada na condição dos equipamentos.
No Brasil observa-se essa mesma tendência qu:r ntirativa, que pode ser visua-
17
lizad a no G ráfico 4 .1:
35
30
25
20
%
15
10
5
o
1987 1990 1993 1995 1997 1999 2001
ano O % próprio + contratado
0 % próprio
Crrífico 4. 1
4 .2 . CUSTOS
Antiga men te, quando se falava cm cuscos de manutenção a maioria dos ge-
rentes achava que:
CUSTO DA MANUTENÇÃO
BRASIL
7
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o .... 6
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zm 5
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WO 4
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2
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(,) u.;
o
1991 1993 1995 1997 1999 2001
ANO
Outros
10%
Serv. Terceiros
27%
Material
29%
8
7
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6
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(j) o <ti
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~ m ~ E
.e
u
e Tempo
Ql
.n
Gráfico 4.4.
5
O G ráfico 4 .5 representa bem esra afirmação e mostra que exisce u m
co mp ro misso e ntre o nível de m a nucenção, a dispo nibilidade op eracional e
os cusros.
PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA .MANUTENÇÃO 61
Custos
CUSTO TOTAL
O 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 MTTR
(em horas de parada)
4.3.1. Subordinação
De um modo geral, o gerente da manutenção se reporta diretamente à ge-
rência, superintendência ou diretoria da planta, unidade operacional ou uni-
dade organizacional, ou seja, está ligado ao primeiro escalão gerencial.
Dados daABRAMAN mostram que, no Brasil, "em 80% das empresas pesqui-
7
sadas, a Manutenção se subordina à Diretoria ou Superintendência".1
1::.~
Superintendente .,tf
da Planta ~º-..;
·i·J
1 1
Gerente da Gerente da Gerente
Manutenção Produção Administrativo
Figura 4.1.
--··--
100
80
60
% o mista
40 •descentralizada
20 o centralizada
Gráfico 4.6.
A Manutenção Centrnlizada apresenta as seguintes vantagens:
• A eficiência global é maior do que a da manutenção descentralizada,
pela maior Aexibi lidade na alocação da mão-de-obra em vários locais da
planta, os quais acabam desenvo lvendo maiores habilidades.
• O efetivo de manutenção rende a ser bem menor.
• A uti lização de equ ipamentos e instrumentos é maior e normalmente po-
dem ser adquiridos em menor nlimero do que na manutenção descentra-
lizada.
• A estrutura de supervisão é muito mais enxuta.
Mas apresenta as seguintes desvantagens:
• Inspeção de equipamentos.
• Suprimentos - inclui administração do almoxarifado, previsão e com-
pra de material.
• Ferramentaria.
• Segurança no trabalho.
• Engenharia de manutenção - inclui pequenos projetos, condução de
obras mais simples, estudos e análises, manutenção preditiva (que pode
ficar também alocada às especialidades).
• Contratação - elaboração de contratos, fiscalização, apropriação.
• Manutenção de prédios e pátios.
17
Dados da ABRAMAN, para 2001, indicam que:
• Em 47% das empresas pesquisadas a Administração/Operação de Com-
pras é uma atividade da Manutenção.
• A Administração/Operação de Almoxarifados faz parte da Manutenção
em 58% das empresas.
• Em 37% delas, a Segurança no Trabalho é função da Manutenção.
66 MANUTENÇÃO - FUNÇÃO ESTRATÉGICA
Superintendente
da Fábrica
Eletricidade/
Mecânica Instrumentação Planejamento Complementar
Gerente da Planta
Operação
Manutenção
Pla1ejamenlo
Eléltlcal
ln&lrumetilação
.......................... ..........................
EL!:TRICN
INSTRUMENTAÇÃO
COMPLEMENTAR
PLANEJAMENTO
INSPETOR
Tl!CNICODE
DE
SEGURANÇA
EQUIPAMENTOS
·······································································
.·
TIME DE MANUTENÇÃO - AREA 21
Processamento das
Solicitações de
' Serviço
(SS)
Administração da
e--- Carteira da Serviços
Planejamento dos
Serviços
14- Gerenciamento dos
,_ Padrões de Serviço
Gerenciamento dos
Programação dos Recursos Disponlveis
~
Serviços (Mãquinas, MãcH!e-
14- Obra)
Administração da
E&toques
- (Materiais e
Sobressalentes)
Gerenciamento da
Execução dos
Serviços
--
Gerenciamento de
Equipamentos Basoaclo no DFD ref. 36
1 1
Figura 4.5.
• O serviço se enquadra na manutenção do dia-a-dia ou é serviço de para-
da ou ainda serviço especial?
• O serviço é atividade de manutenção?
É importante que o planejamento atue "filtrando" os serviços solicitados, e
somente programe aqueles que se justificam.
72 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
b.2) Microdetalhamento
No microdetalhamento são incluídas ferramentas, máquinas de elevação
de carga e máquinas operatrizes, que podem se constituir em gargalos ou cami-
nhos críticos na cadeia da programação. Para que isso seja possível, deve-se ca-
Pl.ANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO 73
1
1
···---- -·- l.
j) Gerenciamento de Equipamentos
Consiste em fornecer informações relevantes para o histórico dos equi-
pamentos. Como mencionado no "item a", o código incluído no sistema
faz a ligação com o histórico do equipamento, permitindo a inserção desses
dados.
Do ponto de vista do planejamento, o detalhamento deve ser arquivado
para utilização numa próxima programação. Do ponto de vista da especializa-
da, dados relativos ao serviço e dados para análise da falha devem ser registra-
dos.
: :.
'~-1-
~
•
SERVIDOR
~~I1
1--~~~ª-1--~~-fETHERNE
Figura 4.7.
36
4.4.3.l. Avaliação de Sistemas Mecanizados
A compra de um software de manutenção é uma decisão importante, a par-
tir da qual surgirá uma série de modificações na rotina estabelecida, e uma série
de expectativas na mudança de patamar do controle, p lanejamento, enfim, do
gerenciamento da manutenção. Isso envolve um investi mento inicial, uma
alocação de recursos internos para implancação do sistema e por isso mesmo
tem que ser uma aquisição mui to bem-feita.
De modo a auxiliar a comparação entre os softwares disponíveis no merca-
do, transcrevemos integralmente os critérios de avaliação de sistemas meca ni-
36
zados desenvolvidos pelo Eng. Gilberto Antônio Adamarri, da Petrobras.
Os critérios se aplicam a sistemas d e gerenciamen to - planejamento e con-
trole da manutenção no dia-a-dia.
PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO DA MANUTENÇÃO 81
Tabela 4.1
Nome Comercial do Software Empresa
AMOS-D Soectec/Moerbeck
ARTEMIS D&ISI
AVANTIS-PRO MARCAM SOLUTIONS
CHAMPS Thornix Informática
CMC PTC
COMACDELTA SetUp
COMPASS Boone and Moore
COSWIN Siveco (Protam)
ENGEMAN Chips Informática
GERCOM Comouscience
LSMAESTRO Logical Soft Informática Leda.
MACACTIVE SAM-Sise. de Automação da
Manutenção
MAIN SERVER Engequal
MANTEC Semaoi Sistemas
MÁXIMO PSDI
MMS Inter-Unde Engenharia Química
MP2 ENTERPRISE DataStream Svstems Inc.
MS2000 MicroMains Corp.
OOPS Falcon Svstems
PLACOM Micro Consult
PROTEUS Eagle T echnology Inc.
SIAM MR Bachelanv Adm. e Informática
SIEM M&F Consultoria e Proietos
SIGMA Petrobras
SIM Astrein Informática
SMI SPES Engenharia de Sistemas
TEROMAN Promon Engenharia/SD Scicon
TMA-CMMS TMA Svstems
ULTIMAINT Pearl Comouter Svstems Inc.
82 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO EST RATtGICA
Modõ!o
ll~d.!Sn
lliilldeP~ j4~1
J~jaiU-Nl-D-·U-N-IDAC-·f~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
·DEPOSITO t
joo1 · EQUIPAM 1 , , • . • .,. • ~ .'" .. 0
EOUIPAMENTO X"""
03/0211999
04/02/1999 40.00 •
.. . ···- ··-····· . -~···
103.682
..-. .-...-..-.•~
93-682 tt- ,-..-..-...-..-..-..-..-.. -...-..-..-.. ~
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..-..-..-.. -. ~-'
- ·-·-··--·
..-!
.. ;
~JiS~;;i:~I
_J
,·
11•
04Al2/1999 11Al2/1999
-- Tendência
18Al2/1 999
-Próxima M..-.Aenção
25Al211
1
J
'.:J 1
Figura 4. 1O- Cortesia ENGEMAN- Chips Informática.
h) Gerência de Equipamentos
• Tabelas existentes para:
../ definir classes de equipamentos;
../ indicar intercambiabilidade de peças;
../codificar sintomas, causas de falhas, defeitos, soluções adoradas.
• Metodologia para definição de características técnicas de equipamentos.
• Metodologia de registro de Histórico de Manutenção.
• Metodologia para registro de dados técnicos relativos à manutenção.
• Possibilidade de acompanhamento de históricos de equipamentos por
indivíduo e por Tag (número que identifica o equipamento).
j) Outras Interfaces
• Com sistemas de contabilidade (área financeira da empresa).
• Com sistemas externos de estoque.
• Com sistemas dedicados (sistemas de manutenção preditiva, controle
de vibração ou sistemas de controle operacional).
86 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
Onde:
A, B = atividades ou tarefas.
ta, tb =duração (tempo necessário para execução da tarefa).
4.4.4. Manutenibilidade
Manutenibilidade ou Mantenabilidade (do inglês Maintenability) é a carac-
terística de um equipamento ou conjunto de equipamentos que permite, em
maior ou menor grau de facilidade, a execução dos serviços de manutenção.
Alguns princípios podem ser considerados como fundamentais em busca
da melhoria da manutenibilidade:
a) A manutenibilidade deve sempre estar associada aos seguintes conceitos
fundamentais: qualidade, segurança, custos, tempo:
• qualidade do serviço a ser executado (e entregue);
• segurança do pessoal que executa o serviço e da instalação;
• custos envolvidos, incluindo perdas de produção;
• tempo ou indisponibilidade do equipamento.
b) A manutenibilidade será melhor se os seguintes critérios relacionados à
área de suprimentos forem adotados:
• intercambiabilidade;
• padronização de sobressalentes;
• padronização de equipamentos na planta.
e) Sistemas de detecção e indicação de desgaste, condições anormais ou
falhas (monitoramento) fazem parte da melhoria da manutenibilidade
da planta, pois permitem atuação orientada do pessoal de manuten-
ção.
d) A manutenibilidade será tanto maior quanto mais sejam adotadas técni-
cas comuns, clássicas ou de domínio geral, que não exijam habilidades
especiais do pessoal da manutenção.
90 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATl!GICA
Tabela 4.2
Softwares para Gerenciamento de Projetos
Nome Comercial do Software Empresa
EasyTrack PC lnternational
Finest Hour Primavera Systems lnc.
Microsoft Project Microsoft Corporation
MSPW Petrobras
Multiproject Technisoft
Open Plan Welcom Software Technology
Optima 1100 U nisys lnformation Systems
P/X Project Software & Development Inc.
Pert+ Professional Applications
Prestige Lucas Management Systems
Primavera Project Planner Primavera Systems lnc.
Project Schedule Network Scitor Corporation
Project Visibility System General Electric Informaàon Serv. Co.
Super Project Computer Associares lntern. Inc.
Tack 50 T&B Computing lnc.
Time Line Symantec Corporation
Viewpoint Computer Aided Management
Vue National lnformation Systems lnc.
Cumprimento
do Prazo
Serviço
Execu tado
MANUTENIBILIDAOE
Redução
PLANEJAMENTO
de Prazo
ESTRATÉGIA
15
Figura 4.12 -Atuação do Planejamento - GeraL.
Atua!ião do Planejamento
RELAÇÃO OE SERVIÇOS
~
SISTEMÁTICA DE
PROGRAMAÇÃO MANUTENIBIUDAOE
PROGRAMAÇÃO
1
~
FERRAMENTAS OE
CONTROLE
CONTROLE
1
MANUTIHÇÃO
DO
PATAMAR PATAMAR
45
Figura 4. 13 -Atuação Específica do Planejamento.
5.1.1. Confiabilidade
O termo confiabilidade na Manutenção, do inglês Reliability, teve origem
nas análises de falha em equipamentos eletrônicos para uso militar, durante a
década de 50, nos Estados Unidos.
Em 1960, foi criado pela Federal Aviation Administration um grupo para
estudo e desenvolvimento de um programa de confiabilidade para a indústria
aeronáutica. Das várias conclusões a que o grupo chegou, duas delas provoca-
ram uma reorientação nos procedimentos até então em vigor:
96 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
1 R( t) =e ->.r 1
Onde:
R(t) = confiabilidade a qualquer tempo t.
e= base dos logaritmos neperianos (e!!: 2,303).
À= taxa de falhas (número total de falhas por período de operação). Ver 5.1.1.6.
t =tempo previsto de operação.
Os quatro conceitos, destacados na definição de confiabilidade acima, po-
dem ser mais bem caracterizados como se segue.
5.1.1.1. Probabilidade
É um conceito da estatística e pode ser definida como:
Relação entre o número de casos favoráveis e o número de casos possíveis, ou seja.
Confiabiliade Confiabiliade
100% ·-·-·-·--·--·-
Custo de Custo de
Manutenção Produção
Figura 5.2.
C/)
<O
.s:::.
ãi
u.
a>
"O
~
i!
_.,--------1----------------------------......
Mortalidade Vida Útil
----------~
Envelhecimento
Tempo
Infantil
Tabela 5.1
Participação da Manutenção nas Fases que Antecedem à Operação
Fases O que a Manutenção Deve Fazer
Especificação e Projeto Básico Opinar
Colocação da Compra Parecer Baseado na Experiência
Análise de Propostas Parecer Técnico
Projeto da Instalação Parecer
Fabricação, Testes e Ensaios Acompanhar
Transporte e Armazenamento Orientar
Instalação e Testes Acompanhar
Operação Rotina
Número de falhas
Â,-~~~~~~~~~~~~~~~~~-
N úmero total de horas de o eração da unidade
Número de falhas
Â.=~~~~~~~~~~~~~~~~~~
(unidades testadas) X (número de horas de teste)
5.1.2. Disponibilidade
Disponibilidade, do inglês Availability, pode ser conceituada numa primeira
abordagem como sendo o tempo em que o equipamento, sistema ou instalação
está disponível para operar ou em condições de produzir.
Para melhor caracterizar disponibilidade, que é o principal objetivo da ma-
nutenção, é importante conceituar algumas variáveis importantes:
102 MANUT ENÇAO- FUNÇÃO ESTRATfGICA
TEMPO TOTAL
TEMPO DISPONÍVEL PARA PRODUÇÃO - T TEMPO EM
MANUTENÇÃO - r
TEMPO OE TEMPO DE NÃO Em reparo
FUNCIONAMENTO FUNCIONAMENTO
Tl 1 F tl T2 t2 T3 t3 T4 [ t4
O tempo médio sem produção está associado à falha, sendo conhecido como
TEMPO Mt.DIO PARA REPARO - TMPR ou MEAN TIME TO REPAJR - MTTR.
Esse tempo inclui o que foi gasco no reparo e todas as esperas que retardam
a colocação do equipamento novamente em operação. (Veja irem 4.4.2b4.)
TMPR ou MTTR = t 1+ r2 + t3 + t4 + .. . + tN
N
MÉTODOS E FERRAMENTAS PARA AUMENTO DA CONFIABILIDADE 103
.
D 1spom·b·1·d
11 ad e= TMEF
TMEF+TMPR
1 TMEF=i 1
1
TMPR=-
µ
5.1.3. Manutenibilidade
A Manutenibilidade (ou Mantenabilidade), do inglês Maintainability,
pode ser conceituada como sendo a característica de um equipamento ou ins-
talação permitir um maior ou menor grau de facilidade na execução dos servi-
ços de manutenção.
François Monch/ apresenta a seguinte definição probabilística para Ma-
nutenibilidade: "É a probabilidade de restabelecer a um sistema suas condições
de funcionamento específicas, em limites de tempo desejados, quando a ma-
nutenção é conseguida nas condições e com meios prescritos''. Ou, mais sim-
plesmente, é a probabilidade de que um equipamento com falha seja reparado
dentro de um tempo t.
De modo análogo à Confiabilidade, a Manutenibilidade pode ser definida
pela expressão:
M(t) =1 - e-µt
Onde:
M(t) =é a função manutenibilidade, que representa a probabilidade de que
o reparo comece no tempo t = Oe esteja concluído, satisfatoriamen-
te, no tempo t (probabilidade da duração do reparo).
e = base dos logaritmos neperianos (e = 2,303).
µ=taxa de reparos ou número de reparos efetuados em relação ao total de
horas de reparo do equipamento.
t - tempo previsto de reparo.
Como visto anteriormente, a Manutenibilidade está associada ao parâme-
tro TMPR - Tempo Médio para Reparo. Entretanto, na literatura disponível
são muito comuns as seguintes considerações:
• O TMPR estaria associado ao tempo gasto efetivamente no reparo.
MÉTODOS E FERRAMENTAS PARA AUMENTO DA CONFIABILIDADE 105
l7''~ ·I
5
.•...
!. 6 1 7 1
c} Padronização.
d) Intercambiabilidade.
e} Manobrabilidade.
f) Possibilidade de regulagem e ajustes (alinhamento, calibração).
g) Simplicidade de operação.
h) Necessidade de ferramentas, dispositivos e instrumentos especiais.
i) Visibilidade das partes que terão manutenção.
j) Peças e componentes standard.
REQUISITOS QUANTITATIVOS
Logística é uma palavra que tem sido cada vez mais utilizada nas indústrias
e deriva do termo usado pelos militares para "definir a ciência que trata do alo-
jamento, equipamento e transporte de tropas, produção, distribuição, trans-
porte e manutenção de material e de outras atividades não combatentes relaci-
onadas"(Dicionário da Língua Portuguesa - Melhoramentos, 8ª edição,
1994). Analogamente a indústria utiliza o termo logística que engloba todas as
atividades que dão apoio e/ou suporte à produção.
Analisada pela ótica da Manutenção, logística é o conjunto de meios que
devem ser colocados à disposição para o cumprimento da missão da manuten-
ção: manter a disponibilidade do sistema. Esses meios são: ferramental, sobres-
salentes, materiais de consumo, meios de levantamento de carga, transporte e
movimentação de carga, pessoal e materiais.
Suporte Logístico é providenciar aquilo que se necessita, no momento ade-
quado e no local apropriado, de tal modo que a disponibilidade do sistema seja
mantida.
108 MANUTENÇÃO - FUNÇÃO EST RATÉG ICA
Hoje em dia é cada vez maior o nü mero de empresas que, empurradas pela
necessidade de serem compecicivas, adocam instalações, siscemas e equipamen-
tos cada vez m ais softscicados, com alto grau de aucomação e excremamence
mais complexos do que os que acé encão possuía. Encrecanto, nem sempre é fei-
ta uma requalificação do pessoal de manucenção de modo a torná-lo apto para
a nova realidade da empresa. Infelizmence, ainda é mu ito com um enco ncrar-
mos p rofissionais de manucenção com qualificação para fazer um "ceco-ceco"
voar mas complecamen ce despreparados para incervir num DC-1 O.
A
; •
Custo ;
......
$ ;
;
~
,.'
.,-
;
.....
~;
, ;
....
~
isso, o objetivo de ter as melhores práticas de manutenção não é ter uma manu-
tenção, ~'boazinha", mas ter uma manutenção CLASSE MUNDW...
Isso envolve:
Ação/Condição Conseqüências
• Estrutura organizacional • Alta produtividade do pessoal
próprio e contratado
• Organização dos ·times de
manutenção • N fveis elevados de segurança
• Integração com área de materiais • Melhoria no nível de
disponibilidade e confiabilidade
• Integração com as áreas de
operação e engenharia • Ambiente proativo
Também bastante conhecida pelo seu nome em inglês, Failure Mode &
EjfectAnalysis- FMEA, é uma abordagem que ajuda a identificar e priorizar fa-
lhas potenciais em equipamentos, sistemas ou processos. É geralmente utili-
zada como um degrau para o estabelecimento do programa de Análise das Cau-
sas-Raízes da Falha- RCFA ou Root Cause Failure Analisys.
SEQÜÊNCIA DE TRABALHO
Na determinação da taxa de risco de falha de um componente particular de
um equipamento, o grupo deve adotar a seguinte seqüência:
a) Isolar e descrever o modo da falha potencial:
Sob que condições o equipamento falha?
b) Descrever o efeito potencial da falha:
Ocorre parada ou redução de produção?
A qualidade do produto é afetada?
Quais os prejuízos?
c) Determinar a freqüência, a gravidade e a detectabilidade da falha:
Qual a freqüência de ocorrência da falha?
Qual o grau de gravidade da falha?
Qual a facilidade da folha ser detectada?
Para indicar a gravidade da falha, adota-se uma escala de 1 a 10, sendo 10
para a falha mais grave. Idem para a freqüência e para a detectabilidade.
Para que todos os membros do grupo tenham o mesmo entendimento do
que é uma falha e o que ela significa para uma operação em particular, essas de-
finições devem ser dadas antes do grupo iniciar seus trabalhos.
d) Determinar o Número da Prioridade do Risco - NPR.
e) Desenvolver planos de ação para eliminar ou corrigir o problema po-
tencial.
Para determinação dos pesos das parcelas que compõem o NPR, existem al-
gumas recomendações, normalmente baseadas em experiências de empresas,
. 56
como mostrado a segmr:
116 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRAT~GICA
CONCLUSÃO
A FMEA focaliza falhas potenciais e suas causas. Desse modo, as ações ne-
cessárias podem ser tomadas com vista a evitar problemas futuros e prejuízos,
antes que eles aconteçam. Para a Manutenção, a aplicação mais vantajosa de
FMEA ocorre na análise de falhas já ocorridas.
MÉTODOS E FERRAMENTAS PARA AUMENTO DA CONFIAB ILIDADE 117
5. Causas:
../ Mancai subdimensionado .
../Fixação inadequada .
../ Chapa-suporte de baixa espessura.
6. Controles Atuais:
../Nenhum.
Análise 4
Relatar as descobertas 4 Grupo de
Fazer. as recomendações 4 Análise
Acompanhar os resultados 4
METODOLOGIA
RCFA baseia-se no questionamento: POR QU~?
Cada etapa deve sempre responder a esta questão: Por quê? A técnica reco-
mendad a é que se faça tantas vezes a pergunta até que a questão não faça mais
senn'do. 7
Exemplificando:
Pergunta Resposta
Por que a bomba falhou? O selo fa lhou
Por que o selo falhou? Desgaste excessivo das faces de
vedação
Por que ocorreu o desgaste? Houve superaquecimento
Por que houve superaquecimen to? O flushing não escava alinhado
Por que o flushing não estava O operador se esqueceu de abrir a
alinhado? válvula
Por que ele se esqueceu? Ele é novo na área e não tinha
operado, ainda, uma bomba desse tipo
Por que ele não tinha operado esse O seu treinamento não
tipo particular de bomba? contemplou esse ripo d e bomba
No caso hipotético, acima, houve uma falha m ecânica ocasio nada por um
superaquecimento. O faro do flushingnão estar aberro pode até remeter a ação
para a eliminação da válvula de flushingelo u colocação de um dispositivo auto-
mático -válvula de controle, por exemplo, para evitar a ocorrência. Mas a cau-
120 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRAT~GICA
Toda análise de RCFA deve ser documentada para servir de apoio à decisão
de implementação de melhorias e modificações e servir de referência futura,
seja como memória seja para revisão da situação.
Apresentamos, adiante, sugestão de formulário básico para registro de
RCFA, que pode ser em papel ou em microcomputador. Convém observar que
algumas informações são fundamentais, já que serão referências em qualquer
tempo. São elas:
• Data de início e conclusão da análise.
• Identificação do equipamento, sistema ou planta que está sendo analisado.
• Descrição da ocorrência, falha ou incidente.
• Dados que caracterizam as conseqüências da falha sobre:
../ a produção;
../a qualidade do produto;
../o meio ambiente;
../ a segurança pessoal e da planta;
../ os custos.
Cllenu
Planta
Unidade: 1 Local 1
E~uipamento (TAG) 1 5i5t8ma 1
Identificação da Falha Impacto da Falha
Falha 1 Futura 1 1 Ocorrida 1 Perda de Produção
Parada de Unidade: Sim Não
Data 1 1 Hora 1 Total Hora5 Parada5
Parada E~uipamento Sim Não
Impacta a S~urançaf' Sim Não
Mc:io Am"ienuf' Sim Não
Cla55if'icação da Falha Cu5to Total da Falha U5$
Or:ier Manut_ Proi<:to_ Mai<:r_ Outra5 Cu5to t.folhoria E5tlm. U5$
Tipo de Falha Prazo Execução
!vlec El<:t Quim Outro NPR
De5erição da posi;wel falha ou falha ocorrida • Citar eq,uipamento5 erwolvido5
Cau5a5·Raíze5
Recomendaçõc5
(RCFA)
O r_ a u h .
ª-
uim u ro
De5Criçi'lo da po&&Ível falha ou falha ocorrida - Citar &\Ulpamento5 envolvido5
Guelira da ponta do eixo, na zona de transição de seção, provocou roçamento rotor carcaça provocando deega&te
acentuado. Carcaça já apresentava erosão acentuada e o produto vazou para atmoefera. Não ocorreu lnc2ndio pela
intervenção imediata.
Cauea&·Rafze&
Deficl2ncia de projeto do eÍ><o
Programa de inspeção da liomlia não adequado
Recomend11ç&&:
1 - Reprojetar o eixo
2 - 5ulietituir 05 eb<oe em eetoque
:? - Modificar el5temátlca de lnepeção do e(;luipamento
6ssíyeis. .,.
.:<. > ,·>····· >••· .H> ·..
PROBLEMA FázerAn~lise d~.Pa.r.~t9 2·p~él. ·.· · .
prior~zare est.~be.lec~r ~et~
D-DO-AÇÃO
4t Divulgar o p lano e treinamento
para todo o pessoal.
AÇÃO
Executar as ações definidas no
plano .
C - CHECK - VERIFICAÇÃO
Comparar os resultados utilizando
Gráfico de Pareto, cartas de
controle e histo ramas.
Listar os efeitos secundários,
ositivos ou ne ativos.
VERIFICAÇÃO O problema continua? (O bloqueio
foi efetivo?)
*Retornar ao item 2 do Processo -
OBSERVAÇÃO.
Vá para o processo de
padronização.
Exemplificando:
Suponhamos que estamos fazendo a análise de falha de uma bomba centrí-
fuga de uma estação de tratamento de água. Buscando os relatórios de manu-
tenção na pasta do equipamento ou na tela do computador, podemos obter as
seguintes informações, para uma determinada intervenção:
• Data - 12/03/00. Ocorrência - Falha da bomba.
• Componente que falhou - Rolamento.
• Não se consegue mais informações além dessas.
a) Seleção do Sistema.
b) Definição das Funções e Padrões de Desempenho.
c) Determinação das Falhas Funcionais e de Padrões de Desempenho.
d) Análise dos Modos e Efeitos das Falhas.
e) Histórico de Manutenção e Revisão da Documentação Técnica.
f) Determinação de Ações de Manutenção-Política, Tarefas, Freqüência.
Para se enquadrar qualquer item no processo da Manutenção Centrada na
Confiabilidade, recomenda-se' a aplicação das sete perguntas abaixo:
programa de manutenção para essa bomba deverá garantir que seu desempe-
nho não seja menor que 300 litros/minuto. O programa de manutenção deve
procurar assegurar que a caixa não fique vazia, e não garantir que a bomba for-
neça 400 litros/minuto.
Capacidade Nominal 400 //min
Figura 5.7.
Se para alimentar a caixa-d' água existe apenas uma bomba, ou seja, não há
equipamento reserva, a outra preocupação da manutenção será com o tempo
de reparo ou substituição do equipamento por outro semelhante até que aque-
le seja reparado. No exemplo, a bomba sempre é ligada quando o volume de
água chega a 45.000 litros. Na pior situação, se houver uma falha da bomba
quando o volume estiver em 45.000 litros, o tempo disponível antes que a cai-
xa esvazie totalmente será de, apenas, 150 minutos, ou seja, 2 horas e meia.
Caso essa bomba seja transferida para uma outra caixa-d' água cuja saída
seja de 350 l/min, sua FUNÇÃO principal também muda, e o programa de ma-
nutenção deverá mudar para assegurar a expectativa de um desempenho dife-
rente (350 l/min e não 300 l/min). O tempo disponível para reparo ou substi-
tuição do equipamento, antes que a caixa-d'água se esvazie, será menor, ou
seja, aproximadamente 2 horas.
A gerência deverá decidir, à luz da relação custo X benefício, a necessidade
de preservação da função do equipamento em razão das prioridades de utiliza-
ção - ou produção.
Falhas Oettitassão aquelas que não são percebidas pelo pessoal da operação,
estando, em geral, associadas a dispositivos e sistemas de proteção que não são
à prova de falhas.
ldade
Figura 5. 8 - Curva Típica de Falha.
O processo d e Manutenção Centrada na Confiabilidade adota o modelo
em que seis tipos d e curvas de falha são utilizados para caracterizar a vida dos
equipamentos, e não apenas a curva da banheira, que incluía a mortalidade in-
fa ntil, além da suposição de uma vida por um certo intervalo d e tem po, além
do qual se tornavam desgastados.
O conceito d e que quanto mais velhos mais os equipamentos falham não é
verdadeiro. Acreditava-se nisso pela freqüente associação do aumento de nú-
mero de ciclos e desgaste co m o tempo. Quando temos partes em contato com
o produto, como em bombas, correias transpo rtadoras e refratários, é que esse
conceito se torna verdadeiro. Mas esse é um modo de falha.
As seis curvas, mostradas na Figura 5.9, foram levantadas pela United Air-
lines em uma pesquisa de 30 anos. Quanto mais complexos os equipamentos,
m ais enco ntramos os padrões D , E e F.
Uma breve análise das curvas indica que:
• O padrão A é a curva da banheira. Por este padrão há uma elevada ocor-
rência de fal has no início de operação do equipamento - mo rcalidade
132 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
e 5
1
Aumento gradual mas não
identificado com a idade do
desgaste
D 7 f. Taxa inicialmente baixa e
< ~·E Sk
depois constante
E 14 I· . 1"'-4i' Falha constante aleatória em
qualquer idade
F 68 l Inicialmente segundo a
mortalidade infantil, seguida
de taxa constante
Figura 5.9 - Tipos de Curvas de Falha.
infantil ou falhas de início de funcionamento - seguida de uma freqüên-
cia de falha constante e um aumento devido à degradação ou desgaste do
equipamento.
• O padrão B apresenta probabilidade constante de falha seguida de uma
zona de desgaste ao final da vida útil. Pode também apresentar ao invés
de probabilidade constante de falhas um aumento gradual .
. o padrão e apresenta um aumento lento e gradual na probabilidade de
falha sem que haja uma idade definida ou identificada de desgaste.
Os Padrões A, B e C representam falhas típicas por fadiga ou corrosão.
• O padrão D indica uma baixa probabilidade de falha no equipamento
novo seguida de um rápido aumento para um patamar de probabilidade
de falha constante.
• O padrão E apresenta probabilidade constante de falha para qualquer
idade do equipamento, ou seja, o equipamento apresenta falha aleatória.
• O padrão F apresenta alta probabilidade no início (mortalidade infantil)
que cai para uma situação de probabilidade constante para as demais
idades. Pode apresentar também um aumento lento e gradual, em vez de
probabilidade constante.
M~TODOS E FERRAMENTAS PARA AUMENTO DA CONFIABILIDADE 133
Condição
Ponto onde a falha
começou a ocorrer P Ponto onde a falha começa a ser detectada
Falha potencial
(lead time to failure)
Idade ...
5.2.2.4.5. Tarefas-Padrão
A tarefa preventiva é tecnicamente viável, dependendo da sua característica
técnica e da falha que se destina a evitar.
A tarefa só é viável de ser realizada se provocar resultados bastante positivos
relacionados com as conseqüências da falha.
M~TODOS E FERRAMENTAS PARA AUMENTO DA CONFIABILIDADE 135
Se a tarefa não for tecnicamente viável e não valha a pena ser feita, uma ta-
refa-padrão deve ser realizada. Sua natureza vai depender das conseqüências da
falha, como mostrado a seguir:
• Uma tarefa destinada a prevenir falha de função oculta é válida se conse-
guir reduzir o nível de falha associada à função. Se não houver meios de
executar uma preventiva deve ser executada tarefa de localização da fa-
lha, ou seja, verificações periódicas para verificar se o item consegue
cumprir sua função.
v' Outra solução seria reprojetar o item.
• Uma tarefa destinada a prevenir falha que tenha conseqüências sobre a
segurança ou o meio ambiente só é válida se reduzir a um nível baixo ou
eliminar o risco da falha. Caso contrário, a melhor solução é reprojetar o
item ou alterar o processo.
• Uma tarefa destinada a prevenir falhas operacionais só terá sentido se for
economicamente viável. Em outras palavras, o custo da tarefa deve ser me-
nor do que o custo das conseqüências da folha somado ao custo do reparo.
Caso contrário, é melhor não fazer nada. Convém lembrar que essa situ-
ação, é uma decisão gerencial que define, em cima de dados econômi-
cos, que a manutenção de um item só ocorrerá após falha e isso caracte-
riza uma manutenção corretiva planejada.
Finalmente, uma tarefa destinada a prevenir falhas (manutenção preventi-
va) de conseqüências não operacionais só tem sentido em ser realizada se o seu
custo, durante um período de tempo, for menor do que o custo do reparo nes-
se mesmo período. Caso contrário é melhor deixar falhar e fazer a corretiva pla-
nejada, como no caso anterior.
Disso resulta que a manutenção preventiva só deve ser aplicada em situações
onde sua necessidade esteja perfeitamente identificada e justificada.
Supervisor Supervisor
de Seguranç _ª__d;f>raçào
Supervisor Inspetor de
de Manutenção Equipamentos
RCM
Operador e::> Executante
de Manutenção
Facilitador
• Grupo pequeno.
• Habilidades complementares.
• Propósito comum.
• Conjunto de objetivos de performance, normalmente traduzidos por
indicadores.
• Conjunto de princípios comuns a outros grupos da planta.
• Respo nsab ilidade múma.
MoClvação
Eqi>pe
Multidisciplinar AmpliflGaçãO O
CcosoHdação do
Conhecimenlos
MELHORIA DO BANCO
DEDADOS
DESENHOS
MANUAIS
SOBRESSALENTES
MANUTE NÇÃO
PREVENTIVA,
PREDITIVA.
D ETECTIVA E
PROCEDIMENTOS
140 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
- Escolha do sistema
- Definição de fronteiras
- Definição das interfaces
,,
- Definição das funções
- Análise das falhas funcionais
,,
FMEA
- Preparação do Plano
de Manutenção ,
MÉTODOS E FERRAMENTAS PARA AUMENTO DA CONFIABILIDADE 141
Afeta o
meio ambiente? Não
Afeta a continuidade
operacional? Não
Sim
(Parada parcial ou total)
142 MANUTENÇÃO - FUNÇÃO ESTRATÉGICA
'
Manutenção Sim A relação idade x confiabilidade,
Preventiva para· essa falha, é conhecida?
Não
Não
Manutenção Sim
Detectiva A falha é oculta?
Não
Engenharia Sim
O Sistema pode ser
de modificado ou reproj etado?
Manutenção
Não
1
Manutenção ·
Corretiva
QUALIDADE NA MANUTENÇÂO
6.1. INTRODUÇÃO
Apesar de a Gestão pela Qualidade T oral - GQT - ser um processo que
abrange toda a organização, este capítulo tratará, apenas, da parte específica da
atividade de manutenção. As empresas, hoje, não têm mais dúvidas de que a
GQT é uma ferramenta eficaz para se alcançar a competitividade empresarial.
Apesar desta constatação, há uma certa dificuldade na implantação do proces-
so de qualidade em toda a empresa e, por conseguinte, também na manuten-
ção.
Como se trata de um processo de mudança de cultura, existem as naturais
resistências às mudanças; estas resistências são ainda mais fortes na atividade de
Manutenção que, até por força da palavra-"manutenção", historicamente tra-
balhou para MANTER as condições dos equipamentos e instalações, criando,
com isto, um paradigma de estabilidade, que hoje está totalmente ultrapassa-
do.
É preciso sair, com urgência, do estágio de mudança de cultura, que é lento
e inadequado ao cenário atual, para o novo paradigma que é a cultura de mu-
dança, ou seja, é preciso estar permanentemente receptivo e ser proativo na
quebra dos paradigmas que já fizeram sucesso no passado mas já não se aplicam
aos tempos atuais.
MUDANÇA DE CULTURA: processo lenco e ultrapassado.
CULTURA DE MUDANÇA: estágio das empresas modernas.
144 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATi!GICA
PROBLEMAS QUALIDADE
CRÔNICOS DA OPERAÇÃO
QUALIDADE DA PROBLEMAS
MANUTENÇÃO TECNOLÓGICOS
DEMANDA ATUAL
SERVIÇOS (EXAGERADA)
DESI\'ECESSÁRIOS
o ...
MÉDIA GERÍ!NCIA
Resultados
NOVO SISTEMA
SISTEMA ATUAL
ENERGIA
OUTPLIT
EDUCAÇÃO E
TREINAMENTO
=
PRODLITIVIDADE OUTPLIT/INPLIT
- O sistema é montado parJ servir às pessoas
- A gerencia deve ser baseada cm fatos e dados
Palestras
Cursos
Aulas
"É fundamental identificarmos os diversos motivos que levam as
pessoas a não querer ou mais precisamente QUERER"
"Não existe processo que atinja bons resultados se não for através de pes-
soas qualificadas, certificadas e motivadas. Este é o mais importante fator crí-
tico de sucesso."
Alan Kardec
Disponibilidade Mecânica
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'·'º 2. 10 3.50 5,1:1
'·'° 1.4 2 •.•1
TFCA - NO Acidentes / Mil/Ião de HH ( Próp110 e Contramdo)
TFCA = Taxa de Freqüência de Acidentes com Atendimento
······· ...... ........... .................. ...... ..... ... ..... ..............._.. ,.
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........ 1.75
Figura 69b.
156 MANUTENÇÃO - FUNÇÃO ESTRATÉGICA
·._.·(A) PLANE·
AÇÃO CORRETIVA
+ JE, REVISE
E DOCUMENTE.
- O QUÊ, POR QUÊ,
AÇÃO+ QUEM. COMO, QUAND
PREVENTIVA ONOE,QUANTO. . .
.+ (P) ~
VERIFIOUE OS RE· .
SULTADOS CONTRA
OS CRITÉRÍOS DE
ACEITAÇÃO.
EGISTRE.
6.4.7. Delegação
Uma empresa que busca competitividade precisa ser ágil, e isto só se conse-
gue com uma adequada delegação.
O sucesso do processo de delegação depende de:
• Divulgar para todas as pessoas envolvidas a missão, visão, políticas, dire-
trizes e o plano de ação da manutenção.
• Identificar o que e para quem delegar.
• Respaldar as ações delegadas.
CONHECIMENTOS
BÁSICOS
GLOBAIS
RESULTADOS EMPRESARIAIS
Figura 6.13.
6.8. O PROGRAMA SS
O início de um programa da qualidade deve se dar pela implantação do
programa 55.
Conforme descrito no Capítulo 7 - Práticas Básicas da Manutenção Mo-
derna-, apesar da sua aparente simplicidade, onde todos dizem conhecer, e
poucos realmente o praticam, esse programa atinge, em cheio, o seguinte:
• Melhoria da qualidade.
• Redução de custos.
• Melhoria de atendimento ao cliente.
• Moral do grupo.
• Aumento da segurança pessoal e das instalações.
• Melhoria das condições de trabalho dos colaboradores.
* ORGANIZAÇÃO x BUROCRACIA
* NÃO-ENVOLVIMENTO DE ÓRGÃO
EXTERNOS
* FALTA DE COMPROMETIMENli
DA ALTA ADMINISTRAÇÃO
A ISO 9000 está para a Qualidade como a ISO 14000 está para o meio am-
biente. Todavia, é importante salientar que a ISO 9000 assegura que o produto
(bem/serviço) está em conformidade com os requisitos especificados no con-
trato, conforme condições negociadas com o cliente (qualidade intrínseca, pra-
zo de entrega, preço, local de entrega, documentação e quantidade adequada);
não é garantia de competitividade nem da sobrevivência da empresa no merca-
do. Apesar de importante, podemos considerar a ISO 9000 como suporte à
Gestão da Qualidade do produto, portanto contribui para a competitividade
da organização.
O conjunto de Normas ISO 9000 é, na realidade, um conjunto de nor-
mas para projeto, fabricação, comercialização e assistência técnica. Foi edita-
do em 1987, revisado em 1994 e em dezembro/2000 sofreu uma grande re-
formulação.
6.10. CONSIDERAÇÕES
É importante tecer algumas considerações sobre este novo mundo no qual
cada um de nós está inserido e que é o palco onde as empresas estão competindo:
• As palavras voam, os escritos ficam. São verdades antigas renovadas
na era da informação.
Em uma era de competição desenfreada, cuja vantagem está na pró-
pria largada:
./ pode-se passar sem a adoção de novos paradigmas;
./ pode-se passar sem a Gestão pela Qualidade Total;
./ pode-se passar sem abrir os olhos para a globalização;
./ pode-se passar••.
7.1. INTRODUÇÃO
Há, pelo menos, três práticas que devem ser consideradas básicas na manu-
tenção moderna:
• 5S.
• TPM- Total Productive Maintenanceou Manutenção Produtiva Total.
• Polivalência ou Multiespecialização.
O 5S é a base da qualidade. Sem uma cultura de 5S dificilmente teremos
um ambiente que proporcione trabalhos com qualidade.
O TPM é a ampliação do conceito da Manutenção, pela promoção da Ma-
nutenção do Sistema de Produção com a participação das pessoas da Operação.
A Polivalência, também conhecida como multiespecialização, é a maior ca-
pacitação do homem de manutenção, e em conseqüência uma ampliação de
suas habilidades que proporcionam uma sensível racionalização e maior garan-
tia de qualidade dos serviços. Em outras palavras, é cada especialista se capaci-
tando em tarefas de menor complexidade das outras especialidades.
7.2. O PROGRAMA SS
O 55 é uma prática originária do Japão, que é aplicada como base para o
desenvolvimento do Sistema da Qualidade. O nome 55 deriva do fato de que
as 5 palavras que definem as principais atividades começam com a letra S:
174 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
SEI RI
SEITON
SEIS O
SEIKETSU
SHITSUKE
Estas palavras apresentam a seguinte equivalência em inglês e português:
Japonês Inglês ' Português
SEI RI SORTING ORGANIZAÇÃO
SEITON SYSTEMATIZATION ORDEM
SEISO SWEEPING LIMPEZA
SEIKETSU SANITIZING ASSEIO
SHITSUKE SELF DISCIPLINE DISCIPLINA
7 .2.1. Fases do 5S
• ORGANIZAÇÃO
./ Manter apenas o necessário.
PRÁTICAS BÁSICAS DA MANUTENÇÃO MODERNA 175
7.2.2. Implantação do 5S
Apesar de não existir um modelo rígido para implantação do SS, a prática
mais adotada e que melhores resultados apresenta está indicada a seguir, e
compõe-se das seguintes etapas:
• Preparar a Organização.
• Treinar e Educar no SS.
• Levantar problemas e encontrar solução no 35.
• Elaborar plano de ação.
• Acompanhar a implementação.
• Promover o SS.
PRATICAS BÁSICAS DA MANUTENÇÃO MODERNA 177
ETAPAS DE IMPLANTAÇÃO
• Preparar a Organização
./ Compromisso do Chefe ou Presidente .
./Divulgação da Programação .
./ Definição/Indicação do Comitê, Coordenação ou do Responsável.
• Treinar e Educar no 5S
./ Preparar monitores .
./Treinar supervisores e executantes - inclui treinamento teórico e visi-
tas a outras empresas ou organizações.
• Levantar Problemas e Soluções no 3S
./Estabelecer diretrizes no 3S (Organização, Ordem e Limpeza). Pro-
mover ao máximo a participação de todo o pessoal no levantamento
dos problemas e sugestão de soluções .
./Levantar e priorizar os problemas .
./ Elaborar um plano de ação .
./ Fazer um cronograma das ações com prazos e responsáveis.
./ Implementar as soluções (isto é fator de credibilidade do programa).
• Acompanhar a Implementação
./ Planejar e realizar auditorias, estabelecendo metas .
./Fazer inspeções de rotina e dar conhecimento a todo o pessoal.
• Promover o 5S
./Promover as pessoas e locais onde o 5S está melhor.
./ Promover visitas de outros Setores/Departamentos àqueles que apre-
sentam melhor desenvolvimento no programa.
178 MANUTENÇ.Ã.0 - FUNÇÃO ESTRATÉGICA
Exemplos de Aplicação do 5S
EU CUIDO
DA MINHA
MÁQUINA
~--º--~
M-375
7.3.1. Histórico
O TPM teve início no Japão, através da empresa Nippon Denso KK, inte-
grante do grupo Toyota, que recebeu em 1971 o Prêmio PM, concedido a em-
presas que se destacaram na condu~o desse programa. No Brasil, foi apre-
40
9
sentado pela primeira vez em 1986.
Considera-se que o TPM deriva da Manutenção Preventiva, concebida ori-
ginalmente nos Estados Unidos, e a evolução do processo até a sua caracteriza-
ção, como conhecido atualmente, foi a seguinte:
• Manutenção Preventiva - 1950
Inicialmente adotada dentro do conceito de que intervenções adequa-
das evitariam falhas e apresentariam melhor desempenho e maior vida
útil nas máquinas e equipamentos.
• Manutenção com Introdução de Melhorias- 1957
Criação de facilidades nas máquinas e equipamentos objetivando facili-
tar as intervenções da Manutenção Preventiva e aumentar confiabilida-
de.
• Prevenção de Mànutenção- 1960
Significa incorporar ao projeto das máquinas e equipamentos a não-
necessidade da manutenção. Aqui está a quebra de paradigma; a premis-
sa básica para os projetistas é totalmente diferente das exigências vigen-
tes.
Um exemplo extremamente simples, mas de conhecimento geral, é a
adoção de articulações com lubrificação permanente na indústria auto-
mobilística. Até 1970 os carros e caminhões tinham vários pinos de lu-
brificação nos quais devia ser injetada graxa nova a intervalos regulares.
A mudança não é facilitar a colocação do pino ou melhorar a sistemática
de lubrificação e sim eliminar a necessidade de intervenção.
• TPM-1970
Vários fatores econômico-sociais imprimem ao mercado ex1gencias
cada vez mais rigorosas, o que obriga as empresas a serem cada vez mais
competitivas para sobreviver. Com isso, as empresas foram obrigadas a:
./eliminar desperdícios;
./obter o melhor desempenho dos equipamentos;
PRÁTICAS BÁSICAS DA MANUTENÇÃO MODERNA 181
Os operadores passam a executar tarefas mais simples, que antes eram exe-
cutadas pelo pessoal de manutenção, como: lubrificação, limpeza, ajustes de
gaxetas, medição de vibração e temperatura, troca de lâmpadas, sintonia em
controladores, limpeza e troca de filtros, substituição de instrumentos, dentre
outros, permanecendo a equipe de manutenção com as tarefas de maior com-
plexidade.
Comparando com as funções da área médica no Brasil, o operador seria
para o equipamento um enfermeiro, que presta os primeiros socorros, e é capaz
de tomar providências para evitar problemas maiores ao paciente. O homem
de Manutenção seria o médico, capaz de fazer intervenções de vulto para res-
taurar a saúde do paciente.
• Regeneração do Envelhecimento
../ Recuperar o equipamento por problemas de envelhecimento e evitar
quebras futuras .
../Eliminar as causas de envelhecimento dos equipamentos .
../ Restaurar os equipamentos, periodicamente, retornando-os às condi-
ções originais .
../ Ter o domínio das anomalias que provocam a degradação dos componen-
tes internos através dos 5 sentidos das pessoas e das técnicas e instrumentos
que fornecem a condição das máquinas (vibração, temperatura. ..).
3. MANUTENÇÃO PLANEJADA
Significa ter realmente o planejamento e o controle da manutenção, o que
implica treinamento em técnicas de planejamento (Software), utilização de
186 MANUTENÇÃO - FUNÇÃO ESTRATÉGICA
4. EDUCAÇÃO E TREINAMENTO
Ampliação da capacitação técnica, gerencial, comportamental do pessoal
de manutenção e operação.
5. CONTROLE INICIAL
Estabelecimento de um sistema de gerenciamento da fase inicial para no-
vos projetos/equipamentos. Eliminar falhas no nascedouro, implantar siste-
mas de monitoração.
6. MANUTENÇÃO DA QUALIDADE
Estabelecimento de um programa de zero defeito.
7. TPM OFFICE
Estabelecimento de um programa de TPM nas áreas administrativas, visan-
do o aumento de sua eficiência.
8. SEGURANÇA ou SHE
Estabelecimento de um sistema de saúde, segurança e meio ambiente.
7.3.7. Comentários
Enquanto pela definição básica de TPM o conceito de manutenção se am-
plia pela participação de todos na manutenção do sistema produtivo da empre-
sa, o que ocorre em nível do chão de fábrica é o seguinte:
Atualmente verifica-se uma tendência de contratação de pessoal oriundo
da manutenção para exercer funções de operação, à medida que o nível de atu-
ação, pelo conhecimento e habilidades já desenvolvidas, oferece um novo pata-
mar de ganho sob vários aspectos.
Os números constantes dos Documentos Nacionais, editados pela Abra-
man, indicaram uma tendência de aumento de participação da operação nos
serviços de manutenção. No entanto quando se analisa essa participação de
modo mais detalhado, verifica-se que essa prática não está totalmente consoli-
dada, pois ora aumenta, ora diminui. Ver Figura 7.4.
PRÁTICAS BÁSICAS DA MANUTENÇÃO MODERNA 187
PARTICIPAÇÃO DA OPERAÇÃO
NOS SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO
100%
80%
l/l l/l
<( <(
l/l o 60%
w~ D Esporadicamente
o:::~
e..:::>
:E l/l 40% D Em Paradas de Manutenção
wz •Trabalhos Rotineiros
~o
oo
20% D Pequenos Reparos
0%
1993 1995 1997 1999 2001
ANO
../ Iniciativa.
../ Espírito de Colaboração .
../ Opinião Própria.
A iniciativa será cada va. mais importante, pois as estruturas organizacio-
nais estarão cada vez menores. Haverá menos supervisão e os trabalhadores se-
rão cada vez mais autônomos, tendo que decidir sozinhos.
O espírito de colaboração sempre foi importante ao longo dos tempos.
Entretanto, continuará sendo fundamental nas pessoas, pois ele permite que as
coisas aconteçam. .
As melhorias são obtidas quando se alia iniciativa com espírito de colabo-
ração.
A opinião própria será fator de sobrevivência para o trabalhador, pois:
• Nem todas as estruturas que circundam o trabalhador têm a agilidade
suficiente para perceber as mudanças que estão ocorrendo no mundo e
enxergar o que está por acontecer.
• É importante ressaltar que conceitos modernos de parceria e de filosofia
"ganha X ganha" já estão sendo adotados por alguns·sindicatos, o que fa-
vorece a competitividade empresarial, ao mesmo tempo que contribui
para que o trabalhador se desenvolva e permaneça apto para o mercado
atual. É a preservação da empregabilidade e da competitividade pessoal.
Pelo lado da empresa, é patente que uma das condições básicas para sua so-
brevivência no século XXI está ligada à capacidade de desenvolver uma força
de trabalho extremamente flexível. E o momento para a preparação dessa força
de trabalho deve estar acontecendo a partir de agora. ·
No nosso cotidiano, temos uma série de exemplos de polivalência que es-
tão sendo introduzidos pelas empresas, e tão logo são implantados se revelam
extremamente lógicos e óbvios.
Um exemplo clássico que vem sendo adotado pelas companhias de energia
elétrica e telefonia: antigamente eram necessárias duas pessoas para realizar um
serviço em um determinado local: o motorista do veículo e o eletricista oure-
parador. Atualmente o eletricista ou reparador dirige o veículo, desde que essa
é uma tarefa bastante simples que ocorre somente quando ele não está exercen-
do sua função principal.
A primeira indagação dos resistentes às mudanças é sobre o possível desem-
prego do motorista, quando a preocupação deveria ser "Como devemos per-
PRÁTICAS BÁSICAS DA MANUTENÇÃO MODERNA 191
gados ..
Uma rápida análise no mercado indica que alguns cargos ou funções ten-
dem a desaparecer rapidamente, em função de racionalização ou automação:
Ajudante, Lbcador, Encanador, Tubista e Lubrificador são alguns deles.
No desenvolvimento da multiespecialização são incorporados a um cargo
tanto serviços mais nobres como menos nobrC$. Exemplificando: Suponhamos
a função de mecânico de manutenção. A tendência é que o mecânico adquira
conhecimentos na área de instrumentação para executar tarefas simples como
retirar e colocar instrumentos, "probes,, e sensores de vibração e temperatura;
na área de eletricidade para desconectar e conectar cabos em motores elétricos
e na área de inspeção para realizar testes com líquido penetrante. Essas são tare-
fas consideradas mais nobres. No entanto, à função de mecânico deverão ser
incorporadas tarefas como lavar peças, lubrificar os equipamentos, limpar o lo-
cal de trabalho na oficina e na área, fazer o aquecimento de peças com maçari-
co, usar solda elétrica para pontear peças, instalar raquetes e flanges cegos, fazer
enchimento com solda MIG, desconectar e conectar todas as tubulações que
estão ligadas aos equipamentos, dentre outras. Em determinados locais, essas
tarefas são consideradas menos nobres pelos mecânicos.
Enquanto as atividades ou tarefas mais nobres são recebidas e assimiladas
com relativa facilidade e boa vontade, as tarefas menos nobres costumam ser re-
chaçadas pelo fato de, na cultura em que vivemos, significar "perda de statul'.
Entretanto, por mais rápidas que sejam as mudanças e por mais radicais
que sejam as transformações, cabe à empresa oferecer aos seus empregados as
chances e os recursos necessários para sua adaptação à nova realidade. A força
de trabalho deve ser a força da empresa.
60
s
:; 50
43
"'e
8 40
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~ 30
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8.1. INTRODUÇÃO
N unca, nestes últimos anos, se fa lou tanto em T erceirização, na verdade
uma forma nova para uma prática bastante antiga nas relações empresariais,
que é a contratação de serviços de terceiros.
A questão é delicada e envolve aspectos legais, d e qualidade, de segurança e
d e custos.
D e repente, o Brasil com eçou a falar em terceirização e, como acontece na
m aioria das vezes, transfo rmou-se em um modismo e um remédio a ser aplica-
ENVOLVE:
- ASPECTOS LEGAIS
- QUALIDADE
-SEGURANÇA
-CUSTOS
EMPREITEIRIZAÇÃO TERCEIRIZAÇÃO
Não-parceria Parceria
Desconfiança Confiança
Levar vantagem em tudo Política do ganha/ganha
Ganhos de curto prazo Ganhos estratégicos
Pluralidade de fornecedores Fornecedor único
O preço decide Enfoque nos resultados·
empresariais
Antagonismo Cooperação
Contratada como adversária Contratada como parceira
Descompromisso gerencial da Autonomia gerencial da contratada
contratada
Contrata mão-de-obra Contrata soluções
SERVIÇOS ~ 30°/o
~
·NÃO
8.5.1. Contratação por Mão-de-Obra
Esta é a forma mais antiga de contratação e, estrategicamente, mais incor-
reta, embora ainda muito praticada por boa parte das empresas brasileiras. O
que está por trás desta forma de contratar nada mais é do que a transferência de
obrigações trabalhistas, através de empresas intermediárias, com a finalidade
de mascarar a relação de emprego com a mão-de-obra.
Existe uma estreita relação de trabalho entre as gerências e os supervisores
da Contratante com a mão-de-obra da Contratada; em muitos casos, o próprio
fiscal da Contratante supervisiona os serviços da Contratada, o que, apesar de
ser uma maneira de conseguir melhores resultados de qualidade, sob o ponto
de vista legal é totalmente indesejável.
202 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATI!.GICA
Esta forma de contratar aparece sob os mais variados disfarces, todos eles
de alto risco e, com certeza, com forte probabilidade de criar passivos trabalhis-
tas que mais cedo ou mais tarde poderão ser cobrados da empresa que contra-
tou os serviços; salvo para os casos previstos em lei para o trabalho temporário e
de serviços de vigilância (Leis 6.019 e 7.102):
• Contratação de mão-de-obra temporária, por mais de 3 meses, sem a
autorização da DRT - Delegacia Regional do Trabalho.
• Utilização de empresa que fornece mão-de-obra de aluguel, para fun-
ções estranhas para a qual foi consticuída.
• Contratação de empresas que fornecem mão-de-obra para qualquer
função, sem capacitação técnica para administrá-la; é o conhecido con-
trato " guarda-chuva ,, .
• Contratação de empresa de ex-empregado para prestar serviço exclusivo
ao ex-empregador.
Os principais efeitos desta forma de contratar são:
• Mão-de-obra de menor qualificação.
• Mão-de-obra mais barata.
• Produtividade baixa, já que este ônus é exclusivo do Contratante, não
tendo a Contratada interesse em aumentar esta produtividade, por ra-
zões. óbvias: menor produtividade significa maior utilização de recursos
humanos, de equipamentos e materiais, que resultam em maior fatura-
mento e lucro da Contratada; o que é mais grave: NÃO HÁ QUALQUER
COMPROMISSO COM OS RESULTADOS.
• Maior índice de acidentes.
• Baixa qualidade dos serviços; para se obter um nível mínimo de qualida-
de torna-se necessária uma forte atuação da Contratante.
• Atendimento de menor qualidade; existem pessoas das Contratantes
que preferem este tipo de contrato, muito mais por uma comodidade
pessoal do que por uma gestão estratégica que busca resultados empresa-
riais.
• Menor comprometimento dos empregados por falta de identidade com
qualquer das duas empresas (Contratante e Contratada); no linguajar da
manutenção diz-se que "o empregado não veste a camisa de nenhuma
empresa".
• Tendência do descumprimento das obrigações trabalhistas como fonte
de renda.
TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS NA MANUTENÇÃO 203
Disponibilidade Aumenta
Demanda de Serviços Diminui
Faturamento/Custo Diminuem
Lucro Aumenta
QUALIDADE 1r BOM
DISPONIBILIDADE 1t
•
BOM
CUSTO MANUTENÇÃO BOM
LUCRO CONTRATADA 11
••
BOM
FATURAMENTO BOM
ATENDIMENTO
••
BOM
MORAL BOM
SEGURANÇA BOM
PROCEDIMENTO PETROBRAS/REFINARIAS
PARA CERTIFICAÇÃO DE PESSOAL CONTRATADO
SERVIÇOS DE ROTINA
MECÂNICO
CALDEIREIRO ELETRICISTA
PRAZO
(%) INSTRUMENTISTA
(%)
Até
25 40
Dez/2001
Até
40 60
Dez/2001
Até
60 80
Dez/2002
Até
100 100
Dez/2004
Órgão certificador: PNQC/ABRAMAN em parceria com o SENAI
PROCEDIMENTO PETROBRAS/REFINARIAS
PARA CERTIFICAÇÃO DE PESSOAL CONTRATADO
SERVIÇOS DE PARADA
MECÂNICO
CALDEIREIRO INSTRUMENTISTA
PRAZO ELETRICISTA
(%) (%)
{%)
Dez/2001 5 20 20
Dez/2002 15 40 50
Dez/2003 25 60 50
órgão certificador: PNQC/ABRAMAN em parceria com o SENAI
PROCEDIMENTO PETROBRAS/REFINARIAS
PARA CERTIFICAÇÃO DE PESSOAL CONTRATADO
SERVIÇOS DE PARADA +ROTINA
ENTIDADE
ESPECIALIDADE %
CERTIFICADORA
INSPETOR DE END 100 ABENDE
INSPETOR DE SOLDA 100 FBTS
Contratada que deve atender o
SOLDADOR 100 Código ASME IX e Norma
Petrobras N-133
Tabela. 1.
210 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
O que está implícito nesta afirmação é que o contrato nada mais é do que
uma relação vivencial de confiança; não há contrato perfeito quando as partes
não são confiáveis. Portanto, pode-se dizer que embora o risco seja inerente na
atividade empresarial é possível reduzi-lo a níveis aceitáveis com práticas jurí-
dicas adequadas. Isto não exclui a necessidade de se descrever, claramente, as
responsabilidades e regras de convivência para as situações previsíveis.
• Registro de empregados.
• Forma de pagamento dos salários.
• Pagamento da carga horária trabalhada.
• Adicional noturno, de insalubridade e de periculosidade.
• Pagamento do repouso remunerado, feriados, salários família e maternidade.
• Atendimento a convenções coletivas.
• Contrato de prorrogação de jornada de trabalho.
• Contribuições previdenciária e sindical.
• FGTS.
• Imposto de Renda retido na fonte.
9.1. INTRODUÇÃO
Foi visto no Capítulo 3 que a manutenção preditiva é a primeira grande
quebra de paradigma nos tipos de manutenção (ver item 3.4 e Gráfico 3.4).
Também foi visto que sua prática no Brasil ainda é pequena, chegando a ape-
nas 18% dos recursos aplicados (Figura 3.5).
O Gráfico 3.6 mostra que, mesmo no Primeiro Mundo, a manutenção
preditiva ainda está longe do que seria o modelo ideal.
É estratégica, do ponto de vista empresarial, a implantação ou mesmo o in-
cremento dessa prática.
Este capítulo aborda as técnicas preditivas conhecidas até o momento e o
seu campo de aplicação, com um enfoque eminentemente informativo.
Como já visto anteriormente, a manutenção preditiva é aquela que indica
a necessidade de intervenção com base no estado do equipamento. A avaliação
do estado do equipamento se dá através da medição, acompanhamento ou mo-
nitoração de parâmetros.
Esse acompanhamento pode ser feito de três formas:
• Acompanhamento ou monitoração subjetiva.
• Acompanhamento ou monitoração objetiva.
• Monitoração contínua.
220 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
\
222 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
I
TÉCNICAS PREDITIVAS 223
00
Üscnsor
Indi cador
(leitura)
Figura 9.2 - Esquema Tlpico de Sistema de Monitoração.
9.5.1. Vibração
9.5.1.1. Conceitos Básicos
O acompanhamento e a análise de vibração tornaram-se um dos mais im-
portantes métodos de predição cm vários tipos de indústria. A maior ênfase de
acompanhamento da vibração está concentrada nos equipamentos rotativos,
para os quais tanto a metodologia de análise quanto os instrumentos e apare-
lhos, além de softwares de apoio e sistemas especialistas, se encontram num es-
tágio bastante avançado.
Vibração está presente em qualquer sistema à medida que este responde a
uma excitação. Isso é válido para um eixo de compressor centrífugo, a asa de
um avião em vôo, as molas de um vagão de trem, ou ainda uma estrutura sujei-
ta à ação do vento.
Os parâmetros de vibração relacionados com máquinas rotativas são usual-
mente expressos em termos de deslocamento, velocidade e aceleração.
Todas as três representam "o quanto" o equipamento está vibrando. A fre-
qüência é a outra variável de importância na análise de vibração, que ajuda a
identificar a origem da vibração, ou seja, "o que" está causando a vibração. Fi-
nalmente, a fase indica "onde o ponto pesado se encontra em relação ao sensor
de vibração".
Essas variáveis são representadas pelas fórmulas a seguir:
Deslocamento X = A sen rot
V docidade v = Aro cos dx!dt
OH=
2
Aceleração a= -Aro sen rot = dvldt
Onde:
A = amplitude do vetor de zero a pico em mm.
ro =velocidade angular em rad/seg.
t = tempo em segundos.
TÉCNICAS PREDITIVAS 229
l v=2rtfA 1 e
Essas relações serão úteis para compreender melhor qual variável deve ser
acompanhada.
9.5.1.2. Sensores
Três tipos de sensores são comumente utilizados para medição de vibração
em máquinas rotativas:
,_
dl
Proximotor
Vantagens
Tamanho red uzido
Não sofre efeitos de óleo e gases
Suporra temperaturas de a té 120ºC
Baixo custo
Multiaplicação (vibração, deslocamento axial, fase, rotação)
Faixa de resposta de freqüê ncia ampla - O a 5 kHz
Desva nragens
Suscetível a variações na superfície do eixo - arranhões, mossas, recuperação
com materiais de condutividade diferente
Requer fonte externa para gerar sinal
Não pode ser submerso em água
Tí:CN ICAS PREDITIVAS 23 1
PICK-UP DE VELOCIDADE
Carcaça
Molas
Vantagens
Sinal forre
Ge ra seu próprio sinal (vo ltagem)
Pode ser montado cm qua lquer direção
Razoável precisão até 300.000 rpm
Desvn ntaK_en.s
Gra nde e pesad o
Preço elevado
Limitação de uti lização abaixo de 10 cps
ACELERÔMETROS
Mola Carcaça
Massa
Cristais
piezoelétri cos
·............ ·..
Figura 9.6 - Acelerômetro.
TÉCNICAS PREDITIVAS 233
Outro aspecto é a faixa de freqüência de interesse, pois é sobre ela que serão
feitas as medições. Ou seja, as medições de vibração serão feitas dentro de uma
faixa de freqüência de modo que se possa analisar as contribuições de cada va-
lor típico de freqüência para a vibração final. Isso nada mais é do que definir o
"espectro" de vibrações que é a "assinatura" de valores de velocidade ou deslo-
camento para as diversas freqüências, num dado momento.
Os valores de freqüência, para os diversos tipos de sensores, estão mostra-
dos a seguir:
Esses fatores são apenas alguns poucos e básicos nas considerações sobre a
medição de vibração em equipamentos e estruturas. Para cada sensor e sistema
a utilizar, uma série de detalhes deve ser observada de modo que as medições
tenham a confiabilidade necessária. O leitor deve consultar livros específicos
sobre o assunto, catálogos de fabricantes e normas pertinentes, particularmen-
te as do API e da ISO.
01-l<-I
V-207
COMPRESSOR
Vertical
Horizontal
Axial
- - - - - - Base magnética
Superficie
capaz de medi r amp li tude de des locamento e velocidade em várias fa ixas, ajus-
táveis por meio de um seletor.
Na década de 70 os programas de medição de vibração baseavam-se no vi-
brômetro. O encarregado das medições trazia o instrumento d ependurado no
pescoço de modo a usar as mãos para fazer as anotações de cada ponto med ido .
O desenvolvime nto dos co lernres t rouxe uma nova dinâm ica no aco mpanha-
menro da planta, como será visto adiante.
Desde que alg uns v ibrô metros só fo rnecem a v ibração row l (overal~, o
dese n volv ime n to dos a n alisadores contemplo u, inicialme n te, a capacidade
de selecio nar d e termi n ada freqüência para medição . Desse m odo, se o rotai
da v ibração de um mancai, na direção horizontal, aprese nrasse o va lor de
75 µm, com o analisador poderia ser feita uma med ição ana lisando o va lor da
vib ração para várias freqüências, po r exemp lo: 1.800, 3 .600, 7 .200 cpm, etc.
Assim, é possível encon tra r a origem da vibração, "o que está causa ndo a vi-
b ração" .
Outro rec urso de que são dotados os a na lisadores são os fi ltros. Fil tros
têm a propriedade d e limitar um sinal de vibração, permitindo a passagem de
uma fa ixa determinada de freqüência ou m esmo uma única freqüência, para
facili tar a análise. Isso é m a is ou menos a m esma co isa que sintonizar uma
242 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
emissora de rádio, numa cidade que tem várias, cada qual com sua freqüência
particular.
Os sistemas de monitoração de máquinas rotativas por sensor sem contato
no eixo também fornecem valor global de vibração. A forma adotada para se
proceder à análise de vibração é enviar o sinal do sistema probe-proximitor
para o analisador.
rn a m
~B~
~B~
III EHIJ
[;] EI
OSCILOSCÓPIOS (Oscilloscopes)
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COLETORES DE DADOS
Os coleto res de dados são a m ais nova geração de instrumentos para medi-
ção e a nálise de vibração. Atualmente ex istem vá ri os tipos de coleto res, m as to-
dos fazem interface co m co mpu tad o r, via cabo o u via m odem, permi tind o a
utilização de softwares ava nçados de análise e diagnóstico. Tais p rog ram as,
conhecidos por progra mas experts, auxiliam o espcci:1lista na fo rm ulação d o
d iagnóstico. O di agnóstico é 3 pa rte 111:1is im po rta n te, pois é a palavra fi nal so-
bre o que está ocorrendo e a decisão sobre a intervenção o u não .
.1
Figura 9. 18 - Coletor \!ibrotip (Cortesia Pru.fteclmik AC).
TÉCNICAS PREDITIVAS 245
COLETORES ANALISADORES
As funções de vigi lância, já conhecidas nos sistemas mais antigos, estão den-
tro das orientações do API 670, e se destinam a proteger pessoal e equipamento.
Isso é feito através do reconhecimento e imediata resposta às variações que pos-
sam levar a uma situação indesejada, via ala rme e trip (parada do equipamento).
Os siste mas mais modernos, contudo, podem incorporar variáveis de processo.
Tais sistemas oferecem a opção de util ização de monitoração permanente
(contínuo on-/ine/interm itente) e ojfline (in termitente). Evidentemente o uso
da monitoração ojfline feito via coletor de dados contempla o acompanha-
mento preditivo de um grande número máquinas de menor criticidade da
planta. A d iferença é que este acompanhamento, via coletor de dados, está in-
tegrado ao sistema maior e é processado da mesma maneira que os dados da
monitoração on-line.
Outra extraord inária vantagem dos sistemas atuais de monitoração e soft-
wares correspondentes é a compatibilidade com sistemas existentes. A Bruel &
7
Kjae/ informa que o seu sistema Compass não requer redes ou PCs especiais.
O Compass usa padrões tais como UNIX, X-Windows e Ethernet (TCP/IP),
podendo ser co nectado d iretamente aos m icros e redes já existentes, distribuin -
do os dados usando PCs existentes com o terminais.
248 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
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Por causa dos altos custos envolvidos, os sistemas de monitoração eram re-
servados para máquinas críticas ou de grande importância para o processo, se-
gurança e/ou meio ambiente. A filosofia e a arquitetura dos sistemas de moni-
toração tornavam o custo final muito alto, o que desestimulava a monitoração
de máquinas de uso geral, isto é, bombas, motores e turbinas, por exemplo.
Em função das necessidades do mercado, que mostravam ser preciso fazer
uma monitoração mais ampla, os fabricantes começaram a fabricar sistemas
mais simplificados e mais adequados à monitoração desses tipos de máquinas.
Esses sistemas são conhecidos como sistemas de monitoração de máquinas me-
nos críticas ou máquinas de uso geral.
As mudanças que permitiram reduzir o custo, significativamente, foram:
• Redução nos custos de transdutores.
• Utilização de um único cabo para várias máquinas, que permite leituras
periódicas ao invés de contínuas. No caso de máquinas críticas cada
transdutor requer um cabo dedicado para que a monitoração seja, de
fato, contínua. Essa modificação permite que o cabo transporte sinal de
até 255 transdutores.
• Simplificação na arquitetura do sistema, o que permite a utilização de
materiais mais baratos para construção e interligação dos diversos pon-
tos de medição, cartão e computador.
N
VI
o
l.Jnha
IEEE 802 3 Telefõnoca
fnterlace (Ethernet TCP/lPJ MoMor Central
sena! de Video Solnvare de
EJ --
Caixas de Lig~o Monitoração
Acelerõmetro
com Pré·Ampl1ficadores Barreiras da Máquina
Máquina I
.@ir _ __ __, Monitor do V1braç.ão
H ardware
Sensor de
-..:=.LL::......, Proxur•dade Reles
7
Outros
Transdutores >
z
5
r::
z
.()
soco >•
(S1slemaco dtg:tais de controle o
S1na1s d1slnbu1dos) 1
Cond1aonados
(ex. parâmetro do processo,
s1nacs dcgclo1s, ele.)
S1s1emas existentes ez
ex.· SOCO ou morntoração .()
preditiva
>•
X· T erminal o
"~-= . .... -+
Keyphasor® Acelerõmetro Velomitor® Proximidade Temperatura
RS 232
C;able
Impressora
Computador Computador
com Software para acesso
específico remoto
(online)
ConectorT
Cabo I
i
'---------
Tran5dutores
li ~ .. ~.TIM Qí
d -A '• CAIXA 00 "TIM" /
,J~MÁQUINA
FIAÇÃO EM ELETROCUTO RIGIOO
Local Remoto
Figura 9.26 - Microflllalisaclor do Sistema sem Fio da csr (Cortesia csr- Vitek).
254 MANUTENÇÃO - FUNÇÃO ESTRATÉGICA
9.5.2. Temperatura
A temperatura é um dos parâmetros de mais fácil compreensão e o acom-
panhamento da sua variação permite constatar alteração na condição de equi-
pamentos, componentes e do próprio processo.
Alguns exemplos clássicos onde o acompanhamento de temperamra é pri-
mordial estão listados abaixo:
TERMÔMETRO DE CONTATO
sares adequados para medição em tubulação, para superfícies planas, para me-
dição de gases e de líquidos.
Faixa de Temperatura
·: ºC 1 A B C D E
ºC ºC ºC
O: 65,6 o 1
....60: o : 260
~·. ;~54;4 • :·O 65,6 110 154 199 254
~: 49 ;o
60 104 149 193 249
:::46. o,
54,4 99 143 188 241
' 43!~' :o
.40.,6. · P.: . 49 93 138 182 232
.:31,s. o.· 46 88 132 177 224
43.3 82 127 171 216
40.6 77 121 166 210
Faz-se uma marca com o giz sobre a superfície cuja temperatura se deseja
verificar. O tempo gasto para ocorrer uma cor clara é observado. Se a alteração
de cor ocorrer entre 1 e 2 segundos, a superfície está à mesma temperatura da
definida para o giz. Se a alteração ocorrer mais rápido do que isso, a temperatu-
ra estará maior, ao passo que se a alteração demorar a ocorrer a superfície estará
a uma temperatura menor.
TINTA TERMO-SENSfvEL
As medições que são realizadas por sensores que não estão em contato físi-
31
co com os objetos são definidas como radiometria, e se enquadram nas técni-
cas de sensoreamento remoco. "A radiometria pode ser utilizada nas faixas es-
pectrais ultravioleta, visível, infravermelho ou microondas e abrange grande
'
numero de tecmcas,
' . dentre as quais. a T ermografi1a. " 31
Tt.CNICAS PREDITIVAS 257
PIRÔMETRO DE RADIAÇÃO
PIRÔMETRO ÓTICO
SISTEMAS INFRAVERMELHO
RADIÔMETROS
286mm
25mm 19mm 0 '0m Lâmpada de
c om ci 1.15m alarme
Indicador de laser 8
28S.9 .
Indicador de bateria
1mm111:
- (-1195
D1sploy do gráfico
do barras
Emissividade
• Free
0,76' ,,.
C> 3' 10° Q 32,8º
TERMOVISORES E TERMOGRAFIA
9.5.4. Estroboscópio
O estroboscópio é um instrumento que consiste numa lâmpada ligada a
um circuito que proporciona a emissão de sinal de luz a freqüências ajustáveis.
Desse modo, a lâmpada acenderá e apagará continuamente numa freqüência
ajustável através de um dia! de controle. Isso permite que, ao ser apontada, por
exemplo, para uma polia que gira na mesma velocidade rotacional que a lâm-
pada pisca, dará a impressão de que a polia está parada.
Essa particularidade propicia as seguintes aplicações:
• Verificação da rotação do equipamento.
• Balanceamento dinâmico de equipamentos rotativos, no campo.
• Inspeção de peças, como pinos emborrachados de acoplamentos.
• Fotografias a alta velocidade.
• Leitura de fitas indicadoras de temperatura em máquinas alternativas ou
rotativas.
262 :-.!ANUTENÇÃO - FUNÇAO ESTRATl~GICA
lado interno
chapa
Figura 9.35.
264 r-.tANUTE:--:ÇÃO- FUNÇ/iO ESTRATtGICA
ULTRA-SOM
LÍQUIDO PENETRANTE
1. Limpeza da superfície.
2. Aplicação do líquido penetrante (vermelho).
3. Aplicação do líquido de limpeza.
4. Limpeza da superfície para retirar excesso do líquido penetrante.
5. Aplicação do líquido revelador (branco).
6. Defeito revelado.
Na figura seguinte, estão mostradas algumas revelações típicas com líquido
penetrante:
Linha continua
indica uma trinca
I r
'
.•
..,
}
.t
Linha pontilhada
indica trinca
estreita
.(
Pontos indicam
poros
Figura 9.39.
PARTÍCULAS MAGNÉTICAS
O método de detecção de trincas por partículas magnéticas está baseado na
revelação de campo magnético em torno de trincas superficiais ou defeitos pró-
ximos à superfície do material magnético no qual o fluxo está sendo induzido.
Partículas magnéticas são espalhadas sobre a superfície a ser testada e aplicado
um campo magnético. Quando isso ocorre, as partículas tendem a se concen-
trar em torno das áreas das descontinuidades. O método é considerado bastan-
te sensível, sendo capaz de detectar trincas muito pequenas.
trinca
CORRENTE PARASITA
INSPEÇÃO RADIOGRÁFICA
Tanto a inspeção por Raios X como por Raio Gama é bastante utilizada
para detecção de defeitos em materiais. O uso de Raios X tem sido limitado a
12 polegadas de penetração em aço a 2.000kV enquanto o Raio Gama tem uso
até acima de 16 polegadas.
TÉCNICAS PREDITJVAS 269 .
EMISSÃO ACÚSTCCA
ANÁLISE TRADICIONAL
FERRO GRAFIA
Essa técnica foi desenvolvida nos Estados Unidos para a aviação militar es-
tando hoje bastante difundida no mundo inteiro.
A Ferrografia é um processo utilizado para avaliar as condições de desgaste
das máquinas, tomando por base a análise de partículas presentes no óleo lu-
brificante.
A Ferrografia, que pode ser feita em óleos ou graxas, identifica, classifica e
quantifica as partículas presentes no lubrificante, oriundas de desgaste, conta-
272 l\IANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
ser, num sistema ótico que permite leituras de grande precisão e a microelctrô-
n ica que dispensa cálculos pela incorporação de um "co mputado r". Enquan to
os relógios comparado res proporcionam precisão da ordem de 0 ,0 1mm os ali-
nhadores a laser dão uma precisão de 0,001 mm.
O princípio de fu ncionamento é, resum idamente, o segu inte:
Um raio laser é emitido por um cabeço te tran smissor/recepto r (TO) posi-
cionad o na m áq uina fixa; esse raio é di rigido sobre o out ro cabeçote transmis-
sor/ receptor, fi xado na máquina móvel (que vai ser mexida), e novamente en-
viad o ao primeiro cabeçote pelo segundo .
on ,B 11...
u e
IJ -
fJll{S
ANÁLISE DE WEIBULL
1.INTRODUÇÃO
Em 1951, foi publicado no Jornal da Mecânica Aplicada um artigo intitu-
lado "Uma Função Estatística de Larga Aplicação" de autoria do engenheiro
sueco Hjalmar Waloddi Weibull, referente ao estudo sobre resistência dos
aços; estudo de tração em correntes construídas com esses aços com fórmulas
, . ,, por e1e desenvo1v1ºd as. 14
"sem1-empmcas
.
A função desenvolvida por Weibull mostrou-se bastante adequada à análi-
se de falha em equipamentos e, desde então, foi eleita como uma das ferramen-
tas para análise de confiabilidade.
Sinteticamente, a Análise de Weibull é um método estatístico que correla-
ciona dados específicos de falha com uma distribuição particular, podendo in-
dicar se a falha é um evento prematuro (mortalidade infantil), randômico (alea-
tório) ou ocasionada por desgaste (final de vida econômica).
Para se trabalhar com a Análise de Weibull, uma condição é fundamental:
ter um bom histórico de Manutenção. Estando a análise apoiada em dados,
não tê-los ou ter dados não confiáveis inviabiliza, completamente, sua utiliza-
ção.
2. A FUNÇÃO DE WEIBULL
Para que entendamos a Análise de Weibull, vamos analisar primeiramente
a função de Weibull.
284 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
F(x)
Probabilidade
de falha sob
uma carga x
1,0
carga x
Figura AJ. J.
ra que:
./ F(x) fosse sempre crescente com x;
./ F(x) fosse nula no entorno de alguma carga inicial x0 ;
ANÁLISE DE WEIBULL 285
11 - carga característica;
p - fator de forma.
Fazendo a substituição na expressão de F(x), esta se torna:
F(x) = 1- e-<x-xo1tl>''
Fator de Forma P
Uma das particularidades mais interessantes decorre do fato de que alte-
rando o fator de forma p, a função densidade de probabilidade de Weibull
toma uma variedade de formas, como mostrado na FiguraAl.2, a seguir. Veri-
fica-se que, dependendo do valor de p, a distribuição de Weibull pode ser igual
•
ou se aproximar de vanas outras d'istn'b mçoes: 59
I • o -
~o
tr
.... r
f f (t) =iull-1 exp(-tll)
t
1 o
1.0
P(t)
li
0.5 P(t) =exp(-t)
1.0 2-lt
p < 1,0
A função da taxa de falha é decrescente, decrescendo tanto mais rapida-
mente quanto menor o valor de p. Isso caracterizará falhas de início de funcio-
namento ou mortalidade infantil.
p > 1,0
A função da taxa de falha é crescente, crescendo tanto mais rapidamente
quanto maior o valor de p. A distribuição de Weibull equivale à distribuição
normal com valores de p entre 3 e 4 (veja figura). Com p = 3,5 a distribuição
14
será simétrica. Para valores de p entre 2 e 3 teremos a função de Rayleigh.
p > 1,0 indica falhas de final de vida útil, ou obsolescência.
Podemos verificar que a curva da banheira pode ser representada por três
distribuições distintas de Weibull, ou seja:
• A primeira seção, mortalidade infantil ou falhas prematuras, é caracteri-
zada por uma taxa decrescente de falhas (p <1).
20
z(t)
jl-1
z(t) = pt
p =1-0
10
'·
0-5
a.Ponto de estimativa
99.
11 ccsli·
mado)
!t'l
·roo ...
l t-to (horu)
1 1 i 1 i 1 1 .. ;;
• 1
•
1
•
1
1
1 1 1. 1'i
ML Estimates
Shape: 3,90034
Scale: 647,662
e
Q)
e
Q)
o..
100 1000
Data
Figura Al.7- Gráfico de Weibull Plotado no Programa MiniTab 12
(Cortesia MiniTab lnc.}.
294 1'1ANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
2. ISO
A ISO, através dos Standards ISO 2372 e 3945, fornece um gráfico para jul-
gamento da severidade de vibração em máquinas rotativas, bastante utilizado
na Europa tanto para testes de aceitação no fabricante como para avaliação de
máquinas no campo. O critério é adotado para vibração medida na carcaça em
uma localização específica em cada mancai. Observar qué os valores de vibra-
ção são para velocidade em rms.
Julgamento de qualidade para classes separadas de
Faixas de severidade de vibraç.:io radial
máquinas
Vdocidade cm rms
Faixa na faixa de 10-1.000J-lz (limites de
faixa) Classe 1 Classe II Classe Ili Classe IV
mm/s in/s
0,28 0,28 0.011
0,45 0.45 0,018 A
A
0,71 0,71 0,028 A
A
1,12 1,12 0,044
B
1.8 1.8 0,071
B
2.8 2,8 0,11
c B
4.5 4,5 0,18
0,28
c B
7.1 7.1
1 ),2 0.44
c
11.2
18 18 0.71
c
D
28 28 1,1 D
D
45 45 1,8 D
71 71 2.7
CLASSES DE MÁQUINA
Classe I - Máquinas pequenas até 20 HP.
Classe II - Máquinas médias de 20 a l 00 HP.
Classe III - Máquinas grandes 10-200 rev/seg, 400HP e maiores montadas em
suportes rígidos.
Classe IV - Máquinas grandes 10-200 rev/seg, 400 HP e maiores montadas
em suportes flexíveis
VIBRAÇÃO - PADRÕES 297
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no Brasil no final da década de 60. Os valores mostrados são para leituras filtra-
das tomadas na carcaça.
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Guia Operacional para Vibração .__Pertgõ1 do flllha 1Gnrte lmlnGnlo
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proxim _ _ _ _ J_ _ _ .._ _
1
manca
o ICCO
Rotaçio (rpm)
ENGENHARIA DE MANUTENÇÂO:
SELOS MECÂNICOS EM BOMBAS
CENTRÍFUGAS DE PROCESSO
RESUMO
Dentro do Programa da Qualidade da Refinaria Gabriel Passos - REGAP,
durante a fase de levantamento de problemas relacionada à indisponibilidade
de equipamentos rotativos, verificamos que selos mecânicos representavam o
item "A" em falha de bombas centrífugas.
Concomitantemente, buscamos dados em outras refinarias da Petrobras e
no exterior, através dos fabricantes de selos e de uma pesquisa bibliográfica.
Isso nos permitiu, entre outras coisas:
• descobrir onde nos situamos no contexto mundial;
• confirmar que tanto aqui como no exterior, o grande problema de
confiabilidade de bombas, são selos mecânicos;
• entender um pouco mais do assunto e ver quais as tendências nessa área;
• empreender um programa de aumento de confiabilidade, moderni-
zando os selos, padronizando os tipos e tamanhos;
Esce li vro simeciza crês anos de rraba lho, cm busca de padron izaç5.o,
aum en w de co nflab iliel ade e das inovações cecno lógicas na á rea, bem co mo
m odi ficação na rel ação fo bricam cs-consum ido r.
Por razões óbvias, subsriruímos os nomes ele fobrica n res pelas lcrras X, Y,
Z, KeW.
1. SITUAÇÃO ATUAL
Acravés das fe rrame nras da q ualidade e uri liza ndo o banco de dados do
Seror de Mecânica da REG1\P, dercrminamos que bombas ccnrrífugas eram os
equipamcn ros q ue provocavam maior indisponibilidade para a operação.
Bo m bas ccn rrífugas rcpresem am o m aio r perccmu:ll de cquipam cn ros roraci-
vos nesse ripo de p lanra. Na aná lise dessas fa lhas, cons racamos serem os selos
mecânicos o irem de maior causa de falhas .
A Figura A3. 1 mosrra o gráfico de Parero q ue deu o ri gem ao nosso
crabalho de selos mecâ nicos, cujos dados se referem ao período de janeiro de
1988 a junh o de 1992.
Dcnrro ela análise global, fora m pesquisados:
• Disrribuição d e fa lhas por unidade operacional e comparação de falhas
de selos com as falhas res r:lnres (F igu ra A3 .2) .
Perío do : Ja n. 88 a Jun. 92
180 100
160 90
140 80
120 70
.."'
'O
:;< 100
60
e: 50 %
80
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o: "
...J "r:
<>:
Causa da Falha
Figum A3. 1.
ENGENI IARIA DE MANUTENÇÃO: SELOS MECÂNICOS E~t BOlvtBAS ... 30 1
D BOMBAS O SELOS
80
71 69
65 65 -
70
60
- - 51 49 49 51
-
54
- - 46
50 ,...__ - -
-
-;F. 40
30 -
35
-
35
29
-
'>L 31
,___
'
20 1
10
o
SEDIL 1 SEDIL li SECRA 1 SECRA li SEHID SETUT SETRAE
Figura A3.2.
10
11 ntJ r- e r [ h : n~ rG r'l l 1
..... ~
.....
- - - -- - .--
..... -- - - ->-- -
-
- ,__
-- - .....
Figura A3 .3 .
302 l\lANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRAT ÉGICA
X
(96)
y
(209 )
K
(221 )
Total 543
Figura A3.4.
Todos os fabricantes receberam esse gr:íft co, de modo que isso fosse um
agence motivado r da mel ho ri a (Figura A3.5).
1,2
o 1,1 PERIODO: JAN. 93 a AGO. 95
•til
°'
ro
:J
e.
o
o..
1/)
ro 0,8 0,74
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li
<t 0,4
J:
...J 0,25
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u.
Q) 0,2
"O
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~ o
X y z K w
Fabricante
DOuantidade Tipos
D Relaçã o Qte/Tipo s
225 OQuantidade Instalada
200
175
150
125
100
75
50
25
o
y K X z w
Março 93
Figura A3.6
200
180
160
G) 140
o.112:31~~~Jst~~~~lJ:2:::::j~~éSI~~
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ITENS
Março 93
Figura A3.7.
./ 1tens em estoque .
./Custo do estoque por fabricante de selo. (situação atual).
A tabela abaixo dá uma noção do custo total por fabricante. Esse levanta-
mento inclui: sedes estacionária e rotativa, molas, disco, trava elástica, fole,
anéis de vedação em viton ou kalrez, cunha,parafusos e luvas de eixo.
Foi considerada a existência de três peças para cada diâmetro (tamanho) de selo.
O levantamento abrange todos os selos da refinaria.
Preços em US$ referidos a 31.03.93.
Turner77
Sum.&Smith 81
RPBC 92
RPBC 91
REGAP 94
REGAP 93
REGAP 92
Ralph 76
Malloch 73ns
Hallam 87/92
Geitner
Flit.&Nau 76b)
Flit. & Nau 76a)
Bloch&Geitn.86
Bloch 85
3. SITUAÇÃO DESEJADA
Todo esse trabalho nos permitiu, sabendo onde estamos e o que remos,
definir para onde queremos ir.
Os objetivos maiores que buscamos alcançar são os seguintes:
• Menor agressão ao meio ambiente (emissões mais baixas).
• Aumento da disponibilidade das bombas centrífugas (TMEF > 3 anos).
• Redução do custo de manutenção.
308 MANUTENÇÃO - FUNÇÃO ESTRJ\Tt.G ICA
O Quantidade Tipos
D Rela çã o Qte/Tipos
225 OQuantidade Instalada
200
175
150
125
100
75
50
25
0 4'<"---":==-..,..,..--=:==--."--====-__.,...--====--."'~====--r
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Figum A3.9 .
Esra flgu r:i. se relacion:i. com a Fi gur:i. J\3.6, que mostra :i. situação :interior.
• Redução dos tamanh os de selos insr:i.bdos.
C o nfo rm e mencionado n:i pági na 303, a existência de urn :i. gr:i.nde mulri-
plicid:i.cle no ram:i.nh o de selo nos fez defin ir uma pad ronização para a rclina-
ria, com ml'.ilriplos ele 1/4" ou 5 mm. Desse modo, planejamos uma red ução de
50% nos r:i. m:i.nhos ele selos exisrentes :i.rualmeme.
• Red ução dos irens em esroque (Figur:i J\3 .11 ).
A Figur:i A3 . l l que apresenta a sirmçfo clesej:icla para o número ele irens
em esroq uc, se relacio na com o gráfico ela Figura A3 .7 . Isso rep resenta uma
primeira estimativa do que pode ser reduzido com a pad roni zação. Em reramo
essa redução poderá ser ai nd:i. maior, caso seja mod ificada a polírica de esroque,
armazenando-se subconjuntos, o u selos co mpleros, ao invés de componenres
ENGENI IAIUA DE MANUT ENÇÃO: SELOS MECÂN ICOS EM BO.\IBAS ... 309
130
120 11 5
110
100
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Figura A3.JO.
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ITENS
Figura A3. I J.
310 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
isolados. A redução ainda pode ser mais drástica se o(s) fabricante(s) se com-
prometer(em) a executar recuperações de cartuchos completos em tempo
reduzido.
• Custo de estoque desejado por fabricante de selo.
A tabela abaixo indica o valor de estoque que se relaciona com o gráfico da
Figura A3. l l, e com a tabela da página 305. Convém frisar que, conforme dito
anteriormente, essa redução se refere à primeira estimativa.
Situação desejada.
Dados base 31.03.93.
Valores em US$.
4. PLANO DE AÇÃO
Baseados nas tendências mundiais, corroboradas pelo API 682 (American
Petroleum Institute - Norma para Selos Mecânicos 1ª edição, outubro de
1994) e aliadas à experiência da Regap e Petrobras no assunto, definimos um
elenco de selos, como os mais recomendáveis para nossas aplicações. Para tal,
foi elaborada uma "Carta para Aplicação de Selos Mecânicos", para a REGAP,
que contém os selos típicos dos diversos fabricantes para as várias faixas de tem-
peratura e pressão.
Os selos recomendados incorporam as tecnologias mais modernas.
Essa carta tem dois objetivos fundamentais:
a) Orientar a manutenção como deve ser a padronização nos equipamen-
tos já instalados nas plantas.
b) Definir para a área de engenharia (projeto) de novas instalações os selos
que devem ser adquiridos.
Essa sistemática é de fundamental importância. Se o projeto continuar
comprando sem uma diretriz básica, a manutenção receberá selos diversos que
prejudicarão a padronização em andamento, e certamente influirão negativa-
mente na confiabilidade dos equipamentos das plantas, estoques etc.
Todas as bombas da refinaria foram analisadas dentro desse trabalho.
Entretanto o planejamento prevê uma 1ª etapa, onde estão contempladas
ações em 30% de bombas, privilegiando nesse número, aquelas que apresen-
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO: SELOS MECÂNICOS EM BOMBAS ... 311
5. CONCLUSÕES
Esse tipo de trabalho carrega em seu bojo outros efeitos de capital
importância na manutenção moderna:
a) Treinamento de pessoal.
b) Motivação do grupo, na busca da confiabilidade, manutenibilidade e
disponibilidade.
e) Envolvimento de várias áreas na empresa.
d) Modificação da relação cliente-fornecedor (Pctrobras-Fabricances de
selos).
e) Modernização da planta.
f) Mudança de paradigma na relação suprimenco/manutenção/fabricances.
Trabalhos desse tipo envolvem muita pesquisa, análise, estudos e compara-
ções, necessitando de período de tempo longo para seu desenvolvimento e
conclusão. No nosso caso, as principais fases do trabalho foram:
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO: SELOS MECÂNICOS EM BOMBAS ... 313
BIBLIOGRAFIA
(1) NASCIF XAVIER, Júlio de Aquino e DE CAUX, José Eduardo - Trabalho
sobre Selos Mecinicos-dezembro 1994- Perrobras-Regap-Diman-Semec.
(2) DE CAUX, José Eduardo e SILVA,Tulio Neymcr Gomes- Curso de Selos
Mecânicos Padronização 1ªetapa- Petrobras - Regap- Diman - Se-
mec - agosto, 1995.
(3) NAU, B. S. - Rorary Mechanical Seals in Proccss Duties - an assessment
of the stare of the art - Proc. lnst. Mech. Engineers Volume 199 AI
Cop. 1985.
(4) FLITNEY, R. K. - Reliability of Seals in Centrifugai Proccss Pumps -
Process Engineering July 1987-11 eh lnternational Confcrence on
Fluid Sealing, Apr. 87.
(5) BATTILANA, Raymond E. - Better Seals Will Boost Pump Performance,
Chemical Engineering, July 1989.
(6) D. SUMMERS-SMITH, Performance ofMechanical Seals in Centrifuga!
Process Pumps - 9ch lntcrnational Confercnce on Fluid Sealing,
April 1-3, 1981.
314 MANUTENÇÃO- FUNÇÃO ESTRATÉGICA
6. RESULTADOS DO TRABALHO
A aplicação do que foi planejado neste trabalho teve início em 1996
beneficiando 136 bombas consideradas mais problemáticas na planta, e já foi
concluída.
Os resultados desse trabalho, analisando somente o aspecto de disponibili-
dade, ajudaram a melhorar o TMEF de bombas centrífugas, que apresentou a a
evolução demonstrada na figura da página seguinte.
Quando mencionamos que as providências relacionadas à melhoria nos se-
los mecânicos ajudaram na melhoria do TMEF significa que outras medidas,
tomadas em paralelo, contribuíram para o aumento do TMEF, dentre as quais:
Agosto de 2001
ENGENHARIA DE MANUTENÇÃO: SELOS MECÂNICOS EM BOMBAS ... 315
:r..e.n N2 P0-1318 B
lifii PETROBRAS Padrão Tttnico 1 PROCEDIMENTO OPERACIONAL FI.: l /2
Elaborado por: Tarcísio Data: Aprovação: Palavras Chave:
0419S Transmissor
REGAP/DIMAN Revisado por: Tarclsio Data:
SEll.ET 09196
TITULO: M:anutençlo. aferição e calibração de transmbsores/ Ref.:TP- Produto:
controladores de nível Masoneilan modelo 12812
QUEM EXECUTA: Instrumentistas 1QUANDO: Preventiva e corretiva
ATIVIDADE
OBSERVAÇÃO: A Aferição e/ou Calibração do instrumento de que trata este PO poderá ser feita.
eventualmente, no campo com água ou produto.
1o '•··~· -r;
3- Manutenção.
4- Calibração inicial do transmissor.
~i
Tr•l.. ,.11110 I
5· Alinhamento inicial do controlador. O Auc!llorfa IA«
6- Instalação do instrumento (PO-IJOS). [J C1tvdo / RftflJIJ
7- Calibração final. (J f~-10 pate Clllroa ~
8- Acompanhamento do desempenho. f êj} Culrot
9- Etiquetar o instrumento com selo de controle do pcriodo da aferição. 1 OH. :llR AP09 O USO
1O- Salvaguarda: lacrar os ajustes de Zero, Span e Densidades com esmalte.
11- Preencher a Ficha Registro de Manutenção (P0-1304).
RESULTADOS ESPERADOS
DISPOSICOES
~
...
.._.
Ente> P8'I 011111 C111at
..
-- -- -
320 MANUTENÇÃO - FUNÇÃO ESTRATÉGICA
-
UliiPETROBRAS
REGAP I DJMAN
PadrloT~I MANUAL DE TREINAMENTO
nTULO: Maauteatlo, arai~o e callbraçlo de
Nil.MT-1318 D
FJ.: 213
Produto:
SEll.ET transmissora/controladora de afvel Masoaeilan
moddo12812
ATIV COMO FAZER
04 Calibraçlo do transmissor com água (inicial)
1• Ajustar o link das densidada parll a posição equivalente à diferença dos densidadoa doa produtos
(mtcrfacc) ou valor absoluto da densidade (nfvel simples).
1.1- Coso a diferença entre densidlldea seja menor que o,s, ajustar o link para o,s.
2- Encher a c!mara do instrumcnlo, com água, at6 a marca do 00/o e ajustar saída para JPSI no ajuste
de Zero do transmissor. Travar o parafuso de ajuste.
3- Encher a c!mara até a marca de 100"/o e ajustar salda para l SPSI no ajuste de faixa do transmissor.
Apertar o parafuso de trava do ajuste.
4- Repetir os passos 2 e 3 at~ que a prcciJi!o seja melhor ou igual a %3% FE
~~do
2- Ajustar o link das densidades do controlador para a mC$ma densidade utili
transmissor.
3- Fixar o rúvel em SO%.
A'4llolt8
~
~
!Iludo / R..W,, '(;
4- Ajustar a bnnda proporcional para IOO'A.
S- Ajustar o RESET para 6 (posição aberta).
~=:"ame e.;..
6- Regular saída para 9PSI no dial do SET POINT.
DES: 1111 Al'OS O USO
7- Mante-la fixa por 30 segundos e, em seguida fechar o RESET.
8-Ajuatar o indicador do SET POINT para S00..4 e ajustar aaida para. 9PSI no parafuso de
Alinhamento. Travar o parafuso de ajuste.
9- Variar o nJvcl de ()li;(, a 100% e verificar se a saída varia proporcionalmente e de ocordo com a ação
de controle adotada.
06 lostalaçlo (PO-DOS)
07 Calibração n11a1
1- Com o produto na temperatura e densidade de operação. variar o nível de 06/á a 100% (ascendente e
descendente) ou na faixa admissível pelo processo (real, não simulado) e verificar o sinal de salda.
2· Ajustar. se neces.s!rio.
3- Rtoctir o oasso 1 anotando os valores lidas na Ficha.
08 Acompauhameato de deHmpenho
09 Etiquetar o instNmcnto com selo de controlo do período da afcriçlo, afixand~ em Joca1 vislvel.
~ N2 MT-1318B
1i1i1 PETROBRAS Padrlo Tknico 1 MANUAL DE TREINAMENTO Fl.:3 /3
REGAP/DIMAN/ 1 TlTULO: Manuteaçlo. aferiçio e calibraçio de Produto:
SE.Il..ET tranamiuora/controladora de nfvel
Masoneilan modelo 12812
FOLHA INDICATIVA DE REVISÃO
Data Oescricão Rev Revisor
07. I l.9S Incluir Palavra Chave. Folha de Revisão e ascendente e descendente. A Gastão
10.09.96 Retirado a palavra ..ciucrosenes" e incluldo salvaauarda. B Tarclsio
~~ NºPO.
~ PETROBRAS Padrão
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 5108C
Técnico
FI.: 1/4
ATMDADES
A caneta de medição de vibração SKF - CMVP50 é uma ferramenta capaz
de medir a severidade de vibrações (Nível Global) e também medir vibrações
em altas freqüências, o que nos permite acompanhar a curva de tendência e
problemas em equipamentos.
1 - DESCRIÇÃO FUNCIONAL
Quando são realizadas medições, o sinal de entrada do sensor da caneta de
vibração é processado para produzir duas medições diferentes para cada ponto
de medição da máquina: valor global de vibração e envelope de aceleração. Na
tela de cristal líquido da caneta de vibração são mostrados simultaneamente os
dois valores medidos (Nível Global e Envelope de Aceleração):
• Vibração Global:
A caneta de vibração nos fornece o valor global da velocidade de vibração
(mm/s RMS) na faixa de freqüência entre 10 e 1.000 Hz.
• Envelope de Aceleração:
O envelope de aceleração serve para medir sinais de vibração respectivos de
alta freqüência, causados tipicamente por problemas em rolamentos e
engrenamentos. E nos fornece um sinal de vibração em aceleração (g), na faixa
de freqüência de 10 Khz a 30 Khz.
324 i\IANUTENÇ},Q - FUNÇÃO ESTRATÉGICA
r ho:-.1f1,\ ;
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RESULTADOS ESPERADOS
DISPOSIÇÃO
1.-~ NºPO.
Padrão
~ PETROBRAS Técnico
PROCEDIMENTO OPERACIONAL 540SC
FI.: 1/4
Elaborado por: ULYSSES Data: Aprovação: Palavras-
DA SILVA FONTES 27/02/97 Fábio S. Outra Chave
Revisado por: JOSÉ Data: Manutenção
REGAP/Ml/ED Data Aprov. Lubrificação
EDUARDO DE CAUX 09/07/01
ATMDADES
1 - INFORMAÇÕES SOBRE LUBRIFICAÇÃO A ÓLEO
O uso correto do óleo de boa qualidade é um pré-requisito para se obter
longa vida útil de funcionamento regular dos mancais dos equipamentos
rotativos. O óleo não deve conter substâncias estranhas (CONTAMINAÇÃO)
como ácidos, resinas, água, partículas metálicas etc.
O óleo lubrificante está em contato com partes metálicas dos equipamen-
tos, estando sujeito a ficar impregnado de partículas desprendidas de elemen-
tos móveis, etc. Quando isto ocorre, os elementos da máquina em movimento
sofrem desgaste excessivo, deixando alojadas ou em suspensão as partículas, o
que torna a lubrificação precária.
O operador deve fazer uma inspeção visual dos lubrificantes e detectar
irregularidades. Uma inspeção periódica diária fazendo uma análise prática e
consistente nos lubrificantes dos equipamentos é de grande valia, pois ao se detectar
algum defeito mecânico no início evita-se que a máquina entre em colapso.
PROCEDIMENTOS 327
DISPOSIÇÃO
• Quando notarmos contaminação no óleo lubrificante por limalha ou
por água emulsionada, recomenda-se fazer uma troca da carga por óleo
novo e fazer uma inspeção diária mais apurada.
Se persistir a contaminação deve ser feita a verificação da causa e o repa-
ro do equipamento para sanar o problema. Para esta avaliação, entrar
em contato com o supervisor/fiscal do ED ou entre em contato com o
ED/preditiva/lubrificação, ramal 4181.
Confirmado o diagnóstico de problema no equipamento, emitir ST no
SIGMA para reparo do mesmo.
ASPECTOS MOTIVACIONAIS
1.INTRODUÇÃO
Da mesma forma que se faz um plano de manutenção preditiva ou um
planejamento de paradas, é necessário também planejar e executar ações
visando a motivação do pessoal da Manutenção, já que, como se repete há
anos, o homem é a peça-chave para o sucesso de qualquer atividade.
A seguir listamos algumas das ações que podem ser implementadas,
lembrando que cada um deve utilizar sua criatividade para fazer seu plano.
2. COMUNICAÇÃO
2.1. Criação de lista de distribuição no correio eletrônico da empresa,
composta de toda a lotação da Manutenção. Divulgação de elogios,
perdas operacionais, acidentes ou incidentes, indicadores (reforçar os
positivos) e outros fatos considerados relevantes.
2.2. Presença obrigatória, no mínimo semanal, do Gerente de Manuten-
ção nas oficinas de manutenção, armazéns e área industrial, trocando
informações com executantes, supervisores, técnicos, engenheiros e
Gerentes Setoriais.
3. VALORIZAÇÃO
3.1. Abrir espaço na reunião semanal da Manutenção para que cada Setor,
obrigatoriamente, "tenha a sua vez de falar,,, fornecendo notícias
específicas de seu Setor.
3.2. Induzir cada Gerente Setorial a contar sua história de profissional e
aspectos pessoais, em reunião específica. Nessa mesma reunião
explicitar as regras de convivência e os objetivos da área de Manuten-
ção.
3.3. Aumentar a citação favorável, em público, dos profissionais que
realizaram esce ou aquele crabalho relevante.
3.4. Realizar inspeção sistemácica nos Setores, com calendário fixo,
convidando sempre 1 Gerente de outro Setor e 2 funcionários de nível
médio de outros Secares. Os objetivos dessa inspeção são:
• Conhecer a rotina do Setor, valorizar e integrar todos os envolvidos.
• Promover a melhoria contínua, através de olhos críticos de outras
pessoas não acostumadas com a rotina do Secar.
3.5. Sempre que pertinence, manter um programa de treinamento em
cursos e seminários para os Gerentes, bem como mandá-los como
representantes de suas áreas de atuação, e também, para os
engenheiros e pessoal de nível médio. Todos os parcicipances de
cursos excernos podem e devem dar um "feedback" do curso para a
pessoa que o indicou. Para eventos maiores como, por exemplo, o
Seminário Anual de Manutenção, o participante deve preparar uma
palestra específica para todo o efecivo da área.
3.6. Pontualidade nos compromissos com subordinados, no mesmo nível
com seus pares e superiores hierárquicos.
3.7. Valorizar o cempo dos Gerentes de Setores da Manutenção, através
de objetividade no tracamenco dos assuntos, minimizando o número de
reuniões e mantendo-os informados da agenda do Gerente de Manu-
tenção.
ASPECTOS MOTIVACIONAIS 331
4. RELACIONAMENTO
4.1. Realizar eventos para celebrar com a equipe o sucesso obtido em empre-
endimentos importantes para a Unidade de Negócios, tais como para-
das programadas para manutenção de Unidades de Processo.
4.2. Pelo menos uma vez por mês, almoçar no canteiro junto com uma das
empresas contratadas da Manutenção, em conjunto com o fiscal do
contrato.
4.3. Participar, com periodicidade mínima trimestral, de reunião interna
dos Setores.
ÍNDICE REMISSIVO
A Aspectos legais, 21 O
Atividades do planejamento,
Abrasão, 223 de uma parada de manutenção, 86
Ação, Atuação,
corretiva, 118 de planejamento, 92
Aceleração, 228 Aumento de confiabilidade, 96
Acelerômetro, 232 Aumento de produti,,idade, 160
Acústica, Avaliação de sistemas mecanizados, 80
emissão, 269
Administração,
da carteira de serviços, 77 B
de estoques, 78
Alinhamento, 272 Balanceamento, 222
com cabeçote laser, 273 Be11ch111arks, 12, 305
de máquinas rotativas, 272 Be11ch111arki11g, 12
Analisadores, Best practices, 14
coletores, 245 Boas Práticas, 111
de tempo real, 243 Bombas centrífugas de processo, 299
de vibração, 241
Análise
das causa raízes da falha, 118 e
de falhas ocorridas, 120
de óleo, 271 Cabeçote laser, alinhamento com, 273
de vibração, 228, 231, 234, 238 Calibração de rclés, 225
de Weibull, 283 Caneta de medição de vibração, 240
gráfico para, 292 Capacidade,
din:imica, 245 prova de, 213
do modo e efeito de falha, 113 Capacitância,
especrográfica, 222 capacitação, 108
tradicional de óleo, 271 medição de, 224
Aplicação, Característica,
de recursos de manutenção, vida, 286
Brasil 50 Carcaça,
Aplicativos, 79 vibração na, 238
Apropriação, 74 Carteira de serviços, 77
As sete questões básicas da RCM, 128 Célula de carga, 223
334 i\IANlJTENÇAO: FUNÇAO ESTRATÉGICA
Mecânica, Normais,
equipamentos rotativos, 222 práticas de manutenção, 52
i\fediçào, Número de prioridade do risco, 115
de capacitância, 224 Números da polivalência no Brasil, 191
de corrente, 224
de espessura, 263
de resistência, 224 o
de temperatura, 254, 256
de tensão, 224 Objetiva, monitoração, 221
de vibração, 228, 231, 234, 238 Objetivos do TMP, 181
Medidor ele pulsos, 270 Ocultas,
Microanalisador, 253 falhas, 44
:tvlicrodetalhamento, 73 Óleo, análise de, 271
Missão, Operação,
da manutenção, 22 qualidade da, 23
.!'dista, Operacional, falha, 129
estrutura, 66 Orçamentação do serviço, 73
Modelo, práticas Organizacional,
de manutenção, 52 estrutura, 65
Modo potencial de falha, 11 7 Osciloscópio, 242
i\fodos de falha, 114, 141 Ótico, pirômetro, 257
Monitoração, 236, 237, 249, 251
sistemas de, 246, 249
Monitoração, p
contínua, 221
objetiva, 221 Padrões,
subjetiva, 220 de desempenho, 128
Mortalidade infantil, 100 vibrações, 295
:MTBF, 102 Padronização, 306
MTTR, 102 Papel da manutenção,
Mudanças, no sistema de qualidade, 144
de cultura, 144 Paradas,
de paradigmas, 11, 26 de manutenção, 84
de processo, 147-148 Paradigma,
l\foltiespecialização, 188 do passado, 17
moderno, 16
Paradigmas,
N mudança de, 11, 210
Parasita,
Não-planejada, corrente, 268
manutenção corretiva, 26, 37 Pare to,
Nh•elamento de recursos, 87 gráfico de, 300
Norma ISO 9000, 165 Partículas magnéticas, 267
ÍNDICE REMISSIVO 339
R orçamentação dos, 73
planejamento dos, 72
Radiográfica, programação dos, 74
inspeção, 268 Sistema,
Radiômctros, 256, 257 de controle, 68
RCFA, 118 de monitoração, 246, 249, 251
RCi\'I, 127 Sistemas,
Recursos, informatizados, 78
humanos, infravermelho, 257
gerenciamento dos, 78 Situação,
nivelamento de, 87 anterior, 217
Registro, atual, 217
da vibração, 239 Sobrevivência,
dos recursos, 76 probabilidade de, 288
dos serviços, 76 Softwt1re, 87, 89
Relação empresa-sindicato, 159 Solicitações de serviço, 71
Relés, Subjetiva,
calibração de, 224 monitoração, 220
Resistência, Subordinação, 62
medição de, 224
Resultados,
T
contrato por, 204
Rotativas,
Tarefas-padrão, 134
máquinas, 227
Taxa,
alinhamento de, 272-273
de falha, 99
Rotativos,
reparos, 103
equipamentos, 299
Técnicas preditivas, 219
Ruído,
Tecnológicos,
verificação do, 223
problemas, 24
Temperatura, 254
s barramentos, 254
carcaça, 254
Segurança, contatos, 254
a questão da 214 de mancais, 254
Selos mecânicos, 299 giz indicador, 255
Sensores, 229 por radiação, 257
Serviço, Tempo real,
contratação por, 203 analisadores de, 243
detalhamento do, 72 Tensão, 224
Serviços, Terceirização, 194
demanda de, 24 aspectos legais, 21 O
facilitação de, 73 conceito, 194
ÍNDICE REMISSIVO 341
da manutenção, 31 V
desvantagens da, 199
dificuldades para a, 197 Vácuo,
modalidades básicas, 195 teste de, 223
tendências da, 200 Vantagens da terccirização, 198
vantagens da, 198 Vazamentos,
Terceirizar, detecção de, 261-262
condições básicas para, 199 Velocidade, 228
Termografia, 257 angular, 228
câmera para, 259 de pick-up, 229, 231
Termômetro de contato, 254 Vibração, 223
Termovisores, 259 analisadores de, 241
Teste, análise de, 222, 223, 224
de pressão, 223 caneta de medição, 240
de vácuo, 223 como medir, 234
hidrostático, 223
deslocamento de, 228
Times,
gráfico geral de severidade de, 297
de manutenção, 68
gráfico de severidade de,
multifuncionais, 63
no eixo, 298
Tinta termo-sensível, 256
medição de, 235, 238
Tipos de manutenção, 26
na carcaça, 238
corretiva não-planejada, 26, 35, 37
no eixo, 235
corretiva planejada, 26, 35, 36
- padrões, 295
derectiv~26,35,44
Vibrômetro, 239
engenharia de, 26, 35, 46
preventiva, 26, 35, 39 Vida característica, 286
T.MEF, 102, 103 Vida útil, 100
TivlPR, 102, 104 Visão,
TPM, 180 sistêmica da qualidade, 145
os oito pilares, 184 Viscosidade, 222
Trabalho, Visual,
cm equipe, 28 inspeção de, 260
Tradicional, análise, 271
Trincas, w
detecção de, 223
Weibull,
u análise de, 283
fator de forma, 286
Ultra-som, 265 função de, 285
Uma parada, 86 gr:ifico para análise de, 292
Útil, Wired, 252
vida, 40 Wireless, 251, 253
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Seis Sigma
A utor: Mario Pe rez-Wil son
Págs. 288 / Formato: 16 x 23 c m.
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Dados Técnicos
Formato: 16 X 23
Mancha: 12 X 19
Corpo: 11,5
Entrelinhamento: 13
Fonte: Adobe Garamond
Total de páginas: 368
JÚLIO DE AQUINO NASCIF XAVIER é
Engenheiro Mecânico, com curso de es-
peci aliza ção em Engenharia de Equipa-
m entos e curso avançado li em Turbo-
máquina s pela Petrobras.
Jt~H~~l, PETROBRAS