Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INIMIGOS OU TRABALHADORES
Japoneses no Primeiro Governo Vargas
Projeto de mestrado
ÍNDICE
RESUMO...................................................................................................................................3
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................4
OBJETIVOS..............................................................................................................................7
JUSTIFICATIVAS...................................................................................................................8
FONTES...................................................................................................................................12
METODOLOGIA...................................................................................................................13
PLANO DE TRABALHO E CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO.....................................16
JUSTIFICATIVA DA LINHA DE PESQUISA...................................................................17
BIBLIOGRAFIA.....................................................................................................................18
3
RESUMO
INTRODUÇÃO
Esta imigração me parece pouco desejável, tanto pelo perigo que oferece de
uma maior mistura de raças inferiores na nossa população, como pela
carência de experiências agrícolas com modernos processos e utensílios que
existe entre a população rural destes países asiáticos, e bem assim, pela
diversidade de educação, costumes e, sobretudo, natureza psicológica e
objetivo social que separa a raça ariana da mongólica. (Carneiro, 1990, p.22)
A discussão sobre essa questão parecia se estender por todo o país, pois no Paraná, o
jornal “Diário da Tarde”, em editorial de 1908, do articulista Celestino Júnior, já
expressava a preocupação com a imigração nipônica para o país (Andrade, 1975, p.37).
A partir da década de 30, toda esta discussão adquiriu contornos mais preocupantes,
ganhando espaço inclusive nas discussões da Assembléia Nacional Constituinte. Vários
constituintes como Félix Pacheco, Miguel Couto, entre outros, passaram a defender a
idéia de que a imigração de japoneses provocava uma invasão amarela no país, e que tal
grupo constituía um “perigo amarelo”, defendendo a proibição da imigração japonesa
para o Brasil. A campanha antinipônica não se restringiu à Assembléia Constituinte.
Vários livros foram publicados condenando a vinda de japoneses para o Brasil, assim
como os jornais passaram a publicar artigos “visando influir nas deliberações da
constituinte” (Carneiro,1990, p.95).
5
propõe a verificar como a entrada de japoneses era observada pelo governo e pela
sociedade paranaense, em face à política nacionalista varguista.
7
OBJETIVOS
JUSTIFICATIVA
Quando se trata sobre o assunto dos japoneses no Paraná, temos uma série de
dificuldades em levantar bibliografia, dada a escassez de trabalhos e pelo fato de que
uma grande parte desses estudos centrarem o foco no movimento migratório e
imigratório em geral, dentro do processo colonizador no norte do estado, ou em
determinadas colônias, que muitas vezes servem como estudo de caso para o processo
de (re) ocupação.
O pesquisador japonês Yoshikazu Yamoshi, ao estudar em sua dissertação de
mestrado a comunidade japonesa de Uraí, também se depara com este problema:
1
O termo (re) ocupação é utilizado com o intuito de afirmar que a região em questão já era ocupada antes
da introdução da colonização dirigida por grandes empresas. Baseado no trabalho de Nelson Tomazi
(1997).
9
Apesar de chamar a atenção para essa campanha de 1908, o autor não discute o que
ocorre no estado após 1930, quando realmente os japoneses passam a entrar em grandes
levas. Assim, considerando essa série de questões que surgiram após a leitura dos
trabalhos referentes aos japoneses no estado do Paraná e no Brasil, justifica-se a
validade deste projeto no sentido de que preencheria as lacunas existentes sobre o
referido assunto, podendo inclusive trazer a tona mais indagações sobre o período do
Governo Vargas no Paraná, e como a sua política nacionalista se faz sentir por
intermédio do governo interventor.
12
FONTES
METODOLOGIA
2
Sobre a distinção entre língua e fala estabelecida por Saussure, ver a síntese de Anderson
(1984, p. 50-51)
16
Ano I Meses
Atividades 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
1. Incorporação de bibliografia de apoio X X X X X X X X X X X X
2. Obtenção de créditos de disciplinas (12) X X X X X X
3. Obtenção de créditos de disciplinas (4) X X X X X X
4. Discussão historiográfica X X X X X X
5. Análises das Fontes X X X X X X
6. Elaboração de paper para evento científico X X X X
7. Produção de artigos para periódicos X X X X
Ano II Meses
Atividades 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
1. Incorporação de bibliografia de apoio X X X X X X X X X X
2. Obtenção de créditos de disciplinas (4) X X X X X X
3. Análise das Fontes X X X X X X X X
4. Elaboração do texto para qualificação X X X X X X
5. Exame de qualificação X
6. Elaboração do texto final da Dissertação X X X X X
7. Elaboração de paper para evento científico X X X X
8. Produção de artigos para periódicos X X X X
9. Defesa da Dissertação X
18
BIBLIOGRAFIA
ANDERSON, Perry. A crise da crise do marxismo. Trad. Denise Bottmann. 2. ed. São
Paulo: Brasiliense, 1984.
ANDRADE, João Corrêa. A Colônia Esperança. O Japonês na Frente Pioneira Norte
Paranaense. Curitiba: Dissertação (Mestrado em História ) UFPr, Departamento de
História, 1975.
BENEVIDES, Cezar Augusto Carneiro.Terra sem Passado. Um estudo do Paraná
contemporâneo. São Paulo: Tese (Doutorado em História) FFLCH/USP, 1991.
BOURDIEU, Pierre. Razões práticas: sobre a teoria da ação. Trad. Miguel S. Pereira.
Oeiras: Celta, 1997.
CANCIAN, Nadir aparecida. Cafeicultura Paranaense –1900/1970. Curitiba:
Grafipar,1981.
CAPELATO, Maria Helena Rolim. Imprensa e História no Brasil. São Paulo:
EDUSP/Contexto, 1988.
CARDOSO, Ciro F. Narrativas, sentido, história. Campinas: Papirus, 1997.
CARONE, Edgar. A República Nova (1930-1937). São Paulo: DIFEL, 1982.
CARNEIRO,Maria Luiza Tucci. O Anti-Semitismo na Era Vargas. Fantasma de uma
geração (1930-1945). São Paulo: Brasiliense,1971.
________. O racismo na História do Brasil. Mito e Realidade. 7. ed. São Paulo: Ática,
1998.
CHARTIER, Roger. A História hoje: dúvidas, desafios, propostas. Estudos Históricos,
Rio de Janeiro, v. 7, n. 13, 1994, p. 97-113.
CODATO, Evandir. Colonização Agrícola. A Colônia Três Barras. Curitiba: UFPr, 1981.
Dissertação (mestrado em História) Departamento de História UFPr.
CORACY, Vivaldo. O Perigo Japonês. Rio de Janeiro: Rodrigues & Cia, 1942.
COSTA, Samuel Guimarães da. História Política da Assembléia Legislativa do Paraná.
Curitiba: Assembléia Legislativa, 1994.
COSTA, Samuel Guimarães da. História Política da Assembléia Legislativa do Paraná.
Curitiba: Assembléia Legislativa, 1994.
FAUSTO, Boris. A Revolução de 1930. Historiografia e História. 2. ed. São Paulo:
Brasiliense, 1972.
GOMES, Ângela de Castro. História e Historiadores. A política cultural do Estado-
Novo. 2. ed. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1999.
GOMES, Ângela Maria de Castro. A Invenção do Trabalhismo. Rio de Janeiro:
Vértice/IUPERJ, 1988.
HANDA, Tomoo. O Imigrante Japonês. História de sua vida no Brasil. São Paulo: T.A
Queiroz, Centro de Estudos Nipo-brasileiro, 1987.
19