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D I V U LG AÇ ÃO C I E N T Í F I C A D E S D E 2 0 0 8
1. CUNHA, Manuela Carneiro da. (Org.). História dos índios no Brasil. São Paulo:
Companhia das Letras, 1992.
Nesta célebre obra de Ronaldo Vainfas, o diálogo com uma perspectiva que
prima pelos intercâmbios culturais se faz evidente. Ao analisar o movimento
religioso da Santidade de Jaguaripe, ocorrida na Bahia da segunda metade do
século XVI, o autor atenta para a clara mistura entre os rituais nativos e os
elementos do catolicismo reconstruídos à luz do colonialismo, denotando,
então, o hibridismo cultural característico da Santidade, que contava com o
apoio de um senhor de engenho local. Indo além, Vainfas chama a atenção
para a notável circularidade referente às crenças de tal movimento, que
contou com a adesão não apenas de índios, mas igualmente de mamelucos,
negros e até de brancos, tendo incidido significativamente sobre a
religiosidade popular do Recôncavo baiano quinhentista. Destacando também
a fluidez das fronteiras culturais nesse contexto, que coincidia com a fluidez
da própria colonização, Vainfas tem ainda o grande mérito de recuperar o
caráter de resistência de tal movimento, uma vez que a Santidade de Jaguaripe
representava a busca por uma identidade indígena que, paulatinamente, via-se
atacada pelo avanço da colonização portuguesa.
Luís Rafael Araújo Corrêa
Professor efetivo do Colégio Pedro II e coordenador de História do
campus Duque de Caxias. Doutor e mestre em História Social pela
Universidade Federal Fluminense (UFF), tem experiência na área de
História, com ênfase em História Moderna, atuando principalmente
nos seguintes temas: Colonização na América Portuguesa, Povos
Indígenas, Aldeamentos Indígenas, Companhia de Jesus,
Processos de Mestiçagem, Diretório dos Índios, Micro-História e
Inquisição portuguesa.
21 COMMENTS
Maria Beatriz Valdivia
17 de abril de 2017 às 10:35
Frederico Oliveira
17 de abril de 2017 às 12:15
Rosemary
17 de abril de 2017 às 17:10
Iara
30 de janeiro de 2021 às 10:16
Jamille
24 de abril de 2021 às 23:08
Muito bem escrito e ótima apresentação. Me interessei por vários desses livros.
Responder
Dantas
8 de abril de 2018 às 12:06
Gostei muito! Ótimo ver que os índios estão na História. Como encontro esses
livros?
Responder
Dayseane Ferraz
30 de junho de 2019 às 20:48
edilson
25 de abril de 2020 às 22:25
algumas dessas obras são teses e dissertações, então procurem que tem no
repositorio das instituições. abrçs
Responder
Adriana biller
29 de janeiro de 2021 às 19:14
Bruno Leal
29 de janeiro de 2021 às 22:28
Valeu, Adriana!
Responder
Julio Bentivoglio
30 de janeiro de 2021 às 12:41
Recomendo uma olhada na coleção que tenho organizado, História dos Povos
Indígenas no Espírito Santo, pela Editora Milfontes, com quatro volumes já
publicados: Krenak, Guarani, Puri, Tupiniquim. Estão a caminhos outros volumes.
Responder
Bruno Leal
30 de janeiro de 2021 às 15:56
Bruno Leal
30 de janeiro de 2021 às 20:40
=)
Responder
Lairton Santos
1 de fevereiro de 2021 às 13:31
Muito bom. Nossa história não começa em 1500, com Pedro Álvares Cabral. Na
medida do possível, é imprescindível prospectar a mina da história, para o
conhecimento profundo da formação dos Estados nacionais.
Responder
José Carlos Machado
2 de fevereiro de 2021 às 20:26
Excelente texto, precisamos a cada dia ter mais informações dos povos indígenas.
Gostaria de Indicasse livros de Aílton Krenak.
Responder
José carlos
22 de abril de 2021 às 14:59
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