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Etapa Ensino Fundamental

Anos Finais
História

As políticas
migratórias e o
abolicionismo no
Brasil Imperial
8º ANO
Aula 2 – 4º Bimestre
Conteúdo Objetivos
● Como era a política ● Entender como era o escravismo
referente ao escravismo no no Brasil do século XIX;
Brasil do século XIX; ● Assimilar como funcionaram as
● Como foram as políticas políticas migratórias durante o
migratórias, bem como o período do Brasil Império (ou
movimento abolicionista, seja, durante o século XIX);
durante o período do ● Compreender como funcionou o
Brasil Império (ou seja, movimento abolicionista (ou
no decorrer do século XIX). seja, no decorrer do século XIX).
Para começar Levante a mão quem
quiser responder!
A partir de seus conhecimentos prévios, levante
a mão se quiser responder ao questionamento
abaixo:
Você sabe como funcionavam as políticas
migratórias no Brasil durante o século XIX?

Foto de uma família de imigrantes italianos, que


chegaram a São Paulo em 1900 (final do século XIX)
Para começar Correção
Você sabe como funcionavam as políticas migratórias no
Brasil durante o século XIX?
RESPOSTA ESPERADA:
Várias políticas foram acontecendo (juntas ou mesmo separadas),
como incentivos à imigração alemã no sul do país – como ocorreu
entre 1820 e 1876 – e, após esse período – entre 1877 e 1903 –
com o incentivo à imigração italiana, sendo que este último processo
realmente se intensificou no decorrer do século XX. É bom que se
diga que todo o processo ligado às imigrações era parte de uma
política de Estado, visando a que, dessa forma, os fazendeiros não
ficassem sem mão-de-obra para as suas plantações.
Foco no conteúdo
Política de imigração no Brasil Imperial
A política de imigração foi se intensificando na
segunda metade do século XIX – no momento em
que algumas leis já prenunciavam o fim da
escravidão (como a Lei do Ventre Livre e a Lei dos
Sexagenários) – fazendo com que se buscassem
novas opções para o trabalho nas lavouras. Além
disso, dizia-se que imigrantes europeus iriam
“branquear” a população brasileira.

Foto (de autor desconhecido), do início do século XX, com imigrantes europeus
em alguma lavoura de café no Brasil (possivelmente na região sudeste, estado
de São Paulo)
Foco no conteúdo
As imigrações europeias ao Brasil
Além da imigração portuguesa (que
ocorreu bastante durante o período
colonial), no Segundo Reinado – de D.
Pedro II – começaram a chegar
imigrantes de outras localidades da
Europa, como os alemães (a partir de
1824) e os italianos (a partir de 1870,
com mais intensidade entre os anos de
1880 e 1930).
Tela de Antonio Rocco, de 1910, retratando imigrantes chegando a algum dos
portos brasileiros (ainda no início do século XX)
Todo
Na prática mundo
escreve!

Com base no que estudamos até o momento, escreva uma resposta


para o questionamento abaixo.
O que se pode entender com a expressão “branquear a
população”, usada a respeito da imigração para o Brasil, a
partir da segunda metade do século XIX?
Na prática Correção
O que se pode entender com a expressão “branquear a
população”, usada a respeito da imigração para o Brasil,
a partir da segunda metade do século XIX?
RESPOSTA ESPERADA:
Dizia-se isso pois, seguindo as teorias raciais (extremamente equivocadas
e sem nenhuma base concreta, é bom que se diga, e que não
conseguiram provar a superioridade racial branca que apregoavam) da
eugenia (que era, àquela época, considerada como uma ciência), seria
mediante a miscigenação (que se seguiria à imigração), que a população
brasileira iria “branquear” (ou seja, deixaria de ter uma predominância
parda ou negra, tornando-se um país de raça pura, sem influência de
raças consideradas inferiores). Ou seja: era uma teoria racista, que queria
eliminar os traços negros e mestiços de toda a população brasileira.
Foco no conteúdo
Tipos de Abolicionismo
O abolicionismo das tribunas: alguns
abolicionistas, como Joaquim Nabuco e José do
Patrocínio, criaram a “Sociedade Brasileira
Contra a Escravidão”, e revistas e jornais
também apoiavam a causa (como a Revista
Ilustrada, de Ângelo Agostini). Há também o
advogado negro Luís Gama, que defendia
pessoas escravizadas (buscando brechas na lei
para, assim, livrar muitos negros do cativeiro).

Foto (autor desconhecido e sem data) do advogado Luís Gama (que conseguia
alforrias com o uso de brechas na lei, para, assim, contestar a Escravidão)
Foco no conteúdo
Tipos de Abolicionismo
O abolicionismo radical: alguns eram mais radicais,
não querendo aguardar decisões legais das tribunas.
Dentre esses, um dos mais radicais era Antônio Bento,
que, com seus “Caifazes”, organizava muitas fugas de
fazendas, em que se utilizavam de uma rede de apoio
para tirar a pessoa escravizada de circulação
(ajudando-a, depois, a seguir para algum quilombo, a
fim de evitar uma possível captura).

Foto (autor desconhecido e sem data) do chefe dos “Caifazes”, Antônio


Bento, um problema para diversos fazendeiros, já que era responsável
por inúmeras fugas de muitos grupos de pessoas escravizadas
Foco no conteúdo
Para saber mais, assista a
esta aula sobre a questão
Imigratória no
Segundo Reinado:

Duração: 5 minutos e 54
segundos

https://www.youtube.com/watch?v=nBBbSBZnwHQ
Aplicando Você já consegue analisar!

Analisando um texto historiográfico


“Enquanto os acontecimentos no Brasil caminhavam na direção da
construção de um Império independente e constitucional, uma contradição
se fez agudamente presente entre os ideólogos do novo Estado e os
membros da elite econômico-social da época. (...) ansiavam por uma
nação livre dos ferros do despotismo, que a oprimiam e, nesse sentido,
viam na escravidão um problema a resolver; os outros, vivendo de e para a
escravidão, aceitavam a proposta de uma monarquia liberal, mas desde
que mantivesse a ordem e evitasse qualquer subversão da hierarquia
social, sobretudo no que dizia respeito aos cativos. (...)”
NEVES, Lúcia Maria Bastos P. “Por detrás dos panos: Atitudes
antiescravistas e a Independência do Brasil” In: SILVA, Maria Beatriz
Nizza da [Org.]. Brasil: Colonização e Escravidão. Rio de Janeiro,
RJ: Editora Nova Fronteira S.A., 2000. Pág. 390.
Aplicando Você já consegue analisar!

Analisando um texto historiográfico


Após ter analisado o texto junto com seu(sua) professor(a), e
lembrando do que aprendemos na aula de hoje, responda:
O que esse texto nos diz sobre como era vista a manutenção
da escravidão africana no Brasil, quando o Brasil se tornou
independente de Portugal? Seria contraditório haver
população escrava em um país livre? Opine.
Aplicando Correção
Analisando um texto historiográfico
RESPOSTA ESPERADA:
A monarquia – como forma de governo do país que se queria
independente – deveria salvaguardar os direitos da elite brasileira (em
enorme parcela, uma elite escravocrata), manter seu livre acesso à
manutenção da escravidão no Brasil (senão não haveria apoio ao
projeto de D. Pedro como imperador do novo país). Tanto foi assim –
durante o Primeiro Reinado de D. Pedro I e o Segundo Reinado de D.
Pedro II – que, praticamente logo depois da Abolição ser assinada pela
princesa Isabel (em mero 1 ano, seis meses e dois dias depois), a
monarquia brasileira foi derrubada, e a República proclamada (com um
golpe militar, altamente apoiado por fazendeiros, descontentes que
estavam com a Abolição da Escravidão).
Foco no conteúdo
E a Lei Áurea é assinada
pela princesa Isabel
Durante uma viagem de D. Pedro II à Europa, a princesa
Isabel, que ficou como regente, começou uma costura
política com deputados para a aprovação da Abolição da
Escravidão no Brasil.
Foto de Joaquim
Depois de toda uma manobra política junto ao parlamento Insley Pacheco,
brasileiro – e de pressão mais pressão inglesa (que queria 1870, com a
a abolição para obter mais lucros, com mais mercado princesa sendo
consumidor) – ela conseguiu que fosse aprovada a sua fotografada no
proposta pela bancada conservadora. E assinou a Lei estúdio do
Áurea, em 13 de maio de 1888 (um domingo). fotógrafo
Foco no conteúdo
Finalizando...
Foto (de autoria de Antônio
Luiz Ferreira), mostrando a
missa de ação de graças
pela Abolição da
Escravidão – pela “Lei
Áurea” de 13 de maio de
1888 – sendo que essa
missa ocorreu no dia 17 de
maio do mesmo ano. Como
pode ser visto, o evento foi
grande e reuniu em torno de
20.000 pessoas.
O que aprendemos hoje?
● Analisamos como era a política escravista no Brasil
do século XIX;
● Assimilamos como funcionaram as políticas
migratórias durante o período do Brasil Império
(no século XIX);
● Compreendemos como funcionou o movimento
abolicionista, durante o século XIX, no período do
Brasil Império.
Tarefa SP
Localizador: 102536

1. Professor, para visualizar a tarefa da aula, acesse com seu login:


tarefas.cmsp.educacao.sp.gov.br
2. Clique em “Atividades” e, em seguida, em “Modelos”.
3. Em “Buscar por”, selecione a opção “Localizador”.
4. Copie o localizador acima e cole no campo de busca.
5. Clique em “Procurar”.

Videotutorial: http://tarefasp.educacao.sp.gov.br/
Referências
SILVA, Maria Beatriz Nizza da [Org.]. Brasil: Colonização e
Escravidão. Rio de Janeiro, RJ: Editora Nova Fronteira S.A., 2000.
LEMOV, D. Aula Nota 10 2.0: 62 técnicas para melhorar a gestão
da sala de aula. Porto Alegre: Penso, 2018.
SÃO PAULO (Estado) Secretaria da Educação. Currículo Paulista:
Etapas Educação Infantil e Ensino Fundamental. São Paulo, 2019.
SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo em Ação.
Coordenadoria Pedagógica – COPED. São Paulo, 2023.
Referências
Lista de Imagens:
Slide 3 –
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/36/Italiani.JPG
Slide 5 –
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/99/Lavoura
_de_caf%C3%A9.jpg/800px-Lavoura_de_caf%C3%A9.jpg

Slide 6 –
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/64/Os_emigrantes.
jpg

Slide 9 –
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/63/Luiz_Gama.jpg
Referências
Lista de Imagens:
Slide 10 –
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/6/63/Ant%C3%B4ni
o-Bento-de-Sousa-e-Castro.jpg
Slide 14 –
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/79/Isabel%2C_Pri
ncesa_do_Brasil%2C_1846-1921.%282%29.jpg

Slide 16 –
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/67/Missa_1
7_maio_1888.jpg/1920px-Missa_17_maio_1888.jpg
Referências
Vídeo utilizado:

Slide 11 –
https://www.youtube.com/watch?v=nBBbSBZnwHQ
Referências
Livro analisado:
Slides 12, 13 e 14 – SILVA, Maria Beatriz Nizza da [Org.]. Brasil:
Colonização e Escravidão. Rio de Janeiro, RJ: Editora Nova
Fronteira S.A., 2000. Pág. 390.
Material
Digital

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