O podcast discute a história do Brasil e sua relação com a escravidão. Historiadores explicam como o tráfico de escravos foi crucial para o desenvolvimento econômico do país, com a elite política apoiando a manutenção da escravidão. As consequências deste período perduram na sociedade brasileira até os dias atuais.
O podcast discute a história do Brasil e sua relação com a escravidão. Historiadores explicam como o tráfico de escravos foi crucial para o desenvolvimento econômico do país, com a elite política apoiando a manutenção da escravidão. As consequências deste período perduram na sociedade brasileira até os dias atuais.
O podcast discute a história do Brasil e sua relação com a escravidão. Historiadores explicam como o tráfico de escravos foi crucial para o desenvolvimento econômico do país, com a elite política apoiando a manutenção da escravidão. As consequências deste período perduram na sociedade brasileira até os dias atuais.
Inicialmente, o autor fala da história do Museu Nacional como a
residência da Família Real, construída por um traficante de escravizados da época.
A partir de tal fato, o autor destaca o simbolismo de atraso e
conservadorismo desde o nascimento do Brasil como Estado Nacional.
Percebamos: a casa dos primeiros governantes do Brasil foi construída
por um traficante escravista como uma “moeda de troca”, a partir da qual a família real concedia favores para a manutenção do tráfico escravo!
Após essa introdução, o entrevistador do podcast chama diversos
historiadores, também professores, para explicarem sobre o atrelamento entre a história do Brasil e, especialmente do Rio de Janeiro, com a escravidão africana.
Eles ressaltam o desumano destaque que o tráfico de escravos teve na
ascensão do Brasil, até então colônia portuguesa.
Nesse sentido, expõem o medo incessante da família real dos
escravizados realizarem uma insurreição/revolução como no Haiti.
Para que isso não acontecesse, a união diplomática entre os traficantes
de escravos e o Estado Nacional, agora independente, acontecia em prol da manutenção da escravidão.
Ao longo do podcast, os entrevistados desenharam o que acontecia no
Brasil: um pacto entre o legislativo, o executivo e os senhores de escravos.
Esse pacto, entretanto, divergia do tratamento mundial para o tema. Por
diversos países americanos e europeus, a escravidão passava a ser vista como um atraso, incompatível com os princípios institucionais adotados pela Revolução Francesa de 1789: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. José Bonifácio, por exemplo, era rechaçado por seus ideais iluministas e abolicionistas.
Apesar disso, o Estado Nacional brasileiro perdurava utilizando a
escravidão como principal fonte econômica para sustentar as regalias da família real. A partir desses fatos, a historiadora Ynaê Lopes dos Santos faz uma brilhante critica social:
o racismo não é um tipo de gás que tá na atmosfera. O
racismo é uma construção humana. E a escravidão também. A escravidão é uma instituição. E ela perdurou porque você tinha um grupo de senhores de escravizados, que era um grupo que também formou a elite política brasileira ou as elites políticas brasileiras nas suas multiplicidades, nas suas discordâncias… elas tinham essa base comum que era o fato d'eles serem proprietários de escravizados.
Continuando o podcast, os historiadores apontaram que, apesar do
movimento de independência no Brasil ser colocada como algo pacífico e uníssono, houve guerra e derramamento de sangue, como a Guerra da Independência na Bahia.
A partir dessa tese, os historiadores atrelaram essas mortes e essas
rebeliões à política de escravidão, apoiada e fomentada pelas instituições estatais recém-independentes.
Ao longo do podcast, o entrevistador coloca trechos do atual governo,
demonstrando a tentativa de distorcer a história brasileira. Destaca-se a que o presidente alegou que os portugueses nem pisavam na África.
As consequências desse contexto histórico perduraram até a abolição da
escravidão em 1888.
As consequências desse contexto histórico perduraram até a
promulgação da República Federativa do Brasil em 1988.
As consequências desse contexto histórico perduram até os dias
atuais: na economia, na justiça, na política, na educação, em todos os lugares!