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Nome: Anderson Luiz de Melo Viana

DRE: 118089700

Atividade 07 – Resenha de ‘’A Grande Aposta”

Inicialmente, o autor fala da história do Museu Nacional como a


residência da Família Real, construída por um traficante de escravizados da
época.

A partir de tal fato, o autor destaca o simbolismo de atraso e


conservadorismo desde o nascimento do Brasil como Estado Nacional.

Percebamos: a casa dos primeiros governantes do Brasil foi construída


por um traficante escravista como uma “moeda de troca”, a partir da qual a
família real concedia favores para a manutenção do tráfico escravo!

Após essa introdução, o entrevistador do podcast chama diversos


historiadores, também professores, para explicarem sobre o atrelamento entre
a história do Brasil e, especialmente do Rio de Janeiro, com a escravidão
africana.

Eles ressaltam o desumano destaque que o tráfico de escravos teve na


ascensão do Brasil, até então colônia portuguesa.

Nesse sentido, expõem o medo incessante da família real dos


escravizados realizarem uma insurreição/revolução como no Haiti.

Para que isso não acontecesse, a união diplomática entre os traficantes


de escravos e o Estado Nacional, agora independente, acontecia em prol da
manutenção da escravidão.

Ao longo do podcast, os entrevistados desenharam o que acontecia no


Brasil: um pacto entre o legislativo, o executivo e os senhores de escravos.

Esse pacto, entretanto, divergia do tratamento mundial para o tema. Por


diversos países americanos e europeus, a escravidão passava a ser vista
como um atraso, incompatível com os princípios institucionais adotados pela
Revolução Francesa de 1789: Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
José Bonifácio, por exemplo, era rechaçado por seus ideais iluministas e
abolicionistas.

Apesar disso, o Estado Nacional brasileiro perdurava utilizando a


escravidão como principal fonte econômica para sustentar as regalias da
família real. A partir desses fatos, a historiadora Ynaê Lopes dos Santos faz
uma brilhante critica social:

o racismo não é um tipo de gás que tá na atmosfera. O


racismo é uma construção humana. E a escravidão também. A
escravidão é uma instituição. E ela perdurou porque você tinha
um grupo de senhores de escravizados, que era um grupo que
também formou a elite política brasileira ou as elites políticas
brasileiras nas suas multiplicidades, nas suas discordâncias… elas
tinham essa base comum que era o fato d'eles serem proprietários
de escravizados.

Continuando o podcast, os historiadores apontaram que, apesar do


movimento de independência no Brasil ser colocada como algo pacífico e
uníssono, houve guerra e derramamento de sangue, como a Guerra da
Independência na Bahia.

A partir dessa tese, os historiadores atrelaram essas mortes e essas


rebeliões à política de escravidão, apoiada e fomentada pelas instituições
estatais recém-independentes.

Ao longo do podcast, o entrevistador coloca trechos do atual governo,


demonstrando a tentativa de distorcer a história brasileira. Destaca-se a que o
presidente alegou que os portugueses nem pisavam na África.

As consequências desse contexto histórico perduraram até a abolição da


escravidão em 1888.

As consequências desse contexto histórico perduraram até a


promulgação da República Federativa do Brasil em 1988.

As consequências desse contexto histórico perduram até os dias


atuais: na economia, na justiça, na política, na educação, em todos os
lugares!

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