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INTERPRETANDO OS
ÚLTIMOS ACONTECIMENTOS:
1Vi descer dos céus um anjo que trazia na sua marca na testa nem nas mãos. Eles
mão a chave do Abismo e uma grande ressuscitaram e reinaram com Cristo
corrente. 2 Ele prendeu o dragão, a antiga durante mil anos. 5 (O restante dos mortos
serpente, que é o Diabo, Satanás, e o não voltou a viver até se completarem os mil
acorrentou por mil anos; 3 lançou-o no anos.) Esta é a primeira ressurreição.
Abismo, fechou-o e pôs um selo sobre ele, 6 Felizes e santos os que participam da

para assim impedi-lo de enganar as nações, primeira ressurreição! A segunda morte não
até que terminassem os mil anos. Depois tem poder sobre eles; serão sacerdotes de
disso, é necessário que ele seja solto por um Deus e de Cristo, e reinarão com ele durante
pouco de tempo. mil anos.
4Vi tronos em que se assentaram aqueles a 7 Quando terminarem os mil anos, Satanás
quem havia sido dada autoridade para julgar. será solto da sua prisão 8 e sairá para
Vi as almas dos que foram decapitados por enganar as nações que estão nos quatro
causa do testemunho de Jesus e da palavra cantos da terra, Gogue e Magogue, a im de
de Deus. Eles não tinham adorado a besta reuni-las para a batalha. Seu número é como
nem a sua imagem, e não tinham recebido a a areia do mar. Apocalipse 20:1-8, NVI

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


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O QUE É O MILÊNIO
UM TEMA QUE NÃO TEM CONSENSO

• 1000 anos: literal ou simbólico?


‣ 1000 anos como um tempo longo (Sl 84:10; 90:4).
• Pré-milenismo: Cristo volta no primeiro estágio da
Segunda Vinda, antes do milênio literal;

• Pós-milenismo: Cristo volta depois de um milênio não


literal;

• Amilenismo: O milênio não é literal, como o tempo


entre a ressurreição e a parúsia.

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


PRÉ-MILENISMO
CARACTERÍSTICAS GERAIS

• Pré-milenismo histórico (clássico):


‣Visão que remontra aos Pais da Igreja;
‣No im dos tempos, Jesus voltará e ressuscitará os crentes.
‣Jesus reinará por mil anos literais, período em que Satanás icará preso.
‣No im do milênio, Satanás será solto por Deus e instigará uma rebelião contra Deus .
(Ap 20:3,7-8)

‣O Senhor Jesus vencerá as forças de rebelião e, inalmente, ressuscitará todos os mortos para o
juízo inal. Aí, serão inaugurados novos céus e nova terra.

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


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PRÉ-MILENISMO
CARACTERÍSTICAS GERAIS

• Pré-milenismo dispensacionalista: John Nelson Darby

‣Visão que ganhou destaque a partir do séc. XIX.


‣O retorno de Jesus é em duas fases: a primeira, marcada pelo arrebatamento secreto dos
crentes , e a segunda, com o aparecimento de Jesus a todos.
(cf. 1Ts 4:16-17)

‣O milênio é um período literal de 1000 anos antecedido por um período de sete anos de
tribulação .
‣Durante o milênio, Deus trata especialmente com o Israel, cumprindo sobre eles as promessas
do Antigo Testamento.
‣Diferenciação do Israel étnico dos gentios .
(diferentes dispensações, administrações da graça)

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


PAULO WON © DIDASKALIA, 2023
PÓS-MILENISMO
CARACTERÍSTICAS GERAIS

• Visão escatológica minoritária no Cristianismo


• O milênio é o tempo não literal entre a ressurreição e a parúsia.
• Nesse tempo, o evangelho será pregado a todas as nações, com perseguição
• Durante esse tempo, os cristãos passarão a exercer cada vez mais in luência sobre a
cultura geral, obtendo riquezas, prestígiuo e até mesmo domínio: visão otimista, ou seja,
o reino de Deus será gradualmente triunfante (Mt 13:31-33) → contextação com as 2 Guerras
Mundiais.

• Ao im desse tempo, Jesus retorna, há a ressurreição dos mortos e o juízo inal.


PAULO WON © DIDASKALIA, 2023
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AMILENISMO
CARACTERÍSTICAS GERAIS

• O milênio é agora, entre a ressurreição e a parúsia.


• Satanás está preso, ou seja, não pode exercer força decisiva contra o evangelho, por
meio da presença da igreja no mundo.

• O milênio é um tempo de perseguição e tribulação da igreja.


• O triunfo divino é espiritual e não material .
(diferente do pós-milenismo)

• No im desse tempo, Satanás será solto enganando as nações (Ap 20:3). Cristo virá e terá
a sua vitória derradeira.

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


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AMILENISMO
CARACTERÍSTICAS GERAIS

• Primeira ressurreição: os mártires e os outros cristãos mortos reinam com Cristo por
mil anos, ou seja, durante o tempo presente → morte física.

• Segunda ressurreição: ressurreição física de todos que antecede o juízo inal → morte
espiritual.

• Os amilenistas evitam estabelecer uma cronologia dos acontecimentos que


antecedem a volta de Cristo.

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023

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AMILENISMO
PRETERISMO

• Preterismo radical: Não há vinda de Cristo no futuro, pois todas as profecias foram
cumpridas em 70 d.C., com a primeira Guerra dos Judeus contra os romanos e a
consequente destruição do Templo de Herodes, em Jerusalém.

• Preterismo moderado:
‣ Algumas profecias foram cumpridas em 70 d.C., por exemplo, Mateus 24 e Marcos 13.
‣ O restante das profecias serão cumpridas no tempo do im, quando Jesus retornar em glória:
ressurreição dos justos e ímpios, juízo inal, aparecimento visível de Jesus, novos céus e nova
terra e a remoção de initiva do pecado.

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


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MAS O QUE REALMENTE IMPORTA?
João

Paulo

Escatologia
Jesus judaica
(AT+)
A ESCATOLOGIA DE JESUS
O DRAMA DA REDENÇÃO

CRIAÇÃO REDENÇÃO MISSÃO CONSUMAÇÃO

QUEDA

Tempo do im Nova Criação


Antiga ordem

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


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A ESCATOLOGIA DE JESUS
O DESLOCAMENTO DO TEMPLO COMO O SINAL DO FIM

1 Quando ele estava saindo do templo, um de

seus discípulos lhe disse: “Olha, Mestre! Que


pedras enormes! Que construções
magní icas!” 2 “Você está vendo todas estas
grandes construções?”, perguntou Jesus.
“Aqui não icará pedra sobre pedra; serão
2
todas derrubadas.” (Mc 13:1-2)
“Você está vendo todas estas grandes construções?”, perguntou Jesus. “Aqui não cará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas.”

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


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A ESCATOLOGIA DE JESUS
O DESLOCAMENTO DO TEMPLO COMO O SINAL DO FIM

21 Mas o templo do qual ele falava era o seu corpo.

22 Depois que ressuscitou dos mortos, os seus discípulos

lembraram-se do que ele tinha dito. Então creram na


2
Escritura e na palavra que Jesus dissera. (Jo 2:21)
“Você está vendo todas estas grandes construções?”, perguntou Jesus. “Aqui não cará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas.”

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


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A ESCATOLOGIA DE JESUS
O DESLOCAMENTO DO TEMPLO COMO O SINAL DO FIM

O FIM CHEGOU

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


A ESCATOLOGIA DE JESUS
MARCOS 13 - O TEXTO BASE DA VISÃO DO FIM DO MUNDO SEGUNDO JESUS

• Expectativa em relação ao Templo no Antigo Testamento:


Povo de Deus (Israel) → Templo

Gentios por meio de Israel e seu ungido → Templo (cf. Is 2:1-5) ⇒ Fim dos tempos

• Realidade no Novo Testamento:


Jesus, o Novo Templo → Povo de Deus (Israel) → Gentios

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


Tendo Jesus se assentado no monte das
Oliveiras, de frente para o templo (Mc 13:3)
A ESCATOLOGIA DE JESUS
MARCOS 13 - O TEXTO BASE DA VISÃO DO FIM DO MUNDO SEGUNDO JESUS

• Pergunta: “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal de que tudo
isso está prestes a cumprir-se?” (Mc 13:4)

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


A ESCATOLOGIA DE JESUS
MARCOS 13 - O TEXTO BASE DA VISÃO DO FIM DO MUNDO SEGUNDO JESUS

• Pergunta: “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal de que tudo
isso está prestes a cumprir-se?” (Mc 13:4)

“Mas naqueles dias, após aquela tribulação” (13:24)

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


A ESCATOLOGIA DE JESUS
MARCOS 13 - O TEXTO BASE DA VISÃO DO FIM DO MUNDO SEGUNDO JESUS

• Pergunta: “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal de que tudo
isso está prestes a cumprir-se?” (Mc 13:4)

Marcos 13:5-23

“Mas naqueles dias, após aquela tribulação” (13:24)

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“Então se verá o Filho do homem
vindo nas nuvens com grande poder
e glória. E ele enviará os seus anjos e
reunirá os seus eleitos dos quatro
27

ventos, dos con ins da terra até os


con ins do céu.”
MARCOS 13:26
f
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“Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos no céu,
nem o Filho, senão somente o Pai. Fiquem atentos! Vigiem!
Vocês não sabem quando virá esse tempo. É como um
3 ‡

homem que sai de viagem. Ele deixa sua casa, encarrega de


tarefas cada um dos seus servos e ordena ao porteiro que
vigie. Portanto, vigiem, porque vocês não sabem quando o
dono da casa voltará: se à tarde, à meia-noite, ao cantar do
galo ou ao amanhecer. Se ele vier de repente, que não os
encontre dormindo! O que lhes digo, digo a todos: Vigiem!”
MARCOS 13:32-37
“Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos no céu,
nem o Filho, senão somente o Pai. Fiquem atentos! Vigiem!
Vocês não sabem quando virá esse tempo. É como um
3 ‡

homem que sai de viagem. Ele deixa sua casa, encarrega de


tarefas cada um dos seus servos e ordena ao porteiro que
vigie. Portanto, vigiem, porque vocês não sabem quando o
dono da casa voltará: se à tarde, à meia-noite, ao cantar do
galo ou ao amanhecer. Se ele vier de repente, que não os
encontre dormindo! O que lhes digo, digo a todos: Vigiem!”
MARCOS 13:32-37
“Quanto ao dia e à hora ninguém sabe, nem os anjos no céu,
nem o Filho, senão somente o Pai. Fiquem atentos! Vigiem!
Vocês não sabem quando virá esse tempo. É como um

homem que sai de viagem. Ele deixa sua casa, encarrega de


tarefas cada um dos seus servos e ordena ao porteiro que
vigie. Portanto, vigiem, porque vocês não sabem quando o
dono da casa voltará: se à tarde, à meia-noite, ao cantar do
galo ou ao amanhecer. Se ele vier de repente, que não os
encontre dormindo! O que lhes digo, digo a todos: Vigiem!”
MARCOS 13:32-37
ACALME SEU CORAÇÃO E VIGIE!
A ESCATOLOGIA DE PAULO
13Irmãos, não queremos que vocês que dormem. 16 Pois, dada a ordem,
sejam ignorantes quanto aos que com a voz do arcanjo e o ressoar da
dormem, para que não se trombeta de Deus, o próprio Senhor
entristeçam como os outros que descerá dos céus, e os mortos em
não têm esperança. 14 Se cremos Cristo ressuscitarão primeiro.
que Jesus morreu e ressurgiu, 17 Depois nós, os que estivermos

cremos também que Deus trará, vivos seremos arrebatados com


mediante Jesus e com ele, aqueles eles nas nuvens, para o encontro
que nele dormiram. 15 Dizemos a com o Senhor nos ares. E assim
vocês, pela palavra do Senhor, que estaremos com o Senhor para
nós, os que estivermos vivos, os sempre. 18 Consolem-se uns aos
que icarmos até a vinda do Senhor, outros com essas palavras.
certamente não precederemos os 1Tessalonicenses 4:13-17, NVI

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


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13Irmãos, não queremos que vocês que dormem. 16 Pois, dada a ordem,
sejam ignorantes quanto aos que com a voz do arcanjo e o ressoar da
dormem, para que não se trombeta de Deus, o próprio Senhor
entristeçam como os outros que descerá dos céus, e os mortos em
não têm esperança. 14 Se cremos Cristo ressuscitarão primeiro.
que Jesus morreu e ressurgiu, 17 Depois nós, os que estivermos

cremos também que Deus trará, vivos seremos arrebatados com


mediante Jesus e com ele, aqueles eles nas nuvens, para o encontro
que nele dormiram. 15 Dizemos a com o Senhor nos ares. E assim
vocês, pela palavra do Senhor, que estaremos com o Senhor para
nós, os que estivermos vivos, os sempre. 18 Consolem-se uns aos
que icarmos até a vinda do Senhor, outros com essas palavras.
certamente não precederemos os 1Tessalonicenses 4:13-17, NVI

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


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13Irmãos, não queremos que vocês que dormem. 16 Pois, dada a ordem,
sejam ignorantes quanto aos que com a voz do arcanjo e o ressoar da
dormem, para que não se trombeta de Deus, o próprio Senhor
entristeçam como os outros que descerá dos céus, e os mortos em
não têm esperança. 14 Se cremos Cristo ressuscitarão primeiro.
que Jesus morreu e ressurgiu, 17 Depois nós, os que estivermos

cremos também que Deus trará, vivos seremos arrebatados com


mediante Jesus e com ele, aqueles eles nas nuvens, para o encontro
que nele dormiram. 15 Dizemos a com o Senhor nos ares. E assim
vocês, pela palavra do Senhor, que estaremos com o Senhor para
nós, os que estivermos vivos, os sempre. 18 Consolem-se uns aos
que icarmos até a vinda do Senhor, outros com essas palavras.
certamente não precederemos os 1Tessalonicenses 4:13-17, NVI

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


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13Irmãos, não queremos que vocês que dormem. 16 Pois, dada a ordem,
sejam ignorantes quanto aos que com a voz do arcanjo e o ressoar da
dormem, para que não se trombeta de Deus, o próprio Senhor
entristeçam como os outros que descerá dos céus, e os mortos em
não têm esperança. 14 Se cremos Cristo ressuscitarão primeiro.
que Jesus morreu e ressurgiu, 17 Depois nós, os que estivermos

cremos também que Deus trará, vivos seremos arrebatados com


mediante Jesus e com ele, aqueles eles nas nuvens, para o encontro
que nele dormiram. 15 Dizemos a com o Senhor nos ares. E assim
vocês, pela palavra do Senhor, que estaremos com o Senhor para
nós, os que estivermos vivos, os sempre. 18 Consolem-se uns aos
que icarmos até a vinda do Senhor, outros com essas palavras.
certamente não precederemos os 1Tessalonicenses 4:13-17, NVI

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50-51 d.C.

Retorno iminente
2Tessalonicenses

1Tessalonicenses Alguns meses depois…


Morte dos irmãos,
Cronograma do sofrimento
ESCATOLOGIA PAULINA
PRINCÍPIOS GERAIS

• O evento-Cristo já é a sinalização do im dos


tempos (cf. 2Coríntios 1:21-22).

• A igreja vive o intervalo entre a primeira


vinda e a segunda.

• A escatologia paulina acrescenta elementos


não presentes no discurso escatológico de
Jesus (progresso da revelação).

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ESCATOLOGIA PAULINA
PRINCÍPIOS GERAIS

• Aquele que uma vez foi justi icado vive no intervalo de duas eras: entre aquilo que
aconteceu na morte e ressurreição de Cristo e aquilo que ocorrerá quando Cristo
voltar.

• Ao mesmo tempo, o justi icado vive hoje, por meio da ação do Espírito, uma
antecipação do futuro (estatologia antecipada), ou seja, da ressurreição que será
plenamente experimentada no por vir.

• Assim, a existência escatológica do justi icado implica que este vive hoje a realidade
do futuro que molda o seu presente.

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ESCATOLOGIA PAULINA
CORÊNCIANCIA E SIGNIFICADO

1. A ressurreição de Cristo é o fundamento para a esperança na parúsia.

• Parúsia: A vinda do Senhor (1Ts 2:19; 3:13; 4:15; 5:23).


• 1 Tessalonicenses e a vinda de Cristo: a relação com a ressurreição (4:13-18)

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ESCATOLOGIA PAULINA
CORÊNCIANCIA E SIGNIFICADO

2. Por causa da ressurreição dos crentes estar fundamentada na ressurreição de Cristo,


a parúsia sempre será iminente.

• O aparecimento iminente (1Ts 5:1-11) supreenderá apenas aqueles que pertencem às


trevas, enquanto os crentes em Cristro não serão pegos de surpresa.

• 1Tessalonicenses: vitória sobre o poder da morte, por meio da ressurreição.


• 2Tessalonicenses: vitória sobre a injustiça sobre o povo de Deus e sobre o iníquo
que se levanta contra do próprio Cristo (2:1-12)

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ESCATOLOGIA PAULINA
CORÊNCIANCIA E SIGNIFICADO

3. A natureza transcendente da parusia exige que os crentes empreguem imagens


religiosas para expressar a sua esperança no regresso de Cristo.

• Mesmo que a parusia ocorra na história, por ser um evento transcendente, nunca
poderá ser expresso de forma plena por meio da linguagem humana.

• Dizer que Cristo descerá do céu e que os crentes serão arrebatados com ele nas
nuvens, por exemplo, não pode expressar a realidade transcendente da parusia,
embora tenha sem dúvida ajudado gerações de crentes a compreender algo dessa
realidade.

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ESCATOLOGIA PAULINA
CORÊNCIANCIA E SIGNIFICADO

4. A atual existência escatológica do crente é parte integrante da escatologia paulina.

• Por meio da ação do Espírito Santo na vida do crente, ele já vive, no hoje, uma
antecipação da realidade última do futuro.

• Essa experiêcia do futuro no presente fomenta a con iança do crente no retorno de


Jesus.

• A ação do Espírito na esperança do crente (Romanos 5:1-5)

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ESCATOLOGIA PAULINA
CORÊNCIANCIA E SIGNIFICADO

5. A parusia é um ato de Deus e não a culminação de um processo histórico.

• Embora 2Tessalonicenses nos narre alguns eventos que anteceredão o retorno de


Cristo, isso não signi ica que esse evento é um mero acontecimento histórico.

• O retorno de Cristo é um ato unicamente divino e não resultado do progresso da


história humana.

• A aparição transcendente de Deus será a epifania graciosa e inesperada de Deus


que resgata a humanidade de seus próprios dispositivos.

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ESCATOLOGIA PAULINA
CORÊNCIANCIA E SIGNIFICADO

6. A parusia proclama a vitória inal de Deus.

• Vitória de Deus sobre a morte, sobre o pecado, sobre o diabo (1Co 15:53-56).
• A fé na parusia, então, é a fé em Deus, a certeza con iante de que Deus será
vitorioso, que a criação alcançará o seu propósito e que Deus será tudo em todos.

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


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ESCATOLOGIA PAULINA
CORÊNCIANCIA E SIGNIFICADO

7. A parusia proclama que Cristo desempenhará o papel decisivo na vitória inal de


Deus sobre o pecado e a morte.

• Assim como Deus uma vez efetuou a salvação pela aparição de Cristo, Deus
efetuará a salvação inal pela segunda aparição de Cristo. De uma forma conhecida
apenas por Deus, Deus será vitorioso em Cristo (1Co 15:50-58)

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ESCATOLOGIA PAULINA
TENSÃO

“EM CRISTO”

JÁ AINDA
NÃO
PRESENTE ESCATOLÓGICO FUTURO ESCATOLÓGICO

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IMAGINE E ESPERE PELO ENCONTRO!
A ESCATOLOGIA DE JOÃO
APOCALIPSE DE JOÃO
APÓSTOLO JOÃO, O AUTOR

• João, o apóstolo.
‣Nome citado em Ap 1:4;
‣“servo" de Deus (1:1);
‣“irmão e companheiro de vocês no sofrimento, no Reino e na
perseverança de Jesus” (1:9).
‣Testemunhos: Justino, Irineu, Policarpo, etc.

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"Então vi novos céus e nova terra,
pois o primeiro céu e a primeira
terra tinham passado; e o mar já
não existia.”
APOCALIPSE 21:2
APOCALIPSE DE JOÃO
CONTEXTO HISTÓRICO

• O que fascina no livro do Apocalipse é que seu conteúdo, embora muitas vezes
apontando para a realidade futura e última, é irmemente ancorado no contexto
histórico de seu autor e de todas as igrejas para as quais o texto, ou parte dele, foi
endereçado. Somente se estivermos munidos desse conhecimento poderemos trilhar
os passos de uma hermenêutica segura deste que é o livro mais difícil de ser
interpretado.

FUTURO

PRESENTE

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APOCALIPSE DE JOÃO
CONTEXTO HISTÓRICO

• Os apocalipses judaicos eram geralmente pseudônimos e pseudepigrá icos. Autores


utilizavam nomes de grandes “heróis” da religião para legitimar suas composições e
tornarem-nas circuláveis e lidas dentro da comunidade. Entretanto, o autor do
Apocalipse identi ica-se como João:
“Eu, João, irmão e companheiro de vocês no sofrimento, no Reino e na perseverança em Jesus,
estava na ilha de Patmos por causa da palavra de Deus e do testemunho de Jesus” (Apocalipse 1:9 .

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023

)
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APOCALIPSE DE JOÃO
CONTEXTO HISTÓRICO

• Ao analisar o contexto geral das sete igrejas, podemos


notar uma mistura de várias questões, não
necessariamente ligadas à perseguição.

• As igrejas em Éfeso, Sardes e Laodiceia estavam


mostrando sinais de letargia espiritual. A igreja de
Pérgamo tinha um mártir em Antipas. Tiatira e Filadél ia
foram elogiadas por causa de sua perseverança diante
da perseguição; a igreja de Esmirna estava enfrentando
perseguição; Filadél ia teve a promessa que embora
viesse uma tribulação, ela escaparia dela.
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APOCALIPSE DE JOÃO
CONTEXTO HISTÓRICO

• No geral, então, podemos separar essas sete igrejas entre aquelas que estavam em
um certo conforto e aquelas que estavam sofrendo agudas crises de perseguição,
chegando, inclusive, ao martírio.

• Nesse sentido, o propósito é duplo: despertar aquelas igrejas acomodadas a se


esforçarem no Senhor, e consolar aquelas que estão passando por tribulações a
manterem irmes sua fé na esperança inabalável do retorno de Jesus.

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APOCALIPSE DE JOÃO
CONTEXTO HISTÓRICO

• Simultaneamente às situações das igrejas locais, vemos por meio do Apocalipse a


forma pela qual Roma havia se tornado um mega-império que promovia a sua pax (paz)
às custas de muita violência. Da mesma forma que, no mundo atual, temos várias
ideologias pelas quais as pessoas explicam e vivem a realidade, Roma tinha a sua,
promovida de forma extensiva em todos os seus domínios.

• Entretanto, a paz não é a ausência de guerra, mas é um estado de prosperidade e


estabilidade conquistado justamente à custa de muita violência e guerra. A própria
linguagem usada por João (e também por Pedro, em 1Pedro 5:13), chamando-a de
Babilônia (Apocalipse 14:8; 16:19; 17:5; 18:2,10,21), refere-se ao seu grande poder, mas
também à sua condição de moralidade detestável.

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


APOCALIPSE DE JOÃO
CONTEXTO HISTÓRICO

• Outro grande desa io para os cristãos espalhados pelo mundo


mediterrâneo estava relacionado com a prática religiosa dos
povos pagãos.

• Junto com o judaísmo os cristãos praticavam o monoteísmo. No


olhar dos outros povos e costumes, esta era uma prática
extremamente incomum, tida por muitos como bizarra. Aliás,
essa animosidade em relação aos judeus e também aos cristãos
advinha do sectarismo religioso, ou seja, enquanto no mundo
greco-romano o normal era a aceitação das práticas religiosas
de outrem, judeus e cristãos não cediam aos costumes que
consideravam idólatras, colocando em risco sua própria vida.

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


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APOCALIPSE DE JOÃO
CONTEXTO HISTÓRICO

• É no contexto da intensi icação do culto imperial, a


partir de César Augusto e posto em prática pelos
imperadores que o sucederam, que uma série de
problemas para os cristãos teve início.

• Por exemplo, na época da redação do Apocalipse,


entre 89 — 90, um templo em honra a Domiciano foi
erigido na cidade de Éfeso, cidade que
tradicionalmente foi base de atuação do apóstolo João.

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APOCALIPSE DE JOÃO
CONTEXTO HISTÓRICO

• Diante dos perigos de um sistema hostil ao evangelho, ou da ameaça da acomodação


da igreja a esse sistema demoníaco, a revelação de Jesus Cristo às igrejas da Ásia
Menor tinha como objetivo derradeiro mostrar que, a despeito de todas as
di iculdades, Cristo seria o vencedor inal e aquele que julgaria as nações.

• Há uma preocupação em mostrar que Deus, através de Cristo, vindicará


de initivamente o seu povo implantando seu Reino e transformando toda a realidade
em um mundo de justiça (6:9-11; 16:7). A implementação da justiça divina abarcaria a
própria igreja e também todo o cosmo.

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


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APOCALIPSE DE JOÃO
CONTEXTO HISTÓRICO

• A cena inal do Apocalipse é a vitória do Cristo sobre o sistema


do mundo, ilustrado na igura da grande Babilônia (Apocalipse
18), e o estabelecimento do Reino último de Cristo, aquele a
quem é tributado o título máximo de Rei dos reis e Senhor dos
senhores (Apocalipse 19:16).

• Diante disso, o César que estava exercendo o poder maligno


teria seu im e, deste modo, não deveria ser temido e
tampouco adorado. A revelação extraordinária do Apocalipse
é que esse reinado do Christus Victor será exercido junto com
todo o seu povo, quando “reinarão com ele durante mil anos”
(Apocalipse 20:6).

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APOCALIPSE DE JOÃO
GÊNEROS LITERÁRIOS

• A considerar a posição peculiar de Apocalipse dentro do Novo Testamento, em qual


gênero literário nós poderíamos encaixar esse livro? De acordo com Beale, há um
consenso na academia que Apocalipse é formado por três gêneros literários distintos,
mas que se harmonizam: literatura apocalíptica, profecia e carta.

• A própria introdução do Apocalipse indica essa composição múltipla de gêneros


literários:
‣gênero apocalíptico: (“Este é o apocalipse de João”, 1:1);
‣gênero profético: (“feliz é o que lê e que ouve as palavra [desta] profecia”, 1:3);
‣gênero epistolar: (“[Eu,] João, às sete igrejas que estão na Ásia [Menor]”, 1:4).
PAULO WON © DIDASKALIA, 2023
APOCALIPSE DE JOÃO
GÊNEROS LITERÁRIOS

• Em termos de profecia, estamos nos referindo a uma palavra de Deus dirigida a


pessoas em situações reais, no tempo presente delas, com a intenção de apresentar-
lhes a vontade de Deus para aquele momento, sendo a profecia “uma declaração da
perspectiva de Deus na vida presente de seu povo.

• O propósito divino na profecia é principalmente estimular uma resposta iel no


presente, e não de prover um projeto absoluto para um futuro incerto.

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023

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APOCALIPSE DE JOÃO
GÊNEROS LITERÁRIOS

• Como literatura apocalíptica — produzido a princípio dentro do contexto judaico e


posteriormente apropriado pelos cristãos, compreende um período entre 200 a.C. e
200 d.C.

• Apocalipse é um termo que vem de grego apocalypsis (ἀποκάλυψις) que signi ica “revelação”
de algo que está oculto. É dessa forma que Apocalipse começa: “Apocalipse de Jesus
Cristo” (Apocalipse 1:1). Esse termo passou a ser usado a partir do advento do cristianismo.

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APOCALIPSE DE JOÃO
GÊNEROS LITERÁRIOS

• Em outras palavras, a literatura apocalíptica lida com um tipo de revelação que Deus
traz ao conhecimento humano por meio da mediação de seres espirituais; uma
realidade acerca dos desdobramentos contextuais do povo de Deus, mas, sobretudo,
uma expectativa e um conhecimento mais apurado do mundo que está por vir,
desfrutado apenas depois pela passagem desse sæculum.

• Assim, a estrutura narrativa presente na literatura apocalíptica judaica descreve a


revelação e transmissão através de visões, jornadas espirituais, diálogos com seres
espirituais e recebimento de livros divinos diretamente da parte de Deus. Dentro do
Judaísmo do Segundo Templo, temos alguns documentos que se enquadram nessa
categoria (e.g. Daniel, 2Baruque e 4Esdras, 1 Enoque e o Apocalipse de Abraão).

PAULO WON © DIDASKALIA, 2023


APOCALIPSE DE JOÃO
CONTEXTO HISTÓRICO

• Ligado à questão do messias já vindo ao mundo, está o fato da elevada


percepção cristológica de João em relação à pessoa de Jesus. Tal como
vemos no seu evangelho e no seu corpo de cartas, Cristo é apresentado
explicitamente como divino, ou seja, como aquele que recebe. As doxologia
iniciais de Apocalipse localizam Jesus não apenas em uma posição divina
(evocando as iguras de trono e da impossibilidade de olhar sua face) mas
também é adorado por toda a criação:
Depois ouvi todas as criaturas existentes no céu, na terra, debaixo da terra e no mar,
e tudo o que neles há, que diziam: ‘Àquele que está assentado no trono e ao
Cordeiro sejam o louvor, a honra, a glória e o poder para todo o sempre!’. Os quatro
seres viventes disseram: ‘Amém’, e os anciãos prostraram-se e o adoraram. (Apocalipse
5:13 14

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APOCALIPSE DE JOÃO
CONCLUSÃO

• Em termos gerais, a despeito a complexidade em classi icar o Apocalipse de João em


apenas um gênero literário, podemos dizer que essa literatura se trata de uma epístola
circular em sua forma estrutural e quanto ao conteúdo, uma literatura apocalítico-
profética.

• O objetivo é consolar e encorajar toda a comunidade da fé (a começar da sua própria,


a comunidade joanina) a fortalecer sua fé na esperança da vitória inal com o retorno
de Cristo, o Senhor, sobre a terra e a consequente implantação de seu reino sobre
“novos céus e nova terra”.

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APOCALIPSE DE JOÃO
CONCLUSÃO

• O Apocalipse, dentro desse propósito primário, foi direcionado às igrejas que estavam
em crise — ocasionados por perseguição, letargia espiritual ou con litos relacionados
à heresias — com o objetivo de gerar dentro dessa comunidade algum tipo de
esperança e motivação que a leve a permanecer irme no evangelho revelado, ou seja,
o evangelho que indica a vontade de Deus em Cristo Jesus.

• Essa soma de conceitos, uma visão holística, é essencial para entendermos a


mensagem e a estrutura que forma esse livro.

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APOCALIPSE DE JOÃO
CONCLUSÃO

• Agrande função do Apocalipse de João é conectar a narrativa de uma igreja terrena


com a grande realidade cósmica e espiritual que há de ser descortinada, inalmente,
no retorno glorioso de Cristo.

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APOCALIPSE DE JOÃO
CONCLUSÃO

O mundo porvir

FUTURO

PRESENTE

O presente século

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APOCALIPSE DE JOÃO
CONCLUSÃO

• O evento-Cristo, ou seja, sua morte e


ressurreição, é o ponto de partida, a âncora
para o vislumbre do futuro escatológico. A
presença do Espírito em nós é o penhor (cf.
2Coríntios 1:21-22) da nossa própria ressurreição e

nossa participação no último ato do teatro da


glória de Deus. Portanto, Apocalipse é o
convite divino para vencermos o presente com
o olhar no futuro, tendo em mente a última
declaração dos cristãos: Maranata!

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“Venho em breve! Retenha o que você tem, para que
ninguém tome a sua coroa. Farei do vencedor uma
coluna no santuário do meu Deus, e dali ele jamais
sairá. Escreverei nele o nome do meu Deus e o
nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém,
que desce do céu da parte de Deus; e também
escreverei nele o meu novo nome. Aquele que tem
ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.”
APOCALIPSE 3:11-13
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