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Porém, em 1 de janeiro de 1901, a Escola Bíblica Betel saiu da teoria para a prática. Em um período de
oração, a aluna Agnes Ozman, de 18 anos, pediu para que Parham e os demais alunos impusessem as
mãos sobre ela pedindo o batismo no Espírito Santo. Eram 11horas daquele dia quando Ozman se tornou
a primeira pessoa, depois do período apostólico, a receber o batismo no Espírito consciente de que as
línguas eram sua evidência externa. O poder sobre ela foi tamanho que passou três dias sem conseguir
falar em inglês. Ozman transbordava no Espírito toda hora, louvando a Deus em línguas em todos os
momentos. Nos demais dias, todos os outros receberam o batismo, inclusive o próprio Parham, que foi
um dos últimos.
Conta Parham que as línguas de Ozman pareciam com chinês, língua que ela não conhecia. No dia
seguinte, um tcheco presente confirmou que Ozman falou em boêmio. Por isso, inicialmente Parham
pensou que as línguas estranhas tinham um propósito missionário. Ele cria que, assim como as línguas de
Atos 2, a glossolalia consistia sempre em línguas existentes que eram desconhecidas para quem as recebia
pelo Espírito, mas que tinham um propósito evangelístico.
Essa precipitação de Parham teve um efeito positivo e outro negativo. Primeiro, porque o Movimento
Pentecostal começou enfatizando muito o trabalho missionário, que tinha tudo a ver com o revestimento
de poder do Alto (Atos 1.8). Porém, nem sempre as línguas correspondiam a uma língua existente, o que
frustraria Parham e seus companheiros mais à frente, até que compreenderam que as línguas estranhas
não são necessariamente alguma língua existente.
Um pastor negro leigo, chamado William Joseph Seymour, compreendeu isso logo. Ele foi aluno de
Parham, quando este começou a viajar pelo país ensinado a descoberta que fizera.