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A VIDA, AS HISTÓRIAS
E OS SEGREDOS DA
JOVEM ESTRELA
HarperCollins Brasil
Rua Nova Jerusalém, 345 – Bonsucesso – 21042-235
Rio de Janeiro – RJ – Brasil
Tel.: (21) 3882-8200 – Fax: (21) 3882-8212/8313
M852d
Manoela, Larissa
ISBN: 978.85.69514.13-8
Meus amoreeees
Lancei um livro! OMG!
T love you,
haters! ]
SUM Á RI O
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cap. 1
O FANTÁSTICO
MUNDO DA LARI
21
cap. 2
TUDO COMEÇOU
ASSIM...
28
cap. 3
NO TOPO EU VOU
CHEGAR, UH!
cap. 4
36 NINGUÉM PODE
TIRAR O DESEJO
QUE EU TENHO
DE BRILHAR
cap. 5
VOU SER A NOVA
ESTRELA
45
48
cap. 6
O PALHAÇO
55
cap. 7
ESTOU AQUI, MEU
MOMENTO
É AGORA, SIM
65
cap. 8
MEU ÁLBUM
DE FOTOS
81
cap. 9
OS BICHOS
92
cap. 10
ACIDENTES
ACONTECEM!
99 cap. 11
CAÍ DO CAVALO
106
cap. 12
CÓLICAS, CÓLICAS
E MAIS CÓLICAS
118
cap. 13
O AMOR É
LIIIIIINDO!
cap. 14
COLA O TEU
DESENHO NO MEU
PARA VER SE COLA
127
140
cap. 15
HOJE É MEU DIA
157
cap. 16
MINHAS LISTAS
PREFERIDAS
1
capí t u l
T
o
I CO
TÁ S A R I
FA N DA L
O N D O
MU
Nunca fui uma menina de muitos amigos. Era mais so-
zinha, mais reservada, mas é claro que eu tinha fome
de brincar e de me divertir. Então, com quem brincava?
Com meus amigos imaginários.
Eram quatro amigos, e eu fazia tudo com eles. Eu
tinha os amigos da escola, mas os imaginários eram
muito mais próximos. Aliás, eu nem precisava de ami-
gos na escola. Minha diversão era estar com os quatro.
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Olha que quarteto lindo!
* SARIKLIM * KIMBIKLIM *
* BENGON * DENGON *
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HAHAHAHA!
Minha mãe achava estranho e até ficava com medo.
Eu tinha uma imaginação fértil para tudo. Não só
para criar os amigos imaginários, mas também pa-
ra brincar de boneca. Com elas, eu brincava de ma-
mãe e filhinha, mas as histórias eram sempre voltadas
ao meio artístico. Minhas Barbies, por exemplo, eram
modelos.
Havia uma brincadeira que eu AMAVA. Eu era dona
de uma agência de atores e modelos. A agência en-
globava todas as idades e perfis, de kids e teens aos
adults e até dogs.
Eu amava brincar de boneca.
Até aí, tudo bem. Normal. Coisa de menina.
O que era diferente (e minha mãe achava anormal)
era que as minhas bonecas eram agenciadas.
Em casa, tinha um telefone velho, antigo. Eu atendia
e dizia assim:
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criança (a boneca) nas agências para fazer testes
para uma propaganda da fralda Pampers.
Nunca foi uma brincadeira normal de boneca.
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Teve um dia que a minha mãe nunca esqueceu. Nem
eu, que deveria ter uns três anos. Estava toda maquia-
da. Passei sombra verde, batom vermelho e um blush
— OMG!! Parecia de festa junina. Fora a maquiagem,
coloquei uma echarpe de pluma que a minha mãe tinha
do tempo de carnaval, uma blusinha, sapato de salto e
uma bolsa que arrastava no chão.
Minha mãe chegou do trabalho à noite, abriu a porta
de casa e me viu assim.
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e
u s p a is vã o fa lar. Sempre qu
Agora me ana
e r e ss a ( ) é minha mãe Silv
aparec Gilberto
fa la , e e ss e ( ) é meu pai
quem
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O nome Larissa sempre foi uma vontade
da Silvana. Ela sempre achou esse nome
delicado. Eu gostava do nome Manoela,
por causa da origem. Manoela tem origem
hebraica e vem de Manoel, nome de
Jesus, Deus Conosco. Larissa é cheia de
alegria. Então, Larissa Manoela é cheia de
alegria, Deus Conosco.
É engraçado que eu e a Silvana compramos
um carro depois de casados, um Fusquinha,
e saíamos e comentávamos: “Quando é
que nós vamos ter uma bebezinha, uma
“xaropinha”, pulando aqui no meio?”
Tínhamos seis anos de casamento. Já
estávamos com necessidade e a família
cobrava também. A gente planejava nossa
vida, ter a nossa casa própria, carro e todo o
conforto para ter um bebê. Depois de tudo
isso conquistado, decidimos que a hora tinha
chegado. Silvana foi fazer um exame de
gravidez, estava desconfiada, e eu fui junto
para acompanhar. Estava grávida, e era a
Larissa.
Escolhi o dia do nascimento dela. Eu e a
Silvana nos programamos, pagamos tudo
para ela não sentir dor. A Silvana é antidor.
Não queria fazer parto normal. Então,
acertamos tudo antecipadamente com a
doutora para ser no dia 27 de dezembro, mas
me deu um estalo, não sei a razão. Eu
gostava de número par. Falei: “No dia 27,
NÃO! Vamos no dia 28.”
Não me deixaram assistir ao nascimento da
Larissa. O médico anestesista até deixou
ver, mas a doutora, não. Ela achou que
eu ia passar mal, mas eu sabia que não.
Sou forte para essas coisas. E aí, veio o
bebê. Estavam o meu sogro e a minha
sogra no apartamento esperando e... cadê
a Silvana? Nada de Silvana. Me deu um
nervoso, uma ansiedade, e as enfermeiras
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me enrolando. Só depois fomos saber que a
Silvana havia sofrido uma hemorragia, teve
aderência à placenta, tiveram de fazer
raspagem e mais outras coisas. A Larissa não
correu risco nenhum, somente a Silvana.
A Larissa veio perfeitinha, gordinha e tudo.
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Gosto de tirar foto desde que eu me
conheço por gente. Isso quer dizer des-
de os três, quatro anos, haha. Antes dis-
so, não lembro direito como eu era.
Sempre me baseei em ídolos e artis-
tas que eu gostava.
Meus ídolos eram o Rebeldes (RBD), no-
vela do México que o SBT exibia. Sonhava
que era a Roberta. Tinha até a boneca dela.
Pintei o cabelo de vermelho. Amava, canta-
va todas as músicas, era fã de carteirinha.
Ah, não posso deixar de contar que... Eu
tinha carteirinha de fã do Rebeldes.
Minha festa de seis anos foi do Rebeldes. Minha tia
Cida fez a roupa da Roberta. Só para vocês perceberem
como eu era fã: produzi fotos vestida de Roberta. Pedi
para minha mãe comprar um piercing e um microfone
para estarem nessas fotos.
Minhas brincadeiras normais eram iguais às da no-
vela. Cantava e me vestia igual. Usava saia jeans, blu-
sinha branca amarrada, gravata vermelha, bota preta
e o cinto.
Me vestia assim para viver como eles.
Mal sabia que a minha hora estava para chegar.
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