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O DIÁRIO DE

A VIDA, AS HISTÓRIAS
E OS SEGREDOS DA
JOVEM ESTRELA

Rio de Janeiro, 2016


Copyright © 2016 Larissa Manoela
.
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M852d

Manoela, Larissa

O diário da Larissa Manoela / Larissa Ma-


noela. - 1. ed. - Rio de Janeiro : Harper-
Collins Brasil, 2016.

168 p. : il. ; 23 cm.

ISBN: 978.85.69514.13-8

1. Manoela, Larissa - Celebridades -


Biografia. 2. Celebridades - Brasil - Bio-
grafia. I. Título..
CDD: 920.02
CDU: 929
Dedicatória

Meus amoreeees
Lancei um livro! OMG!

Dedico esse diário a todos vocês,


meus fãs do mundo todo, Larináticos
e Larináticas, que me fizeram chegar
aonde estou hoje.

Este livro só existe graças a vocês!

Dedico também a você, mãe, porque


a minha primeira palavra (que, na
verdade, é uma frase) foi “água, papai”,
hahaha! Eu prometi que o meu primeiro
Oscar seria dedicado a ti, mas como
ainda não ganhei nenhum, este livro vai
para você, mãe.

P.S.: E para você também, pai. Te amo!


Recado especial

Meus fãs! Seus lindossss, vocês que tanto


pediram para eu escrever um livro para que
acompanhassem de pertinho as minhas histórias.
Além de dedicar a vocês, quero deixar registrado
oficialmente que estou muuuuito feliz em poder
abrir o meu diário.
Eu nunca contei para ninguém o que vocês vão
ler nas próximas páginas. É tudo exclusivo MESMO.
Conto as histórias e os momentos marcantes que
nunca comentei com ninguém. Espero que gostem
e se divirtam. Adoraria que vocês se identificassem
com a minha história de vida.
Nunca canso de dizer que vocês são os melhores
fãs do mundo. Ter as Larináticas e Larináticos ao
meu lado é o maior presente que já recebi.
Esse livro é um pouquinho da Larissa Manoela
que agora pode estar presente na sua casa. Com
o passar das páginas, vocês vão se sentir mais
próximos e juntinhos de mim e vão perceber
que, apesar da minha carreira e do meu dia a dia
corrido, eu sou uma adolescente normal. Não deixo
de ser uma menina sonhadora, de apenas 15 anos,
que tem um diário mágico, que, a partir de agora,
será aberto para as pessoas.
Sejam bem-vindos ao incrível mundo de
O DIÁRIO DE LARISSA MANOELA!
Boa leitura!
Mil beijos,
Larissa Manoela
(Já para os haters)

T love you,
haters! ]
SUM Á RI O

11
cap. 1
O FANTÁSTICO
MUNDO DA LARI

21
cap. 2
TUDO COMEÇOU
ASSIM...

28
cap. 3
NO TOPO EU VOU
CHEGAR, UH!

cap. 4

36 NINGUÉM PODE
TIRAR O DESEJO
QUE EU TENHO
DE BRILHAR

cap. 5
VOU SER A NOVA
ESTRELA
45

48
cap. 6
O PALHAÇO

55
cap. 7
ESTOU AQUI, MEU
MOMENTO
É AGORA, SIM
65
cap. 8
MEU ÁLBUM
DE FOTOS

81
cap. 9
OS BICHOS

92
cap. 10
ACIDENTES
ACONTECEM!

99 cap. 11
CAÍ DO CAVALO

106
cap. 12
CÓLICAS, CÓLICAS
E MAIS CÓLICAS

118
cap. 13
O AMOR É
LIIIIIINDO!

cap. 14
COLA O TEU
DESENHO NO MEU
PARA VER SE COLA
127
140
cap. 15
HOJE É MEU DIA

157
cap. 16
MINHAS LISTAS
PREFERIDAS
1
capí t u l
T
o
I CO
TÁ S A R I
FA N DA L
O N D O
MU
Nunca fui uma menina de muitos amigos. Era mais so-
zinha, mais reservada, mas é claro que eu tinha fome
de brincar e de me divertir. Então, com quem brincava?
Com meus amigos imaginários.
Eram quatro amigos, e eu fazia tudo com eles. Eu
tinha os amigos da escola, mas os imaginários eram
muito mais próximos. Aliás, eu nem precisava de ami-
gos na escola. Minha diversão era estar com os quatro.

12
Olha que quarteto lindo!

* SARIKLIM * KIMBIKLIM *
* BENGON * DENGON *

Eu almoçava com eles, limpava a casa com eles, só


não ia para a escola. Na minha cabeça, eles eram ami-
gos uns dos outros e surgiam para me alegrar. Eram
dois meninos e duas meninas. Nós brincávamos, por
exemplo, de boneca, mas essa é uma brincadeira que
os meninos não gostavam. Aí, eu ficava só com as me-
ninas e eles ficavam em um canto. Foi longe a história.
Os nomes dos meus amigos imaginários vieram da
minha imaginação, hahaha. Não faço ideia de onde vie-
ram, na verdade. Sempre fui muito criativa, então eu não
queria nenhum nome normal. Não podia ser Gabriela,
Julia ou, sei lá, Lucas, Pedro. Tinha que ser Dengon,
Bengon, Sariklin e Kimbiklim. De onde veio isso tudo,
senhor? Da imaginação!
Fiquei até uns seis ou sete anos com os amigos ima-
ginários. Quando cheguei em São Paulo, minha mãe
perguntou: “Cadê seus amigos?” Respondi: “Eles fica-
ram...” OMG!!!
Minha mãe tinha medo deles, acreditam? Às vezes,
eu sentava para comer e pedia para ela colocar o prato
dos quatro. Quando ela vinha falar algo na hora errada,
eu dizia: “Fica quieta, mãe. A Kimbiklim está falando
agora.”

13
HAHAHAHA!
Minha mãe achava estranho e até ficava com medo.
Eu tinha uma imaginação fértil para tudo. Não só
para criar os amigos imaginários, mas também pa-
ra brincar de boneca. Com elas, eu brincava de ma-
mãe e filhinha, mas as histórias eram sempre voltadas
ao meio artístico. Minhas Barbies, por exemplo, eram
modelos.
Havia uma brincadeira que eu AMAVA. Eu era dona
de uma agência de atores e modelos. A agência en-
globava todas as idades e perfis, de kids e teens aos
adults e até dogs.
Eu amava brincar de boneca.
Até aí, tudo bem. Normal. Coisa de menina.
O que era diferente (e minha mãe achava anormal)
era que as minhas bonecas eram agenciadas.
Em casa, tinha um telefone velho, antigo. Eu atendia
e dizia assim:

“Boa tarde, agência KIDS, TEEN, ADULTS AND


DOGS. Senhora, nós temos uma ruiva linda,
maravilhosa. Ela desfila e... cobra em dólar. Nós
temos uma negra também, muito linda.”

Era tudo assim. Minhas agenciadas eram todas muito


lindas, maravilhosas, desfilavam muito bem. Quando eu
brincava com as bonecas grandes, a brincadeira tam-
bém não era muito normal. Eu era a mãe que levava a

14
criança (a boneca) nas agências para fazer testes
para uma propaganda da fralda Pampers.
Nunca foi uma brincadeira normal de boneca.

“Mamãe vai dar comidinha?”


“Mamãe vai levar filho para passear?”
“Mamãe vai levar para ver vovó?”

NÃO! A brincadeira envolvia agências e testes e co-


merciais. Com as Barbies, também.

Eu morava em uma casa grande e muito espaçosa


na cidade de Guarapuava, no interior do Paraná. Meu
quarto era cheio de bonecas, ursinhos, Barbies, pen-
teadeira, guarda-roupa, e as paredes eram pintadas
de rosa.
Minha mãe trabalhava, não ficava em casa, e quando
eu ainda não ia para a escola ficava com minha avó Silvia
e meu avô Adolar (que eu chamava de vô véio) e com
a babá. A Landa, minha babá, era adorável. Eu gostava
muito dela. Era uma senhora muito brincalhona, com ca-
belão preto. Ela brincava comigo, fazia coisas para mim.
Além de brincar com as bonecas e com a minha
agência, eu gostava de brincar de modelo. Entrava no
quarto da minha mãe e colocava o salto, a echarpe, a
bolsa e a blusa dela, que virava vestido em mim.

15
Teve um dia que a minha mãe nunca esqueceu. Nem
eu, que deveria ter uns três anos. Estava toda maquia-
da. Passei sombra verde, batom vermelho e um blush
— OMG!! Parecia de festa junina. Fora a maquiagem,
coloquei uma echarpe de pluma que a minha mãe tinha
do tempo de carnaval, uma blusinha, sapato de salto e
uma bolsa que arrastava no chão.
Minha mãe chegou do trabalho à noite, abriu a porta
de casa e me viu assim.

“NOSSA! Aonde você vai assim?”


“Eu não vou. Estou vindo”, respondi, na lata.
“Da onde você está vindo?”
“De Brasília”, e comecei a mexer no cabelo.
“Ah, você foi passear em Brasília?”
“Não. Eu trabalho em Brasília.”
“Você trabalha em Brasília? O que você faz?”
“Sou assessora do César Silvestre.”
“Ah, você é assessora dele... e você ganha bem?”
“Trinta mil dólares.”
Hahahahahahaha!

Bem, O César Silvestre era deputado federal, e a mi-


nha família era próxima dele. Eu sempre escutava minha
mãe falar em casa: “Fala com a assessora do César.”
Essa frase ficou registrada na minha cabeça.

16
e
u s p a is vã o fa lar. Sempre qu
Agora me ana
e r e ss a ( ) é minha mãe Silv
aparec Gilberto
fa la , e e ss e ( ) é meu pai
quem

A Larissa foi uma criança muito desejada.


Foram seis anos de espera. Sinto que ela
saiu de mim já de brinco, anel de brilhante,
pulseira, tiara, tudo.

17
O nome Larissa sempre foi uma vontade
da Silvana. Ela sempre achou esse nome
delicado. Eu gostava do nome Manoela,
por causa da origem. Manoela tem origem
hebraica e vem de Manoel, nome de
Jesus, Deus Conosco. Larissa é cheia de
alegria. Então, Larissa Manoela é cheia de
alegria, Deus Conosco.
É engraçado que eu e a Silvana compramos
um carro depois de casados, um Fusquinha,
e saíamos e comentávamos​: “Quando é
que nós vamos ter uma bebezinha, uma
“xaropinha”, pulando aqui no meio?”
Tínhamos seis anos de casamento. Já
estávamos com necessidade e a família
cobrava também. A gente planejava nossa
vida, ter a nossa casa própria, carro e todo o
conforto para ter um bebê. Depois de tudo
isso conquistado, decidimos que a hora tinha
chegado. Silvana foi fazer um exame de
gravidez, estava desconfiada, e eu fui junto
para acompanhar. Estava grávida, e era a
Larissa.
Escolhi o dia do nascimento dela. Eu e a
Silvana nos programamos, pagamos tudo
para ela não sentir dor. A Silvana é antidor.
Não queria fazer parto normal. Então,
acertamos tudo antecipadamente com a
doutora para ser no dia 27 de dezembro, mas
me deu um estalo, não sei a razão. Eu
gostava de número par. Falei: “No dia 27,
NÃO! Vamos no dia 28.”
Não me deixaram assistir ao nascimento da
Larissa. O médico anestesista até deixou
ver, mas a doutora, não. Ela achou que
eu ia passar mal, mas eu sabia que não.
Sou forte para essas coisas. E aí, veio o
bebê. Estavam o meu sogro e a minha
sogra no apartamento esperando e... cadê
a Silvana? Nada de Silvana. Me deu um
nervoso, uma ansiedade, e as enfermeiras

18
me enrolando. Só depois fomos saber que a
Silvana havia sofrido uma hemorragia, teve
aderência à placenta, tiveram de fazer
raspagem e mais outras coisas. A Larissa não
correu risco nenhum, somente a Silvana.
A Larissa veio perfeitinha, gordinha e tudo.

Fiquei extasiado, quando vi a Larissa pela


primeira vez. Lembro a carinha dela como
se fosse hoje. A enfermeira abriu a porta da
maternidade, trouxe a bebê no colo, tirou o
paninho e eu fiquei olhando para ela, com
aquela carinha... A enfermeira falou: “Você
não vai dar um beijinho na sua filha?” Eu não
sabia o que fazer. Dei um beijinho nela. Para
mim, ela tinha cara de anjinho. Bebê recém-
-nascido tem tudo cara de joelho, mas era
minha filha. A emoção foi enorme. Não sabia
o que fazer, se chorava, se ria. Acho que não
chorei, mas a emoção foi algo espetacular.
Só vivendo mesmo. Foi muito bom!

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Gosto de tirar foto desde que eu me
conheço por gente. Isso quer dizer des-
de os três, quatro anos, haha. Antes dis-
so, não lembro direito como eu era.
Sempre me baseei em ídolos e artis-
tas que eu gostava.
Meus ídolos eram o Rebeldes (RBD), no-
vela do México que o SBT exibia. Sonhava
que era a Roberta. Tinha até a boneca dela.
Pintei o cabelo de vermelho. Amava, canta-
va todas as músicas, era fã de carteirinha.
Ah, não posso deixar de contar que... Eu
tinha carteirinha de fã do Rebeldes.
Minha festa de seis anos foi do Rebeldes. Minha tia
Cida fez a roupa da Roberta. Só para vocês perceberem
como eu era fã: produzi fotos vestida de Roberta. Pedi
para minha mãe comprar um piercing e um microfone
para estarem nessas fotos.
Minhas brincadeiras normais eram iguais às da no-
vela. Cantava e me vestia igual. Usava saia jeans, blu-
sinha branca amarrada, gravata vermelha, bota preta
e o cinto.
Me vestia assim para viver como eles.
Mal sabia que a minha hora estava para chegar.

20

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