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Loureone Alc6ntoro José

N6dio Iglessios Mozzochi

O QUE VOCE
PRECISA SABER SOBRE
FPBIA,
E! ^cC rIC‹1
E TEM MEDO
DE PERGUNTAR
o qus vocfi
PRECISA SABER SOBRE
FOBIA.
ESPECIFICA
E TEM MEDO
DE PERGUNTAR
J83 Jose, Laureane Alcñ ntara.
O que vocé precisa saber sobre fobia especilica e tern medo
de perguntar / Laureane Alcñ ntara Jose. Nadia Iglessias
Mazzochi. — Novo Hamburgo Sinopsys Editora, 2021 .
56 p. il. ; 23 cm.

ISBN 975-fi5-5571-034-2

1. Psicologia. 2. Fobias. 1. Titulo. 11. Mazzochi, Nddia


lglcssias.

CDU f› I ft.89-005.441.1

Uataloga9ao na publica9ao: Vanessa Levati BiIT C RB 10/2434


Loureone Alcontoro José
Nddio Iglessios Mozzochi

O @UE VOCE
PRECISA SABER SOBRE
FOBIA.
ESPECIFICA
E TEM MEDO
DE PERGUNTAR

SiNOP5YS
2021
Sinopsys Editora e Sistemas Eireli, 2021.

Supervisao editorial: Ricardo Gusmâo


Editora: Paoln Ar iujo de Oliveira
Capa: Mauricio Pampluna
Prepara§ao de originais: Kâtia Michelle Lopes Aires
Editorapao: ]uliuno Gottlieb

Todos os direitos reservados a


Sinopsys Editors
(5 1) 3066-3690
iitendimento@sinopsyseditora.com.br
www.sinopsyseditora.com.br
AUTORAS

Laureane Alcontoro José


Psicologa formada pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra/Canoas).
Especialista em Avalia§ao Psicologica pela Pontificia Universidade CatS-
lica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e em Terapia Cognitivo-comporta-
mental pelo Centro de Estudos da Familia e do lndividuo (C EF1).
Possui capacita§ao em Desenvolvimento e Aconselhamento de Carreiras
pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Contato: laureaneaj@terra.com.br

Hodio lglessios Mazzochi


Psicfiloga clinica formada pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra/
Canoas). Especialista cm Terapia Cognitivo-comportaniental pelo Cen-
tro de Estudos da Familia e do Individuo (CEFI). Forma§ao em Terapiii
do Esquema pela Wainer Psicologia Cognitiva.
Contato: naddiaiglesias@hotmail.com
DEDICATORIA

Agrade§o aos meus pais, Vitor Hugo (in memori im) e Rudelena, por se-
rem a minha forma, minha tenacidade e meus exemplos dc vida. Obrigada
també m ao nieu marido, Fernando, e aos mens filhos, Caroline e Joao
Vitor, por fazerem a minha existéncia completa! A minha sogra, Eny (ir
tneoiorinm), por ser minha naaior incentivadora, pessoa que nunca estara
ausente, pois se aconchegoii dentro do 1 ugar mais presentc que existe:
nossos cora§ñ es!
Laureane Alcontoro José

Agrade§o aos meus pais, Lent e Paulo, por me permitirem o dom da


vida, e a minha amada vo Ondiiia, por toda sua sabedoria e dedicapao.
Obriga- da ao men marido, Nelmar, instigador amoroso e companheiro
de todas as horas, e a mens amados filhos, Matheus e Thiago, fontes de
luz, amor e inspirap3o. Gratidao a vida!
Nodio Iglessios Mazzochi
SUMARIO

O que é fobia especifica? I.3

Como se diferencia ansiedade e medo de fobia cs[iecifica?..................................21

Como se diferencia lobia cspecifica de out ros transtornos?..................................2ñ

L0utrcs transcornos gudem acumpallhar a fobia especifica?.................................27

Qual é a origcm das fobias cspec ificas*..................................................................29

f3 que acontece rite cerebro cJe quem tern fobia especifica?..................................31

fiumo coscuma pensar, sentir e se comporcar alguém coin


ficbia cspe«lñca?..............................................................................................................fi

A fobia especifica afeta a todos?................................................................................37

O que deve ser feito para que haja uma mclhord do individuo ffibico?............ñ9

Quais melhoras se pode esperar com o tratalTlento?............................................49

Se eu on alguém que conhcpo tiver fobia especifica, o que devo fazer?.............51

Considera§fies finais...................................................................................................................SQ

Referéncias....................................................................................................................................55

l.elturas recomendadas .............. ......................................................


INTRODU/AO

As emop‹›cs fazem parte dt› c‹›tidiano para desempenharcm papcl


prin- cipal cm nr›ss‹a dcscnvolvimcnto psicolc›gico. Pr›ucas cm‹›§‹›es nos
cleh- ncua mints› c]uanto ci medo, quc n.act su gar‹intc ness:i s‹›brcvivcncia,
rims taiub(na age come› um vcrt)ac1cir‹ limitadr›r ‹ie r›portunicladcs,
inibind‹› multas vaxes ‹› crcscimentr› pess‹ial. ( mccl‹› p‹idc ser incom‹id‹›
e parali- santc. N‹› cntant‹›, climina-l‹› per c‹implct‹› scria c‹›m‹i
anclarmt›s dcscal- p‹›s cm um ch.a‹› rcplct‹i etc cacos dc vidro — um risco
sem scntid‹› ‹juc afctaria cfc f‹ rma c4ircta n‹›ss‹› ec}uilibrio c- nossa
sobrcvivé ncia.
( I mcd‹› age c‹›ni‹› um mccanisinr› dc pr‹›teqfi‹ , pois cr›nsistc cm
um alcrta para a present a cfc perig‹›, csscncial para n‹issa preservat.an, c é
transitF›ri‹›, cmbtira a capaciclade de vivenciâ-lo seja uma lung.a‹› l›i‹›l‹›gica
inata: rcspt›stas ‹ie mcdra a ccrtos ‹ bJct‹›s c situa5F›cs s.a‹›, cm grandc
par- te, ac4quiric4as pr›r mei‹› cJa aprendizagern. Alguns niecl‹ s
cxpcrcnciadr›s aiudam a clcscrrvr›lver liabilidatles cfc enfrcntamento. No
cntant‹›, mm-
tr›s mcclr›s inicialmcnte normais poclcm persistir pr›r lunges periodos e
cJcscncaclcar prcjuix‹›s. QuancJo é cJcspr‹›p‹irci‹›nal ia amcapa ‹›u irracio-
nal, scguidr› dc cvita§.a‹› dais situaqr›cs c{uc r› ocasionam, dcnorninam‹›s
‹a mcclo cfc fobia.
An atlutar mccanismc›s cfc csquiva c fuga ‹›casi‹inad‹ s pelo pensa-
naentri tlistrirciilr›, r› in‹livi‹lur› fñ liicri acre‹lita ser incapaz de cnfrentar e
supcrar situap‹›cs ou objcttis c›riund‹ s de sua fobia especifica. lissc in-
clividuo tern consciéncia de c{ue scu medo é irrcal, scnte vcrponha c tcmc
c{uc outras pcss‹›as saibam dc sua fr›bia. Unitas vczcs, clcviclc› .a falta tlc
c‹inhccimcnt‹ s‹›brc o assunto, ‹›u descr›nsit)erando a existtncia clc um
tratamento efetivo, c› indivicluo fc›fico connive com divcrs‹›s pr‹ blcmas,
c‹›m‹› cm rclaqC›cs intcrpcss‹›ais, cm ativiclactcs dc lazcr c de aut‹›cuiclacl‹›,
sc›frend‹ até restriq‹›cs prc›hssi‹›nais. Tars imp1icap‹›cs clccorrcntcs ‹la
F‹›- bia inflricnciam dirctamcnte cm sua c{ua1icla‹le cfc vida.
12 I i›t rc›clu§ io

1*.ma ab‹›rdarmr›s r› transtorno de fobia especifica, prccisamos


cntcnrlcr ‹› que cxatamente signihca csse term‹ . t3 transtorno dc f‹›bia
cspccihca é uma condip.an caracterixada per alteraqcies dcsproporcionais
He pcnsament‹› e clas emo9r›cs, bem c‹imc› do cr›mp‹›rtamcntu, compro-
mctend‹i, assim, o funcir›namentc› psiquico.
l_lrr1 cooiport‹iirriit0 ‹zi/arzzz‹r/ ou um curto pcric›do de anormalidaclc cl‹a
estad‹› afetivc› nac› sigriihca, cm si, a prcscn a dc um transturn‹› mcntal
c›u cJc c‹›mportamcnto. Para que seja caractcrizadr› dcssa f‹›rma, é precise
c{uc essas an‹›rmalidadcs sejam pcrsistentcs ou recorrcntcs c cJuc resul-
tern end certa dcterir›ra§.an ou perturlia§ao dr› funcionamcnt‹a pcss‹ial, cm
uma ‹iu mais csferas da vida. the transt‹›rn‹›s rncntais também se caractc-
rixam p‹ir sint‹›mas c sinais cspccihcos c, gcralmcntc, set rem um cursr›
natural mais ‹›u mcn‹›s prcvisivel, a mcnr›s c}uc ‹icorram intcrvcn9‹›cs.
(.ontextualizacl‹› t› tciiia, considerair«›s iiii{a‹›rt:intc cscrcvcrm‹›s cstc
bvr‹›, de facil c‹›niprecns.a‹›, que objctiva ‹› cntcnclitcent‹› n.at› s‹› a‹› in-
clividu‹› fobicr›, mas també rn ar›s svus falniliarcs c amig‹›s. Acrcclitam‹is
que a psicocducap.a‹› exercc papel pri‹›ritari‹› para o b‹›m cntencliivcntu,
nrirtcandc›, csclarcccncJ‹› c encaminhancl‹› a‹i tratamcnt‹i a‹lcc uacJ‹ ›. 1'.s-
peram‹›s ‹jue esta ‹ibra contriliua pr›sitivamcntc, instiyancl‹› n.a‹› s‹›
c]clcm tcnha o transt‹›rno, mas també m aqueles c}uc uci rum sabcr um
p‹›uc‹› mais s‹ibrc ‹i assunt‹›. B‹›a lcitura!
o qUE E roBiA ESPECIFICA?

Pradia c um v‹›cabult› Crego que c4criva d‹› tcrm‹ p/›ol›iu, que, pr›r su:i vc'x,
cst5 rclaci‹›narla a Fobc›, uma rlivin‹ladc grcga quc pr‹›vcicava muit‹› nie‹1‹›
etc sees clcsafctos. f'ilh‹› tle /\res c Afrt›c1itc, Ft›b‹i era um t)cus que‘ pc'r-
s‹›nificava ‹› niec)‹ c)tirantc o c‹im1iate.

Fonte: Zxviclaackcsscr/Shuttcrst‹›ck.cr›m

I. cvar um sustr› a‹› ver uma aranha ou uma c‹›bra, sentir um fri‹› na
barriga an n‹›s aproximarmos dc uma janela no trigésimo andar cfc um
précJi‹› ‹›u hcar lotus clcsconfc›rt.aveis durante a realize ac› de um examc
dc sangue Rao reap(Yes nr›rmais diante de situapC›cs pouco habituais. f'n-
tretanto, ccnnc› ja tJit‹›, cJuantlr› ‹› medo é persistentc, dcsprop‹›rci‹›na1 c
irracional a um estimulo c{ue n.a‹i ofcrece pcrigo real ar› incJivit1u‹›, con
h- gura-sc cr›mi› uma fobia.
t‹›hia cnv‹›lve ansicdac4c antecipatñ ria, ivcdr› cl‹›s sint‹›naas t’isic‹›s,
cs‹juix a c ftipa. (Juanclc› ‹› metlc› cxccs.sive apresentii cstimul‹› dc h nicl‹›, dc-
n‹›m1na-sc f‹ibia cspccifica. /\ caracteristica esscncial cla f‹›bia cspccihcii é
t › i»c'‹l‹ › :itcntu‹itJ‹ › c pcrslstc ntc dc objet‹›s ou s1tua§F›cs claranientc conlac-
ci‹liis c}uc passarn a in fi ucnciar decisivamente a vida e a saude c)r› individuo.
/\ c xp‹›sip.a‹› a‹› cstimulo fr›bico provr›ca, c}uase c{uc invariavclmcntc,
irnccliatii rcspc›sta cfc ansiedade. Aclolesccntcs c aclultc›s normalmcnte rc-
c‹›nhcccm que ecu tcmc›r c excessive C›u irracional. Essc tipo dc tcm‹›r,
n‹› cntant‹›, pride n.an oct›rrcr cm crianqas, cm raz.ao de o estlmulo fobicr›
ser cvitadr› cr›m mair›r frcc{ucncia, cmb‹›ra, as vcxcs, ic)a sup‹irtad‹› cram

Scguncl‹i a 5‘ ccli§rao cfc Maturer/ rli i, no. ti‹“o e est itistii'o be lr‹uistoi’iios their-
/ i/.i (DSM-.5) (American Psi'chiatric Assr›ciati‹in | A PA|, 2014), a fobia
especihca sera diagnosticatla naediantc os scguintcs critéric›s:

NIct1‹› ou ansieclade accntuad‹›s acerca dc um ‹›bi*t‹› ‹›u


situap.a‹› (p. cx., v‹›ar, .ilturas, animais, t‹›mar uma in jet.a‹ , ›'er
sanpmc). Nota: 1'.m crian§as, ‹a medri ‹›u ansicclaclc poclc ser
cxprcsso
per ch‹›r‹i, ataques cfc raiva, irn‹›biliclac1e ou conaprirtamcnt‹ etc
agarrar-se.
I c›bjcto ‹ u situaq.ac› f‹›bica quasc invariavelmentc prov‹aca uma
resposta imediata de medo ou ansiccla‹1c.
(I ‹›bjctt› ‹›u situap.an f‹›bica é ativaniente evitadr› on sup‹irtaclo
com intense ansiedade ou sofrimento›.
D. ( rr1ccl‹› ou ansiecladc e clesprop‹›rcional cm relay.ate a‹› perigri
real imp‹astr› pcl‹› objeto ou situaq.ac› especifica c a‹› c‹›ntcxto
soci‹icultural.
£ 1 medo, ansiedade on esquiva é pcrsistcntc, geralmentc com
dura§.ar› minima dc scis mcses.
I mcclo, ansiedade c›u csc{uiva causa sc›frimcnto cfinicamcntc
signihcativo r›u prejuizo no funcic›namcnt‹› social, profissional
c›u cm c›utras areas imp‹›rtantc.s Fla vida do indivicluo.
‹i. A pcrturba§.ar› nan é mais Mem cxplicada pclos sintomas de ou-
tro transtorno› mental, incluinc)O mecJo, ansiedade c esquiva cfc
situa§oes associadas a sintr›mas do tipo panico ‹›u c›citr‹ s sintei-
mas inc:ipacitantes (ct›mo na agorafobia); r›bjctt›s ou situa§c›es
rclaci‹›nadr›s a ‹›bscsst›cs (ct›mo no transtc›rno obsessive-com-
pulsive›); cvuca(ac› cfc cvcnrus traurn.atic‹is (crim‹› url transtorn‹i
dc estresse phs-traumâ ticr›); separapfio tlc casa c›u dc hgiiras ‹le
apego (com‹› n‹› transtorno dc anslccladc cfc scparaq‹a‹›); ‹iu situa-
pries sr›ciais (ct›mr› nt› transt‹irno dc ansiedade sr›cial).
O que vucé prec isa saber sobre fobia espe*ihca c tern medo de [ierguntar 1.5

sf›e‹“pii’ar se:
(?radigo bascadr› no estimulo tâbicr›:
300.29 (F40.218) Animal (p. ex., aranhas, insctos, caes).
300.29 (F40.228) Ambience natural (p. cx., alturas, tempcstatlcs, iigu a).
300.29 (F40.23x) Sangue-inje$ño-ferimentos (p. cx., agulhas, pr‹›cc‹1i -
mcnt‹›s inédic‹is invasivos).
Nota para codifica$ao: 1'.sc‹ lher o cñcligo especihco c)a N/‹ii.///r‹it›/» lit-
ter ii icioiiui' ‹ie 11oe/ if.‹ (I ID- 1II-Elf?), como septic: F40.230 mcd‹› cfc
s:in- que; F40.231 medo de in|epñes c tranrsfus‹ics; F40.232 mcdr› dc
‹›utrt›s cuid:«l‹›s cticr›s; ou F40.233 mcd‹i dc fcrimcntos

Subtipos de fobia especifica


F)a sul›tip‹›s c)c f‹›bi.i usiicl‹›s para indicar ‹› f‹›cr› clr› meclr› ‹›u ‹la esquiw.i

Animal. Neste subtipr› clcve-sc espccihcar sc ‹› mcc)‹› é causac4o per ani-


mais riu inset‹›s, em gcral com inicici na inI.ancia.

Ambiente natural. N estc subtipo clevc-sc espccihcar sc ‹› mctJ‹ é ciiu-


sadr› p‹ r ob)et‹›s dc› ambicntc natural, tars c‹›m‹› tcmpestacle, altura ‹iri
agua, gcralmcntc c‹›m inici‹› n:i infâ ncia.

Fonie: lc‹ ›nic i3csu:try /Shutterstt›ck.c‹›ni


6 £ qcic e £obia cspcclfica*

Sangue/inje(ño/ferimentos. Ncstc subtipo deve-se especificar se o


medo› c causado pOr ver sangue uu ferimentos, per receber injepao ou sub-
meter-sc a ‹iutr‹›s procedimentos médicos invasivos, como transfusfies.

F'onte: ciIJ\’clcsigm/ñhuttcrst‹›cL.c‹›m

Situacional. Nestc subtip‹i deve-se apontar se o medo é causad‹i


p‹›r uma situa§.a‹ especihca, como andar cm transpr›rtes coletivos, passar
por tuneis ou pontes, cntrar em elevad‹›rcs ou avioes, dirigir Ou pcrma-
nccer em locais fechados. Estc subtipo tern Lima distribuipao bimodal cfc
icladc de inicio, cram um pico na inf.ancia c ‹›utro na mctadc da casa dos
20 anos. F. aparentementc similar ao transt‹ run de r'nico com agoraf‹›-
bia em suas propr›rgc›es caracteristicas entre rms sexes, padrao dc agrega-
far› nas familias c icladc de aparccimcnto.

Fonte: Visual €icncrati‹›n /Shutterst‹›cli.c‹›m


t que vucé prccisa saber subrc ?ubia cspcc ifica e tcin medo etc perguiJ car 17

Outro tipo. Nestc subtipo c)cve-se especificar sc o medt› é causiicl‹›


por outrt›s estimulr›s, como medo ou esquiva de situaqfics que potlcriam
lcx'ar a asfixia, vomitus ou contra§a‹i dc uma doen§a, dc “espa§o” (istr› c,
c› individuo teme cair sc cstiver afastadra dc parades ou riutrr›s mcios tlc
apoio fisic‹›) ‹›u dc sons altos r›u personagens cm trajes cfc fantasia, cix
crianpas.
A ‹irdcm cfc frcc}uéncia dnas subtipos n‹is c‹antcxtos clinicos de adul-
tos, cfc mais at› menos frec{uentc, é a seguintc: (a) situacional; (b) ambien-
ce natural; (c) sangue/inJc§.ar›/ferimcntors; (d) animal. I'm muitos cas‹›s,
mais de um subtipo de fobia especihca est.a presents. t I fate dc c› indivi-
dur› ter uma ft›bia dc um c4eterminado subtipo tcndc a aumcntar a pro-
b,bilidadc dc dcscnvolvcr outra fr›bia dr› mcsmo subtip‹› (p. ex., medo
dc gatos c de cobras). Quanrlo ha mais de um subtip‹i, t‹ic)os c)cvem ser
anotaclos (p. ex., tobia especifica dc tipos animal c ambiente natural).
\s f‹›bias cspccihcas tambcm pudcm cnv‹ lver prcocupa§oes acerca
cJc pcrder ‹› c‹ ntrole, entrar cm p.anict› c clesmaiar cliantc c)‹i ‹ bjeto
temido. ( Is indiviclu‹›s c{uc terriers sangnic e ferimentt›s, p‹ir exemplc›,
podcm tam- bé m sc preocripar com a possibilidacle ‹ie desmaiar, c pcssoas
que temem
Si fLliiC,tJCS tiITI illTl iCf1tCS CCh0€JOS /OC)C1TI t01Tl)t° ITI SC rCtlCU/flf flCCfCR C)‹i

perder o contr‹›lc c gritar. \ ansicclac4c é sentida c{uase e ,r'= imediata-


mente ao cranfronto cr›m ‹› cstimul‹› fc›bicr› (p. ex., uma pessc›a com uma
f‹›bia cspccihca de gatos quase que invariavclmcnte tcm uma rcsposta imc-
cliata dc ansicdadc fiuanAc› fr›r§ada a sc defrontar ct›m um gate).
Scgun‹l‹› r› l3ShI-S, a f‹›1›ia é uma etas c{cicst‹ies mais preocupantcs
entrc os transtornos dc ansiedadc. Entre a popular.an sundial, j.a foram
identihcaclos mais cfc it)() exemplus de fobias espccihcas. Veja nt› €2ua-
dro 1.1 uma lista de fobias.

Quadro 1.1 Fobias


Abissofobia Medo de precipicios, abismos
Acrofobia Medo de altura
Afefobia Medo de ser tocado, sexualmente ou nâo
Agorafobia Medo de lugares péblicos ou de onde seja dificil sair
Aicmofobia Medo de procedimentos médicos, como inje§âo
Ailurofobia Medo de gatos
Anginofobia Medo de morrer ou ver alguém morrer engasgado
Apifobia Medo de abelhas
(Continua)
Quadro 1.1 Fobias (continuapâo)
Aracnofobia Medo de aranhas
Arofobia Medo de voar
Bacilofobia Medo de microbios
Bacteriofobia Medo de bactérias
Balistofobia Medo de misseis
Basofobia Medo de andar ou cair (inabilidade de ficar em pé)
ou basifobia
Batofobia Medo de alturas ou de ficar fechado em edificios altos
Batonofobia Medo de plantas
Batracnofobia Medo de anfibios (como sapos, salamandras, râs, etc.)
Brontofobia Medo de trovoes, relâmpagos
Cancerofobia Medo de cancro
Cardiofobia Medo de cora§âo
Carnofobia Medo de carne
Catagelofobia Medo do ridiculo (estar ou ser)
Catapedafobia Medo de saltar de lugares baixos ou altos
Claustrofobia Medo de lugares fechados
Coulrofobia Medo de palhagos
Decidofobia Medo de tomar decisoes
Demofobia Medo de multidoes
Demonofobia Medo de demonios
Dendrofobia Medo de ârvores
Dentofobia Medo de dentistas
Eclesiofobia Medo de igrejas
Electrofobia Medo da eletricidade
Eleuterofobia Medo da liberdade
Elurofobia Medo de gatos
Emetofobia Medo de vomitar
Fengofobia Medo da luz do dia ou nascer do sol
Filemafobia Medo de beijar
ou filematofobia
Filofobia Medo de enamorar ou de se apaixonar
Filosofobia Medo da filosoha
Fobia social Medo de estar sendo avaliado negativamente (socialmente)
Gefirofobia Medo de pontes, viadutos
Glossofobia Medo de falar ou tentar falar em péblico
Gnosiofobia Medo do conhecimento
Grafofobia Medo de escrever ou de escrever â mâo
Hadefobia Medo do inferno
(Continua)
c que vuce precise sahcr snhre Fobia cspecifica c ccm medo de gcrgunfar 19

Quadro 1.1 Fobias (continuayâo)


Heliofobia Medo do sol
Herpetofobia Medo de anfibios, répteis
Hidrofobia Medo de âgua
Ictiofobia Medo de peixes
lnsectofobia Medo de insetos
lofobia Medo de veneno
Isolofobia Medo de ficar sozinho
Itifalofobia Medo de ver, pensar ou ficar com o pénis ereto
Laliofobia Medo de falar
ou lalofobia
Ligofobia Medo da escuridâo
Macrofobia Medo de esperar muito
Mageirocofobia Medo de cozinhar
Maieusiofobi Medo da infância
Malaxofobia Medo de amar
Molimofobia Medo de infec oes
Necrofobia Medo da morte
Oclofobia Medo de multidoes
Ocofobia Medo de veiculos
Octofobia Medo do némero 8
Ofidiofobia Medo de cobras
Ornitofobia Medo de pâssaros
Pagofobia Medo de gelo ou congelamento
Panofobia ou Medo de tudo
pantofobia
Pantofobia Medo do sofrimento ou doen§a
Quionofobia Medo de neve
Quiraptofobia Medo de ser tocado
Rabdofobia Medo de ser severamente punido
Radiofobia Medo de radia§âo e radiografia
Ranidafobia Medo de râs e sapos
Somnifobia Medo de dormir
Soteriofobia Medo de dependéncia dos outros
Surifobia Medo de ratos
Tacofobia Medo de velocidade
Taeniofobia Medo de solitâria (ténia)
ou teniofobia
Tafofobia Medo de ser enterrado vivo
Tripofobia Medo de buracos
Triscaidecafobia Medo do némero 13
(Continua
20 t ‹]tie é fi›biii especifica*

Quadro 1.1 Fobias (confinuayâo)


Urofobia Medo de urina ou do ato de urinar
Vacinofobia Medo de vacinas
Venustrafobia Medo de mulheres bonitas
Xenofobia Medo de estrangeiros ou estranhos
Xerofobia Medo de secura, aridez
Xilofobia Medo de objetos de madeira ou de floresta
Zelofobia Medo de ter citimes
Zeusofobia Medo de Deus ou deuses
Zoofobia Medo de animais
COMO SE DIFERENCIA ANSIEDADE E
MEDO DE FOBIA ESPECIFICA?

iS ansiedaclc é uma cmoq.an normal dr› scr humano. Sentimr›s ansicdarlc


‹juand‹› tcm‹is cfc rcalixar uma prova classihcatr›ria, prcst:ir o vcstibular,
cutrcntar algunia r)ihculdade nr› trabalh‹i ‹›u em Iarnilia, participar dc
uma competiq.ar› c›u até fazer :i viagem clefs n‹›sst›s s‹inhos. A ansicdaclc
haz parte clr› n‹›ss‹› sistcma dc dcfesa c tern c‹ ni‹› ‹›b)ctis'o n‹›s protcgcr;
entrctantc›, a‹i atingir niveis clcx.c1‹›s, ‹›casionand‹› ‹i‹› indix'idci‹i sr›fri-
mcntos c prc)uix‹›s, cla ti›rna-se patol‹›pica. ( in‹liv1cluo ansi‹›s‹› vivc cm
uin cstac4‹› cle alcrta c‹›nstantc p‹›r causa c)c uma situaq.a‹› que pode
ac‹›n- tcccr c caus:ir s‹›t’rirncnt‹›. De ac‹›rr)‹› com o rclat‹›ri‹ de 21117 tla
(Jrgani-
zaqa‹ hlunclial da Sauilc (I iNIS, 21117), ‹› Hrasil ( canapc.a‹› cm
ansicclaclc. ( I peats x'ivc atualmcntc urna cpiclcna iii cl‹ › transt‹ rn‹›: s.a‹i
8,d› milh‹›cs ale brasileir‹›s ('9,.3"’‹› ‹)a p‹›prilap.a‹›) cr›rrvivcnd‹i com
algunia f‹›bia, c{ue ac‹›mcte mais as mulheres (ccrca c)e 7,7"’‹›, ‹› d‹›bro

cfc t‹›tal dc h‹imens,


\o difcrenciarmos a ansiedade do medo, p‹›‹lcir‹›s ahrmar que ‹›
mec4‹› é urn scntimcnto relative a um fator real, palpavcl, que cxiste. J a
a ansiccladc c como se ft›sse uma expcctativa cle um pcrig‹› incert‹›, alga›
cJuc a gente imagine c{uc va acontcccr c sc julya incar•= "= ^dar. ( )utra
difcrcnpa esta na dist.ancia d‹› perigo: a causa da .insie‹1a‹le vsta no
futur‹›, cnc}uanto a causa cm mcclo é uma amca§a pr‹›xima. Tantr› o medr›
cjuant‹› a ansiedacle fazcm parte d‹› sistcma 1imbic‹›, responsavel pr›r
n‹›ssas cna‹›- qâes c nossos c‹›mp‹›rtamentus sociais. Steele e ansiedade
lr›calixana-sc na mcsma regi.au cfc› cérebr‹›: a amigclala (Figura 2.1). Sua
fund.a‹i é :in:i- lisar pr›ssivcis amcapas a‹› n‹›sso veâr›v, registrar os perig‹
s c armaxcnar n‹ yes riscr›s para r› future.
Na fobia especifica, a caracteris tica esscncial c r› mcd‹› accntuiitl‹›
c pcrsistcntc dc ‹›bjet‹›s run situa§‹›cs claramente conhccidas, c|cic p:iss:i
22 t /‹›rn‹› sc d ifcrcncia ansiedade e medo de fobia especifica?

ii infiucnciar clccisivamente a vida e a saude do individuo. A exposipao


:i‹i estirnul‹› fc›bico provoca, quase invariavelmente, imediata resposta de

Figura 2.1 Si.stema lJmbico.


Fonte: adaptacJa de joshya/Shutterstt›cL.cr›m.
COMO SE DIFERENCIA FOBIA ESPECIFICA DE OUTROS TRANSTOR

I ixistem outros transt‹›rnos psiquiltricris que p‹aclcm ser c‹›nfunclicl‹›s


c‹›na f‹›bia cspccilica clcviclr› .i scmelhanqa cfc sua sinti›mato1‹›gia. Para
que cssa difercnciaq.an entre transt‹›rnc›s ‹›crirra, utilize-se urn cliagn‹›s-
tic‹› clifcrcncial, mé t‹›cl‹› para icJcntihcar cJocnqas, fcito p‹›r prr›cess‹› cfc
climinac.a‹› apc›s a criivparaq.ar› cfc sinais c sint‹›mas c‹›m ‹›s dc ‹›utras
cl‹icn§as c p‹›r c1cdu§,a‹› bascacla end um prr›ccss‹ tic cxclus‹a‹›. /\
scpair, c)cscrcx cm‹›s r›s transt‹›rn‹is, scgunc1‹› ‹› L)ShI -5 ( \P \, 2(114),
para que possivcis dux'itlas scjam sanaclas c cliagn‹›stic‹›s cc|tiiv‹ cacl‹›s
n‹ao sc)aiv rcalix:idt›s.

Agorafobia
›\ caractcristica csscncial é o medo ou a ansiccJadc accntuac4‹›s ‹›u ii-
tensors descncaclcados pela cxp‹›siq.a‹ real our prcvista a dix'crsas situa-
qt›c?s. /1 fodia cspcci lica situacional p‹icic sc parcccr com a apr›rafr›hia
na sua aprescntaq.a‹› clinica, dada a sc›brcposiq.a‹› nas situaq‹›cs tcmitJas.
Sc um individu‹› tcmc apenas uma clas situaqc›es cJa ayorafobia, cnr.a‹›
f‹›bia cspccihca, situacional, p‹›c4c ser diagn‹isticada. Sc t)uas thu mnis
situaqr›es tle ap‹›rafr›bia s.ar› temidas, him diagnc›sticr› cle agr›raf‹›laia é
pr‹›vavclmentc |usti hcaclo. 11 rn inclivicluo que tern medo dc ax'i‹›es c
clcvadorc s, c{uc sc s‹›brcpF›c .a situaq.a‹› cfc ag‹iraf‹›hia rclacion.ref a :it ›
usO de transports publics , p‹›r exemplar, mas nan tern medo ‹ie ‹›utriis
situapfics dc ag‹›rafobia, scria diagnosticado c‹›m f‹ibia espccihca, si -
tuacir›nal. J a um individuo cJrie tern metlo dc ax'iF›cs, elcva‹l‹ircs c naul-
tidocs, cJuc sc sohrcp‹›e a cluas situiipr›cs de aguraf‹›liia, c‹›na‹› us‹› Plc
transp‹›rte r°blico e permanc ncia em uma fila e entre utai.i iiirilti‹l.a‹›,
scria cliagn‹isticaclo c‹›m agr›rafobia.
24 t \oiuti se diltreiiciu lohia es}iec ifica de outros transtornos?

Transtorno de ansiedade social


iK car.icteristica csscncial c)‹ transt‹›rno cfc ansiedade sr›cial é um me‹l‹a
‹›u uma ansiedatle acentuat)‹›s ou intensr›s de situapF›cs s‹›ciais nas quais
‹i inclivicluo p‹›dc ser avaliado p‹ir outras pess‹›as. Sc as situa§‹›es sa‹o te-
midas devido .a possivel avalia§.ao ncgativa, deve ser diagnr›sticadt›
trans- tr›rn‹› de ansiedade social, em vez de fobia cspccihca.

Transtorno de ansiedade de separas^o


1. caractcrizado pelr medo ou pela ansiedade exccssivos cnvolvcnd‹› a
scpara§.ao de casa ou dc hguras dc apegr›. A ansicdaclc cxcede o esperadr›
c‹›m relay.ar› a‹› estagit› ‹ie clcsenvolvimento clv› individu‹›. Sc as
situaq‹ies s.an tcinidas dcvido .a scparap.ari das hguras de apego, cJex•e scr
diagn‹›s- ticacl‹› transt‹›rno dc ansiedade c4c scparap.an cm vcz cfc fi›bia
cspccific:i.

Transtorno de pânico
Referc-se a ataques cfc p.anicr› incspcratl‹›s rcc‹ rrcntcs. l_llT1 atacJuc c4c
panico ( uma crisc abrupta cfc medr› r›u desc‹anfr›rt‹ , intense, que
alcan§a um pic‹› cm minut‹›s. Durante ‹› cpis‹›clio, ‹›c‹irrcm c}uatro ou
mars dos scprintcs sintr›mas: sucl‹irese, sensaq:in dc- us fi xia, d‹ir ‹›u
desc‹›n f‹irt‹i abclonainal, palpitapF›cs, tacJuicardia, etc. £)s individuos cram
fobia especi- fica p‹›clem experimenter atac{ucs tie p.anico quanclo
c‹infr‹intacl‹is c‹›m a situaqa‹o on c‹›m ‹› objct‹› tcmido. Deve ser clacl‹i o
cliagn‹istico de f‹ibia espccihca sc ‹›s ataques dc p.anicri ocorrem apenas
em resposta an obJetr› ou 3 situag.a‹i especihca, e um diagnostics cfc
transt‹›rno de p/anict› sc o indivic)uo tambcm experiments atac{ues de
p.anico inesperadr›s.

Transtorno obsessivo-compulsivo
E um transtorno caracterizad‹› pela prcscnpa dc ‹›bscssFaes c
compulsc›es. Obsessñes sao pcnsamcntr›s repetitivos e persistentes,
iniagens c›u impulsr›s; nan sau prazer‹isas ou cxperimentadas comr›
volunt.arias; saw› intrusivas c indcscia •s, c causam accntuado
s‹›frimento ou ansiedade
na maioria das pessoas. Compulsñes sao cr›mportamcntos rcpetitivos
on atos mentors que o individu‹› se scnte c‹›mpclido a executor em res-
posta a uma obscss.ac› ou dc acc›rdc› cmm rcgras c}ue devem ser aplicadas
O que voce precisa saber sobre fi›bia especifica c tern medo de petgu ntar 2h

ripiclamcntc. Se o mcd‹› ‹iu a ansieclacle cfc um inclix'idu‹i c cfc um ‹›b-


jetc› ou situa§‹ao como rcsultado de ‹abscssC›cs (p. ex., med‹a de sanpme
£)CV iSO a QC fISRlTICII IO S GB SPSSiVO S 3CC fCil DC COFltii ITU Flil\.SO /O r GJC II tCS

patogénicos transmiticl‹›s pel‹› sand ie; mcd‹i de c)irigir dcvi‹lo a imagcns


‹›bscssivas dc causar fcrirncntc›s a ‹ utras pcssoas) c sc ‹ utrris critéri‹›s
diagnr›sticos para transtr›rnri ‹obsessive-c‹impulsivo sao satisfeitos,
ent.a‹› elc clcvc ser ‹liagnristicail‹›.

Transtorno de estresse pés-traumât1co


\ caractcristica cssencial tlcstc transtorno é o descnx'‹›lvimcntc› dc sint‹›-
mas caractcristicr s apri›s a cxptisiq.ari a um run mais cvcnt‹ s traumatic‹›s.
(?as‹› a f‹il›ia sc cJcscnx•‹ilva apt›s um cvent‹i traum5tico, clcvc ser cun-
siclcraclc› transtorno cfc estresse pis-traumatic‹i c‹›m‹› c)iagnustic‹›. I'n-
trctant‹›, cvcntr›s traumaticos podeni p›rececler ri inicio dc transt‹›rn‹› cfc
estresse p‹›s-traum,atic‹a c a f‹›bia cspccihca. Ncssc cas‹›, um c)iagn‹›stic‹›
tlc fc›bia especihca é c)adr› s‹ mcnte sc n?ao s.ar› satisfcitr›s tc›cir›s os crité--
ri‹as para transtr›rn‹› cfc cstrcssc p‹›s-trauiu5tico.

Transtornos alimentares
S.a‹› caractcrizaclus per urina pcrturbaq.act persistence na alimcntaq.a‹ ‹›u
nr› comportalrcntr› rclaci‹›nac)o .a alimcnta§.ar› c|ric results nr› consume›
ou na abs‹›r§âo alteracla de alimcnr‹is e que colvpromete signihcativa-
mentc a saUdc fisica ‹iu ‹› Funci‹›namcnt‹› psic‹›ss‹ic1al cl‹i inc1iv1du‹›. I rn
c4iagn‹›stic‹› dc f‹›bia cspccihca na‹.› é dadu se t› c‹importamcnt‹i dc esqui-
va esta limitacJo exclusivamcntc a esquiva de a1imcnt‹›s c esrimulus rc‘lii-
cir›nados a alimcntus, cm cujt› cas‹ um diagncisticci cfc ancircxia ncrvt ›s.i
ou bulimia cleve ser c‹›nsiderado.

Transtornos do espectro da esquizofrenia


e outros transtornos psicéticos
Quancl‹› ‹i mcdr› c a esc|uiva c4ccorrem de pcnsamcnt‹› iltliraiiic (ct›iiJi ›
na cs‹juixofrcnia ‹ u nO c›utro transtorno cl‹ espectro› Fla csc}riiz‹ ›trcni:i
c' c›utr‹›s transt‹›rnr›s psicr›ticr›s), um diagnr›sticr› tic f‹›l›ia c s}oc‘cilic.i n:i‹›
c’
JLlstihcad‹i.
OUTROS TRANSTORNOS PODEM ACOMPANHAR A FOBIA ESP

'. imp‹›rtantc rcssaltar c}uc ‹›utrr›s transtorn‹›s p‹‘›cicm estar assr›ciad‹›s


a urina tr›bia espccihca, c s.an chamac)r›s cfc comorbidades. ( 1 tertai‹›
roiiiorl›irlud‹• e f‹›rmac1r› pelr› prchx‹› latin‹› ‹»/, que siyni hca c‹intiguid‹icJc,
c‹›rrclaq.a‹ , cr›mpanlaia, e pela palavra ziot-l i‹lurle, ‹›riginac1:i cfc iiiorl ii.‹,
que clcsipna cstatl‹› pat‹›l‹\glc‹› thu cl‹›cnpa. I°ara havcr c‹»c‹›rbic4aclc, t
impr›r- tante a relay.a‹› c a cr›ntinuidac1c teiaip‹iral entre transtorno›s,
que p‹›‹lcm surpir simultancamcntc ‹›u um prcccdcr ‹ r›utr‹›.
fr›bia cspcci'hca raramcnte é vista em contcxt‹›s clinicos na ausén-
cia dc ‹›utra pat‹›logia, cmm frcquencia csta associada a uma varicdade
dc outrr›s transtornc›s, cspccialnacntc elcprcs s‘zc› cm adult‹is mais vclhos.
Dcvicl‹› a seu inicio prccr›cc, a f‹›bia cspccihca c‹›stuma ser ‹› transt‹›r-
no cjuc primeirr› sc clesenvolvc. ( Is incJividu‹›s ft›bicos apresentam uma
probabilirladc dc 6t J"ñ › dc tentative ale suicicli‹› cm rc1apa‹› a‹›s incJix'iduos
sem diagnostics›.
U.ntrctanto, é provavel que cssas taxas clevaclas sc dcvam principal-
iaicntc at› dcscnvolvimcnt‹› dc ‹outros transt‹›rn‹is (cr›morbidades), in-
cluinc)r› r›s clemais transt‹›rnos de ansie‹ladc, transtornos cleprcssivi› c
1iipr›lar, transtt›rnos relacionaclos a substancias, transt‹irno cfc sintomas
st›maticos e rclaci‹›nados, bcm como transtornc›s da personalidade ( ar-
ticularmente transtorno da pcrsr›naliciadc dcpcnclentc).
28 I In i i i ›s i r.i usr i›rn‹›s [›‹ulc-ni aerm[iii n h ur a fobia cspccihca°

Fonte: :«lapt:«la tic Tiitian:i Srtilla‹›/Sliuttcrst‹ ›ck.c‹ ›rn.

LEMBRETE IMPORTANTE
Na maioria das vezes, a fobia especifica nao é diagnosticada e as-
sim mo recebe tratamento adequado, ja que o foco se concentra
nas comorbidades. Geralmente o paciente queixoso nao procura
atendi- mento em fun§ao da fobia especifica isolada, apenas quando
apresen- ta comorbidade(s).
Isso se deve ao fato de a fobia estar geralmente associada a um
sofrimento mais leve ou a um menor prei•izo no funcionamento
pessoal do que os demais diagnosticos. Na auséncia de outros
trans- tornos, a busca por ajuda associa-se aos casos de fobias
causadoras de maiores prejuizos funcionais, fobias mñ ltiplas on
ataques de pani- co em contexto ffibico. ’
Ao primeiro sinal de medo acentuado e persistente de objetos
ou situapses claramente conhecidas, que passa a influenciar
decisiva- mente a vida e a saude do individuo, procure um
especialista, psico- logo ou psiquiatra.
QUAL E A ORIGEM DAS FOBIAS ESPECIFICAS2

.\s fr›bias cspecihcas parcccm ser aclc}uiriclas cle naaneira.s bastantc lactc r‹ ›
péneas, varianclo cm fund.an cJc difercnpa.s indivicluais, aspectos anabicrNais
c’ cfc scus subtipr›s, entre r›utrras fatores. Por excmpl‹›, uma pcss‹›a tern urn:i
c i'isc cfc .anicr› ar› ilirigir, c a partir rlcssc alia passa a evitar clirigir ‹lms.i
c‹›nipanla:inta, c‹›m tcm‹›r cfc passar mal c n.an ter ning iém p‹ r pcrt‹› par:i
auxili:i-1:i. Talx'cx csse tem‹›r sc expands para um l‹›ca1 cir clue a saitla seja
‹lificil cm cas‹› ‹lc mal-estar, cornt› cinemas c tcatr‹›s. Surgiu, assim, uni:i
•ip‹›rafolaia, tim mcclo gencralizaclo cfc s‹›frcr um mat-estar e n‹ao ter
coni‹› c‘scapar ‹ui reccbcr auxilic›. CJutra }acssoa pocJc ter st›fric1o, p‹›r
cxcmpl‹›, uma cxpcricncia traurnatica cm um acidcnte ale carry›, c .i partir
dcssc alia
n.i‹› ‹picrcr mais anclar cfc carro, ‹lesenv‹›1vcncl‹› mrna fobia csPccihca a car-
r‹is. Pcrccbam‹›s ‹juc o mccl‹› cfc andar ale carrt›s e igmal, mas a origcm c
‹›
prr›pri‹› mcdi› s:i‹› funclamcntalmentc cliferentes. No prinacir‹› case, ‹›
c]uc sc evita c hcar cm uma situa$.a‹› cm c|iie o s‹›c‹›rr‹› p‹›ssa ser
cr›mplicacli›; n‹› scgtinclr› case›, ‹ que se cvita é ‹› carr‹› cm st mesmo.
Racliman (1'777) c‹›nsi‹1cra que cxistcm trc-s canfinlios c)ifcrcntc's
para o aparccimcntr› ‹la fr›bia. Dirctamcntc, ‹›s principals c‹›mponcntc's
cm c‹›mp‹›rtamcnt‹› f‹›bico s.ao psicr›hsir›lñ gicos c cr›mpr›rtamcntais.

1. Condicionamento classico (reflexo ou pavloviano): :i‹›


sc parear um estimul‹o incondicionad‹› e um csti“mulo nc'u-
tro, este ultimr› aclquire propriedadcs cfc› Prirncir‹ c t‹ rna-sc
cstimul‹i c‹›ndicionad‹›.

Fobias: surgem ao sevicariante


° Condicionamento parear um estfmulo neutw
(aprendizagem do indivi-
duo por meio de observa ño de modelos): aprcn‹1iz:igeir
com eskmulos averslvos incondicionados.
cl‹› incliviclu‹› p‹›r mcic› cla r›bscrvap.a‹› dc m‹›i1c1‹›s.
\() I lii.\l .I i›ri¿c-in cl.IS lt›hi.i› cS|›ctlf3‹‹iS*’

Transmissñ o de informa§ñ es/instru Ses: in f‹›rluapr›cs i c r1›ais ncpa-


Fobias: surgem do condicionamento vicârio
tivas acerca cl‹› r'1›Jct‹› f‹›bic‹› s.‹› triinstuiticlas, aclquirinrl‹a pr‹›pricdat1cs
‹i crsii‹is.
de respostas de fuga/esquiva fébica.

1'sistem, ainrla, I:it‹›rcs ir:intcnccl‹›res da f‹›l›ia cspccihca. \ ansic-


Fobias: surgem com as distor ées cognitivas, medo
‹facie antccipat‹*ria frcntc a‹› estiiairil‹› f‹Jliicr› ‹icion‹i cin‹›9(Yes cfc incc1‹› c
desproporcional e comportamento evitativo.
ansicc1ac)c, Mem c‹›rn‹› pcnsanat•nt‹is cxager‹ic3‹›s c cat‹istr‹›hc‹›s. I int1ii'i-
‹1 uo f‹›liico s‹›fre :iltcraq‹›cs hsiolr›giciis que serx'cm cfc {orcpar;iq.in para as
situapF›cs dc luta, fuga ‹›u pariifixaq.ar›. I 'secs c‹›mp‹›rtamcnt‹›s rcf‹›rqani
‹›s pcnsamcnt‹›s c as cna‹›qfi›cs cJcsapraclaveis. T‹›cl:i ver ijuc sc utilix:ink
as cstraté gias cfc cs'it:ip.a‹› r›u fuga, ailment.ina‹›.s as chances cfc rc]octi-
las em erm cvent‹› futur‹› c}ric cnv‹›lva ‹› ‹›lajct‹ › ‹›u a situaq.a‹› f‹›bica. f
Asses fat‹›rcs rctr‹›aliiiicntam c m:intcni ‹› tr:inst‹›rn‹› (l'igcira W.I).

Fatores cognitivos
Pensamentos sobre o grau de perigo de um estimulo fobico.
Dévidas quanto ao tratamento.
Resisténcia â mudan§a: mais comodo viver com a fobia do que lutar contra eta.

Objeto ou situa§âo Conduta evitativa

Perpetua§âo Refor§o negativo (retirada dos estimulos ameagadores


da conduta evitativa
Figura 5.1 l'at‹›rcs ni.intcnecl‹›rcs ‹l‹› transt‹›rno.
O QUE ACONTECE NO C#REBRO DE QUEM TEM FOBIA ESPECI

Mem sombra de duvidas, r› ccrcbro é o organ mais misterioso e pobrc-


rncnte compreendido do corpo humano. F.mbora sc saiba muito acerca
‹teste rirg.ao e do sistema ncrvoso, ha ainda muito a se descobrir. £â cé-
rcbro é a maior e mais evidente cstrutura do encéfalo e esta dividido em
‹hias metadcs, os hemisférios cerebrais esc{uerdr e clireito, interligados
c‘ntre si pelri corpr› calr›so, situad‹i na partc inferior da hssura inter-he-
inisférica. Cada hcmisfério possui uma hna camada externa de substancia
cinzenta — o cfirtex cerebral, c}ue conté m os corpos celulares dras neu-
rfinios. Situada abaixo do cortex cerebral esta uma abundante camada de
substancia branca, contends› feixes de axonios neur‹›nais mielinixados, c|
ue lhe conferem a aparé ncia branca.
t Is hemisfé rios cerebrais cstao divididos em c}uatro lobos cerebrais:
l‹›bo frontal, temporal, parietal e occipital (Figura b.l).

Figura 6.1. Anatomia do cérebro humanu.


c]uc pr‹›cessa as inf‹›rmaqF›cs c ‹›s cstimul‹›s n‹i c‹›rp‹› la umiin‹›. Dendri-
tos sat› a parte rcccptt›ra â‹› ncur‹›nio, ‹›n‹le oc‹›rrc a rcccp§.a‹› ‹las in-
formap‹ies. A sinapse é o local de contato cm que sc faz a c‹›municapa‹›
entre dois neuronios. A transferéncia do impulso ner vosr› nas sinapses
ocorre grapas aos neurotransmissores: serotonina, doparnina, noradre-
nalina, acetilcolina, acido gama-arninobutirico (GABA), histarnina, entre
outros. f3s neurotransmissores sao substancias quimicas produzidas pe-
los neuronios, estao rclacionados com o ec{uihYrio organico e emocional,
e armazenam-se nas vesiculas sin.apticas, as quais sao bolsas presentes
nas extremidades dos axonios.

Terminal do axonio
Figura 6.2 Neurfinio e suas parted constituintes.
E'onte: ShacTcUcsigm/Shutterstock.cum

A ciéncia busca respostas para as rea§‹ies quirnicas e biological dos


individuos que sofrcm de fobias e, ainda, examine a anatornia das
regifies do seu cérebro. Apesar dos avan§os cientificos dos ultimos anos
que ten- tar explicar o funcionamento do cérebro humano quanto as
emopoes, pouco ainda sc sabe sobre a r›rigem do medo excessive,
c‹›nsiderado um
‹ I‹ ›s I :i t ‹ ›r‹'• ‹|‹i‹- ‹l‹' c-Mt l‹lc'i:ii i \ ‹ › • I r:IM' t ‹ ›rM‹ ›s ‹l‹' :t ii si‹-‹I:i‹l‹'. I T ‹| i‹‘ li:i t l‹‘

›i-li › |osic}iiiiil 1-.i J‹ ›s( /\lc-xiiiai1rc I .ripp:i (2(1111), n‹ › c|ual a .area cstuclada t‹›i
‹ › clngiilo anterior do cfirtex.
t ) cingul‹› iintc'ri‹›r tl‹› c‹›rtcx c ct›nhecid‹i pclii relaqao com a per-
ccppao c c‹›rn t › c‹›nhccinicnt‹› do medc› c da ansiedac)c. Também est.a
lii:iil‹ › ii‹› circuits› cfc aqF›cs concticionadas (aquelas aprendidas nas ex-
›c-riéncias cla vicla). N‹› rcfericlo estudo, foram utilizadus aparclhos cfc
i c'ss‹›n.ancia miigné tica e cfc espcctroscopia pr›r rcssonancia. Os resulta-
t l‹ is n.a‹› cnc‹›ntraram altcra§F cs mctabolicas (an*fisc neurobiolt›gica
feita J›‹ ›r cspectrosc‹›pia), mas incJicaram ahnamento na espcssura do
cinp il‹›
,i ntcri‹›r d‹ cortex n‹› grup‹› de portad‹›res ale f‹ibia de aranha, c{uand‹›
‹ ‹ ›nsparado c‹›m o grupc› sand.avel. Esscs achados, garantcm ‹›s pesqui-
s.«l‹›res, sao importantes p‹›r c)etcctar anormalidades cm uma estrutura
‹ speci'hca, poc1enc)‹› sugerir tlisfun .a‹i pr›tcncial dcssa .area cerebral.
I'.m i nclividu‹›s f0bicos, a relapao entre a amipdala c ‹a hipr›talam‹› esta
inti- iii.imente ligada .as sensa§t›cs dr› medo›. A amigdala é rcspunsavcl
pela
‹letcc§.a‹ , gera§.at› e manutcnq.a‹i das emo§ucs rclacionacJas a‹› mcc4‹ , Mem
c‹›mo pela coordena§.ar› cfc rcsp‹›stas apropriadas * amca§a c ao pcrigc›.
J.a hipot.alamo é rcsponsavcl pela hOmc‹istasc tlt› organisms, ou seja,
manté -
-l‹› funcionando cm equilibria›.
COMO COSTUMA PENSAR, SENTIR E SE
COMPORTAR ALGUEM COM FOBIA ESPECIFICA?

\':irn‹›s tentar explicar tie uma f‹›rrna clara cc›m‹o um inclivic)u‹› con
fobi:i cspccihca costunaa pensar, scntir c sc crxvp‹irtar. (.‹›nf‹›rivc ‹›
m‹›dcl‹› c‹›,¿nitiv‹› cfc Deck, pensamcnt‹›s, cm‹iqF cs c c‹›m ‹›rtamvnt‹›s
s‹a‹› tlctcr- nrnatl‹ s pela intcrprctaq.a‹› que its pcssr›as faxcm cl‹is
situaqi)es.

Na f‹›bia tspccihca, ‹› main.•iduri f‹*bico f9z interprets F›cs crr‹›ncas


:it› c‹›nsic1crar ‹juc algumas situaqc›cs sao mais ameaqad‹iriis d‹i que rcal-
rncntc I› sin›, crian‹l‹› .tssim clivcrsiis c‹›nsccJucncias negatives. E.s sa s
c‹›n- siderap‹›cs err‹›neas s.ar› tlcnr›minaclas cfc distor ties cognitivas. N
‹ › (duai1r‹› 7.1 sño descritas algumas c)istr›rqF es cognitivos mars
c‹›iruns na f‹›liia cspccihca.
36 f“omo cost uma pensar, sentir e se comportar alguéni com fobia especifica?

Quadro 7.1 Distor§oes cognidvas mais comuns na fobia especifica


DCTDR$6ES COGNITIVAS SIGNIFICADO
Tendéncia de chegar a uma conclusâo (ou regra)
lnferéncia arbitrâria na auséncia de evidéncias ou provas suficientes
ou por meio de um raciocinio falho.
Tendéncia a pensar que acontecerâ o pior de
Catastrofiza§âo uma situa§âo sem levar em considera§âo a pos-
sibilidade de outros desfechos.
Tendéncia a ver um evento negativo como
um padrâo interminâvel de perigos ou
Hipergeneraliza§âo ou super-
sofrimentos. Obtém-se uma conclusâo negativa
generaliza âo
muito abran- gente e radical que vai muito
além da situa§âo atual.
Tendéncia a diminuir a importância dos aspectos
positivos em si mesmo, nos outros ou nas situa-
Maximiza§âo/minimiza§âo does e a ampliar ou engrandecer a importância
dos aspectos negafivos. O positivo é minimiza-
do, enquanto o negativo é maximizado.
Tendéncia a focalizar apenas um detalhe retira-
do de um contexto, ignorando outros aspectos
também importantes, e conceber a totalidade
Abstra§âo seletiva
da experiéncia com base no fragmento selecio-
nado. Presta-se aten§âo indevida a um detalhe
negativo em vez de considerar o quadro geral.

Essa forma de pensar leva r› individuri f‹ibico a realizar compor-


tamentos de evitapao e esquiva pt›r acreditar scr incapaz de enfrentar
e superar as situapfies ternidas. Sentimcntus como ansiedade, medo,
frustrapao, raiva, entre outros, encuntram-sc associados as altera ñ es
fisiolfigicas eliciadas, tais como tremor, taquicardia, rubor ou palidez,
sudorese (principalmente nas maos), tcnsao muscular, etc. A constante
evita§ao impt›ssibi1ita que o individuo fc›bico cheque a validate de suas
crcn as, essas sao rcforpadas.
A FOBIA ESPECIFICA AFETAA TODOS?

A f‹ibia espccihca, de forma gcral, c uma psic‹›patol‹›gia de inicir› prcclo-


minantemcntc prccoce, entre 7 e 1 1 anos, cc›m méclia apr‹›ximadamcnte
YCtS ( ) il Alt IS. I IU lV I U OS EO S‹iXt I ti1T13 Ill fltl CtISt U ITU ITI SP I lTlill S il $ti t4t)OS

cfc que os c)o scx‹› masculine›, na razfio de 2:1, cmb‹›ra as taxas variem
cntre os clifcrcntcs cstimulr›s t‹›bicos. £3u scja, as fobias espccificas de
animals, ambientc natural e situacionais prcc)c›minam cm individuos dt›
scx‹› feminine›, encjuant‹› a f‹›bia per sangue/in jet.ar›/fcrimentos c cxpc-
rimcntac)a cJuase cfc forma ideal p‹›r amb‹›s ‹›s géneros.
Poclcm‹is c4izcr que a fobia especihca sc dcscnv‹›lve apes um events›
traumaticr›, ‹ibscr vado r›u vivenciad‹› na forma de um atac|uc de p.anic‹i
inesperad‹› na situapao a .ser tcmida ciu cm Outras situa§F›es em que r›
medo se tr›rna insup‹›rtavcl e fora de c‹intrr›lc. kluitas pessoas nan con-
scpucm lembrar da razao para o inicio de snas fobias.

Fonte: ( 1Nh’Xpr j /Shuttcrst‹›ck.c‹›m


0 QUE DEVE SER FEITO PARA QUE HAJA UMA
MELHORA DO INDIVIDUO FOBICO?

I i clcscnv‹›lx•imcnto cfc urna f‹›bia cspccihca é rclativamcntc c‹ mplcx‹›,


|›r›ré m sell trataivcntti é bend r›b)ctivt›, p‹›r ivei‹› de psicoterapia. /\ mais
inclicarla é a terapia c‹›gnitiv‹›-c‹›mp‹›rtamcntal (fl“f.I.), Inc utilize
tccnicas tcrapcuticas dc cxp‹›siq‹a‹› real a‹ ‹imbn.-ntc rc*il ‹›u ii‹ ‹i1ajct‹›,
cxp‹›sip•a‹› imaginativ'a c, mais rcccntcmentc, exposip.a‹› virtual end
.iivbicntes tligitais c'na trés cli1rcnsF›cs (.3D). /\ farniac‹ terapia c p‹assivc1,
porcni c1csac‹›nsc- llaacla, c‹inf‹›rmc cxplicitatl‹› a scguir.

Farmacoterapia
I ) us‹› cfc iaacclicamcnt‹›s ansi‹›litic‹›s c antJclcprcssiv‹›s n.a‹› :iprcsenta urn
l›encticic› signihcatix•c› c estax•cl a l‹›ng‹ praz‹› Para ‹› tratamento› cle fobias
cspccihcas. t)s 1icnx‹›cliazcpinic‹is, ct›iT«› ‹i Diazcpam, tjuc aprcscntalaa
cfcit‹›s ansi‹ litic‹ s .i curto praz‹›, rlcvcna ser cvitarl‹›s, p‹›is tars farmacos
n.a‹› funci‹›nana n‹› cast› c)a csc}uiva f‹›l›ica (trata-sc de um cr›mp‹irtanacnto
cJc cvrtiiq‹a‹› Ircntc a‹› ‹›b]ct‹› ‹›u a situaqF›cs que cacisarn ansiedadc).
flake rcssaltar cjuc r› riscr› d‹› clcsenv‹ lx•imcnt‹i tlc ‹dependéncia assi›ciac1a
a cssa classc dc psic‹›farmac‹›s transf‹›rmaria um elements› prirnariaincntc
tcra- péutico cm rinna c‹aivorbicladc. Ademais, r› c‹›ntr‹›lc cJa ansicdaclc
pr›r um
licnzo‹liaxer'nict› pr›tlc, pel‹› c‹›ndicionamentr› operantc, levar o inclivi-
cJu‹› f‹›bic‹i a incluir ‹› cr›nsumo cl‹› f‹armac‹› n‹› r‹›1 cfc cstratcgias cx•itatJvas
utilizadas c)iantc c)‹› cstimul‹› f‹)bico, dcsc‹iractcrizancl‹› o cnfrentaincnt‹›.

Terapia cognitivo-comportamental
i I tratamento sict›tcrapico mais cfctiv‹› piira ‹› transt‹ rno clc fc›biii cspc-
cihca c a Tf I?. Trata-sc tlc ulra terapia breve que f‹›i clcsenv‹›lvicla pel‹›
40 O que deve scr feito para que haja uma melhora do individuo fobico›

psiquiatra nr›rte-amcricano Aarc›n Beck, no inicio da década de 19b(I.


Suas primeiras formula§t›cs centravam-se url papel dt› pr‹iccssamcnto
desadaptativo› ale infr›rmapoes cm transtornos de depressao e ansiedade.
Em uma série de trabalhos publicados, Beck descrcveu uma conccituali-
zap.a‹› cognitive Fla depressao na dual os sintomas estavam rclacionarlos a
um cstimulr› negative› de pensamento cm tré s dominion: st mesmo, mun-
cfc e future› (“a triade c‹agnitiva negative”). A prop‹asta de Beck c dc uma
terapia estruturada, c4iretiva e colaborativa, c›ricntada para o mrimcnto
prcsentc.
Terapeuta e paciente té ni papel ative n‹› processor tcrapéutico, nr›
‹jual c› terapcuta estabclcce uma parccria c‹›m r› paciente, cm um siste-
ma de c‹›participap?at› ativa cm que s.ao estimuladas atividades cfc cutrcn-
tamente›, realixa .an pc?ssr›al c capacita§.ac›, com cstratégias cr›gnitivas c
comp‹›rtamentais, clcntrc› e f‹›ra d‹› ir/////,( tcrapécitic‹›. P‹ar sua ehcacia
cienti hcamcntc comprr›x'a‹la, a T£?f é utilixacla para r› tratamento› tle uma
scric cfc transtc›rn‹›s nicntais, entre ‹›s c{uais o transtorno dc fr›bia esPeci-
hca. £ )s atcnclimcnt‹›s p‹›clcm ser rcaliz.ado s in‹lividualmente, cm fam1'lia,
end grupos, etc. f?ada tip‹› de .itcnc3iment‹ rcc}ucr um numcro especihco
cfc scssr›cs: nr› atcnclimcnt‹i in‹lividual para fobia espccihca, cm torn‹
cfc 13 a 1 ft scssF›es. DepcncJend‹› d‹› cas‹›, n‹ar› ha um tempo espccihco,
ja que cada pacicntc aprescnta suas csp›ccihciclaclc.s, c‹›mc› m‹›tivaq5‹› e
ades.a‹› ac› tratamento , bcm conio sint‹ mas cspecihcos. f?omo cm cJual-
qucr abordagem psic‹›tcr.apica, uma relay.ar› tcrapéutica s‹›licla e enip.atica
e uma avaliap.a‹ c)iagnostica cuidadosa (realizacla somente p‹ir psico1c›gu
c/r›u p?sicJuiatra) sao mementos funclamcntais para um Tom progn‹âstico.

Tratamento e técnicas na abordagem cognitivo-


-comportamental
Lima caractcristica bastante distintiva da TCC em rela ar› a ‹iutras abor-
r)agens é ‹› seu carater psicoeducativo. A psicoeduca$ao é uma té cni-
la que tern c‹›mo caractcristica inf‹ rmar a‹› paciente dac)‹›s sobre ‹i scu
rliagn‹›stico. S.at› informaqc›es sobrc a etiologia, o funcionament‹i, o trata-
ment‹a mais inclicado c ‹› prognr›sticO. Trata-se de um potentc instrumen-
ts› nar› apenas para mclhurar a cv‹alu§.ao cfc pacicntcs, mas para a jud.a-
los a gerenciar descspcro, mcd‹›, estip›ma e baixa autocstima, Mem crime
mc-
t que vocé precisa saber sobre Fobia especifica e rem medo de perguntar 41

lli‹›rar a mutivagao para a mudan§a c cstimular a participaqao proativa cl‹›


paciente na rccupcrap.an.
Associada .a psicocduca§.ao do pacicnte, realize-sc um prucessr› cha-
rade reestrutura$iio cognitiva, cJuc tern per r›bjetivr› ensinar ‹› pa-
ciente as seguintes mocJihca§oes: obscr vat.ac› c c‹intr‹ilc cfc
pensamcn- tr›s irracir›nais c ncpativos; cxamc cle eviclé ncias Iax ciraveis e
contr5rias a‹›s pcnsamcntos distorcidos; cr rrcpao das intcrprctaqr›cs
tendcnci‹asas por intcrpretagoes calcadas na rcalidadc, r› tjue
gcralmcnte resulta em rcdu§.ar› sintomatica da f‹›bia. dssc proccss‹› cle
rcestrutura§.a‹› c‹›gnitiva procura desahar c)iretamentc as crcn§as
irracionais ou clisfuncionais, mo- clihcanclo-as ‹›u substituinc)o-as per out
ras mais adaptativas.

Respirasâo diafragmâtica
/\ tccnica tic respirar.an cliaf rap riatica utilize ‹i cliafragma, mFiscul‹› que sc
l‹›caliza abaix‹› clr›s pulmocs c que separz i› t‹›rax cla area abdominal, para
proin‹›vcr ‹› alivir› clc›s sint‹›rnas cfc ansicdatlc. Deve-se prcstar atcnqa‹
ncssa area cm› n‹›ss‹› corpo, porc{uc r› cliatragma c a artc cssencial c4a
maioria das técnicas dc respirar.a‹›. ( exercici‹› dc respirar.a‹› dialragm.ati-
ca deve ser praticad‹› rcgularmcntc, c n.a‹i sñ tjuancl‹› ‹› inclivicJuo sc scntc

Escolha um lugar tranquilo e sente-se ou deite-se confortavelmente:


1. Coloque uma mâo no abdome e outra no peito.
Relaxamento muscular
2. 0s ombros devem progressivo
estar eretos.
lb3.pr5tica
Agora,cr›nsistc
respire profundamente
cix cnrijcccr pelo nariz. grupos muscularcs cspcci‘tic‹ ›s
c rclaxar
em4.secjucncia,
Leve o ar até o diafragmapcl‹›s
iniciand‹›-sc (abdome), nâo ate
lncm1ir‹›s o peito. scpniiclos pc'l‹is su-
infcrir›rcs,
5. Expire pela boca de uma maneira sonora.
6. 0 ideal é fazer entre 6 ou 10 respira§oes lentas por minuto.
42 £3 que deve ser feitu para que haja uma lnclhora no iildivicluu Portico*

pcriures c depois o troncr› c a cabcpa. A central.ao c ‹› afr‹›uxarnento da


muscularura ajudam a aliviar a tcns.a‹›, baixar a press.a‹ arterial c dcsviar
a mentc de pcnsamcntos prcocupantes. E.see relaxamento pr›de scr rcali-
zadr› em qualquer p‹›si§.ao c‹›nfort.avcl, mas nas primeiros vezes é melhor
estar em algum lugar mais tranquilo, Onde ‹› indivi'duo naci seja intcrrom-
pid‹i. Sugerim‹is que sc cvitem roupas muito apertadas, p‹ rquc p‹›dcm
acabar inc‹ modanclo ou distrainrl‹›.

Escolha um lugar tranquilo e sente-se ou deite-se confortavelmente:


1. Tire um minuto para respirar lenta e profundamente.
2. Respire fundo e estique os pés e os dedos dos pés por alguns segundos (3 a
4 segundos), depois expire lentamente e liberte a tensâo.
3. Respire fundo e aperte os musculos das pernas, segure a tensâo por alguns
segundos e depois relaxe novamente enquanto expira.
4. Agora tensione os gluteos e, na sequéncia, relaxe.
5. Respire fundo, mais uma vez, contraia abdome, costas e peito, segure por
alguns segundos e depois relaxe.
6. Fa§a o mesmo com as suas mâos, a parte superior e inferior dos bra§os, de-
pois com os ombros e com o pesco§o. Dé aten§âo especial ao pesco§o, pois
é onde hâ mais tensâo acumulada.
7. Agora, contraia o seu rosto - mové-lo para cima pode ajudar a tensionâ-lo
corretamente. Coloque a tensâo na mandibula. Morda forte, segure e depois
relaxe, abrindo levemente a boca.
8. Finalmente, contraia todo o corpo, segure por alguns segundos e expire len-
tamente, assegurando que todo o corpo seja liberado da tensâo.
9. Repita isso em todo o corpo, tensionando e relaxando todos os mésculos por
pelo menos trés vezes.
10. Apés o término é possi'vel observar uma sensagâo profunda de relaxamento
muscular.

7ensâo muscular aplicada


. objctiv‹› clesta tecnica t evitar ‹juc ‹› paciente tcnha uma sinccipc a‹› en-
:rar em c‹intato cr›m r› estimulri fobic‹i. Para a sua rcalizaqao, é nccess.ariri
:ontrair os musculos de 1oraq‹ s, tr‹›ncti c pernas, cfc 1(I a 15 seytncl‹›s.
t3 que vocé precisa sabcr sobre Fobia especifica e ‹cm medu de pcrguntar 't3

tJuando sentir c]ue a tcmpcratura da face est*a aumcntand‹a, ‹i lnclivic1u‹›


‹Ie x'c rclaxar.

1. Sente-se em uma poltrona confortâvel e tensione os musculos de bra§os,


tronco e pernas. Mantenha a tensâo durante 10 ou 15 segundos. Vocé deve
manter a tensâo tempo suficiente para sentir uma sensa;âo de calor na ca-
beta. Solte a tensâo e deixe que seu corpo volte â normalidade durante 20
ou 30 segundos. Repita o procedimento cinco vezes. Se quiser demonstrar a
si mesmo que a tensâo aumenta sua pressâo sanguinea, tente medi-la com
um aparelho antes e depois de tensionar os musculos.
2. Repita o passo anterior cinco vezes por dia (um total de 25 ciclos de tensâo
por dia) durante uma semana. A prâtica ajudarâ a aperfei§oar a técnica.
Caso sinta dores de cabe§a, diminua a forma da tensâo ou a frequéncia das
prâti- cas.
3. Depois de praticar os exercicios de tensâo durante uma semana, utilize as
técnicas de tensâo aplicada durante suas prâticas de exposi§âo. Leve em
conta que, se tiver medo das seringas, serâ importante manter o “bravo a
levar a picada” relaxado durante a inser§âo da agulha. Incorpore isso as prâ-
ticas: tensione todos os musculos, exceto os de um bravo.
4. Uma vez que possa praticar a exposi§âo com uma ansiedade minima, deixe
de realizar os exercicios de tensâo. Depois que o medo tiver diminui'do,
mui- tos individuos sâo capazes de estar em situa§oes que impliquem
sangue e seringas se desmaiar. Se con0nuar senGndo que vai desmaiar,
comece outra vez a utilizar os exercicios de tensâo aplicada durante a
exposi§âo.

Exposigâo
/\ té cnica dc exposiqao rcc}ucr c]iic o paciente imagine (exprisi a‹› na
i1T1fl/i f10C,at I) OU COfl ffC)fltC IC il lTlCII tC (e X O Six HO ilt3 VlVt i) OS UStilTlUIf S

temiclos. I) primeiro passa› é construir ]untu com o paciente uma fista


clas situa§c›cs temidas, do item c{ue causa menos ansicdadc an c{ue causa
mais ansieclade c desc‹ nforto. Nc›s estagios iniciais clo tratamento c‹›m
cxposip.ao, as situapoes sao enfrcntadas na companhia do terapeuta, ate
cJue possa oc‹arrer a habitual.ao c‹›m a ansiedade no item da 1iicrarqrii.i
cJuc esta sendo confrontadr›. Ap‹›s a exposipao repetida e prolonpa‹la c
c{uand‹ a situagar› nan ocasionar mais altos nJveis de ansieda‹lc c dfcs-
contorts, passa-se a‹› pr‹›ximo item da lista dc situapF›es rc›blcmaticas.
t0 pr‹›cesso c‹›ntinua até c{ue o paciente p‹›ssa cnfrentar todos r›s itcn,s
‹la hierarquia com signihcativa rcdupao cla ansiet)ade e d‹i dcsconf‹›rt‹›.
l•‹›r isso, quanc)ri ‹› paciente estivcr na fase tie pre-alta cm tratamento›,
rcalizii-
42 W que deve ser £cico para que haja uma inclhora do indivfdun fohico›

periores e depois o tronco e a cabe§a. A contraga‹› e o afrouxamento da


musculatura ajudam a aliviar a tcnsao, baixar a pressat› arterial c desviar
a mentc de pensamentos prcocupantes. F.sse relaxamcnto pode ser rcali-
zado em qualquer posiqao confortavel, ma.s nas primciras vezes é mclhor
estar em algum lugar mais tranc}uilo, onde o individuo nan seja intcrr‹im-
pido. Sugerimos que sc evitem rriupas muito apertadas, porquc poclcm
acabar incomodando ou distraindo.

Escolha um lugar tranquilo e sente-se ou deite-se confortavelmente:


1. Tire um minuto para respirar lenta e profundamente.
2. Respire fundo e estique os pés e os dedos dos pés por alguns segundos (3 a
4 segundos), depois expire lentamente e liberte a tensâo.
3. Respire fundo e aperte os mésculos das pernas, segure a tensâo por alguns
segundos e depois relaxe novamente enquanto expira.
4. Agora tensione os gluteos e, na sequéncia, relaxe.
5. Respire fundo, mais uma vez, contraia abdome, costas e peito, segure
por alguns segundos e depois relaxe.
6. Fa§a o mesmo com as suas mâos, a parte superior e inferior dos bra§os, de-
pois com os ombros e com o pesco o. Dé aten§âo especial ao pesco§o, pois
é onde hâ mais tensâo acumulada.
7. Agora, contraia o seu rosto — mové-lo para cima pode ajudar a tensionâ-lo
corretamente. Coloque a tensâo na mandibula. Morda forte, segure e depois
relaxe, abrindo levemente a boca.
8. Finalmente, contraia todo o corpo, segure por alguns segundos e expire
ten- tamente, assegurando que todo o corpo seja liberado da tensâo.
9. Repita isso em todo o corpo, tensionando e relaxando todos os musculos por
pelo menos trés vezes.
10.Apos o término é possivel observar uma sensa§âo profunda de relaxamento
muscular.

Tensao muscular aplicada


£3 objetivo desta tccnica é evitar que c› raciente tenha uma sincope ao en-
trar em c‹›ntato com t› cstimulc› fobico. Para a sua rcaliza§fio, é necess.ario
c‹›ntrair os musculr›s de brakes, tronco • rernas, dc 1(I a 1S seq indos.
O que voce precisa saber sobre fobia especihca e tern medo de perguritar 45

hierarquia dc medos.
Trcino de relaxamentt›.
4. Exposigao na imaginaq.an durante cstado de relaxament‹›.

Modelagâo
A rn‹›dcla§.a‹i consists cm reforpar s‹imcntc variapr›es Plc rcsp‹›stas que
sc cJcsviarn na dirc§‹ac› deseja‹la pela› tcrapcuta. Nesta técnica dc moclcla-
gem, u tcra cuta modela a rcsp‹›sta/r› comportament‹i c{ue sc dcscJa, ‹›u
sc)a, cfc refr›rpa apenas c‹›mportamentos tlcscjadt›s. () inclividuu aprcnde
comportamcnt‹›s obser vandt› c imitancJ‹› outras pcssoas. U. um métod‹
bastante chcaz dc mudanqa dc comportamento, uma vez c{uc ‹observar
i›s outrr›s é uma das princi/.1iS f‹›rmas laumanas tic aprcndcr. \ssistir a
Pessoas que est.as aprc.sentandc› comp‹irtamcnt‹› aclaptativ‹i cnsina mc-
llir›res cstratcgias de enfrentamcnt‹› .ac|uclas com resp‹›stas inatlaptativas.
/\ mc›dclaq.ar› é ehcaz na supcraq.an dc mcd‹is e anslcc)ac)es P'›r‹lue ofe-
rcce uma oportuni‹la‹Jc para ‹ liservar outra pessoa passar pela situap.a‹›
pcrad‹›ra dc ansiedade scm sc fcrir. t 1 tcrapcuta, p‹›r excmplc›, pode emi-
tir comportamentos asscrtivos clurantc a scssao c{uc podcm ser cr›piad‹is
pclc› clients c rcpr‹›duzic)os.

Inundagâo
Trata-sc cfc uma técnica c‹›mportamental c}uc na‹ apresenta hicrarcJuixa -
§.ao dc situaqoes e se bascia n‹› pr1ncipi‹i da extin§ao. A inunclaq.ao é
feita pela exposi§ao clircta a estimulos geradc›rcs dc alto yrau de
ansiedaclc ou meclr›. IO paciente fobico é exp‹asto dc forma concrete,
duradoura c intense ao objcto t›u .a situaq.ao cjuc gcra a fobia sem
possibilidadc dc fuga ou cscJuiva. Esta tccnica é Irenes utilixada per scr
mais aversive cJuc a cxpt›si§ao gradual.

Exposisâo virtual (3D)


A fobia dc avi.an prcjucJica diretalvente a retina prohssional e pessoal dras
indivicluos afetados pr›r cla, que renunciam a r›timas pcissibilidades cfc
trabalho e passci r'›rque nao ct›nscgucm cntrar cm um avi‹ao. /\ssim, t›
46 O que deve ser feito para que haja uma melhora do individuo fobico›

use dc ambientes virtuais que simulam t› cspapo de um avific›, por exem-


plar, pode contribuir para a redu ar› da ansiedade e do med‹› rclacionados
a esse cstimulo fc›fico.
11 objctivu das emprcsas que criam csscs simuladores, cram poltro-
nas de aeronavc, temperature ambiente e tccnologia virtual, é imcrgir ‹i
paciente naquclc cr›ntcxt‹› e com emula toes dc acontecimentos c retinas
normais de um voo. Todo essc pr‹›cesso c acompanhado p‹ir um psicci-
l‹igr› riu psic}uiatra.
Com ‹i simulador, é possivel scntir c{uc sc esta em um avia‹i dc vcr-
dade. Per mais que ‹› paciente saiba que sc trata dc tecnologia virtual, r›
cérebrt› interprets as imagcns, os s‹ ns c o ambiente complete como algo
real, prt›p‹›rcir›nando emopao complete. I Is cstimulr›s provr›cadr›s pela
tccnologia virtual ativam a .area cerebral rcsponsavel pr›r medos c f‹ bias.
I use da ilustraqao 3D sirnula todas as etapas que o individuo fr›bico
tern que enfrentar, desdc a chegada a‹i aeropcirt‹i. r•• ando pc›r r/ r‹é-/»,
despach‹› de bagagcm, embarque, acomoc)aq/ar›, dccr›1agem, turbulencia e
ilttiFFiSSilJOITI. ( ) UC)i() I D COtTl C /CiIO S€lfloTO U1T1 (3S @fin HUt°S r*sP‹›ri-
savers pela imersao d‹› paciente ncssa rcalidade, alé m dos ‹iculos de rea-
liclade virtual com visao de 3f›(I° Para aumcntar a scnsa .ao dc realidac)e,
existe uma plata forma mecanica c{ue se movimenta, fazcnclo as variabc›es
neccssarias para simular o pouso c a tlccr›1agcm, incluindo a rurbulencia.
\ técnica dc cxpOsi§.ar› virtual por meio› de simuladorcs tambcm
esta sendo aplicada para tratamento dc aracn‹›fobia, claustrr›f‹ibia c f‹›bia
social. IO numero das scssF es varia c‹›nfOrmc r› comprometimentr› dos
pacicntcs, e a avaliapao é rcalizada por profissionais da saude, c‹›mo psi-
cc›logr›s e psicJuiatras.
O que voce precisa saber sobre fobia especifica e tern medo de pcrgu it i.i i 47

Fonte: N ik Ncvcs (2tll 9).

Manuten ao no tratamento em terapia cognitivo-


-comportamental
A premissa ‹la Tf?(? é que, an termini› do tratamc-nt‹i, ‹ paciente tcnha
adc}uiriclr› c‹›nhan§a para cnfrentar suas rlihculdadcs cfc m‹ido indepen-
dents. Para tanto, apos a alta cJo tratamcnt‹›, o paciente clesscnsibilizado
clcve, dc forma voluntaria, entrar cm c‹ ntatt› c‹›m o objeto fobico rcgu-
larmentc, prevcnindo, assim, a rec‹›rrcncia d‹›s sintomas.
QUAIS MELHORAS SE PODE ESPERAR COM O
TRATAMENTO?

A motiva§ao e a adesao dry paciente ao tratamento tOrnam-se fundamcn-


tais para sua mclh‹›ra, pois envr›lve técnicas de carater ansir›génico que
devem ser realizadas para que c›cr›rra a dessensibi1ixa§.ao, bem como a
cxtinp.ao da fr›bia especifica. Apes o paciente adquirir conhan§a para en-
frentar situa§F›es fobicas de uma maneira mais independents, o terapeuta
pontua c›s ganhr›s adcJuirid‹›s pt›r este no decorrcr do process‹› tcrapéuti-
co, refc›rpand‹i quc a fobia especifica podc ser reduzida pela aproximapao
clo objetu f‹Jbico, e nan pela sua cvitap*ao.
(homo Ja mencionaclo, o tratamento psicoterapico cm mé clia é dc 1.3
a IG sesst›cs, cntrctanto csse tempo pode variar em razao da subjetivida-
de de cada individuo e de comorbidades associadas ao transtorno. Para
manutenp.a‹i dos resultadr›s obtidos clurante o tratamento, o incJiv(‹1 u‹›
desscnsibilizado coloca-se de forma voluntaria em contato com o objct‹i
fc›bico regularmentc, prcvcnind‹› a recorrencia d‹›s sintt›mas.

Fonte: Rube (s.d.).


SE EU OU ALGUEM QUE CONHE/O TIVER FOBIA ESPECIFICA, O Q

S“c v‹›cc sc identl hcou c‹›m alguns d‹›s crité rios cJescritos ncstc livro c
pcrccbeu cJuc esta tend‹› prejuixos cc›nsiclcraveis cm alguma area cfc sua
v'icJa st›cial, csc‹›lar, familiar ‹›u pr‹›hssi‹›nal, c‹›m um nivel tlc s‹afrinicnto
sipnihcativ‹i, procure prt›hssi‹inais em saucle mental, crim‹i psic‹›logus
‹au psicjuiatras. S‹›mcntc elcs pt›‹)cna ajuc)a-lr› nt› cliagn‹›stic‹› e
tratiimcnt‹›.
I.aso cr›nhcqa alp›uéiii c‹›m a nacsma .sint‹›matologia, c esta pcsstia
n.a‹› c‹›nsepuc sc pcrccbcr ‹›u sc)a rcsistentc, x•‹›cc p‹›clcra mostrar este
material, bend c‹ mt› ‹›ricnt.a-la a prc›curar urn prohssi‹anal capacitad‹› para
diagnc›stico c tratamentt›. Rcssaltam‹›s quc, cm sc tratand‹› dc crianqas c
aclc›1csccntcs, t‹›rna-csc fundamental cjuc o tr.1tilmcnt‹› tenha inicio o
mars rapidr› t›ssivel, visand‹› diminuir ‹› impacts› n‹› scu
dcscnv‹›lvitvcntr› c prevcnir :i pcrsisté ncia cl‹› transtorn‹i na icladc
adulta.
\ scguir, x'cja o fduaclro 1 1. 1 c‹›m rnit‹›s e vcrcJacle score ‹i transtr›rn‹›.

Quadro 11.1 Mitos e verdades sobre transtorno de fobia especihca


As fobias sâo medos acentuados e persistentes, exces-
Fobia especifica é fres- sivos ou irracionais que limitam o ser humano, poden-
cura do prejudicar sua vida pessoal e social. Portanto, nâo
se trata de uma frescura.
Nâo é para sempre. 0 tratamento deste transtorno na
0 transtorno de abordagem cognitivo-comportamental mostra-se efe-
fobia especifica é tivo por ser breve e focal. Quanto antes for a procura
para sem- pre por um prohssional, maiores serâo as chances de uma
recuperagâo.
Somente com o uso 0s farmacos nâo apresentam beneficios signihcativos
de medicamentos nem eficâcia para este transtorno isoladamente.
cura-se a fobia
especifica
A fobia especifica sé A fobia especifica pode surgir também através da
surge a partir de um aprendizagem vicâria, ou seja, a aprendizagem do
medo ou trauma individuo por meio de observa§âo de modelos.
/Continuo
2 be cu c›ti algticnl c]uc ccnhc¿u tlvcr fuhia especifica, n qcie dcvo hazcr2

Quadro 11.1 Mitos e verdades sobre transtorno de fobia especifica


(continuapâo)
0 medo é uma reagâo natural do ser humano que nos
Nâo posso sentir medo protege do perigo, mas, quando desadaptativo e des-
proporcional, torna-se patolégico.
Pessoas fébicas Nâo se deve evitar o que causa medo, pois a fuga e
devem evitar o que esquiva sâo mantenedoras do transtorno.
Ihes causa medo
0s primeiros sintomas de fobia especi'fica ocorrem
A fobia especifica se
habitualmente na infância ou no inicio da adolescén-
manifesta somente na
cia, podendo, porém, ocorrer mais cedo em mulheres
vida adulta
do que em homens.
Fobia especifica nâo A fobia especifica tern tratamento e o indicado é a
tern tratamento psi- coterapia na abordagem cognifivo-
comportamental.
E essencial identificar sinais e sintomas como
Pedir ajuda é sinal de
qualquer patologia e procurar ajuda de profissionais
fraqueza
especializados. Isso nâo é um sinal de fraqueza.
CONSIDERA/OES FINAIS

ik fr›bia cspecihca é um transtr›rnr› cfc ansiedade que r›casiona prcjui“-


z‹›s c‹›nsidcr.avcis na qualidacle cfc vida dc› inc)ividuc›, nem sempre ‹nag-
n‹ sticadt› corretamente. Unitas vexes t›u na rnaioria clcstas, c› in‹lividu‹›
scnte-sc cnvcrgonhaclo ar› exprcssar a ‹iutras pessr›as seu medo exacerba-
te cm rcla9?a‹ a t›bjctr›s ou situaq‹›es c|ue lhe parafisam.
t ) ob)eti›'‹› deste hx'r‹› for tr:ixc r, be uma forma similes c ‹›bJetiva,
inft›rirniqF›cs clue pi›ssana cc›ntribuir para ‹› entenclimcnt‹› cl‹o transtr›rn‹›
cfc f‹›bia cspccihca. I°rocurana‹›s tlcscrcvcr ii ctiologia, ri curs‹› eta piitr›lt›-
gia e seu tratament‹a, hem como desct›nstruir mitos. U.nten‹lcm‹ s c}uc ‹›
cliagn‹›stic‹› é cite procedimcnto cicntihcci cfc investigaq.ir› c intcrvunq.a‹›
clinica, realizable somente per prr›fissir›nais cspccia11zad‹›s, c‹›m‹› psicñ -
lc›g‹›s e/riu psitjuiatras. Ainda, aprcsentam‹is a T(?f comet tratament‹i
sicr›terapico mais c hcaz.
fispcramr›s cJuc este livro c‹›ntribua dc alpmm:i f‹›rrna para urn tiiv-
lhor entcnc)imcnto s‹›bre r› transtorno› cJc fobia especihca c salientamr›s
que toc)o o c‹›ntcudo aprcsenta‹)‹› sc funclamenta cm evidcncias cienti-
hCaS.
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