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DALE MOODY
1 Dictionary of the Bible (Milwauke: Bruce Publishing 2 G. B. Caird, IDB (Nashville: Abingdon, 1962), I, 607.
co., 1965), p. 745.
e última obra literária, do apóstolo, asso romana de Christus (Cristo), visto que e e
ciada com esta fervilhante cidade do i tinham o mesmo som. Leenhardt estima
istmo de Corinto, que ligava o comércio a comunidade judaica naquela época em
dos mares Egeu e Adriático, e da Ãsia Roma como de quarenta mil almas. Até
com a Europa. esse ponto a comunidade cristã era, sem
Roma, a capital e maior cidade do dúvida, predominantemente judaica,
Império Romano, era a destinatária da mas ao tempo de Nero (54-68) os cris
carta. É importante notar que a igreja tãos gentios se haviam tornado maioria.
em Roma era uma comunidade que fala Este era o problema ao tempo em que
va grego, firmemente estabelecida quan Paulo escreveu a sua carta, e isto explica
do Paulo escreveu. Uma tradição pos a longa seção (caps. 9-11) e outras refe
terior tentou estabelecer uma origem rências, em sua exortação acerca do pro
apostólica para a igreja. Um autor anô blema da unidade. A tradição romana
nimo, chamado, por Erasmo, de Ambro- conservadora, de que Pedro havia chega
siaster, escreveu, no quarto século, um do a Roma por volta de 42 d.C. e estava
comentário às cartas de Paulo. No prefá entre os que haviam sido expulsos, como
cio ao seu comentário a Romanos, ele já foi dito, não é mais aceita por alguns
disse que os romanos haviam “abraçado dos mais famosos eruditos estudiosos ca
a fé em Cristo, embora de acordo com o tólicos romanos (Fitzmeyer, JBC, 53:7).
rito judaico, sem qualquer sinal de obras Tácito (c. 60-C.120), outro historiador
poderosas nem qualquer dos apóstolos” romano, fala acerca do julgamento de
(PL 17:47,48). Eusébio (260 - C. 348) e Pomponia Graecina, no mesmo ano de
Jerônimo (342-420) afirmaram que Pedro 57 d.C. Ela “foi acusada de superstições
esteve em Roma no começo do reinado de estrangeiras e levada a julgamento pelo
Cláudio (41-54 d.C.), e este é o ponto de seu marido” (Annais,, X III.32). A “su
vista conservador da Igreja Católica.3 perstição estrangeira” era, provavelmen
Os estudiosos da Bíblia católico-romanos te, o cristianismo, e isto é confirmado
mais recentes concordam com a opinião pelas inscrições cristãs do terceiro século,
generalizada do protestantismo, de que comemorando pessoas que eram mem
essa tradição é duvidosa (Joseph A. Fitz- bros do gens Pomponia. Os detalhes da
meyer, JBC, 53:7). O consenso crescente perseguição movida por Nero são dados
dos eruditos, tanto protestantes como por esse mesmo Tácito, e ele fala de
católicos romanos, é que os convertidos cristãos em Roma como uma “multidão
judeus helenistas, provindos da Palestina imensa” , por volta de 64 d.C.
e Síria, levaram o evangelho a Roma em A opinião de que tanto Pedro como
data bem antiga, possivelmente por volta Paulo por fim chegaram a Roma e pere
de 30 d.C. (cf. At. 2:10). ceram na perseguição de Nero não é
Suetônio(c. 75-160) escreveu uma bio negada pelos estudiosos cuidadosos, tan
grafia de Cláudio, em que diz: “Visto to protestantes quanto católicos. No ano
que os judeus estavam constantemente 95 d.C. Clemente de Roma escreveu uma
provocando distúrbios, por instigação de carta aos coríntios, em que disse: “Apro
‘Chrestus’, ele (Cláudio) os expulsou de ximemo-nos dos heróis mais próximos do
Roma” (XXV.4). Isto foi em cerca de nosso tempo... Coloquemos diante dos
49 d.C., e é mencionado em Atos 18:2, nossos olhos os bons apóstolos: Pedro,
onde Ãqüila e Priscila parecem ser cris que por causa de inveja indevida supor
tãos judeus de fé madura (cf. At. 18:26). tou não um ou dois, mas muitos labo
Chrestus é considerado como redação res, e desta forma tendo dado o seu tes
temunho, se foi para o seu devido lugar
3 James Lees-Milne, Saint Peter’s (London: Hamish Ha de glória. Paulo, que, por causa de inveja
milton, 1967), p. 18. e disputa, foi indicado para o prêmio da
perseverança... Quando ele havia pre exposição, serão feitas referências a três
gado no Oriente e no Ocidente, recebeu o prováveis localizações da doxologia que
nobre renome de sua fé. Tendo ensinado está no fim do texto da IBB, e ao fre
a justiça a todo o mundo, chegando até qüente uso de bênçãos (15:5,6, 13, 33;
os limites do Ocidente, e tendo dado 16:20).
testemunho diante dos governantes, ele Esta carta era usualmente chamada
deixou o mundo e se dirigiu para o san de epístola até a descoberta e publicação
tuário, tomando-se o maior padrão de dos antigos papiros do Egito. O mais
perseverança” (V). antigo manuscrito de Romanos é P 46,
Não é certo o que significa “os limites datado de cerca de 200 d.C., agora na
do Ocidente” , mas provavelmente isso Universidade de Michigan, Ann Arbor,
inclui a Espanha. Na época em que nos Estados Unidos; mas há muitos ou
Paulo escreveu Romanos, a sua ambição tros valores nessa descoberta. Agora con-
era fazer uma visita de passagem a corda-se, nada menos do que universal
Roma, depois de ter levantado uma ofer mente, que as cartas de Paulo, inclusive
ta nas igrejas gentias, para os santos a longa Epístola aos Romanos, seguiram
pobres de Jerusalém (15:22-29). É bem o padrão de outras cartas do primeiro
possível, dadas as circunstâncias que século. Havia sempre uma saudação se
Paulo não previa totalmente, que ele não guida de oração, ação de graças e o
apenas chegou a Roma, mas também conteúdo especial, com saudações espe
pregou na Gália e na Espanha. Na sua ciais e saudações pessoais no final (cf.
volta a Roma, ele, juntamente com Pe 1:1,7,8,16; 15:33; 16:1-23). Um secre
dro, pereceu em algum tempo durante a tário especial, chamado Tércio, foi colo
perseguição de 64-68 d.C. 4 cado à disposição de Paulo, mas prova
velmente ele contribuiu com nada mais
II. Forma Literária do que as saudações feitas por si mesmo
Vários fatores, de natureza literária, e por seu irmão, no fim da nota especial
são importantes para interpretação. O para Febe (16:22,23). Alguns secretários,
texto da IBB é uma tradução dos textos na verdade, compuseram as cartas, a
gregos padrão, mas compará-lo com The partir de diretrizes gerais estabelecidas
Greek New Testament (editado pelas So pelo remetente, mas dificilmente alguém
ciedades Bíblicas Unidas) tem sido o mé ousaria dizer que a teologia de Romanos
todo seguido, ao estudarmos a Epístola é de Tércio! 5
aos Romanos, e este deve ser consultado Demétrio também cita declaração feita
pelo leitor crítico, que desejar se apro por Artemom, editor das cartas de Aris
fundar na matéria. A maior parte dos tóteles, que disse que as cartas deviam
problemas textuais de conseqüência es ser escritas à moda de diálogo, de forma
pecial está no começo e no fim da epís que ambos os lados pudessem ser enten
tola. Tanto Orígenes como Ambrosias- didos (On Style, 233). Os diálogos de
ter conheciam manuscritos que não men Platão são o modelo clássico, como os
cionavam “em Roma” em 1:7. O Codex Evangelhos do Novo Testamento são os
Greco-Latino G omitiu a referência a melhores exemplos bíblicos de diálogo.
Roma tanto em 1:7 como em 1:15, e esses No entanto, as cartas de Paulo não são
fatos freqüentemente são importantes em diálogos. São cartas que muitas vezes
discussão acerca de uma possível circula requerem uma difícil reconstrução do
ção desta epístola, feita até pelo próprio outro lado da conversa. A coisa mais
Paulo, pelo menos em Êfeso. No fim da próxima a um diálogo, em Romanos, é o
5 Cf. Gordon J. Bahr, “The Subscriptions in the Pauline
4 J. Toynbee e J. W. Perkins, The Shrine of St. Peter Letters” , Journal of Biblical literature, LXXXVIII
(London: Longmans, Green and Co., 1955). (March, 1968), 27-41.
uso repetido do método da diatribe es característica de hinos, e o reconheci
tóica, que foi observada freqüentemente mento dessas e de outras passagens como
no valioso comentário de Barrett. Ele hinos lança uma nova luz sobre o papel
diz: “Muitas vezes torna-se mais fácil, das melodias como meios de comunica
seguir os argumentos de Paulo, se o leitor ção na adoração da igreja primitiva. A
imaginar o apóstolo face a face com um aceitação deste método, na igreja moder
inquiridor, que emite inteijeições e faz na, transformará as reuniões prosaicas
perguntas e recebe respostas que algu das chamadas igrejas não-litúrgicas, que
mas vezes são arrazadoras e bruscas. muitas vezes reduzem a oração e o louvor
De forma alguma é impossível que al a “preliminares” . Ê muito mais do que
guns dos argumentos de Romanos te uma preocupação e fascinação com o
nham tomado forma desta maneira, no método da história da forma, que deu a
curso de debates nas sinagogas ou nas isto um lugar de proeminência no co
praças públicas.” 6 Indícios do estilo de mentário que segue, e o leitor cético é
diatribe podem certamente ser detecta instado veementemente a considerar se
dos em Romanos (cf. 2:1,17,21; 6:1,11, riamente estas breves palavras de expli
15; 7:1,7; 8:31-35; 9:19-24; 10:14-21; cação.
11:1,7,11,15). É uma história emocionante de pes
O uso de um grande credo paulino é quisa histórica, que trouxe os hinos do
central em Romanos. Muitos cristãos Novo Testamento ao primeiro plano, e
que são contra credos preferem falar de alguns deles são estudados aqui. Duas
confissões, mas esta expressão não é exa descobertas extrabíblicas estimularam o
ta. Confissão é a aceitação de um credo estudo das Escrituras, tanto do Antigo
(cf. 10:9, onde Paulo cita o credo bá como do Novo Testamento. As Odes de
sico do cristianismo: “ Senhor Jesus”). Salomão (The Odes of Salomon), desco
O credo é aquilo que é confessado. O Ku- bertas em 1908, por J. Rendei Harris,
rios Iêsous (Senhor Jesus) é plenamente revelaram o uso de hinos na igreja Síria
aceito por Paulo, da mesma forma como ou Palestina, no fim do primeiro século
por todos os escritores do Novo Testa ou no segundo século d.C. 7 Trata-se de
mento (cf. I Cor. 12:3; Fil. 2:11), mas uma coleção de quarenta e dois hinos,
há um credo, bem distinto em Romanos, que se pensa eram usados na preparação
que aparece na mais antiga carta de final dos catecúmenos para o batismo
Paulo e continua em cartas posteriores. cristão. Depois da descoberta de um
Declarado simplesmente, ele é: “Jesus grande tesouro de rolos em Qumran, em
morreu e ressurgiu” (I Tess. 4:14). De 1947, uma coleção de hinos anteriores ao
clarado mais explicitamente, é: “Cristo Novo Testamento acrescentou uma se
morreu por nossos pecados... foi sepul gunda fonte de luz extrabíblica. O Livro
tado... foi ressuscitado ao terceiro dia” de Hinos (Book oi Hymns), em dezoito
(I Cor. 15:3,4). Ele aparece pela primei colunas, é, talvez, apenas uma parte do
ra vez em Romanos 4:25 (“o qual foi todo, mas esses salmos (ou hinos) de
entregue por causa das nossas transgres ação de graças são suficientes, para con
sões, e ressuscitado para a nossa justi clusões gerais. O Manual de Disciplina
ficação”), mas não está longe da super (Manual of Discipline) contém outro
fície em muitos lugares (cf. 5:10; 6:5-10; hino importante, que foi anexado, e, por
8:34; 10:9,10; 14:8,9). causa do seu conteúdo, se tomou conhe
Pelo menos três das grandes passa cido como “O Hino dos Iniciantes” . 8
gens que apresentam esse credo têm a
7 H ie Odes of Solomon, reeditados com Alphonse Min-
6 Confira Rudolf Bultmann, Der Stilder paulinischen gana (Manchester: University Press, 1916).
Predigt und dJe kynischstoische Diatribe (Gõttingen: 8 Theodor Gaster, The Dead Sea Scriptures (Garden
Vandenhoek und Ruprecht, 1910), p. 43. City, New York: Doubleday, 1956), p. 111-225.
O método de história da forma, apli Martin, acerca de Filipenses 2:6-10, e
cado tanto ao Velho Testamento como ao Hans Gabathuler acerca de Colossenses
Novo Testamento, tem feito com que seja 1:15-20, estabelecem um elevado padrão
impossível falar dos livros poéticos do para a futura pesquisa acerca dos hinos
Velho Testamento como sendo apenas o em Romanos e outras passagens neotes-
grupo de Jó a Cântico dos Cânticos. tamentárias, prontas para a colheita. 9
Grande parte da profecia do Antigo Tes Estudos compreensivos têm sido feitos
tamento é poética, como o são também por Gottfried Schille, em seu Early Chris
muitas passagens dos livros de lei e his tian Hymns, e por Reinhard Deichgra-
tória. Os resultados desse método têm ber, em Hymns of God and Hymns of
sido geralmente incorporados em o Velho Christ in Early Christianity, e essas obras
Testamento da versão da IBB, como têm sido freqüentemente consultadas,
demonstrará amplamente uma vista embora os arranjos propostos nem sem
d’olhos em um livro como Isaías ou pre tenham sido seguidos.10 Certos as
Amõs; mas o Novo Testamento da versão suntos estilísticos, no texto grego, aju
da RSV (Revised Standard Version) é dam a reconhecer essas passagens poé
estranhamente conservador a este respei ticas como hinos, mas o fator mais im
to, o mesmo não acontecendo com a tra portante é o equilibrado paralelismo, en
dução da IBB. Já em 1901, um erudito contrado tão abundantemente em o Ve
tão conservador como Arthur S. Way não lho Testamento. Romanos 3:10-18 é cha
hesitou em usar este método em sua mado de modelo, visto que é um arranjo
tradução das cartas paulinas (The Pauli- de paralelos poéticos do Velho Testa
ne Letters). Foi a monumental tradução mento, mas outras passagens também
do Novo Testamento feita por James são exemplos de hinos (algumas apare
Moffatt, em 1913, que empregou este cendo como poéticas neste comentário;
método, com impressionantes resulta veja 2:28,29; 3:21-26; 5:6-11, 12-21; 6:5-
dos, mas muitas pessoas parecem ainda 10; 8:5,6, 29-39; 10:14,15; 11:16,30-32;
não ter notado por que tantas passagens 11:33-36; 12:9-16; 13:11-14; 14:6-8).
são impressas como poemas. O número Mesmo que essas propostas poéticas se
de hinos anotados por Moffatt, em I Co- jam rejeitadas, o paralelismo ajudará a
ríntios, é impressionante, mas ele tam entender o seu pensamento. A idéia de
bém encontrou muitos em Romanos (2: hinos não deve ser rejeitada a priori,
12, 28,29; 3:10-18; 8:5,6; 11:16, 30-32; como se alguma questão doutrinária esti
14:6-8). Helen Barrett Montgomery, em vesse envolvida. Não há sugestão de que
sua Centenary Translation of the New Paulo não seja o autor desses hinos, mas
Testament (1924), identificou Romanos a opinião seguida neste comentário aju
8:5-8, 31-39; 13:11-14 como hinos. A da a localizar os “hinos e cânticos espi
New English Bible (1961) faz um bom rituais” , bem como os salmos com que os
início, anotando o hino-modelo de Ro cristãos primitivos entoavam louvores a
manos 3:10-18, mas deixa de prosseguir Deus e a Jesus Cristo (cf. Col. 3:16;
no processo em outras passagens. A Bí Ef. 5:19). A interpretação “prosaica”
blia de Jerusalém, tanto em francês
(1955) como nas edições em inglês (1966) 9 Ralph P. Martin, Carmen Christi» Philippian* 2:5-11
in Recent Interpretation and in the Setting of Early
e português (1976), também notou várias Christian Wor»hip(Cambridge: University Press, 1967);
passagens em Romanos como hinos (3: Hans Jakob Gabathuler, Jesus Christus: Haupt der
Kirche — Haupt der Welt (Zürich/Stuttgart: Zwingli
10-18; 8:31-39; 11:33-36). Verlag, 1965).
Romanos é campo fértil para um es 10 Gottfried Schille, Frühchristliche Hymnen (Berlin:
tudo mais aprofundado acerca da histó Evangelische Verlagsanstalt, 1965); Reinhard Deich-
gräber, Gotteshymnus und Christushymnus ln der
ria da forma dos hinos. As impressio frü h « Christenheit (Göttingen: Vandenhoeck & Ru
nantes monografias, escritas por Ralph precht, 1967).
destas passagens é apresentada insisten de Deus focaliza o ser moral de Deus
temente, para explicar as instruções de (1:10; 9:18; 12:2), assim também o Es
Paulo e o costume da adoração cristã pírito de Deus é o princípio primário nos
naquela época (cf. IC or. 14:26). modos pessoais de ser de Deus (8:26,27).
Ãs bênçãos (15:5,6, 13, 33; 16:20), já A criação não é apenas uma manifes
mencionadas em relação ao texto, devem tação do poder e da divindade de Deus
ser adicionadas algumas doxologias es (1 :20); ela se envolve na futilidade ou
parsas no corpo da epístola (1:25; 9:5; vaidade de uma criação decaída, que
11:36). A tipologia é usada em dois lu necessita de libertação da escravidão da
gares. Só a forma tipológica é usada em corrupção (8:19-21). A coroa da criação
relação a Abraão (4:23b,24a), mas a pa é o próprio homem, único entre as cria
lavra “tipo” é usada em relação a Adão turas de Deus que foi feito à imagem de
(5:14). Em alguns lugares Paulo parece Deus (cf. 1:23). Como carne, ele é afim
estar usando uma coleção de Testimonia a toda a humanidade (cf. 1:3; 2:28; 4:1;
reunidos do Antigo Testamento (9:33; 9:3), mas, como espírito humano, ele
10:19; 11:9). Todas essas formas literá pode elevar-se, para ter comunhão com o
rias são importantes para que se entenda Santo Espírito de Deus (8:16). A men
o conteúdo em seu ambiente histórico. te do homem pode ser réproba (1:28),
É quase impossível conhecer o que signi ou renovada (12 : 2); e a sua consciên
fica uma passagem hoje em dia, enquan cia, embora necessite do testemunho
to não for reconstruído o seu significado do Espírito de Deus para funcionar ple
para ontem. namente (9:1), pode discernir a lei moral
de Deus à parte da lei de Moisés (2:15).
III. Conteúdo Teológico A reconciliação do homem com Deus é
a sua profunda necessidade. Estando su
Dentre todas as cartas de Paulo, Ro jeito à ira de Deus (5:9), ele está em
manos é a que mais se aproxima de um servidão do pecado (6:23), da lei (7:1)
tratado teológico. O âmbito do pensa e da morte (8:13). O seu pecado é tanto
mento é tão vasto que é possível construir incredulidade em relação a Deus quanto
um sumário de sua teologia nos pontos injustiça com relação ao homem (1:18),
mais cruciais. A respeito do conhecimen mas é mais do que relacionamentos erra
to de Deus por parte do homem, pode dos. É o pecado, uma forma de escravi
ser dito que Paulo cria que há uma re dão aos poderes demoníacos, dos quais
velação geral de Deus na ordem da cria só Deus, mediante o seu ato justo, em
ção e na consciência humana (1:19,20; Cristo, tem poder para libertar (8:1-4).
2:14,15), bem como um a revelação pre Nesta conexão, a carne é usada fre
paratória especial no Velho Testamento, qüentemente no sentido mais psicológico
que encontra seu cumprimento em o do que físico (7:5; 8:9). Cristo é, antes de
Novo Testamento (3:21; cf. 16:26). tudo, Redentor, mas é também o exem
Deus é revelado em justiça e ira, por plo que os homens redimidos devem se
um lado (1:17,18; 2:5; 3:21), e em bon guir (15:3). A sua redenção é conseguida
dade e amor e misericórdia por outro (2:4; pela sua morte vicária. Deve notar-se que
5:5; 8:39; 9:23; 11:32; 12:1). O seu forte a palavra “vicária” é usada para dar a
monoteísmo (3:30) não exclui um “bini- idéia da preposição grega huper, que
tarianismo” , que proclama uma relação significa “para o benefício de” . É a
peculiar entre o Pai e o Filho (3:25; 8:3; preposição mais importante de Roma
9:5; 15:6) e que flui com facilidade na nos. Isto não é o mesmo que a morte
direção de um padrão trinitário, que substitutiva de Cristo na cruz. Morte
inclui o Espírito Santo (5:1-5; 15:15, substitutiva é morte em lugar de outrem,
16,30). Da mesma forma como a vontade e a preposição grega que descreve esse
ato é a n ti . Este conceito é encontrado em época em que Paulo escreveu, o corpo de
Marcos 10:45 e I Timóteo 2:6, mas não Cristo e uma irmandade sem “o bene
aparece em Romanos. Uma compreen fício do clero” , tanto quanto as evidên
são adequada, de como Paulo cria que a cias o revelam.
morte de Cristo beneficia o homem, pre Estas observações não têm a preten
cisa traçar um grande círculo vicário, do são de propugnar o anticlericalismo, mas
qual a idéia de substituição é apenas um o tipo de clericalismo que imagina que
pequeno segmento. Isto deve ser levado tem o monopólio do Espírito precisa pon
em conta enquanto as várias passagens a derar acerca deste fato. Dentre todas as
respeito da morte de Cristo forem dis irmandades cristãs, a de Roma vicejou
cutidas neste comentário. sem clérigos por quase trinta anos. No-
Morte e ressurreição constituem o pon tar-se-á que a palavra igreja foi evitada,
to focal da cristologia de Paulo, mas ele pois ela aparece pela primeira vez na
avança da obra de Cristo para a pessoa carta a Febe (cap. 16). As relações do
de Cristo. Uma chamada cristologia bai cristão para com o Estado, no entanto,
xa, que não vai além da vida, morte e não são negligenciadas (13:1-7).
ressurreição de Cristo, pode ser vista em A consumação da vida cristã e da his
alguns lugares (1:3,4); porém, não há tória da salvação também está presente
dúvida de que Paulo abraçou plenamente (13:11). A redenção do corpo, juntamen
a cristologia alta ou elevada, que inclui te com a ordem criada não estavam
a preexistência do Filho de Deus (8:3; presentes nem em I Coríntios 15, mas são
cf. Gál. 4:4,5). corolários de Romanos 8:18-25. A ple
A vida cristã, da humanidade remida, nitude da história da salvação, em Israel
começa com a justificação (5:1), o ato e entre os gentios, ocupa três capítulos
justo de Deus em Cristo, mas continua (9-11). Nessa seção, o conceito de pre
como salvação e santificação. Tanto a destinação é interpretado de maneira que
salvação como a santificação são um pro evita os extremos geralmente associados
cesso de transformação que se completa com este termo. Atenção especial deve
apenas por ocasião da ressurreição. No- ser dada a esta crítica do calvinismo, e
tar-se-á repetidamente, no comentário, isto, sem dúvida, será feito!
que a salvação é um conceito dinâmico
que olha sempre para o futuro (13:11). IV. Significado Espiritual
Santificação é uma vida de santidade,
que produz fruto para Deus. O breve sumário feito acima pretende
A vida cristã é vivida na comunidade sugerir a relevância da Epístola aos Ro
de amor, em que todos os homens cris manos em relação a muitos problemas
tãos são irmãos (1:13; 7:1,4; 8:12; 10:1; contemporâneos, pois esta repetidamen
12:1). Por vezes Paulo usará o conceito te tem sido o instrumento usado por
coletivo de santos, talvez para incluir as Deus para a renovação do seu povo. So
mulheres (1:7; cf. 16:14,15). O conceito mente algumas poucas dessas renovações
do corpo de Cristo, tão importante em podem ser examinadas. Na própria Ro
I Coríntios 12, é mencionado apenas uma ma, o comentário histórico e prático do
vez(Rom. 12:5), mas a unidade dos cris chamado Ambrosiaster, já mencionado,
tãos em Cristo por vezes assoma com oferecia grandes promessas; mas a con
grande força (14:1-15:13). O batismo é a trovérsia de Pelágio lançou esse comentá
base para os ensinos mais extensos a rio na obscuridade. O próprio Agostinho
respeito da santificação (6:1-23), mas a seconverteu depois de ler Romanos 13:13.
Ceia do Senhor jamais é mencionada. De maneira comovente, ele disse: “Eu
Outra omissão interessante é acerca do não precisava continuar lendo; não pre
clero! Os cristãos romanos eram, na cisava de mais nada; repentinamente, no
fim dessa sentença, uma luz clara inun abrasado, em 24 de maio de 1738, quan
dou o meu coração, e todas as trevas da do ouviu a leitura do prefácio do comen
dúvida se desvaneceram” (Confissões, tário de Lutero, mas isso não penetrou
VIII.29). Não obstante, a sua controvér ainda o suficiente no protestantismo
sia posterior, com Pelágio, a respeito do atual.
pecado original, levou Agostinho a uma Na teologia recente, Romanos tem sido
interpretação e tradução falsas de eph a base para vários comentários signifi
hõi (porque) como in quo (em que), em cativos, e três deles causaram um grande
Romanos 5:12, e isto teve conseqüências impacto sobre a teologia e a vida da
desastrosas até o dia de hoje. Um grande Igreja. A Epístola aos Romanos, de Karl
erudito jesuíta foi suspenso das suas ati Barth, publicada pela primeira vez na
vidades didáticas, por ninguém mais do Alemanha em 1919, caiu, como disse o
que o Papa João XXIII, por expor essa teólogo católico romano Karl Adam,
exegese impossível! 11 “como uma bomba no ‘play-ground’ dos
Romanos propiciou renovação outra teólogos” . O próprio Barth disse: “O lei
vez na época da Reforma. Lutero, que tor descobrirá por si mesmo que esta
era monge agostiniano, começou a sua obra foi escrita com uma sensação ale
exposição de Romanos em novembro de gre de descoberta. A poderosa voz de
1515, e, por volta de setembro do ano Paulo se fez nova para mim; e, se o foi
seguinte, o tema de um Deus justo havia para mim, sem dúvida, também para
produzido uma renovação. Ele testificou: muitas outras pessoas. E, assim mesmo,
“Logo depois, eu me senti renascido, e agora que a minha obra está terminada,
transportado ao paraíso, através de suas percebo que ainda resta muita coisa que
portas abertas.” 12 João Calvino escreveu não ouvi.” 14 Barth continuou prestando
o seu comentário a Romanos em 1539, en atenção à “poderosa voz” de Paulo, e
quanto estava no exílio em Estrasburgo, publicou um comentário mais curto,
mas ele o coloriu, devido à sua inclina acerca de Romanos, trinta e sete anos
ção contra os anabatistas, que conclama mais tarde (1956).15 O primeiro é mais a
vam a uma rejeição do batismo infantil, voz do Barth existencial do que de Paulo,
que se baseava na falsa doutrina agos- mas o segundo está mais próximo da
tiniana da culpa infantil. O ensino a res exegese histórica da epístola.
peito das crianças, de acordo com a teo Um extraordinário Comentário a Ro
logia da aliança, estranhamente baseada manos, escrito pelo teólogo sueco lutera
em Romanos 4:11 e passagens correlatas, no Anders Nygren, foi publicado em
provocou uma mudança radical, em 1944, e ele também causou grande im
alguns conceitos, mas a idéia da depra pacto sobre a teologia cristã. Ele con
vação natural das crianças foi retida.13 siderou a seção a respeito de Adão e
Ao mesmo tempo, Calvino escreveu o Cristo, em 5:12-21, o próprio cerne da
Livro IV. 16 das Institutos, a declaração carta, e ao redor desse cerne central, ele
clássica em favor do batismo de crian edificou a sua interpretação das duas
ças, na tradição reformada. João Wesley eras: a atual, má, e a vindoura, de gló
perpetuou o melhor de Lutero, devido à ria. Isto, até certo ponto, força Paulo a
experiência em que sentiu o coração entrar no molde da doutrina de Lutero
acerca dos dois reinos. A sua tradução de
11 Stanislaus Lyonnet, De Pecato Original! (Roma: Pon- 1:17, adotada pela IBB, e a sua inter-
tificium Institutum Biblicum, 1960).
12 Lectures on Romans, tradução e edição em inglês de
Wilhelm Pauck (Philadelphia: Westminter, 1969), 14 E.C. Hoskyns, traduzido para o inglês (Oxford: Uni
WA, LIV, 186. versity Press, 1932), p. 167.
13 The Epistles of Paul the Apostle to the Romans and 15 A Short Commentary on Romans, traduzido para o
to the Thessalonians, trad, para o inglês de Ross Mac inglês por D. H. van Daalen (Richmond: John Knox
kenzie (Grand Rapids: Eerdmans, 1961), p. 89 e s. Press, 1959).
pretação do capítulo 7 e alguns outros dúvida, a “poderosa voz” de Deus, bem
pontos, são rejeitadas, neste comentário, como a de Paulo. Há grande perigo em
mas há várias maneiras penetrantes de perguntar o que Paulo diz hoje, antes de
compreender o amor de Deus, que é o perguntar o que ele disse no contexto
ponto mais forte de Nygren. A sua avalia histórico de ontem, e, com esse objetivo,
ção geral da carta pode ser plenamente Leenhardt(1957), Barrett (1957) e Bruce
aceita, quando ele diz: “A história da (1963) são mais úteis do que Barth,
igreja cristã é, conseqüentemente, teste Nygren e Dodd. Nunca haverá um co
munha do fato de que a Epístola aos mentário definitivo a Romanos, pois o
Romanos tem sido, de maneira peculiar, poço é profundo demais para secar-se;
capaz de suprir o impulso para a reno por isso, todos podem ainda chegar-se a
vação do cristianismo. Quando o homem esta fonte, para renovar a sua fé.
se desviou do evangelho, um profundo
estudo de Romanos muitas vezes foi o
veículo pelo qual os perdidos foram re Esboço de Romanos
cuperados” (p. 3). Introdução (1:1-17)
Cerca de dez anos antes do comentá 1. Saudação (1:1-7)
rio de Nygren, um teólogo congregacio- 2. Ação de Graças (1:8-15)
nal inglês, C. H. Dodd, escreveu outro 3. O tema (1:16,17)
comentário acerca de Romanos, que teve
enorme influência. Os esforços de Dodd I. Justificação (1:18-4:25)
para demonstrar a natureza impessoal da 1. A Necessidade de Justificação:
ira de Deus e para sustentar a tendência A Ira de Deus (1:18-3:20)
britânica na direção do universalismo 1) A Ira de Deus Contra os Gen
devem ser rejeitados, mas há muitos re tios (1:18-32)
(1) Impiedade (1:18-25)
lances de luz que iluminam o pensamen a. Ignorância (1:18-23)
to de Paulo. O seu parágrafo introdutó b. Idolatria (1:24,25)
rio prepara o leitor para a apreciação (2) Injustiça (1:26-32)
desta carta. Diz ele: “A Epístola aos a. A Contaminação do
Romanos é a primeira grande obra da Corpo Humano (1:26,
teologia cristã. Desde o tempo de Agos 27)
tinho, ela tem tido enorme influência no b. A Contaminação do Es
pensamento do Ocidente, não apenas em pírito Humano (1:28-
termos de teologia, mas também de filo 32)
sofia, e até de política, através de toda a 2) A Ira de Deus Contra os Ju
deus (2:1-3:20)
Idade Média. Por ocasião da Reforma, (1) Os Judeus e o Juízo
os seus ensinamentos propiciaram a prin (2:1-16)
cipal expressão intelectual para o novo a. Os Judeus Comparados
espírito de que a religião se imbuiu. Para com os Gregos em Par
nós, homens da cristandade ocidental, ticular (2:1 -1 1 )
provavelmente não há outra obra literá b. Os Judeus Comparados
ria tão fundamental para a nossa heran com os Gentios em Ge
ça intelectual” (p. xiii). ral (2:12-16)
Muitos outros, que meditaram nas pá (2) Os Judeus e a Lei (2:17-29)
ginas desta carta de Paulo, também po a. Os Judeus e a Lei em
Geral (2:17-24)
deriam testificar. Cada um deles obvia b. Os Judeus e a Circunci
mente ouviu a voz de Paulo com os seus são em Particular
próprios ouvidos, como demonstram as (2:25-29)
diferenças entre Barth, Nygren, Dodd e (3) Os Judeus e as Escrituras
outros; mas há muita coisa que é, sem (3:1-20)
a. Discutidas as Objeções ( 2 )0 Salário da Escravidão:
dos Judeus (3:1-8) Duas Liberdades (6:20-23)
b. Conclusão da Primeira 3. Salvação Como Libertação
Seção (3:9-20) (7:1-25)
2. Os Meios de Justificação: A Jus 1) A Lei e a Liberdade: Analo
tiça de Deus (3:21-4:25) gia do Segundo Casamento
1) A Justiça de Deus Demonstra (7:1-6)
da (3:21-31) 2) A Lei e o Pecado: Analogia
(1) Conceito da Justiça de de Adão no Paraíso (7:7-12)
Deus (3:21-26) 3) A Lei e a Morte: Analogia
(2) Corolários da Justiça de de um Mercado de Escravos
Deus (3:27-31) (7:13-20)
2) A Justiça de Deus Ilustrada 4) A Grande Conclusão: A Lei
(4:1-25) das Duas Leis (7:21-25)
(1) Abraão Foi Justificado 4. Salvação Como Filiação (8:1-39)
Pela Fé (4:1-8) 1) O Espírito de Deus (8:1-27)
(2) Abraão Foi Justificado Pe (1)A Lei e a Mente do Espí
la Fé Antes da Circuncisão rito (8:1 -8)
(4:9-12) (2) A Habitação do Espírito
(3) Abraão Recebeu a Pro (8:9-11)
messa Antes de Ser Dada (3) A Vida, Direção e Teste
a Lei (4:13-15) munho do Espírito
(4) Abraão É o Verdadeiro Ti (8:12-17)
po dos Justificados Pela Fé (4) As Primícias do Espírito
(4:16-25) (8:18-25)
(5) A Intercessão do Espírito
II. Salvação (5:1-8:39) (8:26,27)
1. Salvação Como Reconciliação 2) O Amor de Deus (8:28-39)
(5:1-21) (1) O Propósito do Amor de
1) O Reino da Graça (5:1-11) Deus (8:28-30)
(1) A Natureza da Graça (2) O Poder do Amor de Deus
(5:1-5) (8:31-39)
(2) A Necessidade da Graça
(5:6-11) III. Predestinação(9:l-ll:36)
2) O Reinado da Graça (5:12-21) 1. A Eleição de Israel Feita por
(1) Adão Como Tipo (5:12-14) Deus (9:1-29)
(2) Cristo Como Antítipo 1) Introdução: A Incredulidade
(5:15-17) de Israel (9:1-5)
(3) Resumo (5:18-21) 2) Eleição e Promessa de Deus
(9:6-13)
2. Salvação Como Santificação 3) Eleição e Justiça de Deus
(6:1-23) (9:14-18)
1) Santificação e Pecado: Dois 4) Eleição e Liberdade de Deus
Domínios (6:1-14) (9:19-26)
(1) Apelo ao Batismo Cristão 5) Eleição e o Remanescente de
(6:1-4) Deus (9:27-29)
(2) Apelo ao Evento de Cristo 2. O Fracasso de Israel Diante de
(6:5-11) Deus (9:30-10:21)
(3) Apelo à Dedicação Cristã 1) A justiça de Deus (9:30-10:13)
(6:12-14) (1) Cristo Como Pedra de Tro
2) Santificação e Escravidão: peço (9:30-33)
Dois Destinos (6:15-23) (2) Cristo Como o Fim da Lei
(l)A s Obras da Escravidão: (10:1-4)
Duas Escravidões (3) Cristo Como Senhor
(6:15-19) (10:5-13)
2) Â Responsabilidade de Israel 1) Os Que Têm Escrúpulos
(10:14-21) (14:1-19)
(1) O Evangelho a Israel (1 )0 Problema das Leis de
(10:14-17) Dieta(14:l-4)
(2 )0 Evangelho aos Gentios (2) O Problema de Dias e
(10:18-21) Épocas Especiais (14:5-9)
3. A Restauração de Israel Operada (3) O Trono do Juízo de Deus
por Deus (11:1-36) (14:10-12)
1) O Remanescente de Israel 2) Os Que Causam Tropeços
( 11: 1- 10) (14:13-23)
(1) Remanescente Escolhido 3) Os que São Verdadeiramente
Pela Graça (11:1-6) Fortes (15:1-13)
(2) A Dureza do Remanescen (1) O Caminho de Cristo
te (11:7-10) (15:1-6)
2) A Salvação dos Gentios (2) As Boas-vindas a Cristo
(11:11-24) (15:7-13)
(1) A Pergunta Repetida
(11:11,12) Epílogo (15:14-33)
(2) A Inveja de Israel 1. O Ministério Gentílico de Paulo
(11:13-16) (15:14-21)
(3) A Alegoria da Oliveira 2. Visita de Paulo de Passagem a
(11:17-24) Roma (15:22-29)
3) A Salvação de Israel 3. Apelo de Paulo por Oração
(11:25-36) (15:30-33)
(1) O Mistério de Israel Uma Carta a Febe (16:1-23)
(11:25-32) 1. Recomendação de Febe (16:1-2)
(2) A Sabedoria de Deus 2. Saudações de Paulo (16:3-16)
(11:33-36) 3. Uma Súbita Advertência
(16:17-20)
4. Saudações dos Companheiros de
IV. Exortação (12:1-15:33) Paulo (16:21-23)
1. Amor Como uma Vida de Sacri Doxologia Final (16:25-27)
fício (12 :1 -2 1)
1) Introdução: O Sacrifício Vivo
( 12:1, 2)
2) A Comunidade Cristã Como Bibliografia Selecionada
um Corpo: A Vocação Para
Andar em Cristo (12:3-8) Muitos livros e artigos são menciona
3) A Comunidade Cristã Como dos no Comentário, mas os seguintes são
uma Irmandade: A Vocação freqüentemente usados com referência
Para Andar em Amor apenas ao nome do seu autor ao longo do
(12:9-21) texto.
(1) Para com os de Dentro
(12:9-13)
(2) Para com os de Fora BARCLAY, WILLIAM. The Letter to
(12:14-21) the Romans. Philadelphia: The
2. Amor Como uma Vida de Sub Westminster Press, 1955, 1957.
missão (13:1-14)
1) Lealdade ao Estado (13:1-7) BARRETT, C. K. The Epistle to the
2) Amor ao Próximo (13:8-10) Romans. New York: Harper & Bro
3) Vivendo Neste Tempo Cru thers, 1957.
cial: Hino do Dia de Cristo
(13:11-14) BEST, ERNEST. The Letter of Paul to
3. Amor Como uma Vida de Serviço the Romans. Cambridge: University
(14:1-15:13) Press, 1967.
BRUCE, F. F. The Epistle of Paul to the ROWLEY. London: Thomas Nel
Romans. Grand Rapids: William son and Sons, 1962.
B. Eerdmans Publishing Company,
1963. MICHEL, OTTO. Der Brief an die Rö
mer. Göttingen: Vandenhoeck and
DODD, C. H. The Epistle of Paul to the Ruprecht, 1966.
Romans. New York: Harper and
Brothers, 1932. MOODY, DALE. Spirit of the Living
God. Philadelphia: The Westmins
FRANZMANN, MARTIN H. Romans. ter Press, 1968.
St. Louis: Concordia Publishing
House, 1968. MURRAY, JOHN. The Epistle to the
Romans. Grand Rapids: William B.
HUNTER, A. M. The Epistle to the Eerdmans Publishing Co. Vol. I,
Romans. London: SCM Press, 1959, Vol. II, 1965.
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NYGREN, ANDERS. Commentary on
THE Jerome Biblical Commentary. En Romans. Trad, para o inglês por
glewood Cliffs, N.J.; Prentice-Hall, Carl C. Rasmussen, Philadelphia:
1968. Fortress Press, 1949.