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Técnicas básicas e temas para

aprender a desenhar

A
parte mais complicada na hora de aprender a desenhar é sempre o começo. E isso
é ainda pior se você estiver começando a aprender.

Para alavancar sua carreira de desenho você precisa de duas coisas:

1. Aprender as técnicas básicas de Desenho

Há uma série de técnicas básicas que você pode praticar com bastante facilidade
e você deve aprender e praticar regularmente para melhorar suas habilidades de
desenho.

a. Prática de desenhar linhas à mão livre o mais reto possível. Certifique-se de


desenhar essas linhas com movimentos rápidos e seguros.
b. Coloque junto destas linhas retas, algumas figuras geométricas simples, como
quadrados, retângulos, triângulos, estrelas e círculos e elipses, utilizando suaves
linhas arredondadas. Praticar o desenho de vários tamanhos proporcionalmente e
sem distorções.
c. Praticar Sombreamento, criando áreas com valor consistente ou – mais difícil –
gradientes de valor

Por que essas técnicas importantes para aprender a desenhar?

Estas são técnicas básicas fundamentais que você precisa praticar para melhorar
suas habilidades de Desenho.
Praticando essas técnicas básicas regularmente, ela vão ficar automaticamente no
seu subconsciente.

2. Aprender escolher os temas certos para praticar.

Depois de ter feito os seus primeiros passos, é hora de seguir em frente e


desenhar objetos do mundo real mais complexos . Começar a esboçar e desenhar
edifícios e paisagens. Mais tarde, você pode escolher formas mais complexas,
como carros ou pessoas.

Aqui estão algumas dicas sobre como escolher os seus primeiros temas.

Desenhar de observação a partir do natural lhe dará resultados superiores, mas


pode ser uma boa ideia iniciar seus primeiros desenhos utilizando fotografias. Isto
vai dar-lhe algo para se referir uma e outra vez. Você vai aprender a identificar os
tons, luz e sombra, bem como a forma e a disposição dos objetos em uma
fotografia estática. Isso é muito mais fácil e mais rápido do que olhando para um
cenário em constante mudança da vida real.

Fotos em preto e branco irão ajudá-lo a identificar melhor as características de luz


e sombra. Comece com desenhos simples. Não sobrecarregue-se com um item
intricadamente detalhado antes de dominar técnicas básicas de perspectiva e
sombreamento.

Tenha calma – o seu desenho não precisa ser terminado em uma sessão. Muitas
vezes, se afastando de seu Desenho e voltando mais tarde vai ajudar você a ver o
que precisa ser melhorado.

Dicas valiosas para desenhistas


iniciantes 01
São Paulo, 14 de maio de 2012, segunda-feira.
Revisado em 31 de agosto de 2014, domingo.

Pouco tempo atrás, recebi vários trabalhos de desenhistas iniciantes, e que


pretendiam sercolaboradores de possíveis trabalhos que eu possa repassá-los. E
vi que muitos deles eram ainda... digamos... “verdes”. Então, resolvi dar uma
mãozinha para o pessoal. Isto é, ajudá-los. Mas notei (este ano mesmo) que
existem muitas boas referências na Internet. Principalmente no Youtube.
Bastam dar uma olhada, para ter todos os materiais necessários para os
projetos dos futuros desenhistas. Espero apenas poder ajudá-los com as
dicas,acrescentando algo.

IMPORTANTE: Essas dicas não são para serem seguidas à risca. E sim, apenas uma
sugestão ou idéias. Elas mostram uma linha de raciocínio e tendência: A minha visão do
que seja uma realização em Artes. Você pode não concordá-las, mas por favor, leia-as
na íntegra. Creio que alguma coisa pode lhe ser útil.

Na verdade, você está diante de outras referências: A de um artista de outra


época. Eu diria um pouco “vintage” ou “retrô”. E certamente poderá estranhar.
Mas vale pelas informações e dicas. Mesmo que sejam apresentados os
materiais usados e estranhos até para a tua existência. Pelo menos você terá a
grande oportunidade de conhecer o meu “acervo museológico”, e que foi muito
utilizado em uma época. E que continuo usando até agora. Em suma...

Logo abaixo exponho os métodos tradicionais para desenhar, sem o uso da


informática. Nada de mesas digitalizadoras. Nem mesmo acerca do design
digital, com o uso de programas gráficos para tanto. Mas eventualmente serão
apresentados links e as abordagens sobre os tais.

Para que o curso tenha consistência, criei um projeto específico. Isto é, um objetivo para
direcionar todas as etapas do curso: O preparo para tornar-se em um quadrinista de
mão cheia. E que possa viver da sua arte.

Evidentemente para que esse projeto dê certo, esta página, como as demais
que virão, terá dois tipos de conteúdos: O que você está vendo, e que é aberto;
e o conteúdo vip para o curso. Através deste segundo conteúdo, você terá
acesso a mais informações detalhadas (e inéditas), além de cursos em
multimídias.

Caso não houver os interesses, ou que a demanda por esse curso for
insuficiente, o projeto simplesmente pára. Pois, trata-se de uma experiência
didática.

Como se faz um bom desenhista


Um bom curso de desenho ou de arte não forma um bom desenhista, ilustrador
ou artista plástico, apenas dá as referências e orientações. Pois para tornar-se
em um bom desenhista, depende muito de você, da tua vocação, interesse,
habilidades etc. Mesmo que não tenha as habilidades, pode adquiri-las. Mas o
mais importante é a motivação: O interesse em realizar-se nessa área. E
principalmente a paixão. Isto é, o grande prazer em assumir e realizar-se como
tal. Porque o verdadeiro diploma de um desenhista, ilustrador ou artista plástico
não é aquele que ele adquire em uma escola ou faculdade, e sim, os seus
trabalhos apresentados. São eles que atestam a sua qualidade e o talento. Isto
é, o seu portfolio é o seu diploma.

Característica ideal

Todo bom desenhista, ilustrador e principalmente artista plástico é


um autodidata. Mesmo quando ele fez cursos específicos, foi para adquirir
certas habilidades ou esclarecer certas dúvidas, e que de outra forma não seria
possível. Mas em geral, ele mesmo toma as iniciativas no seu próprio
aprendizado de novas técnicas e habilidades. Porque a Arte é essencialmente
experimental e momentos de descobertas.

Como bom desenhista (ou futuro...) você deve desenhar constantemente. Seja
para captar certas observações feitas, como para desenvolver as suas idéias.
Pois, estas não podem ser interrompidas, e sim, devem fluir. Razão
porque deve andar com um caderno de desenho ousketchbook, acompanhado
de um instrumento de desenho - um lápis, de preferência, e sempre grudado
nele. Isto para poder exercitar a sua percepção e interpretação do mundo.

Se você não tem um, o meu conselho é que adquira o seu. Tem de vários
tamanhos, formatos etc. o sketch deve ser facilmente transportável, e que você
possa alcançá-lo rapidamente. Pode caber no bolso de uma camisa, ou numa
pasta. Depende do tipo que você escolheu. A idéia é que se não tiver o que
fazer, vai desenhando.

A importância das experiências pessoais

Além do uso do sketch no dia-a-dia, o que diferencia um desenhista do outro, e


que potencializa a sua criatividade, é a sua experiência pessoal. Isto significa a
necessidade de desenvolver seus projetos próprios. Isto é, suas idéias, mas
planejadas. Porém... Não importa em que condições você se encontra. Nem se
a tua experiência pessoal foi um sucesso ou não.Sempre enriquece. Mesmo
sendo uma vida de fracassos, sempre edificam. Pois, cada experiência é
singular. E isto marca o seu trabalho.

As referências, o que precisa saber e os clássicos

Todo bom desenhista tem como referências, os trabalhos dos outros, e que
foram consagrados. Em cada área, tem os brilhantes desenhistas, ilustradores
etc., e que servem como referências para o nosso desenvolvimento. Porém,
esses também tem as suas referências. E se você for pesquisar, verá que todos
acabam terminando nos clássicos: Michelangelo, Leonardo da Vinci, Rafhael,
Rembrandt, Ingres etc. Muitos deles provenientes da Renascença (veja sobre
oRenascimento).

Muitos dos seus trabalhos estão em grandes museus, galerias e em publicações


especializadas. No meu entender, um bom desenhista deve visitar os museus,
de vez emquanto, só para ver os outros estilos, artes etc.

Mas... afinal, por que os clássicos? Simplesmente porque esses caras chegaram
ao limite da observação e da perfeição estética, até aonde podiam. Eles mesmo
tinham como referências, outros que vinham antes... Até milhares de anos
atrás. Isto é, desde a Grécia Antiga. Foi um longo processo de evolução e
aprendizado da nossa civilização. Portanto, são boas referências para sabermos
aonde estamos pisando. Eles deixaram nos seus trabalhos os seguintes para
nós:

• Geometria.
• Composição.
• Perspectiva.
• Luz, sombra e contrastes.
• Teoria das cores.
• Anatomia humana (e dos animais).
• Possivelmente outros não citados.

Percebe-se que vai além dos próprios clássicos. Não importa qual o estilo
adotado, o artista precisa ter pelo menos os conhecimentos nessas áreas ...e
ter experimentado outros estilos de desenhos (alguns). Não superficialmente,
mas pelo menos um pouco mais a fundo.

O caso da anatomia humana

Se você não conhece as noções básicas, pode ter a certeza que vai cometer os
erros, e facilmente visíveis. Mesmo para quem que interessa apenas em
desenhar os mangás, e não quer saber nada sobre os clássicos, não têm como
escapar: Os defeitos aparecem.

Aqui eu faço a minha observação: Quando recebi os trabalhos de desenhistas, e


que tinham figuras humanas, estas foram as primeiras a serem avaliadas. De
onde tiro a conclusão se o sujeito de fato é bom ou não. Principalmente se tiver
retratos. Justamente aonde os defeitos são bem mais visíveis.

Se você pretende desenhar figuras humanas, deve conhecer bem toda a


anatomia. E a melhor maneira de fazer isso é praticando, seja através de
observações, ou através de livros mesmo. Você pode usar os mangás ou os
quadrinhos. Mas eles tem os seus problemas, além de vantagens. Mais tarde
(em oum outro curso mais adiante) mostrarei como resolvê-los.

Os materiais básicos de um desenhista e artista plástico


O leque de opções é vasto: Você pode trabalhar com poucos materiais; ou com
um arsenal de recursos para atingir os teus propósitos. Evidentemente que para
um iniciante, deve conhecer as ferramentas básicas. Então, não se preocupe em
comprar todos os materiais. Simplesmente comece com o que tem, e aos
poucos vai avançando, de acordo com a tua preferência e desenvolvimento.

Não se intimide com a grande profusão de materiais. Porque eles são adquiridos
com o tempo. No meu caso, foi ao longo de anos, e de acordo com as
necessidades e curiosidades. Não vale a pena adquirir os materiais caros,
quando não precisam deles de imediato. Salvo você já tenha definido os teus
interesses futuros, e percebeu da necessidade desses materiais.

O lápis... (1)
Prefira os que tenham as durezas: B, 3B e 6B. Muitos escolhem o HB como o
lápis para desenhar. Depende do teu gosto. Pode ser também lapizeiras (4, 5)
(nesse caso, tem que ser pelo menos dois). Mas se for essa a opção, sugiro que
sejam aquelas que trabalhem com minas de 2 mm para mais. A razão é
simples: Existem traçados e sombras em que você faz melhor com essas
espessuras. Outra opção interessante são os lápis feitos inteiramente de grafite
puro (tipo Progresso) (2, 3) para traços vigorosos, intensos etc. Mas cuidado
que eles quebram facilmente.

Você pode usar as lapizeiras de 0,9 mm, 0,7, 0,5 ou 0,3 mm. Elas são práticas
e precisas. Mas nem tanto: Têm a facilidade de marcar o papel, e restringem
bastante no uso do sombreado. Um desenhista que saiba usar um lápis comum,
consegue fazer os traços precisos sem marcar o papel. Mas isto depende
também do gosto e facilidade de cada um.

Borrachas
Faz tempo que não uso aquelas verdes (6), e por uma razão simples: Elas
danificam um pouco as fibras papel. A solução são as borrachas limpa tipos (7,
8). Elas vêm embrulhadas com um filme plástico, e podem ser manipuladas
como massa de modelar. Podem ser deformadas para facilitar os seus usos (9).
Excelentes para descarregar as frustrações, quando não consegue os resultados
desejados nos desenhos. Tem dois tipos: Para lápis; e para carvão, sangüínea,
pastéis etc. O nome limpa tipos se deve ao fato de serem utilizados para limpar
os cabeçotes das máquinas de escrever (os tipos). Isto numa época em que não
era popularizado os computadores. Eu mesmo utilizava isto.

Estas borrachas limpa tipos são atuais: Você as encontram nas papelarias que
vendem os produtos importados. E custam em média de R$ 4,00 a R$ 10,00.

Além dessas, você vai precisar de borracha de plástico (aquela do tipo branca e
que exala cheiro perfumado) (13). Mas tome cuidado: Esse tipo de borracha é
instável, razão porque do cheiro, uma vez que está soltando químicos. E ataca
certos plásticos. Se você deixá-la encostada em um estojo plástico do tipo
rígido (portanto quebrável), corre-se o risco de “dissolver” a parte do contato.
Enfim, vai precisar também de borracha de areia (12) e uma lâmina de barbear
(11) ou de estilete. Sim, tem casos em que vai ter de usá-las (mais tarde
explico aonde).

Um canivete, uma pedra de afiar pequena e jogo de lixas


Você poderia usar até um apontador de lápis. Mas ele não serve para outras
utilidades, como, por exemplo, conseguir uma ponta precisa, chanfrar a ponta e
apontar o lápis carvão,sangüínea etc. Além disso, um canivete é sempre útil
(15). Você poderia utilizar um estilete. Mas este tem também as suas
limitações. Ele é muito prático para cortar papéis, cartolinas, papelões etc. É
bom ter os dois então. E o jogo de lixa (10) serve não apenas para apontar
lápis, mas também para preparar o esfuminho e outras. A pedra de afiar (14), é
claro, é para o canivete e os tira-linhas (mais tarde te explico o que é isto, caso
você não saiba).

Jogos de esquadros, curvas francesas, réguas e transferidorDe


preferência todos em acrílicos, exceto os gabaritos. São dois tipos de esquadros
(16), o de 45 graus e o de 60 graus. A proporção entre eles deve ser tal como
apresentada na figura. Convém dispor de vários tamanhos. Os apresentados na
imagem são as menores. Não recomendo: Coloquei aí justamente para ocupar
menos espaço, permitindo mostrar as demais peças. São vários tipos de curva
francesa (17). A apresentada é a tradicional (e a menor de todas). Igualmente
é bom ter de vários tamanhos. O transferidor muitas vezes não é essencial
(19), mas é bom ter. A régua apresentada é de 30 cm (18). Dê preferência
àquelas que tem as escalas gravadas, e não impressas (o mesmo para o
transferidor). Pois, com o tempo as que foram impressas podem ser apagadas
com o atrito pelo uso constante. Se ainda for possível, mais duas réguas, mas
de aço (evite as de alumínio),sendo que uma tenha pelo menos 60 cm ou 1
metro. Servem para cortar os papéis e cartolinas. Você pode adquirir também
uma régua flexível para curvas extensas.
GabaritosVários tipos e principalmente de elipses, em vários ângulos e
tamanhos (21). Pois elas representam as projeções de círculos em várias
perspectivas. São importantes para quem que pretenda desenhar quadrinhos.
Convém adquirir também, os gabaritos de círculos (20) e de outros formatos
(22), inclusive os arquitetônicos.

Compasso técnicoPrefira aquele que permita desenhar um círculo de 50 cm de


diâmetro pelo menos (23). E de preferência, que possa aumentar esse diâmetro
com um alongador (27). E um outro, que possa desenhar um círculo com
menos de 3 mm. Nesse caso, usa-se um compasso balaústre ou bailarino
(chamado também de bomba), e que pode vir acompanhado aqui de um tira-
linha (24). A vantagem desse último é que permite desenhar círculos bem
menores e com estabilidade. No compasso comum, você até consegue, mas
precisaria ter uma certa habilidade em usá-lo. Importantes: Que possa adaptar
nesses compassos as canetas técnicas a nanquim, além do uso de tira-linhas.
Um bom compasso deve permitir também, adaptar um estilete para cortes.
Existem vários tipos de adaptadores para compassos. Tem até um que serve
para prender qualquer material de escrita (30). Justamente um estilete de cabo
tubular é bem-vindo, para efetuar os cortes em círculos. Mas a peça
fundamental, a meu ver, e que serve para adaptar uma caneta técnica no
compasso, é a que se encontra no meio das pernas do primeiro compasso (26),
e que é da marca Trident. Pois, ela é versátil, e serve também para o compasso
bailarino à direita. É através dela, que torna-se possível fazer círculos menores
de 3 mm de diâmetros até mesmo no compasso comum. Os demais
adaptadores não conseguem isso, devido aos seus próprios formatos.

Aliás, não encontrei nenhum adaptador equivalente fora do Brasil (através da


Internet). Portanto, essa peça (o 26) é inédita. E não consegui visualizar nos
sofisticados compassos que se vendem por aí, a possibilidade de fazer círculos
menores de 3 mm, principalmente com as canetas técnicas a nanquim. Talvez
exista até. O problema é que atualmente essa versátil peça não vem
juntamente nos compassos da Trident. Antes, quando comprei o estojo, o
adaptador vinha junto. Agora você vai ter de comprá-la separadamente. Mas
vale a pena.

Outros acessórios mostrados: Adaptador comum para canetas técnicas a


nanquim (29), porta-minas do compasso bailarino (25), agulhas extras para o
compasso comum (28), e o alongador que vem junto com um tira-linha (27).
Coloquei-os juntos, para usá-los como um tira-linha com cabo. Além disso, o
estojo de compasso Staedtler Arco, acompanhado de um tira-linha e um
estojo de minas (31).
Obs.: Veja como se usa os compassos com o tira-linha e o adaptador.

Estiletes, tesoura e canivete


Você vai precisar pelo menos de dois do tipo Olfa: O comum, de uso geral (35);
e o maior, para cortar papelões e cartolinas (36). Além disso, o ideal é ter um
terceiro, de ponta fina, para cortes detalhados (32 a 34). Pode usar as lâminas
de bisturi e com cabo (o BIC 11) (32). Os cortes geralmente são feitos em cima
de uma placa especial para isso. Mas eu prefiro usar placas de vidro. Desde que
não force as lâminas do estilete, para não riscar a própria placa.

A tesoura (38) - De preferência, de aço carbono. Pois, é fácil de afiar, apesar de


enferrujar-se com facilidade e ser pesada. As tesouras atuais são de aço
inoxidável e leves. Mas é de difícil afiação. A tesoura não pode faltar na
prancheta do desenhista.

E é claro: O canivete (37).

Penas de aço para tinta nanquim (traços a bico-de-pena)


Elas são fundamentais para traços finalizados. No mercado, dificilmente são
aceitos os desenhos feitos a lápis. Exceto os retratos e alguma outra coisa.
Comercialmente os traços devem ser nítidos e que facilitem a reprodução para
serem publicados. As penas são relativamente baratas e duram bastante. Eu
diria a vida toda. As que eu tenho (apresentadas aqui) foram adquiridas quase
quarenta anos atrás, e servem perfeitamente bem! Além das penas, você vai
precisar de cabos para elas. Tem aquelas do tipo mosquito, e que não deve
faltar na tua coleção.

Para os traçados corriqueiros, você pode usar as penas comuns (39, 45) ou do
tipo mosquito (46). Tem uma, que é importada da França, e que é muito
prática: A pena pode ser removida e inserida ao contrário, protegendo assim a
ponta (47). Para usá-la, você mergulha a pena no vidro de nanquim. Pode-se
usar o bico conta-gotas de um frasco de tinta. Mas não acho prático. E depois,
para limpá-la, tire o excesso de tinta com um papel absorvente. E em seguida,
limpe a peça com álcool comum.

Para os quadrinhos (e mangás) porém, o ideal são as penas do tipo Redis (41),
e que eram utilizados pelo pessoal do Maurício de Souza, no começo da minha
carreira. Não sei como é hoje, uma vez que tudo foi informatizado. Essas penas
foram projetadas para as escritas em desenhos técnicos, em que os traços
devem ser precisos. Pois, tem de várias espessuras, e apresentam um tipo de
peças de metal por cima, para reter maior quantidade de tinta, e que vai fluindo
para a ponta da pena, na medida em que são feitos os traços. Certamente que
o profissional tem que ter mão firme e prática de um calígrafo. Veja Como usar
as penas do tipo Redis.

Falando nisso, existem as penas caligráficas especiais (42, 43 e 44), muito


utilizadas na confecção de diplomas e certificados. Elas são insuperáveis. E até
agora, nenhum instrumento de escrita equivale a elas. A não ser as canetas-
tinteiros com as penas caligráficas. Mas estas só podem trabalhar com as tintas
específicas. Ao passo que as primeiras podem trabalhar com várias outras.
Mesmo com a tecnologia da informática, as escritas caligráficas são
imprescindíveis, justamente por causa das confecções de diplomas, certificados
e de outros documentos importante. Um profissional que domina essas escritas,
com um bom repertório de estilo, sendo esteticamente bem feitas e apreciadas,
com certeza terá o seu nicho de trabalho garantido.

Um bom desenhista deve ter uma certa habilidade caligráfica também. E por
diversos motivos: Deste as frases dos balões em quadrinhos, passando para os
sons onomatopaicos, até a necessidade de criar ilustrações acompanhadas de
textos. Não precisa mergulhar muito. Basta ir aonde sentir a necessidade.

Estiletes para scratchboard (40) - Trabalha sobre o papel scratchboard: Espécie


de cartão coberto com gesso por cima. E em seguida, uma camada de nanquim
espalhado sobre a superfície. Utiliza-se o estilete para desenhar sobre essa
superfície. O resultado lembra um pouco as artes feitas em xilogravura.
Provavelmente este tipo de papel não encontra-se à venda, sendo necessário
prepará-lo.

A única experiência que tive foi trabalhar em cima do papel couché: Faz-se o
desenho a bico-de-pena. E as partes de sombra, eu pincelava com o nanquim.
Em seguida, raspava o desenho sobre a sombra, criando sinuetas, por exemplo.
Esta técnica foi muito utilizada para certos tipos de quadrinhos, como
o Kripta (histórias de terror); e até no Conan, o bárbaro.

Os tira-linhas (48) - Durante muito tempo foram utilizadas nos desenhos


técnicos. Consiste em uma peça com duas linguetas de aço, afastadas, e que
eram aproximadas através do ajuste de um parafuso. Com isso, podia fazer
traços uniformes e de diversas larguras, de acordo com o ajuste desse
parafuso. Isto antes do advento das canetas técnicas a nanquim. Certamente
que trabalhavam juntamente com as penas do tipo Redis.

O instrumento é bastante versátil: Pode ser utilizada para fazer ilustrações


também. É uma questão de prática. Além disso, para quem que trabalha com
aquarelas, e mexe com latex líquido para fazer as máscaras, é a ferramenta
ideal para aplicar o líquido sobre o trabalho. Isto porque o latex líquido
apresenta na sua composição a amônia, que ataca os pelos do pincel. E era
comum secar, muito rapidamente, impedindo de lavar o pincel. Com isso, este
fica inutilizado. No caso do tira-linha é diferente: Quando a latex seca na ponta
deste, basta arrancá-lo com um pedaço de cartolina, inserido facilmente entre
as linguetas da peça. Muito prático.

Na minha opinião, um desenhista não pode deixar de ter uma ferramenta desta.
Pois, serve também para fazer molduras em que precisam ter traços bem
grossos (algo como 1 mm de espessura). A mesma ferramenta pode fazer
traços mais finos do que 0,1 mm. Mas caso você adquira um tira-linha, convém
verificar se é preciso acertar as pontas afiando-as com uma pedra ou lixa. Pois,
estas precisam estar também niveladas.
Para saber mais sobre tira-linhas, procure na Internet a palavra “Ruling pen”.

As penas de aço tem grandes vantagens: São extremamente duráveis, quando


bem tratadas. E podem trabalhar com qualquer tipo de tinta, inclusive a base
de solventes. Mas apresentam as seguintes desvantagens: Não podem ser
utilizadas nos gabaritos, nem para fazer os círculos. E também requerem
limpezas após o uso. O que significa a eliminação de restos de tinta. Estes
evidentemente são os desperdícios feitos.

As tintas a nanquim... Tome o cuidado!


Existe no mercado um produto Tching-ling e que deve ser banido do teu acervo.
O frasco abaixo é o dito cujo, e alvo de cobiça para desenhistas inexperientes e
que “choram” por causa do preço dos produtos importados. Então, o
comerciante empurra essa porcaria, dizendo que é tinta a nanquim mais barata,
pois é made in China (ou made in PRC...). O frasco de fato engana pelo
volume. Mas não é tinta a nanquim nem na China!

O problema é que se você nunca teve experiência em trabalhar com o nanquim,


e tiver a infelicidade de usar esse tipo de material, vai achar que o nanquim é
esta porcaria mesmo. E deixará de conhecer as vantagens do verdadeiro
nanquim, e ficará deparando com supostos problemas insolúveis... Outra forma
de enganar você, te confundindo.

Uma tinta a nanquim deve apresentar boa resistência à água depois de seca. De
modo que você possa pintar por cima do desenho feito com ela. Muitas vezes fiz
isso nos quadrinhos. A gente pintava com a Ecoline (aquarela líquida) sobre os
desenhos finalizados a nanquim. Além disso, a verdadeira tinta a nanquim
formava uma crosta brilhante por cima. Isto porque a sua composição é feita de
fuligem (carvão) e goma arábica. E é justamente este aglutinante que dava o
brilho.

Indiretamente você já deve entender que as canetas descartáveis para desenho


não são a nanquim, mesmo que os traços feitos sejam resistentes a água.
Experimente as tintas daTalens, Pelikan, Staedler Mars, Rotring ou até
da Trident. E compare com os traços feitos com essas canetas descartáveis.
Evidentemente que elas são boas. Mas dão outros resultados, e sutis.

Algumas das marcas citadas até que borram. Mas ligeiramente. E se você for
passar uma pincelada rápida para colorir, os traços a nanquim permanecem
firmes.

Bom... Sobre a tinta Tching-ling citado, caso você teve a infelicidade de adquiri-
la, faça um desenho com ela, e depois, pinte por cima, para ver no que vai dar.
Eu acho que uma caneta hidrocor, cuja tinta é borrável com água, sairia
melhor. Aqui entra um conselho importante:

Um desenhista, assim como um artista plástico, não deve economizar


na aquisição de materiais. Pois, o barato sai caro. E bem caro.
Principalmente se você valoriza o teu trabalho, não vai querer que ele
seja feito com material de quinta categoria.

Solução: Já que você adquiriu a tinta, use-a para exercícios descompromissados


em desenhos a bico-de-penas. Mas apenas rabiscos ou rascunhos. Ou então,
para exercícios em escritas caligráficas. E não tente pintar algo em cima dos
traços, senão vai arrepender-se.

Pincéis para tinta a nanquim


Além de penas, os traços a nanquim podem ser feitos com pincéis. E todo
mundo sabe que os melhores pincéis são aqueles que usam os pelos de marta...
Não, não se trata de alguém chamada de Marta, e sim, de um animalzinho:
O kolinsky, e que encontra-se na China e na Rússia (desculpem-me, não
resisti...). Esses pincéis são ideais para pintura a guache e aquarela. Mas eles
são inadequados para os traços a nanquim. Pois, o nanquim é ácido e ataca
esses pelos. Com o tempo, eles tornam-se ressecados e vão quebrando aos
poucos. Nesse caso, os pincéis ideais para o nanquim são os de pelos sintéticos.
Escolha aqueles cuja maciez seja a mais próxima dos de pelos de marta. A
dica: Procure por pincéis de pelos sintético (profissionais ou de boa
qualidade), mas para aquarelas, como apresentado abaixo.
Canetas técnicas a nanquim
Elas são os instrumentos mais úteis e práticos para o desenhista. Eu diria que
são essenciais. Você pode dispensar as penas de metal, mas não as canetas.
Pois, certos trabalhos não podem ser feitos com as penas. Por exemplo: O uso
dos gabaritos. Mas as canetas adequadas são aquelas de ponta de aço e
recarregáveis. E não as descartáveis de ponta porosa. Pois, estas, não resistem
ao uso intenso (as pontas vão abrindo pela pressão contínua de uso). Seriam
inadequadas para as técnicas de pontilhados nas ilustrações científicas, por
exemplo.
As marcas de canetas: Staedtler Mars Matic 700 (51), era considerada uma das
melhores. ARotring Variant (52) a mais popular no mercado. A
caneta Mecanorma foi o último modelo lançado (53), e que não cheguei a usá-
la. Difere das demais pela praticidade de abrir e fechar a tampa, além do
carregamento da tinta. Porém, ouvi reclamações de que vazava com
facilidade. Faber Castell TG era a marca com que trabalhei mais (54). O seu
diferencial está na maneira como é colocada a pena (que não é rosqueada e
sim, pressionada no corpo desta), além disso, apresentava uma cápsula com
higroelemento na tampa, e que indicava a umidade do dispositivo. A Leroy (55)
foi considerada a melhor caneta do mercado. Mas nunca usei no trabalho.

Outras peças: Estrator de penas da Leroy (56). Estrator da Faber Castell (57). E
as penas avulsas da Faber Castell (58). Atualmente uso as canetas da Rotring
Rapidograph (50); e a caneta Desegraph (49) e que é fabricada pela Trident.
Mas esta na espessura 0,2 mm para testar as possíveis soluções para os
problemas encontrados. Pois...

Infelizmente as boas canetas técnicas sumiram do mercado. O que temos é


justamente esta, de fabricação nacional, e que muitos consideram como
aceitáveis. Principalmente esta geração, que não conheceram a qualidade dos
materiais de antigamente. Por exemplo: Se você for usar a Desegraph 0,2 mm
de espessura, certamente terá problemas se for deixá-la com a tinta por uma
semana parada. Mesmo com a tampa bem fechada. Isto é, a tinta resseca
dentro dela, e/ou entope a ponteira. Seria preciso molhar a ponteira na água, e
agitar vigorosamente a caneta, até que ela consiga escrever. Caso não, deve
repetir todo o processo.

Acontece que as canetas importadas com que trabalhei (e até as nacionais mas
de tecnologia estrangeira), podem ficar com as tintas dentro dela por mais de
um mês sem trazer problemas. Basta dar uma agitada e pronto. Isto é,
comparando as canetas com a mesma espessura de traço, a 0,2 mm. Eu diria
que podem ficar pelo menos por três meses ou mais nessas condições. Todas
elas, sem excessão, nunca deram problemas.

Isto nos dá a idéia de como caimos na qualidade de material utilizado. Aqui no


Brasil, parece que é apenas uma importadora que atende a todos os
revendedores: A Summit. Eu já tentei entrar em contato com o pessoal. Foi
inútil. Ela importa os compassos técnicos da Staedtler Mars, e que foram
projetados para utilizar as canetas técnicas. Mas não importa as canetas
técnicas do mesmo fabricante. As possíveis causas podem ser: Os preços
dessas canetas importadas são caras demais; ou um monopólio velado, para
proteger um fabricante nacional. É para pensar.

Se você for procurar na Internet, vai encontrar muita coisa. Mas também lá fora
parece haver uma retração desses materiais. Veja mais adiante (aqui) onde
encontrar as canetas técnicas. Caso pretenda arriscar em importar esses
materiais.

Uma boa solução: Como evitar que as canetas Desegraph ressequem


Como eu tinha dito, estava fazendo experiências com uma caneta Desegraph,
na espessura de 0,2 mm. E a solução que encontrei, para evitar que ela
resseque é justamente esta: Coloque todas as canetas, com as respectivas
tampas bem fechadas, em um pote grande, daqueles usados em maioneses, e
coloque um pequeno frasco com água, do tipo para perfume, mas sem a tampa,
dentro do pote. De preferência, o frasco deve ser do tamanho adequado, de
modo que não vire e nem derrame a água (eu usei um pequeno tubo de
ensaio). As canetas devem estar posicionadas com as ponteiras (ou as tampas)
para cima. E feche bem o pote quando não está usando elas. Com isso, a
umidade criada evitará que as tintas dos depósitos evaporem, e que as penas
ressequem. Descobri que as canetas Desegraph são uma das raras marcas em
que os clips das tampas são de aço inoxidável. Então elas não enferrujam. E
pelo menos por uma semana, a caneta estava pronta para desenhar logo que
tirei do frasco. Passado um mês, ela continua escrevendo.

Certamente que existe um outro problema, conseqüentemente a solução


apresentada acima não será perfeita. Mais adiante apresentarei esse problema,
e como resolvê-lo.

Como limpar as penas das canetas


Existem momentos em que você precisa abrir a própria pena, para tirar os
resíduos de tinta. Isto quando a limpeza comum não resolve. Esta parte é a
mais delicada de todas. Principalmente se as penas tiverem menos de 0,3 mm
de espessuras. Eis as instruções:

Prepare sobre uma superfície horizontal um pano ou papel absorvente:

Tire a parte de trás da pena. Certas marcas ela é rosqueada. Outras não. Em
seguida, tire o pino com a agulha. Ele deve ser colocada em uma tigelinha com
água. Não precisa do detergente ou sabão. Esfregue-a cuidadosamente com os
dedos, para tirar as crostas de tinta. Em seguida, coloque-a sobre o pano ou
papel absorvente.

Caso você não consiga tirar o pino com a agulha, ou que este saiu sem a
agulha, considere-se perdido a pena: Tornou-se irrecuperável. Mas se você
conseguiu...

Se a tinta estiver endurecida, ou bem grossa, dentro da pena, tire-a com um


palito de dente. Em seguida, mergulhe-a em uma tigela com água, e limpe-a
com o mesmo, para tirar o resto da tinta. Cuidado: Se estiver fazendo isto em
uma pia, antes, coloque um filtro do ralo, para que não ocorra de cair a peça
para dentro do ralo. Depois, pegue um cotonete com detergente, e enfie dentro
da pena, para limpá-la.

Em seguida, pegue a pena (sem a agulha e a tampa traseira), coloque a sua


parte aberta na boca, e sopre firmemente. Veja se sai algumas gotas de água
no microtubo. Caso contrário, significa que tem ainda tinta dentro deste. Mas se
você conseguiu tirar a agulha de lá, certamente que tem um canal aberto.
Então, recomendo que deixe a pena em repouso em uma tina com detergente
concentrado, por um tempo. Sem a agulha. Depois, repita o processo de
limpeza.

Digamos que você conseguiu limpar o microtubo. Coloque a agulha de volta na


pena. Mas tome cuidado! Não force nada! Faça o seguinte: Segure a pena com
o indicador e o polegar de uma mão, e com o microtubo voltada para baixo, isto
é, como se fosse um copo. Em seguida, coloque a agulha dentro dela e na
posição correta, mas sem forçar nada. Apenas deixe a peça repousar dentro da
pena.

Com o indicador da outra mão, bata lateralmente, levemente e repetidamente


nos dedos em que você está segurando a pena, até que a agulha desça no
microtubo. Em seguida, coloque de volta a tampa traseira, fechando a peça
toda e protegendo a agulha. Mas certifique se a tampa foi de fato colocada, e
que não vai soltar.

Agite a pena, de frente para traz, repetidamente, para ver se o pino com a
agulha está movimentando livremente dentro dela. Mergulhe a pena na água
(para que entre dentro dela), e agite de novo. Então, encoste a ponta da pena
em um papel absorvente, para ver se este está recebendo a água desta. Caso
sim, coloque a pena de pé, com a tampa traseira encostada no papel
absorvente, para tirar o resto da água de dentro dela. Em seguida, coloque-a de
volta na caneta, encha a tinta, e agite-a novamente, em um movimento de vai-
e-vem, para que a tinta penetre nela. Encoste a ponta da pena no papel
absorvente de novo, para ver se está recebendo a tinta. Caso sim, a caneta
está pronta para o uso.

Veja os detalhes com as imagens de Como recuperar uma caneta técnica a


nanquim.

As canetas técnicas a nanquim foram projetadas para desenhos técnicos.


Principalmente para substituir os tira-linhas e o uso de penas para escritas
técnicas. Porém, rapidamente foram adotadas nas agências de publicidades,
estúdios de desenhos etc. Não conheço uma editora ou estúdio que não tenha
usado essas canetas.
Tintas para as canetas
Recomendo as da marca Staedtler Mars. Pois é a única que reune as
características desejadas: Adequada para as canetas técnicas, uma das melhores,
além de ser importada. As outras, como a marca Talens e a Pelikan, mesmo que
sejam boas, provavelmente não são adequadas para as canetas a nanquim.

O frasco do meio foi adquirido faz pouco tempo. Percebe-se que ainda fabricam
as canetas técnicas da marca Mars Matic 700. A da esquerda foi adquirida em
julho de 1995, e com prazo de validade de dois anos (até 1997). Porém, usei-a
nas canetas técnicas até pouco tempo, e não deu nenhum problema. Ou seja, a
tinta permaneceu em bom estado, sem ter aglutinado! Isto para ter uma idéia da
qualidade do produto. O frasco da direita, de fabricação da Faber Castell TG, é a
mais antiga aquisição que mantenho. Porém, não arrisco nas canetas técnicas,
mesmo supondo que não traria problemas. A da marca Trident é outra opção.

Tintas para ilustrações


Na minha adolescência, antes de me profissionalizar, a opção predileta para
colorir era o estojo de lápis de cores. Mais tarde, descobri os pastéis coloridos e a
óleo. Mas geralmente são inadequados para o uso comercial, exceto para
determinadas ilustrações e áreas. A Ecoline(aquarela líquida) era a preferência
nos estúdios. Tanto de quadrinhos como de agências de publicidades. Trata-se de
aquarela líquida e de cores intensas. Justamente por isso, supõe-se que a sua
durabilidade seja pouca: Vai desvanecendo as cores com o tempo. Além da
ecoline, usávamos o guache, quando era preciso cobrir as áreas com cores
opacas. Para os “lay-outs”(esboços), eram utilizados os marcadores coloridos (as
canetas hidrocores).

Hoje nós temos os marcadores Posca, que são hidrocores, mas com pigmentos
mais permanentes e resistentes a água. Tem os modelos que trabalham com
solventes. Podem ser utilizados, por exemplo, para pintar em qualquer superfície;
até mesmo nas paredes. O problema é que são descartáveis. Nesse caso, tem
como alternativa, os marcadores da marcaCopic, e que são recarregáveis. Mas se
você for tentar montar uma boa paleta de cores (pelo menos oito), vai perceber
que o preço é proibitivo.

Além disso, os marcadores Posca ou Copics, juntamente com as “ecolines” e


guaches, são materiais volumosos. Isto se você for carregar todas as cores que
desejar. Uma boa opção, na minha opinião (e preferência) é o uso de um
pequeno estojo de aquarela. O estojo em si saiu por volta de R$ 70,00. E as
pastilhas duram bastante. Veja as imagens abaixo:
O estojo vem acompanhado com uma palheta. Vários modelos e marcas de
fabricantes trazem também um pincel. Tudo o que você precisa, além do estojo:

• copo com frasco de água (pode usar o próprio frasco). De preferência de


plástico.
• Papel absorvente ou pano, para limpar e/ou tirar o excesso de tinta ou
água do pincel.
• Mais alguns pincéis da tua preferência (aqui, o ideal são os de pelos de
marta mesmo).
• Prancheta para pintar.
• Papéis especiais.

Os fabricantes:

• Winsor & Newton (inglesa) - Tem a linha artística, e a mais


popular: Cotman (estojo acima). Mas a linha artística tem o mesmo tipo
de estojo. Na verdade, o fabricante é especializado em tintas, e não em
estojos.
• Talens (holandesa) - Fabrica Ecolines, além de guaches e tinta a nanquim.
No caso de aquarelas, Van Goh é a sua linha popular. E a linha artística
(profissional) é aRembrandt.
• Schmincke (alemã)
• Rowney (inglesa)
• Pebeo
• Outras marcas...

Evidentemente que o resultado obtido não é o mesmo de uma “ecoline”, que


apresenta cores mais intensas; e nem de um trabalho feito com as
canetas Posca e Copics. Se bem que esses dois últimos podem ser superados pela
aquarela. Tudo depende da tua opção e estilo adotado.

Importante: Não use as aquarelas escolares. Não é a mesma coisa. E os


pigmentos provavelmente tem areia misturada (abrasivo), o que farão com que o
pincel se desgaste mais.

Guaches
Não pode faltar. Pois, as tintas são opacas, e servem para vários serviços em que
a transparência é indesejada. Aqui no Brasil, a marca Talens foi a mais utilizada
nos estúdios e agências de publicidades. Da mesma forma, a ecoline, do mesmo
fabricante. Tinha os concorrentes nacionais. Mas todas eles fecharam com o
tempo. Apareceu, no entanto, uma marca nacional, e que é motivo de orgulho:
A TGA Tintas.

A TGA Tintas
Eu só descobri este fabricante nacional quando fiquei procurando guache branco e
que seja de fato opaco. Eu usava o guache para corrigir os desenhos feitos a
nanquim. Isto era muito utilizado numa época em que não existia o computador
disponível. Acontece que as guaches vendidas atualmente na praça são todas
translúcidas: Seus pigmentos supostamente são constituido de óxido de zinco. E
não serviam. O guache que seja opaco tem na sua composição, o dióxido de
titânio. A Talens tem dois tipo de guache branco, sendo que um deles é
justamente o que eu procurava. Só que não estava especificado no produto que
vende aqui no Brasil. Ao passo que o TGA Tintas deixou claro a composição das
cores no seu site...http://www.tgatintas.com.br.

Os papéis
Eles são fundamentais para o desenhista. Existem variados tipos, de acordo com
as técnicas empregadas. Para desenhos a nanquim, e utilizados em quadrinhos, o
melhor que encontrei foi o Shoeller do tipo liso. Ele é branco e tem aspecto de
cartolina, mas não amarela com o tempo. Pois, é feito de fibra de algodão, e sem
ácido. Os traços feitos a nanquim podem ser raspados com uma lâmina de
barbear, para efetuar as correções. Também pode ser molhado com um pano
úmido, e ao secar, mantém o mesmo aspecto. Foi o primeiro papel de qualidade
que trabalhei, e nunca vou esquecer. Mas vai ver o preço de uma folha dessa.
Como está inacessível para simples mortais, e principalmente para desenhistas
iniciantes. Eis as opções interessantes:

• Linha Escolar Cansonino - Vem em bloco de 20 folhas de 140 g/m2 no


formato A4 (29,7 x 212 cm), e ligeiramente amarelado. Tem pH neutro
(sem acidez). Ideal para desenho a lápis e carvão (pois, é um pouco
rugoso). Mas aceita também o nanquim e até pinturas.
• Canson Layout para desenho - Bloco de 20 folhas a 180 g/m2 no formato
A4. Branco e liso. Ideal para traços a nanquim.
• Canson para aquarela, acrílico e pastel Bloco de 12 folhas a 300 g/m2 no
formato A4. Bem rugoso num lado, e menos no outro. Tom amarelado.
• Vegetal liso (da marca Spiral) - Bloco de 50 folhas a 70/75 g/m2. Muito
utilizado em desenhos técnicos a nanquim. Mas no nosso caso, serve para
transferir desenhos, uma vez que dá para ver os traços por baixo da folha,
devido a translucidez. A meu ver, é um material que não pode faltar na
prancheta do desenhista.
• Papel Report Multiuso (conhecido como “sulfite”) - Pacote de 500 folhas,
no formato A4 (ou carta) a 90 g/m2 (se possível), ou 75 g/m2 (caso
não). Evite a da marca Chamex (e o Chamequinho), pois, são ruins.
Geralmente utilizado nas impressoras e nas fotocópias. Mas no nosso caso,
é para rascunho mesmo.
• Papel Kraft - Aquele de cor parda, para embrulhos. Portanto, geralmente
disponível de graça (desde que você compre o produto embrulhado com
ele). Adquira algumas folhas grandes em uma papelaria especializada. É
excelente para esboços a carvão e sangüínea (mais tarde explico o que é
isto), além de outros usos bastante interessantes (idem).

Prancheta para desenho e seus acessórios


Certamente que na maioria dos casos, você pode virar-se com uma daquelas
pranchetas para segurar os papéis do tipo ofício ou A4 (21 x 29,7 cm), e que
vende-se em qualquer papelaria por aí. Eu fiz isso durante muito tempo, antes de
adquirir a minha primeira prancheta. Esta sim, é a ferramenta adequada e que
ocupa espaço. Se for adquiri-la, deve vir acompanhada com uma boa luminária. E
de preferência, com uma régua paralela. Ela será necessária. Mesmo que você
não tenha a intenção de fazer desenhos técnicos, a régua paralela é muito útil
para, por exemplo, desenhar os quadrinhos em uma folha A2 para diante.

Aliás, não teria sentido em adquirir os esquadros, curvas, gabaritos, e


principalmente réguas de mais de 60 cm, se não tiver uma prancheta decente.
Seria muito doido trabalhar em uma mesa da sala, cozinha ou do teu quarto.
Mesmo que você tenha a intenção de fazer desenhos e artes digitais, caso
pretenda mexer com os materiais citados acima, convém ter uma prancheta.
Existem modelos híbridos, e que trabalham juntamente com o computador,
scanner, impressora etc. Vale a pena pesquisar.

A tábua da prancheta deverá ter, pelo menos, 1 metro de largura e 0,8 metro de
altura. Dê a preferência pelo modelo em que seja fácil alterar o ângulo da tábua.
Com uma largura de 1 metro e a régua paralela, torna-se muito útil para
desenhar as perspectivas, que são muito importantes nos desenhos. E deve vir
com um banquinho ou assento. Preferencialmente estofado e confortável, pois,
este é o mobiliário muito importante. Porque é aonde você vai sentar. E se não
adequar-se a ele, com certeza vai te trazer muitos problemas, comprometendo a
produção.

A prancheta deve estar corretamente posicionada: Próxima da janela, bem


iluminada, de modo que a luz venha de esquerda para direita, e de cima para
baixo, caso você seja destro. Se for canhoto, de direita para esquerda. A
finalidade é a de evitar as sombras, e que possam prejudicar o trabalho. A
luminária deve apresentar uma iluminação ampla sobre a prancheta, na cor
branca (luz de dia), e igualmente sem deixar sombras.

Móvel auxiliar com rodígios... Ou uma maleta especial


No primeiro caso, trata-se de um tipo de criado-mudo com duas ou três gavetas,
e uma bandeja na parte superior. Serve para colocar todos os materiais de
desenhos nas gavetas, e as tintas e pincéis na bandeja. Tem de vários modelos e
materiais. Mas você pode improvisar.

Existem pranchetas com compartimentos para colocar os materiais. Mas não é lá


prático: Você precisa dispor dos materiais na mão, e não convém colocá-los em
cima da prancheta. Principalmente se este estiver com a superfície inclinada.

No segundo caso, pode ser um tipo de bolsa, aonde você guarda todo o material
que precisa. Isto depende do tipo de trabalho que você está desenvolvendo. Se
for um sketchista por exemplo, uma bolsa aonde possa caber os teus materiais
provavelmente é mais do que suficiente. Provavelmente você vai desenvolver os
teus trabalhos em cima de um sketchbook(caderno de desenho e de esboço); ou
em uma prancheta de mão.

Mesa de luz
É uma ferramenta muito útil para o desenhista. Consiste em uma caixa com uma
lâmpada dentro, e que tem uma tampa de vidro ou de acrílico. Serve para copiar
os desenhos de um papel para o outro. Antigamente era muito utilizado para
fazer os desenhos animados. E era vendido em lojas de materiais fotográficos:
Era utilizada por diversas agências de publicidades, editoras e estúdios para ver
os slides ou cromos (fotografias em transparência).

Como é difícil de encontrar essa ferramenta por aí, você tem as seguintes
possibilidades ou improvisações:

• Construa você mesmo uma mesa de luz, com madeira. Pode ser um
caixote de frutas, e uma placa de vidro por cima. Mas não esqueça de dar
acabamento nas bordas do vidro, para não se cortar.
• Use uma caixa plástica transparente (ou translúcida), e de tamanho
razoável, e instale uma lâmpada dentro dela.
• Use uma prancheta de mão, mas feita com acrílico transparente (de
preferência sem cor). E uma luminária leve. Apoie a prancheta entre as
coxas das pernas, e a luminária por baixo. Ou, apoie-a em algum lugar,
com a luminária por detrás.
• Use o vidro de uma janela. Mas prenda os papéis nela com adesivos, para
evitar que se soltem. Cuidado para não quebrar o vidro!
• Adquira uma placa de acrílico, ou de material transparente (menos o
vidro), para colocar em frente da luminária da prancheta.
• Outras alternativas, de acordo com a tua criatividade...

Outros acessórios
Cada desenhista tem as ferramentas diferenciadas, de acordo com as suas
necessidades. E algumas são adaptaçòes. No meu caso, as minhas estão abaixo:
Mata-gato (60)
É uma peça muito útil para o desenhista. Consiste em uma lâmina fina de aço, e
que serve como máscara, na hora de apagar certos trechos do desenho. Isto para
que você não apague as demais áreas, uma vez que a borracha não é tão seletiva
assim, por mais hábil que seja com a mão. Basta colocar a área vazada no trecho
em que pretenda apagar, e passar a borracha por cima. Evidentemente que não é
lá muito prático com o limpa-tipo.

Guache branco (67)


Serve para corrigir desenhos a nanquim. Aqui, coloquei o guache da marca TGA,
que vem em bisnaga, em um estojo para filme. É importante que tenha na sua
composição o dióxido de titânio, e não o óxido de zinco. Pois, é necessário que
seja o mais opaco possível. Mas existem outras maneiras de corrigir os traços.

Geralmente uso o cotonete (61) para limpar as peças das canetas técnica a
nanquim. E a pinça(62) para pegar as penas de aço, e que guardo em um estojo
plástico. A fita crepe (64) é muito útil para fixar o papel na prancheta.
Principalmente nas pinturas a aquarelas. Optei por um rolo de 5 cm de largura.
Tem também os outros recursos (63, 65 e 66) para fixar os papéis.

A escova de dente (59) é bastante versátil: Serve para tirar as crostas de tinta
nanquim das penas de canetas técnicas. Como também para limpeza de outras
penas e pequenas peças para o desenho. O outro uso dele é para pintura, seja
em aquarela como em guache ou nanquim.

Rolo de papel absorvente e também de papel higiênico (macio): São importantes.


O papel absorvente é utilizado nas pinturas aquarelas, para controlar a tinta ou a
água dos pincéis; e até para absorver excesso de tinta ou água no papel. E o
papel higiênico é adequado para limpar as penas a nanquim com o álcool. E
também para verificar as ponteiras das canetas técnicas.

Cola branca e tipo bastão não deve faltar no teu arsenal. O primeiro é a cola PVA,
e de uso geral. E o segundo, é para certos tipos de trabalhos. Como, por
exemplo, na confecção de suportes para trabalhos a nanquim. Trata-se de uma
técnica, e que permite efetuar várias alterações ou correções no trabalho. Mais
adiante será detalhado como é feito.

O álcool e o detergente (do tipo para lavar os pratos e talheres): Servem para
limpezas. O álcool é, a meu ver, o mais adequado para limpar as tradicionais
penas de aço a nanquim: Você retira o resto de tinta com o papel higiênico. Em
seguida, embebe um pedaço deste como álcool e limpa as penas. IMPORTANTE:
Não use o álcool para limpar as penas das canetas técnicas. Nem mesmo
esse tipo de canetas. Também não o use para limpar os esquadros,
réguas e gabaritos. Pois, no primeiro caso, tira o brilho. E no segundo,
pode atacar as peças! Para esses casos, use o detergente, que é neutro e mais
eficaz.

Bisnaga de água (aquele usado para ketchup, mas branco ou translúcido, e com
bico comprido) - Serve para molhar as tintas. Mais prático do que andar com um
copo ou garrafa de água por aí.

“Caixa de ferramentas” ou bandeja especial - Trata-se de uma peça de


aproximadamente 30 cm de comprimento por 10 cm de largura, e uma altura de
10 cm. Serve para colocar os teus materiais de uso constante: Os lápis, canetas,
estiletes, tesouras, esquadros etc. É apenas uma sugestão. Você pode usar uma
bandeja com divisórias; uma pasta especial, um estojo etc. Vai depender das
dificuldades encontradas por você, e da tua criatividade. Esta caixa é colocada no
móvel auxiliar com rodígios, ou até em cima da prancheta (não recomendável).

O teu ambiente de trabalho


Sempre que possível, é bom ter um espaço só teu, para desenvolver os trabalhos,
e aonde possa sentir-se livre para criar. Caso não disponha de um aposento
específico para isso, pode ser no teu quarto mesmo. Isto se ele for todo teu. Do
contrário, deverá negociar o espaço com a pessoa que convive com você.

A iluminação
Mesmo que tenha amplas janelas iluminadas, é preciso dispor de lâmpadas, e que
possam manter o ambiente bem iluminado. As paredes devem ser
preferencialmente de cores claras, ou de tons pastéis.

Materiais de referências
Todo bom desenhista precisa ter bons materiais de referências. Pois, ninguém
cria nada do nada. E essas referências são os modelos. Podem ser fotografias,
impressos ou outros desenhos. Nesse caso, você precisa ter um arquivo,
preferencialmente do tipo pasta suspensa. Nele, você coloca as pastas temáticas:
Carros, aviões, personagens (de quadrinhos) etc.

Importante: Vários modelos anatômicos. Principalmente humanos: Jovens,


velhos, crianças, homens, mulheres, e em várias posições. Preferencialmente os
nus. Mas não precisa exagerar entrando em taxonomias. Afinal, você é um
desenhista, e não um médico legista. O importante aí é a proporção das partes do
corpo, suas variadas posições e diferenças. E principalmente a posição dos
músculos, para não fazer a besteira de colocar volumes aonde não deva.

As mãos, os pés e as expressões faciais...


Acredite, muitos desenhistas sofrem com os desenhos das mãos. Estas são as
partes mais problemáticas. A saída é pegar os modelos nas fotos impressas em
revistas e jornais. Tanto as mãos, os pés como as expressões faciais, você pode
fazer desenhos rápidos nos cadernos de esboços (os sketchbooks), para capturar
as idéias.

Anatomias de animais
Pelo menos os conhecidos. Os cavalos, por exemplo, são problemáticos, para
quem que nunca desenhou esses animais. Principalmente na parte dos membros.
Cães, gatos, coelhos, galinhas etc., são referências importantes.

Outras referências:
Brilho de metais, cristais, vidros, reflexos, respingos de água etc. Assim como
também as texturas, sombras e tudo o que possa ser útil como modelos. Você
pode fazer recortes de revistas, aonde apresentam essas referências.

Biblioteca pessoal
Dicionários são importantes, assim como também materiais de consultas para
redizir bem. Principalmente para quem que pretenda mexer com quadrinhos ou
personagens. Mesmo até para ilustradores de livros. Importante: Seria ideal que
tenha uma enciclopédia para consulta constante. Não se trata de acessar
a Wikipédia na Internet. Tem momentos em que você não vai querer ficar
acessando a Rede. Ou talvez não possa. Mesmo com um smartphone. Sempre é
bom ter esse material com você. Mas isto é o meu ponto de vista, viu?

Ainda que você faça tiras, charges ou quadrinhos, e que apresentem frases do
tipo “nóis vai”, é preciso saber aonde errar deliberadamente... Isso sem contar os
erros involuntários.

Outros materiais para a tua biblioteca pessoal: Livros voltados à tua área de
interesse e de trabalho. Não somente aqueles que tratam de técnicas, mas
também de assuntos afins. Se você se interessa em quadrinhos, então, convém
ter vários deles no teu acervo.

Catálogos de produtos - Eles são fundamentais para consultas constantes.


Convém manter esses catálogos. Mesmo de materiais que já sairam fora do
mercado. Pois, você pode deparar com eles em uma feira de antiguidades ou
lojas de usados, e não ter nenhuma referência para consulta.

Painéis e mostruários
Você precisa avaliar os teus trabalhos, e até senti-los. Poderia colá-los nas
paredes com fitas adesivas. Mas não pega bem: Falta profissionalismo e é feio. O
ideal, então, é dispor de painéis enormes. Podem ser quadros de isopor ou de
cortiça. Podem ser painéis imantados; ou chapas plásticas, aonde você prende
com fitas etiquetas adesivas, e que sejam mais apresentáveis.

Quando bem confeccionado, o teu ambiente pode alçar a categoria de uma


galeria de artes ou espaço museológico. Afinal, os teus trabalhos podem ser
considerados como obras de artes. E quem sabe, eles não atinjam cotações no
mercado de artes. Mesmo que não tenha essa pretensão, você pode convidar os
teus amigos a apreciar os teus trabalhos ou avaliá-los.

Som ambiente...
Isto é importante. Você precisa de um clima para trabalhar. Isto é, de um meio
para facilitar a inspiração. Faça uma seleção de suas músicas prediletas,
dividindo-as em categorias. Por exemplo: Para momentos felizes, tristes,
tenebrosos etc. O ideal é que coloque-as em um volume que não te atrapalhe, e
sim, que te inspire.

Como expor os teus trabalhos sem se “queimar”


É relativamente fácil mostrar os teus trabalhos para os amigos. Principalmente se
estes sejam também aspirantes a desenhista ou ilustradores. Porém, dependendo
dos casos, as avaliações podem ser comprometidas. E você ficará preso a
referências não confiáveis. Eis algumas dicas:

• Seja cruel com você mesmo: Vi trabalhos de desenhistass nos sites como
o Flicks ou o DevianArts, e que simplesmente “queimaram” os pobres
coitados. Pois, as vezes aquele trabalho que ele acha que é bonito,
maravilhoso etc., na verdade mostra o seu lado“dark” para os outros... Se
você tem alguma dúvida acerca de um trabalho teu, se deve expô-lo ou
não, de imediato retire do teu portfolio. Afinal, você não está destruindo-o,
apenas retirando-o até o momento de ter a certeza se deve expô-lo ou
não. Antes, procure uma boa avaliação de terceiros. Essa idéia não é
minha, e sim do fotógrafo Pedro Vasquez, no seu livro Como fazer
fotografia (que na verdade é tudo menos como fazer fotografia. E sim,
dicas valiosas para aspirantes ao fotógrafo). Não deixa de ser uma
sugestão valiosa.
...Mas eu já expus os meus trabalhos. E agora?
• Tudo bem, mude-os constantemente pelos mais recentes.
• Deixe claro que são na verdade “fases” das tuas criações e/ou
desenvolvimentos. Pois, como um bom artista, você está em fases de
evolução.
• Os teus amigos até podem servir de referências em termos de gostos e
tendências do pessoal da tua geração. Porém, a realidade do mercado é
outra. Dessa forma, você precisa de uma avaliação mais séria. Como, por
exemplo, de um...
• Profissional da tua área, mas que seja já estabelecido (de preferência,
mais velho que você) e que não teria nada a perder em te ajudar. E nem
sentiria ameaçado por uma possível concorrência. Isto significa que não
convém ir atrás de um profissional que esteja a procura de emprego ou de
trabalho. Mesmo sendo mais velho ou experiente que você.
• Os falsos elogios - Você não sabe se as reações das pessoas são de fato
sinceras ou não. E muitas vezes elas mesmas também não sabem.
Principalmene quando levadas pela amizades ou primeiras emoções.
Talvez seja mais seguro contar com as observações atentas das suas
reações. Elas falam mais do que suas palavras.
• Trabalhe para você mesmo, no sentido de autoedificação pessoal. E deixe
isso claro para os outros. Porque de uma forma ou de outra as nossas
ações criam reflexos e influenciam o que está em volta.
Consequentemente, além da divulgação ser eficaz, você estará mostrando
sério e comprometido consigo mesmo e com os outros. Logo o diálogo
com seus possíveis clientes (e admiradores) tornará mais fácil e
transparente, podendo ver as reações acerca dos teus trabalhos. Você
percebe pelos reflexos as avaliações positivas ou negativas. Não precisa
pedir a sugestão, ou fazer publicidades ostentivas.
• Crie projetos consistentes e originais - Eles devem vir com objetivos e as
metas para atingi-los, e através dos teus trabalhos. Muitas ilustrações que
vi, principalmente de super heróis, não passam de repetições do que se
divulgam nas mídias. O que pode dar a impressão errada de que o
desenhista ou ilustrador não tem idéias ou originalidade. Ou que fazem
esses desenhos simplesmente por fazer. Mas com os trabalhos em
projetos você estará dando um grande passo na tua própria evolução. E
que reflete na tua própria percepção do teu trabalho, e nas curiosidades,
observações e comentários de terceiros.
• Não ofereça os teus trabalhos de graça. Nem mesmo sob o pretexto de
que estarão divulgando-os. Tudo mentira. Você está usando a Internet,
portanto, os teus trabalhos já estão sendo divulgados. E pagando por eles,
significa que os trabalhos foram aceitos (portanto são apreciados). Mas se
você for oferecê-los de graça, então, eles na verdade não valem. Mesmo
que sejam para ilustrar algum artigo de grande divulgação.

Onde encontrar as canetas técnicas


Na internet existem vários sites que ainda vendem as canetas técnicas a
nanquim, e que não sejam descartáveis. Se for comprá-las, tome o cuidado com
o imposto de importação e outros possíveis detalhes.

Cult Pens
http://www.cultpens.com
Tem as ponteiras para as canetas da marca Faber Castell:
http://www.cultpens.com/acatalog/Faber-Castell-TG1-S-Replacement-Nibs.html

Studioartshop.co.uk
http://www.studioartshop.com/acatalog/Pens_and_Writing.html
Have nibs for technical pens.

Tiber Pens
http://www.tigerpens.co.uk
Entre as canetas tinteiros, encontram-se as técnicas. Por exemplo, as ponteiras
para asStaedtler Mars Matic:
http://www.tigerpens.co.uk/acatalog/Staedtler_Mars_matic_700_Technical_Pen.h
tml

Tem um outro site, mas que não é lá muito confiável. Percebe-se pelo
acabamento da página e na falta de indicação da empresa que vende o produto:

Koh-I-Noor® Rapidograph®, Technical Pens, Sets and Point Nibs


http://www.westnc.com/rapidograph.html

Os sites interessantes:
NOTA: A lista apresentada abaixo é apenas uma seleção, e condizente com o
artigo desta página. Eventuais itens serão acrescentados e outros retirados.
Novas páginas, com listas de sites voltados aos assuntos específicos deverão ser
criadas.

Desenhistas Autodidatas
http://desenhistasautodidatas.blogspot.com/
Excelente blog para os interessados em aprender a arte do desenho por conta
própria. Várias informações úteis. Além disso, apresenta um link específico, para
baixar os arquivos voltados para o desenho da anatomia humana:
http://desenhistasautodidatas.blogspot.com/2009/08/
anatomia-humana-para-desenhistas.html

DesenhoOnline.com
http://www.desenhoonline.com/
Várias informações valiosas e cursos, para desenhistas iniciantes (e não
iniciantes). Têm as partes que são pagas.

Figure Drawings and Portraits


http://www.figuredrawings.com/
Várias referências para quem que pretenda desenvolver os desenhos anatômicos.
Apenas não encontrei diretamente as referências para as mãos. E o site remete
mais para os livros que tratam do assunto “anatomia” (21/mai/2012).

Leonardo da Vinci
http://quemeopintor.blogspot.com.br/2010/12/leonardo-da-vinci.html
Uma descrição biográfica dos feitos do famoso pintor do Renascimento. Vale a
pena lê-la.

Noções gerais do desenho técnico


https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/0/0d/
ARU_TMC_PBA_Apostila_Parte_A.pdf
A meu ver, todo desenhista e ilustrador deve ter também as noções do desenho
técnico. Pois, geralmente esse tipo de conhecimento complementa, e muito,
aquele existente nas áreas artísticas. Eu mesmo trabalhei em ambas as áreas,
mesmo não sendo um arquiteto, engenheiro civil ou eletrotécnico, ou até sequer
formado em topografia. Trabalhei nessas áreas. A apostila constitui-se de 53
páginas ilustradas, e está em .PDF (arquivo do tipo Acrobat). Além disso... É de
graça.

Pixel Ovely
http://www.pixelovely.com/gesture/figuredrawing.php
Apresenta uma simulação de nus artísticos ao vivo, para treinamento em
desenhos rápidos. Foi indicado pelo blog Desenhistas Autodidatas (acima). A
técnica consiste na apresentação de imagens como transição de slides, do
tipo Power Point. Você determina o tempo da transição em segundos. E tenta
esboçar os desenhos. Mas não experimentei para saber se essa transição é
aleatória ou não.

Vice Beta
http://www.vice.com/read/figures-600-v17n11
Várias posições da figura feminina (21/mai/2012).
Estudos das mãos:
A parte mais difícil para um desenhista ilustrador, a meu ver, não é o rosto ou a
anatomia em geral do corpo humano, e sim, o desenho das mãos. Logo, resolvi
apresentar abaixo, uma pequena lista de referências. Além disso, como é um
problema em que estou também encarando, eventualmente pretendo postar os
meus exercícios sobre as mãos.

Como desenhar mãos técnica tutorial...


http://comofazerdicas.com.br/desenho-e-pintura/como-desenhar-
maos-tecnica-tutorial-passo-a-passo-exemplos-dicas/
Dicas interessantes para quem que está começando (21/mai/2012).

Sala de estudos de anatomia - Mãos


http://desenholatras.forumbrasil.net/
t43-sala-de-estudos-de-anatomia-maos
Várias posições das mãos, desde os de desenhos infantis e quadrinhos, até os
reais e “naturais” (21/mai/2012).

3D.SK Human photo references...


http://www.3d.sk/
Apresenta várias referências e posições dos corpos e seus detalhes, sejam eles
nus ou não. Mas no tocante às mãos, é uma tristeza: Das mais de 600
posições, todas não passam de repetições. Você não encontra, por exemplo, as
mãos segurando os objetos em diversas posições. Mas não deixa de ser uma
referência para pesquisa, ainda que muito pobre (21/mai/2012).

Sugestões de como conseguir os modelos de mãos


Você pode adquirir esses modelos das seguintes maneiras:

• Através de mecanismos de buscas (buscadores), como o Google ou


o Yahoo!, mas na opção de busca por imagens, e não de sites. Com isso,
serão mostradas as miniaturas de imagens encontradas.
• Através de histórias em quadrinhos, de preferência do tipo Conan o
Bárbaro, ou o Tex.
• No sketchbook mesmo: Você “captura” os modelos no dia-a-dia. Mas as
opções normalmente serão na maioria de mãos em repousos.
• Criando os modelos através de uma máquina fotográfica digital: Fotografe
a tua mão em diversas posições e/ou segurando os objetos. Para isso, use
um espelho, se for preciso. Em seguida, você pode repassá-los para
desenhos.

Onde encontrar os materiais artísticos


Os endereços abaixo são da cidade de São Paulo apenas.

Casa da Arte
http://www.casadaarte.com.br
culturaarte@casadaarte.com.br
Av. Portugal, 191. Tel.: (11) 5044-0166.
Casa do Artista
http://www.acasadoartista.com.br/
• Loja Centro - Rua Major Sertório, 447. Tel: (11) 3258.6711.
Horário: seg-sáb das 09:00hs às 18:00 h. lojacentro@acasadoartista.com.br
• Loja Jardins e Centro de Arte - Al. Itu, 1012. Tel: (11) 3088.4191.
Horário: seg-sáb das 10:00hs às 19:00 hs lojajardins@acasadoartista.com.br

Casa do Restaurador
http://casadorestaurador.com.br
loja@casadorestaurador.com.br
Rua Nhu-Guachu, 105. Campo Belo, São Paulo,SP. Tels.: (11) 3579-2920 / 2921.

Fruto de Arte
http://frutodearte.com.br/
Rua Marquês de Itú, 314 - Vila Buarque, São Paulo, SP. CEP: 01223-000. Tel.:
(11) 3337-6920 De segunda a sexta, das 9 às 18 h. Aos sábados e domingos, das
9 às 14 h.

O Projetista
http://www.oprojetista.com.br/
Rua Barão de Itapetininga, 255, 8º and., sala 815. Tels.: (11) 3237-0415 / 3237-
2262/ 3258-9628 / 3258-3392 / 3257-4339. Abre de segunda a sexta, das 8:30
às 17:30. E aos sábados, das 9 às 12:30 h.

Real, Papelaria e Livraria


http://www.papelariareal.com.br
livros@papelariareal.com.br
Rua Dr. Jesuino Maciel, 951. Campo Belo, São Paulo, SP. Tel.: (11) 5543-2088.

Rosário, Papelaria
http://www.papelariarosario.com.br/5.htm
Rua Coronel Xavier de Toledo, 242. CEP: 01048-000 - São Paulo, SP. Tels.: (11)
3214-3326 / 3256-9675.

São Francisco, Papelaria


Rua Marquês de Itu 140 - Vila Buarque. CEP: 01223-000. São Paulo, SP. Tel.:
(11) 3222-8763.

Trident
http://www.trident.com.br/ Luz e Sombra

Estrutura da Luz e Sombra

A luz e sombra é a parte do acabamento mais importante, não dá para você


imaginar um objeto finalizado se este não tiver luz e sombra.

Antes de desenhar a luz e as sombras que você vê, você precisa treinar seus
olhos para ver como um artista.

Os valores são os diferentes tons de cinza entre o branco e o preto. Os artistas


usam valores para traduzir a luz e as sombrasque vêem em sombreamento,
criando assim a ilusão de uma terceira dimensão.

Eclosão e sombreado são técnicas simples e divertido para a elaboração de


sombreamento.

Uma gama completa de valores é o ingrediente básico para


sombreamento. Quando você pode desenhar lotes de valores diferentes, você
pode começar a adicionar sombreamento e, portanto, a profundidade, para seus
desenhos.

Com o sombreamento, a ilusão mágica de realidade tridimensional aparece em


seu papel de desenho.

Se o objeto for iluminado por todos os lados ou se tiver sombra ou escuro por
todo os lados, ele não aparece, ou seja, você verá tudo claro ou tudo escuro.

Então é necessário determinar uma fonte de luz para iluminar o objeto, iniciando
assim a forma do mesmo.

Com essa fonte de luz pronta, você precisará texturizar, escolher os lados e as
faces do objeto que não receberão a luz para poder escurecer essas faces
juntamente com essas texturas, formando assim, o volume.

Com isso, é importante aprender que a iluminação poderá ter até 5 partes:

1. Brilho, ou seja, a área que não será pintada, representando a área de


maior concentração da luz.
2. Meio tom
3. Sombra
4. A luz refletida
5. Sombra projetada

Veja os exemplos:
A figura acima é um exemplo de desenho artístico hiper-realista.
Obs: Nem todo desenho precisrá ter necessariamente essas 5 partes, porém não
esqueça que Luz e Sombra é fundamental para dar volume e forma ao desenho.

Atenção: Você sabe que os objetos ao seu redor são tridimensionais, porque
você pode andar com eles, vê-los de todos os lados, e tocá-los. Tome um
momento para olhar ao seu redor em objetos familiares. Tente descobrir porque
você vê as suasreais formas tridimensionais. Olhe para os diferentes
valores criados pela luz e sombras.

Sombra própria e projetada


Num desenho em duas dimensões, a luz e a sombra são elementos que definem e
caracterizam o volume do objeto.

O volume é o que distingue os objetos que nos rodeiam. Este depende da luz que
recebe, e por consequência das sombras que este produz.

Podemos definir dois tipos de sombras:

• as próprias
• as projetadas.

As sombras próprias são as que origina o objeto em si próprio e as projetadas são


aquelas que ele produz nas superfícies vizinhas.

Observe a figura acima, você pode ver que atravéz dos efeitos de luz e sombra,
um simples círculo virou uma esfera ao fazer volume com sua própria sombra.
Mas quando se acrescenta a sombra projetada o objeto deixa de estar no
espaço vazio.
Também se deve ter em consideração os reflexos produzidos pela luz, que
projetam as superfícies ou objetos vizinhos já que estas aclaram a sombra
própria.

Entre a luz e a sombra há uma zona de transição ou de “meia sombra” que pode
variar em extensão dependendo da intensidade da luz.

E dependendo da graduação do cinza que você colocar no seu desenho, ou seja,


se você apertar mais o tom no papel deixando a sombra mais escura e a sombra
projetada super escura. Você pode, através do seu desenho, especificar do que é
feito o seu objeto. Veja o exemplo:
Mas não basta só um lápis de grafite macio, a gramatura do papel influencia
muito no efeito dos desenhos, por exemplo, você não conseguirá reproduzir todos
esses efeitos num papel sulfite , no qual, sua gramatura é de 75g/m². É
necessário papel com gramatura acima de 140g/m².

Escala tonal

A escala tonal é excelente para exercitar o olhar, treinar a percepção da luz e


iluminação. Válidas para iluminação natural e artificial.

Mas para entender sobre a escala de tons das cores e neutros é preciso entender
que cada cor possui um grau de pureza – não sofrem a ação da luz ou da mistura
com outra cor ou neutro e que os neutros não são cores. Nas duas situações, com
a ação da luz, poderá ocorrer uma variação tonal sobre o corpo de um elemento
em função:

a. das sombras – própria ou projetada;

b. das áreas mais ou menos iluminadas.


Postagens interessantes sobre sombreamento:

• Tipos de Sombreamento à grafite

Dica importante:

OS DESENHOS NÃO SÃO FEITOS COM CONTORNOS E SIM TRABALHADOS


EXCLUSIVAMENTE EM FUNÇÃO DA GRADUAÇÃO DA LUZ E SOMBRA.

Exercícios de Luz e Sombra:

Os desenhos podem ser feitos da observação de quaisquer imagens, a partir do


real ou de fotografias.

EXERCÍCIO 01 – PREPARATÓRIO ESCALAS DE LUZ E SOMBRA


Abaixo outro exemplo de escala tonal com lápis de gramturas diferente. No
exemplo voce vê apenas 6 quadradas, mas voce pode fazer com 9 ou 10
quadrados. Mas lembre-se, tem que fazer sem repetir os tons.
Para exercitar Luz e Sombra

Tomar um olhar mais atento a luz e a sombra

Antes que você possa desenhar os valores apropriados que ilustram a luz e as
sombras corretamente, você precisa ser capaz deidentificar visualmente o
seguinte:

1. Fonte de luz: A direção da qual se origina uma luz dominante. A colocação


desta fonte de luz afeta todos os aspectos de um desenho.
2. Sombras: As áreas em um objeto que recebe pouca ou nenhuma luz.
3. Sombra projetada: A área escura sobre uma superfície adjacente onde a
luz é bloqueada pelo objecto sólido.

A fonte de luz diz-lhe onde desenhar todos os valores de luz e sombras.

É necessário um pouco de prática para localizar a fonte de luz, sombras


e sombras projetadas em torno de um objeto. Assim que escolher o objeto a ser
desenhado, pergunte a si mesmo as seguintes questões:

1. Onde estão os valores de luz? Olhe para as áreas mais claras sobre o
objeto. Da luz mais brilhante até as mais leves.
2. Onde estão os valores escuros? Valores escuros, muitas vezes revelam as
seções do objeto que estão na sombra. Ao localizar sombras, normalmente
você pode identificar a fonte de luz.
3. Onde está a sombra? A seção da sombra mais próxima do objeto é
geralmente mais escura em um desenho. Ao localizar a sombra de um
objeto, você pode facilmente descobrir a direção de onde se origina a
fonte de luz.

Se voce preferir usar um modelo real, aqui vai a dica, posicione uma folha de
papel sulfite em uma mesa, no meio do papel você colaca qualquer fruta, aqui eu
exemplifico com uma maçã, na direção que voce quiser posicione há alguns
centimentro de distante da maçã um spot; essa distãncia fica como você preferir,
lembrando que dependendo da distancia que spot estiver, o comprimento da
sombra projetada pode variar também.
Acima voce vê a mesma maça fotografada em angulos diferente de visão, assim
voce pode se posisionar em qualquer lugar ao redor da maçã e desenhá-la.

Mas caso prefira basear-se atraves de fotografia, abaixo segue duas imagem em
preto e branco para faciliatar a percepção da escala de cinzas no moento que for
desenhar e dar forma e volume no objeto a ser ilustrado.
Escolha uma das imagens e pratique, se quiser alguma avaliação sobre o seu
desenho é só enviar para o meu email lsnogueira@gmail.com ou
leidanogueira@hotmail.com.

Visite também a página Natureza Morta você aprenderá como desenhar os


objetos tridimensionais.

Boa Sorte!!! :-)

Cabeça e Face
Como desenhar cabeça humana
Eu pratico e estudo por muitos anos a melhor técnica de se desenhar uma cabeça e
seus diversos movimento de uma forma clara e concisa.

Desenho de cabeça começa com a introdução de um método aparentemente


simples para a construção da cabeça, para garantir que todos os recursos estejam
colocados corretamente.
Para desenhar a cabeça de qualquer ângulo, você deve primeiro entender sua
estrutura básica.

Olhar todos os detalhes e visualizar as formas subjacentes, ou seja, que não


percebemos a primeira vista.

Esta capacidade de simplificar pode ser aplicado às características do rosto, como:

• Boca e sobrelábios;
• Nariz e orelhas;
• Olhos e sombrancelhas;
• Cabelos e testas
Mas ao iniciar o desenho é quando você deverá olhar ainda mais. Ignore os recursos
e simplifique a forma mais básica da cabeça. Veja os modelos abaixo:
Primeiro você começa com uma esfera de base. A cruz é então colocado em algum
lugar sobre as superfície da esfera e este define as duas âncoras mais importantes
para as características: a linha central e a linha da testa.

A maioria dos métodos similares de construção de uma cabeça que eu já vi, define a
linha dos olhos em primeiro lugar; mas é a partir da linha da testa na bola é que
ajuda a obter as principais características corretamente proporcionadas.
Agora observe com atenção, as figuras abaixo:

Os lados da cabeça são planos, por isso, pode cortar um pedaço de ambos os lados
da bola.

De perfil, este plano será um círculo perfeito, mas quando o desenho está em
qualquer outro ângulo, ele parece ser um oval por causa da perspectiva.

Divida este oval para quadrantes. A linha vertical representa o início da mandíbula. A
linha horizontal representa a linha da testa. A parte superior e infeior da oval ajudará
a enconntrar a linha do cabelo e na parte inferior do nariz.

Construção de qualquer Ângulo


O primeiro passo é você determinar o ângulo da bola.
A inclinação da cabeça é estabelecida no ínicio do desenho com a bola. Todos os
três eixos devem ser abordados:
A inclinação para cima e para baixo é estabelecido pelos ângulos das linhas
horizontais e verticais em forma oval, além de inclinar para cima e para baixo,
os terços (que são aquelas linhas que representam o início do cabelo, a base do
nariz e a base do queixo) serão encurtados por causa da perspectiva.

Depois de estabelecer o ângulo da bola, dividir a face em terços, a distância entre a


linha da testa e couro cabeludo deve ser a mesma entre a linha da testa e a parte
inferior do nariz e entre a parte inferior do nariz e a linha do queixo. Entendeu?
Agora, como seu exercício, você deve esboçar muitas bolas e fazer varias cruzes
em diversas posições dando idéia a movimento da cabeça, como pra cima, pra
baixo, para o lado esquerdo e direito. Em seguida siga os exemplos citados acima,
formando a mandibula, pra dar forma a uma cabeça.

Proporção do Face

A face é dividida em 4 partes iguais a partir da topo da cabeça. A partir dessa


medida, podemos obter a posição dos elementos do rosto.
Ou em 3 partes iguais, deixando o volume do cabelo ser acrescentado apenas
1/3 a mais da medida da testa.
Despois faça a divisão igual para desehar olhos, nariz e boca.
Observe que:

• Existe uma distância de um olho entre os olhos e da mesma largura que as


narinas.
• A linhas verticais a partir da borda das íris são a largura da boca.
(Quando os diafragmas estão na posição normal com o olhar para a frente)
Como desenhar olhos
Para desenhar olhos é necessário muita prática e observação, já que há diferentes
tipos de olhos e traços diferentes, tudo vai depender do contexto, principalmente se
você pretende desenhar retratos realistas.

Os olhos são formados pelo globo ocultar, a íris, a pupila, pálpebras e cílios que não
podem se esquecidos.

Há várias maneiras de desenhar olhos humanos, o exemplo a seguir é uma das


maneiras que costumo fazer e que acho mais simples. Espero que vocês não
tenham dificuldades em desenhá-los também.
Mas antes quero comentar sobre alguns erros comuns:

• Evite desenhar formas totalmente ovais ou quadradas, a forma mais


aconselhável é uma mistura das duas coisas;
• Não deixe a íris (parte colorida do olho) totalmente aparente, ou seja, formar
um círculo completo. Se vocês começarem a observar mais olhos em fotos ou até
mesmo os seus pelo espelho, verá que a palpebra cobre uma parte dela, deixando
um pouco mais da metade amostra.
O esboço é como um desenho simples que qualquer pessoa sem a prática será
capaz de fazê-lo. A diferença está em dar efeitos se sombreamento, os quais darão
forma e volume aos olhos, tornando-os realistas. Esses sombreamentos seriam os
dutos lacrimais ( o "canto" do olho), próximo ao nariz; fazer a linha próxima dos cílios
inferiores para dar a espessura da pele, os próprios cílios de uma forma irregular, ou
seja, não igual em todo o olho.

Uma dica bem legal, é deixar uma parte sem desenhar do olho na parte de baixo.
Quanto a íris, é importante e fundamental que você sempre deixe um espaço
branco, nada muito grande e nem exagerado, (para não ficar como olhos de
desenhos mangá) e deixar a parte superior da palpebra, mais escuro.
Seja paciente quando iniciar sombreamento nos olhos e
prefira usar lápis com grafites moles como 6B, 7B e 8B.

Dependedo do lápis e papel que voce usar, o seu


desenho apresentará efeitos de textura diferentes. Esse
desenho, por exemplo, foram usado para esboço HB, B,
2B e como acabamento e promovendo mais volume eu
usei o lápis 7B na parte superior da iris, pupila e cílios.
Demonstrando como desenhar olho realista:
Olhos de perfil
Exemplos de olhos para expressão
A expressão é passada mais pelo olho, sombrancelhas e boca, por isso não vou
nomear as expressões, pois esses olhos podem ser usados para mais de uma
expressão.
Agora, use os exemplos para aprender a dar forma, volume e expressão nos olhos.

Dica para desenhar um olho igual


ao outro
COMO DESENHAR NARIZ

Para desenhar o nariz deve-se fazer como base uma estrutura bem simples... o
triângulo, ou pirâmide com três faces, desse modo fica mais fácil desenhar e criar
volume e caracteríticas anatômica.

O naris tem início na linha dos olhos até a linha do final das orelhas, ou seja, todo
nariz tem o mesmo tamanha da orelha.

Os traços no desenhos de nariz feminino, são mais suaves e retos, nos narizes do
rosto masculino deve-se ressaltar o osso nasal.
Quanto mais detalhes de sombreamento voce
acrescentar em seu desenho, mas realista ele pode
ficar, mas lembre-se, os primeiros rabisco serão
suaves, dê volume nos seus desenhos apertando o
tom do seu grafite cuidadosamente, para que não
estrague o papel e nem dê um aspecto sujo no seu
trabalho.

COMO DESENHAR BOCA


Olhos e bocas são os principais elementos que define
toda a expressão do rosto.

Inicie o desenho um linha base interlabiais (horizontal) e


outra vertical bem centralizada na boca, formando uma
cruz, essas linhas já devem ser traçadas no espaço onde
a boca deve ficar dentro das proporções das linhas do
rosto. Em seguida pode traçar as bordas superiores e
inferiores da boca, não precisa fazer outras linhas, pois o
volume da boca será feito com efeitos de luz e sombra.
Boca e olhos são fundamentais para dar realismo no
desenho de retratos, então paciência, com muita
pratica em luz e sombra, deixarão seu desenho cada
vez mais realista.

O desenho da boca só depende da forma curva da


mesma. Quanto a boca feminina deve-se enfatizar na
coloração e volume, dando um efeito de maquiagem.
Quando desenhar uma boca sorrindo, tenha cuidado para não acentuar os detalhes dos
dentes, dependedo do realismo que você quer proporcionar em seu desenhos, os dentes
podem ou não serem sombreados com pouco ou muita intensidade.
Esboço de boca sorrindo

Efeitos de luz e sombra nos dentes, as linhas que antes


separavam os dentes tornaram-se sombreamento,
promovendo mais realismo no desenho.

Como dessenhar uma boca

Como desenhar orelha


Com dominio da luz e sombra e usando a
tecnica do esfumado, os desenhos serão mais
realistas.

Desenhar orelha não é tão difícil quando parece.


Alguns artístas não gostam de desenhá-las,
escondedo-as com os cabelos.
Tudo vai depender da sua observação. Preste
atenção nas curvas da orelha e em suas
caracteríticas: orelhas pontudas, redondas,
fechadas, abertas, juntas a cabeça, separadas e
muito separadas (conhecidas como orelha de
abano.

Dicas:
• Nunca use desenhos de orelhas oara treinar,
use fotos, desenhe a orelha de amigos e parentes.
• A proporção da orelha é a mesma do nariz (
nariz pequeno, orelha pequena e assim por diante),
ou seja, entre a ombrancelha e a ponta do nariz.

Corpo Humano
Esboço de Leida Nogueira

No desenho da figura humana, utiliza-se a medida da cabeça como módulo e pode-se dividir
em 7 partes iguais e meia (figura nº1), ou seja, a cabeça estabelece uma relação
de proporção com tronco e as pernas, logo, o conceito de proporção é o equilíbrio
ideal de tamanho entre as partes que compõe um todo.

Não basta somente a proporção para se desenhar um corpo humano com realismo,
a simetria também é de fundamental importância para que o desenho do corpo humano
tenha semelhança entre os lados direito e esquerdo.

De um modo geral, o corpo humano não mantém exatamente as mesmas medidas de um lado
e do outro; há pequena diferenças, muitas vezes imperceptíveis quando se olha, mas
perceptíveis quando se mede.

No desenho, o eixo de simetria é representado por uma linha vertical que vai da cabeça,
passando pelo nariz, até o espaço entre os pés, como mostra a figura nº2.
Figura 1
Figura 2
Volumes e Concavidades: Referem-se às formas do corpo; suas curvas, reentrâncias e
relevos. No desenho, são as linhas sinuosas que o representam.
Figura 3

Com os braços abertos, a distancia entre a ponta dos dedos indicadores é igual a altura, da
figura total, dos pés à parte superior da cabeça.

• A altura de 3 cabeças, situa-se o umbigo e 4 cabeças, situa-se o púbis.


• A distancia entre os ombros são de 2 cabeças para homens e 1 cabeça e meia para
mulheres.
Proporção da Figura humana por Faixa Etária
Você pode iniciar os seus primeiros esboços do corpo humano seguindo essas fases ilustradas
na figura abaixo, não esquecendo de iniciar com a proporção, usando a cabeça como seu
módulo de medida.
Figura 5
A ESTRUTURA MASCULINA E FEMININA

• O HOMEM é largo de ombros e tem anca


estreita;
figura 7

• A MULHER é estreita de ombros e larga de


anca.

Figura 8

DESENHO DO CORPO EM MOVIMENTO


Baseando-se nas figuras anteariores que mostra como se deve desenhar um corpo humano
seguindo corretamente suas proporções e simetria na posição ereta, o mesmo ocorrerá para
desenhar o corpo humano em outras posições ou dando idéia de movimento como: correr,
pular, dançar, etc. Veja os exemplos:
Observe que os bonecos da esquerda são os primeiros esboços. À direita estão as expansões
volumétricas dos bonecos.

Voce pode notar que não será necessário retirar os pequenos circulos que representam
ombros, cotovelos, mãos, quadris, joelho e calcanhar. Em vez disso vc pode simplesmente
conectar as articulçaões.

Como você pode ver esses desenhos assemelham-se aqueles bonecos de madeiras.
Se você poder encontrar um, use-o. Mas sabendo tirar essas configurações de sua mente, sem
um boneco na frente de você, você estará em vantagem, pois poderá adquirir habilidade de
desenhar mais livremente.

Detalhe: Este método também é bastante útil para configurações de análise de detalhes do
corpo, por exemplo: Mãos e pés

Agora observe os exemplos abaixo e tente desenvolver os seus próprios bonecos, iniciando é
claro pelos esboços de linhas e pequenos círculos.
VARIAÇÃO DO CORPO HUMANO

Os seres humanos vem de muitas variações. Por exemplo:

• Um Homem musculoso;
• Uma Mulher Normal;
• Um homem gordo;
• Uma criança.
Para o desenhar o homem eu usei costela + músculo parte superior do trondo.

As vezes é mais fácil de tirar todo o volume antes de desenhar uma caixa torácica.

Se caso desejar que seus desenhos sejam


avaliados, você pode fotografa-los ou scannear e
enviar pra meu email leidanogueira@hotmail.com
assim que avalia-los retornarei seu desenho.

Depois de muito treino com esses bonequinhos é hora de você ser mais ousado e desenhar
modelos reais como modelos de revistas ou modelos vivos, como um amigo, seu irmão, mãe
quem quiser posar pra você.

A técnica de desenhar um modelo vivo, é a mesma de bonequinho de madeira, veja o exemplo:


Viu só, agora procure seus modelos e desenhe muito e muitas vezes.

Natureza Morta
Autor: Antônio de Pereda, óleo sobre tela, Espanha, 1652.

Introdução

Antes de iniciarmos o passo a passo de como desenhar, sombrear e pintar coisas


inanimadas, ou seja, objetos tipicamentecomuns que podem ser tanto
naturais (alimentos, flores, plantas, rochas ou conchas) ou artificiais (copos, livros,
vasos , jóias,moedas, tubos, e assim por diante), vamos conhecer um pouco da
história desse tipo de arte.
Com origens na Idade Média e da arte grega / romana antiga, pinturas de natureza
morta dão margem aos artistas para fazer desenhos ou pinturas dentro de uma
composição de outros tipos de temas como paisagem ou retrato.

Os artistas não pintavam natureza morta somente por motivos


decorativos, acreditava-se que os objetos de alimentos e outros itens descritos não
haveria, em vida após a morte, tornar-se real e disponível para uso pelo falecido.
Porém, esse tipo de pintura não eram produzidas apenas em murais, tecidos ou
madeiras, antigas pinturas em vasos gregos também demonstram grande
habilidade em descrever objetos do cotidiano e animais.

Por volta do século 16 , alimentos e flores voltaria a aparecer como símbolos das
estações e dos cinco sentidos. No período romano, outros elementos foram
adicionados na pintura de natureza morte, que seria a tradição do uso do crânio
em pinturas como um símbolo de restos de mortalidade e terrena, muitas vezes
com a frase que acompanha Omnia mors aequat (Morte faz todos iguais). Essas
imagens vanitas foram reinterpretado ao longo dos últimos 400 anos de história da
arte, começando com pintores holandeses cerca de 1600.
Artista Pieter Claesz (1598 - 1660), Vanita Natureza morta de 1630, óleo sobre
painel

A apreciação popular do realismo da natureza morta está relacionado na antiga


lenda grega de Zeuxis (464 a.C. - 398 a.C.), pintor da Grécia Antiga, do século V
a.C. e Parrhasiu (não há registros exatos do período de sua existência, apenas
que ele foi distinguido como um pintor antes de 399 AC.)

De acordo com a Historia Naturalis de Plínio, o Velho encenado, Zeuxis e


seus contemporâneos (Parrhasius de Atenas Éfeso eoutros) houve um
concurso para determinar o maior artista. Quando Zeuxis mostrou sua pintura de
uvas, estas pareciam tão reaisque até os pássaros voaram para bicá-las. Mas
quando Zeuxis pediu para Parrhasius desembalar sua pintura, a embalagem em
siacabou por ser uma ilusão pintada, ou seja era a própria
pintura. Parrhasius ganhou, e Zeuxis admitiu, "eu consegui enganadar os
pássaros, mas Parrhasius enganou Zeuxis."

Por isso é mais comum encontramos pinturas realistas de natureza morta,


pinturas antigas e atuais. E para os artista especialista nesta arte, quanto mais
realista conseguirem pintar, maior será o seu destaque diante aos demais
juntamente com sua obra.

Nas últimas três décadas do século 20, e nos primeiros anos do século 21, a
natureza morta se expandiu para além dos limites de um
quadro. Especialmente no segmento da era do computador. Com o uso da
câmera de vídeo, os artistas desse tipo de artepodem até mesmo incorporar o
espectador em seu trabalho.

Bom, isso foi só um resumo sobre Natureza Morta, mas qual a importância desse
assunto para quem quer aprender a desenhar retratos, por exemplo, ou pintar
paisagens, animais, etc.

Natureza morta é a melhor matéria na arte de aprender e ensinar as habilidades


de desenho e pintura. Isto ensina como olhar para objetos e vê-los como um
artista - com uma consciência perceptiva de seu contorno, forma, proporção, tom,
cor, textura ecomposição.

Muitas pessoas que querem aprender a desenhar, iniciam por anatomia ou


retratos, na maioria das vezes é porque se identificam com essa parte do desenho
artístico, mas a maioria sofre para entender como sombrear um rosto, como dar
volume aos seus desenhos. Por isso é muito importante que se dedique seus
exercícios, a princípio, nos desenhos desse objetos inanimados, observando-os e
desenhando-os de forma mais realista possível.

1º Passo - Formas geométricas


Antes de desenhar vaso, frutas e por aí vai.... vamos primeiro treinar formas
geométricas, mas sem régua.... o desenhista tem que aprender a ter precisão em
seus riscos. Aprender a fazer um quadrado a olho nu, com todos os lados iguais,
círculos e retas realmente reta, OK?!

A principio, você não precisa de nenhum lápis especial ou papel. Pode ser sulfite
mesmo e qualquer lápis que você tiver. Você somente vai treinar os seus riscos,
pois as formas geométricas serão muito úteis para você desenhar os objetos ou
frutascorretamente. E ter suas primeiras noções de profundidade e perspectiva.

• Para os quadrados, use o lápis para tirar as medidas se caso a dificuldade


de desenhá-lo a mão livre for muito grande, até você ganhar praticar e
desenhá-lo livremente. Observe as fotos:
*Agora tente fazer o quadro sem medir com o lápis e depois meça novamente para
ver se você aproximou-se das medidas. Faça isso várias vezes até desenhar uma
quadro corretamente.

• agora que aprendeu a fazer um quadrado, vamos aprender a fazer


um círculo usando um quadrado como modelador do seu círculo.
• Em seguida divida com duas diagonais e depois uma vertical e outra
horizontal.

• Marque com um ponto onde as linhas se encontram e na primeira divisão


das diagonais.

Seguindo os pontos você formará o círculo.


• Agora é só treinar o seu círculo sem as linhas e quadrado de base.
• Agora, vamos dar profundidade a esse círculo que facilitará os seus futuros
desenhos de objetos. Trace duas linhas de eixo dentro desse círculo.

• Em seguida, traces duas ovais dentro desse círculo, onde a linhas A e B


serão seus eixos.
*Com você pode ver de um círculo passou a ser uma esfera.

• Voltando ao desenho do quadrado, vamos utiliza-lo como base para


desenharmos uma pirâmide.

Assim como no desenho da esfera, você deve traça diagonais e um eixo.


Dependendo de onde você marcar o ponto no eixo, o sua piramide terá uma
perspectiva de visão diferente.
• Assim como criamos um circulo, uma pirâmide, os cones também podem
ser desenhado partindo de um quadrado, ou seja, se você desenhar dentro
do quadrado um círculo e em seguida traçar a linhas horizontal e vertical e
encontrar seu eixo, temos a base de um cone.
Mas, cuidado! É um erro muito comum, fazer a base de um cone ou um cilindro
pontiagudo. Como mostra a figura as bases dessas figuras deve ser como no
exemplo (A) e não o (B).

2º Passo - Perspectiva dos objetos

Todo desenhista deve ter o mínimo de conhecimento sobre perspectiva. Só assim


ele dará aos seus desenhos uma aparência tridimensional. Observe alguns
exemplos:
Acho que todos já devem ter notado que os objetos quanto mais afastados se
encontram, menor nos parece, certo?!

Preste atenção nessas figuras ao lado e principalmente na linhas paralelas. Se


estas linhas paralelas se afastam de nós, parecem convergir ao nível do olhar,
num mesmo ponto de fuga. (dirigir-se para um ponto comum).

As linhas que se encontram acima do nível dos nossos olhos parecerão descer em
direção a esse ponto de fuga e as que se encontram abaixo, parecem subir.

Poderá verificar a profundidade aparentemente correta de qualquer plano em


perspectiva, usando um lápis ou uma régua, ao nível do olhar, e medido as
proporções desse plano com o auxílio do seu polegar.

Esta teoria pode ser aplicada a todos os objetos circulares. Pode-se desenhar
levemente eixos perpendiculares que se cruzam no centro.

Seguindo essa perspectiva para desenhar objetos tridimencionais, vamos


desenhar alguns círculos achatados como base desses objetos.

• Primeiro construa um retângulo alongado e divida-o em quadro partes


iguais, desenho o círculo dentro dele.
• Você pode alonga o retângulo de acordo com o objeto que você pretende
desenhar, traçando formas cilíndricas.

3º Passo - Desenho por observação

Após esse exercício de medidas, tente fazer os riscos ovais varias vezes a olho
nu, tentando manter equilibrio em seus traços.
Agora vamos ao nosso primeiro exercício baseando-se em tudo que você
aprendeu até agora nessa página:

Ao invés de você iniciar seus estudos práticos usando foto de natureza morta,
ou apenas fotos de alguns objetos ou frutas, tente fazer isso "ao natural", ou seja
posicione algum objeto de sua escolha a sua frente e com uma distancia de 2
metros ou mais. Feche um olho e estenda o braço e a mão que segura o lápis, ao
nível dos olhos. O lápis servirá também para marcar as medidas de seu modelo
para você desenhá-lo no papel. Se na primeira tentativa você achar difícil ou
mesmo desenhar tudo torto, não desanime, é assim mesmo no início, tenha
paciência e seja perseverante que você conseguirá e verá que com a pratica e boa
observação ao seu modelo, os seus desenhos terão uma aparência bem mais
proporcional. Veja o exemplo da imagem abaixo:

Você pode criar um cenário para sua composição de natureza morta, como eu fiz.
:)

Bom, por enquanto é isso. Bons estudos e desenhe muuuuuito. :)

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