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FAVENI

MARA RUBIA PEREIRA DOS SANTOS SALES

TRATAMENTOS PARA AS DISFUNÇÕES ESTÉTICAS CORPORAIS E


FACIAIS
MONTES CLAROS
2022
FAVENI

MARA RUBIA PEREIRA DOS SANTOS SALES

TRATAMENTOS PARA AS DISFUNÇÕES ESTÉTICAS CORPORAIS E


FACIAIS

Trabalho de conclusão de curso


apresentado como requisito parcial
à obtenção do título especialista
em Biomedicina Estética.

MONTES CLAROS
2022
TRATAMENTOS PARA AS DISFUNÇÕES ESTÉTICAS CORPORAIS E FACIAIS

Mara Rubia Pereira dos Santos Sales Autora1

Declaro que sou autora¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO-

A mamoplastia de aumento é um ato cirúrgico que tem como objetivo aumentar o volume das mamas
através da inserção de uma prótese de silicone. A cirurgia de aumento de mama utiliza implantes de
silicone para dar volume aos seios ou restaurar o volume mamário perdido após perda de peso ou
gravidez. Os implantes também podem ser utilizados para reconstruir a mama após a mastectomia ou
lesão. Geralmente são as mulheres com seios muito pequenos que recorrem à cirurgia para colocação de
implante de silicone, e a incisão pode ser no sulco mamário, aréola ou axila. Existem duas posições para
a colocação da prótese em relação ao tecido mamário: retro glandular ou retro muscular. A indicação de
colocação da prótese na frente ou atrás do músculo peitoral varia de acordo com o tipo de mama da
paciente. Contudo, a cirurgia provoca um trauma nos tecidos, gerando edema, dor e a instalação de
fibrose. Este artigo tem como objetivo discutir tratamentos para as disfunções estéticas corporais e
faciais: a mamoplastia de aumento e a rinoplastia e os benefícios da drenagem linfática. O método de
pesquisa adotado foi de revisão bibliográfica onde utilizamos o acervo da biblioteca da universidade,
acervo pessoal e banco de dados eletrônicos usando os seguintes descritores: mamoplastia de aumento,
pós-operatório e drenagem linfática manual. Conclui-se que a drenagem linfática manual necessita ser
iniciada pelas manobras que facilite a evacuação, feitas nos linfonodos regionais, e só então seguir para
as manobras de captação, realizadas ao longo das vias linfáticas e nas regiões de edemas.

PALAVRAS-CHAVE: Aumento. Drenagem. Linfática. Mamoplastia. Rinoplastia.

1
E-mail do autor
INTRODUÇÃO

A mamoplastia de aumento é um ato cirúrgico que tem como objetivo aumentar o


volume das mamas através da inserção de uma prótese de silicone. Contudo, todo o
ato cirúrgico provoca um trauma nos tecidos, gerando a instalação de edema, o que
acaba contribuindo para o aparecimento da dor e a instalação de fibrose que acarreta
num resultado inestético para a paciente.
A cirurgia de aumento de mama utiliza implantes de silicone para dar volume aos
seios ou restaurar o volume mamário perdido após perda de peso ou gravidez. Os
implantes também podem ser utilizados para reconstruir a mama após a mastectomia
ou lesão.
Geralmente são as mulheres com seios muito pequenos que recorrem à cirurgia
para colocação de implante de silicone, e a incisão pode ser no sulco mamário, aréola
ou axila. Existem duas posições para a colocação da prótese em relação ao tecido
mamário: retro glandular ou retro muscular. A indicação de colocação da prótese na
frente ou atrás do músculo peitoral varia de acordo com o tipo de mama da paciente.
A cirurgia de rinoplastia tem a finalidade de remover o excesso, corrigir desvios e
assimetrias do nariz, moldando os tecidos remanescentes de modo a formarem um
todo harmônico com o conjunto facial.
Pela definição dada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), “Saúde é um
estado de bem-estar físico, mental e social”. É também responsável pelo
estabelecimento de condições ambientais e sociais que permitam ao homem encontrar
a plenitude de seu bem-estar, e este conceito vai muito além de uma simples situação
de ausência de doença.
Portanto, quando se fala em bem-estar físico, sabe-se que nem sempre as
pessoas estão satisfeitas com a sua forma física. A crescente valorização da aparência
física pela sociedade e pelos meios de comunicação, obriga as pessoas, e
principalmente as mulheres, a ostentarem um físico impecável para se sentirem bem
consigo mesmas, aumentando a autoestima e por consequência refletindo em seu
sucesso afetivo, profissional e obter segurança nas relações interpessoais.
Ainda que a cirurgia plástica tenha apresentado um importante aprimoramento
de suas técnicas, não deixa de ser uma agressão ao organismo, pois traumatiza a
região provocando edema e dor. E todo esse processo colabora, muitas vezes, para
que ocorram complicações funcionais na fase pós-operatória, tais como a fibrose.
É justamente nesse momento, que a drenagem linfática manual, se torna um
recurso sempre solicitado por contribuir na qualidade de vida desses pacientes. A
drenagem linfática pode trazer inúmeros benefícios de forma correta auxilia no reparo
da cicatrização, aumento da elasticidade e da textura minimiza e previne aderências.
Minimizando os problemas ocasionado pela cirurgia.
Sendo assim, este artigo tem como objetivo discutir tratamentos para as
disfunções estéticas corporais e faciais: a mamoplastia de aumento e a rinoplastia e os
benefícios da drenagem linfática.
O método de pesquisa adotado foi de revisão bibliográfica onde utilizamos o
acervo da biblioteca da universidade, acervo pessoal e banco de dados eletrônicos
usando os seguintes descritores: mamoplastia de aumento, pós-operatório e drenagem
linfática manual.
Os autores pesquisados trazem a discussão desde o histórico da drenagem da
linfática manual, sua fisiologia e importância para o equilíbrio hídrico dos tecidos, além
de fornecer informações acerca do seu papel no pré e pós-operatório, porém como o
objetivo deste se concentra apenas na descrição da sua importância no pós-operatório,
o pré-operatório foi considerado como fator de exclusão.

1 DESENVOLVIMENTO

A mamoplastia de aumento é uma cirurgia plástica com objetivo estético visando


o aumento da mama para maior harmonia do corpo, deixando cicatriz, podendo levar à
formação de edema, inflamação, infecção, aderências na pele e musculatura envolvida
dependendo do processo de cicatrização individual.
A realização da mastoplastia de aumento inclui definição do local da incisão
(periareolar, transareolar, submamária ou axilar), da posição do implante
(retroglandular, submuscular ou em plano duplo), da textura, do formato e do volume do
implante a ser utilizado. Os parâmetros mais importantes para a determinação clínica
do tamanho do implante são a largura da base ou o diâmetro da mama nativa da
paciente.
A mamoplastia de aumento é um procedimento cirúrgico estabelecido e se
constitui na primeira opção do tratamento das hipomastias e assimetrias da mama.
As vias de acesso para inserção dos implantes mamários podem ser inframamária,
periareolar e transaxilar.
A cirurgia consiste em uma lesão celular provoca um trauma das camadas de
tecidos que sofreram com o procedimento. Para recuperar o local então o organismo
reagirá com uma resposta inflamatória que tem a intenção de conter o problema e
reparar a lesão. Para que essa reparação aconteça são necessárias três fases:
Fase 1-Inflamação: acontece no momento que a lesão é feita e pode durar cerca
de 72 horas. Nesta fase, o sangue será estancado e os vasos estarão mais permeáveis
para facilitar a migração de células para o local ,o que também favorece o edema.
Fase 2-Proliferação: pode durar até 21 dias e se inicia até três dias depois que a
lesão aconteceu .Aqui será formado o tecido de granulação por ação de células de
defesa que eliminam os microorganismo ,secretam fatores de crescimento e aumentam
formação de novos vasos sanguíneos. Vale lembrar que nesta fase os fibroblastos
trabalharão bastante ,inclusive produzindo colágeno.
Fase 3-Remodelamento; acontece após 23 dias do inicio da lesão e podem
durar muitos meses. Nesta etapa, temos uma cicatrização com uma redução da
atividade dos fibroblastos e de células de defesa, como os macrófagos e um
amadurecimento da matriz extracelular formada na etapa anterior.
Essas fases são importantes para que a cicatrização aconteça da forma
adequada, porém elas podem estar sujeitas a riscos que levam a complicações que
acabam por gerar irregularidades no tecido, tais como: edemas, perda sanguínea,
abscessos, formação de fibroses, seromas, infecções, hematomas, dentre outras.
Além disso, a cicatrização se finalizada de forma incorreta pode ocasionar
cicatrizes atróficas ou hipertróficas que normalmente não são visualmente agradáveis
para quem as tem.
Em virtude de todas essas possibilidades, é necessário que haja uma interação
constante entre o tecnólogo e o cirurgião, com a intenção de encontrar sempre as
melhores alternativas de tratamentos adequados para o paciente. A indicação da
drenagem linfática em cirurgia plástica é basicamente para a retirada do edema
excessivo encontrado no interstício. O tratamento inicia-se na fase aguda , pois a
drenagem linfática é um recurso para tratar as consequências das alterações
vasculares características da fase inicial do processo de cicatrização (edema).
A cirurgia de rinoplastia tem a finalidade de remover o excesso, corrigir desvios e
assimetrias do nariz, moldando os tecidos remanescentes de modo a formarem um
todo harmônico com o conjunto facial (HUNGRIA, 2000; PATROCÍNIO et al, 2006).
A drenagem linfática é uma técnica de massagem que estimula o sistema
linfático a trabalhar em um ritmo mais acelerado, mobilizando a linfa até os gânglios
linfáticos (GARCIA, 2003).
A drenagem linfática manual (DLM) visa aumentar o transporte da linfa, está
técnica pode ser aplicada para diminuir as complicações causadas pelo procedimento
cirúrgico de mamoplastia de aumento e melhorar o processo de recuperação tecidual
por meio da diminuição de edema e, por consequência, a diminuição da tensão
exercida no tecido, desta forma minimizando as possibilidades de contratura capsular e
infecção.
As estruturas denominadas linfonodos atuam como barreira na penetração de
toxinas na corrente sanguínea, realizando a defesa do organismo, para tal, produzem
glóbulos brancos, principalmente linfócitos. Sabe-se que estes linfócitos localizam-se
ao longo de vasos no pescoço, no tórax, no abdômen e na pelve, onde durante um
processo inflamatório, tornam-se doloridos (VOGELFANG, 1996).
O sistema linfático é bastante desenvolvido na derme, periósteo, mucosa de
órgãos digestórios, tratos geniturinário e respiratórios. Sendo composto por capilares
linfáticos, pré-coletores linfáticos, coletores linfáticos, coletores linfáticos principais
(canal ou ducto torácico esquerdo, e canal ou ducto linfático direito), linfonodos e
válvulas linfáticas (GARRIDO, 2000).
O inicio do fluxo linfático envolve três processos dinâmicos e
simultâneos:
ULTRAFILTRAÇÃO: Saída de H2O, CO2 e nutrientes do capilar arterial
para o interstício, devido à pressão hidrostática positiva neste capilar, dada pela
sístole cardíaca, e à pressão negativa intersticial.
ABSORÇÃO VENOSA: É a entrada de H2O, CO2, pequenas moléculas e
metabólitos do interstício para o capilar venoso, sendo difundido quando a pressão
arterial é maior que a do lúmem do capilar venoso. Somente 10% das grandes
moléculas de proteínas são absorvidas pelos capilares linfáticos, bastante permeáveis.
ABSORÇÃO LINFÁTICA: É o início da circulação linfática, determinada pela
entrada do líquido intersticial, com proteínas de alto peso molecular e pequenas
células, dentro do capilar linfático inicial. Este é preenchido pelo líquido no momento em
que as micro válvulas endoteliais se abrem, e chegando ao máximo, se fecham e inicia-
se a propulsão da linfa através dos pré-coletores (CAMARGO, 2000).
Segundo Barros (2001, p.57), a linfa se forma a partir de:

Pressão hidrostática e pressão osmótica. Estes dois mecanismos fazem


com que o plasma sanguíneo, através das paredes permeáveis do endotélio
dos capilares arteriais, extravasem para o espaço intersticial do tecido
conjuntivo, passando a ser chamado de líquido intersticial e, deste, para dentro
dos capilares linfáticos, passando a ser chamado de linfa, ou para os capilares
venosos, voltando a ser chamado de plasma sanguíneo.

As cirurgias plásticas ou reparadoras em sua grande maioria têm grande


necessidade de DLM, devido à grande destruição de vasos causados pela maioria
destes procedimentos, provocando edema, dor, diminuição da sensibilidade cutânea, o
que gera desconforto à paciente. Para a realização de DLM nestes procedimentos, é
muito importante o conhecimento da anatomia e fisiologia linfática, além do
conhecimento das linhas de drenagem. (BORGES, 2010).
Figura - Representação do sistema linfático Fonte: http://www.ajkj.med.br.

A drenagem linfática é uma das inúmeras funções fisiológicas, da mesma forma


que outras funções automáticas do corpo humano. É um processo natural que ocorre
em todos os organismos saudáveis e que podem ser estimulados através de manobras
manuais ou com ajuda de aparelhos eletroeletrônicos, que teriam basicamente a função
de aumentar o fluxo de linfa circulante nos vasos e tronco linfáticos (MITCHELL, 1992).
Ao longo do tempo, a drenagem linfática tem um lugar de destaque entre os
tratamentos aplicados em Medicina e Estética. Seu benefício principal é evitar a
retenção de líquidos no organismo, como também melhorar a circulação sanguínea e
aliviar dores. Atuando diretamente sobre o sistema linfático, a massagem de drenagem
linfática manual acelera a renovação dos líquidos extracelulares ajudando, dessa
forma, os capilares linfáticos na absorção da linfa através dos vasos, removendo as
impurezas provenientes do metabolismo celular (GODOY, 2004).
No pós-operatório, a drenagem linfática acelera o processo de excreção da linfa
eliminando inchaços, retenções e promovendo vitalidade e bem- estar. É uma
massagem suave e profunda no trânsito dos vasos linfáticos. Os movimentos suaves
com toque e compressão ritmados fazem da drenagem um santo remédio para
problemas circulatórios, que podem desencadear inúmeras doenças. (LEDUC, 2000).
No pré-operatório, é realizada para estimular a circulação sanguínea, nutrindo e
oxigenando os tecidos, melhorando, portanto, sua qualidade e facilitando o trabalho do
cirurgião. Ainda ajuda a liberar as toxinas provenientes do metabolismo celular,
evitando a formação de nódulos, além de eliminar líquidos excedentes dos interstícios,
deixando a pele mais macia e brilhante (BALESTRO 2004).
Entretanto, os benefícios ao corpo e à saúde vão muito além, Montagu (1988),
observa que a simples arte de tocar no ser humano tem um grande significado para a
saúde física e mental do indivíduo. Todos nós sentimos necessidade do toque. Dessa
forma, verifica-se que a drenagem linfática deve ser vista muito mais como uma
terapia em prol da saúde do que a estética, o que justifica sua aplicabilidade por
parte deste profissional em vários seguimentos.
Segundo Ribeiro (2004), o excesso de líquido intersticial é prejudicial a
cicatrização pois cria condições locais desfavoráveis á proliferação celular devido a
baixa de pH, alta tensão de CO2 e baixa concentração de O2. O resultado será a
maior frequência de infecção e a formação de tecido cicatricial exuberante, o que
causa uma cicatriz desnivelada caracterizando um transtorno estético, desta forma a
DLM torna- se útil desde a fase conjuntiva até a fase madura, com objetivo de
diminuir o edema, restabelecer a circulação periférica da lesão, eliminar os resíduos
metabólicos, estimular o trofismo da região e suprimir a possibilidade de aderências.
No pós-operatório imediato da mama ocorre o edema generalizado, causando a
sensação de mamas endurecidas, as manipulações suaves são realizadas para
minimizar o edema. (MAUAD, 2001).
É necessário avaliar o paciente antes e depois da cirurgia, para análise das
características decorrentes da cirurgia, como exemplo: análise do trofismo cutâneo e
muscular, do edema, da cicatriz, dor e sensibilidade. As queixas principais são:
linfedema complexo ou residual da face, dor e dificuldade respiratória devido à
vasodilatação das narinas e edema (SILVA, 2004; LEDUC, LEDUC,2000).
Através de seus movimentos suaves e uma pressão suficiente para propulsionar
o líquido intersticial para dentro dos capilares linfáticos, a drenagem linfática manual
proporciona o aumento da velocidade da linfa transportada, aumenta a filtração e a
reabsorção dos capilares sanguíneos, aumenta a quantidade de linfa processada
dentro dos gânglios linfáticos, promove oxigenação dos tecidos, nutrição das células,
aumento da quantidade de líquidos excretados, diminuindo o edema e desconfortos
possíveis do trauma (RIBEIRO, 2000; MARX; CAMARGO, 1986).
Com a técnica, diminui a expectativa dos resultados da cirurgia tanto do paciente
quanto do trabalho do médico. O desconforto referente à cirurgia é menor, melhorando
a qualidade de vida do paciente, fazendo desta maneira com que o paciente retorne
mais rapidamente as suas atividades diárias.
Camargo (2000, p.99), nos diz que as principais manobras utilizadas para o
tratamento do linfedema, tanto no processo de captação, quanto no de evacuação são
divididos em:

Manobras ganglionares: inicia-se pelo contato da face palmar do


segundo ao quinto dedos da mão do fisioterapeuta com a região axilar
do paciente, exercendo movimentos circulares com uma pressão leve,
mas suficiente para promover um deslocamento da pele. Manobras em
ondas: São manobras semicirculares de toda face palmar da mão e
dedos do fisioterapeuta, produzindo a mobilização dos tecidos
subcutâneos e aumento do fluxo linfático nos processos de captação e
evacuação. Manobras em bracelete: São realizados exclusivamente ao
membro edemaciado, envolvendo-se a circunferência do braço com as
bordas dos indicadores e polegares, com pressão uniforme, circular e
contínua, enquanto se desloca a pele do paciente em sentido centrípeto,
então há um relaxamento e a manobra recomeça na região vizinha.
Manobras em “S”: São manobras de captação que tem como objetivo
amolecer regiões que apresenta fibrose linfostática e/ou outras
alterações do trofismo cutâneo, com pressões mais intensas. Manobras
dos cinco pontos: indicada nos casos de linfadenectomia axilar bilateral,
onde estimula-se os grupamentos linfonodais inguinais, objetivando a
estimulação da cisterna do quilo por meio de exercícios respiratórios e
diafragmáticos, associados a pressões manuais exercidas em cinco
diferentes pontos na região abdominal e direcionadas para a cisterna do
quilo.

É importante utilizar as técnicas cinesioterapêuticas associadas as manobras de


linfodrenagem, como forma de otimizar os resultados. Sabe-se que a contração
muscular constitui um fator primordial, pois o ato de contração e relaxamento faz com
que haja o bombeamento da linfa.
Através de experimentos foi constatada a importância dos movimentos passivos
rítmicos e suaves na determinação do fluxo linfático. Tanto a movimentação passiva
quanto a ativa, promove a passagem do líquido do interstício para o capilar linfático,
elevando o fluxo sangüíneo, a pressão capilar e a superfície capilar (MARX;
CAMARGO, 1984).
Deve-se sempre posicionar o membro a favor da gravidade, ou seja, na direção
da circulação de retorno para ajudar a aumentar o fluxo da linfa. A compressão tissular
externa, o auxilio de ataduras, faixas, etc é utilizada após a DLM ou mecânica no
sentido de aumentar o fluxo e evitar recidivas (BARROS, 2001).
Podem ser realizados exercícios de flexão, extensão, abdução e adução dos
ombros, flexão e extensão dos cotovelos, punho e dedos (CAMARGO, 2000).
O uso da braçadeira também é indicado pois promove a manutenção das
pressões intersticiais, melhora os resultados obtidos na primeira fase do tratamento e
evita recidivas do linfedema (FOLD, 1991).
Segundo Guirro et al. (2002), as contra-indicações são: processos infecciosos;
neoplasias; trombose venosa profunda; erisipela; entre outras.
A indicação no caso de rinoplastia, um dos casos citados é a drenagem Linfática
Manual (DLM) Antes da cirurgia para deixar o sistema linfático trabalhando
normalmente e livres de toxinas e favorecendo a recuperação após a cirurgia, indicado
no mínimo 3 sessões e no pós operatório indicado para a diminuição e eliminação dos
linfedema complexo ou residual da face, dor e dificuldade respiratória devido à
vasodilatação das narinas e edema, Realizando os movimentos suaves e uma pressão
suficiente para propulsionar o líquido intersticial para dentro dos capilares linfáticos,
proporcionando alivio e conforto para a paciente pode ser indicada 2 á 3 vezes na
semana ,de acordo com a necessidade da paciente e indicação do seu medico
cirurgião.
A indicação no caso de mamoplastia de aumento um dos casos citados éa
drenagem Linfática Manual (DLM) Antes da cirurgia para deixar o sistema linfático
trabalhando normalmente e livres de toxinas e favorecendo a recuperação indicado no
mínimo 3 sessões e no pós operatório indicado para a, contribuir no reparo da cicatriz,
auxiliando no processo de cicatrização, melhorando a textura e elasticidade da pele,
diminuindo os edemas causados pela cirurgia, restabelecendo a corrente circulatória
periférica da lesão, agindo de maneira reabilitadora e preventiva, desta forma
diminuindo a incidência dos problemas de contratura capsular entre outros,pode ser
indicada 2 á 3 vezes na semana, de acordo com a necessidade da paciente e indicação
do medico cirurgião.
2 CONCLUSÃO

As cirurgias plásticas em sua maioria têm grande necessidade de DLM, devido à


grande destruição de vasos causados pela maioria destes procedimentos, que podem
causar edema, dor, diminuição da sensibilidade cutânea, o que gera desconforto à
paciente. No pós-operatório imediato da mama ocorre o edema generalizado, causando
a sensação de mamas endurecidas, as manipulações suaves são realizadas para
minimizar o edema.
A drenagem linfática manual melhora as funções do sistema circulatório linfático
durante as manobras, que têm que serem precisas acompanhando os trajetos linfática.
A principal finalidade é mobilizar a corrente de líquidos que está dentro dos vasos
linfático com uma pressão leve e intermitente, deve ser realizada de forma rítmica a
seguir sempre o sentido fisiológico da drenagem da linfa.
A drenagem tem como função direcionar e drenar os líquidos excedentes,
oferecer equilíbrio hídrico, eliminar toxinas e favorece também a nutrição tecidual. Por
tanto através da revisão bibliográfica que compõe este trabalho conclui-se que a
aplicação da Drenagem Linfática Manual (DLM) no pós- operatório da cirurgia plástica
de rinoplastia e mamoplastia pode trazer grandes benefícios se aplicada de forma
correta, contribuindo para o reparo da cicatriz, auxiliando no processo de cicatrização,
melhora a textura e elasticidade da pele, diminuindo os edemas causados pela cirurgia,
restabelecendo a corrente circulatória periférica da lesão, agindo de maneira
reabilitadora e preventiva, desta forma diminuindo a incidência dos problemas de
contratura capsular e demais complicações da cirurgia.

3 REFERÊNCIAS
BOSI, Paula Lima-Métodos e Técnicas aplicadas á estética facial /Paula Lima Bossi.
Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2018.168P.

FREITAS, Solange Pinto de-Técnica de massagem facial / Solange Pinto de Freitas-


Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A 2017 160 p.

HUNGRIA, H. Otorrinolaringologia. 8. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.


LEDUC, O. Drenagem linfática: teoria e prática. 2. Ed. São Paulo: Manole, 2000.

MAUAD Jr. R J. Estética e cirurgia Plástica: tratamento no pré e pós-operatório. 3° Ed.


São Paulo, Editora SENAC, 2001.

PATROCÍNIO, L.G.; et al. Manobras cirúrgicas realizadas nas rinoplastias de um


serviço de residência médica em otorrinolaringologia. São Paulo, 2006.

RAMOS, Andréa Rosa –Técnicas de massagem corporal /Andréa Rosa Ramos-


Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A.2017 144p

RAMOS, Andréa Rosa –Técnicas de massagem corporal /Andréa Rosa Ramos-


Londrina :Editora e Distribuidora Educacional S.A.2017 144p

RIBEIRO, L.B.Cirurgia Plástica estética em corpos femininos: a medicalização da


diferença. Artigo apresentado no doutorado em antropologia Social no PPGAS/UFSC,
2003.

RODRIGUES, Lima Bheatrice Oliveira-Estética aplicada nas intervenções médicas


corporal /Lin Bheatrice Oliveira Rodrigues-Londrina :Editora e Distribuidora Educacional
S.A,2019 144p.

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