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RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo relatar a identidade docente EJA, caracteriza as principais
características de um docente profissional do EJA, que tem como envolver os alunos dentro de seu
planejamento de aula, propondo-os que compartilhe seus conhecimentos e ideias para a sala de
aula. Nóvoa vai destacar que o transbordamento da aula é a área que faz parte do social, dentro
das finalidades escolares. Um dos elementos obrigatórios é a formação do professor que para
atuar é necessário a graduação completa do ensino superior. O professor não deve ser apenas o
mediador, mas aquele que forma profissionais que sabe compartilha suas ideias e seus
conhecimentos. O aluno precisa sentir-se motivado para aprender. Carneiro Júnior fala que se
sentiu inseguro e desafiado a adaptar-se à aprendizagem que garantirá o direito de educação do
aluno. Tardif descreve que para todos esses saberes docentes é necessário que haja envolvimentos
nas questões de formação profissional específica das leituras, didáticas, práticas curriculares e
experiências social e cultural. O papel do professor é sempre motivar, compartilhar experiências,
oportunizar aos alunos que compartilhe suas informações e que exponha suas opiniões e ideias. A
sala de aula deve ser vista como um espaço que “[...] vínculos de amizade, cooperação e confiança
se constroem e se consolidam, animando o processo de ensinar e aprender” (BRASIL, 2006, p. 3).
Sabe-se que o professor vai muito além da sala de aula, é preciso ir além das questões conteudistas
e didáticas. O professor precisa quebrar preconceitos e criar amizade entre todos.
1. INTRODUÇÃO
Este artigo abordará o tema identidade docente EJA, apresentará um possível perfil de
professor e a sua identidade profissional para atuação nesse contexto. Cabe ainda, comentarmos que
é preciso revisar teorias e práticas pedagógicas para que o processo de desenvolvimento do aluno
venha ser concluído. Um certo questionamento inicial de Carneiro Júnior fundamentará as falas
descritas neste trabalho acadêmico.
A formação docente para EJA está relacionada com saberes, conhecimentos, aprendizados
que desenvolvem a carreira na atuação de professor. Outro importante aspecto é as diretrizes
nacionais curriculares para a EJA referente à formação de professores que estabelece instituições
formadoras. Dentro desta etapa será abordado alguns aspectos de saberes através de autores como
Tardif (2002), Freire (1996) e Nóvoa (2009).
O papel do professor quando desenvolve suas atividades com a turma da EJA, passam a
admitir vários papéis, que as vezes retiram a condição de docente e leva a abranger distintas funções
para as atividades planejadas e as metodologias propostas desempenhem com seus desígnios. É
importante destacarmos que uma rotina adequada é aquela que harmoniza o tempo disponível com
as atividades necessárias, num espaço físico facilitador.
1 Katia Aparecida Lourenço
2 Débora Carias Alves
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Pedagogia (Código da Turma) – Prática do Módulo I –
10/07/2023
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A escolha do tema para este artigo consiste em descrever a identidade docente EJA. A ideia
é apresentar um perfil de professor dentro da área profissional.
A problematização deste artigo é “Qual a identidade docente do EJA?”.
Os objetivos são: delinear a identidade do professor da EJA; apresentar a formação docente
da EJA; estudar o papel do professor da EJA.
A pesquisa será bibliográfica fundamentada por autores como Nóvoa (2009), Caldeira
(2000), Carneiro (2015), Tardif (2002) Prof. Pablo (2021) e Brasil (2006).
Como sujeito sociocultural, o/a professor/a constrói sua identidade profissional a partir de
inúmeras referências. De um lado, estão a significação social da profissão e as relações com
as instituições escolares, com outros docentes, com as associações de classe etc. De outro
lado, está o significado que cada professor/a confere ao seu trabalho docente, o que inclui
desde sua história familiar, sua trajetória escolar e profissional, até seus valores, interesses e
sentimentos, suas representações e saberes, enfim, o sentido que tem em sua vida o ser
professor/a (CALDEIRA, 2000, p. 2).
De tal modo, a identidade docente dos professores da EJA costuma produzir a partir de
referências culturais que constituem ao longo da vida tanto no ambiente escolar em que convivem
quanto em outros ambientes de sua vida social, a partir de correspondências culturais em que se
submergem. Cabe ainda, comentarmos que muitas ocasiões o professor ao admitir uma turma da
EJA terá que rever seus próprios protótipos educacionais, revisitando teorias e suas práticas
pedagógicas para consentir os processos de seus alunos e os contextos em que se inserem. A partir
do relato de Carneiro Júnior (2015, p.3) que atuou como professor do EJA percebemos esta situação
em uma unidade prisional no Estado de Goiás:
O que estou fazendo aqui? O que ofereço a estes sujeitos privados de liberdade de diferente
para que possam olhar o mundo de outra forma? Por que devo ensinar isso e não aquilo? O
que ensinar? Que material didático usar? Como eles estão aprendendo? As reflexões
freirianas enriqueceram minha maneira de enxergar e transformar minha prática docente
neste lugar (CARNEIRO JUNIOR, 2015, p. 3).
professor relata, ainda, que encontrou na obra Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire, a base
para se atualizar e dar seguimento a suas atividades docentes nessa casa prisional.
1. Experiências
pessoais na 2. Formação inicial:
9. Vivências no
escolarização inicial graduação,
exercício da
magistério, curso
profissão
normal
3. Formação
8. Troca com
continuada
colegas
Professor da
EJA
O professor quando desenvolve suas atividades com a turma da EJA, passam a admitir
vários papéis, que as vezes retiram a condição de docente e leva a abranger distintas funções para as
atividades planejadas e as metodologias propostas desempenhem com seus desígnios. Vejamos
alguns desses papéis na Figura 2:
Proporcionar Criador de
encontros rotinas
O papel do professor vai muito além da pedagogia tradicional. A sala de aula é um encontro
entre alunos e professores que tem como objetivo a troca de experiências, diálogo, socialização,
opiniões, respeito e conhecimentos. A sala de aula deve ser vista como um espaço que “[...]
vínculos de amizade, cooperação e confiança se constroem e se consolidam, animando o processo
de ensinar e aprender” (BRASIL, 2006, p. 3). Partindo desse pressuposto, a postura do professor se
redefini, passando a submergir mais os alunos jovens e adultos em suas aulas e tudo que propõe a
ser aprendido. Entenda o descrevo de uma professora da EJA que aponta tornar a sala de aula em
um encontro de aprendizagem:
No horário da aula, a professora Neusa chega, cumprimenta seus alunos e pede para que
organizem as mesas e cadeiras em roda, pois vão começar a aula discutindo uma notícia
que ela trouxe. Em primeiro lugar, a professora verifica se estão todos ali. Uma aluna diz
que algumas pessoas chegarão atrasadas por causa da chuva forte que caiu, mais uma vez, à
tarde. Neusa, então, explica ao grupo que a notícia que trouxe é exatamente sobre as chuvas
que têm castigado as pessoas da cidade. Ela começa por perguntar se entre os alunos, há
alguém que tenha sofrido com a chuva. Vários alunos passam a dar seus depoimentos,
falando sobre problemas com o trânsito e com as enchentes. A partir daí, a professora
convida os alunos a pensar sobre as causas das enchentes: falam de lixo, entupimento de
bueiros e canalização de rios. No final da aula, ela lê a notícia que trouxe e pede para que
cada um escreva um pequeno texto comentando o que pode ser feito para diminuir o
problema das enchentes (BRASIL, 2006, p. 4).
O professor que se coloca como promotor da aprendizagem conjunta é aquele que se permite
também aprender ao longo do processo, se isentando do papel de conhecedor de tudo e colocando-
se como um facilitador e potencializador das aprendizagens dos alunos. Para isso, se vale dos
princípios andragógicos que aprendemos anteriormente, sobretudo das experiências, curiosidade e
motivações de seus alunos e do diálogo e da escuta como ferramentas essenciais.
O professor da EJA deve sempre lembrar que os conteúdos a serem trabalhados na escola
devem favorecer o aprimoramento, o aprofundamento, a ressignificação do corpo de conhecimentos
que o aluno jovem e adulto já possui, seja em relação à língua, à matemática, à história, à arte etc. O
professor da EJA também é visto como aquele que fortalece o grupo em que trabalha. Está nas mãos
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
Para o processo de construção desse artigo, foi utilizado a pesquisa bibliográfica. A leitura e
citação de alguns autores como: Caldeira, Tardif, Nóvoa, Brasil e Carneiro foram os que
fundamentaram todo este artigo.
Segundo Gil (2002) a pesquisa bibliográfica entende-se a leitura, a análise e a interpretação
de material impresso. Entre eles podemos citar livros, documentos mimeografados ou fotocopiados,
periódicos, imagens, manuscritos, mapas, entre outros.
A leitura do livro Educação de Jovens e Adultos escrito pelo Prof. Pablo (2021), foi a base
de todo este artigo, onde conseguimos adquirir conhecimentos ricos que envolvem o EJA, assim,
complementando com ideias e interpretações das leituras contidas neste livro.
A forma falada sobre a identidade do professor da EJA tem grande conexão com o ser
professor de forma criativa, profissional e emocional, pois trabalhar com alunos é estar todo os dias
planejando e incentivando-os a estarem desenvolvendo as suas habilidades e conhecimentos, assim,
aprendendo em conjunto na forma de troca de conhecimentos.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Toda experiência que se obteve pela pesquisa nos faz acender, colaborar e aperfeiçoar todas
as vivências observadas pela fase escolar, analisando cada professor, observando suas atitudes, seu
jeito de trabalhar e hoje como docentes procuramos sempre fazer o melhor para que sejamos
profissionais.
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS