Resenha cap 2 - Estágio e construção da identidade profissional docente.
Durante o estágio precisa-se trabalhar com alguns aspectos indispensáveis à construção da
identidade, dos saberes e das posturas específicas ao exercício profissional docente. A identidade do professor é construída ao longo de sua trajetória, estando em sala de aula, assim, o estágio é o lugar onde esses professores, enquanto ainda em formação, têm consolidadas suas opções e ações na profissão. A identidade profissional é tida como um caráter interdisciplinar e complexa, podendo ter significações diversas dependendo da área estudada. Então, sobre a ótica docente a identidade profissional é construída com as experiências vividas em sala de aula, com a história pessoal de cada professor e com a de cada aluno bem como da sociedade. Para a construção profissional docente é preciso olhar para a prática pedagógica que ocorre nas escolas, para a didática e para as práticas de ensino, é preciso levar em consideração o aspecto subjetivo da profissão, o que faz um candidato a ser professor diga que quer de fato lecionar, aí entra os cursos de formação para o fortalecimento dessa identidade. A partir do encontro com as representações e as demandas sociais que a identidade construída no decurso da formação profissional será reconhecida, dessa forma, são necessárias o conhecimento, os saberes, as habilidades, a postura e o compromisso profissional. O estagiário se prepara para a profissão docente ou para legitimá-la e ele pode esbarrar em adversidades como o cansaço, a desilusão, os problemas na escola, com problemas sociais, etc. O professor além de saber o conteúdo deve aliar isso ao domínio de recursos teóricos e metodológicos, aí sim, converter-se-á em desempenho adequado para a transmissão, partilha e socialização do conhecimento. O estagiário deve sempre se perguntar como estão se construindo como professores, a construção e o fortalecimento da identidade estão intimamente ligados às condições de trabalho e à valorização profissional. Existem outros fatores que ajudam a construir a identidade docente como o curso, o estágio em si, as demais disciplinas e as vivências dentro e fora da universidade. O estágio serve para que o aluno estagiário conheça o cotidiano da escola, o trabalho enquanto professor e o seu valor para a sociedade. A formação do professor, quando iniciada, é contínua, nesse sentido, a formação envolve o processo de autoformação dos professores e de formação das instituições escolares onde atuam, assim, a escola é o espaço de trabalho e de formação. Para que se tenha um ensino de qualidade afinados com os desafios da sociedade é preciso ter profissionalismo, para a construção de uma identidade docente é preciso se construir um espaço de discussão, trocas de experiências, estudos e pesquisas que consiga agregar os educadores sobre os desafios da formação docente, bem como no processo de construção da identidade enquanto docente. Os EDIPES constituem um verdadeiro espaço de formação contínua para formadores, pois é importante buscar alternativas pedagógicas e discutir políticas educacionais para uma educação de qualidade. Diante de tantos encontros nos endipes, percebeu-se que para a formação de professores é preciso enfocar que sua aprendizagem de ensinar será boa se ele se basear em seu aprender a profissão, na construção de sua identidade, na valorização social de sua profissão, na formação contínua, dentre outras ações. Pra finalizar, entende-se que o estágio é de suma importância para a formação do profissional que escolheu o magistério como profissão de vida, quanto ao estágio supervisionado é um espaço para discussão, debate e troca de experiência, além disso, é importante ressaltar que o estágio com pesquisa e como pesquisa é de extrema necessidade para a formação dos vindouros professores.
Resenha cap 3 – Considerações sobre a legislação de estágio no Brasil.
Aprovada com o nome de LDBen (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), cabe ao CNE – conselho nacional de educação – definir as diretrizes curriculares para todos os cursos de graduação no paí, por meio das resoluções do CNE tudo o que é relacionado a formação de professores, educação básica, as licenciaturas de graduação, compete a eles. A carga horária para os cursos de formação de professores da educação básica de acordo com as resoluções do CNE deve ser de no mínimo 2.800 horas divididas em: horas de práticas(400h), horas de estágio(400h), horas de aula para conteúdos curriculares(1800h) e horas de aula para outras atividades acadêmico – científico – culturais (200h), entretanto, essa legislação transforma a atividade cocente a um mero desempenho técnico, o professor serve apenas como um reprodutor de conhecimento. Competências x saberes e qualificação – quando se compara as competências abriga apenas o professor em seu “posto de trabalho”, podendo ser descartado se ele não se ajusta ao esperado, já os saberes e qualificação, o professor é valorizado e vive em aperfeiçoamento contínuo, por isso, pode-se dizer que competência significa ação imediata, refinamento individual, diferentemente da valorização do conhecimento constituído pelo professor a partir das vivências. Outra crítica a se fazer sobre a resolução diz respeito sobre a distribuição das 2.800 horas, pois mostra uma proposta curricular fragmentada que separa a teoria e prática, o fazer e o pensar. O estágio nas resoluções está separado das atividades práticas e das práticas científico – culturais, assim, o foco é nas competências e aprendizagem de práticas modelares. O estágio supervisionado tem grande função de renovar a concepção para a formação dos estagiários, das suas identidades e dos papéis profissionais, assim, o estágio é o campo de conhecimento formativo dos futuros professores e integrante de todo projeto curricular. Para formar um professor é preciso que se entenda que ele é um profissional que trabalha com pessoas/indivíduos únicos que tem a função de ajudar no desenvolvimento pessoal e intersubjetivo do aluno. Facilitando o acesso deste ao conhecimento. O professor é um profissional que deve ser formado nas universidades, onde reside a produção do saber, da cultura em diferentes áreas do conhecimento e do contínuo treinamento para a crítica histórico - cultural. Entende-se que a democratização do ensino passa pelos professores, sua formação, sua valorização profissional e suas condições de trabalho pois estudos comprovam o quanto é importante o investimento no desenvolvimento profissional desses educadores. É de consenso de geral que os professores são agentes transformadores das escolas em termos de gestão, currículos, organização, projetos educacionais, dentre outros. É por isso que reformas gestadas nas instituições, sem tomar os professores como parceiros/ autores, não transformam a escola na direção da qualidade social. Dada a natureza do trabalho docente que é de ensinar, contribuindo com a educação dos alunos historicamente situados, espera-se dos processos de formação que desenvolvam os conhecimentos e habilidades, as atitudes e valores que possibilitem aos professores desenvolvam seus saberes/ fazeres docentes a partir das necessidades e desafios que o ensino como prática social lhes coloca no cotidiano.