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Introdução
O momento atual reclama que profissionais competentes, tanto em termo de
título como em prática sejam convidados a contribuir teórica, prática e
eticamente nos espaços educacionais. Entretanto, tal quadro assinala, a
necessidade do profissional do ensino estar instrumentado a desenvolver a sua
práxis em conformidade com as exigências sociais mais amplas, ou seja, é
preciso que esteja apto a acionar um ensino que corresponda à formação do
educando, de modo que esta esteja compatível com os avanços que se
descortinam nas múltiplas atuações sociais.
Isso requer, certamente, que o educador esteja atento, aberto e partícipe a todas e
a quaisquer oportunidades que o levem a ascender tanto no plano pessoal,
profissional, cognitivo e quanto humano de sua atuação. E em especial
tratamento a docência, a formação continuada, ao constituir-se pólo para uma
dinâmica social de formação contínua, se faz apelo para que os conhecimentos
sejam compartilhados, contribuindo significativamente para a melhoria na
qualidade da prática educativa, sendo, em dado momento, compreendida como
uma atividade não-facultativa ao docente engajar, mas de primordial relevância,
visto a avalanche de mudanças e transformações porque passa o mundo atual.
A partir do que se coloca, o objetivo central desta análise, é contribuir
criticamente para a representatividade social que a formação continuada
apresenta quanto ao bom desempenho do professor diante de seu complexo
cenário de atuação profissional.
1. Profissão: professor
A cada dia que passa a cada olhar sobre e para a educação, percebe-se que os
profissionais do ensino são mais cobrados. São cobranças que derivam desde a
eficácia do seu trabalho, bem como exigências quanto a uma formação mais
sólida e representada por títulos acadêmicos.
Desse cenário, nascem propostas que reclamam do professor, mais que estar
presente em sala de aula, entretanto, convidado a ver a sua profissão como algo a
ser zelado e adubado com muito preparo teórico. Para Rubem Alves, há uma
distinção entre professor e educador, ao afirmar que, “professor é profissão, não é
algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao contrário, não é profissão;
é vocação. E toda uma vocação nasce de um grande amor, de uma grande
esperança” (apud FERACINE 1998, p. 50).
Vendo o professor por essa ótica, fica claro, que ele tem um papel social a
cumprir, papel este, que se delimita a “provocar “conflitos intelectuais”, para
que, na busca do equilíbrio, o aluno se desenvolva” (FREITAS, 2005, p. 95).
Outra visão teoria sustenta que, no foco das averiguações mais atuais sobre
formação de professores, encontra-se como questão-chave a necessidade do
professor desempenhar uma atividade profissional ao mesmo tempo teórica
quanto prática, visto que:
É preciso insistir que tudo quanto fazemos em aula, por menor que seja, incide
em maior ou menor grau na formação de nossos alunos. A maneira de organizar a
aula, o tipo de incentivos, as expectativas que depositamos, os materiais que
utilizamos, cada uma destas decisões veicula determinadas experiências
educativas, e é possível que nem sempre estejam em consonância com o
pensamento que temos a respeito do sentido e do papel que hoje em dia tem a
educação (ZABALA, 1998, p. 29).
Segundo esse autor, dentre os aspectos mais visíveis desse fenômeno destacam-
se: avanços tecnológicos, a globalização da sociedade, a difusão da informação, o
agravamento da exclusão social, entre outros fatores. Diante de tamanha
complexidade, pergunta-se: quem deterá tal conhecimento a ponto de
instrumentar o cidadão que irá exercer tais habilidades/competências? Como
encontrar um profissional que corresponda aos perfis socialmente estabelecidos
pelas exigências sociais?
Concebendo a escola enquanto um espaço apropriado para prover o cidadão das
bases de conhecimento para uma vida em equilíbrio sobre a sociedade, urge
repensar a atuação de um professor preparado teórica e praticamente, de modo a
ministrar um ensino para a transformação. No entanto, salienta-se, que a
transformação social não é encargo apenas da escola, todavia, ela é um dos
caminhos mais abordados para isso.
Na visão de Feracine (1998, p. 55):
Referências Bibliográficas