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Cena I

Nas sombras da Itália medieval, onde a pobreza e a desigualdade eram comuns,


nasceu um homem destinado a mudar o curso da história. Este é o conto de
Francisco de Assis, um jovem nobre cujo coração buscava algo maior do que
riquezas materiais. Em uma época em que a sociedade estava dividida por classes
sociais rígidas.

A princípio, Francisco era um nobre, filho de um rico vendedor de tecido e estava


destinado a herdar as riquezas de seu pai. E como qualquer jovem na idade média,
era um cavaleiro de guerra e constantemente ia ao campo de batalha em devesa de
sua nação. Com efeito, por sempre retornar vivo dos combates, era considerado um
grande guerreiro e detinha sobre si a fama de um bravo homem. Francisco já tinha a
sua frente um grande futuro, ser um famoso comerciante rico que se casaria com
uma grande mulher e teria sua família como mandava a moralidade da época!

Em meio a tanta gloria e poder, esse jovem nunca poderia prever o que o destino
para ele guardava. Sendo criado na fé cristã, sempre foi devoto a sua fé e sempre
acreditou na pessoa de Jesus Cristo. Mas não esperava que um dia seria chamado
a ter uma vida totalmente diferente do que já tinha, por aquele que ele sempre ouviu
falar em sua infância até sua juventude, o próprio Deus.

Em dia como qualquer outro, Francisco foi convocado para ir lutar por sua nação em
mais uma guerra. Mas antes de chegar ao local do embate, ele tem sua atenção
tomada por uma ruína de uma pequena igreja. Curioso e admirado com o espaço,
ele adentra a capela e encontra no altar uma imagem de Jesus Cristo Crucificado
sobre um altar. Ao ver a imagem, aquele jovem foi fortemente tocado, se ajoelha e
faz uma breve oração diante daquela representação do Cristo. Quando,
milagrosamente, da imagem, surge uma voz que fazia a Francisco um apelo:

Deus: “Vai, Francisco, e repara minha Igreja, que está em ruínas”.

Inocentemente, Francisco entende que a voz o pedia para reconstruir aquela


pequena capela, mas não era sobre isso que ela estava falando. Neste período, no
começo da idade média, a sociedade era enferma pela pior doença da humanidade:
“A falta de amor”. Mesmo sendo em um período onde a igreja tenha uma forte
influencia sobre o povo. O que a voz queria, é que Francisco reconstruísse a
essência humana, que todos haviam perdido; fizesse germinar no coração de cada
pessoa o amor fraterno, ensinado por Jesus em sua vida. Naquele estante, o jovem
Francisco não havia compreendido sua missão; e começou a reconstruir aquele
pequeno templo.

Com todo dinheiro que ganhava de seu pai, ele compra tijolos e madeiras e começa
a reforma a pequena capela. Tocado pelo empenho de Francisco em restaurar
aquela igreja em ruina, um grande amigo seu, Bernardo de Quintavalle, passou a
ajuda-lo e juntos terminaram a obra e torna aquela capela mais uma vez funcional.

Após dias da reforma da capela, o pai de Francisco, um homem ganancioso e


avarento, o repreende pelo ato, e o acusa de ter roubar suas riquezas para a
reconstrução da capela. Ciente que aquela era a vontade de seu Deus, Francisco se
desculpa com seu pai e o devolve tudo o que lhe era possível; retirando a roupa que
estava em seu corpo e a entregando a seu pai. Naquele momento, Francisco se
recorda da frase dita pela imagem de Jesus na antiga ruina da capela e percebe de
uma vez por todas a sua verdadeira missão. A roupa entregue a seu pai simbolizava
o seu desprezo pelas riquezas do mundo, e que de agora em diante ele serviria
apenas ao seu pai que está no Céu e cumpriria a missão a ele confiada.

Bernardo, mais uma vez maravilhado com as ações de seu amigo, passa a segui-lo
confiante em sua missão, deixando para trás sua vida e se torna um discípulo de
Francisco. (tempo) ... Ambos, despidos de suas antigas vestes, tomam para suas
vidas hábitos de pobreza. Passam a vestir túnicas de panos pobre e na cintura, ao
invés de caros coriões, passam a utilizar uma corda com três nós que simbolizava o
voto que ali faziam, de Pureza, Caridade e Pobreza. Naquele estante era fundada
umas das maiores ordens de caridade de mundo: A ordem de Frades Franciscanos.
Mas é claro, eles não sabiam a dimensão que aquele pequeno movimento iria
ganhar, a única certeza que tinham é que dali em diante, a função deles era ajudar e
amar toda e qualquer pessoa que sofria no mundo.

Então, como missionários, andavam por todas as cidades da Italia em busca de


pessoas que padeciam de algum mal. Ajudavam os famintos, leprosos, pessoas sem
lar e sem amor, além pregar a todos a boa nova do amor fraterno revelada por
Jesus. Com o tempo, aquele pequeno grupo foi ganhando cada vez mais seguidores
e por onde eles passavam deixavam em cada coração de cada pessoa a frase que
mais os representavam: “Paz e bem!”. De pés descalços e roupas de panos pobres,
eles cumpriam a missão que o senhor havia confiado a Francisco de reconstruir a
igreja.

Após muitos meses de missão, era chegada a hora de se consumar aquela


fraternidade que se tinha ali formado. Francisco, juntamente com seus irmãos de
caridade partem a Roma, para aos pés do Papa Inocêncio III pedir ao santo padre
que desce de bom grado a aquele grupo o titulo de ordem religioso. Ao ver a
humildade e pureza que cercava aquele grupo de pessoas, Papa Inocêncio
concede a eles a autoridade de se chamarem de Irmãos Franciscanos, da ordem
Religiosa dos Frades de Franciscanos.

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