Você está na página 1de 36

3 Editorial

Quem podemos chamar


de parceiros
Q
ualidade pode ser um Para nós, que estivemos no início de capa da revista. E não perca
termo que dá margem a deste trabalho, é motivo de a entrevista do diretor de
muitas interpretações. orgulho concluir que um ícone redação da Quatro Rodas, Sérgio
Daí a importância de se contar de credibilidade, como a Quatro Berezovsky, um dos artífices
com referências seguras Rodas, nos vê como semelhantes dessa aliança.
quando se trata de escolher um no que tange a fatores como
prestador de serviços. Pois a seriedade e atenção ao Tenha uma ótima leitura!
“qualidade”, mal interpretada consumidor. Faz pensar que
por uma indicação sem todo o trabalho desenvolvido
critérios, pode se tornar o até hoje valeu a pena. Para
reverso do que se busca. nós, para as oficinas que têm
A “Oficina Certificada Quatro acreditado nos benefícios que
Rodas” é uma evolução, no que a certificação oferece, e para
diz respeito a essas referências, seguradoras e proprietários de
em relação a trabalhos de veículos, que contam com um
consultoria e avaliação que já guia que dá aval e norte a suas José Aurelio Ramalho,
foram amplamente discutidos escolhas. Diretor de operações do CESVI BRASIL
nesta revista. Começaram com Confira todas as informações
a avaliação de oficinas realizada sobre esse novo
pelo CESVI desde a década estágio da
passada, passaram a integrar a certificação
expertise do IQA no assunto e, na matéria
agora, vêm agregar o poder de
comunicação ao consumidor,
SIGA O
representado pela revista
Quatro Rodas. CESVI
NO TWITTER
www.twitter.com.br/cesvibrasil
4 Índice

6 Segurança viária
CESVI lança levantamento de fatalidades no trânsito brasileiro durante a Semana Nacional de Trânsito.

10 Segurança viária
Estudo do CESVI aponta que tapetes automotivos podem influenciar na dirigibilidade do veículo.

14 Matéria de capa
Revista Quatro Rodas associa sua marca à certificação de oficinas realizada pelo CESVI com o IQA.

19 Espaço aberto
Neival Freitas, diretor da FenSeg, fala sobre o Guia de Boas Práticas para o setor automotivo.

20 Números de mercado
Estatísticas do desempenho global do setor automotivo.

22 Entrevista
Sérgio Berezóvsky, diretor de redação de Quatro Rodas, fala sobre a associação de marca à certificação de oficinas.

24 Sistemas de segurança
Jamer é arma na mão no bandido

26 Sistemas de segurança
Diminuindo gastos com o software de gestão de frotas.

30 Chega de Acidentes!
Portal do movimento na Internet é reformulado, oferecendo mais conteúdo.

31 Acontece
Série Circulando é premiada pela CET.

A Revista CESVI é uma publicação do CESVI BRASIL S/A - Centro de Experimentação e Segurança Viária - voltada para profissionais do setor de reparação de veículos e dos mercados segurador e
automotivo em geral. Não está autorizada nenhuma reprodução dos artigos e referências publicados nesta Revista sem prévia autorização deste Conselho Editorial. “Os espaços publicitários desta
publicação são pagos. Portanto, o CESVI BRASIL não se responsabiliza pelos anúncios aqui publicados, já que conteúdo, informações técnicas (natureza, características, qualidade,
quantidade, propriedades, origem, preço) e quaisquer outros dados sobre os produtos e serviços anunciados são fornecidos com exclusividade pelos nossos anunciantes.”

Diretor-presidente: Mauro Batista Impressão: Ipsis Gráfica e Editora Ltda.


Conselho Editorial: Tiragem: 4.500 exemplares
José Aurelio Ramalho, Eduardo Augusto dos Santos, Eduardo Magrini Publicidade: Fone: (11) 3948-4841
e Alexandre Carvalho dos Santos E-mail: publicidade@cesvibrasil.com.br
Editor: Alexandre Carvalho dos Santos (Mtb. 44.252) Assinatura e números atrasados:
Colaboradores desta edição: Carolina Circelli e Leila de Oliveira Silva
André Luís Horta Silva, Bruno Ramos, Daniel Araujo Filipe, Redação:
Fernanda Mendonça, Gerson Burin, José Antonio Oka, Neival Freitas, Av. Amador Aguiar, 700 - City Empresarial Jaraguá
Patrícia Martins Gejer e Paulo Roberto Weingärtner Junior. CEP 02998-020 - São Paulo, SP
Fotos: Alexandre Martins Xavier (Mtb. 30.982) Fone: (11) 3948-4800 - Fax (11) 3948-4848
Direção de arte: Silvana Meei Yi Tai - Yes!Brasil Comunicação E-mail: revista@cesvibrasil.com.br
www.cesvibrasil.com.br

4 Expediente
6 Segurança viária

Por
ALEXANDRE CARVALHO DOS SANTOS Editor
Colaborou
FERNANDA MENDONÇA Comunicação

Semana
Nacional
de Trânsito
Em linha com a filosofia de

segurança no trânsito, da semana

promovida pelo Contran, CESVI

lança pesquisa sobre mortalidade em

acidentes de trânsito e vídeo educativo

sobre cadeirinha para transporte de crianças

Selo da campanha
Revista CESVI 7

P
elo menos uma vez por ano, as atenções do Foco nas crianças
País se voltam para um tema que deveria Atenção semelhante precisa ser dada à cadeirinha
ser prioridade o ano todo: a segurança para crianças. Segundo dados do mesmo Denatran, os
em nossas vias. Trata-se da Semana acidentes de trânsito representam a principal causa de
mortes de crianças de 1 a 14 anos no Brasil. Em 2008,
Nacional de Trânsito, promovida
foram registradas 22.472 vítimas não fatais com até
pelo Contran (Conselho Nacional 12 anos de idade, e 802 vítimas fatais na mesma faixa
de Trânsito), sempre no etária. “Neste caso, é exatamente o uso do dispositivo de
período compreendido retenção, popularmente conhecido como bebê conforto,
entre os dias 18 e 25 cadeirinha ou assento de elevação, que pode diminuir
de setembro. drasticamente as chances de lesões graves, e de morte,
no caso de uma colisão”, enfatiza Alfredo Peres da Silva.
Todo ano, um tema é O diretor do Denatran ainda lembra que o uso do cinto
escolhido para nortear comum não é a forma mais segura para crianças em
campanhas e ações em veículos, pois foi desenvolvido para pessoas com, no
prol da conscientização mínimo, 1,45m de altura.
relacionada ao trânsito. Desde 1º de setembro deste ano, transportar criança
Durante a semana, além sem o assento adequado para cada idade é infração
do governo, empresas e gravíssima de trânsito, valendo multa de R$ 191,54,
além de sete pontos na carteira (veja as regras para o
entidades promovem diversas
transporte de crianças em quadro nesta matéria). A
atividades que dão à segurança fiscalização, que originalmente começaria no dia 7 de
no trânsito a notoriedade que ele junho, foi adiada para o começo de setembro para que
sempre mereceu. os condutores tivessem mais tempo para adquirir as
Em 2010, não foi diferente. O tema cadeirinhas, que estiveram em falta no mercado, devido
à súbita demanda.
selecionado foi cinto de segurança e
cadeirinha para o transporte de
Livreto aborda sistemas de segurança
crianças no carro. E a escolha não Cinto e cadeirinha são assuntos que o
poderia ter sido mais acertada. A CESVI vem abordando já há algum tempo.
falta de uso do cinto está entre os cinco Em linha com o tema da Semana Nacional
fatores que mais causam mortes e lesões de Trânsito, o movimento Chega de
no trânsito, segundo a Organização Acidentes! produziu, recentemente,
Mundial de Saúde (OMS). No Brasil, de um livreto com foco nesses temas.
“Recursos que salvam vidas” é uma
acordo com uma pesquisa da Sociedade
publicação que aborda a importância
Brasileira de Ortopedia e Traumatologia desses equipamentos de segurança
(SBOT), embora 88% dos ocupantes dos e os riscos de quem não os utiliza no
bancos dianteiros utilizem o cinto, só 11% veículo, além de discorrer sobre o uso
dos passageiros têm a mesma preocupação do airbag. O livreto ainda aborda os
no banco de trás. Além disso, o Denatran mitos relacionados a esses sistemas
na seção “Corrigindo pensamentos
(Departamento Nacional de Trânsito)
imperfeitos”. Confira alguns exemplos:
realizou em 2009 um levantamento de dados 3 Não preciso usar o cinto quando estou em
constituídos a partir da pesquisa “A balada, a baixa velocidade.
carona e a Lei Seca”, em seis capitais brasileiras, Mesmo nesta condição, o impacto de ocupantes
que chegou a esta alarmante constatação: apenas soltos dentro do carro pode ser proporcional a 20
dois em cada dez jovens do ensino médio sempre ou 30 vezes o seu peso, tornando-se fatal.
usam o cinto de segurança. 3 Só vou até a padaria, não preciso colocar o cinto
até lá.
“Trabalhar pela utilização do cinto de segurança A maior parte dos acidentes ocorre perto da
é um desafio”, afirma Alfredo Peres da Silva, residência da vítima, pois é quando ela está
diretor do Denatran. “É um compromisso a ser mais desatenta.
assumido por todos os profissionais da área. Além 3 Meu filho está mais seguro no meu colo que nesses
equipamentos.
de diminuir a taxa de mortalidade em acidentes, o
De jeito nenhum. Com a força do impacto de uma
cinto de segurança reduz a severidade das lesões batida, o peso da criança é multiplicado e pode
sofridas pelos ocupantes do veículo em uma colisão. chegar a toneladas. Não há mãe ou pai que consiga
Acrescenta-se ainda que o cinto evita a ejeção de segurar a criança nessa eventualidade e evitar que
condutor e passageiros do veículo, consequência se choque contra as partes internas do veículo ou
comum em capotamentos”, explica. contra outros passageiros.
8 Segurança viária

Uma realização que contou com apoio


da Experiment Motors e da Fundación
Mapfre, o livreto está disponível para
REGRAS PARA O TRANSPORTE DE CRIANÇAS
leitura no site do Chega de Acidentes!: Confira abaixo como as crianças devem ser transportadas nos veículos,
www.chegadeacidentes.com.br segundo o Contran:
Q As crianças menores de dez anos devem ser transportadas
Ensinando a proteger no banco traseiro dos veículos utilizando equipamentos
Outro trabalho de extrema importância de retenção.
lançado pelo CESVI durante a Semana Q As crianças de até um ano de idade deverão ser transportadas
Nacional de Trânsito foi um vídeo com
no equipamento denominado conversível ou bebê conforto;
conteúdo educativo para famílias sobre a
crianças entre um e quatro anos em cadeirinhas e de quatro
importância dos dispositivos de retenção
para crianças. a sete anos e meio em assentos de elevação.
Produzido em parceria com a Sete Q A Resolução do Contran não exige o selo do Inmetro para os
Produções, o vídeo é uma animação com equipamentos utilizados no transporte de crianças.
duração de cinco minutos, que aborda
Q No caso da quantidade de crianças com idade inferior a dez
o cotidiano de uma família que aguarda
o nascimento do filho. Além de todos os anos exceder a capacidade de lotação do banco traseiro, é
preparativos necessários para a chegada permitido o transporte da criança de maior estatura no banco
do bebê, a família já se preocupa em ter dianteiro, desde que utilize o dispositivo de retenção.
o dispositivo de retenção adequado para Q No caso de veículos que possuem somente banco dianteiro,
o transporte da criança. No decorrer da também é permitido o transporte de crianças de até dez anos
animação, um boneco alerta os pais para
de idade, utilizando sempre o dispositivo de retenção.
os cuidados nesse tipo de transporte.
Dessa maneira, o centro de pesquisa Q Para o transporte de crianças no banco dianteiro de veículos
contribui para a disseminação de que possuem airbag, o equipamento de retenção de criança
informações técnicas para a sociedade, deve ser utilizado no sentido da marcha do veículo. Neste
a fim de proporcionar um trânsito mais caso, o equipamento de retenção de criança não poderá
seguro para todos. possuir bandejas ou acessórios equivalentes, e o banco deverá
Você pode conferir o vídeo neste link: ser ajustado em sua última posição de recuo, exceto no caso
www.cesvibrasil.com.br/seguranca/
de indicação específica do fabricante do veículo.
campanhas_cadeirinha.shtm
Q No caso de motocicletas, motonetas e ciclomotores, o Código
de Trânsito Brasileiro estabelece, no artigo 244, inciso V, que
somente poderão ser transportadas nestes veículos crianças
a partir de sete anos de idade e que possuam condições de
cuidar de sua própria segurança.
Q Quem descumprir as normas referentes ao transporte de
criança está sujeito a penalidade prevista no artigo 168 do
Código de Trânsito Brasileiro, que considera a infração
gravíssima e prevê multa de R$ 191,54, sete pontos na
Carteira Nacional de Habilitação e a retenção do veículo
até que a irregularidade
seja sanada.
Revista CESVI 9

PESQUISA ABRANGENTE SOBRE MORTALIDADE


NO TRÂNSITO BRASILEIRO
Aproveitando a ocasião crescimento, cerca de 50% em seis de acidentes de trânsito, com
pertinente da Semana Nacional anos, as fatalidades voltaram ao resultados positivos. É importante
de Trânsito, o CESVI BRASIL ainda patamar pré-CTB – uma década que as ações positivas sejam
lançou duas novidades associadas de retrocesso. multiplicadas com o intuito de
à informação e à conscientização Nas análises da mortalidade mitigar o número de mortes no
quanto à segurança de trânsito. por tipo de vítima, a pesquisa trânsito brasileiro.
Uma delas foi o lançamento da rastreou as categorias de tipos
pesquisa “Levantamento e análise de vítimas como pedestres, Lei Seca
da mortalidade decorrente de ocupantes de veículos, ciclistas, Mesmo com o crescimento da
acidentes de trânsito no Brasil”. É a motociclistas e ocupantes de frota de veículos nos últimos
primeira parte de um trabalho que triciclos nos períodos entre os anos, algumas ações que foram
detalha e compara as informações anos de 2000 e 2007, e entre adotadas contribuíram para
sobre mortalidade por Estados 2007 e 2008. que o número de acidentes
brasileiros, no período de 1996 a não aumentasse de forma
2008, em conjunto com números Motociclistas em risco exorbitante. Em relação ao efeito
oficiais divulgados sobre frota de Pelos dados obtidos entre 2000 da Lei Seca, é essencial salientar
veículos e população. e 2007, percebe-se o enorme que o apontamento da queda de
Entre os destaques da pesquisa, aumento que ocorreu entre 2% no total das fatalidades deve
está a constatação de que o motociclistas, cujas vítimas ser considerado com ressalvas,
maior pico de mortalidade no multiplicaram por 3,2, passando pois, como já citado acima,
trânsito aconteceu em 2007, com de 2.492 para 8.118. O segundo os dados de 2008 são ainda
a dramática marca de 37.407 tipo de vítima com maior preliminares. De qualquer forma,
vítimas fatais, com uma taxa de aumento foi o de ciclistas, com essa ação pode representar o
19,9 mortes/100 mil habitantes. mais de 100%, de 789 para 1.649. início de um novo período de
No período de 2007 a 2008, No estudo por faixa etária, os queda das vítimas no trânsito,
houve um aumento de 66% no resultados evidenciam que as o que dependerá da atenção
índice de mortes no trânsito de fatalidades no trânsito são em e recursos que o País, cada
pessoas na faixa de 40 a 59 anos. maior número entre as pessoas estado e município dedicarem
Dados preliminares dessa pesquisa de 20 a 39 anos, mais de 45% do efetivamente à questão. Assim
mostram que, com a vigência da Lei total, com aumento de mais de como no período do início do
Seca, alguns Estados registraram 32%, de 2000 a 2007, quando CTB, apesar dos resultados
redução de até 30% no número de passaram de 12.857 a 16.996. preliminares, percebe-se que o
fatalidades no trânsito – foi o caso Conforme as observações nos efeito nos Estados também não
do Rio de Janeiro. dados por faixa etária das vítimas, foi uniforme, podendo também
No levantamento, também foi a pesquisa verificou que, entre indicar a maior facilidade ou
verificado um forte impacto os anos de 2007 e 2008, a que dificuldade que cada um está
na diminuição de vítimas com obteve maior aumento foi a enfrentando para implantar uma
o início da vigência do Código de 40 a 59 anos. Em 2007 os fiscalização efetiva.
de Trânsito Brasileiro, com a números eram de 5.790 vítimas
redução de 13% nas fatalidades e chegaram, no ano de 2008, à
somente no primeiro ano. Esse marca de 9.599 fatalidades, um
efeito não foi uniforme em todos aumento nesta categoria de 66%.
os Estados, o que exigiria uma As estatísticas apontam a
pesquisa específica para entender gravidade da situação entre os
os motivos. Dentre as razões, períodos pesquisados. Apesar dos
poderiam ser relacionadas, números serem preocupantes,
entre outras, a maior rapidez ou sabe-se que ações foram
demora em preparar e realizar realizadas nesse período para a
a fiscalização das infrações de diminuição do número de vítimas
acordo com as novas regras
estabelecidas pelo código. Os
dados também mostram que
nos anos 2000, quando a frota CONFIRA!
brasileira apresentou um forte A pesquisa “Levantamento e análise da mortalidade decorrente de acidentes de
trânsito no Brasil” está disponível para consulta no site do CESVI: http://www.
cesvibrasil.com.br/seguranca/biblioteca_dados.shtm#mortalidade
10 Segurança viária

Por
DANIEL ARAUJO FILIPE Pesquisa & Desenvolvimento

Tapete do carro pode


Estudo do CESVI aponta riscos de interferência
do tapete automotivo na condução do veículo

N
o primeiro semestre deste ano, a Toyota anunciou um recall que chamou a
atenção da mídia especializada por um dos motivos: a interferência dos tapetes
internos do veículo no pedal do acelerador, capaz de provocar acidentes.
Sempre em linha com as preocupações contemporâneas relacionadas à
segurança viária e veicular, o CESVI BRASIL desenvolveu uma metodologia
de testes, com o objetivo de identificar o nível de interferência dos tapetes
de veículos comercializados no Brasil – e, assim, avaliar os riscos do uso de
tapetes inadequados aos veículos.
Muitas vezes, na compra do carro novo, o cliente recebe o tapete como brinde,
ou precisa comprar o tapete à parte. Esse item “adicional” seria perfeitamente
adequado ao veículo comprado? E o que isso pode refletir na segurança?
A análise feita se estendeu à interferência nos pedais do acelerador, do freio e
da embreagem, tornando possível determinar a interferência de cada tapete
na dirigibilidade. Entre os destaques do estudo, o CESVI identificou que 59%
dos tapetes automotivos interferem na alavanca do pedal, fator que prejudica a
dirigibilidade do veículo. Ao todo, foram analisados 37 conjuntos “carro + tapete”.
A revista Quatro Rodas, em sua edição de agosto, publicou uma matéria com
base nos resultados do estudo, chamando a atenção do consumidor
final para esses riscos que, geralmente, passam
despercebidos.

Resultados do estudo
Para se chegar ao nível de interferência Fixação dos tapetes Informações no veículo
na dirigibilidade, o CESVI analisou os Como é feita a fixação do tapete A forma de fixação ou de
seguintes aspectos: Forma de fixação, em relação ao assoalho? Há quatro posicionamento dos tapetes deve ser
informações do veículo, área de possibilidades no que diz respeito a claramente informada ao motorista.
cobertura do tapete, travamento dos este fator: Tapetes sem fixação/ fixados Estas informações podem estar no
pés, posição do tapete em relação aos por meio de presilhas/ fixados por manual ou em etiquetas distribuídas
pedais, curso dos pedais, interferência velcro / fixados por velcro e presilha. internamente no veículo. No entanto,
do tapete na alavanca dos pedais, Este último caso representa a melhor a grande maioria dos veículos
coeficiente de atrito, movimentações do condição de fixação. analisados não tinha nenhuma
tapete e risco de deformações. Porém, entre os carros avaliados, 65% informação sobre isso.
A seguir, acompanhe a análise não possuem nenhum tipo de fixação.
do CESVI em relação a cada um
desses fatores, apontando para uma
realidade de mercado no que diz
respeito aos tapetes automotivos
disponíveis no Brasil.
Revista CESVI 11

afetar dirigibilidade

Área de cobertura do tapete Travamento dos pés Posição do tapete em relação aos pedais
Para identificar o ajuste ideal do A área de cobertura do tapete Tapetes que terminam antes de adentrarem por
tapete no carro, o CESVI comparou também pode fazer com que os baixo dos pedais proporcionam maior risco de
a área ocupada pelo tapete em pés do motorista se enrosquem travamento, já que, caso escorreguem para a
relação ao assoalho do veículo. no tapete automotivo. Aqui, o frente numa situação de frenagem, podem subir
Tapetes incompatíveis com a área resultado foi positivo, sendo sobre os pedais. A opção mais segura é quando
do assoalho podem dificultar a que a maioria dos tapetes não os tapetes se estendem para a parte de baixo
movimentação do motorista. O travou os pés do motorista nos dos pedais, pois a própria estrutura do pedal
CESVI identificou que, em 32% dos estudos realizados. impede que o tapete suba, travando-o.
casos, a cobertura é inadequada.
12 Segurança viária

Curso dos pedais Coeficiente de atrito Risco de deformações


O CESVI avaliou o curso total dos Trata-se de um fator determinante Quanto maior a chance do tapete
pedais do veículo. Caso o pedal chegue para que o tapete não fique se formar ondas, maior o risco de
a encostar no assoalho, a possibilidade movimentando indevidamente interferência nos pedais. Neste caso, a
de se prender ao tapete será maior. Isso pelo assoalho do veículo. Neste maioria dos tapetes analisados não é
acontece em 33% dos casos analisados. caso, elaborou-se um método de suscetível a ondulações.
comparação. A análise mostrou que há
grande variedade no que diz respeito
ao atrito, com diferenças relevantes
entre o coeficiente mínimo e o máximo.

Movimentações e torções
A possibilidade do tapete se deslocar
por sobre os pedais, em virtude do
esforço aplicado pelo pé de apoio
Interferência na alavanca
dos pedais
TESTE SEU TAPETE
do motorista, é fator de risco para a É mais um problema relacionado ao
dirigibilidade. Esse deslocamento tem pedal. O CESVI avaliou se o tapete Empresas interessadas em
mais chances de ocorrer no momento interfere, ou não, no movimento
em que o motorista entra e sai do da alavanca dos pedais. E 59% dos obter mais informações
veículo. O CESVI realizou testes para tapetes interferem. sobre a pesquisa realizada
identificar a resistência do tapete
contra essas movimentações e concluiu pelo CESVI ou ter seus
que há 43% de tapetes bastante tapetes automotivos
suscetíveis à movimentação.
testados pelo CESVI BRASIL
podem entrar em contato
com Edson Mendes:
emendes@cesvibrasil.com.br
14 Matéria de capa

Por
ALEXANDRE CARVALHO DOS SANTOS Editor

Revista de maior circulação do meio automotivo associa-se

M
elhorar a qualidade do reparo que sindicatos e associações formassem
automotivo que se faz no País convênios com o CESVI, por verem no centro
foi, desde o primeiro momento, de pesquisa um aliado das oficinas.
um dos principais objetivos do CESVI Esta aceitação foi intensificada quando, em
BRASIL. Sua classificação de oficinas, 2008, o CESVI formou uma aliança com o IQA
que teve início ainda em 1998, foi um (Instituto da Qualidade Automotiva). Com
divisor de águas no mercado reparador, isso, além de agregar o know-how do IQA na
por introduzir conceitos de modernidade qualificação do setor, a classificação ganhou
aos quais as oficinas brasileiras ainda não status de certificação. Este segundo passo fez
estavam acostumadas. Novos processos, com que o trabalho trouxesse mais benefícios
equipamentos de primeira qualidade, para as oficinas, que passavam a contar com
prevenção ao desperdício e ao retrabalho, um aval de qualidade ainda mais forte.
precisão na elaboração de orçamentos... Agora, no segundo semestre de 2010, a
Mais do que tudo, as empresas perceberam certificação dá seu passo mais ousado,
que a competitividade exigia qualificação. agregando à sua força toda a tradição
E que o consumidor, cada vez mais bem da marca Quatro Rodas – publicação que
informado e sendo capaz de comparar, acaba de completar 50 anos e é uma
acabaria fazendo a seleção dos melhores. referência na indicação de produtos e
O êxito foi tamanho que não demorou para serviços para o consumidor.
Revista CESVI 15

Certificação
de oficinas
ganha a marca
Quatro Rodas

a CESVI e IQA para indicar oficinas ao consumidor

“É um orgulho, constatar que estamos sempre Oficinas e clientes em contato direto


A partir de agora, as reparadoras aprovadas na análise
associados a parceiros desse nível”, afirma
feita pelo CESVI e o IQA recebem a classificação de
José Aurelio Ramalho, diretor de operações “Oficina Certificada Quatro Rodas”, associando sua
do CESVI. “O interesse da Quatro Rodas em visibilidade à de uma marca amplamente reconhecida pelos
proprietários de veículos. Recebem também uma placa e
fazer este trabalho conosco está baseado num
banners com esta identificação, para que o consumidor
histórico muito bem sucedido de trabalhos possa, de pronto, reconhecer
conjuntos. Oficinas, seguradoras e proprietários uma prestadora de serviços
diferenciada assim que entra
de veículos vão ter benefícios diretos com esta
com o carro na oficina.
nova fase da certificação”. Além disso, ficou muito mais
“Demos um passo muito importante com fácil para o consumidor,
encontrar uma oficina de
a parceria realizada com o CESVI e, agora, qualidade perto da sua casa,
estamos ampliando a dimensão do alcance ou especialista no serviço
de que ele precisa. Pois as
deste trabalho, por meio da aliança com
reparadoras aprovadas serão
a Quatro Rodas”, avalia Alexandre Xavier, divulgadas nas páginas da
gerente de negócios do IQA. “Assim, revista Quatro Rodas, que
tem uma tiragem mensal
aumentamos a satisfação do consumidor
de 192 mil exemplares,
com os serviços que ele tem à disposição com circulação em todo
no mercado”. o Brasil.
16 Matéria de capa

Além do site do CESVI, em que as Benefícios


certificadas já eram expostas, agora as A nova fase da certificação só traz benefícios
oficinas têm um espaço na Internet criado para os diversos setores envolvidos com o
pela Quatro Rodas especialmente para que reparo automotivo. Confira!
o consumidor possa conferir detalhes das
oficinas aprovadas. O site www.quatrorodas. Oficinas
com.br/oficinacertificada revela detalhes de Obtêm uma visibilidade muito maior do seu
cada oficina, como a variedade de serviços trabalho, já que a marca Quatro Rodas é
As oficinas oferecidos, o horário de atendimento e até as muito conhecida por seus potenciais clientes.
condições de pagamento (se aceita cartão, se Tanto o site quanto a publicação são vitrines
parcela o pagamento do reparo, etc.). de primeira grandeza. E as mecânicas
certificadas Nunca antes, as oficinas capazes de prestar também passam a usufruir dos benefícios
serviços de excelência tiveram um canal de da certificação, um serviço com o padrão de
de cada comunicação tão forte com seus clientes em qualidade do CESVI e do IQA.
potencial.
mês serão “Com este projeto, a Quatro Rodas inaugura Seguradoras, locadoras e frotistas
uma nova fase de participação na vida Passam a contar com referências ainda
de sua audiência”, analisa Marcos Emílio mais evidentes para a escolha de suas
divulgadas Gomes, diretor do núcleo Motor Esporte da prestadoras de serviço. Além disso, no caso
Editora Abril. “Além de continuar testando, das seguradoras, sua indicação da oficina
na revista experimentando e analisando os veículos para o cliente ganha a credibilidade de uma
disponíveis no mercado, a revista passa marca que o consumidor já se acostumou a
Quatro Rodas a ceder seu título como um atestado de ver como guia: para a compra de carros, para
qualidade dos serviços que o proprietário de a escolha de hotéis e restaurantes, etc. Isso
um carro precisa utilizar”. minimiza o conflito com o segurado.

A vez das mecânicas Proprietários de veículos


Outra novidade da certificação foi a extensão Ganham um acesso mais facilitado à
do trabalho às oficinas mecânicas e aos centros informação sobre oficinas de qualidade,
automotivos – antes, o trabalho de análise contando com canais de comunicação
era especializado em funilaria e pintura. Essa que sempre fizeram parte de seus hábitos
ampliação do foco da certificação leva as de consulta. Esta facilidade permite
marcas Quatro Rodas, CESVI e IQA a mais identificar boas prestadoras de serviços,
prestadores de serviços, e vai ao encontro do com atendimento diferenciado, perto da
objetivo desses três parceiros, que é o de levar residência ou trabalho do consumidor. E
referências de qualidade para consumidores, dá a ele uma possibilidade de comparação
seguradoras, empresas de frotas e demais (de preço, de localização, de serviços
clientes das oficinas. oferecidos...) muito maior.

As pioneiras
ACS

Esse novo estágio da certificação começou


com um projeto piloto na região do ABC
de São Paulo. E, em setembro, as primeiras
Oficinas Certificadas Quatro Rodas receberam
suas placas de certificação: a ABC Pneus, de
Santo André, e a Maredu Serviços, de São
Caetano do Sul.
“Esta certificação certamente é um diferencial
Comunicação visual com banner na oficina; de grande importância em relação aos nossos
sinalizando para o cliente concorrentes”, afirmou Airton Scarpa Júnior,
Informe publicitário:
Revista CESVI 17
18 Matéria de capa

CONFIRA AS CERTIFICADAS
No site www.quatrorodas.com.br/oficinacertificada, você encontra todos os detalhes sobre a avaliação feita e sobre as oficinas
aprovadas. Em breve, o site apresentará, além das oficinas pioneiras do projeto, as informações das oficinas que
foram certificadas por CESVI e IQA nos últimos três meses. Mais informações sobre a
certificação: Luiz Menezes: lmenezes@cesvibrasil.com.br

diretor de operações da ABC Pneus, na REPERCUSSÃO


ocasião da entrega da placa. “O CESVI e o
IQA são entidades muito sérias, e a consultoria Procon-SP
que prestam na certificação vem ao encontro “Para o Procon-SP, o mercado como um todo deve garantir a
da nossa ambição de sempre oferecer o qualidade da prestação do serviço como regra, e não como exceção.
melhor aos nossos clientes, porque também Um selo de qualidade com este soma a informação de credibilidade
nos entendemos como uma empresa séria. E do certificador, lembrando que a qualidade da prestação de serviços
a Quatro Rodas é um símbolo que o dono do é direito garantido pelo Código de Defesa do Consumidor.”
carro conhece muito bem, tem uma tradição
de 50 anos e vai valorizar muito a divulgação Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP
do nível que atingimos com a certificação”. “O Sindirepa-SP apoia as iniciativas voltadas para a
A entrega da placa para a ABC Pneus já melhoria da qualidade dos serviços prestados pelas
reflete a ampliação do escopo do trabalho, já empresas de reparação de veículos e acredita que a certificação contribui
que se trata de uma empresa especializada para o aprimoramento do setor, além de oferecer segurança ao consumidor.
em serviços com pneus: troca, alinhamento, A publicação da certificação na revista Quatro Rodas, sem dúvida, é muito
balanceamento, cambagem, cáster... importante para que o consumidor tenha conhecimento desse trabalho que
Já a Maredu Serviços tem sua linha de atuação envolve a qualidade, bem como para que possa ter acesso às oficinas que
voltada para a mecânica do automóvel. Ou seja, participam do projeto. É uma forma de disseminar o conceito de certificação,
nenhuma das duas primeiras Oficinas Certificadas sendo um diferencial que o consumidor precisa conhecer.”
Quatro Rodas atua com funilaria e pintura.
“Eu já tinha interesse em homologar minha Neival Freitas, diretor da FenSeg
oficina com o IQA, e conhecia o trabalho “A associação da marca Quatro Rodas ao trabalho de
do CESVI pela colaboração do centro certificação certamente é um ganho para que o segurado
nas matérias da Quatro Rodas, da qual se sinta ainda mais orientado quanto às prestadoras de
sou assinante”, revelou Paulo Fiori Botion serviços em reparação que vai escolher. As seguradoras já indicam oficinas
Marino, proprietário da Maredu. “Então foi para seus segurados com base na qualidade dos trabalhos executados por
muito gratificante quando recebi o convite essas empresas e suas preocupação com o meio ambiente. Conceitos que são
e o desafio de ser um dos pioneiros dessa abordados na certificação realizada pelo CESVI com o IQA, demonstrando a
certificação. A marca Quatro Rodas, com afinidade entre a certificação e a preocupação do mercado segurador.”
certeza, vai chamar a atenção dos clientes
para os nossos serviços, o que me enche de Sérgio Reze, presidente da Fenabrave
boas expectativas”. “A certificação de oficina IQA-CESVI, que agora passa a se
chamar ‘Oficina Certificada Quatro Rodas’, será um balizador
importante para o consumidor poder verificar os padrões de
qualidade adotados pelas oficinas. A união de ícones em expertise automotiva,
como é o caso do IQA, CESVI e da revista Quatro Rodas será certamente um
diferencial para o mercado. Credibilidade entre avaliadores e avaliados reforçará
Divulgação

o conceito de qualidade estabelecido nas oficinas, e isso é positivo para todos.”

Airton Scarpa Júnior, da ABC Pneus, entre Alessandra Macêdo, coordenadora técnica da PRO TESTE
representantes do CESVI, do IQA e da Quatro Rodas “Em relação a uma certificação, entendemos que o prestador
de serviço, nesse caso as oficinas, que procura adequação a
determinados padrões de qualidade estabelecidos, seja em
procedimentos ou normas, possui a preocupação de atender seus consumidores
com qualidade e segurança. E isto é louvável. Porém, assim como outras
certificações, ela somente poderá ser mantida coerente em seus padrões se a
fiscalização for eficiente e eficaz. Dessa forma, concebemos que uma nova
certificação necessariamente deve vir conjugada a um processo de fiscalização
ACS

adequado, para garantir que o consumidor tenha acesso a um serviço confiável


Paulo Marino (2º da esq. para a dir.) e equipe da
Maredu com a placa de certificação nos critérios ao qual se estabelece.”
19 Espaço aberto

“GUIA DE BOAS PRÁTICAS” MATERIALIZA PRÁTICAS DAS


SEGURADORAS E AMPLIA CLAREZA DAS REGRAS
Por
NEIVAL FREITAS

A
Federação Nacional de de oficinas para fazer os reparos Preservação ambiental
Seguros Gerais (FenSeg) no seu veículo. A seguradora pode A publicação também evidencia
lançou em setembro seu oferecer ao associado reparação em que o compromisso com o meio
“Guia de Boas Práticas” para o seguro rede referenciada, com benefícios e ambiente entrou definitivamente na
automotivo. Mais do que uma carta de garantia de qualidade, mas a palavra agenda do setor segurador – e dos
recomendações para as seguradoras, a final sempre será do cliente. seus prestadores de serviços. O guia
publicação, que consumiu meses para Além do consumidor, a publicação determina que as seguradoras incluam
sua elaboração, materializa e torna traz recomendações para aprimorar nos contratos cláusulas que garantam
mais transparentes as práticas do setor. as relações das seguradoras com o compromisso com a preservação
A ideia do guia surgiu a partir corretores, fornecedores, prestadores de ambiental. Na prática, isso significa
de uma constatação: embora serviço, setor público, órgãos de defesa maior rigor na avaliação de toda
o setor segurador seja larga e do consumidor, órgãos de supervisão e a cadeia, como o impacto gerado
minuciosamente regulado por um controle e com outras empresas. pelos fornecedores de peças e sobre
ente federal (a Superintendência O guia traz também orientações práticas as práticas adotadas pelas oficinas
de Seguros Privados - Susep) e, no de combate à fraude; por exemplo, no (por exemplo, descarte de óleo e de
caso do seguro automotivo, também que diz respeito à venda de sucata. Para combustível).
pelo Conselho Nacional de Trânsito os veículos que renderam indenização Em síntese, o guia tem tudo para se
(Contran), faltavam instrumentos que integral a seus proprietários e que são tornar um marco, pois extrapola o
traduzissem as regras do jargão das irrecuperáveis, a orientação é que, após papel de manifesto das empresas
seguradoras, muito técnico e jurídico, dar baixa na documentação do veículo e ganha o status de importante
para o fácil entendimento de todos. no órgão de trânsito, as seguradoras ferramenta para aprimorar o seguro
Por isso, um dos objetivos da devam vendê-los como sucata, de automóveis, ao dar suporte
publicação foi o de ampliar a clareza obedecendo a uma das seguintes tangível para a avaliação dos serviços
das informações ao consumidor que alternativas: fazer a marcação das disponíveis no
adquire seguros sobre seus direitos e principais peças dos veículos vendidos mercado.
sobre a responsabilidade das empresas. nessas condições, discriminando-as em
Entre as orientações às empresas, o notas fiscais; ou vender a sucata como
“Guia de Boas Práticas” determina matéria-prima para reutilização por
que as seguradoras forneçam com parte da indústria siderúrgica.
rapidez e clareza respostas aos O intuito é criar mecanismos que
questionamentos dos segurados, inibam a utilização de notas fiscais de
sempre que possível no prazo máximo peças ou veículos vendidos legalmente
de cinco dias úteis (exceto nas para justificar peças frias, adquiridas
situações em que as informações não de forma irregular: quando a polícia
dependam apenas da seguradora). chega a um desmanche e encontra
O guia também reitera que é uma série de peças desmontadas, é
garantida ao segurado a livre escolha difícil atrelar a peça à nota. Com a
venda da sucata como matéria-prima
para as indústrias siderúrgicas, ou
com a venda das peças marcadas
e discriminadas em nota fiscais, o
problema deixa de existir.
Divulgação

Neival Freitas é diretor-geral da Federação


Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), entidade
voltada para os ramos do segmento denominado
“seguros de danos”, como o automotivo.
20 Números do mercado

Por
ALEXANDRE CARVALHO DOS SANTOS Editor

Vendas de carros
no mundo
Trânsito na Índia, um dos mercados
de veículos que mais crescem

Make Roads Safe

Relatório sobre desempenho global automotivo coloca o Brasil


em quarto lugar no acumulado de janeiro a agosto
Revista CESVI 21

N
o dia 30 de setembro, a Jato Dynamics, Sobe
empresa especializada em informações e desce
automotivas, lançou seu informe na América do Sul
com dados do desempenho global do setor Apesar da liderança folgada
do Brasil na América do Sul,
automotivo. Levando em consideração o Argentina e Bolívia tiveram índices de
acumulado de janeiro a agosto de 2010, a crescimento na faixa dos 20%.
Confira a seguir os países que mais e menos
China ainda é a líder disparada no mercado venderam veículos nesse período no continente,
automotivo, ultrapassando a marca de 8,4 somando carros de passeio e comerciais leves.
milhões de veículos (só de passeio). O país teve Sobe Jan-Ago 2009 Jan-Ago 2010 Variação %
crescimento de 42,1% em comparação com o BRASIL 1.915.440 2.076.837 8,4%
ARGENTINA 352.564 432.556 22,7%
mesmo período de 2009.
URUGUAI 11.862 12.185 2,7%
Em segundo lugar aparecem os Estados BOLIVIA 3.532 4.228 19,7%
Unidos, com aumento de 8,5%, e o Japão
em terceiro, com 7,4%. Desce Jan-Ago 2009 Jan-Ago 2010 Variação %
CHILE 114.604 103.716 -9.5%
Graças a um aumento de 8,4%, o Brasil COLÔMBIA 104.673 85.440 -18.4%
ultrapassou a Alemanha na comparação com o VENEZUELA 84.511 74.263 -12.1%
mesmo período do ano passado, assumindo o EQUADOR 52.945 39.066 -26.2%
PERU 44.159 36.689 -16.9%
quarto lugar no ranking do acumulado do ano, PARAGUAI 5.672 5.072 -10.6%
com mais de 2 milhões de veículos vendidos.
“Os BRICs continuam mostrando força, e a Índia
deve chegar de vez à sexta posição”, afirma Luiz
As dez maiores
Carlos Augusto, diretor da Jato Dynamics. Quanto às marcas, a Toyota manteve a liderança mundial
em vendas no acumulado entre janeiro e agosto de 2010,
seguida pela Volkswagen, que ultrapassou a Ford.

Vendas no Acumulado - Agosto 2010 10 maiores Jan-Ago Jan-Ago Variação %


marcas 2009 2010
China 42% 1º TOYOTA 3.223.384 3.710.395 15,1%
EUA 8,5%
2º VOLKSWAGEN 2.581.978 2.836.668 9,9%
Japão 21,9%
3º FORD 2.559.954 2.835.858 10,8%
Brasil 8,4%
4º CHEVROLET 1.871.608 2.333.063 24,7%
Alemanha -27,3% Jan - Ago 2010
5º HONDA 1.972.382 2.107.526 6,9%
França 5%
Índia 37,5% Jan - Ago 2009 6º NISSAN 1.692.023 2.044.201 20,8%
Itália -1,9% 7º HYUNDAI 1.661.927 1.904.592 14,6%
Grã-Bretanha 13,5% 8º FIAT 1.289.137 1.234.484 -4,2%
Rússia 13,9% 9º RENAULT 921.180 1.083.826 17,7%
1,5 3,0 4,5 6,0 7,5 9,0 (em milhões) 10º KIA 819.428 1.035.044 26,3%
22 Entrevista

Por
ALEXANDRE CARVALHO DOS SANTOS Editor

Levando a parceria a
um degrau
mais alto
Quando tivemos a ideia de
apontar as melhores oficinas,
imediatamente pensamos no
CESVI como um parceiro natural.
Chegamos à conclusão que não
fazia sentido desenvolver uma
metodologia se um parceiro tão
próximo já está qualificado para
fazer este trabalho

Sérgio Berezovsky
diretor de redação da revista Quatro Rodas

A
comodação não é com a Quatro Rodas. Tendo acabado de
completar 50 anos de existência, a revista continua procurando
inovar. E os proprietários de veículos só têm a ganhar com isso.
Uma das novidades mais importantes é o envolvimento da marca Quatro
Rodas com a certificação de oficinas realizada pelo CESVI em parceria com
o IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), assunto que você confere com
mais detalhes em nossa matéria de capa.
Um dos responsáveis diretos por esta associação da marca com a
indicação de oficinas de qualidade comprovada, Sérgio Berezovsky,
diretor desta redação da Quatro Rodas, recebeu a reportagem da
Revista CESVI para falar sobre os objetivos da sua publicação com
este trabalho. Um trabalho cujo alcance vai além do círculo de
leitores de revista cinquentenária, abrangendo todo dono de carro
(ou companhia de seguros, ou empresa com frotas) que busque
informações sobre oficinas realmente capazes e eficientes.
Se a palavra é inovação, o CESVI está junto com a Quatro Rodas neste caminho.
Revista CESVI 23

A Quatro Rodas é vista pelo leitor como um amigo


que gosta muito de carro. Um bom conselheiro, que
fornece informações valiosas nessa área

Como surgiu a ideia de envolver a marca da revista


com uma certificação de oficinas?
Foi apurando a existência da dificuldade de encontrar oficinas de confiança, que
preencham os requisitos que o dono de carro procura. Geralmente, as referências
das pessoas sobre oficinas são muito restritas, ficam muito na indicação de um
conhecido, algo sem muito critério. Ou, quando há um conjunto de informações,
falta um acesso mais fácil a elas. Com este envolvimento na certificação do CESVI e do
IQA, queremos mostrar que há uma variedade de boas prestadoras de serviços em reparação
que nosso leitor não conhece; e não só ele, mas qualquer dono de carro. Às vezes, há oficinas muito
bem estruturadas, mas que não ficam tão próximas à casa da pessoa. Ou há oficinas muito boas e próximas,
mas que a pessoa, por algum motivo, desconhece. O objetivo é facilitar esse acesso, oferecendo a divulgação e a
abrangência que a Quatro Rodas tem.

O que mais o consumidor ganha com essa divulgação?


Outro ponto muito importante é que, com as indicações em mãos, o consumidor conquista a possibilidade de
pesquisar preço. É fácil associar uma oficina mais vistosa a um custo maior e vice-versa. Sabendo que, na nossa
divulgação, ele estará vendo oficinas que contam com um padrão de qualidade, o proprietário de veículo poderá
procurar aquela que se encaixa dentro do orçamento dele. Ou seja, terá um panorama de ofertas de bons serviços
dentro de uma gama de preços.

Por que procurar o CESVI para essa parceria?


Quando tivemos a ideia de apontar as melhores oficinas, imediatamente pensamos no CESVI como um parceiro
natural. Por todo o conhecimento técnico do centro de pesquisa. Chegamos à conclusão que não fazia sentido
desenvolver uma metodologia desde o início, aprender sobre ela, errar com ela, se um parceiro tão próximo já está
qualificado para fazer este trabalho. Recorrer ao CESVI logo nos pareceu o caminho mais óbvio.

Esta “obviedade” está ligada a um histórico de trabalhos conjuntos?


Sem dúvida. O CESVI tem sido um parceiro constante da Quatro Rodas. Além dos trabalhos de rotina, como a
aplicação dos índices de visibilidade nos nossos comparativos, sempre recorremos ao centro quando há um teste de
produto. Vale destacar ainda estudos maiores, como a análise dos tapetes de carros, que publicamos recentemente
numa matéria baseada no trabalho desenvolvido pelos pesquisadores do CESVI. Somente graças à expertise do
CESVI, tivemos fundamentos para fazer essa matéria com a rapidez necessária, para esclarecer as dúvidas dos
leitores sobre a influência dos tapetes na condução de seus veículos.

O leitor já pedia essa indicação de oficinas?


Não diretamente. Mas a Quatro Rodas é vista pelo leitor como um amigo que gosta muito de carro. Um bom
conselheiro, que fornece informações valiosas nessa área. Já faz parte do escopo histórico da revista, ajudar a
comprar carro. Nossa edição “A Melhor Compra” é muito incisiva na parte do bolso do consumidor, ajudando a
pessoa a encontrar a melhor relação custo-benefício. Já a edição “Os Eleitos” reflete a própria opinião dos donos
dos carros. Então, isso faz parte do dia a dia da revista. Faltava justamente uma prestação de serviços maior
nesse setor das oficinas. Nosso caderno de “Auto Serviço”, de certa forma, é que cumpria esse papel. Mas agora
seremos mais fortes nessa indicação das oficinas por meio da parceria com o CESVI e o IQA.

A novidade tem a ver com os 50 anos da revista?


Faz parte da fórmula de sucesso da Quatro Rodas, essa inquietação, que é o segredo de toda juventude. Depois
de 50 anos, até seria natural mostrar sinais de cansaço ou rabugice. Mas tenho certeza de que não é a situação
da Quatro Rodas. Os 260 mil exemplares vendidos da edição de aniversário provam essa vitalidade e esse
interesse por parte dos leitores. Você vê que, ao longo da trajetória da revista, a publicação não mudou tanto
na essência. A Quatro Rodas vive uma renovação constante, mas é renovação, não revolução. É claro que teve
modificações, mas sempre seguindo uma linha, apenas aprimorando o que a Quatro Rodas já faz muito bem.
24 Sistemas de segurança

Por
BRUNO RAMOS e ANDRÉ OLIVEIRA Certificação

er é arma na mão do ban


Jamm dido

Dispositivo que bloqueia comunicação dos rastreadores já é vendido


até no comércio popular. Ladrões de carros e cargas agradecem

H
oje em dia, com a evolução das comunicação de um determinado local,
ferramentas disponíveis para gestão como para bloquear toda a telefonia
de frota e recuperação de veículos, os móvel de uma região. Inicialmente seu uso
meliantes são obrigados a se tornarem-se técnicos era restrito a ações militares (surgiu para
especializados ou, pelo menos, conhecedores operações do exército israelense), porém,
das tecnologias disponíveis no mercado. Este com sua popularização, passou a ser usado
conhecimento precisa abranger como é a em cadeias públicas, presídios e locais de
instalação do sistema de rastreamento, nos realização de concursos, e mesmo em ações
mais diversos veículos da frota brasileira, até as de contraespionagem, para evitar a gravação
possíveis maneiras de burlar esse rastreamento. de uma conversa, por exemplo. Ou seja, seu
Há no mercado um equipamento bloqueador funcionamento proporciona segurança de
que consegue interferir de forma destrutiva informação em ambientes restritos.
em cada operação específica, impedindo a Infelizmente, quando sua venda chegou a
comunicação com a central de monitoramento mercados populares dos grandes centros
por meio de telefonia móvel. Este bloqueador urbanos (em São Paulo, é fácil encontrar
é mais conhecido como jammer. Trata-se o equipamento na Rua 25 de Março), o
de um dispositivo cuja utilização é proibida equipamento começou a ser usado por gente
no país. O CESVI adquiriu o equipamento com as piores intenções. Hoje vemos o uso deste
para o desenvolvimento de pesquisas por dispositivo para o roubo de veículos e cargas
meio de documento de autorização do DEIC nas principais capitais – algo possível já que
(Departamento de Investigações sobre o os princípios de comunicação dos sistemas de
Crime Organizado). rastreamento de veículos são, em sua maioria,
O jammer foi desenvolvido para aplicações baseados nos mesmos princípios dos sistemas
que exijam o bloqueio do sistema de atuais de telefonia móvel.
Revista CESVI 25

Uso no roubo de veículos Por isso, assim que o jammer deixa TIPOS DE
e cargas de atuar, o equipamento emite
Como a maioria dos sistemas de imediatamente um sinal registrando a BLOQUEADORES
rastreamento de veículos opera pela localização do veículo. O que obriga o Dependendo dos sistemas de
comunicação móvel celular, o sistema bandido a ser rápido. comunicação empregados, há
de bloqueio mais utilizado pelos operações diferentes de bloqueio,
criminosos é o de ruído em banda larga Corrida tecnológica entre como as seguintes:
– BBN (Boardband Noise Jamming) –, mocinhos e bandidos
em que um circuito interfere nas bandas Bloqueio com ruído em banda larga
As empresas fabricantes de
de comunicação presentes na telefonia – BBN (Boardband Noise Jamming)
equipamentos de rastreamento já estão
móvel nacional. Funciona com a emissão de ruídos
tomando providências, desenvolvendo
O jammer realiza uma interferência em banda completa, sendo usado,
produtos cada vez mais imunes à ação
(perturbação) entre o veículo e a geralmente, em pontos onde a
dos bloqueadores, além de estratégias
antena da operadora – o que provoca frequência é desconhecida. É o tipo
visando a um autogerenciamento
a perda da comunicação com a de bloqueio mais usado no roubo e
do equipamento, para que ele tome
rede de telefonia móvel. No seu carga de veículos, já que independe
decisões que revertam a situação de
telefone celular, quando uma situação de um conhecimento específico da
fragilidade imposta pelo jammer.
dessas ocorre, o display apresenta frequência usada pelo rastreador. Sua
Vale também lembrar que, por outro
as seguintes mensagens: “fora de atuação é muito abrangente, já que
lado, nem todos os rastreadores do
serviço”, “procurando rede”, ou algo os rastreadores trabalham com todas
mercado são baseados em comunicação
similar que evidencie que o aparelho as operadoras de telefonia. O ponto
móvel celular. Tecnologias como
está sem comunicação. É quando o negativo (para
radiofrequência (RF) ou comunicação
aparelho fica inoperante, e o infrator os bandidos)
via satélite são opções que evitam
pode definir uma rota para o veículo, é que tal
uma interferência de jammer, que
Jammer usado abrangência
sem que a central de monitoramento afeta somente a comunicação móvel para bloqueio
possa rastreá-lo. em banda larga
chama maior
celular. Equipamentos híbridos,
Alguns equipamentos atuais são atenção.
que operam com vários tipos de
inteligentes a ponto de perceberem tecnologia de comunicação móvel,
a interferência e trocarem o tipo de Bloqueio com ruído em parte da
e dispositivos capazes de perceber a
comunicação – ou simplesmente banda – PBN (Partinal-band Noise
ação dos bloqueadores já podem ser
tomarem uma decisão, com base Jamming)
considerados uma realidade.
na estratégia de segurança de sua O bloqueio é feito apenas em uma
Apesar da ação do jammer, o cenário é
tecnologia embarcada, fazendo parte da banda de frequência do
favorável para as empresas preocupadas
assim um autogerenciamento. Isto canal de comunicação. Porém, para
com a atualização tecnológica de seus
proporciona grandes chances de este tipo de bloqueio, deve-se ter um
equipamentos. Mas é uma corrida em que
recuperação do veículo sinistrado, prévio conhecimento do espectro do
o competidor correto não pode parar.
mesmo sob a ação de um jammer. sinal a ser bloqueado.
O tempo de desarme do equipamento
rastreador e a localização do veículo Bloqueio com ruído em banda
sinistrado são fatores fundamentais estreita – NBN (Narrowband Noise
para o sucesso do roubo. No Jamming)
funcionamento normal, um rastreador O sinal de bloqueio é inserido em
emite sinais para antenas com um um único canal do sistema, sendo
determinado intervalo. No entanto, aplicado mediante a necessidade
quando há comunicação de um roubo, de direcionamento de um canal
a empresa faz com que o equipamento especifico. Para este bloqueio, deve-
Jammer com
emita o sinal com um intervalo muito variedade de se ter um prévio conhecimento do
menor (por exemplo, de um intervalo
opções de número do celular e da operadora. Ou
bloqueio seja, é uma operação “cirúrgica” de
normal de 5 minutos, pode cair para
30 segundos). roubo, por atrapalhar especificamente
a comunicação da vítima.

(detalhe) Outros
Além das alternativas acima, há
outros tipos de bloqueios utilizados
DESMANCHES TÊM JAMMERS para aplicações mais específicas,
Segundo profissionais de equipes de pronta-resposta ouvidos pela reportagem, gente que demandam maior investimento
que atua na localização de veículos roubados, os desmanches que recebem produto de em dinheiro, como para fins
roubo já tem os equipamentos de bloqueio de comunicação instalados em sua estrutura. militares. Exemplos: Bloqueio por
E a criatividade dos criminosos não tem limites. Alguns já instalam o jammer no porta- tom, por varredura, por pulso
malas do veículo roubado, para que o equipamento seja confundido com um módulo (que atrapalha, mas não corta a
de som, caso o carro passe por uma blitz da polícia. comunicação), etc.
26 Sistemas de segurança

Por
BRUNO RAMOS e PAULO ROBERTO WEINGÄRTNER JUNIOR Certificação

gestão de frotas

Diminuindo gastos com o software de

Conheça os benefícios do sistema e a avaliação que o CESVI realiza


na certificação desse tipo de software

D
esde o início dos trabalhos com sistemas de Benefícios para as empresas de frota
monitoramento de veículos, em meados Os usuários das novas ferramentas podem obter uma série de
de 1994 no Brasil, até os dias de hoje, o benefícios com as possibilidades dos softwares de gestão de
equipamento rastreador vem se aprimorando e frota. Confira!
se tornando, cada vez mais, uma ferramenta para
gestão de frotas – deixando de ser propriamente Redução nos acidentes de trânsito
uma ferramenta de recuperação de veículos. De acordo com a estrada a ser trafegada e as condições
Antes, os softwares de monitoramento permitiam climáticas, é possível exercer controle sobre acelerações
ao usuário criar cercas eletrônicas para as áreas bruscas, frenagens e o uso de veículo sem o câmbio
onde o veículo poderia trafegar, gerando eventos engrenado (banguela). Dá até para verificar se o motorista está
caso ele estivesse fora do perímetro definido. alcoolizado, pois hoje existem tecnologias que integram um
Além disto, a função de criação de alvos era bafômetro ao sistema de rastreamento. Tudo isso, efetuado
uma referência sobre a passagem do veículo em cotidianamente, resulta na educação do motorista, que passa
a trafegar respeitando as regras do trânsito seguro. Ainda é
determinado ponto, oferecendo melhor controle
possível realizar o controle das horas trabalhadas, como um
passivo ao usuário. Os controles de velocidade
“cartão de ponto” virtual, visando a eliminar a sobrecarga
dos veículos eram realizados, em chuva e pista
de trabalho do motorista, já que a fadiga é um grande fator
seca, porém de forma mais simples, estabelecendo
causador de acidentes nas estradas.
limites pré-estabelecidos em software.
Hoje em dia, tudo está mais evoluído nesta Diminuição dos gastos com manutenção corretiva
área. Encontramos softwares que controlam É comum no mercado o uso do veículo de frota até seu limite,
muito mais que estas informações, como o sem respeitar o momento correto da manutenção preventiva. E
monitoramento do status das cargas, por meio quem não previne acaba pagando mais caro quando o veículo
de sensores de telemetria, e o controle de dá problema. Neste caso, além dos custos do reparo, há impacto
velocidade excessiva em curvas, entre outras na operação da empresa de frota, pois o veículo fica indisponível
funções. Como o software de monitoramento para atender à demanda. Mais uma vez, com o software, é
em conjunto a um hardware pode contribuir possível realizar um gerenciamento, com o controle exato do
com este tipo de melhoria? É simples, basta momento em que o veículo deve sofrer intervenção preventiva,
usar as ferramentas disponíveis atualmente nos auxiliando na projeção de atividades com a frota monitorada.
softwares de gerenciamento de veículos. Essa gestão observa itens do veículo que necessitam de um
Revista CESVI 27

controle de quilometragem, como a Avaliação do CESVI . Tempo de atualização da base:


troca de óleo, estado dos pneus (quanto No que diz respeito ao segmento Os mapas do software fornecido
ao seu desgaste e calibração), filtros e de pesados, a avaliação do CESVI para monitoramento deverão
outros componentes do motor, freios, considera os vários recursos disponíveis sofrer constantes atualizações,
entre outros fatores. nesses softwares de gestão, que estão em função do crescimento
Otimização da rota disponíveis no mercado. A avaliação constante e das modificações das
O uso do software, aqui, tem reflexo indica novas perspectivas para o vias de grandes cidades, como
direto no custo operacional, já que segmento, como detalhado a seguir: mudança de sentido de ruas.
o veículo sairá para o destino com o Numa operação acompanhada
custo do trecho previamente definido, Para o software por rastreador, uma falta de
contendo valores estimados de . Tipo de mapa utilizado: O mapa atualização pode prejudicar as
consumo de combustível e pedágios, é de suma importância para a coletas e entregas.
além da depreciação por quilômetro localização do caminhão durante . Criação de pontos de referência:
rodado. O sistema também realiza as rotas programadas. Precisa O software deverá fornecer
a verificação e a análise de veículos apresentar fidelidade e precisão, subsídios para criação de pontos
mais próximos ao ponto de coleta. com o objetivo de fornecer subsídios de referência que auxiliem
A função realiza a interpolação à central que monitora o veículo, nos trabalhos da central
entre as coordenadas dos veículos para os acionamentos de acessórios de monitoramento, como
disponíveis com o ponto de coleta e liberações em determinadas na relação de coordenadas
e automaticamente apresenta qual regiões – como a abertura de portas geográfica de clientes,
veículo deverá se dirigir ao ponto do baú autorizada somente no embarcadores, postos da polícia
determinado, considerando inclusive endereço do cliente ou identificar se rodoviária, entre outros fatores.
aquele que percorrerá o menor trecho o veículo está mesmo parado onde . Checagem de conexão com o
possível e que gastará menor tempo o motorista informa. banco de dados: O software
para realizar a coleta – favorecendo . Abrangência de mapas: Neste deverá deter funções que alertem
até mesmo a previsão de chegada ao item, será observada a abrangência o operador quanto à inoperância
destino. O sistema ainda monitora os dos mapas utilizados no software ou falha de algum componente
pontos de passagem, estimando o da empresa avaliada, sendo do equipamento embarcado,
tempo de percurso. considerado que, em um país de destacando-o dos demais veículos
dimensões continentais como o monitorados, com o objetivo
Detalhamento na segurança Brasil, o mapa deve dar o melhor de alertar os operadores sobre
da carga subsídio para o acompanhamento. eventual falha de funcionamento.
Torna-se possível mapear e registrar no
sistema pontos que são considerados . Atribuição de grupo de veículos:
perigosos, de modo a redobrar o O software deverá permitir a
acompanhamento da central de atribuição de veículos para que o
operações nesses trechos. Hoje, as operador realize o monitoramento
tecnologias podem “cuidar” desses de forma autônoma, de acordo
CESVI TAMBÉM CERTIFICA com o perfil do transporte
trechos de maneira automatizada,
pois os sistemas integrados possuem O SOFTWARE realizado no sistema. Deverá
autonomia suficiente para entender Uma nova avaliação está disponível ao autogerenciar a atribuição do
a área demarcada e passar a mercado de rastreadores: É a avaliação de veículo e, assim, eliminar esta
se comunicar com a central de software de rastreamento, que verifica todas atividade a ser realizada por um
operações em um tempo menor do as funcionalidades desenvolvidas para o fim supervisor de gerenciamento de
que o configurado para a viagem. logístico e operacional de uma frota. frota.
Podem ainda realizar procedimentos Esta avaliação, diferentemente das já . Dispositivos que indiquem
locais no veículo (como o conhecidas, não faz acompanhamento de direção: O software deverá
acionamento de sirene), caso a sua estrutura detida pela empresa ou avalia os identificar qual o sentido de
inteligência embarcada identifique serviços prestados; seu objetivo é verificar se tráfego do veículo, indicando
que o veículo violou as regras pré- há uma integração com o hardware instalado ao operador responsável pelo
definidas, mesmo em área ausentes no veículo e quais são as possibilidades de monitoramento. É preciso
de comunicação celular. configuração de viagens, autogerenciamento identificar desvios de rota, tráfego
embarcado, funcionalidades de assistência do veículo em sentido contrário
ao operador da central, entre outras funções, ao estipulado no sistema, e
que viabilizam a produtividade de operações. alertar o evento ao responsável
Os softwares aprovados são divulgados no site pelo monitoramento.
do CESVI BRASIL: www.cesvibrasil.com.br
Para certificar seu software, entre em contato Para o controle da carga
com Marcus Vinicius Pliger, do CESVI: . Garantia do registro de
mpliger@cesvibrasil.com.br/ (11) 3948-4806. mensagens: Deve haver, no teclado
do equipamento embarcado,
um protocolo que garanta que a
28 Sistemas de segurança

mensagem selecionada/digitada informações complementares . Relatórios sobre sensores de


pelo motorista foi enviada à central ao planejamento de rotas, como telemetria: Têm o objetivo de
de monitoramento, certificando pedágios, vias de mão dupla, controlar o uso adequado do
que a informação realmente foi entre outras. caminhão, visando a uma maior
encaminhada. Nisto, protocolos de vida útil do veículo. Também
. Comparação entre percurso
entrega poderão ser realizados pelo apontam a necessidade de
real e o planejado: Para estudo
próprio rastreador, informando treinamento de cada motorista.
posterior da logística, uma
imediatamente a central sobre ferramenta importante é a função . Gerenciamento de velocidade:
a entrega ou coleta. Com esta de comparação entre o percurso Para reeducação do motorista e
confirmação, fica registrado que a identificação de uma velocidade
real e o roteirizado, para controle
mensagem alcançou seu destino abaixo da estimada, que possa colocar
on-line da rota.
adequadamente. em risco a entrega no prazo correto.
. Check-points: Em determinadas
. Registro das ações realizadas . Gerenciamento de manutenções
operações, existe a necessidade preventivas: A função possibilita
no software: O software de controle de tempo e pontos
deverá identificar qualquer evitar problemas previsíveis
de passagem. durante a realização da rota e,
ação tomada pelo operador na
. Análise do veículo mais próximo consequentemente, atrasos nas
central de monitoramento, como
ao ponto de coleta: Para entregas e congestionamento nas vias.
o envio de mensagens com
operações de entrega e retirada . Gerenciamento de abastecimento
urgência para o veículo, para
de produtos, o software deve x consumo: Devido ao grande
eventual consulta futura.
proporcionar uma análise crítica volume de roubo de diesel, os
. Possibilidade de auditar o banco sobre os veículos disponíveis, softwares devem poder controlar
de dados: É de suma importância apresentando qual é o veículo por meio de cadastro de dados
que os dados pertinentes ao mais próximo para a retirada de litro de combustível abastecido
monitoramento sejam armazenados, da mercadoria, considerando o e comparar com o quilometro
para que, no caso da necessidade de trajeto a ser percorrido. rodado pelo veículo;
consultas posteriores, seja possível . Gerenciamento de carga:
. Ferramentas de medições: Possi-
resgatar estas informações. O software deve possuir
bilitando gerenciar a quilometra-
. Registros quanto ao veículo gem percorrida pelo veículo. disponibilidade para registro da
e ao motorista: Softwares carga associado a um equipamento
dedicados ao gerenciamento de Para controle e gestão da frota que possua dispositivos para esta
viagens da frota devem possuir finalidade. O objetivo é reduzir
. Relatórios sobre a produtividade:
informações quanto aos veículos o tempo de parada dos veículos
Entende-se que todas as funções
e motoristas, facilitando a na base, esperando a emissão
voltadas à logística permitam, de de notas fiscais e/ou outros tipos
identificação por terceiros. alguma forma, a sua tabulação, de documentos necessários para
. Criação de cercas e alvos: para estudos que possam ser o transporte, já que o operador
A função de configuração de realizados. Neste item, O CESVI estará ciente de que tipo de
cerca eletrônica e de alvos observará quais relatórios carga está sendo transportada
realiza o controle de entradas o software fornece para a antes mesmo do veículo chegar à
e saídas de rotas previamente verificação da produtividade do sua base.
estipuladas, fornecendo subsídios motorista e do veículo.
para que ações sejam tomadas
antecipadamente, com propósito
de evitar ações não autorizadas.
O sistema deve realizar a
elaboração de cercas eletrônicas
pela roteirização, evitando que
o operador gaste seu tempo
elaborando trajetos de viagens.

Funções para otimização


do percurso
. Análise do melhor trecho: O
software fornecido com fins de
logística pode apresentar função
de roteirização de percurso,
auxiliando nos trabalhos de
planejamento de rotas.
. Informações do roteirizador: A
roteirização poderá contar com
itens auxiliares, que forneçam
30 Chega de Acidentes!

Por
ALEXANDRE CARVALHO
DOS SANTOS Editor
MOVIMENTO COMPLETA 1ANO
DE LUTA POR UM PNSV

Mais vítimas da falta de um plano


Desde o lançamento do movimento, no dia 18 de setembro, o relógio
virtual do Chega de Acidentes! estima o número de vítimas do trânsito
e os prejuízos econômicos relacionados aos acidentes. Esta contagem
só vai parar quando um Plano Nacional de Segurança Viária for
implementado no País.
Para se ter uma ideia da tragédia cotidiana dos acidentes no Brasil,
até o fechamento desta edição, o contador estimou uma quantidade PORTAL NA INTERNET
de quase 40 mil vítimas fatais, mais de 125 mil vítimas hospitalizadas,
e um impacto econômico de cerca de 34 bilhões de reais. Com esse CHEIO DE NOVIDADES
dinheiro, perdido pela insegurança no trânsito, o Brasil poderia construir O portal do movimento Chega de Acidentes! está
234 quilômetros de linhas de cara nova. E não só isso. O espaço do movimento
de metrô, 977 mil casas na Internet está com novos conteúdos, incorporando
populares, ou comprar estudos de segurança no trânsito às informações que
quase 144 milhões de cestas justificam o apelo por um Plano Nacional de Segurança
básicas. Viária. Uma seção de pesquisas dá acesso aos seguintes
estudos:

Mortalidade decorrente de acidentes de trânsito


Levantamento feito pelo CESVI acerca das fatalidades
nos Estados brasileiros entre os anos de 1996 e 2008.

MAIS APOIADORES Fatores associados ao uso de álcool entre estudantes


Mais empresas demonstraram apoio ao movimento Chega de das capitais
Acidentes! Confira: Análise da Abramet sobre o consumo de bebida
alcoólica entre os jovens brasileiros, e a relação com
Revista Transitar - publicação direcionada especificamente
os fatores familiares, pessoais e sociais.
a profissionais e empresas envolvidos com o trânsito, como
gestores de órgãos e instituições, centros de formação de Impactos sociais e econômicos x acidentes de trânsito
condutores (CFCs), despachantes, entre outros. Um trabalho da ANTP. São sínteses de pesquisas
ABTI - representa empresas brasileiras que estão de impactos sociais e econômicos dos acidentes de
habilitadas ao transporte rodoviário internacional de trânsito nas aglomerações urbanas, com um relatório
cargas. A entidade oferece orientação técnica, jurídica e de levantamento de dados de acidentes de trânsito,
política às empresas associadas, além de apoio logístico suas características e custos.
em Brasília-DF no gerenciamento dos processos perante
a ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre). Manuais de segurança e prevenção de acidentes
Publicações da Organização Mundial de Saúde, com
Revista Entre-Vias - é um veículo de comunicação recomendações de boas práticas no trânsito, análises
direcionado aos transportadores de cargas em relacionadas à segurança no trânsito e prevenção de
geral, com objetivo de informar e denunciar acidentes, além de fatores de risco.
as injustiças que prejudicam os pequenos, médios e grandes
transportadores do Brasil. A Revista tem 10 mil exemplares mensais, Vídeo sobre cadeirinha
com circulação nacional e distribuição gratuita. No portal do Chega de Acidentes!, também é
Mapfre Seguros - iniciou suas atividades no Brasil possível assistir a um vídeo educativo, demonstrando
em 1992, quando teve início o processo de a importância do uso dos assentos de segurança
incorporação do Grupo Segurador Vera Cruz, específicos para o transporte de crianças. O vídeo
foi realizado em parceria com a SETE Produções (veja
operação concluída em 1996. Atua em diversas ações voltadas para
mais detalhes na matéria desta edição sobre a Semana
a segurança de trânsito, por meio da Fundación Mapfre.
Nacional de Trânsito).
Confira todos os apoiadores do movimento na seção “Quem somos”, O site ainda permite que o internauta confira notícias
do site: http://www.chegadeacidentes.com.br/quemsomos.shtm relacionadas ao próprio movimento e à segurança no
trânsito, além de apresentar as recomendações da
ONU para a Década de Ações de Segurança Viária, a
visão e a missão do movimento Chega de Acidentes!
REALIZAÇÃO: O espaço para a adesão também foi retrabalhado, com
formulários para pessoas físicas e jurídicas. Confira todas
as novidades do portal: www.chegadeacidentes.com.br
31 Acontece Revista CESVI 31

Por
ALEXANDRE CARVALHO DOS SANTOS Editor
Colaborou
FERNANDA MENDONÇA

LEVANDO INFORMAÇÃO PARA


AS CONCESSIONÁRIAS
Durante a ExpoFenabrave, Eduardo Santos, gerente
institucional do CESVI, apresentou a palestra “Funilaria
e pintura, quebrando paradigmas: como obter resulta-
dos”. O público presente, que lotou o auditório do Tran-
samérica Expo Center, era formado por diretores de
associações de marcas, gerentes de concessionárias de
veículos e lojistas. A repercussão foi a melhor possível.
“O Congresso da Fenabrave foi um grande sucesso,
e devemos este resultado também à participação do
Eduardo, do CESVI, que permitiu uma avaliação mui-
to positiva de todos os participantes”, avaliou Vald-
ner Papa, coordenador do congresso.
Na parte de exposição do evento, o CESVI participou Estande do
CESVI na
com um estande, buscando apoiadores para o movi- Fenabrave
mento Chega de Acidentes! e fazendo demonstrações
da funcionalidade e benefícios do sistema Órion Orça-
mentos. Os visitantes ainda puderam conhecer o por-
tfólio de treinamentos direcionados para concessioná-
rias, oferecidos pelo CESVI. Palestra sobre
O Congresso Fenabrave e a ExpoFenabrave foram reali- funilaria e
pintura para
zados entre os dias 9 e 11 de setembro, em São Paulo. concessionárias

Oportunidades para as reguladoras Reguladora mineira no CESVI


Ciente da importância do setor de regulação para as Um pouco antes, no dia 4 de setembro, a equipe do
companhias de seguros, a equipe do Órion – Gestão Órion abriu as portas do CESVI para um treinamento
Integrada de Sinistros tem promovido encontros com interno da reguladora Revisar – Inspeções e Sinistros, de
essas empresas, para a troca de informações entre di- Minas Gerais. A empresa reuniu 20 peritos e gestores
versos elementos do mercado. para uma manhã inteira de atualização
No dia 25 de setembro, a seguradora e aprimoramento.
Tokio Marine contou com a equipe O treinamento começou com os
Órion para um treinamento técnico profissionais da reguladora tendo a
direcionado para profissionais de regu- oportunidade de conhecer as insta-
ladoras. Cerca de 70 pessoas compare- lações do laboratório de reparação
ceram ao auditório do CESVI, na região automotiva do CESVI, onde receberam
do Jaraguá, em São Paulo, para atender informações sobre equipamentos e
ao treinamento. Na ocasião, foi feito um processos de última geração. Em se-
alinhamento sobre os procedimentos de Reguladoras da Tokio Marine em evento guida, passaram por uma atualização
trabalho entre seguradora e reguladora, com o apoio do Órion sobre alinhamento de procedimentos,
além de um treinamento que abrangeu realizada pela coordenadoria e a ge-
temas como identificação de fraude, rência da reguladora.
negativa de sinistro, procedimentos em A Revisar iniciou suas atividades
carros blindados, veículos com calço em 1995. Hoje presta serviços para
hidráulico, recuperados de roubo e diversos ramos de seguros, e dispõe
furto, reparos à revelia, casos de peças de modernos centros de avaliação de
ausentes, entre outros assuntos. reparos (Redecar).
Divulgação

Peritos e gestores da Revisar,


no auditório do CESVI
32 Acontece

CET PREMIA SÉRIE CIRCULANDO


O CESVI BRASIL conquistou, no dia 23 de setembro, o
2º Prêmio CET de Educação de Trânsito.
NA EXPOSUCATA
O centro de pesquisa obteve a primeira colocação na Maior evento da América Latina destinado à indústria
categoria “Empresa/ Entidade” pela série de TV “Cir- de reciclagem, a Exposucata – Congresso Internacional
culando”, um trabalho realizado em parceria com a de Reciclagem foi realizada entre os dias 28 e 30 de se-
Universidade de São Paulo (USP) e a TV USP. A série, tembro, no Centro de Exposições Imigrantes.
que aborda temas relacionados à segurança viária, Eduardo Augusto dos Santos, gerente institucional do
tem o intuito de estimular o público a rever o próprio CESVI, fez palestra no evento sobre as oportunidades
comportamento nas vias. de negócios relacionadas à reciclagem de veículos. A
Nesta mesma categoria, a Gafor Logística participação do CESVI é uma extensão de seu conheci-
ficou em segundo lugar, en- mento sobre o tema, que já havia rendido, em agosto,
uma participação num seminário específico a respeito
de reciclagem de veículos e renovação de frota, promo-
vido pela Confederação Nacional do Transporte (con-
fira na página 32 da última edição da Revista CESVI).
Mais de 80% do público presente à Exposucata foi for-
mado por responsáveis diretos pelas decisões comer-
ciais sobre os materiais recicláveis gerados, transforma-
dos e consumidos por suas empresas.

José Antonio Oka, supervisor de segurança viária


do CESVI, no evento de premiação da CET

quanto a AES São Paulo conquistou a terceira colocação.


“Esta premiação foi muito importante, por vir de um
órgão com a seriedade da CET (Companhia de Enge-
nharia de Tráfego), que tem atuado para trazer mais
humanidade para o trânsito”, afirmou José Antonio Oka,
supervisor de segurança viária do CESVI, que recebeu
o prêmio em cerimônia realizada em São Paulo. “E nós Diretores do IQA se tornam
fizemos este trabalho com a USP muito empenhados membros da Academia Brasileira
em realmente levar as pessoas a adotar hábitos seguros
no trânsito”.
de Qualidade
A Circulando ficou entre os 31 trabalhos premiados, que
Márcio Migues, diretor presidente do IQA (Ins-
foram escolhidos entre os 411 inscritos (que atenderam
tituto da Qualidade Automotiva), Fábio Braga
as regras do edital).
(diretor suplente do conselho fiscal) e Basílio
A série Circulando conta com apoio da Mapfre Seguros e
Dagnino (responsável por treinamentos em
da Fundación Mapfre, e demonstra como os motoristas,
benchmarking e satisfação de clientes) foram
passageiros, motociclistas, ciclistas e pedestres devem
indicados para compor a equipe de especialis-
assumir seu papel no trânsito das cidades, fornecendo
tas membros da Academia Brasileira da Quali-
informações técnicas e recomendações para que assu-
dade. Concebida como uma organização sem
mam menos riscos.
fins lucrativos, a missão da ABQ é contribuir
Os temas dos programas incluem: crianças/ álcool x
para o desenvolvimento teórico e prático da ex-
direção/ pedestres/ ciclistas/ motociclistas/ motoristas/
celência na gestão da qualidade.
idosos/ acessibilidade/ manutenção preventiva.
Em processo de formação, a ABQ foi constitu-
Você pode assistir aos programas no site do CESVI:
ída inicialmente como uma rede social virtual,
http://www.cesvibrasil.com.br/seguranca/campanhas_
em que os membros participantes são profissio-
circulando.shtm
nais de reconhecida competência no mercado
com experiência adquirida em universidades,
empresas e organizações públicas nas ativi-
dades relacionadas à gestão e ensino da qua-
lidade, certificação de produtos e relações de
consumo. Tais qualificações estão previstas no
regimento interno da instituição como pré-
requisitos para a indicação dos acadêmicos.
Revista CESVI 33

Qualidade de Vida no Trânsito para frotistas


CESVI e Marinho Despachantes informação desse tipo”, apontou
já estão atuando juntos em prol Elza Aguiar, vice-presidente da
da segurança no trânsito. No Marinho Despachantes. “Essas
dia 27 de setembro, empresas empresas precisam ter seus mo-
de frotas de veículos, a convite toristas atualizados em relação
da Marinho, tiveram oportuni- aos hábitos para um trânsito
dade de assistir a uma palestra seguro. E o CESVI é o parceiro
do CESVI sobre Qualidade de mais indicado para proporcionar
Vida no Trânsito. A palestra foi essa informação técnica, sempre André Horta, especialista em segurança
realizada no auditório do CESVI, com a seriedade e a qualidade viária do CESVI, ao lado de Elza Aguiar,
no Jaraguá, e foi ministrada pelo que todo o mercado associa ao vice-presidente da Marinho Despachantes
especialista em segurança viária centro de pesquisa”.
André Horta. Empresas interessadas nas pa-
“Quero levar essa palestra tam- lestras de Qualidade de Vida
bém para seguradoras e correto- no Trânsito do CES V I podem
res de seguros, mas começamos entrar em contato pelo e-mail:
pelos frotistas, pois se trata de cesvibrasil@cesvibrasil.com.br
um segmento muito carente de

Espaço I QA

Por José Nogueira

H á 20 anos, o presidente Fernando Collor de


Mello disse que nossos carros, comparados
com os fabricados lá fora, pareciam carroças.
cada empresa trabalhava a sua maneira e a
certificação do IQA veio direcionar, oferecer
padrões, procedimentos, regulamentos e
freios, direção, suspensão e escapamento,
exaustão, mas não havia norma para dar
suporte às exigências do Inmetro. O IQA criou
De lá para cá evoluimos muito e hoje a especificações técnicas... Enfim, colocamos o as especificações técnicas para cada área,
indústria automobilística nacional está alinhada trem nos trilhos. para inicio da certificação das oficinas com
com o que acontece ao redor do mundo. O setor Não foi fácil. As empresas tinham as reconhecimento INMETRO.
de reparação, como parte da cadeia automotiva, ferramentas, mas não os critérios de uso e As oficinas não seguiam padrões, e não
também deu um salto de qualidade, isso significava rastreabilidade zero. O que tinham ferramentas especiais para cada
principalmente nos últimos 15 anos. se seguiu foi uma verdadeira revolução. tipo de reparo e adequadas a cada modelo
Não podemos falar dessa evolução sem falar Além de orientar as retíficas na preparação de veículo. O ambiente era desorganizado
do papel do IQA (Instituto da Qualidade para trabalho com padrão e preocupação e a infraestrutura deixava a desejar. Onde
Automotiva) nesse processo. Afinal o instituto na qualidade, ainda era preciso orientar os estavam estas especificações? Simplesmente
foi criado em 1995 para atestar a qualidade do laboratórios. Até então os reparos em produtos não existiam. Mais uma vez, a semente da
setor automotivo. Sua atuação, antes restrita complexos como os veículos eram feitos de qualidade foi plantada e gerou frutos para o
à certificação de produtos, logo foi ampliada e acordo com a experiência de cada mecânico! setor. O reparador se mexeu, o fabricante do
em 1996 passou a certificar também serviços e Devido à demanda, os fabricantes passaram a aparelho também, enfim, um ‘puxou’ o outro.
sistemas de gestão. criar tabelas indicativas de especificações para Foram 15 anos de intensa transformação.
Com a acreditação do Inmetro, foi lançada a as retíficas, e disponibilizá-las ao mercado. Ainda vemos problemas, mas a qualidade
primeira certificação de serviços do aftermarket Tempos depois, o IQA ampliou a certificação jamais para de evoluir.
no País voltada à retífica de motores. Saímos para as oficinas mecânicas, mas o processo
como bandeirantes desbravando matas. Difícil foi ainda mais difícil. Foi preciso dividir o José Nogueira é Diretor do IQA
de imaginar, mas era um segmento em que segmento em áreas: funilaria e pintura, (Instituto da Qualidade Automotiva)
34 Acontece

FenSeg lança Guia de Boas Práticas


Aproveitando a ocasião da 2ª Conferência de aprimoramento das relações
Proteção do Consumidor de Seguros, realizada das seguradoras com correto-
em São Paulo, no dia 10 de setembro, o presi- res, fornecedores, prestadores de
dente da FenSeg (Federação Nacional de Seguros serviço, setor público, órgãos de defesa
Gerais), Jayme Garfinkel, oficializou o lança- do consumidor, órgãos de supervisão e con-
mento do Guia de Boas Práticas para o seguro trole e com outras empresas do setor.
automotivo, desenvolvido “Na verdade, este guia abor-
pela entidade. da práticas que já são comuns
O guia tem como objetivo do mercado segurador, mas
ampliar a informação do con- que, agora, estão no papel, o
sumidor que adquire seguros que facilita o relacionamento
sobre seus direitos e sobre do mercado”, afirmou Gar-
a responsabilidade das em- finkel durante o evento.
presas, e é uma importante Saiba mais sobre o guia no
ferramenta para avaliação ar tigo de Neival Freitas ,
dos serviços disponíveis no diretor geral da FenSeg,
mercado. A publicação traz na seção “Espaço aberto”
Jayme Garfinkel, presidente da FenSeg
recomendações visando ao desta edição.

Notas
N CESVI apresentou detalhes da Operação Assistida, re-
ferente à Resolução 245 (obrigatoriedade de sistemas
de rastreamento em veículos saídos de fábrica), para a
coordenadoria da Câmara de Gerenciamento de Risco
e empresas do setor.
N Gerentes de serviços e de peças da Yamaha visitaram
o CESVI em agosto. O objetivo da visita foi conhecer
as instalações do centro de pesquisa e discutir projetos
conjuntos.

Mecânica para jovens 3 Revista Auto Reparo, uma parceria do CESVI com o
Grupo Germinal, teve estande próprio na Feitintas.
Após o sucesso do workshop de mecânica para N Em setembro, José Aurelio Ramalho, diretor de ope-
mulheres, promovido pela concessionária de rações do CESVI, representou o centro de pesquisa
rodovias CCR ViaOeste, o CESVI volta a levar seu brasileiro na conferência internacional do RCAR, o
conhecimento automotivo para novos públicos. conselho que reúne centros com os mesmos objetivos
Desta vez, a CCR contou com o instrutor Gerson (a próxima edição da revista trará informações sobre
Burin, do CESVI, para um workshop de mecâni- os trabalhos apresentados).
ca exclusivo para jovens. O treinamento abor- 3 Sebrae e CESVI estudam parceria na certificação am-
dou questões como segurança, manutenção de biental para oficinas.
veículos, as panes mais comuns no automóvel, N CESVI realizou estudo no modelo M100 2007, da Effa.
cuidados com o carro, direção defensiva e como Enquanto a visibilidade obteve quatro estrelas, o CAR
dirigir em rodovias. Group 27 foi o pior da categoria minivan compacta, atrás
de Livina (18) e Meriva (22).

Você também pode gostar