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Fontes primárias de energia – 2014
ENERGIA PRIMÁRIA participação
crescente
A Energia exaurível – 78% Energia renovável – 22%
Nos últimos 22 mil anos houve um razoável equilíbrio na concentração de CO2, em torno dos
200 a 250 ppm. A partir da industrialização, de maneira abrupta, a concentração vem subindo
e chegou em 2015 a um patamar de mais de 400ppm!
hoje
ano 3
A energia no futuro
Em 2050 a população mundial deverá ser de cerca de 10 bilhões. Haverá necessidade de maior
quantidade de energia do que em nossos dias. Some-se o fato de que há uma crescente
consciência ambiental. O suprimento de energia futuro não poderá contar apenas com as
fontes atuais. Fortes candidatas ao suprimento são as fontes ambientalmente amigáveis. A
energia de origem hidráulica tem limites ligados aos mananciais em exploração. Outras fontes
renováveis, como solar e biomassa deverão aumentar sua contribuição.
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desse aumento resulta no aumento da temperatura global devido ao “efeito estufa”.
Renováveis dominarão o mix da geracão de
potência elétrica (cenário 1,5 C) o
IRENA WORLD ENERGY TRANSITIONS OUTLOOK – Global High-Level Forum on Energy Transition, Dubai, June, 30, 2021 5
Geração de eletricidade de fontes renováveis
evolução 2019-2021
E=hc/λ ou E(eV)=1,24/λ(μm)
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Materiais semicondutores
coeficiente de absorção
• O coeficiente de absorção é referido à espessura de material penetrada pelos
fótons até de serem absorvidos. Camadas muito finas de material semicondutor
podem ser transparentes para fótons de determinada energia.
• Materiais com maior coeficiente de absorção absorvem mais intensamente fótons
do fluxo incidente criando pares elétrons-lacunas
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Eficiência de células solares e
módulos FV produzidos
Eficiência dos tipos de célula solar
III-V concentração 47,1%
Si-monocristalino 26,7%
Si-multicristalino 24,4%
CIGS 23,4%
CdTe 21,0% filmes finos
Perovskitas 25,5%
Módulos produzidos em 2020 ~ 150GWp
5%
80% (era 45% em 2018)
15%
• Células solares utilizam materiais que absorvem luz, colocados entre dois
eletrodos.
• O material absorvedor pode ser um semicondutor ou um corante, inorgânico ou
orgânico, podendo ser ainda monocristalino, policristalino, nanocristalino ou
amorfo.
• O papel do absorvedor é coletar a luz solar e por isso tem que apresentar
energia de separação de bandas (Eg) coincidente, no possível, com fótons do
espectro solar.
• A separação de cargas em portadores de corrente e seu transporte pode ou não
ser realizada pelo material absorvedor.
• Os eletrodos são materiais condutores com funções de trabalho diferentes,
sendo que um deles deve ser transparente à luz incidente.
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Princípio de funcionamento das CS
A conversão fotovoltaica
• a) a absorção de luz provoca uma transição eletrônica no material
absorvedor da célula do estado fundamental para o estado excitado;
• b) o estado excitado produz um par de portadores de carga separados, um
negativo e outro positivo;
• c) os referidos portadores movem-se em direção aos contatos elétricos da
célula, o catodo e anodo;
• d) os elétrons percorrem o circuito externo da célula onde perdem a energia
adquirida executando trabalho útil (p.ex. alimentação de uma lâmpada ou
motor).
• e) Retornando à CS, os elétrons atingem o catodo recombinando com os
portadores de carga positiva, reconduzindo o material absorvedor ao estado
fundamental.
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Princípio de funcionamento das CS
mecanismos
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Estrutura das CS de Si
Nas células solares de silício cristalino, a junção p-n pode ser formada por um
processo de difusão térmica em que uma camada muito fina, cerca de alguns
décimos de micrometro, de tipo-n é produzida sobre substrato tipo-p. Podem
também serem feitas células com substrato tipo-n e difusão de boro.
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Estrutura esquemática de
junção p-n em silício
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Corte transversal de CS de Silício
+ -
+ -
+ -
+ -
+ -
+ -
+ -
+ -
+ -
Campo elétrico
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Campo elétrico interno
O campo elétrico na região da junção acelera os portadores
de carga gerados pelos fótons. Portadores minoritários se
movimentam em direção à região em que são majoritários.
A região em que existe o campo é a chamada de região de
carga espacial, ou região de depleção (não há portadores
livres).
Os elétrons gerados na região-p, que chegam à região de
depleção são conduzidos à região-n. As lacunas geradas na
região-n, ao atingir a região de depleção são conduzidas à
região-p. Estes mecanismos constituem a corrente gerada.
Si-n emissor
Si-p base
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Absorção dos fótons e geração da fotocorrente
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Coleção e recombinação
A maioria dos pares gerados pela absorção dos fótons
ocorre na região de base das células. Os portadores de carga
se difundem aleatoriamente até chegar à região da junção e
serem coletados.
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Limitações no processo de conversão
!
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Circuito elétrico equivalente - 1
A fonte de corrente IL representa a corrente fotogerada; o diodo D1 a
característica do diodo ideal da célula solar no escuro (que considera só
a corrente de difusão, sem recombinação) e o diodo D2 o efeito da
recombinação.
recombinação
IL = corrente fotogerada
I1 = I01 {exp[q(V+I.Rs)/ kT]-1}
I2 = I02 {exp[q(V+I.Rs)/ 2kT]-1}
Ip = (V+I.Rs)/ Rp
Rc = resistência de carga
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Característica I x V das C.S.
A expressão que descreve a característica IxV da célula solar é:
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Efeito da resistência em série (Rs) na característica IxV
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Efeito da resistência em paralelo (Rp) na característica IxV
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Efeito da irradiância na característica IxV
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Efeito da temperatura na característica IxV
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Referências
1 – D.A. Horazak and J.S. Brushwood, “Renewables prospect in today’s conventional power generation
market, Renewable Energy World, Vol. 2, No. 4, July, 1999, p.36, apud www.pveducation.org - Solar
Cells
2 – K. Mertens, “Photovoltaics, fundamentals, technology and practice”, 2014, Wiley, UK.
3 – PV education, http://www.pveducation.org/pvcdrom/manufacturing/first-photovoltaic-devices
• O material aqui exposto tem origem em textos próprios, fotografias tomadas nos locais de produção
de silício grau metalúrgico e em pesquisa na web.
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Apêndice
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Estrutura atômica - Modelo de Bohr
hν=E3 –E2
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Emissão de luz em raias ( hn) discretas de uma ampola
contendo hidrogênio excitado eletricamente
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No modelo de Bohr os elétrons podem estar em algumas
órbitas estáveis em torno do núcleo. Nesse modelo o
elétron orbitando não dá origem a radiação como prevê a
teoria eletromagnética clássica, já que não seria estável na
órbita mas teria um movimento espiralado, caindo em
direção ao núcleo devido à perda de energia por radiação.
No modelo de Bohr o elétron pode se deslocar de uma
órbita de maior ou menor energia, ganhando ou perdendo
energia igual à diferença entre os níveis de energia
(absorvendo ou emitindo fótons de energia hn). 36
O momento angular pq do elétron em uma
órbita é sempre um múltiplo inteiro da
constante de Planck dividida por 2p (h/2p é
chamada de ћ). Isto significa que:
pq = nћ, com n= 1, 2, 3, 4 . . .
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Forças de ligação e bandas de energia nos sólidos
Os elétrons nos átomos são restritos a níveis discretos de energia. Existem
grandes hiatos (“gaps”) na escala de energia nos quais não há estados
energéticos disponíveis para os elétrons.
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Forças de ligação
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Forças de ligação – ligações covalentes
Apesar de suas diferenças, os metais têm em comum o fato que os
elétrons podem se mover na estrutura sob a influência de campos
elétricos.
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Forças de ligação
No cristal de silício, as ligações entre átomos são do tipo covalente:
Elétrons compartilhados
Como no caso dos cristais iônicos, não há elétrons disponíveis para a
condução elétrica. Por esse arrazoado, o Si e o Ge seriam isolantes.
Esta suposição é feita pensando em uma temperatura de 0 K. Acima de
0 K os elétrons podem ser termicamente excitados e podem participar
do processo de condução. 43
Bandas de Energia - 1
Quando átomos estão próximos em um sólido, várias interações
ocorrem entre os átomos vizinhos. As forças de interação e repulsão
entre átomos se equilibram para formar um cristal com espaçamento
interatômico adequado.
Ocorrem mudanças importantes nas configurações dos níveis de
energia dos elétrons . Tais mudanças são responsáveis pelas
propriedades elétricas dos sólidos.
O princípio de exclusão de Pauli torna-se importante quando os
átomos se aproximam, como ocorre num cristal. Átomos isolados
podem ter estruturas eletrônicas idênticas. O princípio de exclusão
impõe que dois elétrons em um sistema que interage não podem estar
em um mesmo estado quântico. Daí que deve haver uma separação
dos níveis de energia discretos dos átomos isolados em novos níveis
que pertencem ao par e não a átomos individuais.
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Bandas de Energia – 2
Num sólido os átomos estão muito próximos, de modo que a
separação de níveis de energia resulta em bandas contínuas de
energia. A figura mostra a formação imaginária de um cristal de
diamante a partir de átomos de carbono isolados.
três estados-p
Banda de
condução
um estado-n
Banda de
valência
três estados-p
um estado-n
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Bandas de Energia – 4
A banda de níveis “2s-2p” contém 8N estados disponíveis.
Cada sólido tem sua própria estrutura de energia de bandas. Isto faz
com que haja uma grande variedade de características elétricas. A
estrutura do diamante permite entender porque sua rede o torna um
bom isolante. Para chegar a tal conclusão, deve se considerar as
propriedades de bandas completamente cheias e bandas
completamente vazias nos processos de condução elétrica.
banda de condução
banda de valência
superposição
Banda de condução
Banda proibida
Banda de valência
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Semicondutores intrínsecos e dopados - 1
Semicondutor intrínseco é o nome dado a um cristal sem impurezas ou
defeitos de rede. Tal estrutura cristalina não exibe condução à 0 K. À
medida em que a temperatura é elevada, pares elétron-lacuna são
criados e a condutividade aumenta. No material intrínseco, os pares
gerados termicamente são os únicos portadores de carga. O número
de pares formados é de ni = 1,45 x 1010 /cm3 à temperatura ambiente e
n = p = ni. Se considerarmos que o silício tem 5 x 22 at/cm3, vemos que
o material é bastante resistivo. “n” é a notação de elétrons, “p” é a
notação de lacunas e “ni” é o número de pares termicamente criados .
Energia dos elétrons
Ec - banda de condução
Eg banda proibida ED nível doador EA nível aceitador
Ev - banda de valência
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Semicondutores extrínsecos
Cristais tipo-p ou tipo-n são produzidos quando dopados com átomos de
dopantes aceitadores (valência 3) ou doadores (valência 5). À temperatura
pouco acima do 0 K, os átomos dopantes já estão ionizados (~ 25 meV).
0K >0K