Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
inha vida não foi muito diferente da de outras filhas de grandes líderes, bom, eu acho…
M
Nunca tive contato com nenhuma filha de outro grande líder, mas se forem como meu pai,
com toda a certeza eu me compadeço, ele praticamente me isolava. Sempre fomos só eu e
ele, não é que eu o odeie, ele só tem a mente mais fechada que cadeado enferrujado e sem
chave, tivemos alguns bons momentos juntos, como quando montamos quebra cabeças em
um dos raros momentos em que ele estava em casa, mas enfim, era muito bom olhar para
ele e vê-lo sorrindo e feliz, parece até que isso foi em outra vida.
O Grande Akuma Kayui Akumu, feliz e sorrindo, em sua forma mais “amigável”.
as nem tudo era tão ruim assim lá, eu tinha uma biblioteca ali, e tinha ótimos livros, alguns
M
eram livros de magias, estou ansiosa para testar aquelas que eu aprendi em alguém. E
bom, não eram só as magias, também tinha uma sala de treino, e apesar de eu ter treinado
sozinha a minha vida toda com aquela foice, muito boa por sinal, acredito que o que quer
que seja que eu vá enfrentar não é tão forte assim, além do mais, como dizem, é na prática
que se aprende, né… Não estou preocupada com isso, não vejo a hora de testar se estou
bem comparada as outras pessoas.
uando não eram uma das duas coisas, o que era pouco provável, estava saíndo pelas
Q
ruas, apesar de não ter nada para fazer pelas ruas, o simples fato de irritar o velho já valia a
pena, aliás, acho que isso sim eu fiz muito bem na minha vida, me lembro de um dia em
que em uma das reuniões que ele tinha com vários outros membros abaixo dele, eu enchi
suas coisas de várias roupas íntimas femininas, hahahaha, apesar de eu ter insistido muito
para ir e ver sua reunião nesse dia, ele não deixou, mas eu daria o mindinho só pra ter visto
a cara dele quando isso aconteceu, como eu queria estar lá nessa hora hahaha ai ai, acaba
de me ocorrer que tinham mais momentos divertidos do que me lembrava, bom, pelo menos
pra mim, ele ficou bem P com aquilo, mas ficou pra trás, estou começando uma vida nova
agora, e pelo que percebi não seria muito bom falar por aqui de onde eu vim e como vim
parar aqui, então por enquanto acho melhor manter segredo.
CHEGADA EM ARTON
chegada em Arton não foi tão fácil quanto eu achei que iria ser, pra começar eu cheguei
A
em meio a um culto estranho, eu não tinha pensado muito bem em que fazer a partir daí, e
bom, eu me escondi, e saí daquele lugar bem rápido, eu não fui a única a ser invocada,
então acho que isso não foi percebido quando eu cheguei. Havia outro problema, eu
também não havia trago nenhum dinheiro, até porque eu não tinha nenhum dinheiro, mas
felizmente eu trouxe todo o estoque de bebidas do meu pai, e eu nem bebo, só fiz isso para
irritá-lo, e que bom que fiz, pois foi o que me salvou.
char um comprador para a bebida não foi tão fácil assim, eu logo percebi que não podia
A
sair oferecendo uma bebida desconhecida em uma taverna, isso poderia chamar muita
atenção e me trazer problemas, bom, por sorte eu soube de um lutador famoso que tinha
muito dinheiro e gostava de bebidas, pelo menos três pessoas que eu havia perguntado me
indicaram ele, o que significa que ele deve ser bem famoso, e o melhor de tudo é que ele
fica em Valkaria, de cara eu já iria conhecer uma das cidades que eu pretendo visitar por
aqui, mal cheguei e já estava super animada para isso. Então eu parti em direção a Valkaria
atrás do cachaceiro tão conhecido por lá, roubei algumas poucas coisas assim que estava
no local daqueles cultistas, o suficiente para passar algumas noites pela estrada enquanto
ia em direção a famosa Valkaria, mal podia esperar, fui pedindo algumas informações pelo
caminho, e não foi difícil seguir em direção a uma das cidades mais famosas de toda Arton.
inda em meu caminho para Valkaria, meu pai provavelmente já sabia de tudo, e já estava
A
xingando muito a essa altura, mas infelizmente ele não deixou por isso, poucos dias depois
de começar minha nova vida, ele me mandou um “presentinho”, eu estava me preparando
para passar a noite, quando de repente eu vejo um montinho de terra começar a se mexer,
e de repente pula uma mão de lá, como se não fosse bastasse, depois de alguns segundos
então aparece o resto, era um de seus vassalos idiotas, tão inútil que a única forma que ele
conseguiu de vir aonde eu estou era possuindo algum esqueleto de alguém já morto a muito
tempo. Enfim, como se não bastasse, por mais que eu o abandonasse ou o deixasse para
trás, ou tentasse fugir de perto dele, não adiantava, ele sempre voltava até mim.
heguei em Valkaria, e era exatamente como eu imaginava, aquele momento foi o melhor
C
de toda minha vida, as casas, o formato estranho de seus telhados, e no centro da cidade, a
estátua de Valkaria, aquilo foi demais, eu aproveitei cada momento, mas como eu tinha que
encontrar o famoso lutador eu não perdi tempo, deixei para aproveitar mais depois. Não foi
difícil encontrá-lo, ele parecia bem famoso pela cidade, e aparentemente, pelo que as
pessoas falavam ele era dono de uma arena. Assim que o encontrei me surpreendi, eu
esperava encontrar um tipo de nobre, mas o homem sequer usava uma camisa, foi muito
estranho, mas percebi que a variedade por aqui vai muito além do que tinha imaginado, e
isso me deu um pouco mais de confiança em não temer as pessoas por ser quem sou,
apesar de ainda tomar cuidado, estou mais tranquila.
om, estranhamente não foi difícil vender as bebidas para ele, eu consegui ver a surpresa
B
em seu olhar por nunca ter visto aquela bebida, estranhamente foi como se ele já
conhecesse todas as bebidas já existentes por ali. Pela primeira vez na minha vida eu senti
medo, e olha que já vi meu pai chegar em casa bravo comigo muitas vezes, e convenhamos
que meu pai bravo faz qualquer homem feito se borrar todo, mas o olhar daquele homem
para mim, parecia que falava “eu sei de onde você vem”, e aquilo me dava medo, mas ele
não falou nada, ele puxou um pequeno saco de moedas de uma gaveta e me deu 2.000 TO,
e isso era muito mais do que eu imaginava conseguir, eu só peguei e já me apressei pra
sair dali.
uando eu estava saindo então ele me chamou, ele disse que eu parecia ser alguém que
Q
precisaria de uma família, ele me contou uma história chata de quando ele era criança que
não tinha ninguém ou algo assim, não prestei muita atenção, mas depois disso ele me falou
de uma guilda de aventureiros ali em Valkaria, onde ele fez amigos para o resto da vida, e
também disse que encontrou a família dele, achei um pouco melancólico, mas enfim, gostei
muito da ideia de participar de um grupo de aventureiros, até porque é uma das coisas que
eu vim fazer, eu saí dali mais empolgada que entrei, e não imaginava que seria possível.
Passei alguns dias observando essa guilda que ele havia falado, a guilda dos aventureiros
de Valkaria, realmente pareciam ter pessoas de todos os tipos ali, era bem confuso,
diversos grupos, formado por diferentes raças, isso me animava cada vez mais, eu já estou
quase explodindo de empolgação…