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Demonstrações de teoremas.
Muitas das demonstrações sobre os números naturais se baseiam no axioma 5, a partir do
qual deriva o princípio de indução matemática e o método de indução matemática.
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Uma das proposições pode ser valida e a outra não.
Se as duas proposições forem validas, podem ser enunciadas conjuntamente através de
uma equivalência.
p q significa que q é condição necessária e suficiente para p .
Teorema de existência
Formulação do teorema:
A soma de dois números naturais é um número natural.
Formulação simbólica: a, b N a b N
É conveniente formular o teorema com base na letra sobre a qual recai a indução.
Neste caso tem que ser a letra b que se encontra do lado direito, o símbolo H (b) significa
que a letra a induzir é b
P(b) : a, b (a, b N a b N )
A proposição antecedente é a hipótese do teorema (representada por H ou hip) e a
proposição consequente é a tese do teorema (representada por T, ou tese).
Para além da hipótese do teorema, existe também a hipótese de indução que é formulada
no 2º passo do método de indução.
Demonstração do teorema
A demonstração do teorema inclui a formulação das hipóteses, da tese e a própria
demonstração.
Cada passo que é necessário demonstrar inclui o mesmo.
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O início de indução tem a sua hipótese e a sua tese.
A hipótese é a N , b 1
A tese é a 1 N
Demonstração:
Por hipótese a e b 1 são números naturais.
Por serem números naturais pode se adicionar e obtém-se, a 1 .
Pela convenção A1 : n 1 (n) , aplicada para n a , obtém-se a 1 (a) .
Como por hiótese a é um número natural, pelo axioma 2 o a tem um sucessor (a) que é
natural, isto é (a) N .
Como (a) é um número natural e a 1 é igual a (a) , então a 1 é um número natural
Esta é uma suposição de que sendo a um número natural e b um número natural igual a
k , a k é um número natural
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Teorema de unicidade
Formulação do teorema:
Se se adicionar qualquer número natural, a ambos os membros de uma igualdade de
números naturais, obtém-se uma igualdade de números naturais.
P(c) : a, b, c N (a b a c b c)
Demonstração do teorema
Demonstração:
Por hipótese a, b N , c 1 e a b .
Como a b , pelo axioma 2 m, n N (m n (m) (n))
(a) (b) . Pela convenção A1 : n 1 (n)
a 1 b 1
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Demonstração:
A tese é uma igualdade.
A demonstração de uma igualdade pode ser feita de três maneiras.
- Partir do primeiro, desenvolver e chegar ao segundo membro.
- Partir do segundo, desenvolver e chegar ao primeiro membro.
- Desenvolver os dois membros e compara-los.
Hipótese:
a, b, c N
ab
Tese:
ac bc
Demonstração:
Por hipótese a, b N , c 1 e a b .
Como a b , pelo axioma 2 m, n N (m n (m) (n))
(a) (b) . Pela convenção A1 : n 1 (n)
a 1 b 1
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H.I P(c k ) : a, b, c N , c k (a b a k b k )
Demonstração:
a (k ) (a k ) (b k ) b (k )
A2 H A2
A2 : n (m) (n m)
H - Hipótese na tese de indução, a b
A proposição é válida para todos os números naturais, isto é
a, b, c N (a b a c b c)
Formulação do teorema:
Se se adicionar qualquer número natural, a ambos os membros de uma igualdade de
números naturais, obtém-se uma igualdade de números naturais.
Exemplo:
4 447 47
O teorema a seguir é reciproco do anterior. A hipótese passa a ser tese e a tese passa a ser
a hipótese.
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Teorema da lei de corte ou da simplificação ou do cancelamento
Formulação do teorema:
Para quaisquer números naturais a , b e c , se a c b c então os números naturais a
e b são iguais.
Demonstração do teorema
Hipótese:
a, b, c N
ac bc
Tese:
ab
Demonstração:
Por hipótese a, b N , c 1 e a 1 b 1 .
Como a 1 b 1 , pela convenção A1 : n 1 (n) , (a) (b)
Pelo axioma 3 m, n N ( (m) (n) m n)
ab
Demonstração:
Pela hipótese a (k ) b (k )
Por A2 : n (m) (n m)
(a k ) (b k )
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Pelo axioma 3 m, n N ( (m) (n) m n)
ak bk .
Pela hipótese de indução
a b.
Exemplo:
47 474 4
x3 73 x 7
x5 y 5 x y