Você está na página 1de 134

Sumário

Sua Importância ............................................. 7


Exegese ........................................................... 8
Composição .................................................... 9
Divisão em Capítulos .................................. 10
Divisão em Versículos ................................ 11
Classificação dos Livros ............................. 12
ANTIGO TESTAMENTO ........................... 12
O NOVO TESTAMENTO ............................. 15
LIVROS BIOGRÁFICOS ............................. 15
HISTÓRICO .................................................. 16
DOUTRINÁRIOS .......................................... 17
PROFECIA .................................................... 17
Regras Gerais da Hermenêutica .............. 18
Usando a Bíblia para Explicar a Bíblia .... 20
Leia a Bíblia no seu Sentido Usual e
Comum ........................................................... 21
TEXTO E CONTEXTO ................................. 24
Regras do Contexto .................................... 29
REGRA UM ............................................... 29
REGRA DOIS ............................................ 30
REGRA TRÊS ........................................... 32
Objetivos do Autor do Livro ....................... 32
PARALELOS DE PALAVRAS ..................... 33
PARALELOS DE ENSINOS GERAIS ....... 36
Paralelos Aplicados a Linguagem Figurada
........................................................................ 37
FIGURAS DE RETÓRICA – I ..................... 40
METÁFORA ................................................... 40
SINÉDOQUE ................................................. 42
ANTROPOMORFISMO ................................ 44
“O Senhor é homem de guerra; Jeová é
o seu nome.” Ex 15:3 .............................. 45
Deus é descrito em vários trechos
bíblicos como tendo forma humana, veja
outros exemplos: ...................................... 45
ANTROPOPATISMO ................................... 46
METONÍMIA .................................................. 47
“Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os
profetas, ouçam-nos.” Lc 16:29 ............ 47
Prosopopéia .................................................. 50
Ironia .............................................................. 54
“Sem dúvida vós sois o povo e convosco
morrerá a sabedoria.” Jó 12:2 ............... 55
HIPÉRBOLE .................................................. 56
ALEGORIA .................................................... 60
O QUE NÃO É ALEGORIA ......................... 64
ENIGMA ......................................................... 67
TERMOS ORIGINAIS .................................. 74
A TEOLOGIA JUDAICA E OS TIPOS ....... 76
PARÁBOLA ................................................... 79
SÍMILE ........................................................... 87
INTERROGAÇÃO ......................................... 93
APÓSTROFE ................................................ 96
ANTÍTESE ................................................... 100
PROVÉRBIOS............................................. 104
Propósito dos Provérbios ......................... 110
Cuidado com os Provérbios Obs curos .. 112
PARADOXO ................................................ 114
HERMENÊUTICA

Definição do Termo

Hermenêutica é o estudo das leis e


princípios da interpretação das Escrituras.
Ela procura responder a pergunta: O que
significa o texto. Portanto, auxiliará o
aluno a entender e compreender o texto
bíblico usando vários recursos. O termo
hermenêutica vem do grego
hermenêutikós, que significa interpretação
ou arte de interpretar. O vocábulo grego
hermeneutes significa intérprete. Essa
palavra deriva-se do nome de Hermes,
que era tido como mensageiro divino e
intérprete dos deuses, e que também era
o deus da eloqüência, que os romanos
chamavam de Mercúrio (At 14:12).
Hermenêutica bíblica é o estudo metódico
e sistemático dos princípios e regras de
interpretação das Escrituras Sagradas.

Sua Importância

A primeira doutrina que todo pregador


deve conhecer é a hermenêutica, porque é
ela (com a ajuda do Espírito Santo) que dá
ao pregador a capacidade para interpretar
o texto sagrado com o qual ele está lhe
dando. Entretanto, quantos pregadores há
que nem de nome a conhecem! Que é,
pois, a hermenêutica? A arte de
interpretar textos, responde o dicionário. A
hermenêutica da qual ocupamos, forma
parte da teologia exegética, ou seja, a que
trata da reta inteligência e interpretação
das Escrituras Sagradas.

Exegese

A palavra exegese vem do grego “ex”,


que significa “fora” e “agein” que significa
“guiar”, ou seja, liderar ou explicar. A
palavra portuguesa exegese é usada para
indicar narrativa, tradução ou
interpretação. Dentro do contexto
teológico, a ênfase recai sobre a
interpretação de modos formais de
explicação que podem ser aplicados a
algum texto, a fim de se compreender o
seu sentido. Na linguagem técnica, a
exegese aponta para a interpretação de
alguma passagem literária específica, ao
mesmo tempo em que os princípios gerais
aplicados em tais interpretações são
chamados hermenêutica.

Principais Divisões

As duas principais divisões da Bíblia


são: Antigo e Novo Testamento, sendo
que o A.T. é três vezes mais volumoso do
que o N.T.

Composição

A Bíblia Sagrada é composta de 66


livros, sendo 39 no Antigo e 27 no Novo
Testamento. O maior livro da Bíblia é o
livro dos Salmos e o menor é a segunda
epístola de João.

Divisão em Capítulos

Os livros da Bíblia são divididos em


1189 capítulos, sendo 929 no Velho e 260
no Novo Testamento. O maior capítulo é o
Sl 119 e o menor é o Sl 117. Para ler a
Bíblia toda em um ano, basta ler 5
capítulos aos domingos e 3 nos demais
dias da semana. A divisão da Bíblia em
capítulos foi feita pelo abade Dominicano
Hugo de Saint Cher, por volta do ano
1250.
Divisão em Versículos

A Bíblia possui 31.173 versículos,


sendo 23.214 no V.T. e 7.959 no N.T. O
maior versículo da Bíblia se encontra em
Et 8:9 e o menor em Ex 20:13; Lc 20:30 ou
Jo 11:35, dependendo da tradução e do
idioma.

A divisão da Bíblia em versículos foi


feita em duas etapas, a saber: O V.T. em
1445, pelo rabi Nathan; e o N.T. em 1551,
por Robert Stevens, um impressor de
Paris. Stevens publicou a primeira Bíblia
dividida em capítulos e versículos em
1555, sendo esta a Vulg ata Latina. Vale a
pena dizer que em inúmeros casos as
divisões são inexatas, bipartindo o texto e
alterando a linha do pensamento original.

Classificação dos Livros

Os 66 livros da Bíblia estão agrupados


por assuntos, sem se importar muito com
a ordem cronológica. A fim de que não
haja mal entendido, é sempre bom o aluno
ter isso em mente ao estudar a Bíblia,
especialmente quando se trata de fatores
ligados à história, à profecia e ao
desenvolvimento.

ANTIGO TESTAMENTO
a) Lei – A lei é composta de 5 livros, a
saber: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números
e Deuteronômio. Estes cinco livros são
chamados de Pentateuco; eles tratam da
criação e da lei dada a Moisés.

b) Históricos – Os livros históricos são


12, a saber: Josué, Juízes, Rute, I e II
Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas,
Esdras, Neemias e Estér. Esses livros
contêm a história do relacionamento do
povo de Israel com Deus e com as nações
vizinhas.

c) Poesia – São considerados poéticos


5 livros, a saber: Jó, Salmos, Provérbios,
Eclesiastes e Cantares de Salomão. A
razão desses livros serem chamados de
poéticos é devido ao seu conteúdo.

d) Profecia – Os livros proféticos são


ao todo 17 livros, indo de Isaías a
Malaquias, e estão divididos em dois
grupos, chamados de profetas maiores e
profetas menores. Os profetas maiores
são 5 livros ao todo, indo de Isaías a
Daniel, enquanto os profetas menores são
12 livros, indo de Oséias a Malaquias. Os
nomes maiores e menores referem -se ao
volume das matérias escritas e da
extensão do ministério do profeta, e não a
pessoa do profeta. O nosso V.T. na Bíblia
hebraica é dividido de uma forma bem
diferente.
O NOVO TESTAMENTO

O N.T. é composto de livros


biográficos, histórico, doutrinários e
profético.

LIVROS BIOGRÁFICOS

Os livros biográficos são os quatro


evangelhos, a saber: Mateus, Marcos,
Lucas e João. Eles descrevem a vida e o
glorioso ministério de nosso Senhor Jesus
Cristo entre os homens. Os três primeiros,
Mateus, Marcos e Lucas, são chamados
de evangelhos sinóticos. São assim
chamados devido ao paralelismo que
apresentam. Alguns entendem que o
número 4 que totaliza os evangelhos se
referem à sua universalidade, por serem 4
pontos cardeais.

HISTÓRICO

Atos dos apóstolos é considerado o


único livro histórico do Novo Testamento.
Nele está registrada a história da igreja
primitiva, mostrando o seu viver e agir. A
história da igreja apresentada em Atos dos
apóstolos mostra que o segredo do
progresso da igreja é a plenitude do
Espírito Santo na vida dos verdadeiros
discípulos do Cristo.
DOUTRINÁRIOS

Os livros doutrinários do Novo


Testamento são ao todo 21 livros,
normalmente chamados de epístolas ou
cartas. Essas epístolas vão de Romanos a
Judas. Algumas dessas epístolas ou
cartas são dirigidas a igrejas, enquanto
outras a indivíduos particulares. As 8
epístolas que vão de Hebreus a Judas são
chamadas de epístolas gerais ou
universais.

PROFECIA

O único livro profético do Novo


Testamento é o livro do Apocalipse. O
termo Apocalipse significa revelação. Esse
livro trata da volta pessoal do Senhor
Jesus à Terra, isto é, sua revelação
pessoal e sua manifestação visível. Esse
livro trata também com exclusividade do
destino eterno do planeta Terra e seus
habitantes. Entre o último livro do Novo
Testamento (Apocalipse) e o primeiro livro
do Velho Testamento (Gênesis) há um
grande contraste. Enquanto o primeiro
narra como tudo começou, o segundo
narra como tudo findará.

Regras Gerais da Hermenêutica

1- A BÍBLIA INTERPRETA A BÍBLIA


Embora a sabedoria humana, em vários
aspectos, seja bonita, contudo não é ela a
intérprete da Palavra de Deus. Deus nos
deu o modo de tratarmos com sua Palavra.
Veja o que Paulo diz em I Co 2:13: “As
quais também falamos, não com
palavras ensinadas pela sabedoria
humana, mas com palavras ensinadas
pelo Espírito Santo, comparando coisas
espirituais com espirituais.”

O bom estudante da Bíblia é aquele que


vive sobre o auspício do Espírito Santo,
em completa dependência de Deus,
porque a Palavra de Deus só pode ser
corretamente interpretada através da
iluminação do Espírito de Deus. Há coisas
que a mente analítica não consegue
galgar. Precisamos do auxílio do Espírito
Santo para entendermos as palavras
espirituais. A Bíblia não deve ser
interpretada à luz da experiência pessoal,
mas a experiência pessoal à luz da Bíblia.

Usando a Bíblia para Explicar a Bíblia

Para entender a Bíblia o leitor tem que


ler a Bíblia. É certo dizer que existem
muitos livros bons, no entanto, nenhum
deles pode substituir a leitura bíblia. A
Bíblia se explica por si só. Foi isso que
Paulo quis dizer quando escreveu:
...comparando as coisas espirituais com
as espirituais. I Co 2:13
A própria Bíblia revela o mistério entre
o primeiro e o último Adão. Veja as
referências (I Co 15:21-22,45 ; Rm 5:12-
21).

Leia a Bíblia no seu Sentido Usual e


Comum

Nunca dê a tudo uma simbol ogia que


não existe, a não ser em suas próprias
idéias. Seja fiel ao texto, nunca
ultrapassando as barreiras. Não devemos
acrescentar e nem diminuir. Vejamos três
exemplos com respeito a este assunto.
Todas as ovelhas e bois, assim como
os animais do campo, as aves do céu e os
peixes do mar, tudo o que passa pelas
veredas dos mares. Sl 8:7-8

Tomando o sentido usual das palavras


notamos que: ovelhas, bois, animais do
campo, aves, peixes do mar, são o que
são, e não simbólicos, como alguns
intérpretes o dizem. O texto não nos
aponta para uma simbologia, por isto
devemos nos deter no sentido usual e
comum.

“Viu Deus a terra, e eis que estava


corrompida; porque toda a carne havia
corrompido o seu caminho sobre a terra.”
Gn 6:12

A palavra carne não pode ser


entendida como uma carne de animal, mas
temos que entender que significa pessoas.
O sentido exato do texto é que as pessoas
se haviam corrompido diante de Deus. Isto
é entender a Palavra no seu sentido usual
e comum.

“Se alguém vier a mim e não aborrecer


a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e
irmãs, e ainda também a sua própria vida,
não pode ser meu discípulo.” Lc 14:26

Entendemos que a palavra aborrecer


no texto em foco não significa desprezar a
ponto de abandonar, irritar, e sim amar
mais que. Jesus quis dizer que se você
amar seus familiares mais do que a Deus,
então você não é digno dele. Veja que
Abraão foi provado neste ponto. Gn 22:12

TEXTO E CONTEXTO

Texto divorciado de contexto se torna


em pretexto. Nunca se deve tomar textos
isolados, evitando assim, heresias na
igreja. A palavra texto significa tecido, e
contexto é tudo aquilo que está
entretecido com o tecido.

O contexto pode se entender também


como comentário que precede ou segue
um texto. A maioria dos erros doutrinários,
que a teologia chama de heresias,
originam-se em textos isolados de seu
contexto. Contexto é o todo em que
aparece o texto. Deve ser observado o
que diz antes e depois do texto escolhido.
Um dos maiores erros é escolhermos um
texto e não estudarmos o seu contexto,
daí resultam muitos erros nas pregações.
O contexto pode estar próximo ou
distante, depende do versículo escolhido.
Através da leitura do contexto saberemos
quem falou e para quem.

1° EXEMPLO
“Mas somente tinham ouvido dizer:
aquele que outrora nos perseguia ag ora
prega a fé que antes procurava destruir.”
Gl 1:23

Para entendermos este versículo é


necessário lermos o seu contexto
imediato, que é do versículo 13 até o 24.
Daí entenderemos o significado desta
passagem. Mas se quisermos entender
melhor o que se passou devemos também
ler At 9:1-31, que é o seu contexto
distante. Enfim, todas as correlações
ajudarão a entender o porque Paulo disse
estas palavras. Nunca despreze o
contexto.
2° EXEMPLO

“Cuidava que seus irmãos entenderiam


que por mão dele Deus lhes ha via de dar
a liberdade, mas eles não entenderam.” At
7:25

Este versículo fala de quem? Quem


são os irmãos? Para estas respostas
temos que ler o contexto, que nos fala de
uma fase da vida de Moisés. Temos que
ler At 7:20-29, que é o seu contexto
imediato. Daí entenderemos que se fala
de Moisés e todos os judeus que estavam
no Egito e, como houve uma desavença
entre eles e Moisés, o mesmo foi defendê -
los, mas acabou sendo incompreendido ao
fugir. Há outras passagens que também
dão luz a este ensinamento (Ex 2:11-15).
O contexto lançou luz sobre a passagem e
agora podemos entendê-los perfeitamente.

3° EXEMPLO

“Também vos darei um coração novo e


porei dentro de vós um espírito novo; e
tirarei da vossa carne o coração de pedra
e vos darei um coração de carne.” Ez
36:26

As expressões existentes aqui, coração


novo, espírito ovo, coração de pedra e
coração de carne, não nos fala de uma
cirurgia, mas de uma modificação de vida
e comportamento em relação a Deus.
Revela-nos santificação do povo (vs 23),
regresso ao país onde deve se buscar a
Deus (vs 24) e que nunca mais os
israelitas buscariam outro deus, mas
somente o Deus verdadeiro. Na verdade,
Deus guiará o seu povo (vs 27-30).

Regras do Contexto

REGRA UM

Devemos sempre tomar a palavra no


sentido do contexto e nunca fora dele. Se
seguirmos esta regra estaremos evitando
graves erros que muitas vezes ouvimos
em algumas pregações. Nunca tenha
preguiça de ler, isto só atrapalharia o bom
andamento de sua exegese. Entre em um
lugar tranqüilo e leia quantas vezes fore m
necessárias. As vezes ocorre de nos
apressarmos, mas tome cuidado, porque a
pressa é inimiga da perfeição. Se
estivermos com muita pressa, é
aconselhável que se escolha um texto que
conhecemos e que seja de fácil
interpretação.

REGRA DOIS

Há palavras obscuras que podem ser


entendidas por uma outra palavra
sinônima ou antônima. Exemplo:

“E digo isto: ao testamento


anteriormente confirmado por Deus, a lei,
que veio quatrocentos e trinta anos
depois, não invalida, de forma a tornar
inoperante a promessa.” Gl 3:17

A palavra testamento tem o sentido de


promessas, que está sendo explicado no
mesmo versículo.

Em Rm 6:23 está escrito: “O salário


do pecado é a morte, mas o dom
gratuito de Deus é a vida eterna.” Veja
como o contrário realçou a outra frase,
dando a entender que a pessoa tem que
buscar o dom gratuito de Deus. Esses dois
exemplos têm o seu contexto imediato.

REGRA TRÊS

Certas palavra, que para nós seria


exagero falarmos, pois estaríamos nos
julgando, devem ser analisadas pelo
contexto. Exemplo: No Sl 7:8 Davi só fala
da sua justiça e integridade em oposição
às calúnias de Cusí, que está bem grafado
no contexto.

Objetivos do Autor do Livro

Todo livro tem um objetivo escrito pelo


autor, e a Bíblia não é diferente. Cabe ao
leitor tentar descobrir este objetivo, e, a
partir daí, entenderá melhor porque o
autor quis dizer o que estava escrito.

PARALELOS DE PALAVRAS

São chamadas de paralelas aquelas


palavras que de algum modo tem uma
certa relação. Quando não conseguimos
entender certas palavras com o contexto
imediato, então iremos ao contexto
distante, que são chamados de passagens
paralelas.

Em Gl 6:17 nos chama a atenção a


palavra marcas. “Daqui em diante ninguém
me moleste, porque eu trago no meu corpo
as marcas de Jesus.”

Que seriam tais marcas de Cristo na


vida de Paulo? Seria milagres que Deus
operou em sua vida? Daí necessitamos
das passagens paralelas.

Em II Co 4:9-10 analisamos que os


crentes possuem as marcas da
perseguição, dos sofrimentos, etc. E, em II
Co 11:23-25, vemos Paulo relatando que
levou muitas chicotadas, tais eram as
marcas do apóstolo por causa do amor ao
Evangelho. Sendo assim, chegamos à
conclusão que as marcas que o apóstolo
se refere eram as do sofrimento,
principalmente as que ficaram em seu
corpo por causa das chicotadas.

“Perseguidos, mas não


desamparados, abatidos, mas não
destruídos; trazendo sempre no corpo o
morrer de Jesus, para que também a
vida de Jesus se manifeste em nossos
corpos.” II Co 4:9-10

“São ministros de Cristo? (falo como


fora de mim), eu ainda mais; em trabalhos
muito mais; em prisões muito mais; em
açoites sem medida; em perigo de morte
muitas vezes; dos judeus recebi cinco
quarentenas de açoites menos um. Três
vezes fui açoitado com varas, uma vez fui
apedrejado, três vezes sofri naufrágio,
uma noite e um dia passei no abismo.” II
Co 11:23-25

PARALELOS DE ENSINOS GERAIS

Para falar desse assunto, vamos tomar


um trecho no livro dos provérbios como
exemplo: “O Senhor fez tudo para um
fim; sim, até o ímpio para o dia do mal.”
Pv 16:4

Analisando a última frase dá-nos a


entender que Deus quer que todos os
ímpios pereçam, quando na verdade, no
ensino geral das Escrituras não é assim.
Deus sempre está providenciando um
meio para o pecador ser liberto a ponto de
enviar seu próprio Filho para morrer pelo
pecador.

No paralelo de ensinos gerais você não


pode deduzir um doutrina apenas lendo
um versículo, é necessário consultar o que
todos disseram sobre o assunto, daí então
chegar a uma conclusão.
Paralelos Aplicados a Linguagem
Figurada

Vamos tomar como exemplo disso um


trecho no livro dos Salmos.
Porque na mão do Senhor há um
cálice, cujo vinho espuma, cheio de
mistura, do qual ele dá a beber;
certamente todos os ímpios da terra
sorverão e beberão as suas fezes. Sl 75:8

Nesse versículo encontramos a pala vra


cálice, mas que tipo de cálice seria esse?
Será que se trata de uma linguagem
figurada? Analisando este texto,
chegamos a conclusão que ele é uma
linguagem figurada, pois comparando -o
com outros trechos, vemos que o cálice
aqui mencionado refere-se à ira de Deus
sobre os ímpios pecadores.
“Desperta, desperta, levanta-te, ó
Jerusalém, que bebeste da mão do Senhor
o cálice do seu furor; que bebeste da taça
do atordoamento e a esgotaste. Assim diz
o Senhor Deus e o teu Deus, que pleiteia
a causa do seu povo: eis que eu tiro da
tua mão a taça do atordoamento e o cálice
do meu furor; nunca mais dele beberás.
Assim diz o Senhor e o teu Deus, que
pleiteia a causa do seu povo: eis que eu
tiro da tua mão a taça do atordoamento e
o cálice do meu furor; nunca mais dele
beberás.”

Toda linguagem figurada tem uma


interpretação na Bíblia. Não se deve ficar
inventando uma interpretação à linguagem
figurada, isso é perigoso e anti -bíblico.

FIGURAS DE RETÓRICA – I

METÁFORA

Uma metáfora é alguma semelhança


entre dois objetivos ou fatos,
caracterizando-se com o que é próprio do
outro.
Exemplo: Disse Jesus: Eu sou o
caminho...Jo 14:6

Nesta passagem bíblica temos uma


metáfora, pois há uma semelhança entre
Jesus e o caminho. Daí você deduzirá
comparando algo sobre o caminh o e
lançando na pessoa de Jesus.
SINÉDOQUE

A palavra sinédoque vem do grego


“synedoché” e significa comparação de
várias coisas simultaneamente; pelo latim,
“synedoche”, refere-se ao emprego de
palavras no sentido figurado, e consiste
no uso do todo pela parte, do plural pelo
singular, do gênero pela espécie, etc.
Sinédoque é aquela maneira de se
expressar usualmente tomando a parte
pelo todo, ou o contrário disso.
Exemplo: “Porquanto está alegre o
meu coração e se regozija a minha
alma; também a minha carne habitará
em segurança.” Sl 16:9
O salmista diz,...a minha carne (que é
apenas uma parte do seu inteiro) habitará
em segurança. Quando deveria dizer: o
meu ser (que faz parte do seu todo)
habitará em segurança.

Um outro exemplo disso é a expressão


paulina em I Co 11:26 ao dizer, todas as
vezes que...beberdes este cálice, em lugar
de dizer beberdes deste cálice, isto é, do
que está no cálice, porque o cálice não é
algo que se pode beber. Aqui ele toma o
todo pela parte, quando deveria referir -se
somente a parte que é o que está no
cálice, ou seja, o vinho.
ANTROPOMORFISMO

Este termo vem da palavra grega


“antropomorfos” que significa “de forma
humana”. É a atribuição de qualidades
humanas ao ser divino, ou a idéia de que
Deus tem alguma espécie de form ato,
similar à anatomia humana.

A tendência para expressar idéias


acerca de Deus sob formas humanas,
física, mental, moral ou espiritual, é
tendência da maioria das religiões, sendo
quase impossível ser evitada, devido às
restrições da linguagem humana. N ão há
entre os homens uma linguagem
puramente divina, pelo que não há como
falar sobre Deus sem usar termos que o
antropomorfizem. Veja alguns exemplos
disto:

“O Senhor é homem de guerra; Jeová é


o seu nome.” Ex 15:3

Deus é descrito em vários trechos bí blicos


como tendo forma humana, veja outros
exemplos:

Com pés (Ex 24:10) – Com mãos (Ex


24:11 – Js 4:24) – Com boca (Nm 12:8) –
Com coração (Os 11:8)
ANTROPOPATISMO

Esse termo vem do grego “anthropos”


que significa “homem” e “pathein” que
significa sofrer. Essa palavra é usada para
atribuir sentimentos humanos a qualquer
coisa não-humana, como objetos
inanimados, animais, fenônemos da
natureza, seres espirituais e até mesmo
Deus. Veja alguns textos onde Deus é
apresentado com emoções humanas:

“Então arrependeu-se o Senhor de


haver feito o homem na terra e isso lhe
pesou no coração.” Gn 6:6
Sente cheiro (Gn 8:21) – Anda e vê (Gn
11:5-6) – Sente ira (Zc 1:2) – Se
entristece (Ef 4:30)

METONÍMIA

Esta palavra é usada para figurar o uso


da causa pelo efeito, ou o sinal ou símbolo
pela realidade indicada pelo símbolo. Veja
o exemplo disso:

“Disse-lhe Abraão: Têm Moisés e os


profetas, ouçam-nos.” Lc 16:29

Observe o que o texto diz...Têm Moisés


e os profetas, ao invés de dizer, os
escritos de Moisés e dos profetas, ou o
Antigo Testamento.

Esta palavra é usada também para


explicar a realidade pelo símbolo. Veja o
exemplo: “Tornou-lhe Pedro: Nunca me
lavarás os pés. Replicou-lhe Jesus: Se
eu não te lavar, não tens parte comigo.”
Jo 13:8

Observe Jesus dizer “se eu não te


lavar, não tens parte comigo”.

O texto sagrado diz que Jesus colocou


água numa bacia e começou a lavar os
pés dos discípulos, e quando chegou a
vez dele lavar os pés de Pedro, o apóstolo
não aceitou. Pedro não entendeu o
significado da lavagem, pensava que se
tratava de uma prática rotineira, mas
Jesus o reprovou dizendo: se eu não te
lavar, não tens parte comigo. Com esse
ato, Jesus dava lição espiritual que é a
lavagem da alma, com um símbolo
espiritual, que é a lavagem dos pés. Com
essa lição, Jesus faz Pedro saber que
para ter parte com ele, não depende
simplesmente de uma mera prática
rotineira, ou de um simples ritual religioso,
mas tão somente da purificação da alma.
A prova disso está no versículo 10 quando
Jesus faz menção da impureza espiritual
de Judas.
Prosopopéia

A palavra prosopopéia, no grego se


escreve “prosopopoiía” e significa
personificação. Esta palavra é usada
quando se quer personificar um ser
inanimado (que não tem vida) atribuindo -
lhe vida, movimento e ação. Veja alguns
exemplos disso:

“Onde está, ó morte, a tua vitória?


Onde está, ó inferno, o teu aguilhão?” I Co
15:55
Observe que nesta passagem o
apóstolo Paulo fala da morte como se
fosse algo que tivesse vida e pudesse
praticar alguma ação ao perguntar, onde
está ó morte, a tua vitória? Todos nós
sabemos que a morte não é uma pessoa,
não tem vida e nem pode agir. A morte
nada mais é do que um acontecimento, ou
uma experiência na vida. A morte não é
nem o fim e nem o começo de uma vida,
mas tão somente uma experiência n a vida.
Ela é uma porta que se fecha para a vida
no aquém, mas que se abre para uma vida
no além. Observe que esta mesma palavra
é usada no livro do Apocalipse pelo
apóstolo João.

“E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o


que estava montado nele chamava -se
morte, e o hades o seguia; e foi-lhes dada
autoridade sobre a Quarta parte da terra,
para matar com a espada, com a fome,
com a peste e com as feras da terra.” Ap
6:8
Aqui a morte é personificada em um
cavalo amarelo apresentando as terríveis
catástrofes apocalípticas.

O apóstolo Pedro também faz uso


desta figura em sua epístola ao dizer:
“Tendo antes de tudo ardente amor uns
para com os outros, porque o amor
cobre uma multidão de pecados” (I Pe
4:8).
Nesta passagem, o amor (abstrato) é
personificado como sendo algo que pode
cobrir uma multidão de pecados.

O Velho Testamento está repleto desta


linguagem especialmente nos escritos
poéticos, veja: “Por que estás, ó monte
de cimos numerosos, olhando com
inveja o monte que Deus desejou para
sua habitação? Na verdade o Senhor
habitará eternamente.” (Sl 68:16).

“Pois com alegria saireis e em paz sereis


guiados; os montes e os outeiros
romperão em cânticos diante de vós e
todas as árvores do campo baterão
palmas.” (Is 55:12).
“A benignidade e a fidelidade se
encontraram; a justiça e a paz se
beijaram. A fidelidade brota da terra e a
justiça olha desde o céu.” Sl 85:10

Ironia

Ao se expressar o contrário do que se


quer dizer, automaticamente eu estou
fazendo uso da ironia. “Ora, julgo que em
nada tenho sido inferior aos mais
excelentes apóstolos.” II Co 11:5

“Tornei-me insensato; vós a isso me


obrigastes, porque eu devia ser louco por
vós, visto que em nada fui inferior aos
demais excelentes apóstolos, ainda que
nada sou.” II Co 12:11

Veja que nestas passagens o apóstolo


Paulo fala dos falsos apóstolos como se
fossem excelentes apóstolos, mas
ressaltando com muita ênfase que são
falsos apóstolos.

“Sem dúvida vós sois o povo e


convosco morrerá a sabedoria.” Jó 12:2

Nesta passagem, Jó fala dos seus


amigos como possuidores de uma falsa
sabedoria, porque falavam do que não
tinham conhecimento de causa. Veja outro
exemplo: I Re 18:27-

HIPÉRBOLE

Hipérbole é a maneira de falar de algo


com exagero para melhor clarear a
imaginação. Quando eu exagero no
tamanho ou na densidade de alguma
coisa, eu estou fazendo uso desta figura.
Este exagero pode ser na densidade ou na
extensidade, pode ser para maior ou para
menor. Quando digo, estou morrendo de
fome, ou quase morri de tristeza, estou
fazendo uso da hipérbole.

Quando digo, já lhe disse isto mil


vezes, estou querendo dizer que já falei a
mesma coisa muitas vezes. Esta maneira
de expressar torna mais vivo na idéia de
quem me ouve o que eu estou falando.
Tanto a ironia como a hipérbole aparece
bem pouco nas Escrituras Sagradas, mas
elas estão lá, veja:

“E ainda muitas outras coisas há que


Jesus fez; as quais, se fossem escritas
uma por uma, creio que nem ainda no
mundo inteiro caberiam os livros que se
escrevessem.” Jo 21:25

Observe que o escritor sagrado


exagera dizendo, que nem o mundo todo
caberia os livros que porventura
contassem toda a história do que Jesus
fez. Sabemos que foi um exagero da parte
de João, mas a idéia tornou-se mais viva
porque entendemos que Jesus fez muito
mais milagres e maravilhas do que os que
ficaram registrados.

“Para onde estamos nós subindo?


Nossos irmãos fizeram com que se
derreteste o nosso coração, dizendo:
Maior e mais alto é o povo do que nós; as
cidades são grandes e fortificadas até o
céu e também vimos ali os filhos dos
anaquins.” Dt 1:28

Vemos aqui no discurso de Moisés


alguns exageros ao dizer:... “fizeram com
que se derreteste o nosso coração”. Ele
extrai do relatório dos 12 espias alguns
exageros onde diz... “as cidades são
grandes e fortificadas até o céu”.

“Também vimos ali os nefilins, isto é,


os filhos de Anaque, que são
descendentes dos nefilins; éramos aos
nossos olhos como gafanhotos, e assim
também éramos aos seus olhos.” Nm
13:33

O relatório que os espias trouxeram era


tão derrotista que, ao invés deles
exagerarem positivamente, exageraram
negativamente, dizendo que eles eram
como gafanhotos em comparação aos
habitantes da terra.

ALEGORIA

A palavra alegoria vem de dois termos


gregos, “allos” que significa outro e
“agoreuein” que significa falar. Quem
alegorizava, falava ou escrevia sobre
alguma coisa sobre intermédio de outra,
procurando desvendar sentidos simbólicos
ou espirituais ocultos e inesperados. Ao
referir-se a Hedores, possuidor de uma
natureza ardilosa e má de uma raposa,
Jesus disse: Ide dizer a essa raposa...
Lc 13:32
Quando uma narrativa ou ilustração
contém vários exemplos de tais usos,
chamamo-la de alegoria, mas, se apenas
um desses artifícios literários é usado,
chamamos esse uso de metáfora ou
símile.

O termo grego pode ser usado para


indicar um uso isolado ou um uso
reiterado desse artifício. Alegoria é o
nome que se dá a narrativa em que as
pessoa representam idéias ou princípios.
Quase todas as narrativas bíblicas são
históricas verídicas e não alegóricas,
porém, não deixa de haver algumas
alegorias. Veja um exemplo de alegoria
bíblica: “O que se entende por alegoria:
pois essas mulheres são dois pactos; um
do monte Sinai, que dá a luz filhos para a
servidão, e que é Agar.”

A alegoria indica a explicação ou


expressão de alguma coisa por meio do
nome ou imagem de outra coisa. Neste
caso, fazer a Hagar e seus filhos
corresponderem à atual Jerusalém e aos
judeus (que, na realidade, descendem de
Abraão e Sara, e não de uma escrava),
parece uma estranha distorção. Mas o
apóstolo Paulo apontava para o aspecto
da servidão espiritual.

Aqueles que se submeteram a


escravidão espiritual, tornaram -se
descendentes espirituais de Hagar e seus
filhos, e não de Sara e seu filho, o qual
nasceu livre. Normalmente, a alegoria
consta de várias metáforas reunidas, e às
vezes, ela aparece sempre acompanhada
da interpretação exigida, como no caso de
algumas parábolas. Um exemplo disto está
em Is 5:1-7, onde a interpretação aparece
no versículo sete:

Pois a vinha do Senhor dos exércitos é


a casa de Israel, e os homens de Judá são
a planta das suas delícias; e esperou que
exercessem juízo, mas eis aqui
derramamento de sangue; justiça, e eis
aqui clamor. Veja ainda Sl 80:8-13
O QUE NÃO É ALEGORIA

Uma metáfora ou símile é uma única


comparação mediante a qual uma coisa é
explicada por meio de outra, segundo já
vimos na ilustração acima, em que a
raposa toma o lugar de Herodes. Uma
parábola, por estrita definição, é uma
história que contém uma ou algumas
poucas lições ilustradas por seu intuito
geral. Todavia, a maioria das parábol as do
Novo Testamento consiste, realmente, de
alegorias.

Nas alegorias muitos itens têm um


sentido simbólico, isto é, são usadas
muitas símiles ou metáforas. A parábola
do semeador, contada por Jesus, envolve
um sentido para cada item. E isso,
segundo a definição moderna, é uma
alegoria, e não uma parábola. Uma
analogia é a comparação de uma coisa
com outro, que tenciona instruir a
natureza da coisa em questão.

Uma analogia envolve a semelhança


entre um coisa e outra, em um ponto a
mais. A bondade de um h omem pode ser
usada para descrever a bondade divina,
porque se assemelha a esta, em algum
grau. Todos os atributos de Deus são
concebidos por nós por analogia com as
melhores qualidades humanas, posto que
multiplicadas ao infinito. Um tipo envolve a
circunstância em que uma coisa ou pessoa
simboliza outra, ou um aspecto de outra
pessoa ou coisa, tal como o sacerdócio de
Arão tipificava o sacerdócio de Cristo
quanto a certo aspecto, ou como José, em
algumas de suas qualidades pessoais,
prefigurava as qualidades de Cristo,
servindo assim de tipo do Senhor Jesus
Cristo.

Devemos tomar muito cuidado ao ver


alegoria onde não existe alegoria. Alguns
vêm na parábola do bom samaritano no
capítulo 10 de Lucas uma alegoria. Mas
será que é isto mesmo? Dizem que o
vinho (vs 34) representa o sangue de
Cristo, o azeite (vs 34) é o Espírito Santo,
a hospedaria (vs 34) é a igreja, os dois
denários (vs 35) são os dois mil anos da
dispensação da graça, etc. Nem todos os
itens de uma parábola devem ter,
necessariamente, um significado. Muitos
itens são citados para dar o sentido da
parábola e esta não ficar incompleta.

ENIGMA

Tanto no hebraico como no grego, o


termo é ainigma, e significa declaração
obscura ou quebra-cabeça. Antigamente
os enigmas eram de uso comum, por todo
o mundo bíblico. A distinção entre fábula,
quebra-cabeça e enigma, normalmente é
arbitrária. Entretanto, o ponto central de
um quebra-cabeça é deixar o ouvinte
confuso. De acordo com Flávio Josefo
(historiador hebreu), Salomão e Hirão
entraram numa competição de enigmas, e
este último, com alguma ajuda, saiu -se
vitorioso.

Os enigmas podem ser concebidos


como declarações místicas que, embora
difíceis de compreender, não são difíceis
quanto ao seu desígnio. O que cria a
dificuldade pode ser a falta de melho res
informações por parte do ouvinte. Por sua
vez, uma fábula é apenas uma narrativa
fictícia (com freqüência envolvendo
membros da flora ou da fauna), relatada a
fim de transmitir alguma mensagem ou
idéia espiritual. Uma fábula, embora possa
ser difícil de entender, não o é
necessariamente.

A raiz do termo hebraico significa


torcer, evitar; é possível que a idéia é que
um enigma seja uma declaração indireta e
distorcida.

Observe que sobre Moisés é dito que


ele falava com Deus face a face, o que é
posto em contraste com Nm 12:8, onde
diz: “Boca a boca falo com ele,
claramente e não em enigmas, pois ele
contempla a forma do Senhor. Por que,
pois, não temeste falar contra o meu
servo, contra Moisés?”
O enigma algumas vezes é usado como
um paralelo de provérbios ou parábolas,
como no caso do Sl 49:4-5: “Inclinarei os
meus ouvidos a uma parábola;
decifrarei o meu enigma ao som da
harpa. Por que temeria eu nos dias da
adversidade, ao cercar-me a iniqüidade
dos meus perseguidores?”

“A rainha de Sabá apresentou-se a


Salomão a fim de prová-lo com perguntas
difíceis. Tendo a rainha de Sabá ouvido da
fama de Salomão, no que concerne ao
nome do Senhor, veio prová-lo por
enigmas.” I Re 10:1
No livro do Apocalipse, encontramos
um verdadeiro enigma, onde vemos o
número da besta, veja: “Aqui há
sabedoria. Aquele que tem
entendimento calcule o número da
besta, porque é o número de um
homem, e o seu número é seiscentos e
sessenta e seis.” Ap 13:18

A palavra grega ainígma é encontrada


em I Co 13:12, onde lemos: “Porque
agora vemos como por espelho, em
enigma, mas então veremos face a face;
agora conheço em parte, mas então
conhecerei plenamente, como também
sou plenamente conhecido.”

O enigma é algo parecido com a


alegoria é a enunciação de uma idéia em
uma linguagem difícil de entender. O
enigma também aparece raramente nas
Escrituras e parece que os únicos lugares
onde temos um enigma nas Escrituras é
em Jz 14:14, proposto por Sansão aos
filisteus e Pv 30:24, ditos do rei Agur .

FIGURAS DE RETÓRICA – II

Tipo é a maneira de apresentar as


realizações, o caráter e os atributos de
uma pessoa através de algo ou de alguém.
A tipologia é uma técnica associada bem
de perto à alegoria, mediante a qual
pessoas, eventos, instituições ou objetos
de qualquer espécie passam a sim bolizar
a pessoa de Cristo Jesus, ou então alguns
aspectos da fé, da doutrina, das práticas,
das instituições cristãs, etc. Tanto o
apóstolo Paulo quanto o autor da epístola
aos hebreus tiraram muito proveito do
Antigo Testamento, visto que eles
acreditavam que o AT prefigurara (por ato
de Deus) o Novo Testamento, como
também que Cristo foi o cumprimento de
inúmeros tipos ou símbolos do AT. Um
tipo assemelha-se a uma alegoria, mas
visto que tem melhores bases bíblicas,
tem ocupado um sucesso maior, retendo
um importante papel dentro da
interpretação cristã. Nas páginas da Bíblia
existem muitas alegorias, entretanto, o
número de tipos é sublimemente maior.

TERMOS ORIGINAIS

Passaremos a apresentar aqui alguns


termos gregos que foram traduzidos para
o português.

“Túpus”, que significa tipo. Rm 5:14 ; I


Co 10:6,11. “Ská”, também um termo
grego que significa “sombra”, Cl 2:17 ; Hb
8:5 ; 10:1. “Hupódeigma”, que significa
cópia, Hb 8:5 ; 9:23. “Parabolé”, que
significa figura, Hb 9:9. “Antítipo” I Pe
3:21. Todos esses vocábulos envolvem o
uso de tipos para efeitos didáticos, e as
passagens ilustrativas acima oferecidas
provêm exemplos dessa atividade no Novo
Testamento.

Esses tipos apresentados provêm


sombras ou vislumbres de verdades que
são melhor desenvolvidas e expostas no
Novo Testamento, em contraste com o
Antigo Testamento. O certo mesmo é que
o VT é demonstrado como uma espécie de
riquezas de onde são extraídas todas as
formas de antecipações de Cristo Jesus,
de sua igreja e de sua doutrina, mediante
o uso de pessoas ou coisas que são
usadas simbolicamente. Apesar de haver
exageros de interpretações, os tipos
enriquecem extraordinariamente as
Escrituras Sagradas, com seus
significados de alto nível.

A TEOLOGIA JUDAICA E OS TIPOS

Os mestres judeus gostavam muitos


dos símbolos, dos tipos, das alegorias e
das parábolas. A tipologia era
extremamente popular entre os rabinos
judeus, por isso ela tem um pano de fundo
essencialmente judaico. Os achados
arqueológicos nas cavernas do Mar Morto
provêm ilustrações tanto da interpretação
alegórica quanto da interpretação
tipológica. É natural que os autores do
Novo Testamento (quase todos judeus,
acostumados com o estudo do Antigo
Testamento) tivessem visto tipos claros no
Antigo Testamento. Assim, Cristo tornou -
se o segundo Adão, conforme Paulo
escreveu no capítulo 12 da sua epístola
aos romanos; a primeira páscoa ilustrava
Cristo como nossa páscoa e a eucaristia
sagrada (I Co 5:6-8); o cordeiro pascal
antecipava o Cordeiro de Deus (Jo 1:29);
Israel no deserto antecipava certos
aspectos da vida cristã (I Co 10:1-11). A
epístola aos hebreus foi escrita de forma
virtual, nos conduzindo a um glorioso
estudo bíblico do princípio ao fim. Por
isto, não temos nenhuma dúvida de que os
tipos enriquecem a teologia cristã.
Entretanto, não podemos deixar de
lembrar que muitos abusam dos tipos, com
imaginações exageradas, criando muitas
fantasias subjetivas.
PARÁBOLA

A parábola é uma forma de alegoria


extraída da natureza ou de ocorrência da
vida diária, cujas ocorrências lançam l uz
sobre uma lição moral ou religiosa. Nas
Escrituras Sagradas, a parábola chegou
ao seu apogeu no ministério do Senhor
Jesus Cristo. Nenhuma das parábolas de
Jesus foi excogitada por ele; todas elas
foram vividas por ele – e só podem ser
compreendidas por nós quando
plenamente vividas.

Toda parábola consta de dois


elementos: o símbolo material e o
simbolizado espiritual. O símbolo material,
que é normalmente tirado da natureza ou
da sociedade humana é compreensível a
todos, mas a compreensão do simbolizad o
espiritual depende do estado de evolução
de cada um. Quem tem 10 graus de
evolução espiritual interpreta a parábola
como sendo 10; quem tem 50 graus
compreende-a no nível 50; quem tem 100
graus de evolução compreende a parábola
no nível 100. Devido a essa ilimitada
elasticidade o simbolizado espiritual da
parábola, esse modo de ensinar se presta
para toda e qualquer classe de homens.
Por outro lado, porém, não é possível dar
uma explicação definitiva e
universalmente válida das parábolas; a
sua relatividade admite inúmeras
interpretações, proporcionais ao estado de
evolução espiritual de cada ouvinte ou
leitor.

Chamamos a atenção para o fato de


que as parábolas não visam, em primeiro
lugar, uma certa moralidade de agir, mas,
acima de tudo, a consciência d o ser.
Quando o homem se limita a certa
vivência no agir moral, mas não atinge a
realidade do seu ser espiritual, corre ele o
perigo de marcar passo na zona
superficial de um moralismo convencional,
sem atingir a consciência da realidade. As
parábolas nos convidam a um profundo
conhecimento espiritual e místico, cujo
transbordamento espontâneo se revelará
infalivelmente em uma gloriosa realização
da alma.

O capítulo 15 de Lucas apresenta três


parábolas, a saber: a parábola da ovelha
perdida, a parábola da dracma perdida e a
parábola do filho pródigo. A dracma
estava perdida e não sabia que estava
perdida (Obviamente uma moeda não sabe
coisa alguma). Esta é a situação do crente
perdido em casa. Está perdido e não sabe
que está perdido.

A ovelha estava perdida sabia que


estava perdida, mas não sabia o caminho
de volta. É o tipo do crente perdido que
não tem forças para voltar. O filho estava
perdido, sabia que estava perdido, e sabia
o caminho de volta, tanto que voltou. Este
é o tipo de crente perdido que vo lta para o
Pai celestial.

Há quem pensa que a interpretação


das parábolas de Jesus ocorre de forma
elástica, ou seja, cada um entende de
acordo com a sua capacidade de
entender. Mas isto não me parece muito
honesto, porque segundo o meu
entendimento, duas pessoas com
entendimento antagônico não pode
estarem simultaneamente certas; ou um
está certa e outra errada, ou o contrário
disto. O pensamento é o seguinte; Jesus
expôs as parábolas em um determinado
nível de espiritualidade, e elas só podem
ser totalmente compreendidas por alguém
que estiver neste mesmo nível. Isto
significa que, se as parábolas foram dadas
no nível 50, só podem serem
compreendidas por alguém que estiver
neste mesmo nível, sob pena de estar
errado. Há parábolas tão difíceis de serem
interpretadas, que alguns resolvem este
problema dizendo que não foi proferida
por Jesus. Um exemplo disto é a parábola
do mordomo infiel (Lc 16:1-13).

Para resolver problemas como este,


passarei a apresentar aqui algumas
observações que devem ser seguidas p or
aqueles que desejam melhorar a sua
maneira de interpretar as parábolas.

a) Sempre que você ler uma parábola,


não se esqueça que ela está relacionada
com Cristo e o seu reino. Sendo assim, ao
estudá-la você deve perguntar: o que isto
tem a ver com Cristo e o seu reino? Um
clássico exemplo disto está na parábola
do joio e do trigo, a qual Jesus interpretou
em parte ao dizer que o semeador é o
filho do homem (Jesus). O campo é o
mundo, e a boa semente são os filhos do
reino. O joio são os filhos do maligno (Mt
13:36-37).

b) Ao ler uma parábola devo ter em


vista o tempo e o lugar em que ela foi
apresentada, sem me esquecer dos
costumes da cultura local. Um exemplo
disto está na parábola da dracma (moeda)
perdida. Sabemos que no antigo oriente
as mulheres lidavam muito pouco dinheiro,
os valores pessoais que elas possuíam
eram normalmente as suas jóias. Sendo
assim, ao perder uma moeda, uma mulher
ficaria bastante ansiosa (Lc 15:8).

c) Devemos ter sempre em vista a lição


que tal parábola nos dá, cuja lição e ra
sempre referida por Jesus no final de cada
uma das suas parábolas. Por exemplo: a
parábola das 100 ovelhas termina com as
seguintes palavras: “...Digo-vos que assim
haverá maior alegria no céu por um
pecador que se arrepende, do que por
noventa e nove justos que não necessitam
de arrependimento”. Lc 15:7

Ao estudarmos uma parábola não


devemos tirar conclusões precipitadas.
Qualquer conclusão que você tirar de uma
parábola, é sempre bom compará -la com o
contexto de tal parábola, seja de imediato
ou distante, como já vimos em lições
passadas.

SÍMILE

Segundo o dicionário Aurélio, a palavra


símile vem do latim simile, e como
substantivo feminino significa qualidade
ou caráter de similar. E como substantivo
masculino significa qualidade do que é
semelhante. Pela enciclopédia brasileira
Mérito, esta palavra é definida da seguinte
maneira: semelhante; analogia; qualidade
do que é semelhante; comparação de
coisas semelhantes.

Essa figura aparece em vários trechos


bíblicos para melhor facilitar a
compreensão do ouvinte. O símile é um
tanto parecida com a metáfora. A metáfora
consiste em denominar uma coisa
empregando o nome de outra, na
esperança de que o leitor ou ouvinte
reconhecerá a semelhança entre o sentido
real e o figurado da comparação. O
Senhor Jesus empregou o qualitativo de
“aquela raposa”, (Lc 13:32), o que
constitui uma metáfora. Se houvesse dito
que Herodes era como uma raposa, teria
empregado a figura retórica denominada
símile. A palavra raposa ajustava -se tão
bem ao astuto rei, que o Senhor não
necessitou dizer que Herodes era uma
raposa. No símile se emprega para a
comparação a palavra “como” ou outra
similar, enquanto na metáfora se
prescinde dela.

Veja alguns exemplos de símile:


“Porque os meus pensamentos não são
os vossos pensamentos, nem o s vosso
caminhos os meus caminhos, diz o
Senhor. Porque, assim como o céu é mais
alto do que a terra, assim são os meus
caminhos mais altos do que os vossos
caminhos, e os meus pensamentos mais
altos do que os vossos pensamentos.
Porque, assim como a chuva e a neve
descem dos céus e para lá não tornam,
mas regam a terra, e a fazem produzir e
brotar, para que dê semente ao semeador,
e pão ao que come, assim será a palavra
que sair da minha boca; ela não voltará
para mim vazia, antes fará o que me
apraz, e prosperará naquilo para que a
enviei.” Is 55:8-11

Analisando este trecho bíblico, o Dr. E.


Lund/P.C. Nelson em seu livro de
hermenêutica, faz menção o comentário
do Dr. Delitch, em seu comentário bíblico
de Isaias, ao dizer: “Assim como a neve e
a chuva são causas imediatas de
crescimento, e também da satisfação que
proporcionam os produtos colhidos, assim
também a palavra de Deus abranda e
refresca o coração humano,
transformando-o em terreno fértil. A
palavra de Deus proporciona também ao
profeta – o semeador – a semente para
semear, a qual traz consigo o pão que
alimenta a alma. O homem vive de toda
palavra que sai da boca de Deus. Dt 8:3

Observe outros exemplos de similitude:


“Vinde, pois, e arrazoemos, diz o
Senhor: ainda que os vossos pecados
são como a escarlata, eles se tornarão
brancos como a neve; ainda que são
vermelhos como o carmesim, tornar -se-
ão como a lã.” Is 1:18

Mas os ímpios são como o mar


agitado, pois não pode estar quieta, e
as suas águas lançam de si lama e
lodo.” Is 57:20

Observe que o mesmo narrador


compara o ímpio com um mar agitado,
também compara o justo com um jardim
regado e como um manancial, veja: “O
Senhor te guiará continuamente, e te
fartará até em lugares áridos, e
fortificará os teus ossos; serás como
um jardim regado, e como um
manancial, cujas águas nunca falham.”
Is 58:11

INTERROGAÇÃO

O termo interrogação vem do latim


“interrogatione”, e significa ato ou efeito
de perguntar, entretanto, nem todas as
perguntas são interpretadas como figuras
de retórica. A interpretação só pode ser
considerada figura de retórica, quando ela
encerra uma conclusão. Isto ocorre
quando o orador se dirige ao seu
interlocutor, ou adversário, ou até mesmo
ao público, em tom interrogativo, já
sabendo que ninguém poderá respondê -lo,
ou pelo menos, não ousará respondê-lo.
Veja alguns exemplos disto:

“Longe de ti que faças tal coisa, que


mates o justo com o ímpio, de modo
que o justo seja como o ímpio; esteja
isto longe de ti. Não fará justiça o juiz
de toda a terra?” (Gn 18:25)

O significado desta pergunta está em


esclarecer que Deus, o juiz de toda a
terra, é plenamente justo, por isso julga
com justiça, dando a cada um segundo o
que lhe é devido. “Não são todos eles
espírito ministradores, enviados para
servir a favor dos que hão de herdar a
salvação?” (Hb 1:14) Esta pergunta
significa que o ministério dos anjos não
pode ser detido por nenhum mortal, e nem
mesmo pelos agentes do mal. O método
de perguntar e responder é encontrado no
ministério de Jesus. As suas perguntas
nunca eram triviais, mas li gavam
geralmente aos mais profundos problemas
humanos. Algumas vezes a pergunta vinha
na frente:

“Pois qual é mais fácil dizer:


perdoados são os teus pecados, ou
dizer: levanta-te e anda?”(Mt 9:5), que
aproveita o homem ganhar o mundo
inteiro e perder a sua vida? Mt 16:26
“O batismo de João era do céu ou
dos homens?” Lc 20:4

Veja ainda. Rm 8:33-35 ; Lc 22:48 ; Jó


20:4-5 ; 11:7

APÓSTROFE

O termo apóstrofe vem do grego


“apostrophé”, e pelo latim “apostrophe”.
Apóstrofe é o nome que se dá ao ato em
que o orador ou o escritor se dirige a algo
ou a alguém, a fim de fazer uma
interrupção. Isto pode acontecer a uma
pessoa ou a qualquer coisa real ou
fictícia. Este vocábulo indica que o orador
se volve de seus ouvintes imediatos para
dirigir-se a uma pessoa ou coisa ausente
ou imaginária. O emprego desta figura, no
calor da oratória, é usada para produzir
um forte efeitos sobre os ouvintes.
Quando o orador ou o escritor faz uso de
palavras dirigidas a um objeto impessoal,
a personificação e a apóstrofe
normalmente se combinam. Veja um
exemplo disto:

“Onde está, ó morte, o teu aguilhão?


Onde, está, ó inferno, a tua vitória?” I
Co 15:55

Aqui temos uma combinação entre


apóstrofe e a personificação. Neste caso,
a morte é apresentada de uma forma
personificada, onde o escritor se vira com
avidez para desafiá-la.

“Que tens tu, ó mar, para fugires? E


tu, ó Jordão, para tornares atrás? E
vós, montes, que saltais como
carneiros, e vós outeiros, como
cordeiros do rebanho? Treme, ó terra,
na presença do Senhor, na presença d o
Deus de Jacó, o qual converteu a rocha
em lago de águas, a pederneira em
manancial.” Sl 114:5-8

Veja um exemplo a seguir, onde há


uma combinação entre a personificação e
a apóstrofe:
“Ah, espada do Senhor! Até quando
deixarás de repousar? Volta para a tua
bainha; descansa e aquieta-te.” Jr 47:6

No brado angustiante de Davi, ocorrido


no episódio em que foi ceifada a vida do
seu filho Absalão, encontramos uma das
mais extraordinárias e conhecidas
apóstrofe.

“Pelo que o rei ficou muito comovido e,


subindo à sala que estava por cima da
porta, pôs-se a chorar, e andando, dizia
assim: Meu filho Absalão, meu filho
Absalão! Quem me dera que eu morrera
por ti, Absalão, meu filho, meu filho!” II
Sm 18:33

Veja mais outros exemplos de


apóstrofe: Dt 32:1 ; Jr 22:29 ; Nm 21:29 ;
Jz 5:3 ; Mt 11:21-23 ; 23:37

ANTÍTESE

O termo antítese vem do grego


“antíthesis”, pelo latim “anthitese”. Este
termo figura a oposição entre palavras
idéias. A antítese é uma figura de retórica
bastante usada nas Escrituras Sagrada,
onde o certo faz oposição ao errado, e o
errado faz oposição ao certo. Um clássico
exemplo disto está no discurso de
despedida de Moisés em Dt 27-33. O
discurso de Moisés consiste numa série
de contrastes. Observe que em Dt 30:15,
ele diz: Vê que hoje te pus diante de ti a
vida e o bem, a morte e o mal. Aqui temos
uma antítese dupla, isto é, o bem em
contraste com o mal – a vida em contraste
com a morte.

No versículo 19, temos também um


outro exemplo de antítese dupla, veja: “O
céu e a terra tomo hoje por testemu nhas
contra ti, de que pus diante de ti a vida e
a morte, a benção e a maldição; escolhe,
pois, a vida, para que vivas, tu e a tua
descendência.”
Observe que no versículo 15 a vida é
contrastada com a morte – o bem é
contrastado com o mal; e no versículo 19,
se repete o contraste entre a vida e a
morte e posteriormente a benção é
apresentada em contraste com a maldição.
Encontramos também nas palavras do
Senhor Jesus uma série de antíteses,
especialmente no sermão da montanha.

“Entrai pela porta estreita, porque larga


é a porta, e espaçoso o caminho que
conduz à perdição, e muitos são os que
entram por ela; e porque estreita é a
porta, e apertado o caminho que conduz à
vida, e poucos são os que a encontram.”
Mt 7:13-14

Observe que nas palavras do Senhor


Jesus, há um grande contraste, ou
antítese entre porta estreita e porta larga
– entre caminho espaçoso e caminho
apertado. Com estas palavras ele ensina
que entrar pela porta larga e pelo caminho
espaçoso significa viver num plano
completamente mundano e pecaminoso
sob a influência da carne; enquanto o
entrar pela porta estreita pelo caminho
apertado, significa levar uma vida de
renuncia a fim de agradar a Deus.

Veja também:
“Por honra e por desonra, por má fama
e por boa fama; como enganadores, porém
verdadeiros; como desconhecidos, porém
bem conhecidos; como quem morre, e eis
que vivemos; como castigados, porém não
mortos; como entristecidos, mas sempre
nos alegrando; como pobres, mas
enriquecendo a muitos; como nada tendo,
mas possuindo tudo.” II Co 6:8-10

Veja ainda: I Co 15:35-38

PROVÉRBIOS
O termo provérbio vem do latim
“proverbiu”. Esta palavra é o resultado da
união do prefixo “pro” que significa “antes”
e do sufixo “verbum” que quer dizer
“palavra”. Segundo o nosso dicionário, a
sua definição é: sentença de origem
popular e caráter prático, em que se
procura expressar uma verdade de vida.

No mundo secular, um provérbio nada


mais é do que um adágio ou um dito
comum de um povo ou de uma sociedade
loca, exemplo: casa de ferreiro, espeto de
pau.

Os provérbios são expressões


geralmente curtas e breves, mas produz
na mente de quem ouve rápida
interpretação. O provérbio é uma forma de
dizer tudo com poucas palavras. Os
provérbios são encontradas na Bíblia de
forma abundante, especialmente no Antigo
Testamento; como prova disto, citaremos
o livro dos provérbios. No V.T., os
provérbios, em sua maior parte, aparecem
num estilo poético. O livro dos provérbios
contém uma grande variedade de
provérbios que são: adivinhações,
enigmas e expressões penumbristas. V eja
nas palavras do Senhor Jesus um exemplo
de provérbios penumbristas ou obscuros:

“Disse-vos estas coisas por figuras,


chega, porém, a hora em que vos não
falarei mais por figuras, mas abertamente
vos falarei acerca do Pai.” Disseram os
seus discípulos: eis que agora falas
abertamente, e não por figura alguma. Jo
16:25,29

Os provérbios aparecem na Bíblia em


grande variedade; uns são proferidos em
forma de parábola resumida, outros em
forma de símiles, outros como metáfora e
outros num perfil alegórico.

Veja alguns exemplos de provérbios


em forma de parábola resumida: Tenho
ainda outras ovelhas que não são deste
aprisco; a essas também me importa
conduzir e elas ouvirão a minha voz; e
haverá um rebanho e um pastor. Jo 10:6

Em verdade em verdade vos digo: Se o


grão de trigo caindo na terra não morrer,
fica ele só, mas se morrer dá muito fruto.
Jo 12:24

O Dr. T.J. Conant, na introdução ao


livro dos provérbios, apresenta o seguinte
comentário: a sabedoria e prática mais
remota da maioria dos povos da
antigüidade se expressava em ditos
agudos, breves, expressivos e enérgicos.
Enfeixavam, em poucas palavras, o
resultado da experiência comum, ou das
considerações e observações individuais.
Pensadores e observadores agudos,
acostumados a generalizar os
acontecimentos experimentais e arrazoar
com base em princípios básicos,
expressavam o resultado de suas
investigações mediante ditos breves e
sentenciosos, os quais comunicavam
alguma instrução ou pensamento
engenhoso, alguma máxima relativa à
prudência ou conduta, ou às regras
práticas da vida. Tudo isto era
manifestado mediante termos destinados a
despertar atenção, ou estimular o espírito
de investigação ou as faculdades do
pensamento, e em forma que se fixava
com caracteres indeléveis na memória.
Converteram-se, assim, em elementos
integrantes da forma popular de pensar,
tão inseparáveis dos hábitos mentais do
povo como o próprio poder de percepção.
Propósito dos Provérbios

O propósito dos provérbios são


demonstrados na introdução do próprios
livro dos provérbios, e com certeza, Deus
foi quem inspirou tal propósito na
inteligência e na consciência de quem os
escreveu.

“Para se conhecer a sabedoria e a


instrução; para se entenderem as palavras
de inteligência; para se instruir em sábio
procedimento, em retidão, j ustiça e
equidade; para se dar aos simples
prudência e aos jovens conhecimento e
bom siso. Ouça também o sábio e cresça
em ciência e o entendido adquira
habilidade, para entender provérbios e
parábolas, as palavras dos sábios e seus
enigmas.” Pv 1:2-6

Observe este provérbio usado pelo


Senhor Jesus, que diz claramente até os
dias de hoje:

“Então Jesus lhes dizia: Um profeta


não fica sem honra senão na sua terra,
entre os seus parentes, e na sua própria
casa.” Mc 6:4

Veja este outro provérbio apresentado


pelo apóstolo Pedro, o qual foi extraído
dos provérbios de Salomão, revelando o
caráter pecaminoso dos falsos mestres,
isto é, cristãos que se apostataram da fé:
“Deste modo sobreveio-lhes o que diz
este provérbio verdadeiro: Volta o cão
ao seu vômito e a por ca lavada a
revolver-se no lamaçal.” II Pe 2:22

Cuidado com os Provérbios Obscuros

Tendo em vista que nem todos os


provérbios estão ao alcance da
interpretação de todos os leitores da
Bíblia, advertimos aqui àqueles menos
avisados: Como já vimos, os prov érbios
aparecem na Bíblia nas suas mais
variadas formas e em muitos casos eles
são desconhecidos, porque se tratam de
assuntos ligados ao tempo em que foram
escritos. Sendo assim, não é bom o leitor
da Bíblia se precipitar nas suas
interpretações.

Quando o estudante da Palavra de


Deus encontrar algum problema de
interpretação, recomendamos que procure
pesquisar em obras de autores confiáveis,
cujos escritores estão familiarizados com
tais linguagens das épocas remotas, a fim
de não se acidentar ao tirar conclusões
isoladas da palavra de Deus. Antes de
interpretar qualquer provérbio, observe a
sua classificação ou a sua natureza.
Procure ver se tal provérbio não é uma
parábola condensada ou uma espécie de
metáfora, ou até mesmo uma alegoria.
Quando isto acontecer, é sempre
recomendável procurar comparar o texto
com o contexto, a fim de assimilar a sua
lição. Se em todas as tentativas não for
encontrada nenhuma solução, então
recomendamos que o aluno procure
buscar da parte de Deus a lição oculta
atrás das palavras contidas em tal
provérbios.

PARADOXO

O termo paradoxo vem do grego


“parádoxon” e pelo latim “paradoxon”, que,
segundo o dicionário Aurélio, significa
conceito que é ou parece contrário ao
comum; contra-senso, contradição, algo
absurdo ou disparate.

O termo “paradoxo” é formado pelo


sufixo “para”, que significa “contra” e
“doxa”, que significa opinião ou crença.
Essa palavra nos faz lembrar de algo
contraditório, incrível, impossível ou até
mesmo absurdo. Este termo foi muitas
vezes usado por Jesus, veja: “Jesus lhes
disse: Olhai e acautelai-vos do fermento
dos fariseus e dos saduceus.” Mt 16:6
Veja ainda: Mc 8:14-21 ; Lc 12:1

Aqui Jesus aliou a doutrina hipócrita


dos fariseus ao profano Herodes; talvez
isto tenha acontecido pelo fato do recente
crime que Herodes cometera ao
assassinar João Batista. Como já vimos, a
Bíblia interpreta a Bíblia; observe que o
trecho de Mt 16:12 interpreta o fermento
como ensino dos fariseus e saduceus, ou
seja, sua crescente corrupção religiosa
que penetrou seus ensinos, em sua vida e
em toda a nação de Israel. Um dos
principais elementos influenciadores
desse ensino era a hipocrisia; o desejo e a
atitude daqueles homens em
apresentarem-se como algo que realmente
não eram. Observe que neste paradoxo,
Jesus revela a maldade existente e
crescente nos corações, tanto dos
fariseus, como dos saduceus e de
Herodes. Aqui vemos que, apesar da
diferença existente na religião, na vida
social e financeira, havia algo em comum
entre Herodes e os falsos religiosos
daquele tempo.

Através das Escrituras, o fermento é


visto como símbolo de maldade
penetrante, com raras exceções, como o
uso que Jesus fez do fermento em Mt
13:33, e certamente também como
símbolo apresentado em Lv 7:13. O uso do
fermento era proibido durante a páscoa
(Ex 23:18 ; 34:25) a fim de trazer à
memória do povo de Israel a sua saída,
demonstrando que não tiveram nem tempo
para preparam pão fermentado. A
fermentação de algo depreende
desintegração e corrupção, e isto para a
mentalidade judaica soava como
imundícia. Neste trecho, Jesus usa o
fermento como símbolo de corrupção de
estado interior, isto é, da hipocrisia (Lc
12:1), referindo-se ao elemento do caráter
que corrompe a personalidade inteira. A
essência deste ensinamento do Senhor
Jesus, demonstra que a influência
hipócrita existente nos ensinamentos dos
fariseus e saduceus, corrompia tanto os
ensinadores como os ensinados. Em Lc
12:2-3, Jesus declarou que o caráter
hipócrita dos homens não pode ficar
escondido para sempre, porquanto afinal,
será totalmente revelado pelo inchaço do
pecado.

Veja este outro paradoxo usado por


Jesus:

“Jesus, porém, respondeu-lhe: Segue-


me, e deixa os mortos sepultar os seus
próprios mortos.” Mt 8:22

Neste trecho Jesus apresenta mais um


dos seus ensinamentos paradoxais,
recomendando a um candidato ao
discipulado que deixasse os mortos
espirituais sepultar os mortos materiais:

Veja outro exemplo similar:


“E a outro disse: Segue-me. Ao que
este respondeu: Permite-me ir
primeiramente sepultar meu pai. Replicou -
lhe Jesus: Deixa os mortos sepultar os
seus próprios mortos, tu, porém, vai e
anuncia o reino de Deus. Disse ainda
outro: Senhor, eu te seguirei, mas deixa -
me primeiro despedir-me dos que estão
em minha casa. Jesus, porém, lhe
respondeu: Ninguém que lança mão do
arado e olha para trás é apto para o reino
de Deus.” Lc 9:58-62

Nesses versículos temos dois tipos de


discípulos: o primeiro é transbordante,
ansioso e entusiasta, mas despreparado
para iniciar a grande viagem do verdadeiro
discípulo de Cristo. O segundo é
exatamente o oposto do primeiro, se
identificando demasiadamente cauteloso.

...”mão ao arado” – Aqueles que estão


acostumados a arar a terra, dizem que é
impossível arar fazendo uma linha reta, se
tal lavrador olhar para trás de vez em
quando. Tal como um lavrador, deve s er o
verdadeiro discípulo de Cristo; se for
necessário, devemos se desprender dos
laços familiares para cumprir em nossas
vidas a vontade de Deus.

Veja outro exemplo:


“Vieram, então, ter com ele sua mãe e
seus irmãos, e não podiam aproximar -se
dele por causa da multidão. Foi-lhe dito:
Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e
querem ver-te. Ele, porém, lhes
respondeu: Minha mãe e meus irmãos
são estes que ouvem a palavra de Deus
e a observam.” Lc 8:19-21

Com estas palavras, o grande mestre


revela a doutrina da relação espiritual num
nível altamente elevado. Compare este
trecho a seguir: “... E todo o que tiver
deixado casa, irmãos, irmãs, pai, mãe,
filhos ou terras por amor do meu nome,
receberá cem vezes tanto e herdará a vida
eterna. Mt 19:29
Aqui temos um texto confrontado com
Ef 5:28, onde é recomendado o amor
familiar. Tal texto constituiria numa
verdadeira contradição bíblica se fosse
interpretado ao pé da letra, entretanto, ao
examiná-lo como um paradoxo,
encontramos o verdadeiro sentido do texto
sagrado. Veja ainda: Mt 16:25 ; 23:13 -36 ;
Mc 9:43-48
Bibliologia

Compêndio de Teologia Apologética, François Turretini


– Volume 01 – Edição 01 – 2011 – Editora Cultura Cristã

As Obras de Arminio – Jacó Armínio – Volume 1 – Edição


01 – 2015 – CPAD

Teologia para pentecostais – Walter Brunelli – Volume 1 -


Edição 4- 2017 – Acadêmico

Doutrinas da Fé Cristã – Michael Horton – Edição 1 –


2016 – Edição Cultura Cristã

Teologia sistemática, histórica e filosófica – Alister


McGrath – Edição1 – 2016 – SHEED

Teologia Sistemática – Stanley M. Horton – Edição 5 –


1999 – CPAD

EU SOU Doutrina da revelação verbal – Heber Campos –


Edição 1 – 2017 – Fiel

Teologia Sistemática Reformada – Oadi Salum – Edição


1 – 2017 – Editora Cultura Cristã

Introdutórias à Teologia Sistemática – Henry Clarence


Thiessen - Edição 5 - 2014 – Editora Batista Regular do
Brasil

Teologia Sistemática – Charles Finney – Edição 1 – 2001


– CPAD

Os fundamentos da Teologia Sistemática – Luciano


Frasson – Edição 1 – 2018 – Santos Editora

Teologia Sistemática de Pannenberg Wolfhart


Pannenberg – Vol 2 2009 - Editoras: Academia Cristã e
Paulus

Teologia Sistemática de Strong - 1 vol. Augustus Hopkins


Strong – edição 3 2015 Editora: Hagnos

Teologia Sistemática de Charles Hodge Charles Hodge


1ª Edição 2014 Editora: Hagnos

Teologia Sistemática Pentecostal - uma perspectiva


pentecostal J. Rodman Williams – 1ª Edição 2011 – Vida
Acadêmica
Teologia Sistemática - Bíblica e Histórica Robert D.
Culver – 1ª Edição 2012 - Shedd Publicações

Teologia Sistemática de Chafer Vol 1 - Lewis Sperry


Chafer (1871-1952) Edição 1 2003 - Editora Hagnos

Teologia Sistemática de Norman Geisler (1º volume)


Norman L. Geisler - Edição 1 2016 - Editora: CPAD
Teologia Sistemática Sturz Richard Julius Sturz -Edição 1
2012 - Edições Vida Nova

Teologia Sistemática de Franklin e Myatt - Uma análise


histórica, bíblica e apologética para o contexto atual
Franklin Ferreira - Alan Myatt - Edição 2 2008 - Edições
Vida Nova

Teologia Sistemática Pentecostal - Edição 1 2009 -


Editora CPAD

BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. 2. ed. São Paulo:


Cultura Cristã, 2001.

GRUDEM, Wayne. A. Teologia Sistemática. São Paulo:


Vida Nova, 1999.
STRONG, Augustus H. Teologia Sistemática (vol. I). São
Paulo: Hagnos, 2003.

TILLICH, Paul. Teologia Sistemática. 5. ed. São Leopoldo:


Sinodal, 2005.

VAN ENGEN, J. Teologia Natural. ELWELL, Walter A.


(org.). Enciclopédia Historio-Teológica da Igreja Cristã
(vol. III). São Paulo: Vida Nova, 1990, pp. 489-491.

Teologia sistemática (ERICKSON) – 2015 - Millard J.


Erickson

Somos Todos Teólogos. Uma Introdução à Teologia


Sistemática - 2017 -R. C. Sproul

Teologia Puritana - 2016 -Beeke Joel R. e Markes Jones

Teologia Sistemática Contemporânea | Fonte Editorial –


2020 - Karl Barth / Strong / Louis Berkhof

Teologia Sistemática – Uma Perspectiva Pentecostal -


2011 - J. Rodman Williams
Teologia da Fé Cristã – Domingos Dias Ferreira –2006 -
Middfer Publicações Cristãs

Volume 1 Enciclopédia Estudos de Teologia – As


principais doutrinas cristãs com explanação detalhada e
objetividade – Edição 3 2016 - Editora Semeie

Teologia Sistemática – Eurico Bergstén – 1999 – CPAD

Temas Centrais da Fé Cristã – Uma introdução à doutrina


Bíblica – Gilmar Vieira Chaves – 2015 Central Gospel

Manual de Teologia Bíblica e Sistemática – Jorge


Pinheiro – 2017 - Templus

Cave mais fundo – o que você acredita? Porque isso


importa? Joshua Harris – 2018 - Fiel Editora

Sumário de Doutrina Cristã – Louis Berkhof – 2020 -


Editora Monergismo

Introdução à Teologia Cristã – Justo L. González e Zaida


M. Pérez – 2008 – Hagnos

Conhecendo a Teologia Cristã – Uma forma simples de


entender a Fé - Zacarias de Aguiar Severa – 2018 - AD
Santos

Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Myer Pearlman –


Edição 3 2017 - Vida Acadêmica

Teologia Sistemática – 2014 - Editora InterSaberes (Org.)

Enciclopédia do Protestantismo – Edição 2 2006 -


Hagnos

Dicionário Bíblico – Wycliffe – Edição 4 2000 -CPAD

Manual Bíblico SBB – Edição 2 2010 - Sociedade Bíblica


do Brasil

Descobrindo a Bíblia – História e Fé das comunidades


Bíblicas – 2013 - Central Gospel

Entendendo a Bíblia - Um guia quem, quando, onde, como


e o porquê de cada livro da Bíblia – 2011 – CPAD

História da Bíblia no Brasil – Luiz Antonio Giraldi – Edição


2 2013 – SBB

A Bíblia através dos Séculos - Antonio Gilberto -Edição


15 2004 – CPAD

GEISLER, Norman L. e NIX William E. - Como a Bíblia


chegou até nós - 1ª Edição, São Paulo, Editora Vida, 1997.

TOGNINI, Enéas - O Período Interbíblico - 5ª Edição, São


Paulo, Editora Louvores do Coração LTDA, 1951.

JESUS, Erivaldo de – A bíblia como fonte de direito – adib –


2010

JESUS, Erivaldo de – Super interessante 500 Curiosidades


Bíblicas Vol 1– Edição 20 2010

JESUS, Erivaldo de – Super interessante 500 Curiosidades


Bíblicas Vol 2– Edição10 2010

CAMPOS, Heber – Eu Sou Doutrina da Revelação Verbal –


Vol 1 – 2017 – Fiel Editora

ENNS, Paul – Manual de Teologia Moody – 2014 – Editora


Batista Regular do Brasil

DUFFIELD, Guy P. Fundamentos da Teologia Pentecostal.


São Paulo: Ed. Quadrangular, 1991.

GILBERTO, Antonio. Manual da Escola Dominical. Rio


de Janeiro: CPAD, 1983.

LAHAYE, Tim. Como Estudar A Bíblia Sozinho. Belo


Horizonte: Ed. Betânia, 1984.

HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. São Paulo: Edições


Vida Nova, 1989.

ERICKSON, J. Millard. Introdução à Teologia Sistemática.


São Paulo: Ed. Vida Nova, 1997.

GRUDEM, Wayne A. Teologia Sistemática.


São Paulo: Ed. Vida Nova, 1999.

Você também pode gostar