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Resumo Karl Marx

A acumulação primitiva é um conceito introduzido pelo filósofo e economista Karl


Marx em sua obra "O Capital", em que ele descreve o processo histórico pelo qual o
capitalismo se estabeleceu. Marx argumenta que a acumulação primitiva foi o ponto
de partida do capitalismo, pois criou as condições necessárias para o aparecimento
da produção capitalista baseada no trabalho assalariado.
Ao expropriar as classes trabalhadoras de seus meios de subsistência e obrigá-las a
vender sua força de trabalho para os proprietários de capital, o capitalismo foi capaz
de estabelecer a dominação do capital sobre o trabalho e criar as bases para a
exploração capitalista e a acumulação de capital. Ela foi o estágio essencial do
crescimento do capitalismo, que ocorreu historicamente durante os séculos XV e
XVI, e continuou até o século XVIII.
A acumulação primitiva também foi um procedimento complexo que envolveu várias
formas de expropriação, como a privatização de terras comunais, o cerceamento
dos direitos de acesso à terra dos camponeses, a conversão de terras em
propriedades privadas e a imposição de leis de cercamento para aumentar a
produtividade agrícola. Isso resultou na formação de uma classe de trabalhadores
despossuídos, que foram forçados a vender sua força de trabalho aos proprietários
de terras e capitalistas em troca de salários.
No entanto, Marx também critica a acumulação primitiva como sendo um método
brutal e injusto, que envolveu a opressão e a exploração das populações, levando à
desigualdade social, à pobreza e à marginalização de muitos grupos sociais. Ele
argumenta que a acumulação primitiva não foi um processo natural, mas sim
resultado de relações sociais de poder e de interesses econômicos das classes
dominantes.
Em resumo, a acumulação primitiva de Karl Marx refere-se ao processo histórico
pelo qual o capitalismo se estabeleceu.

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