Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Março de 2024
www.bgm.fameb.ufba.br
bibgm@ufba.br
ao nsseccenstesctesisccesst.
o
|
EM
APRESENTADA Á
35 TI DE
—
Sybio dQesar Peito
; Natural de Sergipe
:
auto
.
Cadeira de Pathologia Interna
o já Chlorose Vulgar
á AO
PROPOSIÇÕES
Tres sobre cada uma das cadeiras do curso
de Sciencias Medicas e Cirutgindo
= mo
ICI IADTTIN
E ———
'
Fo
er,
& *) D &
- 16
BAHIA
TYPOGRAPHIA GUTENBERG
382
Eua dos Droguistas n.
LEE, 1908
Fo2) 6
a
'
nd
.
So
> É
í
o:
to
:
E
;
à
/ |
De
St oEE
ho
O
Faculdade de Medicina
da a Bahia-
|
PR |
bos pe
Vicr-Dmsoror— DT. ALEXANDRE E.
DE CASTRO CERQUEIRA
Lentes cathedraticos
BRITTO
:
| *
e. Histologia
Physiologia,
PAO “Manuel José de Araujo .
+ +
|
;
Parmacologia e Artede
A. de Araujo Falcão
Vietorio
+
. +
Wngasia medias
: À
Buicteriologia.
ç 7
Augusto C; Vianna. . »
João Agrippino C. Dorea . -
+
- +Pathologia cirurgica.
«+
v
J. Matheus dos Santos . . , . . Hygiene.
Í
:
:
EE Manuel Victorino Pereira. . . . . Clinica cirurgica, 2.º cadeira
;
|
Alexandre: E. de Castro Cerqueira. Clinica dermatologicae s) philigrapniea
Alfredo Britto . .0. . . . . . Clinicapropedeutica.
,
i
Antonio Pacheco Mendes . . . . Clinica cirurgica, 1.º cadeira
Í
í
" Fráncisco Braulio Pereira. . 3 Clinica medica 2.a cadeira
* *
| NM Jd,
Tillemont Fontes . . . . . . Clinica psychiatricá e de molestia gr
: . «
nervosas.
:
' Frederico de Castro Rebello. . . . Clinica pediatrica ê
Í
!
eo Cons. Ramiro Affonso Monteiro, «
. Clinica medica 1'º cadeire.
:
|
;
É
|
a |
aula
nào ganelmo
da Fonseca. . .
de Castro Cerqueirá
E.
Sebastiao Cardoso
q
. . f i
ibilidade
Em disponibilidade
Í Lentes substitutos
| OS DOUTORES
Assis a secção
m
M. de e Souza 1. seceã
SPT ts "i
Í dos
; Gonçalo M.Sodré Aragão
Pedro Luiz Celestino 234 uso Re FDA
ado EA MEirRSS
o F.ds Magall âes
Sa
Ea
i| ,
dJosino Correias Gatina
lguaçio M.de A, Gouveia
urelio R. Vianna
À
Ra
à
»
&
C «
a le Santos
opel Andres
Ferreira
ão
We
.
|
1, rel; Vi
SECRE Es
ECRETARIO—DR.
6a :
| s UB-SECRETARIO—
DR, MATHEUS VAZ DE OLIVEIRA
1
we. :
]
ev nem reprova as opiniões emittidas nas thes* |
'
lhe são apresentadas,
z
(o “
Sttacaae
À
NE
TUVADNTT
AA ” 4 É
*
Cousas ANTI-HYGIENICAS
tubercnlose coisas
apertando o tuberculose,
corresponder dos apertando-o
corresponder o dos
mensttuação menstruação “
alguns envergam alguns annos envergam
anhelante anhelante,
suores; suores,
importante importantes
somente, somente
porem porem,
as cinco às cinco
Primeiramente Primeiramente,
Presques tonte savie;
.—
sente entes
“Iayem Haxyem,
â cachexia a cachexta
chinisnio | chimismo
é constituida é constante
a primeira , á primeira
tuberêunlosa tuberculose
forma formula
e, de crise e de crise
eila precede ella ora precede
prescreveu: prescreveu;
segundo ele segundo elle,
á chlorose a chlilorose
-
ás dores as dores
igulares. jugulares,
e Kdlefsen Kdlefsen
|
Deffere da osteotomia Dilfere da ostectomia
estensão extensão
álbuminancia albuminuria
meant
PA
air,
CeasrIÇõo
Nn
WE
cha
ao
cr
agi Meta
vm
ID
vovo
a.
>
)
t
—
DISSERTAÇÃO
CHOROS TVULEAR
.
*
o
so
:
'
«o
O
5
> :
"
r º
” .
" ”
Éé
e
;
PP”
:
,
HISTORICO 255
Pailidas cores, Febris alba, Morbus VIVQINeUS,
Obstructio virginum, Morbus viíridisó, Cachexia
virginum, Chlorosis, tal é a rica synonimia da
interessante molestia que escolhemos por obje-
cto do nosso trabalho.
Conheceram n'a Hypocrates, Galeno e Archi-
gene;
”
para aquelles era a expressão da retenção
do sangue na madre; para este era uma febre
inflammatoria.
o
Paralysada, sem acceitação a idéa de Archi-
gene, fez epocha a de Hypocrates, que até na
edade media teve adeptos em Mercatus, Paré e
—
outros.
Todavia, só em 1615 foi que um distincto |
significa pallidez.
obser-
No seculo 18 os clinicos, baseados na
nervosos collo-
vação constante dos phenomenos
caram-n'a no numero das nevroses, cabendo a
muito
Sydenham a paternidade d'esta idéa, por
Willis, As-
tempo ace eita. Mais tarde, Lietaud,
do san-
truc, curiosos do augmento da serosidade
gue, aventaram a theoria hydremica.
Ao declinar do seculo 18, consoante o pro-
gresso da anatomia e physiologia pathologicas,
idéas mais luminosas se formaram sobre a patho-
genia da chlorose.
Rasori accusa a entérite lenta; Grimaud, em
1881, a inflammação do utero, e Giacomimi a
arterite chronica.
Andral, Becquerel, Gavarret e outros filiam-n'a
ao grupo das anemias.
Muitos clinicos, voltando ás theorias antigas
sustentam: uns a amenorrhéa; outros, a intoxi-
A,
io
O
cação pelo sangue menstrual; outros a hysteria.
ERA
Bouillaud afirma a predisposição e G. Sée
AUT
SENTI
Qua
TRE
00 60
aa
o
Rabi
A,
EC
SYLVIO CEZAR LEITE 5
Rokitansky, a hypoplasia
genital.
Finalmente, a hematologia veiu tudo escla-
recer, precisando as lesões do sangue e dando-
lhes a importancia capital que realmente tem.
Hayem concebe a essencia da chlorose; esta-
belece suas relações com as outras molestias; e
cria o grupo das chloro-anemias.
Presentemente, como procuraremos demons-
trar no decurso do nosso trabalho, a chlorose é
uma -especie morbida que bem se define assim:
Causas predisponentes
SEeEXO0.— Morbus virgineus, obstructumvirgunum,
cachexia virginum, virginum colores, toda
fedi
esta synonimia se legitima da importancia que
ligavam outr'ora á influencia do sexo feminino.
Conquanto não sejam as pallidas cores O
apanagio de qualquer dos sexos, nos utilisaremos
da synonimia acima exarada não só porque é
predominante a influencia da mulher, mais ainda
8 CHLOROSE VULGAR
solent du reste
rotiques quelques excellentes que
les conditions ou ont les fait vivre et, dans cer.
tains cas les enfants du sexe masculin n'echappent
pas eux meme a cêtte predisposítion.»
Hayem diz ser exaggerada esta asserção, por
isso que cuidadosa estatistica só lhe dera a pro.
porção de um para vinte, isto é, em vinte casos
de chlorose elle observou um de hereditariedade
“ditecta.
Muito mais frequente é a hereditariedade
indirecta que é devida muito principalmente á
tuberculose e ás diatheses escrofulosa e arthritica
ou bradytrophica de Bouchard e Landouzy.
A chlorosee a tuberculose hereditaria são
.
intimamente ligadas. Ambas molestias constitu-
.
cionaes, são ambas proprias dos degenerados
organopathicos, e, segundo Hayem, tem ambas,
de alguma sorte, mesma genealogia.
a
Em 54 casos de chlorose
verificou esse illus-
tre medico
que de 25 chloroticos o
pae, a mãe,
ou ambos os progenitores haviam
morrido de
tuberculose; em sete Outros casos
os avós, os tios
ou OS irmãos soffrerain esta
molestia; em oito
casos as lesões tuberculosas apre
sentavam-se nos
proprios individuos.
Vemos, pois, por esta estatistica
que 46 vezes
sobre 100 à chlorose se desenvolve,
entre filhos
de tuberculosos, e 74 vezes sobre. 100
nas familias
contaminadas por esta molestia.
E bem de ver que os doentes dos
54 da
estatistica de Jolly, nos ascendentes
dos quaes não
foi encontrada a tuberculose, .
apresentaram na
infancia accidentes manifestos de escrofula.
Em face d'estes factos, que tão
—
eloquente-
mente estabelecem o parentesco existente entre
as duas molestias, Gilbert, para quem a
causa da
'chlorose está nas profundezas da
hereditariedade,
assim se exprime: «La chlorose presente donc
avec la tuberculose d'etroites affinités, Linterpre-
É
”
Fi
12 CHLOROSE VULGAR
CoNSTITUIÇÃO E TEMPERAMENTO.—
AÀ
constitui-
assignaladas. -
Causas determinantes
ConNDIÇÕES ANTIGIENICAS. — Onde quer que se .
a
morte subita.' &
e
“Mas o espartilho, como modernamente o
Vo fazem, curto, flexivel, perfeitamente adaptavel ao
EIA
"
j
;
a
od RAEM
90 CHLOROSE VULGAR
de subito
os quaes o de uma pobre donzella,
aggredida pela molestia ao ver cahir n'agua uma
|
creança.
Hayem e Luzet pouca importancia etiologica
dão ás emoções psychicas; para elles a influencia
nervosa actuou sobre um terreno preparado ao
mal, isto é, em um organismo predisposto.
SURMENAGE INTELLECTUAL.— O surmenage in-
AiaA
EA e
CHLOROSE VULGAR
Y
32
no que dizemos mesmo porque,
eo vae de absoluto »
,
é a hypoplasia angio-hematica,
a causa primordial
Aa
MIRA
——,
de Hayem.
|
«Para que uma rapariga mantenha seu equi-
librio physiologico é preciso que ella seja capaz
de reparar normalmente e
- facilmente o sangue
| -—
dadeas despesas do desenvolvimento pubere, o
——
raçoy,
opua
ao cequa
CHLOROSE VULGAR
-
94
bacia, J
encontra; logo lh.
com agua fria, que
do fluxo menstrual e no dia
advem a supprê ssão
manifestos indicios de
segui nte apresentam-se
chlorose que dentro de oito dias plenamente se
caracteris a. Algups exemplos d'estes ainda pode-
riamos citar; não insistiremos, porem. ”
MOLESTIAS DA PUBERDADE.
Na puberdade
—
—
agem se constituindo causas oceasionaes do morbus
virgineus,
b UASTFA
ks
E
PATHOGENIA
Olvidando um grande numero de theorias e
opiniões mais ou menos extravagantes, com que
se tem querido explicar a pathogenia da chlorose,
nós somente,
ás de maior valor scientifico no pre-
sente capitulo, tocaremos.
Ainda assim, teriamos que fazer volumes se
-
senão
quizessemos esmiuçar; não podemos, porem |
resumir.
E, por ser assim, é que, a exemplo de Par-
mentier, nós reduziremos o avultado numero de
theorias pathogenicas as cinco seguintes:
1º Theoriadaauto-intoxicação esuas variantes;
92 Theoria infectuosa;
.3º Theoria nervosa;
4º Theoria anatomica;
5º Theoria hematica;
Vejamos cada uma d'ellas. '
Syltyio Letie
spot
Aarãar
(| o
OstraO
AS
ANS
26 CHLOROSE VULGAR
AuTO-INTOXICAÇÃO.—
A auto-intoxicação pode
de origem ovariana, de origem thyroidiana e
.ser
de origem gastro-intestinal.
AUTO-INTOXICAÇÃO OVARIANA.—
A idéa de
que
a chlorose é a expressão de uma auto-intoxicação,
—
essa theoria
é defendeu-a com ardor.
Recentemente Charrin, Etienne
e Demange
adoptaram a auto-“intoxicação, '
Os dois ultimos,
parém, ligaram mais impor-
tancia aos ovarios,.
“Pensam elles que a causa da
molestia está na
SYLVIO CEZAR LEITE 27
SS
: subscrevemos a opinião de Capitan, que a temos
cep
se
30 CULOROSE VULGAR
xieação,.
Pensamos, porem, como muito judiciosamente
pensa Gilbert, que a dyspepsia mesmo a mais
antiga só origina uma anemia breve, pouco nota-
vel, que não tem os caracteres da anemia chlo-
rotica.
SR
EM
São
NAAS
SYLVIO CEZAR LEITE 31
THi ORIA
NERVOSA. Despertados pela notavel
frequencia das perturbações
—
nervosas na chlorose,
muitos auctores, alguns até de incontestavel
—
Fo - Morton, para a
cachexia virginum era.
quem
uma tysica nervosa, Becquerel mais tarde Trous-
e
põe"
Se
NIE
CHLOROSE VULGAR !
30
Vasos.
E' bem certo que a chlorose predispõe as
infecções, mas ao modo das demais anemias, sem
exceptuarmos mesmo a post-hemorrhagica.
8ylião Leite
5
- ee!
SEO
CHLOROSE VULGAR
34. |
É
H externarmos o nosso modo de comprehender a
r
chlorose.
THEORIA HEMATICA.—De todas as lesões da
chloróse as mais importantes, pela sua essencia e
maxima significação, são, por certo, lesões
as
do sangue.
Todos os partidarios das differentes theorias
Sea
—,
EE
Á
)
&
nº
E
F
da
E/
7
36 CHLOROSE VULGAR
=»
rações multiplas do sangue, mormente nas alte-
—
rações hematicas.
Contudo, não explica a theoria hematica
J
E
so
ao
ad
aa
SYLVIO CEZAR LEITE 39
v .
ella 'e a quantidade de sangue destinada á sua
é (
nutrição.
N'estes transes, os globulos vermelhos são
surmenés funccionalmente, e em
consequencia a
precocidade da morte, que os caracterisa.
Ajuntando a estas considerações a existencia
de gastropathias que podem ser latentes e
que
Constitaem um terreno preparado á anemia,
Hayem conclue que facilmente se comprehende
a natureza da chlorose.
não cremos.
principaes lesões.
Pallido, alcalino, muito fluido, de escoamento
facil, elle é todavia normalmente coagulavel.
Com normalidade de sua parte liquida, é extre-
mamente alterado em seus elementos solidos
representados pelas hemacias, os leucocytos e os
hematoblastos.
Os globulos rubros sofírem modificações nume-
ricas, morphologicas e constitucionaes. numero
O
dimi-
d'elles pode ser normal; é geralmente pouco
nuido e mais raramente muito apoucado,
explicar
Maragliano e Castellino entenderam Ó
Sylvio Leite
|
reza albuminoide:
é
o
stroma dos hystologistas,
globulina dos chimicos; outra tambem albumi-
a
—noide: é a materia corante do
sangue, a hemoglo-
bina, dotada de ferro e da propriedade de
crysta-
lizar-se em combinando-se com o OXygeno.
Na chlorose, o stroma é quasi normal, hemo-
a
globina é séde de alterações da mais alta impor-
—
tancias
Normalmente ella existe no sangue na
pro-
porção de 125 grammas.
Esta quantidade pode diminuir com a massa
do sangue, com o numero de globulos, ou inde-
pendentemente.
Na chlorose ha precisamente diminuição da
'
quantidade de hemoglobina contida em cada
“globulo, com um numero relativamente crescido
de globulos vermelhos e com normalidade do
volume da massa.
Este facto observado pela primeira vez, em.
1867, por Duncan, foi recentemente confirmado
e exclarecido pelas analyses chromometricas
de Hayem.
'
ah
orã
SYLVIO CEZAR
LEITE 45
que, segundo Henoeque, é duas
vezes menor que
a das anemias symptomaticas.
Os hematoblastos são
sempre augmentados,
em relação ás hemacias, algumas
vezes, bem raras,
nos casos de
chloroseIntensissima, são diminuídos.
Ha "portanto geralmente
uma accumulação
hematoblastica no sangue, facto este que se legi-
tima de um retardamento evolutivo, como nos diz
a observação de formas intermediarias, entre o
hematoblasto typo, e o globulo rubro.
Os leucocytos soffrem, dizem alguns auctores,
modificações varias; nada soffrem, são normaes
e
afirmam eutros..
Estes ultimos pensam que o facto da normali-
dade é um dado precioso para o diagnostico da
molestia.
Como quer que seja Gilbert Hayem attestam
e
CIILOROSE VULGAR
$$. "atenas
SYLVIO CEZAR LEITE 47
aorta infantil».
vezes
A tunica interna d'este vaso é muitas
atacada de degeneração gordurosa.
Emfim, lesões renaes e outras podem ser encon-
tradas, sobre as quaes não insistiremos, pelo
—
Vl
SYMPTOMATOLOGIA
Ocomplexo symptomatico que, em breve
&
epitome, neste capitulo vamos traçar é tão
somente a éxpressão da chlorose vulgar, isto é,
da chlorose da puberdade feminina, da cachexia
vITSINUM.
nosso assumpto. -
ES
50 CIILOROSE VULGAR
Aida
MC
o:
AA
ESSA
52 CHLOROSE VULGAR
B4 CHLOROSE VULGAR
passaremos adeante.
A chlorotica come pouco, seu appetite soffre,
não raro, uma perversão que se traduz por uma
aversão mais ou menos notavel aos alimentos azo-
tados, como a carné, e uma tendencia singular aos
alimentos muito condimentados, ás conservas
avinagradas, aos fructos acidos, etc.
"
o us
.
% Í
hysteria,
da forma
observação constante e pathognomonico
dyspeptica.chimismo gastrico é sempre anormal.
O
observação, verl-
“Hayem, em 59 casos de sua
az
lex
da
PE
56 CHLOROSE VULGAR
OL
AAA
CA
SYLVIO CEZAR LEITE 57
A diminuição da
uréa, a urubilinuria e a
| |
hyper-toxidez das urinas são, segundo Gilbert
e Castaigne, a expressão do funccionamento
nr
anormal do figado, subordinado
a uma irrigação
sanguinea defeituosa.
A chlorotica urina
pouco; sua urina pallida ou
levemente amarellada é de fraca densidade,
pouco
acida e, encerrando pouca uréa, muitas
contem,
vezes, UM EXCESSO consideravel de uro-hematina.
diversamente interpretada.
Dieulafoi, descreve, sob a denominação de
chloro-briahtismo, a associação morbida das duas
molestias.
.
Este typo hybrido, o chloro-brightismo,se cara-
cterisa, segundo o provecto professor, pelos symp-
tomas do que elle chamou pequeno brightismo.
«Os doentes levantam-se duas, tres e quatro
*
:
o
vezes, durante a noite, para urinar, elles têm
caimbras, sofírem cephaléa, têm estremecimentos,
R
:
j
SYLVIO CEZAR LEITE 59
ora diminuida.
A cephaléa é constituída como o são varias
outras nevralgias.
D'estas a mais commumé a
intercostal que se
carácterisa pela fixidade e predominancia de séde
á esquerda, lembrando às nevralgias hystericas,
e pela accentuação notavel durante o
dia.
outras
monoplegias, - hemiplegias e paralysias.
parciaes.
de
Estas perturbações nervosas que acabamos
E 1
7a :
60 CIILOROSE VULGAR
oe:
xistente.
Resta-nos ainda falar da hypertrophia thy.
roide, —symptoma de grande importancia, expres.
" são de. degeneração de raça, notado oitenta e
=
A :
o bdaBo
Um outro symptoma Interessante, e de que
temos algumas observações, é a persistencia dos
:
»
»
soe acontecer com a tuberculosa e a
í
os
início,
] como
a. h
, . : . ;
;
molestias para constituiremos differentes typos
“de chloro-anemias. D'ahi, existencia de uma
1a
os
OS
1%
SYLVIO CEZAR LEITE 65
é suspeita perniciosa. :
9
S lv.o Luitie
EE
RMT
66 CHLOROSE VULGAR
1
ina do
à:
diagnos.
tico é o
tratamento, á acção do qual a chlorose
cede ou pelo menos melhora e a molestia de
*
Biermer resiste.
LESÕES CARDIACAS.—
Os sopros cardio-vascu-
lares podem fazer pensar em uma cardiopathia ,
as |
“
SEDA
SYLVIO CEZAR LEITE 67
LEUCEMIA ADENIA.—
E
A
leucemia distingue-se
pelo aigmento dos leucocytos e pelos numerosos
engorgitamentos ganglionares,
A adenia, que só com a chloro-tuberculose
se pode confundir, distingue-se pela marcha pro-
,
gressiva e invasora das adenopathias e pela par-
ticipação rapida do baço.
'
k.
f
|
— FORMAS
Differentes factores podem actuar sobre o
quadro clinico da chlorose, modificando-o de modo
a imprimir-lhe varias formas.
A chlorose da
menopausis;
A chlorose dos
rapazes;
A chlorose infantil.
SYLVIO CEZAR LEITE 71
CHLOROSE LIGEIRA,Commum entre as jovens
-—
faria
robustas de constituição, victimas de um
crescimento
excessivamente rapido. Caracteri-
sa-se pela incompleta
accentuação dos symptomas,
pela ausencia de hypoplasias e
benignidade do
róegenostico.
prog
O sangue
apresenta os caracteres da anemia
do 1º gráu.
72 CHLOROSE VULGAR
Bias
propria das chloroses
intensas e extremas.
O *
See
acanto
oc
daria
CHLOROSE VULGAR
76. |
cteres de um verdadeiro
sopro. Raramente
encontra-se o thrill dos inglezes e o sopro das
pigulares. A
hypoplasia.
Rs
dão
De
er
P
Sylvio Leite
É
f,
/
e À
>
. A
——-
'
”2 -
: |À
* |
ERRO
e
2
Fo:
,
.
|
Jd
j
3
e "
|
t
1
»
« ê ".
E »
z
á
"
. i
+
ue
:
:
pa , x.
[9 :
o
NITARCHA, DURAÇÃO
E TERMINAÇÃO
.
"A chlorose é uma molestia de marcha lenta,
insidiosa, não havendo phenomeno morbido que
assignale precisamente a epocha da sua apparição.
Assim é na maioria dos casos; os ha, porem,
de duração variavel,
por successivos accessos,
BA CHLOROSE VULGAR Ps,
ressante.
Uma rapariga de 21 annos, antiga hospedeira
de uma plegmacia alba doleus, na perna esquerda,
portadora de uma chlorose classica, morre um
«bello dia de repente, com geral surpresa. À auto-
-
psia, tão esplendida de ensinamentos, revelou a
obliteração da arteria pulmonar, por um, grosso
coalho, vindo do coração causa da morte.
Tinhamos ainda muitos casos a expor, se
“quizessemos delongar, mas, urge que passemos a
outro assumpto.
—
ZH LA
TrOIeToT
OTORDANITO
geme
Dr
TRATAMENTO
Para bem instituir-se um
tratamentoé de
necessidade imprescindivel o conhecimento exacto
da etio-pathogenia da molestia.
expor.
Deixándo á margem muitos methodos thera-
peuticos, numerosos remedios, hoje abandonados
aqui apenas exaramos o tratamento racional mo-
.
ET CHLOROSE VULGAR
oo
=Meir
992 CHLOROSE VULGAR
oo.
EAÇTE
a
Eca
SYLVIO CEZAR. LEITE 93
grupos.
O primeiro, mais numeroso, comprehende
fe)
de media “intensidade,
os casos de hyperpesia,
com ligeira dilatação.
Nestes casos prescrevemos, com Hayem após
ce
O seguinte
o repoiso
quasi crua; quinze
Taça
Ú
leite, ; sopas de leite, e carne
!
oT
oe
AEE
%
ão
&
Ae
TESTE
94 CHLOROSE VULGAR
conservas de fructos.
O segundo grupo das gastropathias compre-
hende vinte por cento dos casos.
Neste grupo inclue Hayem, os casos de gas.
trite atrophica mixta.
o Na
primeira hypothese o regimen deve ser
.
efazer
prescrevemos logo o ferro, tendo o cuidado de
o doeênte
tomar sempre após cada refeição,
da qual tenha o ferrofeitó parte, uma colher da
seguinte solução: e.
Acido chlorhydrico 1
gramma
Agua. . . . . . 100 grammas
Nos casos, em que a hypopepsia é resultante
SYLVIO: CEZAR LEITE 95
de uma gastrite medicamentosa, é mister demo-
rar a prescripção do ferro, até a melhora do
estomago.
TRATAMENTO ESPECIFICO.—Em seguida ao
repuiso e o tratamento gastrico previo, muito logi-
camente se impõé a medicação especifica.
Por muito tempo e por distinctos physiolo-
gistas foi negada a absorpção do ferro medicar*
mentoso.
Contestaram-n'a Claude Bernard e Bunge
entre os mais illustres.
Para o primeiroo ferro age indirectamente,
excitando os orgãos digestivos; para o segundo o
ferro só seria absorvido, fazendo parte de uma
molecula orgaánica, a hematogena, encontrada no
estado typico no leite e
na gemma do ovo.
Varias outras opiniões foram emittidas sobre
o assumpto: uns affirmam que o ferro é absorvido
>.*.
A absorpção e a assimilação do ferro são uma
5
ta
verdade infinitamente provavel, pelo menos, entre
os chloroticos cujo sangue está em deficit d'esta
substancia.
LEITE 97
a prevalecer.
Soulier louva as preparações insoluveis por
serem, segundo elle, melhor supportadas, e mais
|
b
.
rapidamente absorvidas.
Hayem indica o protoxalato de ferro, pó ama- .
tempo possível. 17
- Sylvio Leite
|
98 CHLOROSE VULGAR
o.
= TD
O
-
PROPOSIÇÕES
afro
o EO
TERA
ME
Historia Natural Medica
I
Avida se manifesta sob duas formas principaes: o
animal e o vegetal,
Í
Ns
Os limites entre os dois reinos ainda não estão
bem definidos.
mM
anna
Eat
tia
TRT
2020
12, Tan
so
104 CHLOROSE VULGAR
[0
Existe nos globulos rubros do sangue, onde em
combinação com uma materia albuminoide, contribue
para a formação da hemoglobina.
Anatomia descriptiva
"
A arteria humeral dá no nivel do cotovello a radial
e a cubital,
FS
III
À interossea
anterior, ás Vezes, apresenta um
calibre egual ao da radial.
Histologia
I
O' sangue é um tecido de substancia intercellular
liquida. '
Il
Em sua constituição figuram elementos solidos: os
globulos vermelhos ou erythrocytos, os globulos brancos
ou leucocytos, e um elemento liquido: o
plasma.
SYLVIO CEZAR LEITE 105
IM
Physiologia
I
II
A contracção das fibras radiadas d'aquella mem-
brana produz o phenomeno inverso, isto é, a myosis.
II
A secção do nervo optico, produz a mydriase.
Bacteriologia
I
oe
do
commum a inhalação, sob a forma de poeiras finas,
Eescarro secco. ói
Sylvio Leite
ve
eo
Bo
po
o
F
106 CHLOROSE VULGAR
Il
.
H
Ha tres variedades de quina: a vermelha, a cinzenta
e a amarella ou de Calysaia.
II
Esta ultima é a que contem mais quinina.
Clinica propedeutica
I
II
'
.
a verdade d'este facto.
: X
CEA
TST
[8
A insufficiencia hepatica é tanto mais
grave, quanto
mais numerosas forem as intermittencias de eliminação.
Clinica dermatologica e syphiligraphica
l
À syphilis pode ser adquirida ou constitucional.
II
O cancro syphilitico é a lesão inicial da syphilis
adquirida.
“mM
o
caseosa em 1n1cio.
'o processo de dege neração
Fa
a AS,
Va
rdaDE
”
5
ra
Morar
SER
TINA
108 CHLOROSE VULGAR
Pathologia medica
I
II
11
—
Pathologia cirurgica
I
II
Nos casos em que estas fracturas são comminutivas,
nem sempre a esquilectomia é indicada.
III
Na pratica d'esta operação, o clinico deve ter como
e
"
SYLVIO CEZAR LEITE 109
I
o
> FS
7
O
TEINES,
dilatação e á infecção.
'
II
"
O melhor tratamento das hemorrhoidas consiste
em supprimil-as,
|
Clinica ophtalmologica
I
da cor; da extensão
que tem por objecto a percepção so
>
110 CULOROSE VULGAR
III
*
Operações e apparelhos
I
e)!
—
- Deffere dá osteotomia
que consiste na resecção
ossea total. |
boo
Il
À resecção simples,
*
patcial no nivel do cianeo
leva o nome de trepanação.
Anatomia medico-cirurgica
:
"
| à.
q Tr 1
O ante-braçoéa região
que medeéia entre o cotovello
eo braço.
It
O nervo cubital é
um ponto de reparo precioso para
aregião.
ligadura da arteria cubital no
terço medio d'essa
”
SYLVIO CEZAR
LEITE 111
|
IT
:
in nivel
Neste elle acha-se
sempre ao lado interno
da arteria.
Therapeutica
I
O ferro é o especifico da anemia
chlorotica.
Il
Dos preparados d'este metal o
que mais se recom-
menda pela sua composição é o
glycero-phosphato de
ferro soluvel.
me
Este sal leva sobre todos os óutros a vantagem de
ser facilmente eliminado pelos rins mesmo nes casos
de nephrite.
CHLOROSE VULGAR
112 ;
beticos,
Il
Il
E” pouco pronunciada, attingindo raramente a duas
gramnmas.
Clinica pediatrica
:
II
.
Este é uma molestia da nutrição, caracterisada
pela descalcificação dos ossos.
III
STE
SYLVIO CEZAR LEITE
113
Cadeira de Obstetricia
I
A menstruação é um phenomeno
physiologico,
indispensavel á mulher.
II
À sua ausencia traduz um estado
pathologico, ou
bi
a gravidez.
TOA
m
O fluxo menstrual por si só não remove o diagnos-
tico d'este estado em uma mulher supposta tal.
Cadeira de Hygiene
:
O solo é a parte superficial do globo terraqueo com
que. nos achamos constantemente em contacto.
u
A salubridade de um solo depende da sua capaci-
dade para o calor, a agua, os gazes, e da sua riqueza em
materias organicas.
II
O uso das plantações de eucalyptos, nos logares
pantanosos e insalubres, é logico e recommendavel.
&
Sylvio Leite
CHLOROSE VULGAR
1t4
Medicina Legal e Toxicologia
! |
: mm
|
[1
A conhecida gravidade de que se reveste a febre
typhica, quando complicada de ictericia, corrobora
nossa asserção.
III
/ 1
ás
EE
a
SYLVIO CEZAR LEITE 115
Clinica obstetrica e
gynecologica
I
II
O
frio, a suppressão brusca da transpiração, podem
por acção reflexa produzir este estado pathologico.
III
Ee
ça
ce
SUláto.
=.
ra
os
oras