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AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
In the area of intensive care medicine, nursing care to critically ill patients is highly qualified
and is provided in a continuous and systematic way to prevent complications, limit disabilities
and optimize total recovery. After being transferred from the Intensive Care Unit (ICU),
people face several complications that affect their quality of life and that of their relatives.
In this context, the Follow-Up Nursing Consultation (CFU) exists to enhance the functional
recovery of critically ill patients after their admission to Intensive Care Units, in which nurses
play a key role as facilitators of the health/disease transition process. The care provided to
people experiencing complex health/illness transition processes following a critical illness,
based on the specific competence of the Nurse Specialist, is reflected in the improvement of
the quality of care, with a positive impact on the quality of life and well-being of these people.
This academic work aims to analyse the model of nursing care in use and identify the main
needs of people after critical illness, during their health/illness transition process, thus
contributing to the future development of a nursing care model for people after being
transferred from the Multipurpose Intensive Care Unit (SMIP).The nursing internship for
critically ill patients II, held at the Surgical and Medical Emergency Service (SUMC) and at the
Intensive Care Unit (CFU) of the Entre o Douro e Vouga Hospital Center (CHEDV), taking into
consideration SMIP’s performance of duties in the same institution, was an opportunity for
a more comprehensive view of the whole journey of critically ill patients, namely their needs
during each phase, from the hospital admission to the moment of discharge from the CFU. A
qualitative, retrospective, and documental study was conducted based on the analysis of the
clinical records of people after critical illness who were referred to the SMIP´s CFU, between
December 2017 and October 2020. The development of this research study intends to
contribute to the development of a nursing follow-up model for people after being
discharged from Intensive Care Unit. This study will represent a strategy for the progressive
improvement of the quality of the nursing care processes provided to critically ill patients
after ICU admission.
ÍNDICE DE TABELAS
ÍNDICE DE FIGURAS
ÍNDICE GERAL
INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 19
1. Resumo.......................................................................................................................... 51
2. Abstract ......................................................................................................................... 53
3. Fundamentação/enquadramento teórico................................................................... 55
5. Metodologia .................................................................................................................. 61
6. Resultados ..................................................................................................................... 67
7. Discussão ...................................................................................................................... 79
8. Conclusão ...................................................................................................................... 85
ANEXOS ............................................................................................................................... 99
INTRODUÇÃO
Uma vez que os cuidados de enfermagem à pessoa em situação crítica são cuidados
qualificados prestados de uma forma contínua e sistemática, como resposta às necessidades
afetadas, prevenindo complicações e limitando incapacidades, com vista à recuperação total,
cuidar da pessoa no pós-internamento em Cuidados Intensivos a vivenciar processos
complexos resultantes da doença crítica é uma competência das competências clínicas
especializadas do EEEMC (Regulamento n.º 429/2018 de 16 de Julho, 2018).
qualidade de vida e incapacidade para o trabalho (Robinson et al., 2019; Needham et al.,
2012).
(Eaton et al., 2019). Neste sentido, há uma necessidade crescente de consciencialização para
esta problemática e de otimização de estratégias de atuação (Gil, 2021).
suporte emocional durante a recuperação de seu ente querido (Geense et al., 2021; McIlroy
et al., 2019).
Considerando os ganhos em saúde proporcionados pela utilização dos diários referidos
anteriormente foi realizada uma exposição (Anexo IX), devidamente fundamentada na
evidência científica vigente, sobre o impacte dos diários no bem-estar emocional da pessoa
em situação crítica e seus familiares, como também no envolvimento da equipe
multidisciplinar com a pessoa que cuida e respetiva família. Embora haja um apoio crescente
na sua utilização nas UCIs, são muitos os desafios enfrentados na prática clínica para a sua
implementação e sustentabilidade (Rogan et al., 2020). Neste sentido, foram também
reportadas as principais questões que suscitam mais dúvidas e preocupação pelos
profissionais de saúde, constituindo uma barreira à sua implementação, e descritas possíveis
estratégias para a sua resolução. Esta exposição foi entregue aos responsáveis do serviço e
aguarda um parecer para implementação num futuro próximo, representando uma medida
promissora de melhoria contínua da qualidade na prestação de cuidados no SMIP.
Fomentar um ambiente positivo e favorável à prática clínica é uma competência do
EEEMC à pessoa em situação crítica, sendo a motivação da equipa fundamental para um
desempenho diferenciado e humanizado. Segundo alguns autores (Halm, 2019b; Johansson
et al., 2019) a utilização de diários também é uma estratégia promissora, com vista ao
desenvolvimento de uma maior sensibilidade e empatia com as pessoas em situação crítica
e seus familiares e potência maior satisfação no trabalho, maior consciência ética e uma
prática reflexiva.
A comunicação tem assumido uma importância cada vez mais relevante na área da
saúde e é considerada um instrumento fundamental para humanizar o cuidado de
enfermagem. Na CFU constatou-se que a comunicação assume um papel de destaque na
relação terapêutica estabelecida com a pessoa após a doença crítica e a sua família. Uma
comunicação efetiva, de confiança e uma interação comunicativa intencional, ajuda a pessoa
em situação crítica/família a enfrentar melhor os seus problemas (Sequeira, 2016). Um dos
propósitos da comunicação passou por assistir os sobreviventes da doença critica e os seus
familiares a ultrapassar os sentimentos de ansiedade e angústia resultantes do internamento
em Cuidados Intensivos, através da escuta ativa e um cuidado personalizado, competente e
humanizado.
A pessoa e a sua família mesmo após a alta dos Cuidados Intensivos, encontram-se
fragilizados, vulneráveis e sobrecarregados e a comunicação desenvolvida com os
profissionais de saúde tem um grande impacte na forma como estes se posicionam no
processo de transição saúde/doença e na avaliação dos cuidados recebidos. Houve a
4. Considerações finais
1. Resumo
2. Abstract
Background: After being transferred from the ICUs, people face several medium to long term
physical, cognitive and psychological deficits, with a negative impact on their quality of life.
In this sense, the development and implementation of CFUs enhances the global functional
recovery of the person after the critical illness, where the EHMC, being the holder of
advanced skills and high decision-making and clinical reasoning capacity considering the
critically ill person, plays a key role in facilitating the health/disease transition process.
Objectives: To analyse the nursing follow-up model used with critically ill patients after their
ICM admission and identify the main needs of patients after their ICM admission, while going
through the health/disease transition process.
Methodology: Qualitative, retrospective, and documental study through the analysis of the
clinical records of post-hospitalisation patients in Intensive Care referred to the CFU in the
period from December 2017 to October 2020. The collected data was subjected to
descriptive and inferential statistical analysis, according to the nature of the variables, using
the Statistical Package for Social Science (SPSS) version 24.
Results: The sample consisted of 215 files, which revealed that people in the post-intensive
care ward had developed a set of sequelae in the physical, cognitive, and mental domains,
consistent with the development of SPICI. As a result, a number of needs emerged in the
domains of body processes: cardiorespiratory, where compromised ventilation stands out;
neuromuscular, which highlights the potential to improve self-efficiency, awareness and
ability to perform; gastrointestinal, which focuses on compromised swallowing; and
psychological, which points to delirium, hallucination, depressive mood and anxiety. The
prevalence of signs and symptoms in the physical and cognitive domains decreases with time,
the opposite occurring with the psychological dimension.
Conclusion: Survivors of intensive care medicine develop a set of sequelae that negatively
impact their quality of life and well-being. The development of a model focused on their
actual needs, whose monitoring’s intentions are closely related to how each person
experiences their health/disease transition process, promotes the person's adaptation and
transformation in the face of their new condition.
Keywords: Critical care outcomes; Nursing care; Intensive Care; Critical Illness; Patients
3. Fundamentação/enquadramento teórico
4. Finalidade e objetivos
5. Metodologia
pontos; com escolaridade entre 1 a 4 anos, 25 pontos; de 5 a 8 anos, 26,5 pontos; de 9 a11
anos, 28 pontos e acima de 11 anos de escolaridade, 29 a 30 pontos.
Para a avaliação de sintomas de ansiedade e depressão recorreu-se à Hospital Anxiety and
Depression Scale (HADS) (Pais-Ribeiro et al., 2007) que apresenta 14 itens, sendo sete
dirigidos para a avaliação da ansiedade (HADS-A) e os outros sete para a depressão (HADS-
D). Cada item é pontuado de 0 a 3, correspondendo a uma pontuação máxima de 21 pontos
para cada subescala. O ponto de corte para ansiedade e depressão foi HADS ≥11 para cada
uma das subescalas. Valores iguais ou inferiores a 10 foram interpretados como ausência de
ansiedade e depressão, embora valores compreendidos entre 8 e 10, sejam sugestivos destes
sintomas.
A escala Post-Traumatic Stress Scale-14 (PTSS-14) (Twigg et al., 2008) é um questionário
constituído por 14 itens que avaliam os sintomas de TSPT. As respostas a cada ítem são
pontuadas em uma escala tipo Likert de sete pontos e o score varia de 14 a 98. Uma
pontuação total acima de 45 foi sugerida para indicar sintomas de TSPT clinicamente
relevantes.
A escala European Quality of Life 5 Dimensions (EQ-5-D) (Ferreira et al., 2013), validada para
a população portuguesa, é um sistema classificativo que descreve a saúde em cinco
dimensões: mobilidade, cuidados pessoais, atividades habituais, dor/desconforto e
ansiedade/depressão. Cada dimensão tem três níveis de gravidade associados,
correspondendo a sem problemas (nível 1), alguns problemas (nível 2) e problemas extremos
(nível 3) experienciados pela pessoa. Para além do preenchimento deste sistema descritivo
é feita uma avaliação do estado de saúde geral numa escala visual analógica de 0 (pior estado
de saúde imaginável) a 100 (melhor estado de saúde imaginável) designada frequentemente
por termómetro Visual Analogue Scale European Quality of Life (EQ-VAS). Permite também
ter uma perceção do estado de saúde da pessoa, comparando o nível geral de saúde atual
com o de há 12 meses atrás, através da escolha entre as opções de resposta ‘melhor’, ‘o
mesmo’ e ‘pior’.
Relativamente às memórias, estavam documentadas nos processos clínicos a ausência
parcial/total de memórias e a existência de memórias factuais e não factuais.
O tratamento e análise dos dados é um processo que exige do investigador uma busca de
respostas, observação ativa e uma memória precisa. A análise de dados faz-se pelo método
de comparação constante, uma vez que são colocadas perguntas relativas às semelhanças e
diferenças entre cada peça de dados comparados (Streubert & Carpenter, 2013).
Durante o processo de análise dos dados, procurou-se evitar que o conhecimento prévio dos
participantes e do contexto não influenciasse na estratégia utilizada para o agrupamento e
tratamento dos dados. Os dados colhidos a partir da aplicação dos vários instrumentos, que
visavam a caracterização da amostra, foram sujeitos a uma análise estatística descritiva e
inferencial.
Recorreu-se testes não paramétricos nas correlações feitas com os dados referentes a todos
os momentos de avaliação, nomeadamente ao coeficiente de correlação de Spearman (rs),
uma vez que as variáveis em estudo, apesar de serem intervalares, não apresentavam uma
distribuição aproximadamente normal. Outras correlações foram realizadas com recurso ao
coeficiente de correlação Ponto-Bisserial (rpb) (1 variável nominal dicotómica e 1 variável
intervalar) e do Qui-Quadrado (x2)(2 variáveis nominais ou 1 variável nominal e 1 variável
ordinal) (Martins, 2011). O teste paramétrico de coeficiente de correlação de Pearson foi
utilizado nas correlações com dados relativos ao último momento de avaliação, ao 6º mês
após a transferência do SMIP, depois de realizados os testes de normalidade e comprovada
a distribuição aproximadamente normal das variáveis em estudo (Martins, 2011). Todas as
correlações estabelecidas visaram a deteção de associações entre as mesmas.
Nesta análise dos dados recorreu-se ao SPSS®24.
6. Resultados
Durante o período em análise realizaram-se 406 consultas que decorreram nos quatro
momentos de avaliação.
A análise dos dados permite constatar que no decorrer do tempo diminuiu o número de
pessoas avaliadas e aumentou o número das não avaliadas. Das 38 pessoas não observadas
no primeiro momento de avaliação, 21 tiveram alta hospitalar antes do sexto dia após a
transferência do SMIP e em 17 não estava documentado o motivo da ausência de avaliação.
No primeiro mês após a saída do SMIP, das 87 pessoas não observados, 51 tiveram alta após
consulta até ao 6º dia após a transferência do SMIP. Considerou-se que as pessoas tiveram
alta da consulta em caso de morte, faltas consecutivas, por não cumprirem critérios de
inclusão e quando estavam institucionalizadas. Em 15 pessoas a não realização da consulta
do primeiro mês justificou-se por estarem hospitalizadas, serem programados para outro
momento de avaliação e por faltas consecutivas. Em 21 casos não estava documentado o
motivo da ausência de avaliação (14 pessoas não retomaram as consultas).
No terceiro mês após a transferência do SMIP, dos 94 não avaliados, 62 pessoas tiveram alta
após a consulta do 1º mês. Em 15 pessoas a não realização da consulta do 3º mês esteve
relacionada com mesmos motivos que no momento anterior. Ficaram por avaliar 17 pessoas,
não estando documentado o motivo da não avaliação (13 pessoas não retomaram as
consultas).
Das 30 pessoas não observados ao sexto mês, 15 tiveram alta, contudo, não estava
documentado o motivo da ausência de avaliação em outras 15.
No que concerne às sequelas digestivas, é notória a sua diminuição com o decorrer do tempo.
A tabela 4 apresenta a prevalência de alguns distúrbios digestivos nos 4 momentos de
avaliação. Apesar de ser elevada a presença de sequelas digestivas no primeiro momento de
avaliação (53,2%), parâmetro que se refere à presença de qualquer alteração que
comprometa a ingestão de alimentos por via oral, a prevalência de náuseas (0,6%) e os
vómitos (0,6%) assumem pouca relevância. Tal como as outras sequelas, após a consulta do
primeiro mês, de forma genérica, verificou-se uma descida acentuada no número de pessoas
com disfagia e dispositivos de alimentação.
Foram detetadas úlceras de pressão em 13 pessoas (8,1%) até ao 6º dia após a alta, num total
de 157 pessoas, e em 5 pessoas (4,5%) no 1º mês após a alta num total de 110 pessoas, não
havendo registos nas consultas a jusante.
A análise da função cognitiva, obtida a partir do MMSE, que permite avaliar de forma rápida
as habilidades cognitivas da pessoa (valores mais baixos estão associados a mais alterações
cognitivas) permitiu inferir que pelo menos 14 (20,6%) num total de 68, 8 (12,9%) num total
Tendo presente que o valor 0 representa ausência de sintomas, constatou-se que os valores
médios apurados indicam, de forma geral, intensidades de sintomas sugestivos de presença
de ansiedade bastante reduzidos. A análise da tabela 8 permitiu constatar que a questão na
qual as pessoas se posicionaram relativamente à “sensação de medo, como se algo de mau
fosse acontecer”, foi aquela com um score médio mais alto em todos os momentos de
avaliação.
A prevalência de sintomas de TSPT nas pessoas em estudo foi avaliada com recurso à escala
PTSS-14 (Tabela 10), tendo sido definida a pontuação acima de 45 para indicar sintomas de
TSPT clinicamente relevantes. Os valores médios apurados traduzem, genericamente,
sintomas sugestivos de TSPT muito baixos. Da análise da documentação referente a todas as
avaliações realizadas pelos profissionais de saúde, infere-se que genericamente a prevalência
do TSPT aumentou ao longo do tempo, com uma percentagem de 4,5%, 7,7% e 13,2% nas
consultas até ao 6º dia, 1º mês e 3º mês respetivamente, com a exceção do período de
transição entre a consulta do 3º para o 6º mês.
Dos 108 processos que documentavam a avaliação das memórias de internamento no SMIP
no 1º mês após a alta, 76 (70,4%) descreviam memórias do internamento, mas apenas 26,4%
registavam lembranças de todo o percurso. Memórias claras do momento da transferência
para outro serviço, foram referidas em 52,6% dos 93 processos que apresentavam este
registo. Memórias não factuais foram documentadas em 46 processos (42,6%).
Tendo em conta a análise realizada às diferentes dimensões afetadas, é possível constatar
uma diminuição da prevalência de sequelas instaladas resultantes da doença crítica e do seu
tratamento ao longo do tempo, com a exceção da dimensão psicológica, que foi a única cuja
a prevalência de alterações aumentou com o decorrer do tempo até ao terceiro mês.
Na CFU também é preocupação dos enfermeiros a qualidade de vida da pessoa. Deste modo,
foi-se perceber em termos médios a presença de alterações ao nível de cinco dimensões a
partir da escala EQ-5D (Tabela 11) ao 6º mês após a transferência do SMIP. Cada dimensão
está operacionalizada numa escala ordinal do tipo Likert (3 pontos), (“Não tenho problemas”,
“Tenho alguns problemas” e “sou incapaz”), em que 1 é o valor mais desejável. Constatou-se
que as dificuldades na mobilidade e na realização das atividades habituais foram as
dimensões da qualidade de vida mais afetadas. Num total de 43 pessoas, 19 (44,2%) ainda
tinha alguns problemas em realizar as atividades pessoais e 3 (7%) eram incapazes de as
realizar. No mesmo número de pessoas, 21 (48,8%) apresentavam ainda alguns problemas
na mobilidade. De 30 pessoas avaliados ao sexto mês, 42,2% não estavam reformados. A
falta de documentação relativa à situação profissional não permitiu determinar a prevalência
de incapacidade para o trabalho decorrente do internamento.
Tabela 11: Análise estatística das cinco dimensões da escala EQ-5D ao 6º mês
N M dp
Dificuldade na mobilidade 43 1,49 0,51
Comparando o estado de saúde atual com o prévio ao 6º mês após alta do SMIP, 21 pessoas
(47,7%) consideraram-se pior, enquanto que 12 (27,3%) referiram sentir-se iguais. Contudo,
11 (25%) sentiam-se melhores. Neste último momento de avaliação, numa escala analógica
pontuada de 0 a 100, em que 0 é o pior estado de saúde possível e 100 o melhor, o score
médio foi de 67,71 (DP 22,54).
Após a descrição dos dados da amostra, recorreu-se à estatística inferencial, que permite
“(….) retirar conclusões acerca da população-alvo, com base nos resultados obtidos na
amostra daí recrutada através de um processo de inferência estatística” (Martins, 2011, p.
91).
O número de dias de ventilação e sedo-analgesia estão positivamente correlacionados com
os dias de internamento no SMIP, rs = .82, p = .00 e rs = .69, p = .00 respetivamente. O
aumento dos dias de ventilação e de sedo-analgesia estão associados a internamentos mais
prolongados. É possível verificar também uma correlação positiva significativa entre o
negativa entre a idade e as variáveis força muscular (rpb = -.16, p = .00) e índice de Barthel (rpb
= -.31, p = .00), que avaliam a dimensão física da pessoa, inferindo-se que quanto maior for
a idade, maior é a dependência a nível das atividades de vida diárias e menor a força
muscular. Nenhuma correlação foi estabelecida entre a idade e variáveis que avaliam a
componente psicológica.
Relativamente às principais necessidades da pessoa no pós-internamento em Cuidados
Intensivos foram identificados aspetos de saúde relevantes para a prática de enfermagem e
consequentemente para a otimização da CFU. Para apresentação dos resultados recorreu-se
à Ontologia de Enfermagem (Ordem dos Enfermeiros, sd), que representa uma estrutura de
informação com bastante utilidade para a representação conceptual e teórica do
conhecimento de enfermagem, que permite facilitar o desenvolvimento de sistemas de
suporte à tomada de decisão de enfermagem (Peace & Brennan, 2009).
As necessidades da pessoa após a doença crítica têm como centralidade o autocuidado, que
de acordo com a Classificação Internacional para a Prática de Enfermagem (CIPE), é uma
“atividade executada pelo próprio. Tomar conta do necessário para se manter, manter-se
operacional e lidar com as necessidades individuais básicas e íntimas e as atividades de vida
diária” (Ordem dos Enfermeiros, 2016, p. 41). O autocuidado assume-se como uma das áreas
core da intervenção de enfermagem pelo seu impacte nos resultados e potencial para gerar
ganhos em saúde, sendo, por isso, reconhecido como um indicador de qualidade dos
cuidados e um critério de qualidade do exercício profissional (Ordem dos Enfermeiros, 2012).
Neste sentido e como forma de dar resposta ao segundo objetivo deste estudo, apresenta-
se na figura 1 os aspetos de saúde relevantes para a prática de Enfermagem. Foram
identificados os processos corporais nos nós processo cardiorrespiratório, processo
gastrointestinal, processo neuromuscular e processo psicológico, onde emergem os focos de
atenção da enfermagem que requerem a colheita de uma série de dados, essenciais para a
formulação de um raciocínio diagnóstico e de intervenções dirigidas para dar resposta às
principais necessidades das pessoas no pós-internamento no SMIP. Reforçar também que ao
longo do seguimento destas pessoas, os cuidados devem ser personalizados, direcionados e
adaptados à condição da pessoa, ao contexto de ação e à terapêutica complexa a que cada
um está sujeito, onde a intervenção de uma equipa multidisciplinar se revela essencial para
intervenções dirigidas às áreas afetados, de forma a promover a recuperação de uma forma
mais ampla possível.
7. Discussão
consultas telefónicas seriam uma solução inovadora e sustentável para melhorar o acesso
das pessoas com dificuldades de mobilização e económicas aos cuidados de saúde, com a
garantia de um acompanhamento mais continuado e articulado entre os diferentes níveis de
cuidados (Ordem dos Enfermeiros, 2021).
Os sobreviventes da doença crítica desenvolvem um conjunto de complicações e sequelas
que ocorrem a nível físico, cognitivo, mental e social, com forte impacte na qualidade de vida
(Robinson et al., 2019; Needham et al., 2012). Foram analisados os dados inerentes a cada
um destes domínios com o objetivo de se perceber a prevalência das sequelas mais comuns
em cada momento de avaliação e a forma como evoluem ao longo do tempo.
No domínio físico, verificou-se uma elevada prevalência de sequelas respiratórias,
nomeadamente, a necessidade de oxigenoterapia e a presença de traqueostomia, na
consulta até ao 6º dia após a transferência do SMIP. Estas limitações resultam em larga escala
do desenvolvimento de fraqueza muscular adquirida durante o internamento (Azevedo et
al., 2019). Dispneia em repouso ou com esforço e tosse ineficaz, verificada em 20 pessoas,
são sinais clínicos de alterações da função pulmonar e dos músculos respiratórios
respetivamente (Zeleznik et al., 2021).
Recorreu-se também à análise dos valores médios do Índice de Barthel e de MSC para se
avaliar o impacte das sequelas físicas ao nível do autocuidado, que representa um foco de
atenção muito significativo para a prática de enfermagem, com forte impacte na saúde e
bem-estar da pessoa. Constatou-se na consulta até ao 6º dia após a transferência, que as
pessoas apresentavam um grau de dependência severo e uma perda de força muscular
relevante, ocasionando limitação das capacidades para o desempenho das atividades básicas
de vida diária, como alimentar-se, higiene pessoal, uso de sanitário, virar-se, transferir-se,
vestir-se e andar (Azevedo et al., 2019). Mediante estes resultados, a implementação de um
protocolo de mobilização precoce tem sido referida como uma intervenção que pode ser
efetiva na mitigação deste problema (Hermans & Van den Berghe, 2015). Num estudo
randomizado recente, implementaram um protocolo de mobilização precoce para pessoas
em situação crítica, liderado por enfermeiros, envolvendo 54 pessoas internados em quatro
UCIs diferentes. Concluíram que a mobilização precoce, com intensidade adequada reduz o
tempo de internamento e potencia o ganho de maior força muscular (Winkelman et al.,
2018).
A imobilidade na pessoa em situação crítica está tipicamente associada à ventilação
mecânica, administração de sedativos, analgésicos e ao desenvolvimento de sequelas
relevantes e piores outcomes (Negro et al., 2018). A análise inferencial destas variáveis neste
estudo permitiu constatar que o aumento dos dias de ventilação e sedo-analgesia estavam
associados ao aumento dos dias de internamento no SMIP, à semelhança com outros estudos
(Canelhas et al., 2022; Lynch et al., 2020). Canelhas em 2022, comparou as capacidades
funcionais e a força muscular em pessoas ventilados até 6 dias com pessoas ventilados por
um período igual ou superior a 7 dias e concluiu que quanto maior o tempo de ventilação,
maior a perda de força muscular e funcionalidade, com repercussões no tempo de
internamento. O conhecimento atual destaca a importância de diminuir o tempo de
internamento para o clinicamente apropriado, para melhorar a qualidade dos cuidados
médicos, reduzir os custos e o uso excessivo de recursos” (Azevedo, 2018).
Ainda dentro do domínio físico, as alterações digestivas que mais se destacaram no primeiro
momento de avaliação foram a deglutição comprometida 15 (n=69) e a presença de
dispositivos de alimentação em 42 (n=154). Pelos valores apresentados infere-se que o
número de pessoas com deglutição comprometida seja muito superior, uma vez que foram
avaliados menos de metade das pessoas em comparação com aqueles que apresentavam
algum dispositivo de alimentação. Constatou-se, após consulta do processo clínico que no
momento da transferência do SMIP, que 58 pessoas (35,2%) num total de 165 apresentavam
deglutição comprometida. Segundo a literatura a deglutição comprometida relacionada com
intubação endotraqueal e ventilação mecânica é uma problemática frequente nas UCIs
(Matos et al., 2021; Schefold et al., 2017) com taxas de incidência que variam entre 3% a 83%
(Costa, 2020). A grande discrepância nos valores das percentagens poderá estar relacionada
sobretudo com a utilização de diferentes métodos de avaliação. Uma vez que a deglutição
comprometida aumenta o risco de co-morbilidades, o prolongamento do tempo de
internamento hospitalar e os custos em saúde (Almeida et al., 2016), a elaboração e
implementação de um instrumento de avaliação da deglutição e de um programa terapêutico
na reabilitação das pessoas com disfagia orofaríngea em parceria com os enfermeiros
especialistas em enfermagem de reabilitação, poderia contribuir para minimizar as
consequências negativas inerentes, sendo uma mais valia para um diagnóstico e tratamento
precoce da disfagia nas pessoas internadas no SMIP (Rodrigues et. al., 2015).
De uma forma genérica é possível verificar, através da análise dos dados nos diferentes
momentos de avaliação, que a prevalência das sequelas referentes à dimensão física
diminuíram com o decorrer do tempo.
As sequelas mentais das pessoas em comparação com as físicas, são mais difíceis de detetar
e compreender e nem sempre são abordadas de forma precoce e adequada pelos
profissionais que acompanham estas pessoas (Doing, 2020).
Neste estudo, é notória a baixa prevalência da ansiedade e depressão no primeiro momento
de avaliação, aumentando, contudo, com o decorrer do tempo no 1º e 3º mês, voltando
novamente a descer ao 6º mês, sem registo de casos. Estes resultados possivelmente podem
ser explicados pelo facto da reabilitação física preceder a reabilitação psicológica, como
defendido em alguns estudos (Hanifa et al., 2018; Ågård et al., 2012)
Importa referir que no questionário de avaliação da qualidade de vida aos 6 meses após a
transferência do SMIP, onde se procura saber como a pessoa se posiciona em relação ao
“Sinto-me ansioso/deprimido”, em 48 pessoas, 12 (28,6%) referem sentir-se
moderadamente ansiosos/deprimidos e 2 pessoas (4,8%) consideram-se extremamente
ansiosos/deprimidos. A diferença de resultados encontrados poderá estar relacionada com
o facto de a HADS não ser uma ferramenta validada para avaliar a depressão e ansiedade
nesta população específica de pessoas (National Institute for Clinical Excellence, 2014). Desta
forma, é necessário olhar de forma cautelosa para estes resultados.
No que concerne à TSPT, é possível constatar a baixa prevalência em todos os momentos de
avaliação. Contudo, verifica-se uma tendência de aumento até ao 3º mês, com uma
frequência de 13,2% num total de 38 pessoas avaliadas neste momento de consulta, indo de
encontro ao exposto por Gil (2021), que estima que a prevalência do TSPT no pós-
internamento em Cuidados Intensivos esteja compreendida entre 5-63% das pessoas que
sobrevivem à doença crítica e que esteja associada a pior qualidade de vida”. As diferenças
de resultados encontrados nos estudos realizados, poderão ser justificadas pela utilização de
diferentes protocolos de avaliação, quer a nível do internamento, quer no seguimento em
ambulatório, nomeadamente, instrumentos utilizados, momentos de avaliação, bem como
os diversos modelos de funcionamento e de intervenção de cada UCI (Gil, 2021).
A análise inferencial realizada permite constatar que existe uma correlação positiva entre o
TSPT e a ansiedade e depressão, corroborando com o defendido por (Gil, 2021), que
considera que a TSPT está frequentemente associada a comorbilidades psiquiátricas, como
as Perturbações de Ansiedade e Depressiva. A inclusão de uma visita à unidade num dos
momentos de avaliação da pessoa, parece ser uma medida significativa para esta população
de pessoas, porque promove um tratamento de exposição e inicia um processo de
enfrentamento (Hanifa et al., 2018).
Neste estudo o género feminino está associado a scores mais altos de stress pós-traumático.
Estes resultados poderão estar associados com o facto dos homens geralmente manterem
um distanciamento e recusa em falar em situações que envolvem o seu estado de saúde
(Hanifa et al., 2018), sendo relevante considerar-se a perspetiva do gênero na assistência em
enfermagem.
A documentação analisada relativa às memórias das pessoas, não permite classificar o tipo
de memórias ilusórias, que podem incluir pesadelos, alucinações, ilusões paranóides e
sonhos. Contudo, verificou-se que das 108 pessoas observadas no 1º mês após a alta, 76
(70,4%) tinham memórias do internamento, mas apenas 26,4% mantinha lembranças de
todo o seu percurso. Memórias não factuais foram mencionadas por 46 pessoas (42,6%).
Na população de Cuidados Intensivos as memórias delirantes são observadas em até 70% das
pessoas após a doença crítica (Doing, 2020) e são frequentemente assustadoras,
traumatizantes e com temas persecutórios. As memórias intrusivas contribuem para uma
maior morbilidade psicológica, estando associadas ao desenvolvimento de TSPT, ansiedade
e depressão (Doing, 2020). Neste sentido, seria relevante a aplicação de instrumentos na CFU
que permitissem catalogar os diferentes tipos de memórias, com a finalidade de desenvolver
novas oportunidades e intervenções para minimizar o sofrimento psicológico nestas pessoas.
Neste estudo, 29,7% das pessoas, num total de 108, não apresentam memórias do período
de internamento no SMIP. A perda de memória para eventos reais resulta na sua substituição
por lembranças ilusórias, muitas vezes desagradáveis, com incapacidade de percecioná-las
como irreais, com prejuízo na saúde psicológica futura, na recuperação e na qualidade de
vida. A implementação de diários de Cuidados Intensivos no SMIP poderia ser uma estratégia
viável para as pessoas lidarem com as consequências traumáticas do internamento. A sua
utilização permite à pessoa refletir, construir e reconstruir a história da sua doença crítica
(Halm, 2019a), facilita a compreensão e o preenchimento de lacunas de memória, diminui os
efeitos de memórias intrusivas reais ou imaginárias, ajusta as expectativas de recuperação
(Halm, 2019b) e ajuda na consciencialização da gravidade da sua doença ou lesão (Levine et
al., 2018).
A avaliação do delírium não estava documentada nos registos analisados. Mas considerando
a percentagem de memórias não factuais neste estudo e a sua prevalência variar entre 60%
a 80% em doentes idosos, adultos sob ventilação mecânica e/ou doentes com um tempo de
internamento superior a 48h e estar associado ao aumento das taxas de mortalidade e
comorbilidade (Lynch et al., 2020), justifica-se a elaboração de uma instrução de trabalho
que agrupe um conjunto de intervenções específicas não farmacológicas com foco em
fatores de risco modificáveis relativas ao ambiente circundante, promoção do sono e gestão
da dor para mitigar e prevenir o delírium durante o internamento no SMIP. Estudos
desenvolvidos defendem que a implementação destas intervenções, representa uma
estratégia promissora para a prevenção do delírium durante o internamento numa UCI e do
desenvolvimento do TSPT após a doença crítica (Contreras, 2021; Granberg-Axèll, 2020).
A análise dos registos médicos e de enfermagem, permitiu constatar que as pessoas
sinalizadas para acompanhamento por psiquiatria e psicologia no início do seguimento,
tiveram alta da CFU sem avaliação por estas especialidades. Destaca-se um possível défice
no suporte à saúde mental após a alta hospitalar, concebível em sistemas de saúde onde
muitas vezes o foco é a recuperação física, em detrimento da mental (Heydon, 2020). Tal
como a fisioterapia e a enfermagem de reabilitação fazem parte da rotina da prática moderna
de uma UCI, há também evidências crescentes que sugerem que o uso precoce de
psicoterapia na UCI e ferramentas associadas, como diários de UTI, podem potenciar a
recuperação e resultados para sobreviventes de doenças críticas (Heydon, 2020; Davydow,
2014).
A criação de um espaço, sob orientação de enfermeiros especialistas em saúde mental, onde
as pessoas pudessem ser encaminhadas após avaliação por um EEEMC à pessoa em situação
crítica, para promoção da saúde e do bem-estar, a partir da partilha de experiências e
vivências da doença, do internamento e da recuperação, poderá ser uma medida promissora
para prevenir o sofrimento psicológico no pós-internamento do SMIP. À semelhança com
outros estudos, os grupos de pares ou de apoio é uma estratégia defendida para reduzir a
morbilidade psicológica (Heydon et al., 2019; Mikkelsen et al., 2016).
A falta de documentação relativa à situação profissional das pessoas não permite determinar
a prevalência de incapacidade para o trabalho decorrente do internamento. Contudo, o
questionário da EQ-5D aos 6 meses após a transferência do SMIP num total de 43 pessoas,
19 ainda mantinham alguns problemas em realizar as atividades pessoais e 3 eram incapazes
de as realizar. Considerando que nas atividades habituais englobam aquelas realizadas no
âmbito profissional, infere-se que estas pessoas não reuniam condições para regressar ao
trabalho.
Consequências ao nível social e económico estão também descritas na literatura, com
impacto ao nível do emprego e dos rendimentos familiares, necessitando muitas das pessoas
de cuidados que são em grande parte proporcionados pela família. A relevância que a
situação profissional da pessoa tem ao nível social e económico, exige que estes casos sejam
devidamente sinalizados e reportados aos serviços sociais, no sentido de serem adotadas
medidas preventivas para diminuir o impacte na qualidade de vida do doente (Mota, 2018).
Da análise dos dados apura-se que a pessoa no pós-internamento em Cuidados Intensivos
desenvolve um conjunto de sequelas relevantes nos domínios físico, cognitivo, mental, social
e económico que impactam de forma negativa na sua qualidade de vida e bem-estar. Os
cuidados de enfermagem dirigidos às pessoas com esta condição são cuidados específicos,
altamente qualificados e prestados de forma contínua e sistemática, para prevenir
complicações, limitar incapacidades e otimizar a recuperação total (Regulamento n.º
429/2018 de 16 de Julho, 2018).
8. Conclusão
A conclusão foi estruturada em resposta aos objetivos que presidiram este percurso de
investigação, às limitações ao estudo e implicações para a prática assistencial dos
enfermeiros, bem como, desenvolvimentos futuros.
No modelo de acompanhamento em uso às pessoas após a transferência do SMIP, que são
encaminhados para a CFU, são seguidas pela equipa médico e enfermeiro que integram esta
consulta num momento até ao 6º dia após a transferência no internamento e em consultas
em regime de ambulatório. Na consulta externa nota-se que as intervenções implementadas
pelos enfermeiros são sobretudo na esfera do “Observar”, com recurso a um conjunto de
escalas que permitem a colheita de dados essenciais à tomada de decisão médica. A análise
dos registos dos profissionais de saúde permite inferir que o processo de enfermagem fica
limitado, quase exclusivamente, à colheita de dados, com prejuízo nos resultados esperados.
O desenvolvimento deste trabalho demonstra que as pessoas no pós-internamento em
Cuidados Intensivos desenvolveram um conjunto de sequelas no domínio físico, cognitivo e
mental, com reflexo nos domínios social, profissional e económico, consistentes com o
desenvolvimento de SPICI. Em resultado emergiram um conjunto de necessidades no
domínio dos seguintes processos corporais: o processo cardiorrespiratório, onde se destaca
a ventilação comprometida; o processo neuromuscular que salienta os potenciais para
melhorar a autoeficiência, a consciencialização e a capacidade para executar; o processo
gastrointestinal que foca a deglutição comprometida e o processo psicológico que aponta o
delírium, a alucinação, o humor depressivo e a ansiedade. A definição dos diagnósticos de
enfermagem que melhor respondem a estas necessidades, bem como, os procedimentos de
diagnóstico e terapêutica médica, que daí advêm, exige a colheita de um conjunto de dados
específicos com integridade referencial aos referidos diagnósticos e às intervenções a
implementar.
Após a saída dos Cuidados Intensivos, as pessoas são desafiadas a reestruturar a forma como
enfrentam a sua nova condição de saúde em benefício do sucesso da transição que decorre.
A tomada de decisão para a prestação de cuidados de Enfermagem pelo EEEMC à pessoa em
situação crítica desempenha um papel de destaque na melhoria do potencial de adaptação,
execução e transformação da pessoa face à sua nova condição, bem como, na otimização das
condicionantes que rodeiam e influem as suas práticas e ações, com o propósito de
desenvolver as suas capacidades de desempenho no autocuidado.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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