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QUÍMICA - PROPRIEDADES COLIGATIVAS

1. (Ime 2019) Admita que uma solução aquosa 0,0400 molar de ácido tricloroacético congele a
−0,1395 C. Considere, ainda, que a constante de abaixamento do ponto de congelamento (K c ) da água
seja 1,860 C  kg  mol−1 e que 1,00 L de solução contenha 1,00 kg de solvente. O valor da constante de
dissociação (K a ) do ácido tricloroacético será:
a) 4,90  10 −7
b) 3,28  10−5
c) 7,66  10−3
d) 1,36  10 −2
e) 2,45  10 −1

2. (Ita 2018) São feitas as seguintes proposições a respeito de propriedades coligativas:

I. A pressão osmótica depende do tipo de solvente para um dado soluto.


II. A criometria usa o abaixamento do ponto de congelamento do solvente para medir a massa molar do
soluto.
III. Na ebuliometria, a variação da temperatura de ebulição depende da concentração molal de soluto não
volátil utilizado.
IV. Na tonometria, ocorre abaixamento da pressão de vapor de uma solução que contém um soluto não
volátil, em relação ao solvente puro.

Das proposições acima é(são) CORRETA(S)


a) apenas I.
b) apenas I e III.
c) apenas II, III e IV.
d) apenas II e IV.
e) todas.

3. (Ita 2017) A pressão de vapor da água pura é de 23,8 torr a 25 C . São dissolvidos 10,0 g de cloreto
de sódio em 100,0 g de água pura a 25 C. Assinale a opção que indica o valor do abaixamento da pressão
de vapor da solução, em torr.
a) 22,4
b) 11,2
c) 5,6
d) 2,8
e) 1,4

4. (Ita 2017) A adição de certa massa de etanol em água diminui a temperatura de congelamento do
solvente em 18,6 C. Sabendo que a constante crioscópica da água é de 1,86 C  kg  mol−1, assinale a
porcentagem em massa do etanol nesta mistura.
a) 10,0%
b) 18,6%
c) 25,0%
d) 31,5%
e) 46,0%

5. (Ita 2016) A constante ebulioscópica da água é 0,51K  kg  mol−1. Dissolve-se em água 15,7 g de um
composto solúvel, não volátil e não eletrólito, cuja massa molar é de 157 g  mol−1. Assinale a alternativa
que corresponde à variação na temperatura de ebulição desta solução aquosa, em kelvin.
a) 0,05
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b) 0,20
c) 0,30
d) 0,40
e) 0,50

6. (Ita 2014) A pressão de vapor de uma solução ideal contendo um soluto não-volátil dissolvido é
diretamente proporcional à
a) fração molar do soluto.
b) fração molar do solvente.
c) pressão osmótica do soluto.
d) molaridade, em mol  L−1, do solvente.
e) molalidade, em mol  kg−1, do solvente.

7. (Ita 2013) Assinale a alternativa CORRETA para o líquido puro com a maior pressão de vapor a 25°C.
a) n-Butano, C4H10
b) n-Octano, C8H18
c) Propanol, C3H7OH
d) Glicerol, C3H5(OH)3
e) Água, H2O

8. (Ita 2013) Uma solução líquida constituída por dois componentes A e B e apresentando comportamento
ideal, conforme Lei de Rauolt, está em equilíbrio com seu vapor. Utilizando a notação:

x A e xB para as respectivas frações em mol das substâncias A e B na solução líquida,


p A e pB para as respectivas pressões de vapor de A e B no vapor em equilíbrio com a solução líquida, e
p 0A e pB
0
para as respectivas pressões de vapor de A puro e B puro numa mesma temperatura,

assinale a opção que apresenta a relação CORRETA para a pressão de vapor de A ( p A ) em equilíbrio
com a solução líquida.
a) pA = p0A  (1 − x A )
b) p A = pB0  (1 − xB )
c) p A = pB0  x A
d) p A = p0A  x A
e) p A = pB0  xB

9. (Ime 2011) A adição de 8,90 g de um hidrocarboneto aromático X a 256 g de benzeno resulta em uma
solução cuja temperatura de congelamento é 1,39°C inferior à do benzeno puro. Sabendo que a constante
criométrica molal do benzeno é 5,12C  kg.mol−1, dê as fórmulas estruturais dos produtos
monossubstituídos resultantes da reação de X com uma mistura sulfonítrica (HNO3 + H2SO4 concentrado).
Despreze a existência do hidrocarboneto X na fase vapor.

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Gabarito:

Resposta da questão 1:
[E]

T0 : ponto de congelamento do sorvete puro


T : ponto de congelamento da solução
ΔT = T0 − T = 0 C − ( −0,1395 C) = 0,1395 C (abaixamento do ponto de congelamento)
K c = 1,860 C  kg  mol−1 (constante de abaixamento do ponto de congelamento)
V = 1,00 L
msolvente = 1,00 kg
M = 0,0400 mol  L−1 (concentração molar de ácido tricloroacético)
nsoluto
W= (molalidade)
msolvente (kg)
i = 1 + α(q − 1) (fator de van’t Hoff)

nsoluto
M=  nsoluto = M  V
V
MV 0,0400 mol  L−1  1,00 L
W= = = 0,0400 mol  kg−1
msolvente (kg) 1,00 kg
ΔT = K c  W  i
0,1395 C = 1,860 C  kg  mol−1  0,0400 mol  kg−1  i
i = 1,875
1 Cl 3 − COOH ⎯⎯→ 1H+ + 1 Cl 3 − COO −
1 4 4 44 2 4 4 4 43
q=1+1=2
i = 1 + α(q − 1)
1,875 = 1 + α(2 − 1)  α = 0,875

Para o ácido tricloroacético:


α2  M
Ka =
1− α
( 0,875 )2  0,0400 mol  L−1 0,030625
Ka = =
1 − 0,875 0,125
K a = 0,245
K a = 2,45  10 −1

Resposta da questão 2:
[C]

[I] Incorreta. Levando-se em conta a abordagem do programa do vestibular, ou seja, a abordagem do ensino
médio, conclui-se que a pressão osmótica depende da concentração de uma solução em relação à outra, pois se
trata da migração de solvente da região de maior pressão de vapor para a região de menor pressão de vapor do
solvente comum às soluções comparadas.
Π V = nR T i
n
Π= R T i  Π = M R T i
V
M : Concentração molar da solução

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[II] Correta. A criometria usa o abaixamento do ponto de congelamento do solvente para medir a massa molar do
soluto.
ΔT = K  W i
1 4 2 c4 3
Cons tan te
crisoscópica
nsoluto
ΔT = K c  i
msolvente (kg)
ΔT  msolvente (kg)
nsoluto =
Kc  i
msoluto ΔT  msolvente (kg)
=
Msoluto Kc  i
msoluto  K c  i
Msoluto =
ΔT  msolvente (kg)

[III] Correta. Na ebuliometria, a variação da temperatura de ebulição depende da concentração molal de soluto não
volátil utilizado.
ΔT = K  W i
1 4 2 e4 3
Cons tan te
ebulioscópica

[IV] Correta. Na tonometria, ocorre abaixamento da pressão de vapor de uma solução que contém um soluto não
volátil, em relação ao solvente puro.
ΔP
= K  W i
P0 1 4 2 t 43
Cons tan te
tonoscópica

Resposta da questão 3:
[E]

Lei de Raoult: a pressão máxima de vapor de uma solução diluída (p), de soluto não volátil e não iônico, é igual
ao produto da pressão máxima de vapor do solvente puro (p0 ) pela fração molar do solvente (X2 ). Em caso de
solutos iônicos, multiplica-se o resultado pelo fator de Van't Hoff (i).
p = p0  X 2
p = p0 − p (abaixamento da pressão de vapor)
p p0 − p
= (abaixamento relativo da pressão de vapor; em relação a p0 )
p0 p0
p = p0  X2  i, substituindo na equação anterior, vem :
p p0 − p0  X2  i
=
p0 p0
p p0 (1 − X2  i) p
=  = (1 − X2  i)
p0 p0 p0
X1 + X2 = 1
X2 = 1 − X1
p
= (1 − (1 − X1 )  i)
p0
p
= X1  i
p0

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Numa solução muito diluída, o número de mols do solvente (n2 ) é muito maior do que o número de mols do soluto
(n1 ). Então, n1 + n2  n2 .
m1
n1 n M M  m1
X1 =  X1 = 1 = 1 = 2
n1 + n2 n2 m2 M1  m2
14 2 43
 n2 M2

p
Como = X1  i, vem:
p0
p M2  m1
= i
p0 M1  m2
p M2  m1
= i
p0 M1  m2
NaCl = 22,99 + 35,45 = 58,44
H2O = 18,02
m1 = 10,0 g; m2 = 100,0 g
p0 = 23,8 torr
1NaCl → 1Na + + 1 Cl −
1 4 4 2 4 43
q= 2
i = 1 + (q − 1)
NaCl = 100% = 1  i = 1 + 1(2 − 1) = 2
p 18,02  10,0
= 2
23,8 58,44  100
p  1,47 torr

Resposta da questão 4:
[D]

K = constante crioscópica = 1,86 °C  kg  mol-1.


W = concentração molal ou molalidade
i = fator de Van' t Hoff  Para o e tanol: i = 1.
ΔT = K  W  i
ΔT 18,6 10 mol (etanol)
W= = =
K 1,86 kg (água)
me tanol = 10  46 = 460 g
1 kg de água = 1.000 g (água)
(460 g + 1.000 g) 100%
460 g pe tanol
petanol = 31,506849%  31,5%

Resposta da questão 5:
ANULADA

Questão anulada no gabarito oficial.

A partir da teoria da ebulioscopia, vem:

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ΔTeb = K eb  W  i
nsoluto
W=
msolvente em kg

onde,
ΔTeb : variação da temperatura de ebulição
K eb : constante ebulioscópica
W : molalidade
i : fator de Van't Hoff; igual a 1 para não eletrólitos

15,7 g
157 g  mol−1
ΔTeb = 0,51 K  kg  mol−1  1
mágua

A massa da água não foi fornecida, por isso a questão foi anulada.

Resposta da questão 6:
[B]

Os efeitos da adição de um soluto não volátil em um solvente não dependem da natureza do soluto, mas da
concentração deste soluto na solução, ou seja, da quantidade de partículas de soluto por litro de solução.

Observação teórica:
Quando se adiciona um soluto não-volátil em um solvente, diminui-se a sua pressão de vapor, então:
ΔP
= KT  W
P0

Onde:
ΔP → abaixamento da pressão de vapor
P0 → pressão de vapor do líquido puro
K T → constante tonométrica
W → molalidade da solução ( W = n1 m2 (kg) )

Resposta da questão 7:
[A]

Quanto menores as forças atrativas, maior a pressão de vapor. Dos líquidos apresentados (25°C) o n-butano
(C4H10; hidrocarboneto) se encaixa nesta descrição.

C4H10 (hidrocarboneto)  C8H18 (hidrocarboneto de cadeia mais longa)


Ordem crescente de forças atrativas:
 C3H7OH (1 hidroxila)  H2O  C3H5 (OH)3 .

Resposta da questão 8:
[D]

Pressão de vapor de uma substância no estado líquido á a pressão exercida pelo vapor desta substância quando
ele entra em equilíbrio com a fase líquida.

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A pressão de vapor de A ( p A ) em equilíbrio com a solução líquida será dada por:


p
x A = A  p A = x A .p0A
p0A

Resposta da questão 9:
Teremos:
nsoluto n
ΔT = K C   ΔT = K C  soluto  1000
msolvente em kg msolvente
mhidrocarboneto aromático
ΔT = K C   1000
Mhidrocarboneto aromático  mbenzeno
8,9
1,39 = 5,12   1000
Mhidrocarboneto aromático  256
8, 9
Mhidrocarboneto aromático = 5,12   1000 = 128,0575 g.mol−1
1,39  256
Mhidrocarboneto aromático  128 g.mol−1

C6H6 = 78
78 + x = 128
x = 50
50 = 48 + 2  4C + 2H
C6H6 + 4C + 2H  C10H8

Então:

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