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Renzo inicia sua fala explicando que seu recorte de pesquisa foca nas “condições de diálogo”
especificamente em relação ao IPCC (mudanças climáticas) e o que ele chama de arquitetura
ontológica ameríndia. Ele faz um paralelo com o IPBES, considerando que este Painel já nasce
em outra perspectiva, já que para a racionalidade científica é mais aceitável que o
conhecimento dos povos originários seja mais útil para compreender a biodiversidade do que
para entender o clima.
Renzo começa sua exposição com uma crítica ao uso de conceitos como “visão de mundo” e
“cultura” para significar as formas de ver o mundo dos povos originários. Para ele tais
conceituações geram um “esvaziamento”. Ele defende que é preciso questionar: o mundo pe o
mesmo para todo mundo? O que muda é a forma de acessá-lo?
Renzo contrasta as arquiteturas ontológicas ameríndias como o que seria uma arquitetura
ontológico do Mercado Livre de Adam Smith ou do sistema econômico atual. E traz o termo
“precipitado ontológico” como algo inerentemente resultante de cada uma dessas
arquiteturas.
Existem alianças possíveis entre diferentes ontologias (nem todas!), algo que poderíamos ler
como uma compatibilidade onto-epistémica. Ele traz o exemplo da briga de casal para ilustrar
como não é necessário explicar estritamente determinada perspectiva onto-epistémica, ou
seja, não é necessário que ambas as partes compreendam e concordem plenamente entre si
para que haja um “acordo pragmático” (termo cunhado por Mario Almeida).
Ele pediu uma rodada de apresentações, onde cada um contou seu caminho para a
interdisciplinaridade, para compreender o público. Seus slides estavam estruturados a partir
dos seguintes tópicos: