Você está na página 1de 6

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO ANTROPOLOGIA E MUSEOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA

EMENTA DA DISCIPLINA

DISCIPLINA: PGA-911 – HISTÓRIA E TEORIA ANTROPOLÓGICAS II


PROFESSORA: ALEX VAILATI
HORÁRIO: Quinta feira – 8.30 h – 12.30 h – Segundo Semestre de 2023

Ementa: Analisar e discutir as dinâmicas mais recentes de articulações sistemáticas que compõem o conjunto dos
chamados « paradigmas antropológicos », instaurados notadamente no início dos anos 70 até os dias atuais. Enfatizar
principalmente o processo de transformação e superação do paradigma estrutural (suas continuidades e rupturas)
para em seguida enfocar a emergência de novas tendências contemporâneas no interior da antropologia que,
recorrendo a outros enfoques interdisciplinares (sobretudo da filosofia, e da literatura), têm contribuído para a
abertura e ampliação de espaços criativos no campo dos saberes e práticas antropológicas.

Dinâmica do curso – discussões de textos, conforme o calendário e discussões coletivas de atividades individuais
realizadas durante o curso.

Avaliação: Produção de um trabalho final que, partindo do projeto de tese ou mestrado, compare dois ou mais
abordagens teóricas, avaliando as possibilidades analíticas que proporcionam, as criticidades teóricas, os impactos na
etnografia e as potencialidades políticas. (entre 3000 e 4000 palavras). Será destinado um dia de aula para discussão
dos trabalhos individuais e orientações sobre formato e prazo de entrega.

PROGRAMA DE LEITURAS E CRONOGRAMA

Aula Data Leituras

1 14/09 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

2 21/092w11 PESSOAS E INDIVÍDUOS

DUMONT, Louis , 1966. Homo hierarchicus. São Paulo : EDUSP, 1997. (Introdução)

ORDEM SOCIAL E SIMBOLISMO

DOUGLAS, Mary, 1967. Pureza e perigo. São Paulo: Perspectiva. (Introdução;


Capitulos 1 e 2) David

3 28/09 CULTURA. INTERPRETAÇÕES E INVENÇÕES


WAGNER, Roy 1981. A Invenção da cultura. São Paulo, Cosac Naify, 2010.
(Introdução, capítuloas 1,2 e 3) - Irene Marciano

Complementar:

GEERTZ, Clifford, 1973. “Uma descrição densa. Por uma teoria interpretativa da
cultura”. In A interpretação das culturas. Rio de Janeiro, LTV: 3-24. - ( Cassio
Santos)

4 05/10 A CRISE DA REPRESENTAÇÃO ETNOGRÁFICA

CLIFFORD, James. 1998. “Sobre a autoridade etnográfica”. In: Clifford, James. A


Experiência Etnográfica: Antropologia e Literatura no Século XX. Rio de Janeiro:
EDUFRJ: 17-63 - Akyla Tavares

Complementar:

RABINOW, Paul 1999. Antropologia da Razão. Rio de Janeiro: Relume Dumará. (capítulo
4)

MARCUS, George E. 1986. Contemporary Problems of Ethnography in the Modern


World System. In: James Clifford & George Marcus (orgs.). Writing Culture. The
Poetics and Politics of Ethnography. Berkeley: University of California Press. (pp.
165-193) (traduzido em portugues).

5 19/10 PODERES

WOLFF, Eric. 1989. Encarando o poder. Velhos insights, novas questões.

Complementar:
CLASTRES, Pierre. 2014. A sociedade contra o Estado. Pesquisa de antropologia politica.
São Paulo: Cosasnaif. (Capitulos 1 e 11) (David)

GRAEBER, David. 2009. Direct Action. An ethnography. Oakland: AK Press. (Introdução


e capitulo 10).

6 26-10 HISTÓRIAS

SCHWARCZ, L. 2005. Questões de fronteira. Sobre uma antropologia da história. In


Novos Estudos, 72: 119-135. (Karuá)

Complementar:

SAHLINS, Marshall 1990. Ilhas de história. Rio de Janeiro: Zahar. [Capítulos 1 e 2]

COMAROFF, Jean e John. 1992. Ethnography and the historical imagination. Oxford:
Westview. (capítulo 1, traduzido em portugues).

7 09/11 PRÁTICAS

ORTNER. Sherry. 2011. Teoria na antropologia desde os 60. Mana 17,2:419-466.


(Yvisson)

Complementar:

BOURDIEU, Pierre, 1972. Esboço de uma teoria da prática.

BOURDIEU, Pierre. 1989. O Poder simbólico. Lisboa: DIEFEL. (capítulo 1) (Fagner


Andrade)

8 16/11 SUJEITOS, CORPOS, GÊNEROS

VALE DE ALMEIDA, Miguel. 2004. O Corpo na Teoria Antropológica. In Revista de


Comunicação e Linguagens, 33: 49-66. (João Victor)
Complementar:

CSORDAS, Thomas. 1990. Embodiment as a Paradigm for Anthropology. In Ethos, 18,1:


5-47. (tradução portugues: A Corporeidade como um Paradigma para a
Antropologia).

BUTLER, Judith. 1990. Problemas de gênero. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.


(capítulo 1:15-60)

9 23/11 NATUREZA E CULTURA

VIVEIRO DE CASTRO, Eduardo. 2002. Perspectivismo e multinaturalismo in America


indigena. In A inconstância da alma selvagem. Rio de Janeiro, Cosacnaif: 345-400.

(JOAQUIM)

Complementar:

VELHO, Otávio. De Bateson a Ingold: passos na constituição de um paradigma


ecológico. Mana, v. 7, n. 2, p. 133-140, 2001.INGOLD, Tim (org.) 1996. General
Introduction. Key Debates in Anthropology. Londres: Routledge. (pp. 1-14)

INGOLD, Tim 1996. The Perception of the Environment: Essays on Livelihood, Dwelling
and Skill. Londres: Routledge. (Capitulo 9)

(Ana Gabriela)

INCLUIR DEBATE SOBRE ANTROPOCENO

10 30/11 SENSORIALIDADE E MATERIALIDADE

LARKIN, Brian. "Políticas e Poéticas da Infraestrutura." Revista Anthropológicas 31.2


(2020). (João Gabriel)
Complementar:

LEIGH STAR, Susan "A etnografia da infraestrutura." Revista AntHropológicas 31.2.


(Lucas Silva)

HOWES, David. El creciente campo de los Estudios Sensoriales. Revista Latinoamericana


de Estudios sobre Cuerpos, Emociones y Sociedad, 2014, 2.15: 10-26.(Carlos
Sérgio)

MACDOUGALL, David. 2006. The corporeal image. Film, ethnography, and the senses.
Princetown: Princetown University Press (Introdução e capítulo I) (Lourdinha)

11 07/12 SOCIAL E PÓS SOCIAL

LATOUR, Bruno. 2013. Reagregando o social: uma introdução à teoria Ator-Rede.


Bauru: EDUSC (Introdução: 17-40). (Maria Luiza)

Complementar:

GELL, Alfred, A teoria do nexo na arte. In Arte e Agência, São Paulo: Ubu Editora, 2018.
(Tales Araújo)

STRATHERN, Marilyn. 2014. O efeito etnográfico e outros ensaios. São Paulo: Cosac &
Naif. (Capitulo 7). (Rayana)

12 14/12 O GIRO COLONIAL

MBEMBE, Achille. 2017. O tempo em movimento. Contracampo, Niterói, v. 36, n. 3,


p. 21-41. ( Thaynara)

CONFLITOS EPISTÊMICOS. RAÇA, CLASSE, GÊNERO.


BISPO DOS SANTOS, Antonio. 2015. Colonização, Quilombos modos e significados.
(Apresentação de José Jorge de Carvalho, Capítulo I e II) ( Janine)

Complementar:

HURSTON, Zora Neale; BASQUES, Messias. O que os editores brancos não


publicarão (Tradução). Ayé: Revista de Antropologia, v. 1, n. 1, 2019. (Jullia)

GRAEBER, WENGROW, 2021. O despertar de tudo. Uma nova história da


humanidade. (CAP 2. Liberdade Perversa).

Você também pode gostar