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Caderno

de
Matemática
Professora
Objetos do
Conhecimento
e Habilidades
1 ano
Unidades temáticas e objetos
de conhecimento
Números
Contagem de rotina
Contagem ascendente e descendente
Quantificação de elementos de uma coleção: estimativas, contagem um a um,
pareamento ou outros
agrupamentos e comparação
Leitura, escrita e comparação de números naturais (até 100)
Reta numérica
Construção de fatos fundamentais da adição
Composição e decomposição de números naturais
Problemas envolvendo diferentes significados da adição e da subtração (juntar,
acrescentar, separar, retirar)
Álgebra
Padrões figurais e numéricos: investigação de regularidades ou padrões em
sequências
Sequências recursivas: observação de regras usadas utilizadas em seriações
numéricas (mais 1, mais
2, menos 1, menos 2, por exemplo)

Geometria
Localização de objetos e de pessoas no espaço, utilizando diversos pontos de
referência e
vocabulário apropriado
Figuras geométricas espaciais: reconhecimento e relações com objetos
familiares do mundo físico
Figuras geométricas planas: reconhecimento do formato das faces de figuras
geométricas espaciais

Grandezas e medidas
Medidas de comprimento, massa e capacidade: comparações e unidades de
medida não convencionais
Medidas de tempo: unidades de medida de tempo, suas relações e o uso do
calendário
Sistema monetário brasileiro: reconhecimento de cédulas e moedas

Probabilidade e Estatística
Noção de acaso
Leitura de tabelas e de gráficos de colunas simples
Coleta e organização de informações
Registros pessoais para comunicação de informações coletadas
Habilidades
(EF01MA01) Utilizar números naturais como indicador de quantidade ou de ordem em
diferentes situações cotidianas e reconhecer situações em que os números não indicam
contagem nem ordem, mas sim código de identificação.
(EF01MA02) Contar de maneira exata ou aproximada, utilizando diferentes estratégias
como o pareamento e outros agrupamentos.
(EF01MA03) Estimar e comparar quantidades de objetos de dois conjuntos (em torno de
20 elementos), por estimativa e/ou por correspondência (um a um, dois a dois) para
indicar “tem mais”, “tem menos” ou “tem a mesma quantidade”.
(EF01MA04) Contar a quantidade de objetos de coleções até 100 unidades e apresentar
o resultado por registros verbais e simbólicos, em situações de seu interesse, como
jogos, brincadeiras, materiais da sala de aula, entre outros. (EF01MA05) Comparar
números naturais de até duas ordens em situações cotidianas, com e sem suporte da
reta numérica.
(EF01MA06) Construir fatos básicos da adição e utilizá-los em procedimentos de cálculo
para resolver problemas.
(EF01MA07) Compor e decompor número de até duas ordens, por meio de diferentes
adições, com o suporte de material manipulável, contribuindo para a compreensão de
características do sistema de numeração decimal e o desenvolvimento de estratégias de
cálculo.
(EF01MA08) Resolver e elaborar problemas de adição e de subtração, envolvendo
números de até dois algarismos, com os significados de juntar, acrescentar, separar e
retirar, com o suporte de imagens e/ou material manipulável, utilizando estratégias e
formas de registro pessoais.
(EF01MA09) Organizar e ordenar objetos familiares ou representações por figuras, por
meio de atributos, tais como cor, forma e medida.
(EF01MA10) Descrever, após o reconhecimento e a explicitação de um padrão (ou
regularidade),os elementos ausentes em sequências recursivas de números naturais,
objetos ou figuras.
(EF01MA11) Descrever a localização de pessoas e de objetos no espaço em relação à
sua própria posição, utilizando termos como à direita, à esquerda, em frente, atrás.
(EF01MA12) Descrever a localização de pessoas e de objetos no espaço segundo um
dado ponto de referência, compreendendo que, para a utilização de termos que se
referem à posição, como direita, esquerda, em cima, em baixo, é necessário explicitar-se
o referencial.
(EF01MA13) Relacionar figuras geométricas espaciais (cones, cilindros, esferas e blocos
retangulares) a objetos familiares do mundo físico.
(EF01MA14) Identificar e nomear figuras planas (círculo, quadrado, retângulo e triângulo)
em desenhos apresentados em diferentes disposições ou em contornos de faces de
sólidos geométricos.
(EF01MA15) Comparar comprimentos, capacidades ou massas, utilizando termos como
mais alto, mais baixo, mais comprido, mais curto, mais grosso, mais fino, mais largo,
mais pesado, mais leve, cabe mais, cabe menos, entre outros, para ordenar objetos de
uso cotidiano.
(EF01MA16) Relatar em linguagem verbal ou não verbal sequência de acontecimentos
relativos a um dia, utilizando, quando possível, os horários dos eventos.
(EF01MA17) Reconhecer e relacionar períodos do dia, dias da semana e meses do ano,
utilizando calendário, quando necessário.
(EF01MA18) Produzir a escrita de uma data, apresentando o dia, o mês e o ano, e
indicar o dia da semana de uma data, consultando calendários.
(EF01MA19) Reconhecer e relacionar valores de moedas e cédulas do sistema
monetário brasileiro para resolver situações simples do cotidiano do estudante.
(EF01MA20) Classificar eventos envolvendo o acaso, tais como “acontecerá com
certeza”, “talvez aconteça” e “é impossível acontecer”, em situações do cotidiano.
(EF01MA21) Ler dados expressos em tabelas e em gráficos de colunas simples.
(EF01MA22) Realizar pesquisa, envolvendo até duas variáveis categóricas de seu
interesse e universo de até 30 elementos, e organizar dados por meio de
representações pessoais.
2 ano
Unidades temáticas e objetos de
conhecimento
Números
Leitura, escrita, comparação e ordenação de números de até três ordens pela
compreensão de características do sistema de numeração decimal (valor
posicional e papel do zero).
Composição e decomposição de números naturais (até 1000).
Construção de fatos fundamentais da adição e da subtração.
Problemas envolvendo diferentes significados da adição e da subtração
(juntar,acrescentar, separar, retirar).
Problemas envolvendo adição de parcelas iguais (multiplicação).
Problemas envolvendo significados de dobro, metade, triplo e terça parte.

Álgebra
Construção de sequências repetitivas e de sequências recursivas
Identificação de regularidade de sequências e determinação de elementos
ausentes na sequência.

Geometria
Localização e movimentação de pessoas e objetos no espaço, segundo pontos de
referência, e indicação de mudanças de direção e sentido.
Esboço de roteiros e de plantas simples.
Figuras geométricas espaciais (cubo, bloco retangular, pirâmide, cone, cilindro e
esfera): reconhecimento e características.
Figuras geométricas planas (círculo, quadrado, retângulo e triângulo):
reconhecimento e características

Grandezas e medidas
Medida de comprimento: unidades não padronizadas e padronizadas (metro,
centímetro e milímetro).
Medida de capacidade e de massa: unidades de medida não convencionais e
convencionais (litro, mililitro, cm3, grama e quilograma).
Medidas de tempo: intervalo de tempo, uso do calendário, leitura de horas em
relógios digitais e ordenação de datas.
Sistema monetário brasileiro: reconhecimento de cédulas e moedas e
equivalência de valores.

Probabilidade e Estatística
Análise da ideia de aleatório em situações do cotidiano
Coleta, classificação e representação de dados em tabelas simples e de dupla
entrada e em gráficos de colunas.
Habilidades
(EF02MA01) Comparar e ordenar números naturais (até a ordem de centenas) pela
compreensão de características do sistema de numeração decimal (valor posicional e
função do zero).
(EF02MA02) Fazer estimativas por meio de estratégias diversas a respeito da
quantidade de objetos de coleções e registrar o resultado da contagem desses objetos
(até 1000 unidades).
(EF02MA03) Comparar quantidades de objetos de dois conjuntos, por estimativa e/ou
por correspondência (um a um, dois a dois, entre outros), para indicar “tem mais”, “tem
menos” ou “tem a mesma quantidade”, indicando, quando for o caso, quantos a mais e
quantos a menos.
(EF02MA04) Compor e decompor números naturais de até três ordens, com suporte de
material manipulável, por meio de diferentes adições.
(EF02MA05) Construir fatos básicos da adição e subtração e utilizá-los no cálculo
mental ou escrito.
(EF02MA06) Resolver e elaborar problemas de adição e de subtração, envolvendo
números de até três ordens, com os significados de juntar, acrescentar, separar, retirar,
utilizando estratégias pessoais.
(EF02MA07) Resolver e elaborar problemas de multiplicação (por 2, 3, 4 e 5) com a
ideia de adição de parcelas iguais por meio de estratégias e formas de registro
pessoais, utilizando ou não suporte de imagens e/ou material manipulável.
(EF02MA08) Resolver e elaborar problemas envolvendo dobro, metade, triplo e terça
parte, com o suporte de imagens ou material manipulável, utilizando estratégias
pessoais.
(EF02MA09) Construir sequências de números naturais em ordem crescente ou
decrescente a partir de um número qualquer, utilizando uma regularidade estabelecida.
(EF02MA10) Descrever um padrão (ou regularidade) de sequências repetitivas e de
sequências recursivas, por meio de palavras, símbolos ou desenhos.
(EF02MA11) Descrever os elementos ausentes em sequências repetitivas e em
sequências recursivas de números naturais, objetos ou figuras.
(EF02MA12) Identificar e registrar, em linguagem verbal ou não verbal, a localização e
os deslocamentos de pessoas e de objetos no espaço, considerando mais de um ponto
de referência, e indicar as mudanças de direção e de sentido.
(EF02MA13) Esboçar roteiros a ser seguidos ou plantas de ambientes familiares,
assinalando entradas, saídas e alguns pontos de referência.
(EF02MA14) Reconhecer, nomear e comparar figuras geométricas espaciais (cubo,
bloco retangular, pirâmide, cone, cilindro e esfera), relacionando-as com objetos do
mundo físico.
EF02MA15) Reconhecer, comparar e nomear figuras planas (círculo, quadrado,
retângulo e triângulo), por meio de características comuns, em desenhos apresentados
em diferentes disposições ou em sólidos geométricos.
(EF02MA16) Estimar, medir e comparar comprimentos de lados de salas (incluindo
contorno) e de polígonos, utilizando unidades de medida não padronizadas e
padronizadas (metro, centímetro e milímetro) e instrumentos adequados.
(EF02MA17) Estimar, medir e comparar capacidade e massa, utilizando estratégias
pessoais e unidades de medida não padronizadas ou padronizadas (litro, mililitro,
grama e quilograma).
(EF02MA18) Indicar a duração de intervalos de tempo entre duas datas, como dias da
semana e meses do ano, utilizando calendário, para planejamentos e organização de
agenda.
(EF02MA19) Medir a duração de um intervalo de tempo por meio de relógio digital e
registrar o horário do início e do fim do intervalo.
(EF02MA20) Estabelecer a equivalência de valores entre moedas e cédulas do sistema
monetário brasileiro para resolver situações cotidianas.
(EF02MA21) Classificar resultados de eventos cotidianos aleatórios como “pouco
prováveis”, “muito prováveis”, “improváveis” e “impossíveis”.
(EF02MA22) Comparar informações de pesquisas apresentadas por meio de tabelas de
dupla entrada e em gráficos de colunas simples ou barras, para melhor compreender
aspectos da realidade próxima.
(EF02MA23) Realizar pesquisa em universo de até 30 elementos, escolhendo até três
variáveis categóricas de seu interesse, organizando os dados coletados em listas,
tabelas e gráficos de colunas simples.
Adição
Adição
Idéia de Adicionar,
acrescentar, juntar.
Adição
Cada elemento somado é chamado parcela. Uma adição pode
ter pelo menos duas parcelas e até infinitas.

Ao juntar 300 gramas de arroz com 200 gramas de feijão,


temos um prato com 500 gramas.
As parcelas são 300 e 200 e ao resultado, chamamos total ou
soma. No exemplo, o resultado 500 é o total ou, a soma.

Conta de somar: cálculo


da adição
Também conhecida como conta de mais ou, conta de somar, é um procedimento
que nos ajuda a calcular. Este algoritmo da adição é muito útil, principalmente para
adições com muitas parcelas ou valores grandes.
Ao efetuar uma adição, escrevem-se as parcelas umas sobre as outras, como uma
“pilha” de parcelas e abaixo é feito um traço.
Realizamos a adição somando os algarismos com mesma ordem, começando pelas
unidades. Após seguimos somando os algarismos, ordem por ordem.
23 + 15 = 38
Ao escrever os números, estes devem ser
organizados colocando ordens iguais em
uma mesma coluna. Unidades sobre
unidades, dezenas sobre dezenas e assim
por diante.

Adição com reserva ou


reagrupamento
A Adição com reserva ou reagrupamento também é conhecida como: "vai um”,
"vai dois" ... . Ao somar os algarismos em uma ordem, caso o resultado seja
maior que 9, devemos acrescentar esta quantidade à ordem seguinte.

459 + 232 =
Na ordem das unidades temos 9 + 2 = 11. O número 11
pode ser escrito como 1 dezena + 1 unidade:
11 = 10 + 1
Esta dezena deve ser adicionada à coluna das dezenas.
Na coluna das dezenas temos +1 dezena que será
acrescentada ao 5 e ao 3. Como 1 + 5 + 3 = 9, não é
necessário acrescentar uma centena e assim, seguimos o
cálculo.
Este procedimento deve ser repetido em qualquer ordem caso
a soma seja maior que 9. Ao completar uma ordem seguinte,
devemos sempre acrescentá-la na coluna correta.

Propiedades da adição
Propiedade assoieativa Exemplo
Podemos associar as 8 + 6 + 2 + 3= 19
parcelas de modo a
facilitar o cálculo. Podemos associar as parcelas da seguinte forma:
8 + 2 + 6 + 3 = 19
10 + 9 = 19

Propiedade Comutativa
A ordem das parcelas não
altera a soma. Exemplo:
12 + 3 = 15, assim como, 3 + 12 = 15.

Elemento neutro Exemplos:


O elemento neutro da 5+0=5
adição é o zero, pois não 4+0+5=9
altera o resultado. 0 + 37 = 37

Fechamento Exemplo
A propriedade do fechamento 1 457 + 2 354 = 3 811
define que ao somar dois ou Lembre que o conjunto dos números naturais
mais números naturais, o começa com o zero e vai ao infinito, avançando a
resultado será sempre um cada uma unidade.
número natural. N = {0,1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, …}
Propriedade do elemento
oposto ou simétrico
Exemplos
No conjunto dos números inteiros há a propriedade do
3 + (-3) = 0
elemento oposto ou simétrico, em que um número é oposto ou
-17 + 17 = 0
simétrico quando seu sinal é trocado.
256 + (-256) = 0
Ex.: O oposto ou simétrico de 2 é -2.
Ao somar números simétricos, o resultado é sempre zero.

Regra de sinais na adição (adição de


números inteiros)
O conjunto dos números inteiros compreendem os números negativos e
positivos. Também, o conjunto dos inteiros é infinito, tanto no sentido
negativo quanto no positivo da reta.
Z = {...,-4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, …}
Para somar números inteiros, respeitam-se algumas regras de sinais.

Sinais iguais Sinais diferentes


Se as parcelas possuem Se as parcelas possuem
mesmo sinal, deve-se sinais diferentes, deve-se
somar e repetir o sinal. subtrair e manter o sinal do
número com o maior valor
absoluto.
Exemplos
- 21 + 12 = 21 - 12 = -9 (pois o sinal
7+2=9 negativo está no 21)
-14 - 3 = -17
15 - 17 = 17 - 15 = -2 (pois o sinal
negativo está no 17)
Sugestão de atividades
Subtração
Subtração

Idéia de tirar,
subtrair, comparar.
Subtração
É a operação inversa da adição. Subtrair é retirar uma quantidade ou porção,
de algo, ou coleção. Ao separar uma parte de um todo, estamos subtraindo.

Operação de subtração
Na linguagem matemática, o símbolo para subtração é um traço ( - ) e lemos como:
menos. O resto ou diferença, vem depois do resultado.
“Das 80 laranjas que o feirante tinha, ele vendeu 70, restando 10 laranjas.”
Escrevemos assim:
80 - 70 = 10
Exemplo: Havia 6 maçãs e Joana comeu 2. Sobraram
quantas maçãs?
O 6 é o minuendo, pois é a quantidade inicial de maçãs e, o
2 é o subtraendo, pois é a quantidade de maçãs que Joana
comeu.
O resto é o 4, pois ao comer 2 maçãs, sobraram 4.

Conta de menos: o algoritmo da


subtração
O algorítimo da subtração é um facilitador. Uma sequência de passos para
encurtar os cálculos, registrar e orientar o raciocínio durante a conta de subtração.
O cálculo é feito da direita (coluna das unidades) para à esquerda e os termos da
subtração ficam organizados assim:
E o número maior, o minuendo, fica na primeira linha.
O número menor, o subtraendo, fica na segunda linha.
O resto, fica abaixo do traço da conta.
Os números devem estar organizados em colunas, pelas suas
ordens. Unidade embaixo de unidade, dezena embaixo de
dezena.
O símbolo da subtração, fica à esquerda.

Termos da subtração
Minuendo e subtraendo
São termos da subtração o minuendo e o subtraendo. Minuendo é a
parte original, inteira, e o subtraendo é a porção que se retira.
Resto ou diferença
Resto ou diferença é o resultado da subtração, é o que sobra e que fica à
direita do sinal de igualdade.

Pedir emprestado:
subtração com reserva
Subtração com reserva é quando o minuendo é menor que o subtraendo, não sendo
possível realizar a conta com os números naturais. Nesse caso, é preciso "pedir
emprestado". Retira-se da ordem maior, vizinha à esquerda, o valor que será acrescido à
ordem que estamos subtraindo.

Propiedades da
subtração
As propriedades da adição não se aplicam na subtração de números
naturais, pois:
Comutativa
Comutar é trocar a ordem.
30 - 20 difere de 20 - 30, por isso a comutativa não se aplica à subtração.

Elemento neutro
Embora um valor menos zero não altere o resultado, o contrário é falso.
4 - 0 = 4 mas,
0 - 4 = -4
Fechamento
A propriedade do fechamento diz que o resultado de uma subtração de números
naturais, resulta sempre em um número natural. Isso não acontece sempre, por isso
essa propriedade não se aplica á subtração.
4 - 5 = -1
Quatro menos cinco é igual a menos um (-1), que não é um número natural.

Associativa
Não podemos associar três ou mais parcelas na subtração.
(120 - 60) - 30 = 60 - 30 = 30
Ao fazermos:
120 - (60 - 30) = 120 - 30 = 90
Jogo do Sinal
Para realizar a subtração entre dois números reais, é importante
compreender o jogo de sinal.
Exemplo 1:
4 – 12
Note que, nesse caso, o subtraendo em módulo é maior do que
o minuendo, ou seja, 12 > 4. Quando isso acontece, realizamos
a subtração invertendo o minuendo e o subtraendo, então,
sabemos que a diferença entre 12 e 4 é igual a 8 (12 – 4 = 8).
Contudo, conservamos o sinal do que é maior em módulo para
calcular a subtração, logo, temos que:
a) 4 – 12 = -8
b) 20 – 25 = -5
c) 12 – 13 = -1
Exemplo explicativo que pode
ser dado aos alunos

Na ordem das unidades, o 5 é menor que o 8, sendo preciso pedir emprestado.

Para continuar a conta, retira-se uma dezena do 3 e soma-se ao cinco.

O 3 passa a valer 2, e o 5 passa a valer 15, pois fizemos uma dezena


mais 5. Assim, podemos prosseguir a conta.
Sugestão de atividades
Multiplicação
Multiplicação

Idéia de adicionar
parecelas iguais.
Multiplicação
Conhecemos como multiplicação a soma sucessiva de um número por ele mesmo.
Para fazer a representação da multiplicação entre dois números, utilizamos o
símbolo “×” ou o símbolo “·”. O resultado da multiplicação é conhecido como
produto, e os números que serão multiplicados são chamados de fatores.
Para encontrar o resultado da multiplicação, é necessário conhecer a tabuada e
aprender a aplicar o algoritmo dessa operação quando necessário.

Representação da multiplicação
A multiplicação é uma operação que utilizamos para facilitar o calculo da adição
sucessiva de um número por ele mesmo. Por exemplo:
5 + 5 + 5 + 5 + 5 + 5 + 5 = 35
A adição sucessiva de 5 por ele mesmo 7 vezes pode ser representada de forma
mais simples, a saber:
5 × 7 = 35
Chamamos o símbolo × de vezes, ou seja, estamos calculando 5 vezes 7. A
multiplicação serve para facilitar a notação de adições sucessivas de um número
por ele mesmo.

Termos da multiplicação
Para encontrar o produto entre dois
Em uma multiplicação, cada termo
números menores ou iguais a 10,
recebe um nome. utilizamos a tabuada:
Fatores: os números que estamos
multiplicando.
Produto: o resultado da multiplicação.

Exemplo:
3 × 7 = 21
3 e 7 → fatores
21 → produto
Exemplos que podem ser
passado aos alunos
Os exemplos selecionados explicam como se realiza a multiplicação em
diferentes graus de dificuldade. Pode ser passado aos alunos durante a
explicação do conteúdo. Recomenda-se que permita que os estudantes
tentem resolver de forma coletiva junto a professora.

Como fazer a multiplicação?


Quando o produto da multiplicação não está na tabuada, é necessário utilizar o
algoritmo da multiplicação. Vamos compreender seu funcionamento por meio dos
exemplos a seguir.

Exemplo 1
Começando com um exemplo mais simples, vamos calcular 21 × 3.
Primeiramente montamos o algoritmo, colocando o número com maior quantidade
de dígitos primeiro, conforme a demonstração a seguir:

Agora realizamos a multiplicação entre as unidades, ou seja, 3 x 1 = 3. O resultado


será colocado abaixo do 3.

Agora vamos multiplicar a dezena do primeiro fator com a unidade do segundo


fator, ou seja, 2 × 3 = 6, e o resultado será colocado na frente do primeiro resultado.

Exemplo 2
Agora faremos um caso um pouco mais complexo, quando a multiplicação entre as
unidades resulta em um número maior que 9. Vamos calcular 43 × 6. Montando o
algoritmo:

Realizando a multiplicação entre as unidades, sabemos que 6 × 3 = 18. Nesse


caso, vamos colocar o 8 no produto e o 1 acima da casa das dezenas para somar
com o próximo resultado.
Agora realizaremos a segunda multiplicação, somando 1 ao seu resultado,
ou seja, 6 × 4 + 1 = 24 + 1 = 25. Como não há mais nem um número no
primeiro fator, vamos escrever 25 no produto.

Então, 43 × 6 = 258.

Exemplo 3
Agora faremos um exemplo em que os dois fatores são maiores que 9: 35
× 24
Para realizar essa multiplicação, vamos montar o algoritmo:

Agora multiplicaremos as unidades 4 x 5.

Faremos também a multiplicação de 4 x 3 e somaremos 2:

Agora vamos somar os resultados encontrados:

Agora vamos multiplicar a dezena do fator que está embaixo com a


unidade do fator que está em cima. Como ele é uma dezena, 2 x 5 = 10.
Propiedades da multiplicação
A multiplicação possui propriedades importantes, a saber: propriedade
comutativa, distributiva, associativa, existência de um elemento neutro e
existência do inverso de um número.

Propiedade Comutativa
Em uma multiplicação, a Exemplo:
ordem dos fatores não 5 × 3 = 3 × 5 = 15
altera o produto.
a×b=b×a

Propiedade associativa (2 × 3) × 4 = 2 × (3 × 4)
A associação entre os termos 6 × 4 = 2 × 12
vai gerar o mesmo produto: 24 = 24
Note que a ordem em que
(a × b) × c = a × (b × c) multiplicamos não altera o resultado.

Existência de elemento
neutro
Na multiplicação, o 1 é o elemento Exemplo:
neutro. Isso significa que, ao realizar 5×1=5
a multiplicação de um número por 1,
o resultado será o próprio número:
a×1 = a

Existência de um inverso
Dado um número a, diferente de zero,
existe um número em que, ao
multiplicá-lo por a, o produto será o
elemento neutro.

Propiedade distributiva
Conhecida informalmente como chuveirinho, essa propriedade envolve a
adição e a multiplicação:
a ( b + c ) = ab + ac
Exemplo - Vamos resolver a 4 (5 + 6)
expressão: 4 (11)
4 ( 5 + 6) 44
Pelo outro, podemos realizar a
Pela propriedade distributiva, multiplicação de 4 por cada um dos
existem dois caminhos termos, ou seja:
possíveis para resolver essa 4 (5 + 6)
expressão numérica. Por um 4×5+4×6
caminho, podemos somar e 20 + 24
depois realizar a multiplicação. 44
Jogo de sinal
Quando realizamos a multiplicação entre números inteiros, é interessante
conhecer o jogo de sinal, para saber qual será o sinal do produto. Quando
multiplicamos dois números com sinais iguais, a resposta é sempre positiva;
quando os números possuem sinais opostos, o produto é sempre negativo.
Para facilitar, veja a tabela com o jogo de sinal:
Esta tabela pode ser
passada para os
alunos de forma
impressa para que
colem no caderno.
Assim, sempre que
estiverem em dúvida
sobre ojogo de sinal,
podem conferir a
Exemplo: tabelinha.
a) – 4 × 5 = – 20 c) 4 × 5 = 20
b) 4 × (– 5) = – 20 d) – 4 × (– 5) = 20

Multiplicação de número decimal


Multiplicação de um número decimal por um número natural
A multiplicação entre um número decimal e um número natural é feita da mesma
maneira da multiplicação entre dois números naturais, o número natural deve
multiplicar todos os algarismos do número decimal, devendo manter a posição da
vírgula, ou seja, considerando a mesma quantidade de casas decimais.

→ Exemplo
Determine o produto entre 3,33 e 2.

Multiplicação de número decimal por número decimal


Para multiplicar dois números decimais, também multiplicamos da mesma forma
que fazemos com os números naturais. A diferença está na colocação da vírgula,
pois ela deverá ser inserida de modo a deixar o número de casas decimais igual à
soma da quantidade de casas decimais dos fatores multiplicados, ou seja, se os
dois fatores tiverem duas casas decimais, o resultado deverá ter quatro casas
decimais. Para “armar” a conta, devemos lembrar de colocar parte inteira embaixo
de parte inteira, décimos embaixo de décimos, centésimos embaixo de centésimos,
e assim sucessivamente.
Exemplo:
Determine o produto de 1,05 e 1,2.
Antes de efetuar, lembre-se também que
1,2 = 1,20.
Multiplicação de fração
Sabemos que as frações são outra representação possível para os
números decimais, dessa forma, todas as operações que um tipo de
notação pode calcular, o outro tipo também pode. Para realizar a
multiplicação entre duas ou mais frações, basta realizar a multiplicação
entre os numeradores e em seguida realizar a multiplicação entre os
denominadores. O podemos representar caso geral da seguinte
maneira:
Exemplos:
Sugestão de atividades
Divisão
Divisão
Idéia de repartir
igualmente.
Divisão
É a distribuição de determinado objeto em partes iguais. Ao dividir uma pizza, por
exemplo, entre duas pessoas, o objeto “pizza” deve ser dividido em duas partes
iguais, e cada uma dessas pessoas ficará com uma dessas partes.

Imagine uma divisão entre dois números quaisquer. O número que será dividido é
chamado Dividendo (D), o número pelo qual o dividendo será dividido é chamado
de divisor (d) e o resultado dessa divisão é chamado de Quociente (q). Em alguns
casos, uma parcela chamada Resto (r) é formada no processo de divisão.

Partes ou elementos da divisão


Um dos métodos que facilitam a compreensão do algoritmo da divisão é o chamado
método da chave. Vamos primeiro entender as nomenclaturas desse método. Para
isso, suponha que dividiremos um número N por um número d:
N → Dividendo
d → Divisor
q → Quociente
r → Resto

O método da chave nos diz que, ao dividirmos o número 30 pelo número 4, não encontramos
uma divisão exata (veja o resto 2), ou seja, ao dividirmos 30 por 4, temos 7 partes inteiras e
mais 2 de resto. Dizemos que uma divisão é exata quando o resto é igual a 0.

Algoritmo da divisão
O algoritmo utilizado no Brasil para realizar a divisão é conhecido como “método
da chave”. Para realizar a divisão por meio desse algoritmo, devemos dispor os
elementos da seguinte maneira:
Dividendo | divisor
Resto Quociente
Quociente será um número que, multiplicado pelo divisor, terá como resultado o
dividendo, isto é:
q·d = D
Caso essa divisão tenha resto, escreve-se:
r + q·d = D
Portanto, para realizar uma divisão pelo método da chave, temos como pré-
requisito saber toda a tabuada de multiplicação.
Exemplo:
Nesse caso, observamos: Dividendo = 9,
Observe a divisão de 9 por
divisor = 3, quociente = 3 e resto = 0.
3:
Podemos escrever a seguinte expressão:
r + q·d = D
9|3
0 + 3·3 = 9
-9 3
0
Nesse caso, não houve resto.

Exemplos que podem ser


passado aos alunos
Os exemplos selecionados explicam como se realiza a divisão em diferentes graus
de dificuldade. Pode ser passado aos alunos durante a explicação do conteúdo.
Recomenda-se que permita que os estudantes tentem resolver de forma coletiva
junto a professora.

Exemplo 1 - Vamos dividir o número 60 por 5.


Passo 1 – Vamos primeiramente “armar” a divisão utilizando o método da
chave.

Passo 2 – Agora temos que descobrir um número que, multiplicado por 5, seja
igual ou chegue mais o próximo de 60. Dos critérios de divisibilidade,
sabemos que números terminados em 0 são divisíveis por 5. Assim,

Chegamos à conclusão de que o resto da divisão é o número zero, ou seja, a


divisão foi finalizada e é exata.
Exemplo 2 – Vamos dividir o número 35 por 2.
Passo 1 – Vamos novamente “armar” a divisão utilizando o método da chave.

Passo 2 – Precisamos agora imaginar um número que, multiplicado por 2, seja


igual a 35 ou chegue o mais próximo possível.
Note que o resto deu um número diferente de zero, então devemos continuar a
divisão.

Passo 3 – Agora devemos dividir o resto da divisão pelo divisor, ou seja, dividir
o número 1 por 2. Mas como o número 1 não é divisível por 2, devemos
acrescentar uma vírgula no quociente e acrescentar um zero no resto.

Passo 4 – Agora continuamos a divisão normalmente. Temos que imaginar um


número que, multiplicado por 2, seja igual a 10, logo:
Como chegamos a zero como resto do cálculo, finalizamos a divisão.

Exemplo 3 – Vamos dividir o número 1440 por 3.


Passo 1 – “Armar” a divisão utilizando o método da chave.
Passo 2 – Precisamos agora imaginar um número que, multiplicado por 3, seja igual
a 1440 ou chegue o mais próximo possível. Mas perceba que não é fácil encontrar
um número que satisfaça a condição, então vamos contar da esquerda para direita,
algarismo por algarismo do dividendo, até que seja possível dividir por 3. Como o
número 1 não é divisível por 3, vamos pegar mais um número, assim:

Passo 3 – Agora devemos “descer” o próximo número, que está na casa das
dezenas, ou seja, o número 4, visto que não é possível dividir o número 2 por 3, e
realizar a divisão do número 24 por 3.

Passo 4 - O último passo consiste em “descer ” o último número (no caso, é o zero)
e realizar a divisão.
Assim, podemos concluir que o resultado da divisão
de 1440 por 3 é 480.
Divisão com vírgula
Para dividir dois números com vírgula, basta multiplicar o dividendo e o
divisor por potências de base 10 até que a vírgula “desapareça ”da
divisão. Veja o exemplo a seguir.

Exemplo
- Dividir 0,0006 por 0,05.

Vamos primeiramente multiplicar o dividendo e o divisor por 10000. A


quantidade de casas decimais que “andamos” é a quantidade de zeros
que devemos colocar no número que vamos multiplicar.

0,0006 · 10000 = 6
0,05 · 10000 = 500
Assim,
Sugestão de atividades
Materiais
explicativos
Material
Dourado
O material dourado
montessori
O Material Dourado Montessori destina-se a atividades que auxiliam o ensino e a
aprendizagem do sistema de numeração decimal-posicional e dos métodos para
efetuar as operações fundamentais (ou seja, os algoritmos).
No ensino tradicional, as crianças acabam "dominando" os algoritmos a partir
de treinos cansativos, mas sem conseguirem compreender o que fazem. Com o
Material Dourado a situação é outra: as relações numéricas abstratas passam a ter
uma imagem concreta, facilitando a compreensão. Obtém-se, então, além da
compreensão dos algoritmos, um notável desenvolvimento do raciocínio e um
aprendizado bem mais agradável.
O Material Dourado faz parte de um conjunto de materiais idealizados pela
médica e educadora italiana Maria Montessori.

Vamos conhecer o material das contas pelas palavras de Maria Montessori:


"Preparei também, para os maiorezinhos do curso elementar, um material
destinado a representar os números sob forma geométrica. Trata-se do
excelente material denominado material das contas. As unidades são
representadas por pequenas contas amarelas; a dezena (ou número 10) é
formada por uma barra de dez contas enfiadas num arame bem duro. Esta
barra é repetida 10 vezes em dez outras outras barras ligadas entre si,
formando um quadrado, "o quadrado de dez", somando o total de cem.
Finalmente, dez quadrados sobrepostos e ligados formando um cubo, "o cubo
de 10", isto é, 1000

O material Dourado Montessori


O mateiral Dourado ou Montessori é constituído por cubinhos, barras, placas e
cubão, que representam:

Observe que o cubo é formado por 10 placas, que a


placa é formada por 10 barras e a barra é formada por 10
cubinhos. Este material baseia-se em regras do nossso
sistema de numeração.
Observe que o cubo é formado por 10 placas, que a placa é formada por 10
barras e a barra é formada por 10 cubinhos. Este material baseia-se em regras do
nossso sistema de numeração.

Veja como representamos, com ele, o número 265:

Este material pedagógico, confeccionado em madeira, costuma ser


comercializado com o nome de material dourado. Você pode construir um material
semelhante, usando cartolina. Os cubinhos são substituídos por quadradinhos de
lado igual a 2 cm, por exemplo. As barrinhas são substituídas por retângulos de 2
cm por 20 cm a as placas são substituídas por quadrados de lado igual a 20 cm.

Embora seja possível representar o milhar, vamos evitá-lo trabalhando com números
menores.
Veremos a seguir sugestões para o uso do Material Dourado Montessori.
As atividades propostas foram testadas e mostraram-se eficazes desde a primeira até
a quinta série. Muitas delas foram concebidas pelos grupos de alunos, recomendando-se
que os grupos não tenham mais do que 6 alunos.
O professor, com o conhecimento que tem de seus alunos, saberá em que série cada
atividade poderá ser aplicada com melhor rendimento. Várias das atividades podem ser
aplicadas em mais de uma série, bastando, para isso, pequenas modificações.
Utilizando o material, o professor notará em seus alunos um significativo avanço de
aprendizagem. Em pouco tempo, estará enriquecendo essas sugestões e criando novas
atividades adequadas a seus alunos, explorando assim as inúmeras possibilidades deste
notável recurso didático.
Atividades

Jogos Livres
Durante algum tempo, os alunos brincam com o material, fazendo construções
livres.
O material dourado é construído de maneira a representar um sistema de
agrupamento. Sendo assim, muitas vezes as crianças descobrem sozinhas relações
entre as peças. Por exemplo, podemos encontrar alunos que concluem:
- Ah! A barra é formada por 10 cubinhos!
- E a placa é formada por 10 barras!
- Veja, o cubo é formado por 10 placas!

Montagem
O professor sugere as seguintes montagens:
- uma barra;
- uma placa feita de barras;
- uma placa feita de cubinhos;
- um bloco feito de barras;
- um bloco feito de placas;
O professor estimula os alunos a obterem conclusões com perguntas como
estas:
- Quantos cubinhos vão formar uma barra?
- E quantos formarão uma placa?
- Quantas barras preciso para formar uma placa?
Nesta atividade também é possível explorar conceitos geométricos, propondo
desafios como estes:
- Vamos ver quem consegue montar um cubo com 8 cubinhos? É possível?
- E com 27? É possível?

Ditado
O professor mostra, um de cada vez, cartões com números. As crianças devem
mostrar as peças correspondentes, utilizando a menor quantidade delas.

Variação:
O professor mostra peças, uma de cada vez, e os alunos escrevem a quantidade
correspondente.
Preenchendo Tabelas
- preencher tabelas respeitando o valor posicional;
- fazer comparações de números;
- fazer ordenação de números.
As regras são as mesmas da atividade 4. Na apuração, cada criança escreve em
uma tabela a quantidade conseguida.
Olhando a tabela, devem responder perguntas como estas:
- Quem conseguiu a peça de maior valor?
- E de menor valor?
- Quantas barras Lucilia tem a mais que Gláucia?
Olhando a tabela à procura do vencedor, a criança compara os números e percebe
o valor posicional de cada algarismo.
Por exemplo: na posição das dezenas, o 2 vale 20; na posição das centenas vale
200.
Ao tentar determinar os demais colocados (segundo, terceiro e quarto lugares) a
criança começa a ordenar os números.

Partindo de cubinhos
Cada criança recebe um certo número de cubinhos para trocar por barras e
depois por placas.
A seguir deve escrever na tabela os números correspondentes às quantidades
de placas, barras e cubinhos obtidos após as trocas.
Esta atividade torna-se interessante na medida em que se aumenta o número
de cubinhos.

Vamos fazer um trem


O professor combina com os alunos:
- Vamos fazer um trem. O primeiro vagão é um cubinho. O vagão seguinte terá um
cubinho a mais que o anterior e assim por diante. O último vagão será formado por
duas barras.

Quando as crianças terminarem de montar o trem, recebem


papeletas nas quais devem escrever o código de cada vagão.
Esta atividade leva à formação da idéia de sucessor. Fica claro
para a criança o "mais um", na seqüência dos números. Ela
contribui também para a melhor compreensão do valor posicional
dos algarismos na escrita dos números.
Jogo dos cartões
O professor coloca no centro do grupo alguns cartões virados para
baixo. Nestes cartões estão escritos números entre 50 e 70.
1º sorteio: Um alunos do grupo sorteia um cartão. Os demais devem pegar as
peças correspondentes ao número sorteado.
Em seguida, um representante do grupo vai ao quadro e registra em uma
tabela os números correspondentes às quantidades de peças.
2º sorteio: Um outro aluno sorteia um segundo cartão. Os demais devem pegar
as peças correspondentes a esse segundo número sorteado.
Em seguida, o representante do grupo vai à tabela registrar a nova
quantidade.
Nesse ponto, juntam-se as duas quantidades de peças, fazem-se as trocas e
novamente completa-se a tabela.
Ela pode ficar assim:

Isto encerra uma rodada e vence o grupo que tiver conseguido maior total.
Depois são feitas mais algumas rodadas e o vencedor do dia é o grupo que mais
rodadas venceu.
Os números dos cartões podem ser outros. Por exemplo, números entre 10 e 30,
na primeira série; entre 145 e 165, na segunda série.
Depois que os alunos estiverem realizando as trocas e os registros com
desenvoltura, o professor pode apresentar a técnica do "vai um" a partir de uma
adição como, por exemplo, 15 + 16.
Observe que somar 15 com 16 corresponde a juntar estes conjuntos de peças.

Fazendo as
trocas
necessárias

Compare, agora, a operação:


• com o material • com os números

Ao aplicar o "vai um", o


professor pode concretizar
cada passagem do cálculo
usando o material ou
desenhos do material, como
os que mostramos.
O "vai um" também pode indicar a troca de 10 dezenas por uma
centena, ou 10 centenas por 1 milhar, etc.
Veja um exemplo:

No exemplo que acabamos de ver, o "vai um" indicou a troca de 10 dezenas por
uma centena.
É importante que a criança perceba a relação entre sua ação com o material e os
passos efetuados na operação.

O jogo de retirar
Esta atividade pode ser realizada como um jogo de várias rodadas. Em cada
rodada, os grupos sorteiam um cartão e uma papeleta. No cartão há um número e
eles devem pegar as peças correspondentes a essa quantia. Na papeleta há uma
ordem que indica quanto devem tirar da quantidade que têm.
Por exemplo: cartão com número 41 e papeleta com a ordem: TIRE 28.

Vence a rodada o grupo que ficar com as peças que representam o menor
número. Vence o jogo o grupo que ganhar mais rodadas.
É importante que, primeiro, a criança faça várias atividades do tipo: "retire um
tanto", só com o material. Depois que ela dominar o processo de "destroca", pode-
se propor que registre o que acontece no jogo em uma tabela no quadro. Isto irá
proporcionar melhor entendimento do "empresta um" na subtração com recurso.
Quando o professor apresentar essa técnica, poderá concretizar os passos do
cálculo com auxílio do material ou desenhos do material.
Os quadros abaixo deverão ser copiados pelos alunos para que possam
resolver o algoritmo no papel.

Vamos examinar um pouco mais .


a. 245 x 3 =
Material dourado representação numérica

Divisão
A operação divisão possui 2 idéias muito importantes para serem trabalhadas
em situações-problema. Observe:
a.Mauro resolveu dividir sua coleção de figurinhas com um amigo. Se ele possui
252 figurinhas, com quantas figurinhas Mauro ficou?
b.Mauro resolveu colar suas 252 figurinhas em um caderno. Quantas páginas
deve ter o caderno para que Mauro consiga colar 9 figurinhas em cada página?
Na situação a) a idéia é a de divisão em partes iguais e na situação b) a idéia
de medida, ou seja, "quanto cabe" é fundamental trabalhar situações em que
aparecem essas duas idéias.

Algoritmo tradicional
A folha deverá ser dividida em 3 partes e em cada parte os alunos deverão
escrever (unidade, dezena e centena) e desenhar as peças em suas respectivas
partes.

Centena Dezena Unidade


O quadro abaixo deverá ser copiado pelos alunos para
que possam resolver o algoritmo no papel.

Vamos examinar um pouco mais as atividades.


a.255 : 3
No desenho abaixo indicamos a troca utilizando uma flecha e colocando um X
em cima das peças trocadas.
As peças que foram distribuídas estão cercadas formando grupos, no caso 3.
Embaixo aparecem as peças que cada criança recebeu.

Material dourado representação numérica

Vamos compreender um pouco mais o algoritmo, utilizando o exemplo acima.

Geralmente se começa a divisão dizendo "2 não divide 3". Isso não é verdade,
pois se pensarmos na posição em que este 2 está, verificamos que são 2 centenas,
portanto 200 unidades. É possível, então, dividir 200 por 3. Com o Material
Dourado, fica claro para o aluno, que o que não é possível é dar 1 placa (1
centena) para cada criança, já que temos apenas 2. Portanto, trocamos essas 2
centenas por 20 dezenas.
Continuando a divisão, verificamos que sobrou 1 dezena para ser dividida. Da
mesma forma que as centenas, nós a trocamos agora por 10 unidades, que
somadas às unidades já existentes, totalizam 15 unidades. Essa é a explicação
para o "abaixa o 5". Na realidade estamos querendo dizer: "agora vamos trabalhar
com as unidades.

É importante que todas essas informações sejam passadas aos alunos para que
compreendam cada etapa do algoritmo.
Ábaco
O Ábaco
Os primeiros registros do uso do ábaco pelos chineses datam de
aproximadamente 500 a.C. Alguns historiadores, no entanto, acreditam que sua
primeira versão tenha surgido na Mesopotâmia, dois mil anos antes. O instrumento
seria uma tábua de argila sobre a qual espalhava-se um pouco de areia, serragem
ou cal para permitir que se desenhasse sobre ela com um bastão. Acredita-se que
daí se origina a palavra ábaco, cuja forma latina abacus, viria do semita abac, que
significa pó. Com o tempo, chegou-se à versão, que dura até os dias atuais,
formada por hastes metálicas paralelas e contas ou arruelas deslizantes, cujas
posições representam as quantidades a serem trabalhadas.

O que é
O ábaco de pinos é um material utilizado como recurso para o trabalho de
Matemática, para desenvolver atividades envolvendo o Sistema de Numeração
Decimal, a base 10 e o valor posicional dos algarismos, além das 4 operações
(com mais ênfase na adição e na subtração).
No ábaco, cada pino equivale a uma posição do Sistema de Numeração Decimal,
sendo que o 1º, da direita para a esquerda representa a unidade, e os
imediatamente posteriores representam a dezena, centena, unidade de milhar e
assim por diante.

De acordo com a base 10 do sistema indo-arábico, cada vez que se agrupam 10


peças em um pino, deve-se retirá-las e trocá-las por uma peça que deverá
colocada no pino imediatamente à esquerda, representando 1 uma unidade da
ordem subseqüente.
O ábaco de pinos tem uma grande vantagem frente ao ábaco horizontal, pela
possibilidade de movimentação das peças, que podem ser retiradas e não só
"passadas" de um lado para outro, como no ábaco horizontal. Nas atividades de
subtração, essa estratégia facilita muito o manuseio do aluno, que necessita retirar
e reagrupar peças em diferentes posições.
Por ser um material bastante prático, ele pode também ser feito com materiais de
sucata. Embora não tenha tanta durabilidade quanto os ábacos de madeira, pode
constituir uma alternativa para o problema de falta de material. Para a base podem
ser usadas caixas de sapato, formas de ovos, bandejas de isopor, retângulos de
madeira ou algo semelhante, onde possam ser fixados palitos de churrasco, lápis
de escrever, objetos retos que sirvam como pinos. Se necessário pode se passar
cola nas bases para que os "pinos" fiquem firmes e não caiam durante a realização
das atividades. Para servir de roscas, podem ser usadas tampinhas de refrigerante
(de preferência aquelas antigas de chapinha de ferro amassadas e furadas no
meio), canudinhos de refrigerante cortados em pequenos pedaços, ou mesmo
arruelas e porcas de mecânicos. O professor pode usar seus próprios recursos e
descobrir outras possibilidades de confeccionar o ábaco com seus alunos.
Exemplos de atividades

Nunca Dez
Os alunos divididos em grupos deverão cada um na sua vez, pegar os dois dados
e jogá los, conferindo o valor obtido. Este valor deverá ser representado no ábaco.
Para representá-lo deverão ser colocadas argolas correspondentes ao valor obtido
no primeiro pino da direita para a esquerda (que representa as unidades). Após
todos os alunos terem jogado os dados uma vez, deverão jogar os dados
novamente, cada um na sua vez.
Quando forem acumuladas 10 argolas (pontos) no pino da unidade, o jogador
deve retirar estas 10 argolas e trocá-las por 1 argola que será colocada no pino
seguinte, representando 10 unidades ou 1 dezena. Nas rodadas seguintes, os
jogadores continuam marcando os pontos, colocando argolas no primeiro pino da
esquerda para a direita (casa das unidades), até que sejam acumuladas 10 argolas
que devem ser trocadas por uma argola que será colocada no pino imediatamente
posterior, o pino das dezenas.
Vencerá quem colocar a primeira peça no terceiro pino, que representa as
centenas.
Com esta atividade inicial, é possível chamar a atenção dos alunos para o fato do
agrupamento dos valores, e que a mesma peça tem valor diferente de acordo com
o pino que estiver ocupando.
Possivelmente seja necessário realizar esta atividade mais de uma vez. É
importante que os alunos possam registrá-la em seus cadernos, observando as
estratégias e os pontos obtidos por cada um dos jogadores, etc.

Contando objetos
Poderão ser selecionados na classe objetos (lápis de cor, giz, pedaços coloridos
de papel, borrachas, etc.) em quantidades superiores a 10 unidades, ou poderá ser
pedido aos alunos que tragam objetos (bolinhas de gude, figurinhas, botões,
tampinhas, moedas, etc.) de casa para montar uma "coleção". Os alunos deverão
contar esses objetos, a princípio um a um, registrando a quantidade obtida no
ábaco (lembrando que não podem deixar mais de 10 argolas num mesmo pino).
Posteriormente, os alunos deverão encontrar outras formas de contar a quantidade
de objetos que possuem. Pode-se propor ou aceitar contagens de 2 em 2, de 3 em
3, de 4 em 4..., até que os alunos percebam que quando têm quantidades maiores
que 10, podem registrá-las diretamente no pino das dezenas.
Operações
Para iniciar o uso do ábaco como suporte nas operações, é adequado que sejam
propostas contas simples . Por exemplo:
21 + 6
Inicia-se a operação colocando no ábaco o número de argolas correspondentes à
quantidade representada pelo primeiro numeral, 21. Portanto uma argola deverá
ser colocada no primeiro pino da direita para a esquerda (onde são colocadas as
unidades) e duas argolas deverão ser colocadas no segundo pino da direita para a
esquerda (onde são colocadas as dezenas). Em seguida, coloca-se o número de
argolas correspondentes à quantidade representada pelo segundo numeral;
portanto deverão ser colocadas 6 argolas no primeiro pino (das unidades) . Faz se
a contagem encontrando 7 argolas no primeiro pino (7 unidades), e 2 argolas no
segundo pino (2 dezenas), somando 27 argolas ou unidades.

O próximo desafio será somar os valores 15 + 8.

Como a regra é não deixar mais de 10 argolas em um mesmo pino, e 13 é mais


que 10, dessa forma, 10 das 13 argolas devem ser retiradas do primeiro pino e
trocadas por uma argola que será colocada no segundo pino, representando 10
unidades (1 dezena):

As atividades de subtração envolvem o raciocínio inverso da adição: 14 – 3


A subtração com reserva ou troca, requer um pouco mais de cuidado. Onde há na
adição a troca das unidades para a dezena, haverá na subtração a necessidade de
decompor as dezenas (ou centenas dependendo da operação) novamente em
unidades (ou na casa imediatamente à direita). Por exemplo:
21 – 6

O trabalho com a centena e a unidade de milhar é semelhante, tendo apenas a


diferença da quantidade, que também pode requerer um trabalho mais apurado por
conta da abstração da quantidade e do reconhecimento dos valores.
Depois do trabalho com o material ábaco concreto, pode-se passar a registrar o
ábaco em forma de desenho, parecido com o que vem aqui apresentado, pois o
ábaco é justamente a transição do material concreto - como o material dourado que
tem o valor em si mesmo nas peças -, e os símbolos e algoritmos, que são a
representação da quantidade de forma simbólica.
Expressões
Numéricas
Expressões Numéricas
Expressões numéricas são sequências de duas ou mais operações que devem ser
realizadas respeitando determinada ordem.
Para encontrar sempre um mesmo valor quando calculamos uma expressão
numérica, usamos regras que definem a ordem que as operações serão feitas.

Ordem das operações


Devemos resolver as operações que aparecem em uma expressão numérica, na
seguinte ordem:
1º) Potenciação e Radiciação
2º) Multiplicação e Divisão
3º) Soma e Subtração
Se a expressão apresentar mais de uma operação com a mesma prioridade, deve-
se começar com a que aparece primeiro (da esquerda para a direita).
Confira abaixo três exemplos de expressões numéricas com potência, raiz
quadrada e frações.

a) 87 + 7 . 85 - 120 =
87 + 595 - 120 =
682 - 120 = 562

b) 25 + 6 2 : 12 - √169 + 42 =
25 + 36 : 12 - 13 + 42 =
25 + 3 - 13 + 42 =
28 - 13 + 42 =
15 + 42 = 57
Usando símbolos
Nas expressões numéricas usamos parênteses ( ), colchetes [ ] e chaves { } sempre que for
necessário alterar a prioridade das operações.
Quando aparecer esses símbolos, iremos resolver a expressão da seguinte forma:
1º) as operações que estão dentro dos parênteses
2º) as operações que estão dentro dos colchetes
3º) as operações que estão dentro das chaves

Exemplos
a) 5 . ( 64 - 12 : 4 ) = b) 480 : { 20 . [ 86 - 12 . (5 + 2 ) ] 2 } = c) - [ - 12 - ( - 5 + 3 ) ] =
5 . ( 64 - 3 ) = 480 : { 20 . [ 86 - 12 . 7 ] 2 } = - [ - 12 - ( - 2 ) ] =
5 . 61 = 305 480 : { 20 . [ 86 - 84 ] 2 } = - [ - 12 + 2 ] =
480 : { 20 . [ 2 ] 2 } = - [ - 10] = + 10
480 : { 20 . 4 } =
480 : 80 = 6
Porcentagem
Porcentagem
A Porcentagem ou Percentagem representa uma razão cujo denominador
é igual a 100 e indica uma comparação de uma parte com o todo.
O símbolo % é usado para designar a porcentagem. Um valor em porcentagem,
pode ainda ser expresso na forma de fração centesimal (denominador igual a 100)
ou como um número decimal.

Porcentagem Razão Centesimal Número Decimal

1% 1/100 0,01

5% 5/100 0,05

Para facilitar o 10% 10/100 0,1


entendimento, veja a tabela
ao lado:
120% 120/100 1,2

250% 250/100 2,5

Como Calcular a Porcentagem?


Podemos utilizar diversas formas para calcular a porcentagem. Abaixo
apresentamos três formas distintas:
regra de três
transformação da porcentagem em fração com denominador igual a 100
transformação da porcentagem em número decimal
Devemos escolher a forma mais adequada conforme o problema que queremos
resolver.

1 Exemplo

Calcule 30% de 90
Para usar a regra de três no problema, vamos considerar que 90 corresponde ao todo,
ou seja, 100%. O valor que queremos encontrar chamaremos x. A regra de três será
expressa como:

Para resolver usando frações, primeiro temos que transformar a porcentagem em uma
fração com denominador igual a 100:
Podemos ainda transformar a porcentagem em número decimal:
30% = 0,3
0,3 . 90 = 27
O resultado é o mesmo nas três formas, ou seja, 30% de 90 corresponde a 27.

2 Exemplo

90 corresponde a 30% de qual valor?


Note que nesse exemplo, já conhecemos o resultado da porcentagem e
queremos conhecer o valor que corresponde ao todo (100%).
Usando a regra de três, temos:

Podemos ainda resolver o problema transformando a porcentagem em número


decimal: 30% = 0,3
Então é só resolver a seguinte equação:

Assim, 30% de 300 é igual a 90.

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