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Pedro Lucas Cariri Moura – 2º Período

FMIT – Faculdade de Medicina de Itajubá, 2020/1.


Data: 10/02/2020
Integração Ensino-Serviço-Comunidade II – IESC II.

Educação Popular
A educação popular (EP) é uma concepção teórica de educação que surgiu na América latina há
50 anos e se espalhou pelas práticas sociais de países de todos os continentes. Ela se tornou impor-
tante no setor da saúde por inspirar e orientar as primeiras iniciativas de saúde comunitária no Brasil,
que se tornaram referência para pensar o atual sistema de saúde.

Ela parte do pressuposto de que todas as pessoas, mesmo as mais oprimidas e marginalizadas, têm
uma busca criativa de melhoria de suas vidas, acumulando ricos saberes e experiências, que pre-
cisam ser muito valorizadas e consideradas no fazer educativo.

A crise existencial trazida pela doença cria uma situação de grande potencialidade educativa na me-
dida em que instiga fortes reflexões sobre o modo anterior de levar a vida e pode mobilizar mu-
danças pessoais e apoios de parentes e amigos para seu enfrentamento.

O trabalho de diagnosticar, propor tratamentos e organizar ações coletivas de promoção da saúde


é, antes de tudo, uma produção cognitiva que pode ser realizada em conjunto com as pessoas envol-
vidas. O saber da educação popular pode orientar essa construção dialogada e participativa de solu-
ções.

A EP é instrumento para uma abordagem mais integral na assistência à saúde, pois integra dimen-
sões políticas, econômicas e culturais nas soluções construídas e fortalece o protagonismo social
das pessoas envolvidas. Ela coloca o trabalho cotidiano em saúde a serviço do fortalecimento da
democracia, da justiça e da solidariedade social.

Referências

1. GUSSO, Gustavo D. F., LOPES, Jose M. C. Tratado de Medicina de Família e Comunidade –


Princípios, Formação e Pratica. Porto Alegre: ARTMED, 2012.

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