Sabedoria para o lar: Fidelidade Conjugal

“Ela também o livrará da mulher imoral, da pewrvertida que seduz com suas palavras, que
abandona aquele que desde a juventude foi seu companheiro e ignora a aliança que fez diante
de Deus. A mulher imoral se dirige para a morte, que é a sua casa, e os seus caminhos levam
às sombras. Os que a procuram jamais voltarão, nem tornarão a encontrar as veredas da
vida”. Provérbios 2.16-19
O capítulo 2 de Provérbios é semelhante a uma exortação feita por um pai ao seu filho (v. 1).
Sob esta perspectiva, o pai insta seu filho a buscar pela sabedoria (v. 4) diretamente da fonte,
que é Deus (v. 6). Dentre os benefícios apresentados pelo autor bíblico, um deles se destaca
neste capítulo 2: que a sabedoria livraria o filho “da mulher imoral, da pervertida que seduz com
suas palavras” (v. 16).
Infelizmente, ante as imposições culturais e das mídias em geral, presenciamos uma verdadeira
banalização da sexualidade e da aliança conjugal. Basta observarmos as novelas, séries e filmes
que consumimos e que transmitem mensagens errôneas perniciosas acerca do casamento, do
adultério e de uma pretensa felicidade encontrada na infidelidade conjugal. Segundo o autor
bíblico, são promessas que seduzem, mas que também conduzem aqueles que as abraçam à
morte.
O adultério não começa com a consumação da traição conjugal, mas com palavras que seduzem,
com trocas de olhares, com o jogo de sedução e o desenvolvimento de um afeto indevido por
outra pessoa que não o seu cônjuge. Sobre isto, o Senhor Jesus advertiu: “Qualquer que olhar
para uma mulher e desejá-la, já cometeu adultério com ela no seu coração” (Mt 5.28).
Certamente, todos podemos testemunhar sobre casos de adultério e suas consequências:
separação, lares disfuncionais e histórias marcadas por sofrimento e deslealdade. É um caminho
que, segundo o texto bíblico, leva à morte. Salomão ainda acrescenta um efeito devastador do
adultério: a quebra de uma aliança. Na tradução do verso 17, segundo a Bíblia NVI, o adúltero
“ignora a aliança que fez diante de Deus”. Já na tradução encontrada na Bíblia ARA, o cônjuge
infiel “se esquece da aliança de seu Deus”. Ambas as traduções do texto hebraico são possíveis
e estão corretas.
O casamento é uma instituição estabelecida por Deus (Gn 2.24) e, portanto, uma aliança entre
um homem e uma mulher feita diante dEle (Mt 19.6). Todavia a fidelidade conjugal também é
uma exigência feita por Deus nos termos do pacto celebrado com o seu povo, o povo da aliança.
Os termos deste pacto podem ser resumidos pelos Dez Mandamentos e, dentre eles, o sétimo
prescreve: “Não adulterarás”! Dessa forma, o adultério não é somente a quebra da aliança de
fidelidade entre os esposos. É, também, uma quebra da aliança com o próprio Deus!
Portanto, precisamos da Palavra de Deus e de sermos instruídos na sabedoria divina. Ela é
poderosa para transformar o nosso coração enganoso, nos livrando do caminho do pecado,
dentre eles o adultério. Ela nos adverte acerca da imoralidade e afirma: são caminhos de morte.
Que ouçamos as palavras de sabedoria e as apliquemos no nosso viver. Que as alianças (com
Deus e com nossos cônjuges) sejam preservadas. Que sejamos poupados de caminhos de morte
e dores, e conduzidos pela sabedoria de Deus a um caminho de vida abundante, hoje e por toda
eternidade.