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Somente a Escritura

Ontem completou-se 503 anos desde que Martinho Lutero afixou suas
famosas 95 teses à porta da Catedral de Wittenberg, fazendo eclodir, no século
XVI, o grande movimento reformador da religião cristã. Na última pastoral,
fomos instados a lembramos e nãos esquecermos as verdades fundamentais
que nortearam a Reforma Protestante, da qual somos herdeiros.
Dentre essas verdades fundamentais, há um postulado que é
considerado “o princípio formal” da Reforma Protestante, uma vez que deu
forma ao movimento reformador e de onde se derivou todos os outros quatro
solas. Este princípio é o Sola Scriptura, ou somente a Escritura.
Motivados por este princípio, os teólogos de Westminster inauguraram
sua Confissão de Fé com a seguinte frase: “Todo o conselho de Deus,
concernente a todas as coisas indispensáveis à sua glória, à salvação, fé e
vida do ser humano, ou está expressamente registrado na Escritura, ou pode
ser lógica e claramente deduzido dela”.
Por apresentar todo o conselho de Deus, a Bíblia tem sofrido ataques
constantes ao longo da história e, especialmente nos últimos dois séculos, a
Escritura e seus atributos divinos têm sido questionados.
Uns creem que a Bíblia é um livro produzido por homens e que nela não
há nada de divino. Outros creem que é um livro de padrões éticos e morais e
que devem ser ignorados os “mitos”, os milagres e os eventos sobrenaturais.
Outros pensam que a Bíblia contém a Palavra de Deus apenas quando toca
nosso intelecto e emoções. Outros pensam que ela precisa se acomodar à
nossa época e ser atualizada às demandas sociais do século XXI.
E você, no que crê? Sim, a nossa relação com a Bíblia é um artigo de
Fé. Ao nos aproximar dela, crendo que é a Palavra de Deus, podemos
descobrir o que Ela testemunha de si mesma. Descobrimos que Deus inspirou
pessoas para registrar a Sua Palavra escrita (1Pe 20-21); que Ela é eterna (Is
40.8); que possui autoridade (Is 55.11); que não falha (Jo 10.35); e que é
suficiente (Dt 8.3).
É certo que a Bíblia trata de questões concernentes à fé e à salvação
(2Tm 3.15). Mas, por vezes, a desconsideramos quando se trata de questões
referentes à vida. Bombardeados, dia após dia, por visões que apresentam
alternativas à Palavra de Deus para tratar as demandas dos nos nossos
corações, nos esquecemos de recorrer à Palavra de Deus.
A Palavra de Deus é restauradora, revigorante e dá sabedoria aos
inexperientes (Sl 19.7). Ela alegra o coração e traz luz às nossas dúvidas (Sl
19.8). A Bíblia é poderosa para nos ensinar, repreender e corrigir (2Tm 3.16) e,
assim, nos fazer perseverantes, animados e esperançosos.
Que o Senhor nos guarde de negligenciarmos a sua Palavra e de a
relegarmos a um patamar inferior do que lhe é devido. Que creiamos que a
Bíblia é a inerrante e suficiente Palavra de Deus. E que Deus nos ajude a
recorrermos a Ela nos mais diversos momentos, sabendo que é fonte
inesgotável de restauração, sabedoria, consolo, ensino e de vida abundante.
Sola Scriptura!

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