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No dia 31 de outubro de 1517 Martinho Lutero enviou as suas 95 teses para o Arcebispo de
Maiz dando início a um dos eventos mais importantes da história da Igreja: a Reforma
Protestante.
Lutero que era um monge da Igreja Católica, se levantou após notar que os dogmas da
Instituição na época eram opostos aos ensinamentos bíblicos.
A Reforma então marca um movimento focado em trazer a centralidade bíblica de volta para a
Igreja.
Todos eles são frases no Latim e o termo “Sola” significa “somente”. Assim temos os 5 Solas
da Reforma, são eles:
Apesar de serem os grandes pilares da Reforma, os termos não surgiram naquela época, mas
vieram de teólogos e estudiosos posteriores.
*Sola Scriptura*
*Reafirmamos* a Escritura inerrante, como fonte única de revelação divina escrita, única para
constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa
salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado.
Analisando a Bíblia como um todo, é evidente que as escrituras apresentam-se como sendo a
revelação de Deus e, de tal forma, *a autoridade suprema no que diz respeito a doutrinas,
hábitos cotidianos e decisões pessoais.*
Se o próprio Jesus citava as Escrituras como base para suas ações, por que deveria ser
diferente com os cristãos modernos?
*Solus Christus*
*Reafirmamos* que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo
histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação
e reconciliação com o Pai.
*Negamos* que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver
sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada.
As tradições da igreja medieval inferiam que a obra de Cristo, sozinha, não era suficiente para
a salvação.
Como resultado, eram apresentados centenas de mediadores, a começar de Maria, dos demais
santos e da autoridade absolutista do papa, que conciliariam o contato entre leigos e Deus.
Nesse sentido, o eixo do cristianismo gira em torno da pessoa de Jesus, destacando assim seu
papel na salvação.
*Em virtude de sua encarnação, o Messias consumou o mais exímio sacrifico, ao residir e
padecer na Terra como Deus e homem, simultaneamente. Desse modo, é o justo e único
mediador, expiador e redentor dos perdidos.*
Visto que somente Cristo é o verdadeiro e perfeito mediador, toda a raça humana se equipara
diante do Senhor, igualmente perversa e destituída da graça.
Sob o mesmo ponto de vista, todo protestante também tem capacidade de julgar segundo as
escrituras, e de rejeitar todo ensino contraditório, praticando assim o sacerdócio universal,
sistematizado por Lutero.
*Sola Gratia*
*Reafirmamos* que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça.
A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão
ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual.
*Negamos* que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou
estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida
pela nossa natureza não-regenerada.
A partir do século XI, a comercialização da fé cristã foi intensificada pelo papado, mediante as
procissões, peregrinações e indulgências.
Tal prática prometia amenizar ou extinguir o tempo de penitência dos devotos no purgatório.
Ao entender o estado de miséria humana diante de Deus, compreende-se que não há nada
que se possa fazer para conquistar o favor divino.
Desse modo, a verdadeira expressão da fé cristã sobreleva a graça como base e razão da
salvação.
*Sola Fide*
*Reafirmamos* que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente
por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio
possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus.
*Negamos* que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou
com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser
igreja, mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima.
Ao redescobrir e autentificar que “o justo vive pela fé”, o frade Martinho Lutero desmentiu um
grande dogma da igreja católica, que trazia o homem como colaborador e cooperador de sua
salvação.
Logo, favoreceu o fundamento de que ninguém é salvo pelas obras que pratica, mas sim pela
obra de Deus, por intermédio de seu filho. Portanto, pode-se proclamar que *a salvação é
recebida mediante a fé.*
Compreende-se que “fé é a certeza de coisas que se esperam e a convicção de fatos que se
não vêem.” (Hebreus 11:1).
Jesus cumpriu perfeitamente a lei para que, ao comprovar-se justo, entregasse sua justiça aos
homens, que por meio da fé, se apropriam dela.
Assim sendo, para apropriar-se da oferta de reconciliação com Deus, basta reconhecer que a
salvação é um presente gratuito para todos que o aceitarem, em conformidade com a doutrina
da justificação pela graça, mediante a fé.
*Negamos* que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido
com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se
permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções
alternativas ao evangelho.
*Deus criou o homem de tal maneira que seu propósito principal convirja à adoração e o louvor
a Ele. Como consequência, jamais poderia reduzir sua vida à outra coisa, que não a
grandiosidade do Senhor.*
*Deus não reparte os méritos da salvação ou de sua glória.* Ainda sim, convida seus filhos
a juntarem-se com a criação para exalta-lo, adorá-lo e dedicar todo seu viver à glorificação do
Altíssimo.
Vimos quais são os 5 Solas da Reforma Protestante. Eles são não somente a base da
Reforma, mas devem ser as bases do nosso cristianismo.
Devemos nos voltar aos Solas e repensar se vivemos um cristianismo centrado nas Escrituras
e naquilo que elas nos revelam.
O lema da Reforma era “Igreja reformada, sempre se reformando”, a reforma deve ser
constante.
Devemos sempre nos voltar às escrituras e certificar que o nosso cristianismo está centrado na
boa, agradável e perfeita vontade de Deus.