Você está na página 1de 76

um

novo
começo
- alexandre mineiro
um
novo
começo
- alexandre mineiro
Copyright © 2022
UM NOVO COMEÇO
Alexandre Mineiro

Projeto Editorial/Ghostwriter/Revisão/Assessoria
Marcelo Ferreira (paginasquetransformam@gmail.com)

Diagramação/Projeto Gráfico
Caixa Alta Marketing e Publicidade (contato@caixaalta.com.br)

Capa
Marcos Vinícius Pimentel da Silva (fleekmedia@outlook.com)

Impressão
Promove Artes Gráficas e Editora (www.promoartes.com.br)

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA FONTE


SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

Mineiro, Alexandre
um novo começo / Alexandre Mineiro. -- 1. ed. --
Teresópolis, RJ : Ed. do Autor, 2022.
ISBN 978-65-00-45037-8
1. Devoção a Deus 2. Fé (Cristianismo) 3. Jesus
Cristo - Apreciação 4. Reino de Deus 5. Vida cristã I.Título.

Índices para catálogo sistemático:


1. Reino de Deus : Ensino bíblico : Cristianismo 231.72
Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129

Proibida a reprodução e/ou cópia sob quaisquer meios. Citação permitida


desde que breve e mencionada a fonte. Todos os Direitos Reservados.

O texto bíblico utilizado nessa obra é o da Nova Versão Internacional (NVI).


APRESENTAÇÃO
Parabéns! Você acaba de ter em mãos muito mais que um livro
apenas, mas um guia ou uma bússola para uma nova jornada de vida
– a vida em Deus e com Deus. A presente obra é a primeira e a parte
de uma Série de Mensagens sobre a vida no Reino de Deus a partir do
novo nascimento em Cristo Jesus, que se dá a partir da nossa entrega
de vida a Ele, pelo reconhecimento de Seu Senhorio, como também da
obra da Salvação realizada na cruz do calvário, quando em Jesus fomos
aceitos por Deus e reconciliados com Ele para essa nova jornada de re-
lacionamento e intimidade que se estenderá por toda a eternidade, mas
já desfrutando aqui dessa nova vida. E visto que esse é o caminho e o
passaporte por assim dizer, a temática e o título dessa primeira obra que
abre essa Série não poderiam ser outro: UM NOVO COMEÇO.

Bem-vindo então a essa viagem e jornada. VOCÊ NUNCA MAIS


SERÁ O MESMO. NUNCA!

Aperte o cinto. Segura o coração e as emoções. A viagem já vai


começar. Melhor! Já começou. Aqui vamos nós...
sumário
Capítulo 1: O Significado da Cruz 09

Capítulo 2: nascer de novo 17

Capítulo 3: “Ninguém Me Entende!” 27

Capítulo 4: Justiça de Deus 39

Capítulo 5: Não é Reforma 51

Capítulo 6: Prioridades 63

Conclusão 71
O
SIGNIFICADO
DA CRUZ
UM NOVO COMEÇO

Ele mesmo levou em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro,


a fim de que morrêssemos para os pecados e vivêssemos para a
justiça; por suas feridas vocês foram curados.
1 Pe. 2.24.

O que significa a cruz? Para muitos, ela é o símbolo de


uma religião; para outros, ela apenas faz lembrar a Jesus, em razão
de Sua morte nela; para outros ainda, ela remete a algo pesado
nesse sentido da recordação das dores e dos sofrimentos vividos
por Jesus (mas Ele não está mais lá, pregado na cruz. Aleluia!) Al-
guns a tem apenas como pingente ou até mesmo um símbolo de
proteção; e para uma multidão, a cruz não tem significado algum.
O SIGNIFICADO DA CRUZ

Para nós cristãos, contudo, a cruz tem um significado único


e muito amplo e de extrema importância. Ela é o maior símbolo
do cristianismo. Ela representa redenção, salvação, restauração,
renovo, novo caminho, reconstrução. A cruz significa uma nova
chance; significa remissão. Estamos falando de uma verdadeira
revolução interior, o que Jesus chamou de novo nascimento:

Em resposta, Jesus declarou: “Digo-lhe a verdade: Ninguém pode


ver o Reino de Deus, se não nascer de novo”.
João 3.3

Essa foi a resposta dada por Jesus a uma renomada autori-


dade judaica à época ante a sua afirmação:

Havia um fariseu chamado Nicodemos, uma autoridade entre


os judeus. Ele veio a Jesus, à noite, e disse: “Mestre, sabemos que
ensinas da parte de Deus, pois ninguém pode realizar os sinais
miraculosos que estás fazendo, se Deus não estiver com ele”.
Jo. 3:1,2.

10
UM NOVO COMEÇO

Quando falo de cruz, não me refiro aqui, claro, ao objeto


em si, às estacas de madeira em formato de cruz, mas ao que ela
carrega, ou seja, ao seu significado. Sem essa percepção e esse en-
tendimento, a cruz é apenas um objeto ou um adereço qualquer.
Mas quando entendemos o que aconteceu naquela cruz enquanto
Jesus era pregado sobre ela, abre-se para nós um novo horizonte e
caminho, com novas possibilidades, pois deixamos de ser escravos
das coisas que advêm do pecado e daquelas que nos induzem a
pecar. Daí, o nascer de novo, que gera a nossa salvação, o resgate,
a absolvição de toda culpa.

Uma pessoa livre, absolvida das acusações, adentra pela


restauração, ou seja, é como se ela fosse refeita. Sabe aquelas ma-

O SIGNIFICADO DA CRUZ
zelas das emoções, aqueles sentimentos que despedaçam a alma?!
O nascer de novo através de Jesus Cristo reconstrói tudo aquilo
que foi destruído. E de repente, sentimos em nós algo parecido
com o frescor suave e calmo de uma ensolarada manhã; é o re-
novo, o novo caminho que Ele preparou para nós. Em suma, é a
remissão, que podemos chamar de nova chance.

O que significa então a cruz? Ela representa tantas coisas,


como cura, liberdade, paz, santidade, amor, vida. É tão forte tudo
isso que palavras não alcançariam ou dimensionariam a mudança,
a profundidade, a revolução que ela faz em nós.

Há 700 anos antes de Cristo, a cruz já era mencionada. Há


700 anos antes da crucificação de Jesus, o profeta Isaías narrou
toda a Sua trajetória até o calvário, onde Jesus, o Messias prome-
tido, foi crucificado e morto. Era como se o profeta estivesse ali
presente naquela ocasião, quando o dia se fez trevas e escuridão
por três horas seguidas e ininterruptas. Essa é uma das revelações
mais impactantes da Palavra de Deus.

11
UM NOVO COMEÇO

O livro de Isaías é considerado o Evangelho do Antigo Tes-


tamento, tamanha a importância, revelação e certeza dos fatos.
Ou seja, 700 anos antes de Cristo, a cruz já estava sendo falada.
Repare atentamente no texto:

Quem creu em nossa mensagem e a quem foi revelado o


braço do Senhor? Ele cresceu diante dele como um broto tenro, e como
uma raiz saída de uma terra seca. Ele não tinha qualquer beleza
ou majestade que nos atraísse, nada em sua aparência para que o
desejássemos. Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de
tristeza e familiarizado com o sofrimento. Como alguém de quem os
homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em
estima. Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre
O SIGNIFICADO DA CRUZ

si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos castigado por


Deus, por ele atingido e afligido. Mas ele foi transpassado por causa das
nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o
castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos
curados. Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós
se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a
iniquidade de todos nós. Ele foi oprimido e afligido, contudo não abriu
a sua boca; como um cordeiro foi levado para o matadouro, e como
uma ovelha que diante de seus tosquiadores fica calada, ele não abriu a
sua boca. Com julgamento opressivo ele foi levado. E quem pode falar
dos seus descendentes? Pois ele foi eliminado da terra dos viventes; por
causa da transgressão do meu povo ele foi golpeado. Foi-lhe dado um
túmulo com os ímpios, e com os ricos em sua morte, embora não tivesse
cometido qualquer violência nem houvesse qualquer mentira em sua
boca. Contudo, foi da vontade do Senhor esmagá-lo e fazê-lo sofrer, e,
embora o Senhor faça da vida dele uma oferta pela culpa, ele verá sua
prole e prolongará seus dias, e a vontade do Senhor prosperará em sua
mão. Depois do sofrimento de sua alma, ele verá a luz e ficará satisfeito;
pelo seu conhecimento meu servo justo justificará a muitos, e levará a

12
UM NOVO COMEÇO

iniquidade deles. Por isso eu lhe darei uma porção entre os grandes, e
ele dividirá os despojos com os fortes, porquanto ele derramou sua vida
até à morte, e foi contado entre os transgressores. Pois ele carregou
o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores. Is. 53.1-12.

Isso é muito forte!

Cristo não foi um mártir. Ele morreu na cruz em nosso lugar.


A cruz, símbolo da nossa redenção, foi algo pensado, calculado,
imaginado, desejado por Deus. Deus sabia como seria e como tudo
ocorreria. Nada foi uma surpresa. Nada e ninguém surpreende a
Deus, porque Ele está em toda parte e domina o tempo. Não há
mistérios ou segredos para Ele. Muitas vezes achamos que a nossa

O SIGNIFICADO DA CRUZ
vida está fora de controle, que as coisas não estão acontecendo,
que tudo está parado; deduzimos que nada está certo. Será que
não está certo mesmo? Na dúvida, colocamos o nosso joelho no
chão e Aquele que tem o controle do céu e da terra acerta as coi-
sas. Sabe por quê? Porque Ele não perde o controle de nada.

Mas então você dirá: “Mas Pastor Alexandre, eu não sinto


que Deus esteja no controle da situação. Me sinto perdido, e não
apenas perdido, mas desestabilizado em todas as áreas da minha
vida. Se me sinto tão confuso, sem saber o que fazer, como posso
concluir que Deus está no controle?”

A verdade, porém, é que independentemente do que sen-


timos ou pensamos, Ele domina sobre tudo. Por isso, Ele é Deus.
Não sabemos como lidar com o pecado, mas Deus sabe. Não sei
qual o caminho para uma nova vida, mas o Senhor vai nos dar
direção. Se você já não tem sonhos ou inspiração, Ele vai cuidar
disso também. Apenas não queira fazer o papel de Deus, achando
que pode cuidar de tudo sozinho, achando que depende simples-

13
UM NOVO COMEÇO

mente do seu querer, porque não é assim. Entregue a Ele. Faça do


Senhor o seu confidente. Isso é oração.

Conte as suas fraquezas, seus pecados e suas limitações a


Ele. Isso é se abrir para Deus sem reservas. E diga-Lhe que quer
mudanças. Feito isso, apenas espere, porque estamos falando de
um Deus que há 700 anos antes de Cristo já havia planejado a cruz
para nos absolver de todas as nossas inconveniências e infortú-
nios. Ele sabia tudo o que iria acontecer. Ele ainda sabe o que vai
acontecer.

Sabe agora então por que Cristo precisou morrer na cruz?


Foi por e para um propósito. Foi por amor – por amor a mim e a
você – para que tivéssemos acesso livre, direto e a todo momento
O SIGNIFICADO DA CRUZ

a Ele, à Sua presença, para que mantenhamos essa íntima relação


e comunhão com Ele.

O que vivemos hoje nessa relação com Ele é só um ensaio,


uma “amostra grátis” do que teremos na eternidade. Como Deus
nos ama! Como Ele ama a você e a mim!

A cruz não foi somente um palco de sofrimento e sim um


lugar de triunfo, onde Jesus pagou um preço que nós não conse-
guiríamos pagar para estar em comunhão com Deus, por causa
de sua morte em nosso lugar, podemos ter o direito de nascer de
novo e nos tornarmos uma nova criatura para uma nova vida

Para muitos a cruz é ofensiva, até uma afronta, pois a


cruz não oferece opção, o que ele oferece é TRANSFORMAÇÃO.
Quando estamos na cruz, Jesus esta no trono e quando estamos no
trono, Jesus esta na cruz

Continue comigo na leitura. Tem mais, muito mais....

14
“A CRUZ NÃO FOI
ALGO QUE SUCEDEU A
JESUS, MAS SIM ALGO
PLANEJADO POR DEUS
COM UM PROPÓSITO
ESPECÍFICO”

“CRISTO NÃO FOI UM


MáRTIR, ELE MORREU EM
NOSSO LUGAR”
nascer
de novo
UM NOVO COMEÇO

Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo,


mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.
1 Cor. 1:18

A cruz é o cerne do evangelho, ou seja, seu pronto cen-


tral e de partida para uma nova vida em Deus. E visto que a cruz
não tem sido a temática de muitas pregações hoje em dia e por
muitos não entenderem a razão porque Cristo morreu na cruz, é
que considero de extrema importância tratar dessa questão. Fique
comigo. Você vai entender tudo.

Pense numa condenação cuja pena é a morte! Não há fian-


ça ou tempo de prisão para a absolvição. Morte sem perdão! Esta
é a morte eterna.
nascer de novo

A criação do ser humano é descrita com detalhes na Bí-


blia, no livro de Gênesis, quando a aliança entre Deus e o homem
foi desfeita por causa da deslealdade, da traição e da infidelidade
que houve da parte da criatura para com o seu Criador. Os dois
seres humanos criados por Deus pecaram. A iniciativa foi da mu-
lher, mas o homem foi conivente e acabou comendo da mão dela
o fruto proibido.

Então vem a célebre pergunta? “Mas se Deus, Criador do


próprio tempo, sabia que o ser humano iria pecar, por que não
impediu?” A Bíblia diz que fomos criados à Sua imagem e seme-
lhança, portanto, Ele nos conhece e sabe o quanto é imensa e indi-
zível a nossa riqueza interior, riqueza essa que foi deformada por
uma mancha capaz de denegrir a nossa identidade, mancha essa
chamada de Pecado.

Deus não criou robôs, mas seres pensantes, capazes de de-


cidir entre a integridade e a iniquidade. Por este motivo, Ele não

18
“QUANDO ESTAMOS
NA CRUZ, JESUS
ESTá NO TRONO
QUANDO ESTAMOS
NO TRONO, JESUS
ESTá NA CRUZ”
UM NOVO COMEÇO

nos extinguiu quando se deu a quebra da aliança entre Deus e o


homem (a raça humana representada em Adão e Eva) no Jardim
do Éden.

Mas essa quebra não representou a ruptura ou o cancela-


mento dos planos de Deus. Assim lemos na Palavra, a Bíblia:

Então o Senhor Deus declarou à serpente: Já que você fez isso,


maldita é você entre todos os rebanhos domésticos e entre todos os
animais selvagens! Sobre o seu ventre você rastejará, e pó comerá
todos os dias da sua vida. Porei inimizade entre você e a mulher,
entre a sua descendência e o descendente dela; este lhe ferirá a
cabeça, e você lhe ferirá o calcanhar”. Gn. 3:14,15. Grifo meu.

...Porei inimizade entre você e a mulher, entre a sua descendência e


nascer de novo

o descendente dela... Uma guerra foi declarada entre o descendente e


a serpente. O descente que nasceria da mulher seria o próprio Je-
sus. A serpente aqui é o próprio Diabo, Satanás. A cruz seria o ápi-
ce dessa batalha, pois ela representou não só a redenção humana,
mas a sentença definitiva contra a ação e as obras das trevas.

Desde antes da Criação do mundo, a cruz fazia parte dos


propósitos de Deus. Ela seria a dor que provocaria o desligamento
absoluto entre o homem e o pecado, mas representaria a oportu-
nidade de salvação dada ao homem, à raça humana, a cada um
de nós. O livro de João nos dá uma visão bastante ampla deste
momento, quando nos mostra a maldição que fora lançada sobre
o homem e ela sendo crucificada com Jesus na cruz do Calvário:

Levando a sua própria cruz, ele saiu para o lugar chamado


Caveira (que em aramaico é chamado Gólgota). Ali o crucificaram, e com
ele dois outros, um de cada lado de Jesus. Pilatos mandou preparar uma

20
UM NOVO COMEÇO

placa e pregá-la na cruz, com a seguinte inscrição: JESUS NAZARENO,


O REI DOS JUDEUS. Muitos dos judeus leram a placa, pois o lugar
em que Jesus foi crucificado ficava próximo da cidade, e a placa estava
escrita em aramaico, latim e grego. Os chefes dos sacerdotes dos judeus
protestaram junto a Pilatos: “Não escrevas ‘O Rei dos Judeus’, mas
sim que esse homem se dizia rei dos judeus”. Pilatos respondeu: “O
que escrevi, escrevi”. Tendo crucificado Jesus, os soldados tomaram as
roupas dele e as dividiram em quatro partes, uma para cada um deles,
restando a túnica. Esta, porém, era sem costura, tecida numa única peça,
de alto a baixo. “Não a rasguemos”, disseram uns aos outros. “Vamos
decidir por sorteio quem ficará com ela.” Isso aconteceu para que se
cumprisse a Escritura que diz: “Dividiram as minhas roupas entre si,
e tiraram sortes pelas minhas vestes”. Foi o que os soldados fizeram.
Perto da cruz de Jesus estavam sua mãe, a irmã dela, Maria, mulher de

nascer de novo
Clopas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua mãe ali, e, perto dela,
o discípulo a quem ele amava, disse à sua mãe: “Aí está o seu filho”, e ao
discípulo: “Aí está a sua mãe”. Daquela hora em diante, o discípulo a
levou para casa. Mais tarde, sabendo então que tudo estava concluído,
para que a Escritura se cumprisse, Jesus disse: “Tenho sede”. Estava ali
uma vasilha cheia de vinagre. Então embeberam uma esponja nela,
colocaram a esponja na ponta de um caniço de hissopo e a ergueram
até os lábios de Jesus. Tendo-o provado, Jesus disse: “Está consumado!”
Com isso, curvou a cabeça e entregou o espírito. Jo. 19:17-30.

O pecado não poderia ser vencido. Não havia sacrifício


suficiente. Antigamente, na época do Antigo Testamento, os peca-
dos eram “pagos” com animais, quando seu sangue era aspergido
no altar do sacrifício para que houvesse perdão. Tudo, todo o ri-
tualismo dos sacrifícios, era apenas uma sombra de uma realidade
ainda maior que se revelaria em plenitude em Jesus, pois Ele mes-
mo foi o sacrifício vivo na cruz do calvário. O pecado é essa situ-
ação de desligamento com Deus que gera a morte, enquanto que

21
“PARA MUITOS
A CRUZ É
OFENSIVA, UMA
AFRONTA, POIS
ELA NãO OFERECE
OPÇÃO E SIM
TRANSFORMAÇÃO”
UM NOVO COMEÇO

o sangue representa a vida. Assim, apagava-se a morte com outra


vida, para que fosse dado ao homem fôlego à sua vida espiritual.
Como os sacrifícios eram essa sombra de uma realidade maior,
eles precisavam ser feitos diariamente, constantemente. Veja o
que o escritor aos hebreus afirma sobre o sacerdócio da Antiga
Aliança, numa correlação com Cristo como o Sumo Sacerdote
maior que agiu em nosso favor de uma vez por todas por meio de
Seu sacrifício único e eterno na cruz:

Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou


os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza
à fé que professamos, pois não temos um sumo sacerdote que não
possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que,
como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado.

nascer de novo
Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a
confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos
graça que nos ajude no momento da necessidade. Hb. 4:14-16.

À época do Antigo Testamento, ou seja, na chamada Anti-


ga Aliança, o sumo sacerdote tinha que representar a si mesmo e
ao povo em relação aos sacrifícios de purificação e santificação,
para que suas ofertas e suas vidas fossem aceitas diante de Deus.
Mas como humanos e pecadores que eram, havia esse risco de
não serem aceitos e até mesmo fulminados diante de um Deus tão
santo e zeloso. Deus é e sempre foi amor, mas Ele é também jus-
tiça. Foi por e para isso que Jesus veio: ser Ele mesmo o Cordeiro
Vivo, o Sumo Sacerdote maior e sem pecado, para que se entre-
gasse na cruz a nosso favor para a remissão de nossos pecados e a
nossa justificação e santificação. Assim, ser justo e santo diante de
Deus a partir da obra de Cristo em nós e nossa entrega por com-
pleto a Ele é ser justificado e santificado diante d’Ele, justamente
para que o nosso acesso à Sua presença seja livre.

23
UM NOVO COMEÇO

Devemos receber o que Cristo conquistou por nós na cruz,


sempre iremos achar que para receber algo precisamos merecer,
porem nesse caso, Cristo não fez algo porque merecíamos, ele jus-
tamente fez pois não merecíamos e mesmo assim ele nos amou e
se entregou em nosso lugar abrindo assim as portas da eternidade
para cada um de nós

A isso chamamos graça de Deus, favor imerecido, devemos


receber esse amor de Deus em nossos corações e em nossas vidas,
esse amor que não olha para nosso passado para nos condenar
por ele e sim vem nos resgatar, nos libertar de um reino de trevas
e nos leva a seu reino de luz

Não podemos aceitar viver uma vida apática, infeliz,


amargurada, derrotada com todo esse amor de Deus disponível a
nascer de novo

nós. Cristo veio para que pudéssemos ter vida e vida em abundân-
cia. É isso que a Bíblia diz.

24
“NãO AGIMOS EM
BONDADE E GENEROSIDADE
PARA ALCANÇAR ALGO DE
DEUS, E SIM PORQUE DEUS
Já NOS ALCANÇOU”
“CRISTO TOMOU O NOSSO
LUGAR NA CRUZ, PARA
NóS TOMARMOS O SEU
LUGAR NA TERRA”
“NINGUÉM ME
ENTENDE!”
UM NOVO COMEÇO

Jesus chorou. Jo. 11.35.

Esse é um dos menores versículos da Bíblia, contudo, de


um valor, de uma significância e de uma profundidade sem iguais.
Isso porque esse verso retrata a empatia de Jesus pela humanida-
de. Ele estava num velório quando assim se expressou. Um grande
amigo seu chamado Lázaro havia falecido. O que todos, porém,
não sabiam é que ele, Lázaro, em breve seria ressuscitado dentre
os mortos. E mesmo sabendo disso, Jesus não deixou de se impor-
tar com a dor de todos ali. E é sobre isso que vou falar nesse capí-
tulo. Jesus nos entende.

“Homem de dores”
Jesus poderia ter nascido com uma beleza extraordinária,
“NINGUÉM ME ENTENDE!”

e essa beleza poderia ter lhe sido dada como um dom. Seu físi-
co poderia ser o de um atleta; a exuberância poderia ser a sua
marca; Ele seria o pop star mais glamouroso de todos os tempos.
Mas não foi assim que aconteceu. E no fundo, era desse jeito que
os hebreus esperavam o Messias, alguém com o destaque de um
rei fabuloso chegando com vestes reais, fazendo todo mundo se
encurvar a Sua grandiosidade. Contudo, Deus planejou algo bem
diferente. Deus sabe que estas coisas não fazem o homem, pois o
ser humano é da altura de sua integridade.

Então, quem era o ser humano chamado Jesus, que ca-


minhou sobre a terra? Vejamos mais uma vez o profeta Isaías O
descrevendo:

Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de tristeza


e familiarizado com o sofrimento. Como alguém de quem os
homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos
em estima. Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades
e sobre si levou as nossas doenças, contudo nós o consideramos

28
“AS BOAS OBRAS
NÃO SÃO FEITAS
PARA ALCANÇAR UM
RESULTADO. ELAS JÁ
SÃO RESULTADO DO QUE
CRISTO REALIZOU EM
MINHA VIDA”
UM NOVO COMEÇO

castigado por Deus, por ele atingido e afligido. Mas ele foi
transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado
por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz
estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. Is. 53:3-5.

Palavras fortes essas: desprezado, castigado, esmagado...


Não é exatamente assim que nos sentimos às vezes? O desprezo
tem tantas formas de se manifestar – através da decepção, do
descaso, da humilhação. O desprezo desestrutura, afronta, en-
vergonha. E o tão esperado Messias vivenciou isso caminhando
por entre as ruas de Jerusalém. Alguém O elogiava por sua boa
aparência, O procuravam para uma genuína amizade? É fato que
havia uma multidão atrás dele, alguns porque realmente acredita-
vam ser Ele o Cristo, o Filho de Deus, profetizado por Isaías; mas
“NINGUÉM ME ENTENDE!”

a maioria se aproximava por curiosidade, interesse ou desejo de


destruí-lO. Mas por que alguém ousaria Lhe querer fazer mal?

Já se sentiu assim? Além de desprezado, parece que ain-


da tem gente querendo “puxar o seu tapete”, lhe dar rasteira, a
própria vida se encarregando de roubar os seus sonhos. O seu
mundo desestabilizado pela onda de desprezo, além daqueles que
encontram motivo para lhe trair, para lhe causar algum tipo de
dano. Jesus vivenciou isso. Sentiu um nível de desprezo que vai
além de qualquer descaso que possamos imaginar. Contudo, Ele
veio ao mundo com uma missão: resgatar a humanidade, livrá-la
do castigo do pecado. Mas quem via e entendia isso? Queriam um
messias com aparência de rei, e não um carpinteiro se dizendo
Filho do Altíssimo.

Há momentos em que ninguém lhe entende, ninguém lhe


dá crédito? Jesus sabe exatamente o que significa não ser enten-
dido, não ser acolhido. Mesmo havendo sempre aquela multidão
atrás dele, atrás dos seus milagres, depois que se tornaram conhe-

30
UM NOVO COMEÇO

cidos. Mas quem ia atrás do Mestre para aprender sobre o amor


ao próximo, sobre buscar o Reino de Deus e a Sua justiça? Aliás,
quem queria saber sobre justiça ou amor pelo próximo? Até por-
que esse era um mandamento novo para eles, pois o que vigorava
era a Lei. Era “olho por olho e dente por dente”. Não havia espaço
para a graça, o perdão, o acolhimento.

Quando Jesus foi levado para ser crucificado, ficou so-


zinho. Aparentemente, Ele não tinha domínio sobre a situação.
Como poderia o prometido Messias, o Filho de Deus, aquele que
nascera de uma virgem para ser o Rei dos judeus e refazer a alian-
ça com a humanidade, estar agora caminhando com uma cruz nas
costas?! Como poderia alguém que tinha acesso ao céu morrer e
dessa forma tão humilhante, degradante? (A cruz à época era a

“NINGUÉM ME ENTENDE!”
pena e a sentença para o pior e mais vil dos bandidos).

Mas nem tudo é o que parece. Quem entenderia Deus se


passando por homem e precisando ser esmagado para reconstruir
toda uma história? Quem entende quando você precisa se doar
para conquistar o que ninguém está vendo? O que significa “esma-
gar” neste caso? Significa sentir a dor no âmbito mais profundo,
intenso e completo de sua existência. É quando não há mais voz,
mas só silêncio. É quando o clamor já chegou ao limite de seu úl-
timo suspiro.

Jesus não precisava vivenciar toda essa dor, sofrer uma


humilhação que não era sua. Mas Ele o fez por nós. “Mas como
assim, Pastor Alexandre?” Respondo! Sabe aquele pecado que pa-
rece sem perdão ou aquela culpa que não tem jeito de ser banida?
Ele tomou para Si e foi em nosso lugar para um tribunal que re-
presentava a eternidade. Jesus era eu e você ali, sendo cuspido,
maltratado, massacrado, humilhado diante de multidões. Porque
era necessário que alguém puro, imaculado, pagasse o preço da
nossa libertação:

31
“NÃO FAÇO BOAS
COISAS PARA
ALCANÇAR O FAVOR
DE DEUS E ELE SE
AGRADAR DE MIM, maS
FAÇO POIS SEU FAVOR
E SUA GRAÇA JÁ
ESTÃO SOBRE MIM”
UM NOVO COMEÇO

Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata


ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de
viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas
com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro
imaculado e incontaminado... 1 Pe.1:18,19.

Embora ainda paire sobre a terra, o pecado já não tem po-


der sobre nós. O “contrato” assinado entre o Homem (homem e
mulher, Adão e Eva) e Satanás no Jardim do Éden quando pecou
foi rasgado e anulado:

E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o


espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de
alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras;

“NINGUÉM ME ENTENDE!”
e abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que
dormiam foram ressuscitados... Mt. 27:50-52.

Mas você ainda pode pensar que não merece o perdão de


Deus, que sua vida não é justa o suficiente para receber d’Ele essa
benevolência imerecida chamada graça. Jesus, entretanto, quando
morreu na cruz para nos resgatar, nos justificou e se tornou nosso
advogado:

Justificados, pois mediante a fé, tenhamos paz com Deus,


por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Rm. 5.1.

Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que


não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado
para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. 1 Jo. 2:1.

Mesmo com todas as promessas de perdão e restauração,


com direito a um novo começo, ainda vem a dúvida: “Mas se Deus,
através de Jesus, já pagou o preço pela nossa redenção, por que

33
UM NOVO COMEÇO

a vida ainda me castiga tanto?” Respondo: porque somos imper-


feitos e vivemos num mundo imperfeito. Situações podem surgir
ou acontecer, mesmo contra a nossa vontade. A própria natureza
criada por Deus ainda hoje sofre o impacto do pecado. Veja o que
diz a Palavra, a Bíblia:

Considero que os nossos sofrimentos atuais não podem ser


comparados com a glória que em nós será revelada. A natureza
criada aguarda, com grande expectativa, que os filhos de Deus sejam
revelados. Pois ela foi submetida à futilidade, não pela sua própria
escolha, mas por causa da vontade daquele que a sujeitou, na esperança
de que a própria natureza criada será libertada da escravidão da
decadência em que se encontra para a gloriosa liberdade dos filhos de
Deus. Sabemos que toda a natureza criada geme até agora, como em
“NINGUÉM ME ENTENDE!”

dores de parto. E não só isso, mas nós mesmos, que temos os primeiros
frutos do Espírito, gememos interiormente, esperando ansiosamente
nossa adoção como filhos, a redenção do nosso corpo. Pois nessa
esperança fomos salvos. Mas, esperança que se vê não é esperança.
Quem espera por aquilo que está vendo? Mas se esperamos o que
ainda não vemos, aguardamo-lo pacientemente. Rm. 8:18-25.

Essa é e tem sido a realidade desde que o pecado entrou no


mundo. Contudo, há uma realidade maior para além de tudo isso:
a redenção em Cristo Jesus. Essa redenção não contempla apenas
a Salvação por meio do sacrifício de Jesus na cruz e a consequente
anulação da sentença do pecado, mas também a restauração de
todas as coisas, como desde o início, antes da Queda. Veja o que
um homem chamado Pedro, discípulo de Jesus, afirmou:

Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para serem cancelados os


vossos pecados, a fim de que, da presença do Senhor, venham
tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi
designado, Jesus, ao qual é necessário que o céu receba até aos

34
UM NOVO COMEÇO

tempos da restauração de todas as coisas, de que Deus falou por


boca dos seus santos profetas desde a antiguidade. Atos 3:19-21.

Confiar nas promessas de Deus requer treino, do mesmo


jeito que a fé não vem por acaso. O nosso relacionamento com
Deus não é diferente do que vivenciamos com as pessoas. É pre-
ciso que haja diálogo, conversação, abrir o coração e se disponi-
bilizar a crer, conhecer, confiar, confidenciar. O homem olha a
aparência, as circunstâncias, mas Deus olha para o coração e o
nosso comportamento mediante as complexidades do dia a dia.
Deus quer ver a nossa atitude em relação a confiança no que diz
respeito a Ele.

Jesus já foi castigado em nosso lugar, mas isso não significa

“NINGUÉM ME ENTENDE!”
que não passaremos por crises. As crises vêm e quando elas apa-
recem, é sinal de que estamos precisando reavaliar a nossa vida,
às vezes fazermos mudanças.

Deus nos entende e compreende mais do que nós mesmos


os momentos de conflitos interiores, os tempos de deserto. Todas
as nossas preocupações o Senhor vê e deseja que as partilhemos
com Ele. É desse jeito que as soluções vêm. Precisamos apenas
aprender a confiar e crer que ainda que as coisas pareçam iguais,
Deus está trabalhando a nosso favor. Houve um momento quando
o rei Davi se encontrava em profunda angústia em razão da opres-
são e perseguição de seus inimigos. Foi quando ele afirmou:

Aos seus amados ele o dá enquanto dormem. Sl. 127:2

Deus nos conhece por inteiro, pois somos Sua feitura, ou


seja, fomos criados por Ele e por e para um propósito: o de refle-
tirmos a Sua imagem, para a Sua exaltação, honra e glória. Gosto
da forma como o salmista Davi se expressava diante de Deus. Não

35
UM NOVO COMEÇO

é sem razão que ele é chamado pelo próprio Deus de “homem se-
gundo o seu coração”.

São de Davi as palavras abaixo e com elas encerro esse ca-


pítulo. Essas palavras podem se tornar a sua oração:

Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me sento e


quando me levanto; de longe percebes os meus pensamentos. Sabes muito
bem quando trabalho e quando descanso; todos os meus caminhos te são
bem conhecidos. Antes mesmo que a palavra me chegue à língua, tu já a
conheces inteiramente, Senhor. Tu me cercas, por trás e pela frente, e pões
a tua mão sobre mim. Tal conhecimento é maravilhoso demais e está além
do meu alcance, é tão elevado que não o posso atingir. Para onde poderia
eu escapar do teu Espírito? Para onde poderia fugir da tua presença? Se
“NINGUÉM ME ENTENDE!”

eu subir aos céus, lá estás; se eu fizer a minha cama na sepultura, também


lá estás. Se eu subir com as asas da alvorada e morar na extremidade do
mar, mesmo ali a tua mão direita me guiará e me susterá. Mesmo que
eu dissesse que as trevas me encobrirão, e que a luz se tornará noite ao
meu redor, verei que nem as trevas são escuras para ti. A noite brilhará
como o dia, pois para ti as trevas são luz. Tu criaste o íntimo do meu
ser e me teceste no ventre de minha mãe. Eu te louvo porque me fizeste
de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas! Disso
tenho plena certeza. Meus ossos não estavam escondidos de ti quando
em secreto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.
Os teus olhos viram o meu embrião; todos os dias determinados para
mim foram escritos no teu livro antes de qualquer deles existir. Como
são preciosos para mim os teus pensamentos, ó Deus! Como é grande
a soma deles! Se eu os contasse seriam mais do que os grãos de areia.
Se terminasse de contá-los, eu ainda estaria contigo. Sl. 139:1-18.

36
“TEMOS A TENDÊNCIA DE
OLHAR para TRÁS E ACHAR
QUE ESTARIA MELHOR DO
JEITO QUE esTAVA e ONDE
ESTAVA, MAS O PALÁCIO NA
VIDA DE JOSÉ ESTAVA à
FRENTE, NÃO ESTAVA ATRÁS.
CREIA QUE O FAVOR DE
DEUS ESTÁ TE GUIANDO
AO LUGAR CERTO”
justiça
de deus
UM NOVO COMEÇO

Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado,
para que nele nos tornássemos justiça de Deus.
2 Cor. 5:21.

Deus, em Jesus, pisou na Terra para experimentar as nos-


sas dores e tentações, para que depois pudéssemos lidar com tudo
isso, mas não na nossa força, mas com a graça d’Ele em nós. Por
isso é que Deus entende o que nem mesmo eu e você compreende-
mos ou percebemos às vezes.

Algo fantástico em relação à obra de Cristo na cruz é que


ela contemplou não só a eternidade no que diz respeito a salva-
ção, mas também a nossa vida aqui na terra. Estou me referindo
à dignidade como filhos que Ele nos concedeu. Isso fala de uma
nova identidade. Num capítulo em que trata de uma nova dimen-
justiça de deus

são de vida e ainda de seu zelo pela obra do Reino, um homem


chamado Paulo – que antes era perseguidor da Igreja de Cristo
à época até se tornar ele mesmo perseguido por seu amor a Deus
por ele haver se rendido ao evangelho a partir de uma visitação
do próprio Cristo a caminho de uma cidade chamada Damasco,
justamente para ir atrás dos cristãos – afirmou:

Pois o amor de Cristo nos constrange, julgando nós isto:


um morreu por todos; logo, todos morreram. E ele morreu
por todos, para que os que vivem não vivam mais para si
mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.
Assim que, nós, daqui por diante, a ninguém conhecemos
segundo a carne; e, se antes conhecemos Cristo segundo a
carne, já agora não o conhecemos deste modo. E, assim, se
alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas
já passaram; eis que se fizeram novas. 2 Cor. 5:14-17.

40
“PRECISAMOS ENTENDER
QUE O FAVOR DE DEUS
NÃO ESTÁ SOBRE NÓS
PARA SATISFAZER
NOSSAS VONTADES.
ELE ESTÁ AGINDO EM
NOSSA ViDA PARA
NOS LEVAR ATÉ A
sua VONTADE”
UM NOVO COMEÇO

É um grande desafio o fato de que nem todos se dão conta


dessa grande realidade, seja porque a desconhecem por comple-
to ou porque a ignoram, mesmo sabendo. Num capítulo em que
aborda a excelência da Criação Divina e a Palavra de Deus, o sal-
mista Davi exclama:

Quem pode discernir os próprios erros? Absolve-me dos


que desconheço! Também guarda o teu servo dos pecados
intencionais; que eles não me dominem! Então serei íntegro,
inocente de grande transgressão. Que as palavras da minha
boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti,
Senhor, minha Rocha e meu Resgatador! Sl. 9:12-14.

Justificados em Cristo
Não são poucas as ocasiões em que nos sentimos privados
justiça de deus

de justiça, sejam por injustiças feitas por outras pessoas contra


nós, seja por catástrofes, acidentes ou tantas situações, como se
a vida fosse uma peça de teatro entremeada de incidentes ou tra-
gédias. Quando nos sentimos assim, privados de justiça, há esse
sentimento de desolação, desespero e desamparo. É a sensação de
ser esquecido, ignorado, por completo. É como se nossa própria
existência fosse ignorada, descartada. É quando experimentamos
a dor da rejeição. Essa rejeição pode se dar de diversas formas e
uma delas é pela injustiça sofrida. Diante de uma realidade assim,
a resposta dada é individualizada e personificada, ou seja, cada
um responde a essa dor de uma forma única. Há quem se volte
contra tudo e todos. E há quem se volte contra si mesmo.

Apesar, porém, de toda a dor de uma rejeição sofrida –


como a de uma injustiça sofrida – ela não se compara à dor que
Jesus sofreu. O Salmo 22 é tido como messiânico (assim como ou-
tros salmos) porque faz referência à pessoa de Jesus, e no primeiro
verso é dito:

42
UM NOVO COMEÇO

Meu Deus! Meu Deus! Por que me abandonaste? Por que estás tão lon-
ge de salvar-me, tão longe dos meus gritos de angústia?

Jesus sentiu o trauma da traição, do abandono, da humi-


lhação. Não é que o Deus Pai tenha dado as costas ao Seu Filho,
Jesus, mas Jesus pôde experimentar a dor do abandono sofrido
pelo Pai quando Sua criação deu-lhe as costas quando pecou.
Houve um momento em que o próprio Jesus proclamou acerca de
uma cidade que o rejeitou:

Jerusalém, Jerusalém, você, que mata os profetas e apedreja


os que lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os
seus filhos, como a galinha reúne os seus pintinhos debaixo
das suas asas, mas vocês não quiseram. Mt. 23:37.

justiça de deus
...mas vocês não quiseram. Jesus foi rejeitado por muitos, as-
sim como Deus fora rejeitado pelo povo de Israel tantas vezes.
Mas há uma realidade maior acerca de tudo isso. Assim lemos nas
Escrituras, a Bíblia:

Veio para o que era seu, mas os seus não o receberam. Contudo,
aos que o receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o
direito de se tornarem filhos de Deus, os quais não nasceram
por descendência natural, nem pela vontade da carne nem pela
vontade de algum homem, mas nasceram de Deus. Jo. 1:11-13.

Houve aqueles que rejeitaram ao Pai e ao Filho e ainda há


aqueles que Os rejeitam. Mas aqueles que Os recebem, jamais são
rejeitados. Foi Jesus mesmo quem disse:

Todo o que o Pai me der virá a mim, e quem vier a mim eu jamais
rejeitarei. Pois desci do céu, não para fazer a minha vontade,
mas para fazer a vontade daquele que me enviou. E esta é a

43
UM NOVO COMEÇO

vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum dos


que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Jo. 6:37-39.

Sabe as suas dores mais escondidas, os pecados que nunca


contou para ninguém?! Ele morreu por tudo isso e quando ressus-
citou, fez acender uma nova história de vida para você. Mas para
vivenciar o prazer da nova história, dessa maravilhosa e próspera
segunda chance, você precisa conhecer quem fez tudo isso por
sua causa. Deus lhe viu no futuro, porque passado, presente e fu-
turo são a mesma coisa. O nosso tempo é o tempo chamado chro-
nos, marcado por anos, meses, semanas, dias, horas, minutos, se-
gundos. Mas a dimensão do tempo de Deus é outra. É a dimensão
kairós. Deus, portanto, é atemporal. Assim está escrito:
justiça de deus

Não se esqueçam disto, amados: para o Senhor um dia é


como mil anos, e mil anos como um dia. 2 Pe. 3:8.

O contexto de onde consta esse verso diz respeito à se-


gunda vinda de Jesus, quando Pedro, nessa segunda carta, alerta e
alenta seus leitores quanto a necessidade de serem pacientes e per-
severantes. É quando ele fala dessa promessa do retorno de Jesus.

Em Israel, depois de Jesus já ter cumprido o que tinha vin-


do fazer, voltou para o Pai, mas muitos ainda não entendiam quem
Ele era. Parecido com o que acontece hoje. Certo dia, passou uma
carruagem próxima de um dos Seus discípulos, Filipe, e o Espírito
Santo lhe falou: “Vai até lá...Tem gente dentro daquela carruagem
querendo me conhecer.” Filipe foi e começou a desvendar o que
era mistério para um homem que tinha sede de preencher o vazio
de sua alma, sede de Deus. A história completa encontra-se no
livro de Atos, no capítulo 8:

44
UM NOVO COMEÇO

Então Filipe correu para a carruagem, ouviu o homem lendo


o profeta Isaías e lhe perguntou: “O senhor entende o que está lendo?”
Ele respondeu: “Como posso entender se alguém não me explicar?”
Assim, convidou Filipe para subir e sentar-se ao seu lado. O eunuco
estava lendo esta passagem da Escritura: “Ele foi levado como ovelha
para o matadouro, e como cordeiro mudo diante do tosquiador, ele não
abriu a sua boca. Em sua humilhação foi privado de justiça. Quem
pode falar dos seus descendentes? Pois a sua vida foi tirada da terra”.
O eunuco perguntou a Filipe: “Diga-me, por favor: de quem o profeta
está falando? De si próprio ou de outro?” Então Filipe, começando
com aquela passagem da Escritura, anunciou-lhe as boas-novas de
Jesus. Prosseguindo pela estrada, chegaram a um lugar onde havia
água. O eunuco disse: “Olhe, aqui há água. Que me impede de ser
batizado?” Disse Filipe: “Você pode, se crê de todo o coração”. O eunuco

justiça de deus
respondeu: “Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus”. Atos 8:30-37.

Aquele homem queria entender o que lia, então o Espíri-


to Santo enviou alguém para lhe explicar. Isso não mudou e ain-
da hoje isso acontece, ou seja, há muitos que têm fome e sede de
Deus e de entender a Palavra e o Reino de Deus e não há quem
os ensine, até que sejam enviados para essa missão. Se queremos
entender as estratégias de Deus para as nossas vidas, quem Ele é e
como devemos agir em quaisquer que sejam as circunstâncias, os
recursos para aprendermos mais sobre o Senhor surgirão.

Em sua humilhação, Jesus foi privado de justiça. Humilha-


ção, injustiça, culpa, erro, escolhas erradas, acerto de contas e,
de repente, nossa afronta tem fundamento. Como a punição dada
a um criminoso, assim cairia sobre nós o jugo do pecado se Jesus
não tivesse passado pelo que passou e feito o que fez.

Jesus conhece os seus caminhos, a sua história. Ele sabe


dos detalhes do seu passado, da sua infância. Ele sabe onde você

45
UM NOVO COMEÇO

nasceu, os problemas que teve na sua casa. Ele tem conhecimento


de tudo, e principalmente, do que você precisa para se livrar dos
seus males.

Sempre foi desejo de Deus estar perto do homem (homem


e mulher). O homem foi criado para viver em comunhão com Ele.
É por isso que nos momentos de adoração ao Senhor, seja num
louvor ou num momento de lágrimas ou riso, quando nos despo-
jamos de nós mesmos e nos entregamos a Ele, sentimos que esse é
o nosso lugar, ou seja, o lugar da intimidade com Deus e em Deus.
Isso acontece porque Deus é o nosso lar, a nossa casa, o lugar
onde nosso espírito quer ficar. A presença de Deus é algo diferen-
te; é o que nos faz entrar no mundo espiritual. Podemos, assim,
não apenas vislumbrar milagres, mas fazer parte deles. A presen-
ça de Deus traz paz, esperança, vida. Não há como descrever a
justiça de deus

sua presença ou o lugar onde Ele está, porque esse lugar é o nosso
ambiente. O Salmo 91 fala do “esconderijo do Altíssimo” e daquele
que habita nele. O sentido exato de “esconderijo do Altíssimo” é
exatamente o “lugar secreto”.

O homem foi criado para ter comunhão com Deus, e não


para ser separado d’Aquele que o planejou. Ele foi criado para es-
tar em contato e intimidade com Ele, conversar sobre tudo, como
amigo confidente, exatamente como acontecia no começo da
criação, quando Adão e Eva eram visitados por Deus na viração
do dia, antes da Queda.

Ainda hoje Ele quer esse relacionamento e enquanto não


entrarmos nesse nível de conexão com Ele, nos sentiremos vazios,
com alguma coisa faltando, porque estamos fora de lugar. É como
o peixe. Ele se sente bem dentro d’água, porque aquele é o seu am-
biente, o seu habitat. Acontece o mesmo com o homem (homem
e mulher) quando vive fora do seu ambiente; ele passa a viver no
sufoco, na prova, como se fosse um peixinho fora d’água. Quan-

46
UM NOVO COMEÇO

do colocamos o peixe dentro da água, ele está em casa, no seu


ambiente, no seu habitat natural. Assim é e deve ser conosco em
nossa relação com Deus. O lugar da Sua presença é o nosso lugar.
Há um salmo que gosto muito e ele traduz bem o que eu acabei de
dizer aqui:

Quão amáveis são os teus tabernáculos, Senhor dos Exércitos!


A minha alma suspira e desfalece pelos átrios do Senhor;
o meu coração e a minha carne exultam pelo Deus vivo! O
pardal encontrou casa, e a andorinha, ninho para si, onde
acolha os seus filhotes; eu, os teus altares, Senhor dos Exércitos,
Rei meu e Deus meu! Bem-aventurados os que habitam
em tua casa; louvam-te perpetuamente. Sl. 84:1-4.

justiça de deus
O nosso habitat natural é a presença de Deus. Quando
Deus criou o homem, Adão e Eva, eles conversavam pela manhã e
à tarde. Deus estava com eles várias vezes durante o dia para con-
versar e isso era algo normal. Conversar com Deus era natural,
um diálogo, um relacionamento de amigos chegados. De repente,
toda esta intimidade foi rompida. O pecado seduziu e a Queda
aconteceu. O vínculo, a aliança, estava desfeita; o pacto estava
quebrado. Deus viu o homem perdido, em pecado, sem direção.
Sem aliança com Deus, a humanidade passou a sofrer: sem amor,
sem paz, longe da esperança, distante de expectativas, se meten-
do em brigas, se desgastando... Contudo, a cruz estava no coração
de Deus. Ela refaria o que havia sido quebrado – o elo entre Deus
e a humanidade.

É preciso entendermos que Deus sempre esteve pronto


para nos ajudar, nos abraçar, nos resgatar. O estender a mão para
o homem sempre esteve nos propósitos d’Ele.

47
UM NOVO COMEÇO

Não importa o quão tenhamos sido privados de justiça,


em Jesus fomos e somos acolhidos. Ele mesmo encarou a rejei-
ção para que um dia fôssemos aceitos. E aqueles que vão até Ele,
jamais serão rejeitados. Pelo contrário e muito mais! Terão a sua
vida transformada.

Deus tornou pecado por nós aquele que não tinha pecado,
para que nele nos tornássemos justiça de Deus. 2 Cor. 5.21.

Somos justos, pois Cristo se fez injusto em nosso lugar e


hoje Deus nos enxerga através de seu filho Jesus Cristo.
justiça de deus

48
“ONDE NOSSA MENTE
LIMITADA SÓ ENXERGA O
FIM, A MENTE ILIMITADA
DE DEUS ESTÁ VENDO UM
CAMINHO”
não é
reforma
UM NOVO COMEÇO

Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou


na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe
pareceu. Então, veio a mim a palavra do Senhor:
Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa
de Israel?, diz o Senhor; eis que, como o barro na mão do
oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel.
Jr. 18.4-6.

Deus não faz uma reforma. Ele não pega um coração que-
brado e faz remendos. Não coloca “cola” nas rachaduras e dá a
situação por consertada. Não! Ele propõe algo novo, uma trans-
formação completa; refaz o que antes era estilhaço. E como Deus
faz isso? Nos tornando livres.

Fomos livres da velha natureza pecaminosa, adâmica


não é reforma

(de Adão), e em troca, nos deu a Sua natureza, por meio da Nova
Aliança que se deu com a morte de Seu Filho, Jesus, que se tornou
o Cordeiro Vivo e sacrificado em nosso lugar. É quando, através
do Seu sangue, nascemos de novo e nos tornamos filhos de Deus.

Deus criou a humanidade. Todos, portanto, são Suas cria-


turas. Mas a condição de filhos está reservada àqueles que nas-
ceram de novo pela fé em Cristo Jesus. Esses têm a natureza do
Senhor, o seu DNA, entranhado em nosso espírito; é quando O
sentimos como parte de nós mesmos. Essa afinidade d’Ele para
conosco nos torna aptos para recebermos dons, bênçãos, revela-
ções, conquistas que nem mesmo ousariam sonhar, porque até os
sonhos altos são gerados por Ele em nossa alma.

O novo nascimento
O novo nascimento começa com o arrependimento, e o
arrependimento nos levará à conversão, a mudança e transfor-
mação. Eu costumo dizer que quando se voltam para Cristo, as

52
“PRECISAMOS ENTENDER
QUE A OBRA DE
CRISTO NÃO FOI ALGO
PARA NOS DAR NOVAS
COISAS E SIM ALGO
QUE NOS FAZ ALGUÉM
NOVO PARA VIVER
NOVAS COISAS”
UM NOVO COMEÇO

pessoas entram para uma nova história de vida, e de um modo


geral, isso vai significar muitas vezes nadar contra a correnteza de
situações contrárias à nossa nova natureza e ao nosso modo ago-
ra de pensar e agir. Portanto, haverá aborrecimentos, tentações,
batalhas e até perdas.

Mas e os sonhos altos, as bênçãos e tudo mais? Deus não


fará “mágica”, mas nos dará vitórias e estas não virão sem batalha.
Por esse motivo, é precisamos ser completamente dependentes do
Senhor, para que Ele vá à nossa frente e peleje em nosso favor.
Isso não significa que não iremos entrar na guerra. A diferença é
que agora não estaremos mais sozinhos e não lutaremos com as
nossas armas naturais em termos de recursos próprios e à nossa
maneira, mas com as armas corretas. Como bem disse Paulo:
não é reforma

Pois, embora vivamos como homens, não lutamos segundo os


padrões humanos. As armas com as quais lutamos não são
humanas; pelo contrário, são poderosas em Deus para destruir
fortalezas. Destruímos argumentos e toda pretensão que se
levanta contra o conhecimento de Deus, e levamos cativo todo
pensamento, para torná-lo obediente a Cristo. 2 Cor. 10.3-5.

Só para que tenha uma breve noção, o mundo diz que o


importante é vencer e avançar sempre. Sim, temos que vencer e
avançar na vida. Mas há limites, e um deles são o respeito e os va-
lores. Se romper na vida custar relacionamentos, valores, princí-
pios, é de se rever tudo. E é geralmente o que acontece. É por isso
que nem sempre sucesso é sinônimo de bênção e favor divinos.
Veja o que o rei e sábio Salomão afirma:

Uns se dizem ricos sem terem nada; outros se


dizem pobres, sendo mui ricos. Pv. 13.7.

54
UM NOVO COMEÇO

Com Deus é diferente, porque o caminho e o padrão para


Ele é ser justo, correto; é amar o próximo, fazer o bem, honrá-lo e
fazer sempre o que Lhe agrada.

Hoje tem também essa máxima: “Se te faz bem e feliz, não
há nada de errado.” Em razão disso, muitos têm cometido loucu-
ras e torpezas. Bem disse também Salomão:

Há caminho que parece certo ao homem, mas


no final conduz à morte. Pv. 14.12.

O padrão do mundo é a conveniência individual. Daí, mui-


tas vezes, o duplo padrão em relação a tudo. Gosto muito do que
o meu pastor, Márcio Valadão, costuma dizer: “O mundo tem um
padrão. Se você está aquém, é punido. Mas se está além, é per-

não é reforma
seguido.” Permita-me um exemplo em relação a essa colocação.
Todos sabem que roubar é errado. Se você rouba, é punido (de
fato, não temos que roubar e há consequências sérias para isso).
Mas agora, se você não rouba, mas denuncia quem rouba ou cri-
tica essa atitude, você passa a ser perseguido. Quando nascemos
de novo em Cristo Jesus, mais dias, menos dias, temos que lidar
com isso para fazer a diferença na sociedade. Foi o apóstolo Paulo
também quem disse:

Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela


renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e
comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. Rm. 12.2.

Quando se trata dessa nova vida em Deus, Ele mesmo é


quem abre caminhos novos. Ele não precisa da ajuda de ninguém
para que as coisas aconteçam. Ele faz as coisas acontecerem na
nossa vida, na minha vida, na sua vida; só precisamos receber o

55
UM NOVO COMEÇO

que Cristo conquistou na cruz. Não é mérito, mas graça apenas. O


problema, contudo, é que muitas vezes insistimos nessa ideia de
que para recebermos algo, precisamos fazer por onde. Esse tipo
de pensamento surge automaticamente na nossa mente: “Para eu
receber, preciso merecer.”

Deus deseja que o homem receba por amor o que Cris-


to conquistou, não por merecimento. Porque a bem da verdade,
não somos merecedores de absolutamente nada. Tudo que temos
e recebemos é dádiva apenas. Do ar que recebemos à saúde que
temos para prosseguirmos na vida, tudo vem d’Ele. A pandemia
do Covid-19 escancarou essa realidade e nivelou a todos e toda a
humanidade nesse sentido do realçar a nossa fragilidade e total
incapacidade de controle de absolutamente tudo. Sobre o amor
divino, lemos nas Escrituras:
não é reforma

Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu


Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê
não pereça, mas tenha a vida eterna. Jo. 3.16.

Gosto dessa expressão: ...de tal maneira... Foi algo tão subli-
me e profundo que não temos como dimensionar.

Eu e você não merecemos tudo que Deus tem nos dado ou


ainda tem para nos dar. Ele nos dá porque nos ama de um modo
que não compreendemos.

É inexplicável o amor d’Ele por nós. Por isso, a Sua vonta-


de nas nossas vidas é perfeita, porque para nós, Ele tem os melho-
res planos, os melhores pensamentos. Houve um momento delica-
do da história de Israel quando Deus disse ao povo por intermédio
de um homem chamado Isaías, que era um profeta:

56
UM NOVO COMEÇO

Deem ouvidos e venham a mim; ouçam-me, para que sua alma


viva. Farei uma aliança eterna com vocês, minha fidelidade prometida
a Davi. Busquem o Senhor enquanto se pode achá-lo; clamem por ele
enquanto está perto. Assim como os céus são mais altos do que a terra,
também os meus caminhos são mais altos do que os seus caminhos e os
meus pensamentos mais altos do que os seus pensamentos. Assim como
a chuva e a neve descem dos céus e não voltam para ele sem regarem
a terra e fazerem-na brotar e florescer, para ela produzir semente
para o semeador e pão para o que come, assim também ocorre com
a palavra que sai da minha boca: Ela não voltará para mim vazia,
mas fará o que desejo e atingirá o propósito para o qual a enviei.
Vocês sairão em júbilo e serão conduzidos em paz; os montes e colinas
irromperam em canto diante de vocês, e todas as árvores do campo
baterão palmas. No lugar do espinheiro crescerá o pinheiro, e em vez

não é reforma
de roseiras bravas crescerá a murta. Isso resultará em renome para o
Senhor, para sinal eterno, que não será destruído. Is. 55.3,6, 9-13.

Essa expressão pensamentos em relação a Deus diz respeito


ao Seu próprio coração. Tudo tem a ver com propósitos e proje-
tos. Não é a primeira vez que Ele diz isso ao Seu povo, Israel. Em
outro momento, Ele afirmou, dessa vez por meio de outro profeta
de nome Jeremias:

Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz
o Senhor, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar
dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro. Jr. 29.11.

Os pensamentos de Deus não são simplesmente puros; são


mais que isso! Seus pensamentos são infinitamente altos, acima do
que chamamos de inteligência, pois o dom da inteligência, da sabe-
doria, toda honra, provém d’Ele. Nossa mente não consegue nem
mesmo imaginar os Seus maravilhosos planos a nosso respeito.

57
UM NOVO COMEÇO

Os caminhos de Deus não são os nossos caminhos, porque


pensamos como o homem pensa simplesmente porque somos li-
mitados e não conseguimos ver o todo e o futuro. Assim, quando
age a nosso favor e trabalha em nós no sentido do que permite
ou tem para nós, Deus vê o todo, e Seu agir contempla todas as
variáveis. Nem sempre entendemos e compreendemos na hora, no
momento, mas o tempo nos revela todas as coisas, em especial
quando há abertura em nosso coração para essa percepção. Mes-
mo sem entendermos a Sua graça e Seu amor, somos intensamen-
te e imensamente abençoados por Ele.

A bênção de Deus sobre as nossas vidas tem a ver com o


Seu favor e a Sua aprovação e isso contempla realidades muito
maiores. Permita-me contar-lhe uma história como um paralelo
que ilustra essa verdade que acabei de lhe dizer. Houve uma go-
não é reforma

vernanta que trabalhava para um rei muito rico. Por anos, ela se
dedicara ao seu senhor, pois tinha grande afeição por ele. Certo
dia, esse rei ficou doente e veio a falecer. Pouco antes de mor-
rer, ele a chamou e lhe entregou algo que parecia ser uma carta
e disse: “Isso á para você.” Comovida, a mulher guardou o papel
com tanto carinho que decidiu colocá-lo em um quadro e pendu-
rá-lo na parede da sua sala. Anos depois, ela recebeu a visita de
um velho amigo, que ao observar o quadro, disse: “O que isso está
fazendo na parede?” “Foi um bondoso rei que me deu de presente
quando ele estava morrendo”, disse ela. “Cuidei dele até o último
momento da sua vida.” Estupefato, seu amigo disse a ela: “Mas isso
é um testamento! Com ele você tem mais direitos do que imagina.”

Essa governanta não tinha se dado conta do que fizera ao


emoldurar aquele testamento e o que ele permitiu em termos de
direitos. Ela possuía um testamento com inúmeras coisas ao seu
dispor, com tantos benefícios para usufruir, mas ela não sabia ler
e por não ter conhecimento do que herdara, continuava dando
duro, trabalhando pesado, sem desfrutar dos seus direitos.

58
UM NOVO COMEÇO

O mesmo se dá conosco, espiritualmente. Não nos damos


conta do que temos direito em Cristo Jesus. Os direitos em Cristo
aos quais me refiro dizem respeito à nossa identidade e posição
n’Ele e ao que podemos usufruir disso, tanto na eternidade como
aqui na terra. Tudo tem a ver com a nossa mentalidade – se de
servos ou filhos.

Se recorda da tão conhecida parábola do filho pródigo con-


tada por Jesus?! Ela retrata exatamente isso, ou seja, a nossa filia-
ção. Tanto o filho que retornou à casa após ter saído e desfrutado
da sua herança e perder tudo, como o seu irmão que ficara em casa,
se viam como empregados de seu pai, e não realmente como filhos.
Foi preciso que o próprio Pai lhe mostrasse essa realidade.

não é reforma
Foi como eu disse no capítulo anterior: as coisas não dão
certo quando queremos fazer tudo por nossa conta. Mas quando
entendemos que a batalha não é nossa, e sim, do Senhor, tomamos
posse da herança que Deus nos deu através do sangue de Jesus
derramado na cruz.

Às vezes queremos lutar na hora que não é para lutarmos.


Queremos fazer o que é para Deus fazer. Não sabemos desfrutar;
não sabemos receber o que não merecemos.

O sistema do sucesso do mundo é o de trabalhar para pa-


garmos o preço. “Eu tenho que pagar o preço”, ou seja, é tudo es-
forço próprio, uma forma de compensação pela salvação e graça
recebidos! A questão, contudo, é essa: fazemos não para sermos
salvos ou alcançarmos algo, mas porque já somos/fomos salvos e
alcançamos aquilo que essa salvação nos outorgou, isso é, direitos.

59
UM NOVO COMEÇO

Cabe aqui um esclarecimento novamente. Não estou aqui


fazendo apologia a uma “graça barata” que não demande nada
de nós. Porque já temos é que fazemos, entende! Não fazer nada é
incorrer ao erro e pecado da preguiça e do comodismo.

Uma vez agora salvos, filhos e herdeiros, há tanta coisa


para ser feita, mas não para alcançarmos o mérito, mas por grati-
dão e resposta à tudo aquilo que recebemos e temos recebido. As
conquistas vêm de acordo com o que fizermos, e assim virão os
resultados. É assim que funciona. Quanto mais você empreender,
mais resultados obterá.
não é reforma

60
“NÃO SERÁ UM NOVO
TEMPO QUE TRARÁ
COISAS NOVAS A SUA
VIDA, E SIM UM NOVO
SER, UMA NOVA PESSOA,
UMA NOVA MENTALIDADE.
ISSO SIM PODE GERAR
UM NOVO TEMPO EM
SUA VIDA”
prioridades
UM NOVO COMEÇO

Preciso abrir aqui um espaço para falar sobre algo de ex-


trema importância e que tem a ver com prioridades. A grande ver-
dade é que só priorizamos aquilo que valorizamos e nessa de fazer
e acontecer, muitas vezes deixamos de lado tantas coisas justa-
mente em razão do que primamos. A grande pergunta é essa: qual
é ou tem sido a nossa prioridade? A família é uma delas.

Quando eu digo sobre fazer para se obter resultados, isso


não implica em abrir mão da família. Não apenas o trabalho, mas
o egoísmo, os desejos pessoais e tantas coisas têm estado à fren-
te de simples atitudes como conversar com o cônjuge e os filhos,
trocar palavras de afeto, se dirigir a eles com demonstração de
afeto, incentivo e encorajamento pelo que são e estão fazendo ou
sonhando. Mas o que tem acontecido é o contrário! Maridos ou
esposas se esquecem um do outro e dos filhos e as situações se
estabelecem. Uma hora essa conta chega.
prioridades

Já não temos visto famílias se sentarem à mesa para as re-


feições. Cada um faz sua refeição como entende e onde bem en-
tende. Não há contato e troca de olhares como demonstração de
empatia, carinho, afeto, amor. Temos de nos esforçar para mudar
isso, porque se a família vai mal, tudo vai mal. Não podemos nos
conformar e viver de aparência. Precisamos priorizar o que é de
fato alicerce. As colunas da sociedade são o vínculo familiar.

A mídia e tudo gritam que se não formos antes de tudo


empreendedores, nada dará certo, e o que mais importa na vida é
a correria em prol do sucesso financeiro e social. Assim, o tempo
tornou-se luxo, quando viver aproveitando momentos, refletindo,
dialogando ou mesmo sonhando com pequenos feitos não faz sen-
tido na era atual. Aquele tempo para a leitura ou para fazer algo
que batia forte em nosso coração virou utopia. Não há mais tempo
para se dedicar ou para amar. Assim, as pessoas apenas se quei-
xam: “Como eu gostaria! Mas não tenho tempo.”

64
“DEUS NÃO VAI
TRANSFORMAR SUA
HISTÓRIA ANTES DELE
TRANSFORMAR VOCÊ”
UM NOVO COMEÇO

Deus de lado
Não é só a família que tem estado em segundo plano. A
vida espiritual também. É quando se deixa Deus na periferia da
vida e quando tudo não sai como se imagina, há essa volta para
Ele, até Ele agir por amor para logo em seguida se repetir tudo de
novo, e novamente se voltar para Ele. É um ciclo vicioso. Foi assim
tantas vezes com o povo de Israel.

A dura realidade da qual não nos damos conta é essa: Deus


não precisa de nós. Nós é que precisamos d’Ele. Ele conta conosco,
mas não depende de nós. Ele é Absoluto e Soberano e basta em Si
mesmo. Em Sua infinita graça e amor, Ele nos deu esse privilégio de
compartilhar conosco o Seu agir. Ou seja, Ele como que nos tornou
Seus parceiros e colaboradores. Tudo isso porque Ele nos ama.

Muitos de nós dizemos: “Deus precisa entender, porque


prioridades

não vai dar tempo! Eu tenho que trabalhar, fazer faculdade, dar
atenção em casa e ainda pegar as crianças na escola. Se eu não
correr atrás, ninguém vai correr por mim.”

Sim, temos tarefas e responsabilidades. Mas isso não tem


que ser em detrimento de nosso relacionamento com Deus. Até
porque se não priorizamos Deus em tudo, a tendência a médio e
longo prazos é que tudo comece a dar errado. Essa é a mentalida-
de atual – essa de correr e fazer, fazer e correr – e muitos cristãos
estão aderindo a ela com naturalidade. Mas não podemos pegar
esse sistema do mundo e aplicar na nossa vida cristã.

Depender da graça, do favor imerecido de Deus é o que


devemos fazer. Se dependermos do que precisamos fazer para
vencermos, anulamos tudo o que Jesus fez na cruz. “Não preciso
d’Ele. “Eu oro, faço e aconteço.” É assim que nosso coração está
muitas vezes. O que estamos fazendo muitas vezes é assimilando o

66
UM NOVO COMEÇO

sistema do mundo dessa mentalidade de agir na força do braço, na


base do próprio esforço, e com isso, travamos uma batalha conos-
co mesmos, sem conseguirmos entender que a graça é um favor
imerecido, algo do qual podemos desfrutar, mesmo não merecen-
do nada disso, pois somos pecadores.

É por isso que digo sobre tudo o que eu expus nesse capí-
tulo: não é reforma, mas novidade de vida completa. Tudo tem que
mudar. Tudo. São odres novos para um vinho novo.
Para o novo vir, o velho tem que sair.

Quantos de nós, podemos olhar para traz e perceber que


perdemos tempo e oportunidades fazendo e não fazendo algumas
coisas, pensar que poderíamos ter feito coisas diferentes, tomado
atitudes diferentes, porem, precisamos entender é que com tudo

prioridades
isso, Deus tem preparado coisas novas para cada um de nós:

Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas


velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. 2 Cor 5.17

Precisamos entender que a obra de Cristo em nós, não é


algo que vai nos dar novas coisas e sim algo que faz de nós alguém
novo para viver novas coisas, sendo assim, não se trata somente
do que iremos viver e sim de nós mesmos.

O maior proposito de Deus através de jesus, não é mudar


nossa vida e sim mudar a nós mesmos e assim nossa vida ser dife-
rente e melhor.

Primeiro ele vai trabalhar em nós e depois vai trabalhar


através de nós, ou seja, Deus não vai transformar sua história an-
tes de transformar você.

67
UM NOVO COMEÇO

A proposta do evangelho é a seguinte, as verdades do rei-


no de Deus irão limpar você, transformar você, irão lavar você e
assim uma nova pessoa ira nascer no lugar da antiga e somente
assim essa nova pessoa poderá viver uma nova vida.

O evangelho vai te proporcionar crescimento e novo nas-


cimento, por isso é necessário quere aprender para crescer e
avançar em direção ao propósito de Deus.

Existe uma frase muito interessante de Martin Lutero que


é a seguinte, “Sei que não sou tudo o que deveria ser, nem tudo o
que serei, mas uma coisa eu sei que já não sou mais quem eu era”

Não será um novo tempo que ira trazer novos coisas e uma
nova vida, mas sim, um novo ser, uma nova pessoa, uma nova men-
talidade e uma nova identidade irão gerar um novo tempo e uma
prioridades

nova historia em nossa vida. Jesus não nos oferece um concerto, um


remedo, o que Jesus nos oferece é um renovo e um novo ser

Bem-vindo a um novo começo...

68
“SER CRISTÃO NÃO
SIGNIFICA ANDAR COM
CRISTO E SIM TER
CRISTO VIVENDO EM
VOCÊ, FALANDO EM VOCÊ,
OLHANDO ATRAVÉS DE
VOCÊ E TER CRISTO
SAINDO PELOS POROS DE
SUA PELE”
conclusão
UM NOVO COMEÇO

Em resposta, Jesus declarou: “Digo a verdade: Ninguém


pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo.”
Jo. 3.3.

Durante toda a leitura dessa obra, você pôde aprender


sobre o nascer de novo e a nova vida disponibilizada em Jesus
por meio de Sua morte na cruz. Essa nova vida envolve não só a
salvação, mas tudo o que você tem direito. Estou falando aqui de
plenitude de vida.

O nascer de novo é uma nova perspectiva e percepção de


vida que tem a ver com essa cultura e valores do Reino. É um novo
modo de pensar, falar e agir, que muda tudo. Nada é e/ou será
como antes. Nada.

O desafio, contudo, é justamente esse: viver essa vida. Isso


conclusão

fala de escolhas e decisões. Com o novo nascimento, nada mudo e


tudo muda. Explico. Nada muda nesse sentido de nossas ativida-
des, nosso compromissos e nossas responsabilidades. Ainda esta-
mos no mundo. Mas tudo muda porque é uma nova mentalidade
e modo de agir. Tudo ganha mais sentido e cor. Somado a isso, a
maravilhosa realidade e verdade de que não estamos mais sozi-
nhos. É Deus conosco. E se formos sinceros, veremos que mesmo
durante esse tempo da nossa ignorância, antes de conhecermos
a Cristo, foram muitos os livramentos e as intervenções divinas a
nosso favor, pois tudo fazia e faz parte de um propósito maior e
melhor. Como já dito: Deus continua no controle.

Meu desejo e minha oração não poderiam ser outros a


não ser esse: que Deus continue abençoando a sua vida e que você
possa sempre desfrutar dessa nova vida n’Ele e com Ele, a tal pon-
to de ser totalmente transformado(a), para também ser um canal
ou um instrumento de transformação para a vida de outros.

72
UM NOVO COMEÇO

Até então o nosso próximo encontro, com a publicação


de mais um livro dessa Série sobre essa nova dimensão de vida
em Deus. Pois essa, sim, é a maior e melhor aventura e jornada
proposta e disposta ao homem –a de viver de fato e em verdade,
o céu na terra.

Bem-vindo(a) à nova vida. Bem-vindo(a) ao Reino. VOCÊ


É AGORA E DE FATO, UMA NOVA CRIATURA EM DEUS. TUDO SE
FEZ E SE FARÁ NOVO.

UM RECADINHO ESPECIAL

Foi para mim uma alegria e satisfação enormes estar em


sua companhia enquanto esteve comigo na leitura desse livro, e
há uma razão única e especial que me faz crer, de fato e em ver-
dade, que tudo foi por um propósito, e um propósito divino. Não

conclusão
sei de sua vida e jornada até aqui, mas posso imaginar o quão foi
para você desafiador tudo o que viveu e quem sabe ainda esteja
vivendo. E se ficou comigo até o fim da leitura, quero crer também
que deseja, do fundo de seu coração, viver uma nova vida em Deus
e com Deus.

E Ele é o maior interessado em transformá-lo(a) por com-


pleto. A fim, contudo e portanto, de poder ajudá-lo(a) nessa fas-
cinante jornada de fé e relacionamento com Deus, apesar dos de-
safios que possam surgir, queremos estar ao seu lado e que você
faça parte dessa grande família da fé chamada Igreja Batista da
Lagoinha. E para que possamos conhecê-lo(a), bem como você a
nós, disponibilizamos as nossas redes de contato. Quaisquer ne-
cessidades, incluindo pedido de oração, só acessar. Se quiser, pode
também nos visitar.

Para saber mais onde há uma Igreja Batista da Lagoinha


mais próxima de você, disponibilizamos também o nosso site oficial.

73
UM NOVO COMEÇO

Que Deus abençoe muito a sua vida. Melhor, continue


abençoando, pois Ele já tem te abençoado e tem um propósito
para sua vida. Foi por Ele que chegou até aqui e agora estará pre-
sente mais que nunca contigo. Pode contar com Ele. E pode tam-
bém contar conosco.

E mais uma vez: BEM-VINDO(A) À NOVA VIDA EM CRIS-


TO. VOCÊ NASCEU DE NOVO. É AGORA UMA NOVA CRIATURA.
TUDO SE FEZ E SE FARÁ NOVO.

Seguem as nossas redes de contato:

• Instagram: @alexandremineiro
• Facebook: Alexandre Mineiro
• Nosso Site Oficial: incomumstore.com
conclusão

74
Este livro foi impresso em:
Miolo: Papel Pólen
Capa: Papel Supremo

Você também pode gostar