Você está na página 1de 183

Evangelismo:

Compartilhando Cristo
na cultura contemporânea

Caderno do Aluno

MIN507
Evangelismo
Matt Smith, Editor
em Colaboração com EvanTell

Design de Capa por James O. Jackson

As citações bíblicas são da 2a Edição Revista e Atualizada


® Tradução de João Ferreira de Almeida
Copyright © 1993 Sociedade Bíblica do Brasil
Todos os direitos reservados.
Índice
Biografia do Editor ................................................................................................................. 5
Introdução: Bem-Vindo à Disciplina Evangelismo.................................................................... 7
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos? ................................................................................. 9
Artigo 1: O que é o evangelho? ....................................................................................................... 15
Artigo 2: Evangelismo definido ....................................................................................................... 17
Artigo 3: Todo cristão deve evangelizar?......................................................................................... 21

Aula 2: Como apresentar o evangelho .................................................................................. 27


Artigo 4: Múltiplos métodos ........................................................................................................... 32
Artigo 5: Por favor, mantenha-o simples ........................................................................................ 40

Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo.............................................................................. 41


Artigo 6: Apolgética encarnacional ................................................................................................ 47
Artigo 7: Encontrando tempo para compartilhar Cristo com a agenda lotada ................................. 54

Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo ................................................................. 57


Artigo 8: Qual papel a sabedoria tem no evangelismo?................................................................... 61
Artigo 9: Quatro maneiras perigosas de pregar sobre inferno ........................................................ 68

Aula 5: Como orar enquanto se evangeliza ........................................................................... 73


Artigo 10: Três maneiras de recuperar um coração pelos incrédulos ............................................... 77
Artigo 11: Como vencer o medo no evangelismo — passos iniciais ................................................. 79

Aula 6: Mudando uma conversa para questões espirituais .................................................... 81


Artigo 12: Aprendendo através das oportunidades perdidas........................................................... 85

Aula 7: Evangelismo servidor ................................................................................................ 91


Artigo 13: Entendendo o evangelismo servidor ............................................................................. 100
Artigo 14: 94 Ideias de evangelismo servidor ................................................................................ 104

Aula 8: Alcançando a próxima geração ............................................................................... 119


Artigo 15: Alcançando e mantendo a próxima geração ................................................................. 124
Artigo 16: Mudança de paradigma: às vezes mudar é bom ........................................................... 128
Artigo 17: Comunicando a mensagem do #evangelho dentro de uma cultura pós-moderna e
digitalmente conectada ................................................................................................................ 132
Aula 9: Reavivamento e evangelismo ................................................................................. 141
Artigo 18: Reavivamentos estudantis............................................................................................ 145

Aula 10: Questões no evangelismo ..................................................................................... 149


Artigo 19: Cristãos são hipócritas! ................................................................................................ 156
Artigo 20: Alcançando os sem igreja ............................................................................................. 157

Aula 11: Como fazer do evangelismo um hábito em vez de uma dor de cabeça ................... 161
Artigo 21: A Mentalidade missional .............................................................................................. 165

Aula 12: Como ajudar um novo convertido? ........................................................................ 171


Artigo 22: Como ajudar novos convertidos a crescerem em graça e conhecimento ....................... 177

BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................... 179


Biografia do Editor
Matt Smith (B.A. e M.A. em Estudos Bíblicos, Piedmont International University; M.A.
em Estudos de Liderança Cristã, Liberty Baptist Theological Seminary; D.Min. em Saúde
da Igreja, Liderança & Multiplicação em progresso, Dallas Theological Seminary) é um
professor adjunto de evangelismo em Piedmont International University. Ele é também
pastor de jovens na Gospel Baptist Church em Greensboro, NC.

Biografia do Professor Titular


R. Larry Moyer R. (Th.M., Dallas Theological Seminary; D.Min., Gordon Conwell
Seminary; Doutor Honorário, Cairn University) é o fundador e CEO de EvanTell, Inc.,
uma associação ministerial comprometida em treinar e capacitar os crentes de todo o
mundo para compartilhar o Evangelho. Desde o início da EvanTell em 1973, o Dr. Moyer
trabalhou com pessoas, igrejas, agências humanitárias e missionárias, faculdades e
seminários e é uma autoridade amplamente reconhecida em evangelismo e no
treinamento de evangelismo. Ele é autor de inúmeros livros e recursos de treinamento,
incluindo Free & Clear [Livre e desempedido], 21 Things God Never Said [21 Coisas
que deus nunca disse], 31 Days with the Master Fisherman [31 Dias com o Mestre dos
pescadores], Show Me How to Preach Evangelistic Sermons [Mostre-me como pregar
sermões evangelísticos], Show Me How to Illustrate Evangelistic Sermons [Mostre-me
como ilustrar sermões evangelísticos].

Biografia dos palestrantes convidados


David Wheeler (M.Div. e Ph.D., Southwestern Baptist Theological Seminary) é
professor de evangelismo da Liberty Baptist Theological Seminary e Liberty University.
Ele também atua como diretor do Centro de Treinamento Ministerial na Liberty e
representa o North American Mission Board como missionário de campo. Ele é
amplamente conhecido por seus escritos e conferências nas áreas de evangelismo
servidor. Ele é co-autor de Evangelism Is… How to Share Jesus with Passion and
Confidence [Evangelismo é... Como compartilhar Jesus com intensidade e confiança];
Servant Evangelism [Evangelismo servidor]; Minister to Others [Ministrar a outros]; e
Great Commission to Worship [Grande Comissão para adorar].

5
Alvin Reid (M.Div. e Ph.D., Southwestern Baptist Theological Seminary) é um professor
de Evangelismo e Ministério Estudantil na Southeastern Baptist Theological Seminary,
bem como fundador da Cadeira de Evangelismo Bailey Smith. Ele é mais conhecido
por falar em várias conferências nos Estados Unidos e no mundo. Ele também escreveu
extensivamente sobre evangelismo, cristianismo missionário, despertar espiritual e
ministério estudantil. Ele é autor de Evangelism Handbook: Biblical, Spiritual,
Intentional, Missional [Manual de evangelismo: bíblico, espiritual, intencional,
missional]; As You Go: Creating a Missional Culture of Gospel-centered Students
[Enquanto você vai: Criando uma cultura missional de alunos centrados no Evangelho];
ReVITALize Your Church Through Gospel Recovery [ReVITALIZE a sua igreja através
da recuperação do evangelho]; Radically Unchurched: Who They Are and How to
Reach Them [Radicalmente sem igreja: quem são eles e como alcançá-los]; e Firefall:
How God has Shaped History Through Revivals [O cair do fogo: Como Deus moldou a
história através do avivamento].

6
Introdução: Bem-Vindo à Disciplina Evangelismo
Bem-vindo ao Caderno do Aluno, Evangelismo: Compartilhando Cristo em uma Cultura
Contemporânea. A Piedmont International University é comprometida com a obediência à grande
comissão dada por Jesus Cristo em Mateus 28.18-20. Lá, Jesus ordena a seus seguidores: “Ide,
portanto, fazei discípulos de todas as nações.” Esta disciplina irá capacitá-lo para começar a
fazer exatamente isso enquanto você compartilha Jesus Cristo com outras pessoas e convida-
os a tornarem-se discípulos dele. Esta disciplina é um estudo prático e motivacional do
mandamento bíblico da grande Comissão em sua configuração contextual e contemporânea. Os
aspectos teológicos, estratégicos e práticos serão discutidos e aplicados em uma variedade de
contextos. Um componente importante da disciplina é a aplicação da instrução por cada aluno.
Esta disciplina está sendo oferecida a você através da cooperação e colaboração do Dr. R. Larry
Moyer e EvanTell.

Para esta disciplina, você terá acesso a vários recursos essenciais:

• Este Caderno do Aluno: um livro que fornece notas para as palestras e artigos escritos
por alguns dos palestrantes, bem como outros qualificados em treinamento
evangelístico.

• As Aulas em Vídeo: uma compilação de apresentações que abordam diversos tópicos


relacionados ao evangelismo pessoal. Cada apresentação é aproximadamente 50
minutos de duração com muitas das aulas com uma porção de Perguntas e Respostas
do professor no final.

• Os Livros-textos: Free & Clear: Understanding and Communicating God’s Offer of


Eternal Life [Livre e desempedido: Entendendo e comunicando a oferta de vida eterna
de Deus] por R. Larry Moyer. 21 Things God Never Said: Correcting Our Misconceptions
about Evangelism [21 Coisas que Deus nunca disse: Corrigindo nossos maus conceitos
sobre evangelismo] por R. Larry Moyer. Evangelism Is… How to Share Jesus with
Passion and Confidence [Evangelismo é…Como compartilhar Jesus com intensidade e
confiança] por Dave Early and David Wheeler.

• Blackboard: Esse é o recurso através do qual você recebe e submete atividades e


avaliações.

Cada aula nesse Caderno do Aluno é apresentada de modo similar. Tipicamente, há algumas
perguntas no início de cada aula, que são planejadas para você pensar sobre as questões
relacionadas àquele tópico. Em seguida, você irá encontrar uma seção para anotações, à medida
que você assiste a cada aula. Tenha em mente que grande parte do conteúdo da palestra já foi
fornecido neste caderno para você, mas preste atenção para os espaços em branco a fim de
preenchê-los em conformidade. Seguindo muitas das seções, há artigos escritos para adicionar
mais profundidade ao tema da palestra no Blackboard.

7
Recentemente, o Grupo Barna relatou que 73% dos cristãos “nascidos de novo”
acreditam que tem uma responsabilidade pessoal para compartilhar sua fé com outros.1 que é
uma porcentagem alta à primeira vista, mas e quanto aos outros 27%? Um de cada quatro
seguidores de Jesus Cristo crê realmente não ter nenhuma obrigação de dizer aos outros sobre
a mudança de vida, a boa nova de Jesus Cristo da salvação da alma? É muito triste pensar que
apenas 73% dos cristãos acreditam que eles devem estar compartilhando sua fé. Mas, quando
perguntei se eles tinham compartilhado sua fé com pelo menos uma pessoa no último ano,
apenas 52% disseram que sim.2 Combine isso com os fatos que existem pelo menos 4,9 bilhões
de pessoas no mundo de hoje vivendo aparte de um relacionamento pessoal com Jesus Cristo,
morrem aproximadamente 38 milhões nessa condição todos os anos e mais 232 milhões de
pessoas nos EUA não são cristãos evangélicos. Assim, você entende a necessidade de uma
aula de evangelismo.3 E essas pessoas não são apenas números em uma página ou estatísticas
que são motivo para alarme, algumas dessas pessoas são membros da sua família, seus colegas
de trabalho, seus vizinhos e seus amigos.

Um dos mais belos e simples versículos das Escrituras é Romanos 10.13, “Todo aquele
que invocar o nome do Senhor será salvo”. O versículo seguinte, no entanto, é muitas vezes
esquecido e negligenciado. Versículo 14 diz: “Como, porém, invocarão aquele em quem não
creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem
pregue?” (grifo nosso). Ou seja, esse é o trabalho e a missão única de cada seguidor de Cristo
— dizer às pessoas sobre Jesus, então eles podem se tornar seus seguidores também. Esta
disciplina irá capacitá-lo com os princípios para colocar em prática de modo que você possa ser
obediente a Deus e apreciar a satisfação que vem quando você leva outra pessoa a colocar sua
fé e total confiança em Jesus Cristo, tendo sua vida e eternidade radicalmente transformadas.

1
https://www.barna.org/barna-update/faith-spirituality/648-is-evangelism-going-out-of-style#.Uzw8QWBOXIU
2 Ibid.
3 Essas estatísticas são baseadas em pesquisa que consideram protestantes, ortodoxo e católico como cristãos de

http://www.pewforum.org/2012/12/18/global-religious-landscape-exec/

8
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?
Perguntas a considerar:

• Qual a mensagem central do Evangelho?


• Onde no Novo Testamento está a mais clara explicação do evangelho?
• O que um descrente precisa saber para ser salvo?
• Quão importante é o conhecimento da fé salvadora?
• Qual é a conexão entre conhecimento, aceitação e confiança com relação à
fé salvadora?

Notas de aula: Introdução ao evangelismo Mr. Matt Smith

A palavra “evangelismo” vem da transliteração da palavra grega euangelizo,


que significa simplesmente Eu comunico boas novas.

O que deveria motivar nosso evangelismo?

1. Obediência a Deus (Mt 28.18-20)

2. Compaixão pelas pessoas (Mt 15.32; 9.36-37; Fp 2.4)

3. Exemplo de Cristo (1Pd 2.21; 1Jo 2.6)

a. Jesus era amigo de pecadores (Lc 7.34)4

b. Jesus entrou na casa de pecadores (Lc 7.19)5

c. Jesus convidou pecadores para comer com ele (Mt 9.9-11)6

d. Jesus veio buscar e salvar o perdido (Lc 19.10)7

e. Jesus nos enviou para fazermos o mesmo (Jo 20.21)8

4 Dave Early e David Wheeler. Evangelism Is… Sharing Jesus with Passion and Confidence [Fazer discípulos é…
Como viver a grande comissão com paixão e confiança] (Nashville, TN: B&H Academic, 2010) 49.
5 Ibid.
6 Ibid.
7 Ibid.
8 Ibid.

9
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?

Notas de aula: O que dizemos aos não-cristãos? Dr. R. Larry Moyer

Se nós formos dizer às pessoas como ir ao céu, precisamos explicá-los claramente. Para fazer
isso, precisamos ter um claro entendimento do que o evangelho é.

Portanto, vamos examinar 1 Coríntios 15.1-8. Este é o único lugar no Novo Testamento onde
os elementos históricos do evangelho são claramente definidos.

O Evangelho é:

A apresentação do evangelho

1. O que Paulo fez?


1Coríntios 15.1-8
Eu anunciei (v. 1)
O que também _______________________ (v. 3).

2. Como as pessoas responderam? 1 “Irmãos, venho lembrar-vos o


evangelho que vos anunciei, o qual
a. Vocês receberam (v. 1); recebestes e no qual ainda
perseverais;
i.e. vocês abraçaram como sendo verdade. 2 por ele também sois salvos, se
retiverdes a palavra tal como vo-la
b. Vocês se mantêm nisso (v. 1); preguei, a menos que tenhais crido
i.e. aqui é onde vocês estão firmados e estão em vão.
convencidos disso. 3 Antes de tudo, vos entreguei o que
também recebi: que Cristo morreu
c. Você foi ________________ por isso (v. 2). pelos nossos pecados, segundo as
Escrituras,
4 e que foi sepultado e ressuscitou
ao terceiro dia, segundo as
Os quatro verbos que Paulo usou ao definir o evangelho
Escrituras.
5 E apareceu a Cefas e, depois, aos
Cristo ___________________ (v. 3) doze.
por nossos pecados de acordo com as Escrituras. 6 Depois, foi visto por mais de
quinhentos irmãos de uma só vez,
Ele foi ______________________ (v. 4a). dos quais a maioria sobrevive até
agora; porém alguns já dormem.
7 Depois, foi visto por Tiago, mais
Ele _______________________ (v. 4b) tarde, por todos os apóstolos
ao terceiro dia segundo as Escrituras. 8 e, afinal, depois de todos, foi visto
também por mim, como por um
nascido fora de tempo”.
Ele _______________________ (v. 5).

10
Conclusão: o evangelho pelo qual somos salvos é…

O que Deus está pedindo ao não-cristão para fazer?

Quando você compartilha a boa nova de Cristo com pessoas perdidas, às vezes, elas
respondem: “Oh sim, eu acredito nisso. Na verdade, eu sempre acreditei nisso”. Mas por
alguma razão ou outra, de algum modo, sentimos que eles realmente não conhecem a
Cristo. Eles não parecem entender a fé salvadora. Então, para ser eficaz na
evangelização, temos de responder à pergunta, “o que é fé salvadora?”

Para comunicar o conceito de fé salvadora, a Bíblia usa duas palavras: acreditar, que é
um verbo, e fé, que é um substantivo. Estas duas palavras são usadas centenas de
vezes. Quando estas palavras são estudadas quanto a como elas se relacionam com a
salvação, torna-se claro que o objeto da fé salvadora é Jesus Cristo. Também fica claro
que a fé salvadora em Cristo envolve três elementos.

e nt Ac
c im ei t aç
n h e ão
Co o

Confiança

11
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?

1. A fé salvadora envolve ____________________________ de quem Cristo é.

a. A prova:

• A Bíblia às vezes coloca o ouvir antes da fé.


1) João 5.24 – “Aquele que ouve a minha palavra e crê naquele
que me enviou”.
2) Romanos 10.14 – “E como crerão naquele de quem nada
ouviram?”.

• É óbvio que para crer em uma pessoa, você tem que saber sobre a
pessoa.

b. O conteúdo:

• A pessoa perdida precisa saber sobre o Cristo!

1) Sua humanidade –
“Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne
é de Deus” (1Jo 4.2).

2) Sua divindade –
“Para que creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de
Deus” (Jo 20.31).

3) Sua morte –
“Cristo morreu por nossos pecados”
(1Co15.3).

4) Sua ressurreição – “Ele ressuscitou”


(1Co 15.4).

12
2. A fé salvadora envolve ________________________________ de sua
pessoa e obra.

a. A prova:

O significado mais básico das palavras traduzidas por crer e fé é “aceitar


algo como sendo verdadeiro” ou “ser convencido de algo”.

b. A razão:

Uma pessoa pode entender algo e, ainda assim, não o aceitar como sendo
verdadeiro.

Ilustração: Se você diz: “Eu moro em Dallas, Texas”, você pode saber
onde é. Entretanto, isso não quer dizer que você acredita em mim. De
modo similar, você pode entender fatos sobre Cristo e, ainda assim,
não os aceitar como sendo verdadeiros.

3. A fé salvadora envolve ______________________________ somente em


Cristo para salvar.

a. A prova:

• As duas palavras gregas traduzidas por crer e fé incluem a ideia de


confiança. Isso significa “confiança” ou “dependência em”.

• O Novo Testamento enfatiza isso muitas vezes ao colocar uma


preposição depois do crer.

1) João 3.16 – “...todo aquele que nele crer não morra.”

2) João 3.36 – “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna.”

13
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?

b. O ponto:

Uma pessoa pode entender as boas novas de Cristo e até


aceitá-las como sendo verdadeiras e, mesmo assim, não confiar
em Cristo para salvá-la.

Conclusão: A fé salvadora envolve:

1. ___________________________ de quem Cristo é.

2. ___________________________ de sua pessoa e obra.

3. ___________________________ somente em Cristo para salvar.

14
Artigo 1: O que é o evangelho?9
por Dr. Larry Moyer

O Evangelho, a Boa Nova de Cristo, é que Cristo morreu pelos nossos pecados e
ressuscitou dos mortos. Paulo define o Evangelho em 1 Coríntios 15.3-5: “Cristo
morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou
ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze.” Os
fatos concernentes a Cristo são transmitidos por quatro verbos proeminentes.

Cristo morreu - Paulo disse: “Cristo morreu por nossos pecados de acordo com as
Escrituras” (1Co 15: 3). Cristo morreu como nosso substituto. Se ele não tivesse levado
o nosso castigo, todos nós carregaríamos por nós mesmos. Cristo morreu como meu
substituto e seu. Isaías, setecentos anos antes de Cristo, profetizou sua morte quando
disse: “Ele foi ferido pelas nossas transgressões, moído pelas nossas iniquidades” (Is
53.5).

Cristo foi sepultado - O segundo verbo que Paulo usou a respeito de Cristo é que “Ele
foi sepultado” (1Co 15.4). Visto que Paulo não repetiu a frase “segundo as Escrituras”,
é provável que ele tenha mencionado o sepultamento de Cristo simplesmente como
prova de que ele morreu, a prova da morte é o sepultamento.

Cristo ressuscitou - O terceiro verbo usado por Paulo é que “Ele ressuscitou no terceiro
dia, segundo as Escrituras” (1Co 15.4). Esta é a segunda vez que Paulo usou a frase
“segundo as Escrituras”. Ele queria que seus leitores soubessem que, assim como a
crucificação de Cristo não foi uma surpresa, a sua ressurreição também não foi. Davi
previu a ressurreição de Cristo quando disse: “Porque não deixarás a minha alma no
Seol, nem permitirás que o teu Santo veja corrupção” (Sl 16.10).

Cristo foi visto - O quarto verbo usado por Paulo é “visto”: “ele foi visto por Cefas,
depois pelos doze” (1Co 15.5). Observe novamente que Paulo não repetiu a frase
“segundo as Escrituras”. É provável que, assim como Paulo mencionou o sepultamento
de Cristo como prova de que ele morreu, ele mencionou que Cristo era visto como
prova de que ele ressuscitou.
Então, quais são os elementos históricos do evangelho? Cristo morreu. A prova é que
ele foi enterrado. E Cristo ressuscitou dos mortos. A prova é que ele foi visto. O
evangelho, na sua forma mais simples, pode ser reduzido a nove palavras: “Cristo
morreu pelos nossos pecados e ressuscitou dos mortos”.

9
Seleção encontrada online em: http://evantell.org/Tools/Article-Detail/Article/19/What-Is-the-Gospel. Usado com
permissão.

15
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?

A centralidade do evangelho não é baseada no que fazemos por Cristo, mas no que ele
fez por nós. Ele forneceu um caminho para os pecadores serem perdoados em vez de
punidos. Através da morte e ressurreição de Cristo podemos ter um relacionamento
com Deus que dura para sempre, quando colocamos nossa confiança somente em
Jesus.

16
Artigo 2: Evangelismo definido
por Matt Smith

A grande maioria dos cristãos pensa em evangelismo como simplesmente viver uma
vida piedosa, sem falar qualquer palavra. Certamente, há uma confusão entre muitos
hoje no que se refere exatamente ao que evangelismo é e não é.10 Uma boa definição
de trabalho ajudará em uma melhor compreensão do que evangelismo é realmente.

Muitos já têm oferecido boas definições de evangelismo. Aqui estão algumas:

O evangelismo pessoal envolve a comunicação eficaz da mensagem essencial do


evangelho com a visão de ver as pessoas sobrenaturalmente se tornarem seguidores
e imitadores de Cristo.
-Will McRaney11

Evangelismo, em sua forma simples, é apresentar nossos amigos a Jesus.


-Rebecca Pippert12

Evangelismo é apresentar as Boas Novas de Cristo com a intenção de ver o ouvinte


vir para fé em Cristo.

–R. Larry Moyer13

Compartilhar as boas novas de Jesus Cristo pela palavra e vida no poder do Espírito
Santo, para que os incrédulos se tornem seguidores de Jesus Cristo em Sua igreja e
na cultura.

–Alvin Reid14

Evangelismo é a proclamação de salvação em Cristo àqueles que não creem nele,


chamando-os para arrependimento e conversão, anunciando perdão de pecados e
convidando-os para tornarem-se membros da comunidade terrena de Cristo e
começar a viver uma vida de serviço a outros no poder do Espírito santo.

–David Bosch15

10 Para um mais próximo e completo exame do que evangelismo NÃO é, veja Alvin Reid, Evangelism Handbook
[Manual de Evangelismo]. (Nashville: B&H Academic, 2009), 17-21.
11 Will McRaney, The Art of Personal Evangelism [A Arte do Evangelismo Pessoal]. (Nashville: B&H Academic,

2003), Kindle Edition, 43.


12 Ibid.
13 R. Larry Moyer, Free and Clear: Understanding & Communicating God’s Offer of Eternal Life. [Livre e Claro:

Entendendo e Comunicando a Oferta de Deus de Vida Eterna] (Grand Rapids: Kregel Publications, 1997), 165.
14 Alvin Reid, Evangelism Handbook: Biblical, Spiritual, Intentional, Missional. [Manual de Evangelismo: Bíblico,

Espiritual, Intencional, Missional]. (Nashville: B&H Academic, 2009), 31.


15 David Bosh, Transforming Mission: Paradigm Shifts in Theology of Mission. [Missão Transformadora: mudanças

de paradigma na Teologia da Missão] (Maryknoll, NY: Orbis Books, 2011), 11.

17
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?

Evangelismo é um pedinte contando a outro pedinte onde encontrar pão.

–D. T. Niles16

Vários denominadores comuns unem essas definições, que podem ser definidas como
a comunicação das boas novas de Jesus Cristo para aqueles que não o conhecem
através do poder do Espírito Santo com o objetivo de vê-los confiando em Jesus Cristo.

Embora esta definição seja muito útil para esclarecer uma compreensão do
evangelismo, a pergunta deve ser feita se esta definição está de acordo com a
definição bíblica. Afinal, alguns cristãos bem intencionados afirmaram que a palavra
evangelismo não aparece nas páginas das Escrituras. Então, de onde se origina? A
palavra em português “evangelismo” vem da transliteração do verbo grego euangelizo,
que significa: “Eu comunico boas novas”. O substantivo dessa palavra é euangelion.
Esta palavra é composta de duas partes: eu - significando bem e angelos - significando
anjo ou mensageiro. A forma do substantivo aparece setenta e seis vezes no Novo
Testamento, enquanto a forma verbal aparece cinquenta e quatro vezes.17 A forma
verbal é frequentemente traduzida como “pregar o evangelho” e geralmente está na
voz média, o que significa “eu mesmo comunico o evangelho; “o substantivo traduzido
como” “evangelho”, “boas novas” ou “evangelho” enfatiza que as notícias não são apenas
notícias, mas BOAS NOTÍCIAS.18

William D. Mounce explica mais o significado de euagelion quando ele escreve:

Euangelion é a “boa nova” sobre a salvação que Deus providenciou através de Jesus Cristo. “O
evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16) … O
evangelho é destinado a ser pregado para anunciar a salvação de Deus em Cristo e para obter
uma resposta daqueles que o ouvem”” (Mt 26.13, Mc 1.14, 1Co 9.14a, 2Co 2.12, 1Ts 2. 9)… A
palavra euangelion não foi inventada pelos escritores dos evangelhos, mas já estava em uso no
mundo romano. Referia-se a um anúncio de “boas novas” a respeito de um aniversário, subida
ao poder ou decreto do imperador que anunciaria o cumprimento das esperanças de paz e bem-
estar em todo o mundo. Marcos redefine esse conceito de “boas novas” ao introduzir seu
evangelho com a frase “o começo das boas novas de Jesus Cristo”, sugerindo que é realmente o
nascimento e as ações subsequentes de Jesus que mudarão a face do mundo de uma maneira
cósmica que nenhum rei terreno poderia fazer. Jesus Cristo, o Filho de Deus, traz verdadeiro e
duradouro bem-estar e paz ao mundo, em cumprimento da esperança do AT.19

16 D. T. Niles. That They May Have Life [Para que Tenham Vida] (New York: Harper and Brothers, 1951), 96.
17 William D. Mounce, ed., Mounce’s Complete Expository Dictionary of Old and New Testament Words [Dicionário
Expositivo Completo Mounce do Antigo e do Novo Testamentos] (Grand Rapids: Zondervan, 2006) 302, 532.
18 Reid, Evangelism Handbook [Manual de Evangelismo], 22.
19 Mounce, ed., Mounce’s Complete Expository Dictionary [Dicionário Expositivo Completo Mounce], 302-303.

18
As boas novas devem ser proclamadas ao mundo, que Jesus, que veio buscar e salvar
aquele que se havia perdido, de acordo com Lucas 19.10, fez isso através de sua
morte, sepultamento e ressurreição. Ele trouxe ao mundo a restauração do que foi
perdido através do pecado e da queda - o relacionamento perfeito do homem com
Deus. O mundo precisa ouvir essas boas novas que sozinha tem o poder de mudar
suas vidas e salvar suas almas; isto é BOA NOTÍCIA.

Outros termos bíblicos ajudam a definir mais o que se quer dizer pelo termo
evangelismo. Kerusso quer dizer “proclamar uma mensagem” e enfatiza a declaração
de um evento. É usado várias vezes de modo sinônimo com euanglizomai, tal qual em
Romanos 10.14-15. Doze vezes a frase kerussein para euangelion é encontrada, o que
significa “pregar o evangelho.” As palavras martureo e marturion significam ser uma
“testemunha” e “testificar.” Esses termos enfatizam dar um testemunho através de
palavras e ações, tal qual quando Pedro disse em Atos 4.20, “pois nós não podemos
deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos”. Mathyteusate, o verbo principal em
Mateus 28.19-20 significa “fazer discípulos.” O mandamento aqui revela que
evangelismo não é só sobre compartilhar, pregar ou proclamar boas notícias, mas é
sobre fazer discípulos de Jesus Cristo.20

É claro neste ponto porque uma definição de evangelismo deve pelo menos referenciar
compartilhar, pregar ou proclamar as boas novas de Jesus Cristo - o perdão dos
pecados através de sua morte, sepultamento e ressurreição. Mas de onde surge a ideia
do poder e envolvimento do Espírito Santo? Teologicamente, entende-se que somente
o Espírito Santo pode mover uma pessoa espiritualmente morta para viva em Cristo; o
batismo do Espírito, predito por Cristo antes de sua ascensão, é o que é preciso para
adicionar alguém à Igreja - o corpo de Cristo.21 1Coríntios 12.13 explica isso: “Pois, em
um só Espírito, todos nós fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos,
quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um só Espírito.”

A obra do Espírito começou no dia de Pentecostes - Atos 2. À medida que Lucas


explica a expansão do cristianismo e o crescimento do corpo de Cristo ao longo do livro
de Atos, um personagem principal aparece; não é Pedro ou Paulo, mas o Espírito
Santo. Uma grande parte do ministério do Espírito em Atos é encher o crente, levando-

20 Reid, Evangelism Handbook [Manual de Evangelismo], 22-24.


21 Charles Ryrie, Basic Theology [Teologia Básica] (Chicago: Moody Press, 1999), 417.

19
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?

os a falar corajosamente de Jesus Cristo (At 4.31). De fato, toda vez que alguém é
cheio do Espírito em Atos, os incrédulos se arrependem e são convertidos a Cristo.
Efésios 5.18 ordena que o crente seja “cheio do Espírito” e não “se embriague com
vinho”. “A natureza da vida do cristão é estar em contraste com a natureza do bêbado
descontrolado. O significado de cheio... é controlado.”22 O grau em que um crente se
submete ao controle do Espírito Santo será o grau em que ele é evangelisticamente
eficaz.

O Espírito é aquele que faz o descrente voltar seu coração para Deus. Em Atos 5.32,
Pedro e os apóstolos disseram: “Ora, nós somos testemunhas destes fatos, e bem
assim o Espírito Santo.” Jesus disse em João 15.26 que o Espírito daria testemunho
dele e em João 16.8 que o Espírito convenceria o mundo de “pecado, justiça e juízo”. O
Espírito Santo é central para a obra da salvação ao mover um incrédulo para o corpo
de Cristo. ele regenera (Tt 3.5), habita (Rm 8.9; 1Co 3.16) e ele sela (Ef 1.13; 4.30; 2Co
1.22).23

Nenhuma definição completa de evangelismo não deve omitir a pessoa e a obra do


Espírito Santo.

O evangelismo, então, é a comunicação do evangelho de Jesus Cristo a um incrédulo


através do controle e poder do Espírito Santo com o objetivo de vê-los confiar em
Jesus Cristo. Os seguidores de Cristo devem compartilhar o evangelho (At 1.8); o
mundo depende disso para ser salvo (Rm 10.13-15).

22Paul Enns, The Moody Handbook of Theology [Manual de Teologia Moody] (Chicago: Moody Press, 1989), 278.
23Henry C. Thiessen, Lectures in Systematic Theology [Palestras em Teologia Sistemática] (Grand Rapids:
Eerdmans Publishing, 1979), 252, 255.

20
Artigo 3: Todo cristão deve evangelizar?
por Dr. Timothy Beougher24

A Bíblia exige que todo cristão evangelize? Como nós respondemos a esta questão vai
impactar radicalmente a forma de ministério pastoral e discipulado diário, por isso é
imperativo responder corretamente.

RESPONDENDO DOIS ARGUMENTOS COMUNS

A resposta da Escritura é “sim”. Mas eu tenho encontrado duas principais razões por
que alguns argumentam que a resposta é “não”.

1. A Grande Comissão foi somente dada aos apóstolos e por isso não se aplica a nós
hoje.

Primeiro, alguns argumentam que a Grande Comissão foi dada apenas aos apóstolos
e, portanto, não se aplica a nós hoje. Embora seja verdade que contextualmente a
Grande Comissão (Mt 28.18-20) foi dada aos apóstolos, não foi somente para os
apóstolos. O comando “ensinando-os a observar tudo o que eu lhes ordenei”
certamente inclui a ordem de fazer discípulos. D.A. Carson observa que a Grande
Comissão não registra Jesus dizendo aos apóstolos: “... ensinando-os a obedecer a
tudo o que eu lhes ordenei, exceto por esse mandamento de fazer discípulos.
Mantenham suas mãos sujas longe disso, já que pertence somente a vocês, meus
queridos apóstolos.”25

O que Jesus ordenou aos apóstolos? Entre muitas outras coisas, ele ordenou que
pregassem o evangelho a toda criatura. Portanto, este mandamento de Jesus dado aos

24
Tim Beougher tem servido como Billy Graham Professor of Evangelism e Deão Associado da Billy Graham School
na Southern Baptist Theological Seminary desde 1996. Ele é autor de numerosas obras, incluindo
Richard Baxter and Conversion [Richard Baxter e a Conversão] (Christian Focus, 2007) e Overcoming Walls to
Witnessing [Superando Barreiras no Testemunhar] (BGEA, 1993).
25 D.A. Carson, “Ongoing Imperative for World Mission,” [Imperativo Contínuo para a Missão Mundial] In: The Great

Commission: Evangelicals and the History of World Missions [A Grande Comissão: Evangélicos e a História das
Missões Mundiais], editado por Martin I. Klauber e Scott M. Manetsch (Broadman & Holman, 2008), 179.

21
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?

apóstolos também se aplica a todo crente hoje. Além disso, devemos tentar limitar a
promessa de Jesus: “Eu estou convosco sempre, até o fim dos tempos”, como sendo
aplicado apenas aos apóstolos, ou se aplica a nós hoje? Certamente isso se aplica a
nós hoje!

2. Uma vez que apenas algumas pessoas têm o “dom de evangelismo”, nem todos são
obrigados a testemunhar.

Em segundo lugar, alguns afirmam que, como apenas algumas pessoas têm o “dom do
evangelismo”, nem todos são obrigados a testemunhar. O espaço proíbe uma
discussão completa sobre o tema “o dom do evangelismo”, mas algumas observações
se fazem necessário.

Primeiro, o evangelismo não está registrado nas listas de dons espirituais comuns nas
Escrituras; em vez disso, o ofício de evangelista é mencionado em Efésios 4.11. Alguns
(inclusive eu) questionam se “evangelismo” deve ser visto como um dom espiritual
distinto, como dar, servir e assim por diante.

Além disso, mesmo que evangelismo seja um dom espiritual, é também um


mandamento para todos os crentes, assim como dar, servir e assim por diante. Não ter
“o dom do evangelismo” não desculpa o crente de seu chamado de compartilhar Cristo
com os outros.

22
QUATRO RAZÕES BÍBLICAS POR QUE TODO CRISTÃO DEVERIA EVANGELIZAR

A Escritura ordena a que todo crente deva evangelizar? Eu argumento que “sim”, pelas
quatro razões seguintes.

1. Os mandamentos para testemunhar são dados a todos os seguidores de Cristo

Primeiro, os mandamentos para testemunhar são dados a todos os seguidores de


Cristo. Atos 1.8, por exemplo, diz: “mas recebereis poder, ao descer sobre vós o
Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a
Judéia e Samaria e até aos confins da terra”. Esse verso dá uma ordem do Senhor
ressuscitado para todos os seus seguidores. Como John Stott argumenta: “Não
podemos restringir o mandamento de testemunhar mais do que podemos restringir a
promessa do Espírito.”26

Ao escrever aos crentes de Coríntios, Paulo sustentou:

“Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e
nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens as suas transgressões, e
nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores em nome de
Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em nome de Cristo, pois,
rogamos que vos reconcilieis com Deus” (2Co 5.18-20).

Não são apenas os apóstolos que têm o ministério da reconciliação e o papel dos
embaixadores de Cristo - todos os crentes o têm! Outros versos que refletem sobre
este ministério de testemunho para todos crentes incluem Mateus 5.14-16, 1 Pedro
3.15, Filipenses 2.14-16, Colossenses 4.5-6 e 1 Pedro 2.9.27

26John R.W. Stott, Our Guilty Silence [Silêncio Culpado] (Inter-Varsity Press, 1967), 58.
27Enquanto o contexto de 1 Pedro 3.15 é o que podemos chamar de “evangelismo passivo” (respondendo a uma
pergunta que o descrente faz), esse mandamento é dado a todos os crentes “de estar pronto” quando perguntado.

23
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?

2. O exemplo de “crentes comuns” na igreja primitiva

Em segundo lugar, considere o exemplo dos “crentes comuns” na igreja primitiva. Ao


seguirmos o enredo da igreja primitiva, é óbvio que os apóstolos procuraram
evangelizar e discipular os outros. Mas também vemos crentes comuns compartilhando
o evangelho.

Após o apedrejamento de Estevão, lemos em Atos 8.1: “Naquele dia, levantou-se


grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram
dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria”. E o que esses crentes comuns fizeram?
Atos 8.4 nos diz: “Entrementes, os que foram dispersos iam por toda parte pregando
(euangelizomenoi) a palavra”. Eles passaram a compartilhar o evangelho com os
outros.

O famoso historiador Kenneth Scott Latourette faz esta observação sobre a


propagação do evangelho:

“Os agentes principais na expansão do cristianismo parecem não ter sido aqueles que
fizeram dela uma profissão ou uma parte importante de sua ocupação, mas homens e
mulheres que ganharam seu sustento de alguma maneira puramente secular e falaram
de sua fé àqueles a quem conheceram dessa maneira natural”.28

3. A mordomia que o evangelho nos impõe.

Terceiro, considere a mordomia que o evangelho nos impõe. Jesus nos lembra: “Todo
aquele a quem muito foi dado, muito será cobrado” (Lc 12.48). Não nos foi dado
nenhum presente maior do que o evangelho, e não temos uma mordomia maior do que
compartilhar essa mensagem de boas novas com os outros. Paulo expressa bem em 2
Coríntios 5.14: “porque o amor de Cristo nos constrange.”

28
Kenneth Scott Latourette, A History of the Expansion of Christianity [A História da Expansão do Cristianismo]
(Harper & Brothers, 1937), 1:116.

24
4. O “trabalho do ministério” em Efésios 4.

Finalmente, considere o que Paulo chama de “a obra do ministério” em Efésios 4.


Neste capítulo, Paulo observa diferentes ofícios na igreja (apóstolos, profetas,
evangelistas, pastores e mestres). Ele declara parte da razão pela qual Deus
“presenteia” a igreja com tais líderes para que eles “equipem os santos para a obra do
ministério, para edificar o corpo de Cristo” (Ef 4.2). E certamente devemos incluir o
evangelismo na “obra do ministério”.

Efésios 4 levanta um desafio para os pastores: Estamos treinando nosso povo para
fazer evangelismo? Estamos dando um exemplo para eles em nosso próprio
evangelismo pessoal? Algumas pessoas fogem da ideia de evangelismo porque elas
assumem que isso significa que elas devem ser antipáticas e agressivas. Existem
muitas abordagens para compartilhar o evangelho. O único método fixo é a mensagem:
falar aos outros sobre o evangelho de Jesus Cristo.

CONDUZIDO PELA EXORTAÇÃO E ESPECIALMENTE PELO EXEMPLO

Pastores, podemos dizer ao nosso povo com confiança: “vocês são chamados para ser
uma testemunha de Cristo em palavras e atos”. Como líderes, vamos desafiar outros
crentes não apenas com nossas exortações, mas também com nosso exemplo29. Nós
temos grande confiança no evangelho, “pois é o poder de Deus para a salvação de
todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do Grego” (Rm 1.16).

29Entre muitos recursos para evangelismo pessoal, eu fortemente recomendo: Will Metzger, Tell the Truth
[Conte a Verdade]; Mark Dever, The Gospel & Personal Evangelism [O Evangelho e o Evangelismo Pessoal];
and J.I. Packer, Evangelism and the Sovereignty of God [Evangelismo e a Soberania de Deus].

25
Aula 1: O que dizemos aos não-cristãos?

26
Aula 2: Como apresentar o evangelho
Perguntas a considerar:

• Quantas vezes você ouviu o evangelho apresentado de uma forma que o torna
complicado de entender?
• Qual é o modo mais claro de apresentar o evangelho para um descrente?
• Quão importantes são as ilustrações em comunicar a verdade?
• Você alguma vez já pensou que escutar pode ser muito importante para
apresentar o evangelho?
• Qual o papel do arrependimento no processo de conversão?

Notas de aula: Como apresentar o evangelho Dr. R. Larry Moyer

Se você for consistente e claro no evangelismo, você deve ter um método básico
que você possa usar para apresentar o evangelho. Esse método ajudará a torná-lo mais
confiante em conversar com outras pessoas sobre o Senhor. Sabendo como você vai
apresentar o evangelho, você pode relaxar, aproveitar a conversa, transformá-la em
coisas espirituais e explicar claramente o evangelho. Antes de fazer:

Leve 5-30 minutos para _________________________ o indivíduo.

Direcione a conversa para questões _________________________________.

Use a ______________________________________________.

Más Notícias/Boas Notícias

TEXTO VERSO ILUSTRAÇÃO

Má Notícia Nº 1 Você é um pecador Romanos 3.23 Pedra


Má Notícia Nº 2 O salário do pecado é a Romanos 6.23 Salário
morte
Boa Notícia Nº 1 Cristo morreu por você Romanos 5.8 Câncer
Boa Notícia Nº 2 Você pode ser salvo Efésios 2.8-9 Cadeira
através da fé

27
Aula 2: Como apresentar o evangelho

Pergunta de abertura:
Alguém já pegou a Bíblia e lhe mostrou como você pode saber que vai para o
céu? Você me permite?

Ponto de transição:
A Bíblia contém más notícias e boas notícias. A má notícia diz respeito a você e
a mim. A boa notícia diz respeito a Deus. Vamos discutir as más notícias
primeiro.

Más notícias

Nº 1 Você é pecador.

a. O verso: Romanos 3.23 diz: “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”.

b. A ilustração: Quando a Bíblia diz que você e eu pecamos, isso significa que
mentimos, cobiçamos, odiamos, assassinamos, etc. A palavra pecado na Bíblia
na verdade significa “errar o alvo”. Em outras palavras, Deus é perfeito e nós
não somos. Deixe-me explicar. Suponha que cada um de nós pegasse uma
pedra e eu lhe dissesse: “Vamos jogar nossas pedras e atingir o Pólo Norte”.
Bem, você poderia jogar mais longe do que eu, ou eu poderia jogar mais longe
do que você, mas nenhum de nós iria atingir o Pólo Norte. Nós dois ficamos
aquém. Quando a Bíblia diz: “Todos pecaram e carecem da glória de Deus”,
isso significa que Deus estabeleceu um padrão. Esse padrão é o próprio Deus.
Um Deus santo tem requisitos para um relacionamento com ele que nenhum de
nós pode satisfazer. Precisamos ser tão santos como ele é santo, tão perfeito
quanto ele é perfeito.
Mas não importa quão religiosamente vivamos, quão bons somos ou quão duro
trabalhamos, não podemos atender a esse padrão. Todos nós pecamos e
carecemos da glória de Deus.

Nº 2 A penalidade pelo pecado é a morte.

a. O verso: Romanos 6.23 diz: “Porque o salário do pecado é a morte”.

b. A ilustração: Suponha que você trabalhou para mim e paguei cinquenta dólares.
Cinquenta dólares seria seu salário, é o que você ganhou. A Bíblia está dizendo que,
porque você e eu pecamos, estávamos na morte, vamos morrer e seremos totalmente
separados de Deus.

28
Ponto de transição:

Como não havia como você chegar a Deus, Deus decidiu vir até você.

Boas notícias

Nº 1 Cristo morreu por você.

a. O verso: Romanos 5.8 diz: “Mas Deus prova seu próprio amor para conosco, pelo
fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores”.
b. A ilustração: Digamos que você esteja em um hospital morrendo de câncer. Eu
poderia vir até você e dizer: “Quero fazer algo por você”, vamos tirar as células
cancerígenas do seu corpo e colocá-las no meu corpo. O que aconteceria comigo?
(Pausa) certo, eu morreria. O que aconteceria com você? Certo, você viveria... Por
quê? Sim, porque peguei a coisa que estava causando sua morte, coloquei sobre mim
e morri como seu substituto. A Bíblia está dizendo que Cristo veio ao mundo, ele
tomou a penalidade pelos pecados que causaram a sua morte, ele colocou sobre si
mesmo, e ele realmente morreu em seu lugar. Ele foi seu substituto. No terceiro dia
ele ressuscitou para provar que suas afirmações sobre ser Deus eram verdadeiras,
ele ressuscitou para provar que o pecado, a morte e o diabo haviam sido
conquistados.

Nº 2 Você pode ser salvo por meio da fé.

a. O verso: Efésios 2.8-9 diz: “Porque pela graça sois salvos por meio da fé, e isto
não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”.

b. A ilustração: A palavra graça significa “favor imerecido”. Ser salvo quer dizer ser
“resgatado ou liberto da penalidade do pecado.” Agora, você pode estar se
perguntando o que é fé? A palavra fé significa confiança. Por exemplo, você não
estava aqui quando a cadeira foi feita, você não examinou como ela foi construída
antes de você se sentar nela. Você está simplesmente confiando na cadeira para
segurá-lo. Colocar sua fé em Cristo significa confiar nele para salvá-lo. Não confiando
em sua membresia na igreja, em sua boa vida ou em seu batismo para levá-lo ao céu,
mas confiando em Cristo e somente nele. Sua confiança deve estar no único que
morreu e ressuscitou. É aí então que Deus lhe dá o céu como um presente gratuito.

Conclusão
Pergunta:
“há alguma coisa impedindo você de confiar em Cristo agora?”

Se uma pessoa parece hesitante, pegue um pedaço de papel e um número de um a


cinco no lado esquerdo. Peça-lhe para listar algumas coisas que ele acha que estão
impedindo-o de confiar em Cristo agora, então responda a cada objeção.

*Nota: Se o Espírito Santo não o trouxer para Cristo, você não pode, mas você pode
prosseguir. Você pode ajudá-lo a pensar no que o impede de confiar em Cristo.

29
Aula 2: Como apresentar o evangelho

Decisão para confiar em Cristo:

“Você gostaria de orar agora mesmo e dizer a Deus que você está confiando em seu
Filho como seu Salvador?”

*Nota: Eu pedi a ele para me dizer como eu posso me tornar um cristão. Certifique-se
de que ele entenda isso. Se entender, eu faço uma das duas coisas. Eu o guio em
oração ou o faço orar. Mas antes de fazer qualquer um dos dois, certifique-se de que
ele entenda que fazer uma oração nunca salvou ninguém. A oração é somente o meio
pelo qual ele diz a Deus que está confiando em Jesus Cristo como seu Salvador.

Oração: “Querido Deus, eu venho a ti agora. Eu sei que sou pecador. Nada que eu sou
ou faça me faz merecedor do céu. Creio que Jesus Cristo morreu por mim e ressuscitou
da sepultura. Neste momento, confio somente em Jesus Cristo como meu Salvador. (Se
apropriado, acrescente: Não estou confiando em minha boa vida ... meus melhores
esforços ... meu batismo ... minha membresia na igreja para me levar para o céu. Estou
confiando somente em Cristo para me salvar.) Obrigado pelo perdão e pela vida eterna
que tenho agora. Em nome de Jesus, amém.”

Segurança:
Imediatamente cubra a segurança de salvação com ele como explicado na aula 12 sobre
acompanhamento.

Más Notícias/Boas Notícias


TEXTO VERSO ILUSTRAÇÃO

Má Notícia Nº 1 Você é pecador Romanos 3.23 Pedra

O salário do pecado é a
Má Notícia Nº 2 Romanos 6.23 Salário
morte
REVISÃO

Boa Notícia Nº 1 Cristo morre por você Romanos 5.8 Câncer

Você pode ser salvo pela


Boa Notícia Nº 2 Efésios 2.8-9 Cadeira

30
E quanto ao arrependimento?

As pessoas às vezes perguntam: “Onde se encaixa o arrependimento?”

1. O arrependimento é essencial para a salvação. No entanto, o arrependimento,


quando usado no contexto evangelístico das Escrituras, significa “mudar a sua
mente sobre o que está impedindo você de confiar em Cristo e confiar nele para
salvá-lo.”

2. Existem objetos diferentes para a palavra arrependimento. Às vezes, são ídolos e


obras mortas e pecado, pecados particulares, ou Deus. E, às vezes, é uma visão
errada de Cristo. Quando um indivíduo muda sua mente sobre o que quer que o
impedisse de confiar em Cristo, e confia nele para salvá-lo, tanto o
arrependimento quanto a fé ocorreram.

3. A palavra arrependimento é às vezes usada de forma intercambiável com a


palavra crer. O único livro do Novo Testamento escrito especificamente para nos
dizer como podemos saber que estamos indo para o céu é o Evangelho de João.
A palavra crer é usada 98 vezes no livro. A palavra arrepender não é usada uma
vez. Por quê? Apresentar claramente o Evangelho é apresentar a necessidade de
arrependimento, seja a palavra arrepender usada ou não. Uma vez que não é
possível para um incrédulo confiar em Cristo para salvá-lo, sem mudar de mente,
cada vez que você apresenta o Evangelho, pede a alguém para confiar em Cristo,
você pedirá a eles que se arrependam.”

Portanto, quando um indivíduo admite que ele é um pecador, entende que Cristo morreu
e ressuscitou, e coloca sua confiança em Cristo para salvá-lo, tanto o arrependimento
quanto a fé ocorreram.

31
Aula 2: Como apresentar o evangelho

Artigo 4: Múltiplos métodos


por Matt Smith

Já foi dito e citado frequentemente: “Os métodos são muitos, os princípios são
poucos. Os métodos sempre mudam, os princípios nunca.” A maioria está incerta sobre
quem disse isso pela primeira vez, mas a realidade é verdadeira e se aplica a muitas
situações. Não é diferente em relação ao evangelismo - compartilhar o evangelho de
Jesus Cristo. Para que o evangelismo aconteça, a mensagem central do evangelho deve
ser comunicada - o homem pecou, Jesus Cristo morreu, foi sepultado e ressuscitou para
que o homem pudesse ter perdão e ser restaurado em seu relacionamento com Deus
através da fé em Jesus. Esta mensagem não pode, não deve ser alterada. Mas o modo
como a mensagem é comunicada pode e deve mudar. Em um determinado contexto, um
ou mais dos métodos abaixo podem ser apropriados e mais úteis que os outros. Aqui
está uma amostra de alguns métodos populares de compartilhar Jesus Cristo.

The Story30 [A História]


The Story é uma maneira de compartilhar o evangelho a um incrédulo
explicando a grande metanarrativa da Escritura. É uma maneira de capturar a
mensagem abrangente de toda a Bíblia através de uma história e enfatizar a
beleza do que acontece através da redenção de Jesus. Como o mundo todo
começou? Por que é assim? Existe alguma esperança? Isso nunca terminará? A
história responde a estas perguntas através de quatro cenas.

1. Criação
“No princípio criou Deus os céus e a terra”. Gênesis 1.1
“Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de
eternidade a eternidade, tu és Deus”. Salmo 90.2
Esta primeira cena da história é sobre Deus, que sempre existiu e criou
tudo bom, cuja obra-prima era homem e mulher. Por seu desígnio tudo
estava em harmonia e funcionava como era pretendido. Mas algo deu
errado…
2. Queda
“Não há justo, nem um sequer”. Romanos 3.10
“O mundo inteiro é culpado diante de Deus”. (NLT)
A segunda cena explica o que deu errado - o homem pecou; ele
desobedeceu a Deus. Adão e Eva comeram a fruta e decidiram que eles,
não Deus, determinariam o certo e o errado. Essa ação trouxe as
consequências do pecado, do mal, do sofrimento, da dor e da morte.
Também criou uma necessidade porque a morte que foi causada não era
apenas física, mas espiritual - separação eterna de Deus. Mas este não é
o fim da história…

30
De http://viewthestory.com/ http://viewthestory.com/ Para mais detalhes para descobrir como fazer download de
apps ou aprender sobre treinamento aprofundado nesse método, visite: http://whythestory.com/

32
3. Resgate
Jesus disse que ele veio “Buscar e salvar o perdido.” Lucas 19.10
“Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos
injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no
espírito”. 1 Pedro 3.18

“O qual se entregou a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar


deste mundo perverso, segundo a vontade de nosso Deus e Pai”. Gálatas 1.4
Esta é a parte da história em que as coisas começam a ficar boas novamente.
Deus prometeu a Adão e Eva em Gênesis 3, que ele um dia enviaria alguém ao
mundo que os salvaria das consequências do pecado. Jesus foi o cumprimento
dessa promessa. Ele era Deus em carne, nascido de uma virgem, viveu uma vida
sem pecado, morreu na cruz como pagamento pelo pecado do homem e
ressuscitou no terceiro dia. Mas a história fica ainda melhor…
4. Restauração
“Vi novo céu e nova terra, pois, o primeiro céu.… Deus habitará com eles. Eles
serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles. (...) E lhes enxugará dos
olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem
dor, porque as primeiras coisas passaram.” Apocalipse 21.1,3-4
Essa cena final da história ainda é futura; isso ainda não aconteceu. Mas um dia,
para todos aqueles que confiam somente em Jesus, todas as coisas serão
renovadas. A criação original de Deus florescerá e não haverá mais pecado,
doença, dor ou morte. Nós vamos viver com Deus para sempre em um
relacionamento perfeito que foi restaurado.

Qual é a sua parte na história? É o resgate somente pela fé - simples confiança em Jesus
Cristo para salvá-lo. Efésios 2.8-9 diz: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e
isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie”. Ao
invés de acreditar que você pode se salvar do pecado, você deve transferir sua confiança
para o resgate de Jesus.

Como você deve responder? Deus está convidando você para fazer parte da história que
ele está escrevendo e ele está oferecendo a salvação para você hoje. Você pode abraçar
o resgate de Deus simplesmente por:

• Admitir sua necessidade de Deus


• Pedir a ele para perdoá-lo e ajudá-lo a se arrepender de seus pecados
• Confiar somente em Jesus Cristo para resgatá-lo
• Seguir Jesus Cristo, o Rei de sua vida, em fé desse dia em diante

33
Aula 2: Como apresentar o evangelho

Caminho de Romanos31
O Caminho de Romanos é um modo de explicar as boas novas da salvação usando
versos do livro de Romanos. É um simples, ainda assim poderoso método de explicar
porque necessitamos de salvação, como Deus providencia salvação, como podemos
receber salvação e quais os resultados da salvação.

1. Romanos 3.23

“Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”.

2. Romanos 6.23

“Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
em Cristo Jesus, nosso Senhor”. A punição que nós merecemos por nossos pecados
é a morte. Não apenas física, mas também morte eterna!
porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna
em Cristo Jesus, nosso Senhor”. A punição que nós merecemos por nossos
pecados é a morte. Não apenas física, mas também morte eterna”.

Compartilhe Jesus sem medo32


Este método de evangelização concentra sua atenção em um conjunto de
perguntas introdutórias para descobrir onde a pessoa com quem você está
falando está em sua jornada espiritual. Então, com a permissão dela, você mostra
um conjunto de versículos bíblicos que explicam o evangelho. Você pede que ela
leia cada um e lhe diga o que esse versículo significa para ela. Finalmente, você
faz uma série de perguntas finais para se certificar de que ela entendeu o
evangelho.

Perguntas introdutórias:

1. Você tem algum tipo de crença espiritual?


2. Para você, quem é Jesus Cristo?
3. Você acredita em céu e inferno?
4. Se você morrer, para onde você iria?
5. Se o que você crê não for verdadeiro, o que você iria querer
saber?

31
Dave Early e David Wheeler. Evangelism Is [Evangelismo É] (Nashville: B&H Academic, 2010) 331-332.
32
William Fay. Share Jesus Without Fear [Compartilhe de Jesus Sem Medo] (Nashville: B&H Publishers, 1999).

34
Compartilhe as Escrituras:

1. Romanos 3.23 “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus”.


2. Romanos 6.23 “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom
gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
3. João 3.3 “A isto, respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te
digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de
Deus”.
4. João 14.6 “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e
a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim’”.
5. Romanos 10.9-11 “ Se, com a tua boca, confessares Jesus como
Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os
mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com
a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto a Escritura diz:
Todo aquele que nele crê não será confundido”.
6. Apocalipse 3.20 “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a
minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e
ele, comigo”.

Uma boa ideia sugerida por Bill Fay é levar consigo uma Bíblia do tamanho de
bolso e escrever nas margens de cada verso o próximo verso da lista. Por exemplo,
ao lado de Romanos 3.23, você escreverá Romanos 6.23 e, ao lado de Romanos
6.23, escreverá João 3.3, etc. Isso ajudará você a lembrar aonde ir em seguida, caso
esteja nervoso ao falar com alguém sobre Cristo, que é frequentemente o caso.

Perguntas de comprometimento:

1. Você é um pecador?
2. Você quer perdão de pecados?
3. Você acredita que Jesus morreu na cruz por você e ressuscitou?
4. Você está disposto a entregar sua vida a Jesus Cristo?
5. Você está pronto para convidar Jesus em sua vida e seu coração?

Se uma pessoa responder positivamente a essas perguntas, peça-lhe que confie


somente em Cristo para o perdão de seus pecados. Você pode querer conduzir a pessoa
em uma oração que os ajudará a verbalizar seu compromisso. Mas lembre-se sempre e
enfatize que a oração não é o que salva; confiar em Cristo é o que a salva.

35
Aula 2: Como apresentar o evangelho

O Caminho do Mestre33
Esse método de evangelização coloca forte ênfase nos dez mandamentos
e em uma série de perguntas para ajudar a revelar a necessidade de salvação.
Quatro Pedras Fundamentais são representados pelas letras: WDJD, que se
remetem à pergunta What Would Jesus Do? [O que faria Jesus?].

W [What]: Você considera a si mesmo uma boa pessoa?

D [Did]: Você acha que guarda os Dez Mandamentos?


Êxodo 20.3-17
“Não terás outros deuses diante de mim. Não farás para ti imagem
de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos
céus, nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não
as adorarás, nem lhes darás culto; porque eu sou o SENHOR, teu
Deus, Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos até à
terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço
misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam
os meus mandamentos. Não tomarás o nome do SENHOR, teu
Deus, em vão, porque o SENHOR não terá por inocente o que
tomar o seu nome em vão. Lembra-te do dia de sábado, para o
santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o
sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum
trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo,
nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas
portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e
a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou;
por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou.
Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na
terra que o SENHOR, teu Deus, te dá. Não matarás. Não
adulterarás.
Não furtarás. Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. Não
cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu
próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o
seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo”.

Geralmente é bom se concentrar particularmente em mentir, roubar e


cobiçar. A maioria das pessoas identifica facilmente estes como pecado e
está disposta a admitir que os cometeu.

33
Kirk Cameron e Ray Comfort. The Way of the Master [O Caminho do Mestre] (Wheaton, IL: Tyndale, 2002). Para
mais detalhes, visite www.thewayofthemaster.com

36
J [Jesus]: No dia do Julgamento, se Deus julgar você pelos Dez
Mandamentos, você será inocente ou culpado?

D [Do]: Destino—você vai para o céu ou inferno?

Se a pessoa disser “inferno”, então uma pergunta naturalmente a seguir é: “Isso


preocupa você?” Neste ponto, você pode explicá-la o que Jesus fez por ela, pagando
pelo pecado e oferecendo perdão por meio da confiança nele.

• Esse método pode ser sumarizado como segue:


• Use a lei para apontar o pecado.
• Explique a eles que por sua própria admissão eles são mentirosos,
ladrões e adúlteros que têm amado mais outras coisas do que a Deus.
• Pergunte: “No dia do julgamento, você será culpado ou inocente?”
• Pergunte: “Para onde você vai quando morrer? Isso te preocupa?”

FAITH [FÉ]34
Esse método de evangelismo utiliza o acrônimo FAITH [letras que formam a
palavra fé, em inglês] para mais facilmente lembrar o que comunicar a um
descrente. O que é FAITH [fé]? [N.T.: O acróstico exige que as palavras sejam
mantidas em inglês.]
F é Forgiveness (perdão), pois
Todos pecaram e necessitam do perdão de Deus.
Romanos 3.23 “pois todos pecaram e carecem da glória de
Deus”. Perdão de Deus está em Jesus somente.
Efésios 1.7 “no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão
dos pecados, segundo a riqueza da sua graça”.
A é Available (disponível)
O perdão de Deus está disponível para todos.
João 3.16 “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu
Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna”.
Perdão de Deus está disponível, mas não é automático.
Mateus 7.21 “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino
dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos
céus”.
I é Impossible (impossível)
De acordo com a Bíblia, é impossível ir para o céu por nós mesmos.
Efésios 2.8-9 “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não

34
http://stevegrose.tripod.com/id12.html

37
Aula 2: Como apresentar o evangelho

vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se


glorie”.
Então, como pode um pecador ter vida eternal e entrar no céu?
T é Turn (voltar)
Se você estivesse descendo a estrada e alguém lhe pedisse para voltar, o
que ele ou ela estaria lhe pedindo para fazer? (Mude a direção).
Voltar significa arrepender-se. Afaste-se do pecado e do ego.
Lucas 13.3 “Se, porém, não vos arrependerdes, todos igualmente
perecereis”.
Se volte somente para Jesus como seu Salvador e
Senhor.
João 14.6 “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao
Pai senão por mim”.
Aqui está a maior notícia de todas.
Romanos 10.9-10 “Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor
e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás
salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa
a respeito da salvação”.
H é Heaven (Céu)
Céu é um lugar onde nós moraremos com Deus para sempre.
João 14.3 “E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos
receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós
também”.
Vida Eterna começa agora com Jesus.
João 10.10 “eu vim para que tenham vida e a tenham em
abundância.” H pode ser visto também por how [como]. Como uma
pessoa pode ter o perdão de Deus? Romanos 10.13 “Porque todo
aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
Confiando em Jesus como seu Salvador e Senhor.

O ABC da Salvação35
Quando alguém está claramente pronto para entregar sua vida a Cristo, os ABCs
são uma maneira simples de ajudá-los a entender o que é necessário para que eles
cruzem a linha da fé. [N.T.: O acróstico exige que as palavras sejam mantidas em inglês.]

A. Admita minha necessidade. (Lc 18.9-14)


B. Believe (creia) completamente em Cristo. (Jo 3.16)
C. Clame por ele para tomar controle de minha vida e me salvar. (Rm 10.13)
D. Do (faça) tudo que ele pedir. (Mt 7.21)

Tenha em mente que qualquer método que você use no evangelismo deve conter
a mensagem central do evangelho. Neste artigo, pretendi simplesmente delinear vários

35
Dave Early e David Wheeler, Evangelism Is… [Evangelismo É...] (Nashville: B&H Academic, 2010), 334.

38
métodos diferentes conforme eles aparecem. Você pode querer modificar certos
elementos desses métodos se achar que a terminologia é confusa. Por exemplo, o
método Compartilhar Jesus sem Medo lhe diz para perguntar a uma pessoa se ela está
pronta para “convidar Jesus ao coração”. Você pode mudar isso para perguntar se ela
está pronta para confiar somente em Cristo para o perdão dos pecados, porque a Bíblia
nunca usa a frase “convidar Jesus para o seu coração” em relação à salvação.36 É mais
simples e menos confuso manter a terminologia da Bíblia. Além disso, evite adotar certas
frases nesses métodos que são teologicamente incorretas. Frases como “volte do seu
pecado” ou “entregue sua vida a Cristo” anexam um componente das obras à salvação.
Sim, uma pessoa que confia somente em Cristo deve e vai entregar sua vida a Cristo;
mas isso vem depois da conversão, não antes. Afastar-se do pecado também não é algo
que a Bíblia torna condicional à salvação; é, antes, o fruto da salvação.37 O
arrependimento significa mudar de ideia e estar disposto a admitir seu pecado aos olhos
de Deus;38 não se trata de parar fisicamente seu pecado para ser salvo. Há certamente
alguns recursos nos métodos descritos anteriormente que você desejará evitar. No
entanto, cada um deles possui algumas qualidades muito boas que você pode querer
considerar usar com pessoas diferentes ao tentar compartilhar Cristo. Certifique-se de
“não jogar o bebê fora junto com a água suja” como diz o velho ditado.

36R. Larry Moyer, 21 Things God Never Said [21 Coisas que Jesus Nunca Disse] (Grand Rapids: MI, Kregel
Publications, 2004) 41.
37 Ibid. 97.
38 Ibid. 101.

39
Aula 2: Como apresentar o evangelho

Artigo 5: Por favor, mantenha-o simples 39


por Dr. R. Larry Moyer

“Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos
pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia,
segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas e, depois, aos doze”. 1 Coríntios 15.3-5

Nós vivemos em um mundo de mensagens conflitantes. As revistas de saúde nos


alertam para fazer mais exercícios. Os estádios esportivos anunciam seus eventos
transmitindo: “Chegue cedo e estacione perto. Evite uma longa caminhada.” Um anúncio
médico avisou sobre o perigo encontrado na gema do ovo. Um artigo em uma revista
médica insiste que o aviso sobre a gema é uma piada.

Quando se trata da mensagem mais importante, o Evangelho, não deve haver confusão.
Paulo declara: “Eu entreguei a você… o que também recebi.” Em Gálatas 1.12, Paulo
explica que ele não recebeu a mensagem de outras pessoas, mas de Deus. Essa
mensagem gira em torno de quatro coisas que dizem respeito a Cristo. (1) Cristo morreu
por nossos pecados de acordo com as Escrituras; (2) Cristo foi sepultado; (3) Cristo
ressuscitou no terceiro dia de acordo com as Escrituras; e (4) Cristo foi visto.

Seu enterro foi prova de que ele morreu. O fato de que ele foi visto é a prova de que ele
ressuscitou. Ele é o Evangelho: Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou dos
mortos.

Por que muitas vezes tornamos a mensagem mais difícil? Será que começamos a
compartilhar mais sobre a Bíblia e menos sobre o Evangelho? Começamos a conversar
com pessoas perdidas sobre como viver a vida cristã antes de explicar como entrar nela.
Será que muitas vezes esquecemos a mensagem real? Uma pessoa perdida no pecado
precisa ouvir a Boa Nova de Cristo: Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou dos
mortos.

Durante as Olimpíadas de 1960, o Saturday Evening Post publicou um desenho animado


retratando o vencedor de uma antiga maratona. O mensageiro da vitória tropeça, caindo
prostrado diante do rei em um palácio. De repente, um olhar perplexo aparece em seu
rosto e ele solta: “Eu esqueci a mensagem.”

A Bíblia contém sessenta e seis livros, mas o evangelho contém apenas nove palavras:
Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou dos mortos.

À medida que você tem a oportunidade de apresentar as Boas Novas, peça a Deus para
ajudá-lo a apresentá-la como o apóstolo Paulo - clara e simplesmente

39 Esse artigo foi extraído de R. Larry Moyer 31 Days With the Master Fisherman: A Daily Devotional on Bringing

Christ to Others [31 Dias com o Mestre dos pescadores: Um devocional diário sobre levar Cristo aos outros] (Grand
Rapids: Kregel Publications, 1997), 13-14. Usado com permissão.

40
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo
Perguntas a considerar

• O que escutar tem a ver com evangelismo? Evangelismo não é somente sobre
falar às pessoas e compartilhar o evangelho?
• Qual exemplo de escutar pode ser encontrado no ministério de Jesus?
• Qual a diferença entre ouvir e escutar?
• Há diferentes níveis de escuta e como entender isso ajuda em evangelismo?
• Quais são algumas dicas de escutar para entender?

Notas de aula: Aprender a escutar no evangelismo Dr. David Wheeler

Escritura: João 4.7-14; 27-35

“Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos. Então, lhe disse a
mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher
samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)? Replicou-lhe Jesus:
Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe
pedirias, e ele te daria água viva. Respondeu-lhe ela: Senhor, tu não tens com que a
tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva? És tu, porventura, maior do que
Jacó, o nosso pai, que nos deu o poço, do qual ele mesmo bebeu, e, bem assim,
seus filhos, e seu gado? Afirmou-lhe Jesus: Quem beber desta água tornará a ter
sede; aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo
contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna”.

“Neste ponto, chegaram os seus discípulos e se admiraram de que estivesse


falando com uma mulher; todavia, nenhum lhe disse: Que perguntas? Ou: Por que falas
com ela? Quanto à mulher, deixou o seu cântaro, foi à cidade e disse àqueles homens:
Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este,
porventura, o Cristo?! Saíram, pois, da cidade e vieram ter com ele. Nesse ínterim, os
discípulos lhe rogavam, dizendo: Mestre, come! Mas ele lhes disse: Uma comida tenho
para comer, que vós não conheceis. Diziam, então, os discípulos uns aos outros: Ter-
lhe-ia, porventura, alguém trazido o que comer? Disse-lhes Jesus: A minha comida
consiste em fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra. Não dizeis
vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos digo: erguei os olhos e
vede os campos, pois já branquejam para a ceifa”.

41
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo

Jesus e a mulher samaritana (a atitude dele)

• Jesus intencionalmente viajou por Samaria.

• Ele __________ com ela, “Dá-me de beber.”

• Ele afirma sua _____________ e seu ____________.

• Ele obviamente se importava mais com a alma da mulher do que com suas
________________ religiosas.

Nota: Jesus praticou a escuta “ativa” como uma ferramenta para alcançar
pessoas.

Cinco níveis de escuta

1. Ignorar as Pessoas

2. Escuta Destrutiva

3. Escuta Seletiva

4. Escuta Atenta

5. Escuta Empática

42
Cinco principais erros de escuta

1. Fingir Ouvir

2. Escuta Superior

3. Escuta do Dr. Phil

4. Escuta do Barney Fife

5. Escuta de iPod

Dicas para uma escuta “ativa”

• Procure determinar a perspectiva de vida da outra pessoa

• Faça boas perguntas estratégicas (“Conte-me sua história”)

• Sempre busque “continuar a conversa”, essa é a CHAVE!

• Somos “guias turísticos”, não somos “compradores de ingresso”!!!

43
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo

A abordagem evangelística de Jesus com a mulher samaritana

• Jesus _______________ a conversa.

• Jesus ignora barreiras óbvias.

• Jesus mudou a conversa para assuntos espirituais. (“Água Espiritual”)

• Jesus a escuta.

• Jesus permaneceu _______________________ na provisão de Deus e em sua


necessidade espiritual. Ele não se desviou. (Ela menciona “Jacó”)

• Jesus não colheu o _________________ cedo demais.

• Jesus finalmente apontou o ___________________ dela.

• Jesus não deixou passar despercebido. (4.19-20)

• Jesus pediu que ela submetesse sua vida e “adorasse o Pai em Espírito e em
verdade.” (4.23-24)

• Jesus apresentou a _________________ mesmo para ela. (4.25-26)

Como resultado: A mulher deixa cair seu pote de água e imediatamente se junta a
Cristo em missão. Então ela conta a toda a cidade sobre Jesus!

44
CONSIDERE AS AÇÕES DOS DISCÍPULOS . . .

• Eles ________________ a mulher e não afirmaram seu valor nem


reconheceram sua necessidade espiritual.

• Eles ______________ Jesus e o que ele estava fazendo.

• Eles ______________ a óbvia oportunidade espiritual diante de seus rostos. (A


mulher)

• Eles ____________ em ver a colheita espiritual madura diante deles. (Samaria)

• Eles falharam em ________________ o papel que poderiam desempenhar na


colheita. (O Poder de Um)

• E les não queriam ver quão grande a colheita poderia ser. (O Poder de Um
Multiplicado)

• No final, os discípulos comunicaram que não se importavam com


o___________________ da mulher ou do povo de Samaria!!!

45
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo

Com isso em mente, como exatamente Jesus respondeu?

“Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em virtude do testemunho da


mulher, que anunciara: Ele me disse tudo quanto tenho feito. Vindo, pois, os
samaritanos ter com Jesus, pediam-lhe que permanecesse com eles; e ficou ali dois
dias. Muitos outros creram nele, por causa da sua palavra, e diziam à mulher: Já agora
não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e
sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”.

– João 4.39-42

46
Artigo 6: Apolgética encarnacional 40
por Dr. David Wheeler

Definição:

Apologética “encarnacional” é o estilo de vida representativo público e privado


de um cristão que valida para o mundo as verdades absolutas da Bíblia. Deve
ser o resultado natural da experiência de um “nascido de novo” e comunicada
ao mundo através de ações e atitudes dos cristãos, pois eles vivem
consistentemente os princípios de sua fé em comunidade com os redimidos e
não redimidos.

Questões óbvias a considerar:

• Apologética “encarnacional” é uma expressão válida e


um estudo válido à luz de formas “informacionais” mais
tradicionais?

De uma perspectiva tradicional, a apologética é o estudo da internalização e


aperfeiçoamento de abordagens e argumentos “informativos” para defender as
verdades absolutas da Bíblia, especialmente à luz de ataques consistentes de uma
cultura pluralista. Considerando o fato de que a fé cristã é totalmente dependente da
validade dessas verdades relativas às reivindicações bíblicas de Cristo como Salvador
(isto é, morte e ressurreição física de Cristo, perdão do pecado, a deidade de Cristo,
etc.), isto é obviamente uma questão essencial para proteger a integridade do
cristianismo histórico.

No entanto, as expressões “encarnacionais” da fé são igualmente importantes,


especialmente quando o objetivo é evangelizar um mundo não redimido. Enquanto a
apologética “informativa” representa a explicação dos princípios bíblicos essenciais
para a fé cristã; A apologética “encarnacional” representa a atualização desses
mesmos sistemas de crença bíblica nas expressões autênticas da vida de um crente.
É, em certo sentido, envolver a fé na carne da vida diária.

Por exemplo, considere as alegações apologéticas relacionadas à inerrância bíblica.


Os evangélicos conservadores consideram isso, com razão, um imperativo para uma
compreensão clara da verdade no que se refere a todas as áreas da fé cristã. Afinal, se
a Bíblia não é mostrada para ser confiável em todos os sentidos, no que se refere à fé
e à vida, como se pode ter certeza se o que eles acreditam é genuíno?

O mesmo é verdadeiro quando se considera a apologética “encarnacional” no que se


refere à questão da inerrância bíblica e outras crenças fundamentais igualmente
40
Escrito por Dr. David Wheeler, professor de Evangelismo em Liberty Baptist Theological Seminary e Liberty
University; documento em mãos de Matt Smith, 12 de Março, 2014, e incluído com permissão.

47
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo

importantes. Se alguém afirma acreditar que a Bíblia é inerrante, mas exemplifica isso
nas expressões de sua vida como um código contraditório de ética e comportamento, o
que o mundo não-cristão deve concluir sobre essa mesma fé que supostamente veio
da Bíblia? Não que alguém seja perfeito, mas uma Bíblia inerrante que é adotada como
a autoridade final para a fé cristã resulta em algo próximo a um estilo de vida inerrante
de seus proponentes?

Em algum momento, a verdadeira questão da inerrância bíblica se resume à questão


da autoridade. Para o cristão, a Bíblia é autoritativa por causa de seu autor, o Espírito
Santo, que trouxe a palavra à existência. Por outro lado, para os não-cristãos, a
questão de aceitar a autoridade bíblica como precursor essencial para a salvação é em
parte verificada pelas expressões “encarnacionais” dos cristãos que afirmam ter
experimentado uma conversão de novo nascimento. Uma vez que a autoridade real
nunca é assumida, mas ganha quando se lida com o mundo não salvo, é imperativo
que a abordagem da apologética bíblica seja validada por uma vida que exemplifique a
pessoa de Cristo como encontrada na Bíblia.

O mesmo argumento pode ser aplicado a outras áreas da apologética tradicional.


Considere por um momento as questões importantes relacionadas à ressurreição de
Cristo. Embora os aspectos históricos e bíblicos sejam imperativos na validação da
autenticidade do evento, nunca se deve ignorar como esse evento milagroso
transforma as expressões individuais da vida diária de um cristão.

Por exemplo, um amigo muçulmano que se converteu ao cristianismo comunicou que


não eram os grandes argumentos da apologética “informativa” tradicional que
finalmente o levaram a examinar as reivindicações de Cristo. Pelo contrário, foram as
ações de cuidado consistentes de um amigo do colegial que viveu uma vida
“ressurreta” diante dele.

Não é que seu amigo tenha parado de compartilhar verbalmente as verdades


“informativas” sobre Cristo com ele. A verdade é que ele corajosamente compartilhou o
evangelho em muitas ocasiões. O ponto principal foi o simples fato inegável de que a
vida de seu amigo “de forma encarnacional” validou as verdades bíblicas que ele
graciosamente adotou.

De fato, o ex-muçulmano admitiu que ele regularmente maltratou e envergonhou seu


colega de escola na esperança de que ele se cansasse e o deixasse em paz. No final,
o ex-muçulmano tornou-se cristão porque não podia argumentar com as evidências de
uma vida transformada que acabou se tornando uma ferramenta do Espírito Santo,
levando seu coração a examinar melhor as orientações de sua fé.

É aqui que as abordagens “encarnacional” e “informacional” se combinam para criar


uma mensagem autêntica que obviamente perfurou o coração do muçulmano. A

48
combinação holística de um cristão que foi bem preparado “informativamente” para
defender sua fé, combinado com aquele que realmente viveu suas crenças “de forma
encarnacional” como uma expressão transformadora de Cristo não poderia ser negado.
No final, o muçulmano recebeu a Cristo como Salvador pessoal!

Ainda assim, a questão pede para ser feita: Deveria essa abordagem “encarnacional”
ser considerada a outra metade da genuína apologética? Certamente parece ser um
aspecto importante da plena comunicação da verdade bíblica. O triste fato é que muitas
pessoas nunca compreenderão a realidade dos ideais bíblicos, como perdão, amor
incondicional ou até mesmo salvação, porque não podem ir além das maneiras
inconsistentes pelas quais os cristãos comunicam sua fé através da vida diária. Isso
deve parar! De acordo com as Escrituras, o único obstáculo para os incrédulos deve
ser a cruz, e não as ações anti-bíblicas daqueles que alegam ter sido redimidos através
dessa mesma cruz!

• Apologética “encarnacional” é apenas uma outra expressão liberal do


evangelho social?

Mais de um século, muitos “evangélicos” foram negativos e reacionários às expressões


do ministério que exemplificaram uma consciência social por causa de seus medos de
que a mensagem “informativa” do evangelho não estivesse sendo devidamente
comunicada. Em sua defesa, seus medos eram frequentemente justificados, à medida
que numerosos ministérios eram desenvolvidos para atender às necessidades físicas,
para a óbvia negligência da maior necessidade dos incrédulos, que é ser redimida.

Como resultado, com o passar do tempo, as buscas apaixonadas dos conservadores


bíblicos para evangelizar os incrédulos muitas vezes negligenciaram as expressões
“encarnacionais” de sua fé para viver com amor os mandamentos de Cristo,
satisfazendo necessidades simples e demonstrando uma autêntica comunidade. Muitos
cristãos bem-intencionados, sem saber, contribuíram para um negativo estereótipo do
“saber tudo” que continua sufocando o verdadeiro evangelismo. Embora essa
abordagem valorize muito conhecimento, muitas vezes ela perde o sentido de viver
uma vida transformada e subestima o impacto de um estilo de vida inconsistente sobre
os incrédulos.

Afinal, não é o ponto da verdadeira apologética convencer as pessoas em referência às


verdades das escrituras, de modo a resultar em vidas mudadas? Para que isso ocorra,
é preciso modelar a verdade para o mundo incrédulo. Como disse o ex-funcionário de
Bill Hybels, Deiter Zander: “O mundo contemporâneo está interessado em cristianismo
genuíno, não em nossa versão dele” (em uma conferência em Napa Valley, CA, 2000).
Ele prosseguiu dizendo, “se é mais importante estar certo do que estar em
relacionamento com as pessoas, você nunca se relacionará com esta geração” (ibid.).
A chave aqui é a óbvia necessidade do mundo não-redimido de experimentar “de forma

49
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo

encarnacional” as verdades de Cristo sendo vividas na vida cotidiana dos crentes


comprometidos.

Francamente, não faz sentido defender as poderosas verdades de Cristo, se elas não
são dinâmicas o suficiente para impactar as maneiras pelas quais nós o manifestamos
ao mundo. De certo modo, é isso que Jesus disse em Mateus 9.17: “Nem se põe vinho
novo em odres velhos; do contrário, rompem-se os odres, derrama-se o vinho, e os
odres se perdem. Mas põe-se vinho novo em odres novos, e ambos se conservam”.

Embora esta passagem esteja se referindo à antiga e à nova aliança, ela ainda é
relevante para a discussão. Considere que um dos milagres da salvação é que alguém
recebe “vinho novo” através do poder da mensagem do evangelho. Infelizmente, sem
novos “odres”, todo o lote de vinho é pervertido e sua finalidade nunca é concretizada.
O mesmo acontece com muitos cristãos que não entendem a conexão entre crenças e
comportamento.

Entendendo a verdade bíblica de que é impossível divorciar a mensagem salvadora de


Cristo do homem que ele representava para o mundo, então podemos compreender o
fato de que a apologética “encarnacional” não compromete a apologética “informativa”
em referência ao liberalismo social. Pelo contrário, completa totalmente a expressão da
verdade absoluta e valida ainda mais a mensagem do evangelho ao mundo.

No final, isso requer um equilíbrio entre os domínios da apologética “informativa” e


“encarnacional”. Não se deve nunca considerar socialmente liberal exemplificar um
estilo de vida cristão autêntico de serviço e bondade que valida a fé para um mundo
incrédulo. Ao mesmo tempo, nunca se deve permanecer em silêncio a respeito da
verdade bíblica e das questões significativas relacionadas à fé. Como diz o velho ditado
representa os dois lados da mesma moeda.

Conclusão: Como alguém vive uma vida “encarnacional”?

Em seu livro Safely Home, Randy Alcorn conta a história de um fervoroso cristão
chamado Quan. Ele foi injustamente jogado na cadeia por proclamar publicamente sua
fé na China.

Alcorn involuntariamente define apologética “encarnacional” através de uma das


dolorosas experiências de Quan com o carcereiro incrédulo que regularmente maltratou
e zombou dele. Você vai querer notar como Quan efetivamente combinou ambos os
tipos de apologética para alcançar um resultado inacreditável para a glória de Deus!
Alcorn compartilha:

Quan sussurrou na escuridão palavras escondidas em seu coração: “Eu sei que
meu Redentor vive e que no final ele se levantará na terra. E depois que minha
pele for destruída, ainda em minha carne verei a Deus. Eu mesmo o verei com
meus próprios olhos - eu e não outro. Como meu coração anseia dentro de mim!”

50
O guarda espiou pela cela de Quan através da pequena janela gradeada,
que tinha dois palmos de largura. Há muito acostumado com a escuridão,
Quan podia ver o desprezo em seus olhos.

“Pare de sorrir!”, ele gritou.

“Eu não estou sorrindo”, disse Quan.

“Sim, você está!”, gritou o guarda. Ele sacudiu a porta, mas seguiu para a
próxima cela.

De repente, Li Quan se levantou e pressionou o rosto contra as barras.


“Guarda!” Quan chamou. Quando ele não veio, ele chamou mais alto. “Su
Gan!”

O guarda voltou e sacudiu violentamente a porta. “Quem te disse meu


nome? Fique em silêncio ou eu entrarei e te deixarei em silêncio!

“Su Gan, senhor, por favor, eu tenho um pedido para você.”

“A menos que você possa me pagar, não me importo com seus pedidos.”

“Posso fazer algum trabalho para você?”

Quan viu nos olhos do carcereiro uma surpresa misturada com desprezo.
“Esta prisão é tão imunda”, disse Quan. “Há desperdício em todos os lugares. Os
ratos e as baratas se alimentam disso. Você não é um prisioneiro, mas deve se
sentir como se fosse. Su Gan tem que respirar esse ar sujo, andar com cuidado
por causa do que escapa das celas. Li Quan pode ajudá-lo. Deixe-me entrar nas
celas uma por uma e limpar esse lugar imundo. Dê-me água e uma escova e
sabão, e eu vou te mostrar o que posso fazer! Meu pai, Li Tong, era varredor de
rua, um grande limpador do solo. O melhor da China. E eu sou o filho de meu pai!
“(Em Safely Home, de Randy Alcorn, Tyndale House, 2001, 273-274)

A partir deste ponto, Alcorn pega a história depois de várias semanas


em que Quan escolhe servir o carcereiro limpando as celas. Mais uma
vez, você vai querer notar como Deus usou seu serviço de semelhança
com Cristo. A história começa com Quan se dirigindo a um visitante
cristão da prisão chamada Ben. Alcorn continua:

Ben ficou no ar frio do inverno. Como de costume, ele esperou


nervosamente, tentando se aquecer e libertar Li Quan do buraco negro.
Alguém estava sendo levado para fora do prédio agora, um homem frágil e
mais velho, com uma pele mole e amarelada pronunciada, como se tivesse
icterícia ou hepatite.

Ben observou o homem, que por algum motivo estava andando na direção
dele. Ele sentiu seu coração congelar. “Quan?” Ele tentou disfarçar seu
horror. Eles tocaram o dedo indicador direito através da cerca. “Você está
com cheiro de ... sabão.”

51
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo

“Sim.” Quan sorriu, seu rosto e voz surpreendentemente animados. “Isso é


melhor do que como eu fedia na última vez, sim? Eu tenho uma notícia
maravilhosa! Você deve dizer a minha família e igreja doméstica. Deus
respondeu a oração. Ele me deu um ministério!

“O quê?”

“Eu vou de cela em cela, trazendo a mensagem de Yesu.” “Mas eu pensei


que você estivesse em uma cela isolada.”

“Deus abriu a porta. Eu vou para os outros homens. A maioria nunca teve
mais ninguém entrando em sua cela exceto para espancá-los. Eu ajudo e
sirvo-os enquanto limpo suas celas. Eu trago-lhes o amor de Yesu. Doze
homens que visitei. Quando saí de suas celas, seis deles não estavam mais
sozinhos.

“O que você quer dizer?”

“Quando saí, Yesu estava com eles. Três já eram crentes, um deles pastor.
Ele conheceu meu pai, Li Tong! Mais três curvaram os joelhos para Yesu,
que promete nunca deixar ou abandoná-los. Quando eu ando pelas suas
celas em “direção para limpar outras, eu canto para eles,” o céu é a minha
pátria. “Quando eu termino de limpar todas as celas, eu começo de novo.
Então eu posso ensinar Shengjing para cada um deles. Eu ensino enquanto
lavo.

“Os guardas permitem que você faça isso?”

“O cheiro que costumava se agarrar aos guardas agora está quase


acabando. Seus sapatos não estão arruinados. Os prisioneiros estão
animados por não estarem mais sozinhos. Animado em perceber que,
mesmo que morram aqui, terão a vida eterna. Entusiasmado que Deus não
os esqueceu, que este mundo não é o lar deles, que eles encontrarão a
libertação “.

“Soa mais como uma reunião de avivamento do que uma prisão.”


“Os que estão na prisão não são tão distraídos quanto os de fora. Eles pensam
mais sobre a morte. Eles perguntam: “É este o dia?” Eles não depositam tanta
esperança em seus planos e sucessos neste mundo. Eu lhes falo sobre Yesu e seu
paraíso, e eles ouvem avidamente, com muito mais atenção do que a maioria dos
homens livres com quem falo na loja de serralharia. Por favor, diga a Ming, Shen e
Zhou Jin sobre o ministério de Li Quan. “(Ibid., 276-277)

A história de Quan é uma imagem surpreendente representando o equilíbrio da


apologética “informativa” e “encarnacional”. Ao servir e viver a vida de Cristo, suas
ações validaram sua fé, abrindo assim uma porta para compartilhar as verdades de
Cristo.
Pense nisso, a apologética “informativa” sem validação “encarnacional” muitas vezes
levará à hipocrisia. Por outro lado, a apologética “encarnacional” sem um fundamento

52
“informativo” da verdade bíblica muitas vezes leva à heresia.

Então... Como alguém vive uma vida “encarnacional”? Começa entendendo as


palavras de Cristo em Marcos 10.43-45, “... Mas entre vós não é assim; pelo contrário,
quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o
primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para
ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Uma vida
“encarnacional” exige rendição, não apenas às palavras de Cristo, mas também às
suas ações. Cristãos devem se tornar servos primeiro!

É tipo a maneira como Jesus tratou a mulher no poço em João 4. Ele não a
envergonhou ou condenou. Pelo contrário, ele fez o impensável para um judeu, ele
realmente falou com ela, reconhecendo assim seu valor básico como uma alma
humana. Ao fazê-lo, ele ganhou sua confiança e atingiu sua curiosidade. Em última
análise, a mulher foi atraída para a água espiritual onde, de acordo com Cristo, ela
“nunca mais teria sede”.

Com isto em mente, vale a pena notar que Cristo sempre foi uma mistura perfeita de
ambos os tipos de apologética. A verdade simples é que a vida “encarnacional” é
meramente viver como Jesus viveu equilibrando crenças com comportamento. No final,
os cristãos devem entender que um mundo incrédulo não acreditará no que dizemos
sobre Cristo e nossa fé, até que eles primeiro vejam a verdade manifestada através de
nós. Em suma, isso é apologética “encarnacional” no seu melhor!

53
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo

Artigo 7: Encontrando tempo para compartilhar Cristo com a agenda lotada


41
por Dr. R. Larry Moyer

Encontrar oportunidades para cultivar relacionamentos com incrédulos e falar


sobre nosso Salvador pode ser um desafio. Como impactamos os perdidos
para Cristo no meio de uma agenda lotada? Aqui estão alguns princípios para
lembrar e colocar em prática:

Seja equilibrado—Quão equilibrada é a sua vida na convivência entre não-


cristãos e cristãos? Não há nada de bíblico em gastar todo o seu tempo com os
crentes. Jesus Cristo passou tempo com os pecadores. Ele era conhecido
como amigo deles (Mt 11.19). Não podemos ter evangelismo pessoal sem
contato pessoal.

Seja proativo—Veja relacionamentos com a intenção de ver os incrédulos


chegarem a ter o maior relacionamento que existe - um relacionamento eterno
com Cristo. Vá até eles. Não espere que eles venham até você. Considere a
ampla base de contatos não cristãos que você já tem, incluindo:

• Amigos e familiares imediatos


• Vizinhos, colegas de trabalho, empregados, síndicos
• Jornal e carteiro, barbeiro ou cabeleireiro, verificador de mercearia, garçom ou
garçonete.
• Vendedor de automóveis, agente de seguros, contador, advogado, banqueiro
• Médico, dentista, enfermeiro, farmacêutico
• Encanador, eletricista, mecânico
• Professor de ginásio, professor de faculdade, treinador, colega de turma

Seja intencional - Tome a iniciativa. Olhe tudo o que você está fazendo.
Então pergunte: “Isso poderia ser feito com um não-cristão?”

Seja sensível - Pessoas que param para ouvir são raras em nossa cultura
acelerada. Aproveite o tempo para dar a alguém sua atenção total. Deixar que
eles saibam que você se importa pode fornecer uma oportunidade para falar
sobre Cristo.

Esteja em oração - Somos totalmente dependentes do Espírito Santo no evangelismo.


Ore para que o Senhor proporcione oportunidades, dê a você a sensibilidade para

41De: http://evantell.org/Tools/Article-Detail/Article/12/Finding-Time-to-Share-Christ-with-a-Busy-Schedule. Usado


com permissão.

54
reconhecê-las e dê coragem para compartilhar o evangelho. Esteja preparado. Mude o
assunto para a apresentação do evangelho quando Deus lhe der a oportunidade. Se
você não sabe o que dizer, o EvanTell oferece treinamento gratuito de evangelismo on-
line. Seja treinado para que, quando Deus lhe der a oportunidade, você esteja pronto.

55
Aula 3: Aprender a ouvir no evangelismo

56
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo

Perguntas a considerar:

• O que é sabedoria em relação ao evangelismo?


• Como os indivíduos no Novo Testamento demonstraram sabedoria?
• Onde você começa com uma pessoa ao tentar comunicar o evangelho
imutável de Jesus Cristo a uma cultura em mudança?
• Por que você deveria argumentar com uma pessoa sobre o evangelho?
• Quão útil é estar atualizado sobre os eventos atuais e quando é apropriado
usá-los no evangelismo?

Notas de aula: Como mostrar sabedoria no evangelismo Dr. R. Larry Moyer

Sabedoria é… bom senso comum com pureza desarmante.

Como indivíduos no Novo Testamento demonstraram sabedoria?

1. Comece _______________________________________________

“Procedi, para com os judeus, como judeu, a fim de ganhar os judeus; para os
que vivem sob o regime da lei, como se eu mesmo assim vivesse, para
ganhar os que vivem debaixo da lei, embora não esteja eu debaixo da lei. Aos
sem lei, como se eu mesmo o fosse, não estando sem lei para com Deus,
mas debaixo da lei de Cristo, para ganhar os que vivem fora do regime da lei.
Fiz-me fraco para com os fracos, com o fim de ganhar os fracos. Fiz-me tudo
para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. Tudo faço
por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele”.
(1Co 9.20-23)

57
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo

2. Apresente seus ______________________________________

“Paulo, segundo o seu costume, foi procurá-los e, por três sábados,


arrazoou com eles acerca das Escrituras, expondo e demonstrando ter
sido necessário que o Cristo padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e
este, dizia ele, é o Cristo, Jesus, que eu vos anuncio. Alguns deles foram
persuadidos e unidos a Paulo e Silas, bem como numerosa multidão de
gregos piedosos e muitas distintas mulheres”.
(At 17.2-4)

a. A palavra arrazoou tem a ideia de “discutir, falar ou pregar.” Atos


17.3, observe que isso envolve explicar e demonstrar.

b. Você não está argumentando por argumentar, você está


argumentando em prol da salvação da pessoa.

3. Não __________________________________

“E repele as questões insensatas e absurdas, pois sabes que só


engendram contendas. Ora, é necessário que o servo do Senhor não
viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para
instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na
expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para
conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez,
livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos cativos por ele para
cumprirem a sua vontade”. (2Tm 2.23-26)

a. A palavra contenda significa “lutar ou disputar”. Em vez disso,


devemos ser “gentis com todos, capazes de ensinar, pacientes.”

b. A sua autoridade deve ser a verdade e não a emoção.

58
4. Use ___________________________________

“Naquela mesma ocasião, chegando alguns, falavam a Jesus a respeito dos


galileus cujo sangue Pilatos misturara com os sacrifícios que os mesmos
realizavam. Ele, porém, lhes disse: Pensais que esses galileus eram mais
pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas coisas?
Não eram, eu vo-lo afirmo; se, porém, não vos arrependerdes, todos
igualmente perecereis. Ou cuidais que aqueles dezoito sobre os quais desabou
a torre de Siloé e os matou eram mais culpados que todos os outros habitantes
de Jerusalém? Não eram, eu vo-lo afirmo; mas, se não vos arrependerdes,
todos igualmente perecereis.”
(Lc 13.1-5)

a. Jesus chamou a atenção de seus ouvintes, referindo-se a dois eventos


que representam notícias de primeira página. Jesus usa isso para dizer
que eles não eram mais pecadores do que você, se vocês não se
arrependerem, todos irão perecer.

b. Eventos atuais ajudam em termos de:

1) Identificação: Você está falando a língua deles.

2) Ilustração: Você está usando algo de que eles estão conscientes para
chegar ao assunto da verdade espiritual ou para ilustrar a verdade.

5. Use ________________________________

“Dizendo ele estas coisas em sua defesa, Festo o interrompeu em alta voz:
Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar! Paulo, porém,
respondeu: Não estou louco, ó excelentíssimo Festo! Pelo contrário, digo
palavras de verdade e de bom senso. Porque tudo isto é do conhecimento do
rei, a quem me dirijo com franqueza, pois estou persuadido de que nenhuma
destas coisas lhe é oculta; porquanto nada se passou em algum lugar
escondido. Acreditas, ó rei Agripa, nos profetas? Bem sei que acreditas.
Então, Agripa se dirigiu a Paulo e disse: Por pouco me persuades a me fazer
cristão. Paulo respondeu: Assim Deus permitisse que, por pouco ou por muito,
não apenas tu, ó rei, porém todos os que hoje me ouvem se tornassem tais
qual eu sou, exceto estas cadeias”.

59
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo

(At 26.24-29)

a) O argumento de Paulo era simples: “quando você compara o


que os profetas do Antigo Testamento têm escrito, com relatos
históricos, testemunhos oculares daqueles em Jerusalém, você
deve chegar à conclusão de que Jesus é o Messias
profetizado.”

b) A profecia pode ser usada para verificar os fatos. A profecia dá a


verdade, a respeito de Cristo, uma base intelectual e objetiva.

60
Artigo 8: Qual papel a sabedoria tem no evangelismo?42
por Dr. R. Larry Moyer

Uma compreensão bíblica da sabedoria relacionada ao evangelismo tem tanto um


efeito instigador quanto libertador sobre nosso testemunho do Salvador. Vários
exemplos esclarecerão o que quero dizer. Uma das áreas onde os crentes lutam
mais no evangelismo é saber como ter uma
conversa normal e transformá-la em coisas espirituais. Eles reconhecem como é
crucial poder fazer isso. Poucas pessoas perdidas vão se aproximar de um crente e
dizer: “Eu poderia falar com você sobre o meu destino eterno?” Ao mesmo tempo, os
cristãos não têm certeza de como transformar uma conversa em assuntos
espirituais. O erro que muitas vezes cometem é assumir que existe uma maneira
“definida” de fazê-lo. Às vezes, muitas vezes chegam ao ponto de memorizar cinco
maneiras diferentes de transformar uma conversa. Sua frustração só aumenta
quando se preparam para testemunhar a um amigo e descobrir que nenhuma das
cinco maneiras funciona.

Seguindo a definição de sabedoria a que chegamos, porém, podemos simplesmente


relaxar e praticar o senso comum combinado com uma pureza desarmante. O senso
comum significa que antes de conseguirmos que os incrédulos falem sobre coisas
espirituais, precisamos fazê-los falar. Enquanto conversam, podemos pensar em
uma maneira de direcionar a conversa para Cristo. À medida que usamos nosso
bom senso, percebemos que três áreas em que as pessoas conversam mais
facilmente são a família, o trabalho e o contexto. Essas três áreas, portanto, tornam-
se ótimos lugares para se relacionar com os perdidos.

Com isso em mente, como tenho aconselhado a muitos, simplesmente “abro e


busco”. Eu começo a conversar, aproveito imensamente e busco qualquer forma
possível de transformá-la em coisas espirituais. Até que tenhamos conversado um
pouco, não sei como vou dirigir a conversa para Cristo. O que acontece ou não
acontece enquanto estamos falando ditará isso. Você descobrirá que há tantas
maneiras de direcionar uma conversa para as coisas espirituais quanto pessoas a
quem você vai falar. Você também descobrirá como sua mente é livre para pensar
em você “liberar” em vez de “congelar”.

Eu amo o ar livre e sou um corredor entusiasta também. Eu já falei com um não-


cristão apresentado a mim por um amigo em comum. Enquanto conversávamos, ele
mencionou que gostava de golfe. Ele explicou que uma das razões era que, como
ele estava em um campo de golfe e admirava a natureza, tudo parecia muito
pacífico. Eu não apenas concordei, mas contei-lhe algumas das trilhas e parques de
viagem que eu tive o privilégio de usar. Inclusive acrescentei que ter tempo ao ar
livre me afetava espiritualmente de forma muito forte. Sua resposta imediata foi:
“Sim, estar ao ar livre realmente ajuda você a se sentir próximo de Deus, não é?”
Esse comentário me deu uma oportunidade de escolha para explicar que parte a
criação tinha para me trazer a Cristo. Ele escutou com grande interesse quando
expliquei o Evangelho e como uma pessoa podia ter certeza da vida eterna. Ele não
confiou em Cristo naquele dia, mas nossa conversa não poderia ter sido mais
esplêndida. Quando nos separamos, eu dei a ele um livreto para ler mais explicado o
evangelho e a oferta de Deus da vida eterna.

42
R. Larry Moyer, Free and Clear [Livre e Claro] (Grand Rapids: Kregel, 1997), 213-220.

61
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo

Muitas pessoas têm um contexto religioso, seja negativo ou positivo. É


absolutamente incrível a frequência com que à medida que alguém fala aos
perdidos, o assunto “igreja” aparece. Pode ser apenas uma referência
passageira quando alguém diz “depois da igreja no último domingo...” e
depois fala sobre a atividade da tarde de domingo. Ou pode ser uma
referência mais direta quando um homem fala do conflito de sua esposa
naquela área ou menciona um comentário feito por um pregador sobre um
assunto pertinente.

Francamente, independentemente de como o assunto da igreja surge, ele permite a


oportunidade de voltar a esse ponto mais tarde e dizer: “Momentos atrás você
mencionou ir à igreja. Onde você e sua esposa vão?” Depois que ele responde,
você pode perguntar: “Há quanto tempo você está interessado em coisas
espirituais?” Perguntas como essa e a resposta resultante oferecem a você a
oportunidade de ir de lá e dizer: “Alguém já pegou uma Bíblia e lhe mostrou como
você pode saber que vai para o céu?”
Enquanto caminhava pela nossa vizinhança, minha esposa conheceu uma mulher
que também estava fazendo exercícios, então decidiram caminhar juntos. Quando
o fizeram, a mulher perguntou: “O que o seu marido faz?” (Observe - o assunto que
surgiu foi a ocupação). Depois que minha esposa disse que eu era um pregador, a
mulher imediatamente perguntou: “De que igreja?” Tammy explicou que eu sou um
orador evangelista que fala em muitas igrejas e comunidades. Ela então disse à
mulher: “Por que você perguntou?” A mulher então começou a falar sobre a luta
que ela e seu marido estavam tendo na área de frequentar a igreja. Enquanto
minha esposa a incentivava a compartilhar um pouco mais sobre essas lutas, ela
relatou que a maioria delas estava centrada na questão: Cristo foi mesmo quem ele
disse que era? Torna-se desnecessário dizer que isso deu à minha esposa a
oportunidade de falar livremente sobre Cristo e o Evangelho, e até mesmo
continuar essas conversas em outras caminhadas juntas. O fato de Tammy ser a
esposa de um pregador foi crucial para essa conversa? Foi útil, mas de modo
nenhum crucial. Qualquer um que tivesse conversado com essa mulher e até
insinuado falar questões da igreja ou alguma área relacionada a questões
espirituais teria encontrado uma mulher pronta para falar.

Um crente uma vez me disse: “Eu não consigo superar o fato de haver tantas
pessoas machucadas.” Ele está certo. As pessoas estão sofrendo. Quando você
começa a falar com elas na área da família, do trabalho e do seu pano de fundo, e
demonstra um coração sincero e carinhoso, muitas vezes essas mágoas são
reveladas. O casamento deles está em apuros, um bom amigo tem uma doença
terminal, seu trabalho não está funcionando tão bem quanto eles esperavam, seus
pais estão separados ou tiveram problemas com um bom amigo ou com a lei.
Qualquer que seja a dor, eu encontrei muito poucas pessoas com as quais eu não
consegui entrar com tato nas coisas espirituais e falar daquele que oferece tudo o
que elas precisam - paz, perdão, felicidade, um amigo, esperança - o que quer que
seja. Toda vez explico que a primeira e mais importante necessidade de uma
pessoa é a garantia da vida eterna. Até que a questão de seu destino eterno seja
resolvida, uma pessoa não pode conhecer os muitos outros benefícios que Cristo
tem para dar.

Quando peguei meu assento em um avião, me envolvi em uma conversa com a


mulher ao meu lado. Ela logo revelou que as coisas não estavam indo bem.
Enquanto conversávamos, ela exclamou: “Meu marido está me deixando depois de

62
trinta e oito anos e eu não aguento.” Nesse momento, ela começou a chorar. Isso
me deu a oportunidade de explicar que sendo casado por muitos anos, eu pude
simpatizar um pouco com ela. Enquanto conversávamos, ela desdobrou os
detalhes de um marido que aparentemente estava passando por uma crise de
meia-idade. Eu pude perguntar a ela calorosamente: “Posso fazer uma pergunta
pessoal? Eu não sei como você se sente sobre as coisas espirituais, mas estou
convencido de que Deus se importa com você e quer ajudá-la. Você já pensou
sobre isso?” Ela confessou que essa experiência a estava fazendo pensar mais
sobre as coisas espirituais do que ela já pensou antes. Uma hora depois, tive o
privilégio de conduzi-la ao Senhor. Eu então obtive o endereço dela para enviar-lhe
algumas informações que a ajudariam a crescer.
Deixe sua mente fazer o que Deus criou para fazer - pense livremente. Ao usar o
bom senso, você ficará surpreso com as muitas maneiras pelas quais você pode
mover uma conversa do geral para o específico, e do secular para o espiritual. De
fato, quanto mais pessoas falarem com você, mais abundantes serão as maneiras
de transformar conversas em coisas espirituais.

Reconhecer que a sabedoria é vista em um equilíbrio entre a graça e a verdade


também dá uma grande sensação de liberdade. Eu sou muitas vezes perguntado
pelas pessoas que contemplam discussões sobre Cristo com seus amigos: “Como
posso evitar ofender alguém?” Minha resposta é quase sempre: “Não se preocupe
com isso!” Eu descobri que as pessoas que fazem essa pergunta não são aquelas
que são ofensivas na maneira como abordam as outras. O próprio fato de que a
pergunta está em suas mentes indica seu desejo de serem sensíveis e cuidadosas.
E geralmente é o que eles são. As pessoas que ofendem raramente fazem tal
pergunta. Além disso, temos que ter cuidado com o quão longe nos preocupamos
em ofender alguém. Sabedoria significa que temos um equilíbrio entre graça e
verdade. Às vezes, a verdade de que uma pessoa não pode ir para o céu com seu
próprio mérito, mas deve confiar em Cristo para salvá-lo, é uma ofensa terrível. Se
nos afastarmos de dizer isso com a preocupação de não ofender, não contaremos
aos perdidos o que eles precisam saber e acabaremos agradando aos homens,
não a Deus (Gl 1.10). Devemos nos sentir completamente livres para dizer às
pessoas a verdade do Evangelho quando a oportunidade se apresenta e devemos
empacotá-lo em um espírito gracioso. O senso comum nos diz que explicamos o
que eles precisam ouvir e fazemos astutamente para conquistá-los ao Salvador.

Os cristãos podem se tornar muito mentes fechadas. Eles veem o que as Escrituras
estão dizendo, mas muitas vezes não conseguem ver como os eventos da vida
podem ser usados para tornar as Escrituras relevantes para uma pessoa perdida. A
sabedoria nos diz que as pessoas perdidas geralmente entendem a vida. Eles
veem isso acontecendo na frente deles todos os dias. O que eles não entendem é
a Bíblia e como ela se relaciona com a vida. Aquele que é sábio no evangelismo
reconhece quão útil é amarrar os eventos da vida às Escrituras e vice-versa. O
senso comum combinado com uma pureza desarmante mostra como fazer essas
correlações.

Um jornal de Dallas disse uma vez sobre um guarda de trânsito da escola que foi
morto quando ele empurrou uma criança para fora do caminho de um carro que se
aproximava. Ao fazê-lo, o guarda morreu, mas a criança viveu. Uma ilustração
como essa pode servir para enfatizar na mente de uma pessoa perdida a natureza

63
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo

substitutiva da morte de Cristo e do amor que estava por trás dela. Quando um
músico popular era assassinado, seu filho, que sempre lhe dizia que podia fazer o
que quisesse e que qualquer coisa estava ao seu alcance, comentou com sua mãe:
“Há uma coisa que não podemos fazer. Nós não podemos trazer o papai de volta.”
Esse comentário estava no rádio em Dallas naquele momento. Isso me deu a
oportunidade de dizer a muitas pessoas perdidas: “Aquele menino entendeu uma
simples verdade das Escrituras. Você não pode trazer o papai de volta. Seja qual
for o acordo que você deseja com Deus, tem que ser feito agora.” Ao ler o jornal e
ouvir as notícias no rádio e na TV, peguei vários comentários e ilustrações sobre a
vida, a morte, a solidão, a felicidade, o tédio, céu, inferno, Cristo, Deus, religião,
amigos e inúmeros outros assuntos. Muitos foram extremamente úteis para mim.
Mesmo quando escrevi este livro, li sobre um treinador profissional que falou sobre
seu filho e seu bom caráter e vida. Ele então comentou: “Ele tem uma passagem só de
ida para o céu.” Um comentário como esse me ajuda a conversar com pessoas
perdidas que erroneamente sentem o mesmo - que a bondade levará alguém para o
céu. O senso comum nos diz que precisamos conhecer nossa Bíblia, mas também
precisamos ter nossos olhos e ouvidos abertos aos eventos atuais. Como Cristo
demonstrou, os eventos atuais podem ser efetivamente usados para transmitir a
verdade espiritual aos perdidos. Vimos que a sabedoria unidirecional é demonstrada
nas Escrituras com o uso de evidências. Ajuda-nos a perceber que assuntos como a
tumba vazia e a profecia cumprida não eram meras questões de coincidência. Portanto,
eles se tornam mais pesados ao conversar com os perdidos. Josh McDowell em More
than a Carpenter [Mais que um Carpinteiro] menciona uma análise feita por Peter W.
Stoner que mostra a credibilidade de algo como uma profecia cumprida. Suponha que
havia apenas oito profecias cumpridas por Cristo, em vez do número real de mais de
trezentos. Usando a ciência da probabilidade em referência a oito profecias,
aprendemos que a chance de que qualquer homem tenha vivido até o tempo presente
e cumprido todas as oito profecias é de 1 em 1017. Isso seria 1 em
100.000.000.000.000.000. Stoner ilustra essa estatística impressionante e suas
ramificações por imaginar que 1017 dólares de prata foram colocados na face do
Texas. Todo o estado seria coberto a uma profundidade de dois pés. Ele então imagina
que um desses dólares de prata foi marcado e toda a massa se agitou. Se um homem
fosse então vendado e mandado viajar como quisesse, mas que ele deveria escolher o
dólar de prata marcado - sua chance de encontrar o caminho certo seria o mesmo que
os profetas de escrever oito profecias e fazer com que todas elas se realizem em uma
pessoa, se eles escrevessem apenas com sua sabedoria.43

Alguém às vezes pergunta: “E quanto à evidência de vidas mudadas? Isso não pode
ser usado sabiamente no evangelismo?” Definitivamente. Mais de uma pessoa
testificou de como Cristo pegou sua vida e fez um milagre do que era uma bagunça.
Além disso, aqueles discípulos que foram martirizados pelo que acreditavam atestaram
quem ele era. Homens inteligentes não morrem pelo que sabem ser mentira. Ajuda

43 Josh McDowell, More Than a Carpenter [Mais Que um Carpinteiro] (Wheaton, Ill.: Tyndale House publishers, Inc.,

1977), 108.

64
amarrar estas evidências, entretanto, com os fatos objetivos da ressurreição de Cristo e
da profecia cumprida. Aqueles que argumentam contra a validade de vidas mudadas
ou as experiências dos discípulos acham muito difícil, se forem honestos, refutar os
fatos históricos concernentes a Cristo.

Isso ajuda a ver o lugar da apologética. Nas Escrituras, a apologética apoia o


evangelismo. Saímos com a mensagem da morte e ressurreição de Cristo. Se
acharmos que o menos indisposto a aceitar essa mensagem ou a exigir provas,
usamos qualquer evidência que seja apropriada e necessária. Eu poderia mencionar
que existem dois livros que usei repetidamente. A propósito, eu os empresto a amigos
não-cristãos em vez de dar os livros para eles. Dessa forma, posso solicitar uma
resposta. Eu digo: “Deixa eu te emprestar este livro para ler. Eu acho que você vai
achar muito útil. Dentro de algumas semanas, gostaria de saber quais são seus
pensamentos.”

Um livro que usei repetidamente é Evidências que Exigem um Veredito, por Josh
McDowell. McDowell compilou a prova secular, histórica e profética de que Jesus Cristo
era Aquele que afirmava ser. McDowell argumenta que Cristo poderia ter sido apenas
Senhor, mentiroso ou lunático e mostra a evidência de que, sendo Senhor, ele é
absolutamente irresistível. É um excelente livro para dar a um cético. Outro que eu usei
é Who Moved the Stone? [Quem Moveu a Pedra?] por Frank Morison. Como
observado em um capítulo anterior, Morison era um jornalista inglês que tentou provar
que a história da ressurreição de Cristo não passava de um mito. Ele descreve como
suas sondagens e estudos o levaram a uma completa convicção de que a ressurreição
de Cristo e os eventos que o cercam se baseiam em uma base histórica.
Particularmente valioso em seu exame das seis explicações alternativas para o túmulo
vazio, as quais faltam lógica e apoio. Enquanto o livro de McDowell é mais acadêmico,
o livro de Morison é voltado para um público popular. As circunstâncias da pessoa com
quem estou falando determinam qual livro eu uso e recomendo.
Juntamente com outros itens que eu tenho discutido, os elogios também são livres à
medida que procuramos ser sábios no evangelismo. Muitas vezes, quando falamos
com os perdidos, notamos que eles estão ameaçados pelo que estamos dizendo. Essa
é, sem dúvida, uma razão pela qual a maioria vem a Cristo antes dos trinta anos em
vez de depois. Quanto mais velha a pessoa fica, mais difícil é admitir na área mais
importante da vida - a espiritual - que ela perdeu algo extremamente importante. Como
observamos, podemos ser acusados de abrigar uma atitude superior. O não-cristão
pode até ser ameaçado pela nossa “audácia” de acreditar que sabemos, sem sombra
de dúvida, que estamos indo para o céu quando morrermos.

Os elogios muitas vezes nos ajudam a superar essas defesas. Eu usei elogios antes de
apresentar o Evangelho, através de uma apresentação do evangelho, e no final. Eu
elogiei tudo, desde os interesses de uma pessoa até sua inteligência, histórico,
ocupação, família, aparência, companheira, filhos, metas, perguntas, comentários e

65
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo

muitas outras coisas. Eu nunca conheci uma pessoa que não pudesse lidar com um
elogio. Quem não gosta de ouvir algo bom sobre si mesmo? Will Rogers teria dito: “Eu
sempre gosto de ouvir um homem falar de si mesmo. Eu geralmente não ouço nada
além de bom.” Para honrar a Deus, os elogios devem ser sinceros, mas não há razão
para que eles não sejam.

Eu gosto de levar homens não cristãos para almoçar. Descobri que os homens se
abrirão comigo sobre coisas espirituais em um restaurante, quando não o farão na
frente de sua própria esposa e família. Quando começo a discutir coisas espirituais
com ele, às vezes sinto que ele se sente ameaçado. Um elogio muitas vezes
desarmará a situação.

Aqui está um exemplo do que quero dizer. Em uma ocasião, um diretor de escola
não-cristão assistiu à nossa divulgação e depois pediu para falar comigo em seu
escritório no dia seguinte. Neste caso em particular, estávamos em uma mesa de
almoço na privacidade de seu escritório. Eu sabia que ele estava lutando com
coisas espirituais e, porque ele e eu viemos do mesmo contexto religioso, eu sabia
o que ele estava passando. Fui criado para não falar abertamente de coisas
espirituais. Quando fui vê-lo novamente no dia seguinte, senti que a luta só havia se
intensificado. Além disso, ele parecia preocupado em reconhecer a estatura que ele
tinha em sua comunidade e como isso tornava difícil ser vocal por Cristo. Eu até me
lembro de dizer: “Na minha posição, tenho que ter cuidado com o quão longe eu
vou”. Eu o elogiava não apenas pela sua posição, mas também pelo bom trabalho
que eu tinha ouvido dizer que ele estava fazendo. Isso tinha um jeito de nos colocar
no mesmo nível e ele reconhecia que, independente do que ele fizesse com Cristo,
eu não pensava menos dele. Isso ajudou a situação! Agora eu poderia dizer a ele:
“Eu não estou preocupado, neste momento, com o quão vocal você é por Cristo;
minha preocupação é que você confie somente em Cristo para salvá-lo”. Algumas
noites depois, ele respondeu no final de um culto evangelístico para me dizer que
desejava confiar em Cristo. Ele então se tornou ativo em uma igreja que crê na
Bíblia na área.

Os elogios podem ser particularmente úteis para alcançar parentes. Às vezes, os mais
difíceis de alcançar são os da própria família. Ao interagir com muitas pessoas sobre
suas situações todos os anos, descobri que a situação mais difícil é tentar alcançar os
pais. Sem dúvida, a razão é que, não importa quão carinhosamente apresentemos o
Evangelho, estamos, no entanto, dizendo: “Na área mais importante da vida, você
estragou tudo.” Isso é difícil para um pai consciente aguentar. Com isso em mente,
muitas vezes sugeri que, seja por meio de conversas ou cartas verbais, as crianças
devem aplaudir os pais por tudo o que fizeram certo. Apenas o fato de você ter
chegado à idade adulta diz alguma coisa. Esses elogios ajudam a dizer aos pais que o
seu respeito por eles não mudou. Você está simplesmente preocupado que a família
esteja unida no céu. Até usei elogios que as crianças me deram sobre seus pais para
levar os pais a Cristo. Eu tive pais que vieram me ouvir falar apenas para satisfazer
seus filhos a quem eles amavam. Quando consigo falar a sós com eles, às vezes tenho
sido capaz de dizer (por causa dos elogios que os filhos lhes deram): “Espero que um
dia meu filho fale tanto de mim quanto seus filhos a respeito de você.” Numerosas
vezes eu vi Deus usar isso para quebrar a barreira e trazê-los para Cristo.

66
Como notamos que a sabedoria é senso comum com pureza desarmante, não nos
atrevemos a esquecer que, inerentes a essa definição bíblica, estão os elementos de
honestidade, sinceridade e pureza de motivos. Por essa razão, alguns perguntam: “É
apropriado ir de porta em porta em um bairro, explicar que estamos realizando uma
pesquisa religiosa e usar isso como uma abertura para apresentar o Evangelho?”
Minha resposta é sim, se é que de fato uma pesquisa está sendo feita. Eu até sugeriria
que você se oferecesse para enviá-los os resultados da pesquisa. Caso contrário, não.
Tenha em mente que visitar um total de vinte casas dificilmente representa uma
pesquisa. Em vez disso, use uma abordagem que tenha integridade. Se uma pesquisa
não está sendo feita, uma honesta abordagem tal qual “Somos de (nome da igreja) e
estamos tentando conhecer algumas das pessoas de nossa comunidade. Você teria
algum tempo para conversar?”, honraria mais a Deus.

Quando Deus nos salva, ele não tira nosso bom senso. Se alguma coisa, ele nos dá
mais do mesmo. Como indivíduos dirigidos pelo seu Espírito, podemos usar o bom
senso e perspicácia ao nos aproximarmos dos perdidos e interagirmos com eles. Ao
agir com sinceridade e integridade, demonstramos uma sabedoria que Deus usou no
Novo Testamento e está usando hoje para apelar aos perdidos em favor de seu Filho.

67
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo

Artigo 9: Quatro maneiras perigosas de pregar sobre inferno 44


por Dr. R. Larry Moyer

Alguns assuntos nunca devem ser discutidos no púlpito. O inferno pode ser um
deles - mas permita-me explicar o que quero dizer com “nunca”.

Se vamos pregar todo o conselho de Deus, devemos pregar sobre o inferno.


Afinal, Jesus Cristo falou sobre o inferno mais do que qualquer outro homem na
Bíblia. Um pastor que tinha uma pequena igreja rural foi abordado por um
fazendeiro que não gostava de seus sermões sobre inferno. O fazendeiro disse:
“Pregue sobre o manso e humilde Jesus.” O pastor respondeu: “É de onde recebi
minhas informações sobre o inferno.”

Muitos observaram que, embora houvesse um dia em que todos pareciam ouvir
sermões de “fogo e enxofre”, agora chegamos ao extremo oposto. Há muita
pregação sobre amor, graça e perdão, mas pouco ou nada é dito sobre o inferno.
Se o inferno é real (e é), precisa ser mencionado. Um capelão que não
acreditava no inferno foi demitido uma vez. Os responsáveis por sua demissão
explicaram: “Se não há inferno, não precisamos de você. Se houver um inferno,
não queremos mais que você nos engane.”

Há momentos, porém, em que o inferno nunca deve ser mencionado em nossa


pregação. Eu diria que quando o inferno é mencionado durante estes tempos,
pode desonrar a Cristo mais do que honrá-lo e fazer mais desserviço ao
evangelho do que serviço. Quando, o que e onde são esses tempos?

1. Quando você não mostra nenhum remorso por aqueles que estão indo
para lá

D.L. Moody supostamente disse: “Eu não devo pregar o inferno a menos que eu
pregue com lágrimas”. Alguém poderia questionar se deve haver lágrimas reais,
mas seria difícil discordar do ponto que ele estava, sem dúvida, fazendo. O inferno
é um lugar horrível, e o remorso deve ser sentido por quem vai lá. O Inferno
certamente não é um assunto leve e não deve ser tomado como tal por aquele que
fala.

Às vezes a razão pela qual o remorso não existe é que o inferno é pregado com a
atitude: “Isso é o que você merece, então é isso que você recebe, e o inferno é
para onde você vai.” Verdade, todo mundo no inferno está lá por suas próprias
escolhas. Cristo não os rejeitou, mas eles O rejeitaram. Mas se não conseguimos
encontrar remorso por aqueles que estão indo para lá, é melhor perguntar por que
estamos falando sobre o assunto.

Um pregador foi perguntado por que ele não pregou sobre fogo do inferno. Logo
depois, o pregador tentou, e a mensagem não foi boa. Um bom ouvinte
aconselhou-o que, se quisesse pregar sobre o inferno, deveria pregar com amor,

44
Encontrado online em http://www.sermoncentral.com/pastors-preaching-articles/r-larry-moyer-four-dangerous-
ways-to-preach-about-hell-1757.asp . Usado com permissão.

68
não com ódio. Ele advertiu o pregador a não pregar sobre o inferno como se fosse
para onde ele queria que seus ouvintes fossem, mas sim como se fosse um lugar
do qual ele queria salvá-los.

Eu falei pessoalmente sobre inferno, mas posso sinceramente dizer que nunca foi
sem remorso. Eu não estou aplaudindo a mim mesmo. A razão pela qual eu não
posso fazer isso sem remorso é muito pessoal.

Criado em uma fazenda de gado leiteiro, cheguei a Cristo através do esporte da


caça. Ao contemplar o ar livre, estava convencido de que deveria haver um
Deus. Design e natureza significavam amor e amor significava presença. Então
minha pergunta se tornou: “Onde ele está, e como você pode tocá-lo, conhecê-
lo, senti-lo etc.?”

Eu decidi estudar a Bíblia. No começo eu pensei que era o livro mais chato e
confuso que eu já li. Mas eu continuei lendo, até que uma noite eu me ajoelhei
ao lado da minha cama na fazenda de gado leiteiro e disse: “Deus, o melhor que
eu sei, estou confiando em Cristo para me salvar.” Minha vida explodiu. Ao
crescer como cristão, percebi o que Deus havia feito. Ele me levou da criação ao
Criador, a Cristo. (Essa é uma das razões pelas quais eu gosto de falar nas
Festas de Jogos Selvagens. Depois de mostrar mais de 90 slides de caça em
uma apresentação do PowerPoint, dou meu testemunho. Como essas reuniões
têm 80% de pessoas perdidas, você pode imaginar quão animado eu fico como
evangelista!).

Enquanto eu estava fazendo tudo isso procurando por Deus, algo muito
dramático aconteceu uma noite. Eu tive um sonho. Foi tão real quanto este artigo
que estou escrevendo. Eu fiquei na beira do inferno prestes a ser lançado por -
adivinha quem? Jesus Cristo mesmo. Foi aterrorizante.

Eu não acredito em interpretar tudo o que acontece na vida por nossos sonhos -
Deus me livre - mas esse sonho desempenhou um papel real em me trazer a
Jesus. Agradeço a Deus por esse sonho, porque a realidade de ir para o inferno
era tão grave que eu não posso nem falar sobre o inferno sem um sentimento de
remorso. Eu oro a Deus que nunca mude.

Quando vejo Jesus falando do inferno nas Escrituras, não consigo encontrar um
lugar onde ele fez isso com uma sensação de satisfação e alegria. Em vez disso,
foi com remorso, como se o inferno fosse o último lugar que ele queria enviar
alguém. Nós devemos sentir o mesmo remorso, e se nós não estamos sentindo,
falar sobre o inferno seria melhor deixar para outros pregadores.

2. Quando fazemos isso para lutar contra pecados particulares

Os pregadores adoram falar com autoridade e devem, especialmente se estiverem


pregando a Palavra. Mas às vezes essa autoridade é mal utilizada. Eu ouvi
pregadores dizerem: “Você quer saber onde os abortistas vão? Você quer saber
onde os violadores vão? Você quer saber onde Deus envia os homossexuais?”
Quando ouço isso, muitas vezes eu quero me aproximar e dizer: “E você quer
saber para onde Larry Moyer merece ir?” Eu não sou um abortista, estuprador ou

69
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo

homossexual, mas tenho pensamentos indelicados e atitudes egoístas. Meu


Salvador colocou todos no mesmo grupo. Ele disse: “Porque do coração procedem
os maus pensamentos, homicídios, adultérios, prostituição, furtos, falsos
testemunhos e blasfêmias (...).” (Mt 15.19).

Permita-me ser transparente. Para mim, a homossexualidade é uma das coisas


mais repugnantes imagináveis. Como duas pessoas do mesmo sexo podem até
alegar ter relações sexuais - até mesmo se divertirem umas com as outras - é mais
do que incompreensível. Eu não consigo nem entender. Um dia, eu estava falando
sobre o assunto com um amigo que concordava plenamente comigo. Então ele
disse algo de que eu nunca me recuperei - felizmente. Seu comentário foi: “A
maneira como você e eu nos sentimos em relação à homossexualidade em
particular é a maneira como Deus se sente em relação ao nosso pecado em geral”.

Está certo. As pessoas que rotulamos como abortistas, assassinos e homossexuais


merecem ir para o inferno - mas também os adúlteros, mentirosos, pessoas
orgulhosas e de fato todas as pessoas, inclusive pregadores, que vivem boas vidas
religiosas, mas nunca vieram a Cristo.
O inferno nunca deve ser usado para combater pecados específicos, mas deve
ser usado para declarar a punição justificada para todos os que pecaram e não
receberam o perdão. Afinal, um único pecado é o suficiente para separar uma
pessoa de Deus, e esse pecado pode ser uma simples “mentira branca”.

Não são aqueles que cometem um pecado em particular que merecem ir para o
inferno; são aqueles que pecaram - ponto - e rejeitaram o pagamento do Filho
por causa do pecado.

3. Quando enfatizamos as más notícias e reduzimos a importância das boas


novas

O inferno não é apenas uma má notícia; é a pior notícia que há para ouvir. D.L.
Moody supostamente compartilhou Cristo com um jovem. O homem tinha
dificuldade em entender sua necessidade de Cristo. Em um ponto, ele disse a D.L.
Moody, “Se eu pudesse ver o céu por cinco minutos, eu acreditaria.” D.L. A
resposta de Moody foi: “Se você pudesse ver o inferno por cinco segundos, você
acreditaria.”

O inferno é mais do que ruim; é horrível. Mas o inferno ser tão horrível é uma coisa
que faz o céu tão brilhante. Jesus não quer que ninguém vá para o inferno. Então,
o que ele fez? Ele morreu como um substituto por todos. Porque um homem
perfeito tomou nosso castigo e se levantou vitoriosamente no terceiro dia, o que
Deus nos pede para fazer? Venha como um pecador, reconhece que Cristo morreu
por nós e ressuscitou e depositou nossa confiança somente em Cristo para nos
salvar. Imagine isso: não somos salvos confiando em Cristo, mais nossa frequência
à igreja, ou Cristo, mais nossa boa vida, ou Cristo, mais nosso batismo, ou Cristo,
mais os sacramentos. Somos salvos confiando somente em Cristo para nos salvar!
No momento em que confiamos em Cristo, Deus nos dá o céu completamente
gratuito.

Você já ouviu algo melhor? Eu não, e estou convencido de que nunca vou ouvir.
Isso é o que eu amo em ser um evangelista. Eu sou o portador das melhores
notícias que as pessoas já ouviram! É também por isso que não importa se é um na

70
audiência ou mil; eu fico animado em compartilhar isso.

É também por isso que, se eu pregar sobre o inferno, eu não posso sair do púlpito
sem ter explicado as boas novas tanto quanto ou mais do que as más. Eu não
quero que o público saia apenas sabendo que, aparte de Cristo, eles estão indo
para o inferno. Eu quero que eles saiam sabendo e compreendendo que, por pior
que seja a má notícia, há boas notícias igualmente difíceis de entender: um Deus
que tanto ama os pecadores do inferno que ele está projetando um lugar para
aqueles que escolhem não ir para o inferno. Sua promessa me empolga. “Pois vou
preparar-vos lugar. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei
para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14.2–3).

É uma obrigação moral perante homens e mulheres - e mais importante diante


de Deus - que, ao enfatizar as más notícias, enfatizemos igualmente ou ainda
mais as boas novas. Não fazê-lo é ser um mordomo infiel da mensagem que
Deus tem para darmos às pessoas.

4. Quando tiramos a Escritura do contexto

Como meu mentor e amigo Haddon Robinson diz: “Quando você diz ‘assim
diz o Senhor’, é melhor você estar certo. Essa é uma afirmação
impressionante.” Infelizmente, porém, há aqueles que leem a palavra
“inferno” nas Escrituras e, em seguida, partem para falar, nunca examinando
o contexto. Ao fazer isso, eles frequentemente pregam suas palavras, não a
Palavra.

Marcos 9.43–48 é uma passagem muito eficaz para falar sobre o inferno.
Infelizmente, existem aqueles que a usam para pregar um falso evangelho.
Três versos desse parágrafo dizem: “E, se tua mão te faz tropeçar, corta-a;
pois é melhor entrares maneta na vida do que, tendo as duas mãos, ires
para o inferno, para o fogo inextinguível...E, se teu pé te faz tropeçar, corta-
o; é melhor entrares na vida aleijado do que, tendo os dois pés, seres
lançado no inferno...E, se um dos teus olhos te faz tropeçar, arranca-o; é
melhor entrares no reino de Deus com um só dos teus olhos do que, tendo
os dois seres lançado no inferno” (Marcos 9.43,45,47). Alguns usaram esta
passagem para explicar que, a menos que você entregue sua vida a Cristo,
você não poderá ser salvo e um inferno eterno estará à sua espera. Em
outras palavras, Deus quer suas mãos, seus pés, seus olhos, seu tudo.

Existem três problemas com esta explicação: Primeiro, a vida eterna é um


presente gratuito sem amarras. Entregar nossas vidas a Cristo faz parte do
discipulado, não da salvação. Segundo, se tivéssemos que entregar
completamente nossas vidas a Cristo para sermos salvos, como um
professor da Bíblia diz: “Não haveria um cristão na face da terra”. Qualquer
cristão honesto diria a você que há dias e lugares que nos retemos.

Em terceiro lugar, este não é o verdadeiro significado da passagem. O


simples ponto que Cristo estava fazendo é que não vale a pena ir para o
inferno. Se o que a mão toca, onde os pés nos levam, ou o que os olhos

71
Aula 4: Como mostrar sabedoria no evangelismo

veem nos impedem de vir a Cristo, seríamos pessoas muito inteligentes para
cortar a mão, cortar o pé ou arrancar o olho. Nós estaríamos melhor com um
de cada do que estar separados de Deus com dois. Que palavra poderosa!
Um artista do passado foi questionado: “Quando você começou, disse que
queria ser rico, queria ser famoso e queria ser feliz. Você é rico e você é
famoso - você está feliz?” O artista imediatamente confessou que ele era
mais solitário do que já havia sido. Depois que ele morreu, sua madrasta,
que deveria conhecê-lo como qualquer outra pessoa, teria feito o
comentário: “Ele nunca encontrou a única coisa que realmente queria:
Deus.”

O inferno precisa ser pregado, mas nunca de uma maneira que tire as
Escrituras fora do contexto. Se nós pregamos sobre o inferno, tem que ser
da mesma forma que pregamos sobre todo o resto - não pregar nossas
palavras, mas a Sua Palavra.

Conclusão

Há momentos para pregar sobre inferno, mas também há momentos de não se pregar
sobre o inferno. Vamos nos certificar de que estamos pregando sobre o inferno da
maneira certa e nos momentos certos. Temos uma responsabilidade diante de Deus de
explicar às pessoas quão terrível é esse lugar de tormento. Vamos nos certificar de que
- enquanto nossos ouvintes veem nossas expressões, ouçam nossas vozes, observem
nossos comportamentos e tudo mais a nosso respeito -, eles veem um Deus que nos
pede com o maior amor que ele pode oferecer: “Venha a Jesus.”

72
Aula 5: Como orar enquanto se evangeliza
Perguntas a considerar:

• Qual é o significado entre aprender a falar aos incrédulos sobre Deus e aprender
como falar com Deus sobre os incrédulos?
• O que especificamente você deve orar ao procurar evangelizar?
• Quais referências do Novo Testamento fala sobre orar e compartilhar o
evangelho?
• Onde o Novo Testamento coloca a ênfase na oração: o incrédulo ou o crente
que está compartilhando com o incrédulo?
• Qual é a correlação entre o elemento humano na evangelização e o elemento
Divino?
Notas de aula: Como orar enquanto se evangeliza por Dr. R. Larry Moyer

Você tem que dar especial atenção em como você se comunica com Deus, sobre os
não-cristãos que você quer alcançar.

A oração, no que se refere ao evangelismo, confunde muitos do povo de Deus. Qual é


a relação da oração com o evangelismo? Para responder a essa pergunta, devemos
estudar os versículos que lidam com a oração em um contexto evangelístico. E ao
fazê-lo, descobriremos seis objetos de oração relacionados especificamente ao
evangelismo. E, se você olhar para esses seis pontos, descobrirá seis elementos que
se relacionam especificamente com a oração no que se refere ao evangelismo.

1. Ore por ____________________________

Lucas 10.2 “E lhes fez a seguinte advertência: a seara é grande, mas os


trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao Senhor da seara que mande
trabalhadores para a sua seara”.

• A obra é muito grande, mas poucos são os trabalhadores.

• Mantenha em mente, você pode ser a resposta para suas próprias


orações.

• Não importa onde você vá, nunca há trabalhadores suficientes para


espalhar a mensagem.

73
Aula 5: Como orar enquanto se evangeliza

2. Ore pela ____________________________

Colossenses 4.3 “Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós, para que Deus
nos abra porta à palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo, pelo qual
também estou algemado”.

• Uma pessoa com uma mensagem precisa de oportunidade para


compartilhá-la.

• Deus tem que providenciar a oportunidade.

3. Ore pela ____________________________

Atos 4.29, 31 “agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus
servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra… Tendo eles orado,
tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e,
com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus...”.

• Ousadia necessária para vencer o medo em vez do medo vencer a


ousadia.

• Diga a Deus que você está com medo e peça a Deus por ajuda. Ore para
que se torne tão natural falar com outros sobre Deus quanto é falar sobre
a previsão do tempo.

4. Ore pelo bom ____________________________________

2 Tessalonicenses 3.1 “Finalmente, irmãos, orai por nós, para que a palavra do
Senhor se propague e seja glorificada, como também está acontecendo entre
vós.”

• À medida que o evangelho é espalhado, ele precisa ser acompanhado


para que haja progresso.

74
5. Ore por ____________________________

2Tessalonicenses 3.2 “e para que sejamos livres dos homens perversos e maus;
porque a fé não é de todos”.

• Em todo lugar há aqueles que se opõem ao evangelho.

6. Ore por ____________________________

1Timóteo 2.1-4 “Tu, pois, filho meu, fortifica-te na graça que está em Cristo
Jesus. E o que de minha parte ouviste através de muitas testemunhas, isso
mesmo transmite a homens fiéis e também idôneos para instruir a outros.
Participa dos meus sofrimentos como bom soldado de Cristo Jesus. Nenhum
soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é
satisfazer àquele que o arregimentou”.

• Ore por indivíduos por nome!

• O que está acima de tudo na mente de Deus, deve ser o mais importante
para você - A salvação deles.

• Apesar de ser bíblico orar pelo perdido, a ênfase do Novo Testamento é


orar pelo crente que está evangelizando.

Conclusão: “A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, pois, ao


Senhor da seara que mande trabalhadores para a sua seara” (Lc 10.2).

Você precisa _____________________________ como se tudo dependesse de você.

Você precisa _____________________________ como se tudo dependesse de Deus!

75
Aula 5: Como orar enquanto se evangeliza

Uma palavra sobre Lucas 18:

O desejo de Deus não é que você o explique, mas que você o obedeça.

76
Artigo 10: Três maneiras de recuperar um coração pelos incrédulos45
Por Dr. R. Larry Moyer

Quando chegamos a conhecer o Salvador, nossos desejos e interesses mudam.


Muitas vezes achamos que é mais agradável estar perto dos crentes e, muitas vezes,
esquecer ou ignorar aqueles que não conhecem a Cristo. O que pode ser feito para
reacender nossa preocupação pelos incrédulos? Aqui estão algumas ideias simples e
práticas:

Aproxime-se de Jesus

Precisamos reconhecer que a despreocupação pelos incrédulos é - pelo menos em


parte - uma questão de crescimento espiritual. Se tomarmos as Escrituras à primeira
vista, simplesmente não há como chegar perto de Cristo sem ver o quanto ele se
importa com aqueles por quem ele morreu (Lc 19.10). Se quisermos pensar em nós
mesmos como cristãos em crescimento, um bom termômetro bíblico de nosso
crescimento seria: “Quão preocupado estou com as pessoas perdidas?” Um
relacionamento genuíno e crescente com ele deve levar a uma proximidade crescente
com os não-cristãos.

Peça a Deus para restaurar sua preocupação por não-cristãos

Podemos falar com Deus sobre nossa falta de preocupação com os perdidos,
enquanto falamos sobre nossas tentações, dificuldades financeiras, problemas de
emprego ou dificuldades conjugais. Podemos ir até ele e dizer: “Deus, é fácil conversar
contigo, mas o que eu quero dizer a você não é fácil de falar. Você me ajudaria a
desenvolver o mesmo tipo de coração que você tem - um que cuida daqueles que não
te conhecem? 1 João 5.14–15 assegura: “e esta é a confiança que temos para com ele:
que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve. E, se sabemos
que ele nos ouve quanto ao que lhe pedimos, estamos certos de que obtemos os
pedidos que lhe temos feito.” Não há dúvida de que tal oração é de acordo com sua
vontade, então quando oramos por um coração como o dele, podemos esperar uma
resposta.

45Encontrado online em http://evantell.org/Tools/Article-Detail/Article/18/3-Ways-to-Regain-a-Heart-for-Unbelievers.


Usado com permissão.

77
Aula 5: Como orar enquanto se evangeliza

Passe tempo com incrédulos

Outra maneira de recuperar a preocupação pelos incrédulos é examinar nossas


vidas. Jesus foi movido de compaixão pelas multidões que o seguiram e ansiavam por
ele ser o Pastor deles e reuni-los em seu rebanho (Mt 9.36). Se compartilharmos essa
compaixão, devemos passar tempo com pessoas perdidas na esperança de conduzi-
las ao Salvador.

Comece a pensar em não-cristãos que você conhece. Seja realista. Em vez de tirar
coisas da sua agenda, considere maneiras de trabalhar as pessoas em sua agenda.
Um jogo de sexta-feira à noite em uma escola local poderia ser facilmente desfrutado
com a companhia de um incrédulo. Uma dona de casa não cristã pode apreciar um
passeio no shopping. Tenha em mente que até mesmo uma hora juntos agora pode
levar a uma tarde juntos mais tarde - e uma excelente oportunidade para explicar a
graça de Deus provada na cruz.

Você vai recuperar sua preocupação com a perda da noite para o dia?
Provavelmente não. Mas em uma questão de tempo, você vai descobrir que está mais
adiantado do que estava. Não é apenas onde você está, mas também a direção em
que você está indo, isso é importante. Se daqui a seis meses você puder dizer: “Eu
tenho uma preocupação muito maior com pessoas perdidas agora do que há seis
meses, e aqui está a prova...” Você saberá que está no caminho certo.

78
Artigo 11: Como vencer o medo no evangelismo — passos iniciais46
por Dr. R. Larry Moyer

O medo faz mais para impedir nosso testemunho do que qualquer outro item
isolado. Como superar um problema tão devastador? Para começar a superar o medo,
duas coisas devem ser mantidas em mente.

Primeiro, o medo no evangelismo é normal. Assegura-lhe que você é um ser


humano normal. Afinal, o apóstolo Paulo temia evangelizar. Como ele admite entrar em
Corinto? Ele determinou ser fiel à mensagem de Cristo e da cruz, mas ele admite estar
com eles “em fraqueza, em temor e em muito tremor” (1Co 2.3). Em uma cidade repleta
de impiedade, impureza e vício, esse medo é certamente compreensível.

Paulo não está sozinho. Pedro e João tinham igual razão para ter medo. Em Atos 4,
temos a primeira perseguição registrada pela igreja primitiva. Ordenado a não falar ou
ensinar em nome de Jesus (v. 18), o que Pedro e João fazem - pairam em um canto,
oram pelo arrebatamento ou imploram a Deus que envie fulano? Nem por um minuto!
Em vez disso, somos ensinados que eles colocaram seus medos diante de Deus.
“Agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem
com toda intrepidez a tua palavra” (At 4.29).

Se as pessoas com esse tipo de compromisso com o Salvador estão com medo, por
que não estaríamos? Afinal, o medo no evangelismo não tem nada a ver com a
presença ou falta de espiritualidade. Tem tudo a ver com ser humano. Não ousemos
assumir que, porque temos medo, há algo errado em nossa caminhada com o Senhor.
Como lidamos com nosso medo pode ser afetado por nossa caminhada com o Senhor,
mas a presença do medo em si nunca é atribuída nas Escrituras a uma falta de
profundidade espiritual.

Com isso em mente, uma segunda coisa a lembrar é que a questão é superar o
medo, não remover o medo. Este lado do céu sempre terá momentos de medo. O
apóstolo Paulo pediu oração para que “seja-me permitido falar, para que eu possa abrir
a minha boca ousadamente para tornar conhecido o mistério do evangelho” (Ef 6:19).
Quando Paulo escreveu estas palavras, ele as estava escrevendo como prisioneiro em
Roma. Quando ele estava na prisão, ele teve tempo de pensar em suas experiências
evangelísticas. Paulo passou três anos em Éfeso e Deus o usou poderosamente. Ele
não apenas estabeleceu uma igreja cristã forte em Éfeso, com
o também enviou mensageiros pelos quais toda a província da Ásia foi evangelizada.
Igrejas foram estabelecidas em cada um dos seus principais centros populacionais.

Você quer dizer que o apóstolo Paulo está realmente pedindo orações por ousadia
no evangelismo depois de sua extensa experiência? Certamente. Ele sabia muito bem

46 Encontrado online em http://evantell.org/Tools/Article-Detail/Article/10/How-to-Overcome-Fear-in-Evangelism-


Initial-Steps. Usado com permissão.

79
Aula 5: Como orar enquanto se evangeliza

que, uma vez que o medo levanta sua cabeça feia e é tratado, ele não se vai para
sempre - nunca tendo que ser tratado novamente. Em vez de pensar em termos de
nunca ter medo, Paulo teve que pensar em termos de superar o medo cada vez que se
tornasse um grande obstáculo para compartilhar o Evangelho.

Momentos de medo sempre estarão lá. Qualquer um que diga que nunca tem medo
de compartilhar de Cristo provavelmente não será honesto com você. O medo no
evangelismo é normal e natural. Neste lado do céu ocorrerá e voltará a ocorrer. Dizer:
“Eu não testemunho porque tenho medo” é uma explicação. Que isto não se torne uma
desculpa. A questão é o que fazemos com o nosso medo.

80
Aula 6: Mudando uma conversa para questões
espirituais

Perguntas a considerar:

• Como você sabe quando é o momento certo de mudar uma conversa para o
tópico de assuntos espirituais?
• Que áreas específicas de interesse o ajudarão a construir um terreno comum
com alguém que você acabou de conhecer pela primeira vez?
• Quão útil é aprender como fazer boas perguntas para manter uma conversa?
• Que tipos de perguntas são mais benéficas?
• Qual é a responsabilidade de Deus e qual é nossa responsabilidade ao
conversarmos com as pessoas sobre as Boas Novas de Jesus Cristo?

Notas de aula: Mudando uma conversa para questões espirituais


Por Dr. Larry Moyer

Para muitos crentes, esse pode ser o aspecto mais assustador do evangelismo! Antes
de abordamos esse assunto, é importante que você perceba no que essa aula está
baseada e construída:

1. A suposição de que você está orando por oportunidades para o evangelismo,


como encontrado em Colossenses 4.2-4
2“Perseverai na oração, vigiando com ações de graças. 3Suplicai, ao mesmo

tempo, também por nós, para que Deus nos abra porta à palavra, a fim de
falarmos do mistério de Cristo, pelo qual também estou algemado; 4para que eu
o manifeste, como devo fazer”.

2. Princípios de sabedoria em relação aos não-cristãos, encontrados em


Colossenses 4.5-6 (e outras seções das cartas do Novo Testamento)
5 “Portai-vos com sabedoria para com os que são de fora; aproveitai as

oportunidades. 6A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal,


para saberdes como deveis responder a cada um”.

3. Princípios de sabedoria em relação aos não-cristãos, encontrados em exemplos


de conversas entre crentes e não crentes, registrados nos evangelhos e Atos.

81
Aula 6: Mudando uma conversa para questões espirituais

Com isso em mente, como mudar uma conversa para questões espirituais?

Aqui está a ideia principal. ________________ e _________________!

• Abrir a conversa, aproveitar imensamente e buscar qualquer maneira possível


para transformá-la em coisas espirituais.

1. Crie uma atmosfera ______________.

• Faça com que eles sintam que encontraram um amigo para que você possa
contar a eles sobre o seu Amigo.

2. _______________, não _________________!


Não há apenas uma maneira de transformar uma conversa em coisas espirituais.
Existem tantas maneiras como as pessoas a quem você pode falar.

3. Faça perguntas que movam a conversa do ______________ para o


_________________.

• Você não começa com a retórica da Bíblia! Seu primeiro objetivo não é fazê-la
falar sobre coisas espirituais. É fazê-las falar!

Fale sobre três áreas nas quais eles têm conhecimento e dê à sua mente a
liberdade de pensar.
Pergunte sobre sua:
1) Família – quantos, interesses familiares, vocação
2) Trabalho – o que ele faz, quanto tempo está lá, o que ele gosta ou não gosta
3) Background – de onde ele é, educação, interesses especiais

Nota: Se eles estão ___________________ para você como pessoa, suponha que
seja uma oportunidade de falar sobre coisas espirituais.

4) Você já leu ou pensou sobre quaisquer ideias religiosas?


5) Você está interessado em coisas espirituais?
6) Você teve algum contato com igrejas ao longo dos anos?
7) Você ouve mais e mais pessoas falando sobre Cristo ou o Cristianismo.
Quem você acha que ele é?”

82
4. Faça ______________ que lhe permita___________ no evangelho. Pode ser
extremamente útil perguntar (nesta ordem):

1) “Posso fazer uma pergunta mais pessoal?


2) Você chegou a um lugar em sua vida espiritual onde você sabe que iria para o
céu ou está em algum lugar ao longo do caminho? [OU] (Se fosse possível
conhecer Deus de maneira pessoal, você gostaria de saber como?)
3) Se você fosse morrer hoje à noite e ficar diante de Deus e ele lhe perguntasse:
‘Por que você deveria entrar no céu?’ O que você diria a ele?
4) Alguém já pegou uma Bíblia e te mostrou como você pode saber que você iria
para o céu? [OU] (como você pode conhecer Deus pessoalmente) Me permite?”

5. Apresente o __________________.

Lembre-se: O evangelho pelo qual somos salvos é que Cristo morreu por nossos
pecados e ressuscitou dos mortos.

Aprenda com a experiência prática daqueles que o fazem.

À medida que você transforma conversas em coisas espirituais, há três lições que são
aprendidas através da experiência prática e confirmadas pelos princípios das
Escrituras, que permitirão reduzir seu medo ao abordar os não-cristãos:

• Prepare-se para o _______________, não o _________________!

Alguns estudos mostraram que 92% do que você e eu nos preocupamos nunca
acontece. Às vezes, nosso problema é que, antes mesmo de começarmos a
compartilhar Cristo com alguém, já determinamos qual será a resposta. Não leva mais
tempo para pensar em coisas positivas (em fé) do que pensar negativamente. Com
base em João 4.35 e 1 Timóteo 2.4, temos todos os motivos para sermos otimistas.

João 4.35, “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos
digo: erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa!”.

1Timóteo 2.4, “Que quer que todos os homens sejam salvos.”

83
Aula 6: Mudando uma conversa para questões espirituais

• As pessoas respondem de maneira ______________________!

No processo de evangelização, encontraremos pessoas em diferentes estágios de


prontidão espiritual. Reconheça que Deus pode nos usar para fazer a semeadura em
alguns, e fazer a colheita em os outros (Jo 4.35-38)

João 4.35-38 “Não dizeis vós que ainda há quatro meses até à ceifa? Eu, porém, vos
digo: erguei os olhos e vede os campos, pois já branquejam para a ceifa. O ceifeiro
recebe desde já a recompensa e entesoura o seu fruto para a vida eterna; e, dessarte,
se alegram tanto o semeador como o ceifeiro. Pois, no caso, é verdadeiro o ditado: Um
é o semeador, e outro é o ceifeiro. Eu vos enviei para ceifar o que não semeastes;
outros trabalharam, e vós entrastes no seu trabalho”.

• Deus considera você responsável pelo ________________ não pela


____________________!

Evangelismo é compartilhar as boas novas de Cristo com a intenção de ver uma


pessoa confiar em Cristo. Se ele faz ou não é responsabilidade de Deus. Deus pediu
que você trouxesse Cristo para os perdidos, não para trazer os perdidos para Cristo (Jo
6.44)!

João 6.44 Ninguém pode vir a mim a menos que o Pai que me enviou o trouxer. E eu o
ressuscitarei no último dia.

Nota: Você não aprende a _______________ aprendendo como mudar uma conversa
para questões espirituais. Você aprende como mudar uma conversa para questões
espirituais _________________!

Pessoas que são consistentes têm algumas das melhores oportunidades.

84
Artigo 12: Aprendendo através das oportunidades perdidas
por Matt Smith

Era uma tarde de sexta-feira em novembro de 2013, quando minha esposa, nossos
dois meninos pequenos e eu estávamos indo para Myrtle Beach para o casamento de
uma amiga. Estávamos dirigindo pela estrada em nossa minivan e tínhamos acabado
de sair da rodovia interestadual para uma estrada menor em uma parte extremamente
rural da Carolina do Sul, quando um dos pneus estourou. Assim que aconteceu, eu
puxei a van para uma estrada lateral com nada além de árvores em ambos os lados.
Saí da van, dei a volta e olhei para o pneu; estava completamente vazio. Eu também
olhei para mim mesmo, eu estava vestindo calças cáqui e uma camisa pólo. Ficar sujo
não era a maior preocupação, mas isto aumentou a frustração um pouco.

Agora voltei minha atenção para encontrar o pneu sobressalente, o macaco e o


outro equipamento necessário para nos levar de volta à estrada. Minha esposa sugeriu
olhar no guia da van localizado no porta-luvas. Eu não achei que isso fosse necessário,
afinal, eu sou um homem e posso descobrir isso sozinho. Bem, depois de olhar
embaixo da van e na escotilha e ainda não conseguir localizar o que estava
procurando, segui o conselho da minha esposa e consultei o guia. Na verdade, ela
trouxe o livro de volta para onde eu estava e apontou para a foto no livro e a parte da
van onde a peça sobressalente deveria estar localizada!

Mudei os bancos de trás e abri um painel na parede do lado esquerdo dentro da


van. Ali estava o sobressalente; não um pneu de tamanho normal, apenas “um donut”.
Peguei o pneu, tirei o kit, macaco e coloquei todo o equipamento ao lado do pneu
furado no lado direito da van. Quando comecei a posicionar o macaco sob a van para
ficar pronto e levantar a van no ar para remover o pneu ruim. Minha esposa mais uma
vez perguntou se eu queria olhar para o livro-guia em busca de ajuda. Minha resposta
foi: “Não. Estou apenas trocando o pneu. Quão difícil isso pode ser? Levantar, retirar,
colocar o outro, abaixar. Deve ser bem simples”. Eu nunca esquecerei quando comecei
a trabalhar com o macaco, mosquitos estavam zumbindo ao meu redor, fazendo com
que eu alternasse as mãos para trabalhar enquanto golpeasse na frente do meu rosto,
torcia o cabo do macaco, golpeava na frente do meu rosto, torcia o cabo do macaco e
assim por diante. Deve ter havido mil mosquitos em volta de mim, o que só aumentou a
frustração.

Assim que comecei a fazer um bom progresso ao levantar a van do chão, minha
esposa disse: “O livro aqui diz algo sobre afrouxar as porcas antes de você levantar.”
“Oh, isso não é grande coisa. Eu posso fazer isso depois que eu levantar”, eu respondi.
Bem, como se sabe, é importante soltar as porcas primeiro! É sempre melhor aprender
com os erros de outra pessoa do que com o seu. Eu não devo ter tido o privilégio de

85
Aula 6: Mudando uma conversa para questões espirituais

estar perto de pessoas que cometeram muitos erros. De qualquer forma, depois de
mais alguns minutos de trabalho para afrouxar as porcas e lutar contra os mosquitos,
tirei o pneu velho e coloquei “o donut”. Sentindo uma sensação de alívio, eu torci o
cabo de macaco várias vezes e abaixei a van de volta ao chão apenas para descobrir
que o pneu sobressalente estava meio murcho. Se eu estivesse vivendo uma
caricatura do Ursinho Pooh, este seria sem dúvida o lugar onde Ursinho Pooh
exclamaria seu famoso “Oh boo-o-o-outro!”

No entanto, teria que nos levar até um posto para que eu pudesse encher até o
ponto certo e esperançosamente nos levar ao nosso destino. Coloquei tudo de volta na
van, entrei no banco do motorista e naveguei pelo GPS procurando um posto mais
perto. Por causa do ambiente rural, eu tinha grandes dúvidas sobre encontrar um.
Enquanto movia o cursor pela tela, lá estava - uma pequena bandeira indicando algum
tipo de posto de gasolina algumas milhas à frente. À medida que nos encaminhávamos
nessa direção, parecia que, de acordo com a paisagem, estávamos nos afastando da
civilização, não nos aproximando dela. No entanto, quando chegamos a um quarto de
milha vimos um pequeno posto de gasolina, mas tinha uma pequena loja ligada a ele.
Quando entramos no estacionamento, a placa acima da oficina de reparos dizia: “Em
Deus Confiamos Consertos de Automóveis”. Quase não conseguimos acreditar em
nossos olhos! Eu sei que olhei para o céu e depois para a minha esposa e disse: “Sim,
nós conseguimos. Ha!”

Nós paramos na loja e estacionamos. Ambas as baias já tinham carros sendo


trabalhados nelas. Saí e caminhei para o homem que parecia estar no comando. Ele
era um homem negro de meia-idade com uma personalidade amigável e extrovertida.
Seu nome era Levon. Expliquei-lhe o meu problema e perguntei sobre a possibilidade
de arranjar o pneu original para que não tivéssemos que viajar muito longe com o
pequeno pneu “donut”. Ele disse que não deveria ser um problema para consertar e me
disse para trazê-lo na loja. Voltei para a van e tirei o pneu velho. Eu havia colocado em
um grande saco plástico para não ficar sujo. Enquanto eu carreguei, isto foi um ponto
de humor para Levon e alguns dos trabalhadores dele. Aparentemente, eles nunca
tinham visto alguém colocar um pneu velho em uma sacola assim. Enquanto Levon
inspecionava o pneu, voltei para a van, peguei o filho de sete meses e dei a volta na
loja segurando-o. Eu já estava pensando: “Eu preciso compartilhar o evangelho com
alguém enquanto estou aqui”. Eu simplesmente não conseguia tirar esse pensamento
da minha cabeça. Normalmente, ter um bebê em seus braços reduz as defesas das
pessoas para que você possa conversar melhor com elas. Comecei a procurar por
alguém para se envolver em uma conversa.

Eu vi um homem de pé usando um chapéu da Duke University, e notei um carro


com uma placa de licença da Duke na frente, que tinha acabado de ser rebocado em
uma caminhonete. Acontece que meu filho de sete meses que eu estava segurando
estava usando seu pijama UNC Tar Heels [equipe esportiva adversária]. Esse homem

86
deve ser fácil de se envolver em uma conversa. A oportunidade parecia certa, então
me mudei na sua direção e inicei uma conversa perguntando se o carro no caminhão
de reboque era dele e o que havia acontecido. Ele me contou tudo sobre os problemas
de seu carro e como ele esperava que ainda valesse a pena consertar e eu contei a ele
sobre nossa infelicidade com o pneu estourado.

Nós rapidamente mudamos de assunto para falar sobre basquete universitário e em


potencial para os nossos times favoritos. Enquanto continuávamos nossa conversa,
fiquei pensando no livrinho The Story 47 que eu tinha no bolso de trás e como eu iria
dividir com ele no mínimo. Eu também comecei a orar para que Deus abrisse uma
oportunidade clara para eu fazer a transição da conversa para as coisas espirituais. E
Deus providenciou isso muito obviamente. Não me lembro exatamente o que trouxe,
mas o homem me contou sobre seu melhor amigo que tinha acabado de morrer jovem
e inesperadamente alguns meses antes. Ele disse que seu amigo era muito insalubre e
não cuidava de seu corpo como deveria, mas que ninguém esperava que ele morresse.
Na minha cabeça pensei: “Agora é a hora. Não pode ser mais claro e não pode ser
mais fácil. Pergunte a ele onde ele acha que seu amigo está agora ou pelo menos
alguma coisa nesse sentido”. Eu deveria ter aproveitado a oportunidade enquanto
estava lá; mas eu não fiz. Eu deixei passar e de alguma forma nós fizemos a transição
da nossa conversa para outra coisa - eu não lembro o que - mas não era coisas
espirituais - eu sei disso com certeza.

Apenas um minuto ou dois depois e alguém me pediu para sair e mover minha van
porque estava no caminho. Enquanto eu saía, pensei comigo mesmo: “Assim que eu
voltar para lá, vou encontrar um jeito de falar com esse homem sobre o evangelho -
não importa o que aconteça”. Eu entrei na van e fiz o mudei para uma área aberta.
Assim que eu me virei e estacionei, o homem com quem eu estava conversando estava
em outro carro na minha frente; ele acenou quando passou e senti um nó no meu peito.
Era o pedaço de uma oportunidade clara e perdida. Uma imagem vívida desse homem
ainda aparece em minha mente com bastante frequência, lembrando-me do meu
fracasso.

Quando o mecânico terminou de remendar o pneu e colocá-lo de volta na minha


van, entrei para pagar determinado a falar com alguém sobre Cristo, mesmo se não se

47 Este é um livreto bem escrito, esteticamente agradável que explica o evangelho através de quatro cenas na

história de como tudo começou e nunca terminará: criação, queda, resgate, restauração. Esse recurso revela que
tudo foi bom no começo porque Deus criou dessa maneira. O homem pecou, no entanto, e isso trouxe as
conseqüências que vemos ao nosso redor, como a desobediência e a morte. Esse pecado também causou uma
grande necessidade de a humanidade ser restaurada de volta a um relacionamento correto com Deus. Jesus então
veio em nosso socorro dando Sua vida pelos nossos pecados, o que leva a uma vida de tudo sendo feito novo e
eternidade com Deus para aqueles que confiam somente em Jesus. O livreto História também pede ao leitor que
responda admitindo sua necessidade e confiando somente em Jesus para resgatá-lo. Estes podem ser
encomendados em massa em www.spreadtruth.com. Há também uma versão online que pode compartilhada
através de mídia social em www.viewthestory.com.

87
Aula 6: Mudando uma conversa para questões espirituais

apresentasse naturalmente. Eu paguei a Levon, o proprietário e mecânico, e sem


vergonha referenciei o nome de sua loja - “Em Deus Confiamos Conserto de
Automóveis”. Eu disse: “O nome de sua loja diz em Deus confiamos. Você realmente
conhece o Deus em quem você confia?” Eu ainda rio de mim mesmo pensando em
como eu disse isso. Ele respondeu: “Ah sim. Eu sou um crente em Jesus Cristo. Na
verdade, eu canto em um quarteto gospel. Venha até aqui e eu lhe darei um dos meus
cartões. Ele me entregou um pequeno cartão de visitas branco com notas musicais, um
endereço e um número de telefone nele. O título principal da carta dizia: “Levon, Junior,
e os Encorajadores Espirituais: Guerreiros do Evangelho.” Agradeci a ele, tivemos
algumas risadas curtas juntos, e então eu saí um pouco desapontado comigo mesmo,
por não ter sido um guerreiro do evangelho. Eu ainda tenho esse cartão de visita na
gaveta da minha mesa, não porque eu precise de um quarteto gospel masculino um
dia, mas porque eu preciso de um constante lembrete de que tenho de aproveitar as
oportunidades do evangelho quando elas se apresentam e não demorar.

Deixe-me descrever aqui três lições que aprendi naquele dia; e talvez você possa
aprender com a minha experiência e não com a sua. Primeiro, familiarize-se com o
manual antes de iniciar a tarefa que tem a fazer. Quando troquei o pneu da van,
poderia ter me poupado tempo e dor de cabeça se só tirasse alguns minutos para
examinar primeiro o manual no porta-luvas. Este parece ser um princípio óbvio para as
tarefas cotidianas, mas também se aplica ao evangelismo. A Bíblia é o nosso manual
sobre compartilhar o evangelho de Cristo, e os cristãos fariam bem em mergulhar nela
antes de começar a testemunhar. 2 Coríntios 5.20 declara: “De sorte que somos
embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso intermédio. Em
nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus”. A mensagem da Bíblia
é toda sobre Deus reconciliando a humanidade pecadora a si mesmo através da morte,
sepultamento e ressurreição de Jesus. O apóstolo Paulo diz que devemos ser
embaixadores de Cristo nesta obra de reconciliação. Eu não sei quanto a você, mas há
muitos dias em que eu não me sinto como um embaixador nesse sentido. Você sabe o
que ajuda? Lendo o livro de Atos e vendo como os primeiros cristãos foram para todos
os lugares espalhando as boas novas. Lendo as cartas de Paulo e vendo quantas
vezes ele falou do evangelho de Cristo. A Escritura não apenas nos motiva em nosso
evangelismo, mas também nos dá conselhos práticos. Ela nos encoraja a orar por
oportunidades (Cl 4.3), orar por ousadia (Ef 6.19), conhecer pessoas onde elas estão e
ouvi-las (Jo 4) e viver vidas transformadas que atraiam as pessoas para o evangelho
(At 16.25-34). A Bíblia também nos ensina a usar todo e qualquer caminho possível
que não seja pecaminoso para obter as boas novas. Por exemplo, Jesus e seus
discípulos usaram “falar ao ar livre no templo” (Jo 10.22-39), falar à beira-mar (Lc 5.1-
3), falar em lares (Mc 2.1- 2), apresentar o evangelho um a um (At 8. 26-39), visita
domiciliar (At 5.42), literatura (o livro inteiro de João - cf. João 20. 30-31, e falar na
sinagoga (At 17.1-4).”48

48
R. Larry Moyer. Free and Clear: Understanding & Communicating God’s Offer of Eternal Life [Livre e Claro:
Entendendo e Comunicando a Oferta de Deus de Vida Eterna] (Grand Rapids: Kregel Publications, 1997), 169

88
Em segundo lugar, aproveite a oportunidade de fazer a transição para as coisas
espirituais enquanto estiver lá. Em outras palavras, não espere por uma segunda,
terceira ou quarta abertura para perguntar a alguém sobre sua condição espiritual.
Quando a primeira oportunidade ocorrer, pegue-a; você não tem garantido outra. O
apóstolo Paulo encoraja os crentes em Colossenses 4.5 a “andar em sabedoria para
com os que estão de fora, fazendo o melhor uso do tempo.” Nossos dias são limitados,
nosso tempo é curto, geralmente temos pequenas janelas de oportunidade para
compartilhar o evangelho com alguém; aproveite o tempo quando você conseguir.
Enquanto conversava com o homem na oficina e ele começou a me contar sobre a
morte inesperada de seu amigo, essa foi a minha chance de levar a conversa para as
coisas espirituais. Eu sabia; ficou claro para mim no momento, mas deixei passar e não
tive outra chance com ele.
Terceiro, confie no poder do Espírito Santo ao evangelizar. Muitas vezes
cometemos erros no evangelismo porque tememos não ter sucesso. A verdade é que o
Espírito Santo faz o trabalho de conversão no coração de um incrédulo, mas também
transmite sabedoria a um crente ao compartilhar fielmente o evangelho. Atos 4.31 diz:
“Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do
Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus”. O Espírito lhe dará
ousadia e irá ajudá-lo a saber o que dizer quando falar com alguém sobre Cristo. Dave
Early - um plantador de igrejas, pastor e professor de evangelismo diz que muitas
vezes ele pergunta aos cristãos a seguinte pergunta: “Quantos de vocês já
compartilharam o evangelho com uma pessoa perdida e se viram dizendo coisas mais
claras e inteligentes do que você imaginou que poderia?” Toda vez que todos eles
acenam com a cabeça e respondem: “Sim”. Isto é porque o Espírito Santo se associa
com os cristãos enquanto eles compartilham o evangelho.49

49 Dave Early e David Wheeler. Evangelism Is… How to Share Jesus with Passion and Confidence. [Evangelismo é
... Como Compartilhar Jesus com Paixão e Confiança] (Nashville: B&H Academic, 2010), 142.

89
Aula 6: Mudando uma conversa para questões espirituais

90
Aula 7: Evangelismo servidor
Perguntas a considerar:

• O que é evangelismo servidor?


• O que significa combinar atos simples de bondade com a intencionalidade do
evangelho?
• Como Jesus modelou o serviço compassivo com um forte testemunho verbal?
• Por que evangelismo servidor? Por que não simplesmente dizer às pessoas a
mensagem do evangelho e deixar por isto mesmo?
• Quais são algumas maneiras práticas e específicas de combinar atos de
bondade com a mensagem do evangelho? Como uma pessoa ou igreja pode
organizar algumas dessas?

Notas de Aula: Evangelismo servidor por Dr. David Wheeler

A necessidade da hora: paixão do evangelho renovada

Os cristãos hoje cada vez mais se encontram à margem de nossa cultura... a maioria
das pessoas no ocidente não tem intenção de frequentar a igreja. A maioria só
pronuncia o nome de Jesus, ou de Cristo como um juramento.

No entanto, muitas das nossas abordagens ao evangelismo ainda assumem uma


mentalidade cristã. Esperamos que as pessoas venham quando tocarmos o sino da
igreja, ou fizermos um bom serviço. Mas a maioria da população está desconectada.
Mudar o que fazemos na igreja não os alcançará. Precisamos encontrá-los no contexto
da vida ___________________.

Descrição de Evangelismo servidor:

• Uma combinação de praticar atos simples de bondade e evangelismo pessoal


intencional.

91
Aula 7: Evangelismo servidor

• Atos de bondade abrem a porta para o maior ato de bondade que um cristão
pode dar: o ________________.

Que bondade não é:

• Dizer às pessoas o que eles querem ouvir para que se sintam bem a respeito de
si mesmas.

• Não é fazer meros atos aleatórios de bondade sem um propósito.

• Se alguém não acredita em Deus, então, provavelmente, não reconheceria que


há algo especial sobre os seres humanos. Ou seja, que nós temos a imagem de
Deus.

Verdade:

• As pessoas geralmente não são estúpidas. Elas podem dizer se nos


______________com eles.

• A maioria das pessoas não se importa com o quanto você sabe sobre Deus até
que saiba que você se importa com elas.

• Demonstrando bondade, orando por um trabalhador e dando uma boa gorjeta,


cortando a grama de um vizinho descrente, é essencial para ajudar as pessoas
a verem Cristo em nós.

92
IMPORTANTÍSSMO PARA LEMBRAR:

• Evangelismo servidor deve ser _________________ sobre compartilhar Cristo!

• Pense nisso: Não seria um gesto cruel limpar um banheiro em um restaurante


sem dizer sobre o único que pode limpar o coração de uma pessoa do pecado?

• “Nós simplesmente mostramos o amor de Cristo de uma maneira prática.”

O problema: falha na aplicação

• “Infelizmente, parece que, apesar do treinamento, a maioria das pessoas ainda


enfrenta o desafio de superar sua inércia; na verdade, saindo de nossos bancos
para os campos. Portanto, permanece a questão de como fazer com que as
pessoas em nossas igrejas realmente comecem a testemunhar?”
• A outra parte do problema: Passamos muito tempo uns com os outros como
___________________________________!

• Estar entre os perdidos e interagir mais com pessoas que não conhecem a
Cristo pode nos motivar a amar a Deus e amar mais as pessoas.

A solução:

• A solução começa com um ___________renovado por Jesus e seu


_______________.

93
Aula 7: Evangelismo servidor

• Nós, que lideramos igrejas, devemos ser homens do evangelho, demonstrando


a mudança que o evangelho faz em todas as nossas vidas. Mas vivendo com
uma paixão por Cristo. Aprofundando-se na realização do poder do evangelho e
na graça de Deus.

• Paulo (Fl 2.3, 5-7)

“Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um
os outros superiores a si mesmo”.

Ele adiante declara: “Tende em vós a mesma atitude que houve também em Cristo
Jesus”, que voluntariamente “se esvaziou tomando a forma de servo...”

A Bíblia ensina que os cristãos devem ser a _____________________ do


evangelho que eles proclamam.

O mundo incrédulo não ouvirá a verdade de nossos lábios até que eles primeiro vejam
a verdade de Cristo em nossas vidas.

A Bíblia deixa claro que não devemos ignorar as necessidades das pessoas ao nosso
redor.

Princípios fundamentais para o evangelismo servidor

• Os participantes devem ser intencionalmente evangelísticos.

94
• Os participantes devem genuinamente se importar com as necessidades das
pessoas.

• Finalmente, os participantes devem estar equipados como testemunhas


pessoais.

10 razões para o evangelismo servidor

1) É eficaz em alcançar pessoas na cultura de hoje.

2) Oferece evangelismo pessoal em um ambiente corporativo.

3) É evangelismo de baixo risco. Por isso, fornece uma maneira inicial de envolver
sua congregação no trabalho.

4) Incentiva os seguidores de Cristo a participar da missão geral da igreja.

5) Evangelismo servidor é divertido!

6) Envolve todo mundo em evangelismo, especialmente as famílias.

7) Evangelismo servidor segue o ministério modelo/exemplo de Jesus.

95
Aula 7: Evangelismo servidor

8) Permite que os leigos usem sua criatividade para iniciar oportunidades de


ministério.

9) Oferece uma abordagem eficaz na descoberta de perspectivas para o


evangelismo.

10) Evangelismo servidor irá melhorar a forma como a cultura vê o cristianismo, e a


forma como a igreja vê o evangelismo.

Como começar o evangelismo servidor pessoalmente/individualmente

Individualmente antes de coletivamente

A menos que se torne primeiro um estilo de vida que é praticado pelos indivíduos em
sua igreja, certamente não se estabelecerá no ambiente institucional.

1. Aprenda a identificar as _______________

• Aprenda as necessidades de sua comunidade.

• Identifique problemas que sua igreja possa encontrar.

• A principal preocupação de Jesus era atender às necessidades dos outros, não


as suas.

96
2. ____________ onde as necessidades estão

• Esteja disposto a ir aonde as necessidades estão.

• Como cristãos, precisamos estar dispostos a sair de nossas zonas de conforto e


interagir com culturas que podem não ser as mesmas que as nossas.

Exemplo: a mulher do poço.

Precisamos ir onde as necessidades são mais aparentes.

3. Inicie um ______________
• Desenvolva uma vida que é caracterizada por evangelismo.

• Precisamos iniciar um plano para ajudar a atender a essa necessidade. É aqui


que entra o evangelismo servidor!

• Este passo centra-se em fazer atos intencionais de bondade para outras


pessoas. Simplesmente porque elas são amadas por Deus e feitas à sua
imagem.

4. Esteja disposto a ______________


• Em João 4, depois de Jesus ter ministrado às pessoas de Sicar, ele ficou com
eles por mais dois dias.

• Precisamos estar dispostos a forjar relacionamentos com pessoas em nossas


esferas de influência.

97
Aula 7: Evangelismo servidor

• Eles precisam saber que eles não são apenas números, e que nós não estamos
simplesmente destacando o evangelismo em nossa lista pessoal de coisas a
fazer.

Como começar o evangelismo servidor coletivamente

1. Are os campos através da __________________


• Salmo 126.5 diz: “Os que com lágrimas semeiam com júbilo ceifarão”.

• Atos 4.23-31

• Uma congregação precisa ser desafiada a manter uma lista contínua de


pessoas não salvas pelas quais ela vai orar todos os dias por cada
pessoas por nome.

• Vá, mobilize-se através da atividade regular de oração.

2. Plante consistentemente a ______________ do Evangelho


• A melhor maneira de matar a colheita é nunca arar e plantar!

• Salmo 126.6 “Quem sai andando e chorando, enquanto semeia, voltará


com júbilo, trazendo os seus feixes”.

• Evangelismo é uma grande ferramenta de mobilização.

É uma maneira tremenda de espalhar a semente do evangelho.

98
3. A ________________
• Isso não é realmente de nossa conta.

• 1 Coríntios 3.6, embora outros possam plantar e regar, é Deus, e somente ele
quem “dá o crescimento”.

• Nosso chamado como crentes é sermos fiéis em arar e plantar, sempre prontos
para compartilhar quando o Pai sacar a rede para a colheita.

S.I.R.V.A. – Como começar o ES [Evangelismo Servidor]!

• S: Sempre busque o poder e a presença do Pai

• I: Identifique as pessoas

• R: Recursos - Junte recursos necessários

• V: Vá! Desocupe a igreja – Saia e VÁ!

• A: Avalie- Avalie os resultados do trabalho

99
Aula 7: Evangelismo servidor

Artigo 13: Entendendo o evangelismo servidor50


por Dr. David Wheeler

O exemplo bíblico...

Quando Jesus encontrou seus primeiros discípulos ao longo das margens do Mar da
Galileia, ele os chamou para fazer mais do que simplesmente deixar suas redes para
trás. Seu chamado foi um convite para estar envolvido tanto no evangelismo quanto no
discipulado. Em última análise, esse mesmo chamado se tornaria um pedido para viver
uma nova vida radical. Esta vida exigiu total compromisso com o exemplo de servo de
Cristo.

Assim, o renascimento espiritual dos discípulos foi tão profundo e alegre que eles não
poderiam mantê-lo para si mesmos. Como novas criações, sua fé transbordou em
todos os aspectos de suas vidas. Tanto o relacionamento deles com o Pai Celestial
como o modo como viam os não redimidos em torno deles, foram transformados para
sempre.

Os discípulos passaram três anos caminhando com Jesus, aprendendo o que


significava ser canais de seu amor, graça e serviço. Em seu papel como evangelista e
mentor, ele modelou para eles, e para nós, o que significava ser seus agentes de
esperança em um mundo desorientado, pecaminoso e ferido.

Por meio de seu testemunho, Jesus demonstrou que todas as dimensões da vida
estavam incluídas na preocupação redentora do Pai. Enquanto ele estava preocupado
principalmente com a salvação das almas espirituais eternas, ele nos proibiu de ignorar
as necessidades físicas e emocionais.

Pense nisso, o modelo de evangelismo de Jesus combina um ministério de serviço


compassivo com um forte testemunho verbal. É por isso que Jesus é mais comumente
registrado nos Evangelhos proclamando as boas novas da salvação e do perdão,
depois se movendo na multidão para tocar e curar (veja Mt 4.23-25).

50
Escrito por Dr. David Wheeler, professor de Evangelismo no Seminário Teológico Batista Liberty e Liberty
University; documento nas mãos de Matt Smith, 3 de Abril de 2014, e incluído com permissão.

100
Provavelmente, sua maior expressão verbal desse conceito é encontrada em Marcos
10. 42-45. Em resposta à mentalidade de direito de Tiago e João, que desejavam se
sentar à “direita” e à “esquerda” de Jesus quando ele entrasse em sua glória, ele
respondeu: “Sabeis que os que são considerados governadores dos povos têm-nos
sob seu domínio, e sobre eles os seus maiorais exercem autoridade. Mas entre vós
não é assim; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que
vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos.

Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua
vida em resgate por muitos”.

Todo seguidor de Cristo deve ser profundamente convencido pela instrução de se


tornar um “servo” e “escravo de todos”. Assim como Jesus lavou os pés dos discípulos,
os cristãos devem fazer o mesmo por um mundo ferido que está morrendo de vontade
de ver exemplos autênticos de um Salvador amoroso! No final, os cristãos devem
entender que um mundo incrédulo não acreditará no que dizemos sobre Cristo e a fé,
até que eles primeiro vejam a verdade manifestada através de seus seguidores. Em
certo sentido, o exemplo bíblico nos implora para envolvermos nossa fé na prática da
vida diária.

O que é evangelismo servidor...

O evangelismo servidor é uma combinação de simples atos de bondade e evangelismo


pessoal intencional. . . envolve compartilhar Cristo intencionalmente através do modelo
consistente do serviço bíblico.

O conceito é tão antigo quanto o Novo Testamento. Como muitas verdades profundas,
esta é tão simples que é facilmente perdida: Consiga um grupo de crentes, por
exemplo, numa igreja local, e comece a praticar simples atos de bondade com um
objetivo intencional de evangelismo. Em muitos casos, tais atos de bondade abrem as
portas para o maior ato de bondade que um cristão pode dar: o Evangelho.

Entenda o que significa bondade. Não significa dizer às pessoas o que elas querem
ouvir, para que elas se sintam bem consigo mesmas. Evangelismo Servidor envolve
mais do que meros atos de bondade. Existem ministérios valiosos, como levar um pão
para os recém-chegados e outros, que são úteis, mas não são explicitamente
evangelísticos. O evangelismo servidor é intencionalmente evangelístico, embora de
forma alguma procure coagir em um sentido negativo. Ao fazer um ato de bondade, a

101
Aula 7: Evangelismo servidor

testemunha diz: “Estou fazendo isso para mostrar o amor de Jesus de uma maneira
prática.” Então, quando o Espírito Santo abre a porta, geralmente através da resposta
do indivíduo: “por que você está fazendo isso ou isso”, aquele que realiza o ato de
servir tem um público cativo e passa a compartilhar seu testemunho de conversão junto
com a apresentação do evangelho. Se a outra pessoa não está aberta para discussão,
a testemunha não vai mais longe, exceto por oferecer um folheto do evangelho,
literatura ou oração. No entanto, a experiência revela que o evangelismo servidor
resulta em conversas do evangelho duas vezes mais do que simplesmente apresentar
Cristo a um estranho.

Tenha em mente que evangelismo servidor significa compartilhar intencionalmente


Cristo através do modelo de serviço bíblico.

Alguns crentes foram de porta em porta, entregando lâmpadas de graça: “Você


provavelmente vai ter uma lâmpada apagada algum dia, então aqui está uma”, diziam
eles. “A propósito, você sabia que Jesus disse que ele é a luz do mundo?” É incrível
ver como as pessoas receptivas se tornam o resultado de um simples presente ou ato
de serviço.

Os mesmos testemunhos podem ser multiplicados cem vezes em toda a América e no


mundo por congregações, ministérios estudantis, etc., e muitos outros que adotaram o
Evangelismo Servidor como um modo de semear e colher a semente do evangelho
intencionalmente. Seja alimentando lavadoras de roupas, com dinheiro em uma
lavanderia publica para compartilhar o evangelho, lavando para-brisas do carro no
shopping, distribuindo café ou refrigerantes em lojas locais, indo de porta em porta com
pacotes de pipoca de micro-ondas com uma nota anexada “Pop in [Nos faça uma
visita] e venha nos ver algum dia”, ou fornecer um embrulho gratuito para uma loja local
no natal, o Evangelismo Servidor oferece uma abordagem eficaz, se não essencial,
para compartilhar intencionalmente a fé na cultura contemporânea atual.

Cinco projetos de evangelismo servidor que funcionam...

Gas-buy-down [Desconto no combustível]. Garantir um posto de gasolina local e


comprar cada galão de gás que é vendido no horário das 11h – 13h por US$ 0,25 por
galão até 20 galões. Se o gás é de US$ 3,00 por galão, seria vendido por US$ 2,75 por
galão e a igreja iria compensar a diferença. O membro da igreja bombeia o gás e lava
os para-brisas.

102
Adotar Escolas Públicas Locais. Leve donuts frescos para a sala dos professores a
cada semana. Seja voluntário assumindo ingressos para eventos esportivos ou
alimente os professores gratuitamente em dias de serviço. Você também pode fornecer
aulas gratuitas, materiais escolares, roupas e sapatos para alunos carentes.

Além disso, forneça donuts e café para os motoristas de ônibus no início da manhã.
Um plantador de igrejas locais escolheu fazer isso apenas para que eles soubessem o
quanto seus serviços eram apreciados. Na verdade, causou uma grande agitação de
boa vontade entre os motoristas que o jornal local escolheu destacar o espírito e
coração de servo do plantador de igrejas para as pessoas. O resultado foi o
nascimento de uma nova congregação!

Lavagens de Carro por US$ 1,00. Em vez da alternativa de lavagens de carros


“gratuitas”, descobrimos que usar US$ 1,00 é muito mais eficaz. Quando um carro
chega, a pessoa é instruída a manter o dólar até que a lavagem esteja completa para
garantir que a qualidade seja boa. Quando a lavagem é feita e a pessoa tenta pagar,
eles são recebidos com uma recusa educada e um envelope com US$ 1,00, várias
ideias de como usá-lo como uma bênção para outra pessoa e a responsabilidade de
“passar adiante”.

Adote seu Vizinho. Comece orando pelos seus vizinhos sem igreja pelo nome. Dê
seguimento preparando refeições “livres”, cortar a grama, remover folhas, remover
neve, entrega de baterias de 9 volts para detectores de fumaça, etc.

Use Cartões de Conexão Intencionais. Os cartões de conexão podem dizer algo muito
simples como: “Nós só queríamos que você soubesse que nos importamos”. Na parte
de trás há um pequeno mapa para a igreja e qualquer informação pertinente. Os
cartões são bons para qualquer atividade de ES [Evangelismo Servidor], no entanto,
quando utilizados por cristãos em casos como pagar anonimamente a conta de alguém
em um restaurante, ou entrar na fila do drive through (atendimento sem sair do carro)
em um restaurante de fast food (comida preparada em poucos minutos) e pagar a
conta do carro de trás, é uma maneira eficaz de plantar sementes. Isso também
funciona no Starbucks, no Sonic (cadeia de restaurante americana) ou em qualquer
outra oportunidade.

Vá para www.servantevangelism.com para numerosas outras ideias.

103
Aula 7: Evangelismo servidor

Artigo 14: 94 Ideias de evangelismo servidor


por Steve Sjogren

Evangelismo Servidor (ES) conecta pessoas às pessoas de maneira natural, fácil, de


baixo risco e alta graça. Quem não gosta de receber um refrigerante gelado em um dia
quente? Especialmente por alguém que está sorrindo, feliz e se divertindo. ES ganha o
coração antes de confrontar a mente. Um pequeno ato de gentileza leva a pessoa a
aproximar-se de Deus, muitas vezes de maneira profunda, à medida que ultrapassa as
defesas mentais. O seguidor médio de Cristo está disposto a entregar a um estranho
uma lata de refrigerante (baixo risco). A alta graça é vista na reação típica: “Oh,
obrigado!” “Isso é tão bom!” “Eu não posso acreditar que isso é de graça!” E, “Por que
você está fazendo isso?” Gentileza constrói a ponte para a pessoa receber um toque
de amor de Deus. Adicione um convite à igreja ou outro método de conexão - até
mesmo um cartão simples com o nome da sua igreja, número de telefone e horários de
atendimento - e você alcançou alguém com o amor de Cristo! É simples, prático, eficaz,
barato e divertido! Recebemos relatos de pastores, líderes leigos e seguidores comuns
de Cristo em todo o mundo que descobriram o poder e o impacto de “mostrar o amor
de Deus de maneiras práticas”, e repetidas vezes vimos relacionamentos com Deus
nascidos desses atos simples. de bondade em nome de Cristo.

Aqui estão algumas das grandes ideias para sua igreja começar o evangelismo
servidor.

BRINDES FÁCEIS E DE BAIXO Cortesia de (Nome da Igreja)” e coloque


CUSTO um cartão de conexão em cada papel
1. Brinde de café com adesivo removível.
Use recipientes como Igloo ou garrafas
térmicas. Ofereça três opções: regular, 3. Brinde de donut (roscas) durante
descafeinado e chocolate quente. Em manhãs de engarrafamento
um dia frio, você terá pessoas desejando Esta oferta é especialmente eficaz
uma xícara de algo quente. Você quando realizada por idosos - quem
precisará de três ou quatro pessoas para pode dizer não para um tipo de avó
ajudar a distribuir café para cada copo doce? Essas garotas ficam em uma ilha
grande. Com cada bebida, damos um de tráfego em um semáforo (certifique-se
cartão de conexão. Considere ter copos de que elas estão seguras lá fora).
de papel com o nome da sua igreja e o Quando a luz
logotipo impresso. fica vermelho, eles andam até os carros
e perguntam: “Você gostaria de
2. Jornais chocolate, maple (sabor do xarope da
Algumas lojas de conveniência permitem árvore maple) ou glaysed (com cobertura
que você compre uma pilha inteira de de açúcar, canela, etc.)?” Eles então dão
jornais. Coloque uma placa no topo da a eles um cartão de conexão com o
pilha onde se lê “Jornais Gratuitos - lanche.

104
4. Brinde de refrigerante para os transeuntes. Todo mundo vai
“Oi, você gostaria de normal ou diet?” levar um rolo desses doces. Considere
Esta é a nossa abertura padrão para imprimir a mensagem do cartão de
abençoar as pessoas com um pequeno conexão em etiquetas de
ato de bondade em um dia quente. E endereçamento e colá-las na parte
funciona! Nós nos instalamos em superior do invólucro do LifeSavers.
entradas de mercearias com grandes
coolers cheios de gelo e bebidas. 7. Pirulitos
Compre bebidas de marca em vez do Estes são ótimos itens para parques,
material mais barato e coloque um cartão festivais e faculdades. Compre em uma
de conexão sob o abridor. Uma nota de loja de depósito por cerca de seis
cortesia: Às vezes, um local entra em centavos cada, e dobre uma etiqueta de
conflito com vendedores que vendem o endereçamento com informações de
que você está dando. Alguns dos críticos conexão em torno do palito.
mais irados que enfrentamos foram
vendedores que concluem que estamos 8. Pipoca
tentando colocá-los fora do negócio. A Você pode fazer sacos de pipoca antes
resposta: Fique em um local longe dos de chegar ao seu campo de trabalho, ou
fornecedores. Em casos extremos, considerar alugar/comprar sua própria
considere perguntar ao vendedor quanto máquina de pipoca estilo carnavalesco e
dinheiro ele espera perder com a nossa fazê-lo no local. Você vai atrair mais de
presença e, em seguida, forneça a uma multidão com a máquina na mão.
quantia.
9. Óculos de sol (baratos!)
5. Brinde garrafa de água Você já saiu de casa para um evento
Muitas pessoas preferem a água aos esportivo e esqueceu seus óculos de
refrigerantes. Congele embaixo garrafas sol? Muitos participantes de eventos
de água em grandes coolers como uma esportivos experimentam isso todo final
alternativa para uma oferta de de semana. Compramos grandes
refrigerantes. Use os mesmos cartões de quantidades de óculos de sol por apenas
conexão. Nós não recomendamos um quarto, o par.
combinar isso com uma oferta de 10. Cupons de sorvete
refrigerante, porque oferece muitas Aproxime-se de uma sorveteria local e
opções e fica complicado. explique seu desejo de doar milhares de
cupons de sorvete. As chances de o
6. LifeSavers (Marca americana de um proprietário / gerente estar disposto a
doce duro em forma de anel) dar-lhe um bom negócio em cupons de
Se você estiver procurando por um ponto sorvete são grandes. Anexe um cartão
de entrada acessível para muitas de conexão para cada cupom, e você
pessoas, considere este. Nós terá um projeto que irá provocar uma
compramos doce em uma loja de resposta de quase todos na cidade.
depósito por cerca de cinco centavos por
rolo. Anexamos um cartão de conexão e
distribuímos centenas desses doces SERVIÇOS

105
Aula 7: Evangelismo servidor

11. Acompanhante de Guarda-Chuva dissolveu. Recebemos relatórios de


Mães com crianças e idosos acham todos os EUA que este projeto é muito
difícil ir das lojas para os carros na eficaz.
chuva. Nós usamos enormes guarda-
chuvas de golfe para ajudar a levá-los 14. Retirada de lixo
com suas compras para seus carros com Há muito lixo para pegar em festivais e
o mínimo de umidade possível. eventos esportivos. Compre sacos de
lixo, use camisetas e luvas de plástico, e
12. Assistência para carregar sacolas traga um cartaz dizendo “Bondade em
de compras Progresso” enquanto você pega o lixo.
Mães com muitas crianças penduradas As pessoas vão notar.
nelas como coalas muitas vezes
precisam de ajuda para colocar suas 15. Sapato brilhante
malas no carrinho de compras. Os Pequeno investimento + alguma graxa =
idosos precisam do mesmo tipo de grande retorno. Fique na frente de uma
ajuda. Voluntários neste projeto mercearia em um sábado, ou talvez em
precisam parecer particularmente frente a uma barbearia. Este é um ótimo
seguros e amigáveis; crachás ou projeto para conversar com as pessoas;
camisetas da coordenação identificando você tem um público cativo enquanto
a conexão com sua organização faz com você serve!
que os servidores pareçam mais
“oficiais”. Nota: Neste projeto, quase 16. Limpeza de banheiro em local
todo mundo tentará dar uma dica, mas público
como em todos os projetos de bondade, Este é o projeto favorito de Steve
receber dinheiro corromperia o que você Sjogren. Não há nada como entrar em
está tentando comunicar: “O amor de um posto de gasolina, restaurante ou loja
Deus em um pacote prático sem de varejo e dizer ao gerente:
amarras.” Este projeto pode exigir “Gostaríamos de limpar seu banheiro de
permissão do gerente da loja no dia do graça!” Coloque um pequeno kit de
evento. limpeza em conjunto contendo uma
escova de vaso sanitário, purificador de
13. Empacotar em lojas de self-serve ar, limpador de janelas, toalhas de papel,
Um número crescente de mercearias limpador de vaso sanitário, luvas de
está cortando serviços como a borracha e um batente de porta. Não há
embalagem de sacos. Coloque nada mágico sobre a técnica aqui. Steve
voluntários nessas lojas para embalar os limpou cômodas em todo o mundo e diz
sacos para os clientes. Mais uma vez, os que são praticamente iguais às de sua
crachás ou as camisetas ou camisas de casa. Nota: Este é provavelmente um
coordenação ajudam os empacotadores dos projetos rejeitados com mais
a parecerem mais oficiais e identificam a frequência, provavelmente porque a
conexão com sua organização. A oferta para limpar um banheiro é um
primeira vez que nós nos oferecemos pouco avassaladora. Não importa - dê a
para fazer isso, o gerente estava cético, eles seu cartão de conexão, sorria e
mas a sensação rapidamente se diga: “OK! Voltaremos outra hora e

106
limparemos quando você precisar. outras pessoas, não bebem refrigerante.
Estamos apenas tentando mostrar a Fique ao longo de uma trilha de bicicleta,
você o amor de Deus de uma maneira campo de atletismo ou trilha de
prática.” caminhada e ofereça Gatorade ou água
engarrafada para os praticantes de
AO REDOR DA CIDADE exercícios.
17. Negócios de explosão
Surpreenda funcionários de empresas 21. Pague multas da biblioteca
locais com um pequeno presente, como Deixe $ 20.00 na recepção da biblioteca
uma cesta de doces. Traga um pacote local e instrua o funcionário a usá-lo para
para ser compartilhado pelos a próxima pessoa que tenha multas.
funcionários da loja e deixe um cartão de Deixe um cartão de conexão em um
conexão com a seguinte frase: envelope para a pessoa, para que eles
“Apreciamos como você serve a possam ver por que a multa foi paga.
comunidade com sua empresa e
queremos compartilhar o amor de Deus
de uma maneira prática.” Certifique-se
que você só está dando itens para os 22. Cera de surfe
funcionários, para que eles não pensem Quem diz que os não-surfistas não
que você está “solicitando” seus clientes. podem se relacionar com os surfistas?
Compre a atual marca popular de cera e
18. Brinde de refrigerante para dê um rolê na praia, cara! É um abridor
funcionários de portas, ou melhor, de pranchas.
O que você pode fazer quando negado
permissão para distribuir refrigerantes 23. Pictionary (um jogo de
em frente a um local de varejo de adivinhação no qual os jogadores
primeira linha? Ofereça-se para dar identificar palavras a partir de
refrigerantes aos funcionários. Como de desenhos feitos por outros membros
costume, coloque a placa de conexão no de sua equipe)
topo. Este foi um jogo popular no final dos
anos 80, semelhante ao Charades
19. Selos na frente dos correios (charadas). Prepare-se em um parque
Uma igreja realiza um grande trabalho de local e jogue o jogo usando um quadro
selos em 15 de abril para atrasos fiscais. branco para desenhar dicas. Completos
Não só distribuem selos, mas também estranhos começarão a participar,
oferecem café e donuts (roscas) - especialmente se seu grupo for amigável
alimentos para recuperação do estresse. e animado. Quando os espectadores
Voluntários aguardam as caixas de adivinharem corretamente a resposta,
correio com uma mesa de cartas cheia permita que eles joguem a próxima
de comida e selos. rodada. Após 15-20 minutos, faça uma
pausa, sirva refrigerantes e converse
20. Gatorade em trilhas de bike com os visitantes um a um.
Algumas pessoas conscientes quanto a
saúde, como corredores, ciclistas e

107
Aula 7: Evangelismo servidor

24. Bolas de golfe Fique próximo à estação de pedidos. À


O golfista médio perde três ou quatro medida que os clientes aumentam,
bolas por passeio, então dê bolas de ofereçam-se para pagar a diferença
golfe impressas no campo de golfe local. entre o pedido e o tamanho maior, que
Imprimir o nome e a mensagem da sua geralmente é de cerca de 39 centavos.
igreja em bolas de golfe é Sua oferta fará com que o restaurante
surpreendentemente acessível, e se inteiro fale.
perder no curso, outro golfista irá buscá-
la mais tarde e receber sua mensagem. 29. Alimente os pássaros e reabasteça
(o alimentador) nas casas de asilo
25. Pino de golfe (equipamento que Forneça um alimentador de pássaros em
levanta a bola de golfe) acrílico - o tipo com ventosas que se
Os golfistas nunca podem obter o prendem à janela. Regresse
suficiente destes pinos. Pinos de golfe ocasionalmente para abastecer o
impressos custam apenas alguns alimentador de pássaros e verificar o seu
centavos cada. Alguns campos de golfe novo amigo idoso. Nota: A maioria dos
até os entregam em seu balcão. evangelistas para as pessoas em casas
de convalescentes também alcançará
26. Limpeza de bolas de golfe sua família.
Claro, existem máquinas de limpeza de
bolas espalhadas pela maioria dos 30. Isca em pesca locais
campos de golfe, mas a maioria dos Aqueles que pescam com isca viva
jogadores não perde tempo. Com a precisam de vermes, larvas, peixinhos
permissão do curso, monte uma simples dourados, peixinhos ou qualquer outra
estação de limpeza e limpe as bolas de coisa. Compre estes bichos em grandes
golfe antes que os golfistas comecem quantidades em uma loja de iscas, vá até
uma rodada. A maioria dos golfistas o ponto de pesca local e distribua-os.
carrega dezenas de bolas em sua bolsa. Isso traz novo
significado ao verso do Salmo 51, “eu
27. Limpeza em praças de sou um verme, não um homem.”
alimentação
Se você conseguir colocar o pé na porta 31. Pague máquina de lavar e secar
do shopping local, pergunte se pode Traga um rolo ou dois de 25 e 10
fazer a limpeza na área de alimentação. centavos. Quando os fregueses
Juntamente com um cartão de conexão, entrarem, pergunte se eles gostariam de
considere a distribuição de toalhetes lavar a seco ou a frio. Você também pode
convenientes com o logotipo impresso fornecer detergente. Nota: Este é um
neles. projeto que funciona melhor para as
mulheres - é um pouco estranho para os
28. Aumento dos pedidos de comida homens alcançaremas mulheres neste
em fila de fast food (comida feita em cenário.
poucos minutos) e drive-through (fila
para atendimento no carro)

108
32. Fotos instantâneas para casais está vindo, para que eles possam deixar
Um casal vai se agarrar a uma foto o grill esquentando. Os bombeiros são
decente de si mesmo por anos. Prepare um ótimo grupo para servir - eles
um passeio de carruagem local ou outro realmente apreciam e falam muito na
local comum para casais e tire fotos comunidade.
instantâneas deles. Se você quiser que
fique mais chique, ofereça um porta- VIZINHANÇA
retratos feito sob medida para o 37. Ajuntamento de folhas
tamanho. Anexe um adesivo do logotipo “Nós viemos, nós vimos, nós juntamos!”
e número de telefone da sua igreja Várias pessoas em um pequeno grupo
na parte de trás. podem invadir uma vizinhança inteira em
uma única manhã de sábado. Talvez
33. Toalhetes para limpeza de mãos você não goste de limpar seu próprio
Praticamente tudo nas áreas de compras quintal, mas quando você está com um
do centro é um pouco sujo, mas não há grupo de amigos servindo em nome de
realmente nenhum lugar para lavar. Dê Cristo, uma tarefa se torna uma alegria.
às pessoas esses lenços rotulados com Muitos jardins levam apenas quinze
a mensagem da sua organização. a vinte minutos para limpar. Nota: Se
possível, vá para os bairros onde os
34. Fichas para carrinhos de compra aspiradores da cidade saem do meio-fio
Alguns supermercados em áreas (alguns o fazem). Se você os ensacar,
urbanas exigem uma ficha para obter um certifique-se de remover os sacos e
carrinho de compras. Forneça as fichas descartá-los você mesmo em vez de
aos compradores conforme eles entram. deixá-los para os proprietários.

35. Gasolina para seu vizinho 38. Cortar gramado


Quantas pessoas você vê comprando Procure grama alta, bata na porta e vá
menos do que um tanque de gasolina em frente. Vários cortadores fazem este
quando enche? Nós vemos isso tipo de trabalho rápido.
acontecendo o tempo todo - eles não
podem pagar um tanque cheio de 39. Limite o gramado
gasolina a preços de hoje. Adicione $ Se você não tem tempo para cortar um
5.00 ao seu total e impacte-os gramado inteiro, limite a entrada da
fortemente. Claro, adicione um cartão de garagem e as calçadas fazendo as
conexão. bordas. A maioria dos donos de casa não
aparam com muita frequência, por isso
36. Bifes e salmão para bombeiros precisam e são gratos.
Desde o 11 de setembro, o público em
geral ficou ainda mais consciente do 40. Limpeza de calhas de chuva
tremendo trabalho que os bombeiros e Este é um trabalho confuso, mas muito
policiais realizam todos os dias. Mostre- apreciado pelos proprietários,
lhes um pouco de bondade, fornecendo especialmente no outono. Você
alguns bifes ou salmão para grelhar. precisará de algumas escadas, sacos de
Deixe-os saber de antemão que você lixo e luvas.

109
Aula 7: Evangelismo servidor

41. Varrer a calçada ao redor das flores amarelas, popular no


Nas áreas urbanas, este é um enorme Natal) são um ótimo toque no natal.
sucesso. Às vezes, os moradores são
solicitados por associações de 47. Brindes de pacotes de semente de
moradores ou códigos da cidade para flores
varrer a área em frente às suas casas. Dê sementes de flores para celebrar a
primavera. Algumas empresas oferecem
42. Limpeza de tela a opção de imprimir o nome da sua igreja
As telas terão que ser removidas. do lado de fora do pacote.
Aplique um pouco de água com sabão e
use uma escova macia. Limpe-os e 48. Spray para ervas daninhas
reinstale. A maioria dos proprietários Spray para ervas daninhas em
nunca faz isso, embora seja uma rachaduras na calçada e áreas onde as
maneira fácil de melhorar a visão. ervas daninhas crescem. Use luvas de
43. Lixeiras retornadas da rua borracha.
Este é um projeto que você poderia fazer
por uma rua inteira a cada semana. 49. Aparar árvore
Normalmente, a coleta de lixo é feita no Compre um aparador extenso com um
início da manhã - seja o primeiro a sair. cortador de serra e polia. Cuidado com
Devolva as lixeiras para um lugar perto as linhas elétricas. Antes de aparar os
da garagem de cada pessoa (mas faça membros, obtenha a aprovação do
isso em silêncio!). Coloque uma fita proprietário.
adesiva num cartão de conexão para a
tampa de cada lata.
50. Lareira
44. Flores de porta em porta Empacote madeira e entregue no
Flores são acessíveis e todos gostam outono. Anexe sua mensagem de
delas. Esse projeto de distribuição pode conexão.
ser feito a qualquer momento, mas o Dia
das Mães é uma boa desculpa. 51. Material escolar
Distribua materiais escolares de casa em
45. Bulbos de tulipa casa, especialmente em bairros carentes
Um punhado de bulbos de tulipa é muito cuja as moradias incluem muitas
acessível. Quando as plantas se crianças.
renovarem nos próximos anos, essa
pessoa refletirá em seu ato de 52. Brinde de fruta
generosidade. Fiquei surpreso com a popularidade
deste. As pessoas gostam muito de
46. Brindes para plantas em vasos frutas frescas, e elas prontamente
Malmequer e impaciente são acessíveis aceitam. Este ato faz sucesso nos EUA.
para a compra em grande quantidade. Uma laranja, uma maçã e uma banana,
Crisântemo são ótimas no outono. junto com um cartão de conexão em um
Pequenas poinsettias (arbusto mexicano saco plástico transparente são
com grandes brácteas escarlate vistosas

110
suficientes. Isso também funciona bem cães vendido em lojas de animais. Dois
de porta em porta. garotos de dez anos de idade tocaram o
bairro inteiro cobrindo todas as casas
53. Brindes de jornal de domingo pela com um panfleto caseiro explicando seu
manhã e café projeto. Mais tarde, eles relataram a
Compre um número de jornais de lavagem de dezesseis cães e um gato
domingo, prepare um excelente café e relutante. Eles também forneceram um
visite seus vizinhos. Procure as casas colar de pulgas para cada animal de
que não têm jornal na calçada, mas não estimação limpo.
bata na porta muito cedo!
EVENTOS

ANIMAIS DOMÉSTICOS 57. Lavagem de carro


Este é um serviço prático e eficaz.
54. Doces para cachorrinhos Oferecemos uma lavagem de carros
As pessoas muitas vezes amam seus todas as semanas no verão. Tenha um
animais de estimação como membros da banner ou placa feito profissionalmente
família. Ou faça do zero um lanche para que diz “Lavagem de Carro Totalmente
cachorros, ou compre-os em uma loja de Grátis!” ou “Grátis - sem brincadeira -
animais (muitas lojas agora oferecem Lavagem de Carros!” Tenha algumas
guloseimas de alta qualidade para pessoas extrovertidas e amigáveis
animais de estimação). Enrole vários gritando alegremente com os carros
com uma fita e um cartão de conexão e passando, “Lavagem de Carro Grátis!”
distribua-os em parques ou corridas de (As ex-líderes de torcida são ótimas para
cães. esse papel!) Esse trabalho precisa de um
bom gerente de projeto para organizar
55. Limpeza de cachorrinhos voluntários, o fluxo de carros e garantir
É um trabalho desagradável, mas um trabalho de qualidade.
alguém tem que fazer isso. Jesus disse:
“Se você quer ser grande no reino de 58. Mudança de óleos para mães
Deus, seja o servo de todos.” Na solteiras
verdade, não é tão difícil com o Este é um ótimo projeto independente
equipamento certo - você pode encontrar para uma manhã de sábado no
equipamento especializado em uma loja estacionamento da igreja. Nós
de animais local. Dê um cartão de fornecemos este serviço estritamente
conexão para donos de animais e para mães solteiras, embora não
funcionários do parque na área. necessariamente apenas estas de nossa
igreja. Isso exigirá uma equipe de
56. Lavagem de cachorrinho pessoas com conhecimentos básicos de
Esta é uma ótima oportunidade de manutenção de automóveis. Existem
trabalho para as crianças. Vá até um centenas de tamanhos de filtros
parque ou uma vizinhança local à automáticos, por isso, obtenha
procura de cães e seus donos. Use um inscrições antes do evento. NB: Isso não
shampoo veterinário recomendado para

111
Aula 7: Evangelismo servidor

funciona em um posto de gasolina; o 63. Entrega de comida para


ônus para o proprietário seria injusto. introvertidos
Encontre introvertidos legítimos em sua
59. Substituição de lâmpadas vizinhança. Inicie um sistema com
Fiquem em uma estação no canto do vizinhos interessados para uma entrega
estacionamento de um shopping center. semanal de comida quente. Esta é uma
Use uma placa que diz: “Exame e grande oportunidade para os pré-cristãos
substituição de lâmpadas grátis”. em sua igreja; eles estão frequentemente
Existem apenas alguns tipos comuns de interessados em ajudar os outros,
lâmpadas usados em carros nacionais e mesmo que ainda não conheçam a
estrangeiros; tenha uma variedade Cristo, e um projeto como esse poderia
destes disponíveis. Com apenas facilmente ser um ponto de entrada para
algumas ferramentas básicas (chaves de seus corações.
fenda), praticamente qualquer pessoa
pode remover. Não use chaves de fenda INVERNO & NATAL
elétrica - elas são mais propensas a
quebrar as tampas das lentes. 64. Pá de neve
Grupos de homens tomam seus bairros
60. Grelhar cachorro-quente com pás de neve e sopradores de neve
Gostem eles ou não, cachorros-quentes e vão de porta em porta explicando o
grelhados atraem todos para perto. projeto. Os sopradores de neve não são
Mesmo quando você fornece as indispensáveis, mas podem ajudar. A
salsichas, pães e condimentos, bem maior parte das estradas e calçadas
acessível. Colocamos um banner que pode ser concluída em questão de
diz: “É hora da festa!” Forneça música e minutos. Não esqueça de trazer café e
você terá uma festa que atrairá chocolate quente para os trabalhadores
estranhos como um ímã. e vizinhos que param para assistir.

61. Palhaços 65. Raspagem de gelo no para-brisa


Traga uma equipe de palhaços para em complexos de apartamento
distribuir doces ou balões. Isso adiciona Raspe primeiro, faça perguntas depois.
diversão e emoção à atmosfera de Coloque um cartão de conexão no para-
compartilhar o amor de Deus. brisa limpo quando terminar.

62. Serviços comemorativos para os 66. Raspadores de gelo de para-brisas


sem igrejas Raspadores duram um ano ou menos,
Nós começamos a fazer serviços então no início da temporada a maioria
comemorativos gratuitos para as famílias dos motoristas precisa de outro. Imprima
dos sem igreja. Ao chegar à comunidade rascunhos com o nome da sua igreja, ou
com esse tipo de amor e apoio, você cole um adesivo com sua mensagem e
descobrirá cada vez mais que aqueles a deixe-o nos para-brisas do carro.
quem você serve irão considerá-lo como
sua igreja, mesmo que eles dificilmente
estejam ligados a você.

112
67. Recuperando carros presos na 70. Cuidar de crianças durante as
neve compras de natal
Em dias de neve pesada, envie equipes Existem alguns problemas de
com caminhões de tração nas quatro responsabilidade a serem levados em
rodas. Usando correntes e outros consideração, mas isso pode ser um
equipamentos de segurança, puxe os projeto muito útil durante as férias.
carros para fora. Leve copos de café e Obviamente, você precisará de alguma
chocolate quente para aquecer aqueles ajuda com profissionais de cuidado
que você ajuda. Um telefone celular é útil infantil para fazer isso corretamente e
se você precisar de reforços. com sabedoria.

68. Embrulhos de Natal 71. Fita adesiva


Embrulhe presentes de Natal Quem não precisa de fita adesiva no
gratuitamente para os compradores do Natal? Este foi um dos nossos brindes
shopping. Dependendo do seu shopping, mais populares - é definitivamente uma
você pode ter que alugar o espaço, forma prática de mostrar o amor de
comprar os materiais e fazê-lo nas horas Deus.
que eles pedem. Por outro lado, alguns
shoppings oferecem espaço livre, 72. Coral e doces
fornecem os materiais e são muito Organize um grupo de vocalistas e vá de
flexiveis em relação às horas de casa em casa nos bairros. Leve doces ou
embalagem. Você não está competindo um pequeno presente para dar também.
com as sofisticadas lojas de Na próxima viagem, vá em áreas de
departamentos - elas fazem um trabalho baixa renda, especialmente interiores
de primeira classe, mas você pode ajudar urbanos, e leve chocolate quente
as pessoas com pressa, aquelas com e biscoitos e sirva os moradores.
poucos ou pequenos presentes ou
aquelas que simplesmente não podem 73. Poinsettias de casa em casa
gastar dinheiro com embrulhos Leve pequenas plantas, como a
extravagantes. poinsettia, como presente “de casa em
casa”.
69. Check-in do pacote
Os compradores estão terrivelmente 74. Brinde de árvore
sobrecarregados no Natal. Montar um Poucos dias antes do Natal, os
estande no shopping com um sistema de proprietários de lotes estão dispostos a
verificação de pacotes e vigiar seus entregar as árvores. Com pick-ups,
pacotes até que eles terminem de fazer entregue-as a famílias de pais solteiros
compras. Você poderá conversar com financeiramente apertadas.
eles quando eles deixarem seus pacotes
e quando retornarem.

113
Aula 7: Evangelismo servidor

OUTROS FERIADOS Pequenas bandeiras também são


populares. Depois de escurecer, colares,
75. Brinde de doces braceletes ou gravetos que brilham no
Dê corações de chocolate para o Dia dos escuro são realmente eficazes.
Namorados em áreas movimentadas do
centro ou em frente às lojas. Esta é uma 79. Trick-or-Treat (brincadeira feita no
excelente maneira de dar um “brinde”. halloween, crianças vão de porta em
Em vez de perguntar “Gostaria de ...” porta pedir doces às famílias) ao
diga “Feliz Dia dos Namorados!” E dê a avesso
eles um coração e um cartão de Embora muitas igrejas não endossem
conexão. Você receberá muito poucas este feriado, é o segundo maior feriado
rejeições. Compre chocolate de alta nos Estados Unidos em termos de
qualidade para um efeito maior. dinheiro gasto. Usamos esse evento
para nos conectar com os pré-cristãos de
76. Rosas maneiras que eles possam entender. No
Distribua rosas ou flores em áreas sábado antes do Halloween, faça uma
centrais movimentadas ou em frente a festa à fantasia durante o dia (trajes
lojas movimentadas. Até os homens positivos - nada assustador). Agrupe
acham isso atraente, porque eles podem todos em equipes de 4 - 6. Vá de casa
dá-las de presente! Entregue uma flor e em casa e dê doces. Diga: “Sem truques,
um cartão de conexão. apenas um doce para mostrar o amor de
Deus.” Não permita que eles aceitem
77. Páscoa: casulo de borboleta doces dos residentes; apenas dê sacolas
Desde o início da história da igreja, a de doces. Deixe um cartão de conexão
borboleta tem sido um símbolo da ou tenha um cartão especial projetado
ressurreição de Cristo. Morte, mudança apenas para isso. Certifique-se de dar
e vida são todas encontradas no casulo. doces de alta qualidade. Esta divulgação
Você pode realmente comprar casulos foi muito eficaz; as pessoas são pegas
de borboletas online; é até possível de surpresa quando lhes damos alguma
comprar casulos que podem ser coisa!
cronometrados para eclodir em um
determinado dia - em um ou dois dias, de DIVULGAÇÃO NO CAMPUS DA
qualquer forma. Uma Páscoa, FACULDADE
distribuímos milhares deles com um
cartão de conexão especial; nós os 80. Pegue lixo para estudantes no
distribuímos na sexta-feira santa e eles espaço ou terreno da faculdade
nasceram no domingo de Páscoa. Este Comece visitando os complexos de
projeto é melhor para igrejas de climas apartamentos locais onde os estudantes
amenos. moram, perguntando aos moradores se
você pode levar o lixo para eles. A
78. Doações do dia da independência primeira vez, você recebe uma resposta
Pirulitos e bolas de chiclete são um não muito boa, mas com o tempo, as
grande sucesso para dia da pessoas o reconhecerão e confiarão
independência, veja o feriado similar. mais em você. Considere visitar as

114
tardes de domingo por volta das duas e, 85. Folheto de testes e folhas de
assim, você vai pegar todo mundo resposta
acordando de suas noites de sábado Muitos professores exigem que os
com ressaca e uma tonelada de lixo. exames sejam feitos em materiais de
teste específicos que os alunos devem
81. Conserto de bicicleta adquirir por si mesmos. Eles podem
Muitos estudantes andam de bicicleta incluir folhetos de teste, folhas de
para a aula. Eles geralmente precisam respostas compatíveis com
de ajustes, incluindo o aperto dos freios, digitalizações e lápis nº2. Eles não são
o alinhamento de engrenagens e a caros, mas são necessários
lubrificação de rolamentos de esferas. A (particularmente em época de provas no
criação de uma loja pode economizar meio do semestre e finais) e
dinheiro e proporcionar uma prontamente disponíveis nas livrarias do
oportunidade para conhecê-los. campus. Compre-os em grandes
quantidades com desconto e distribua-os
82. Cartões postais e selos com um cartão de conexão anexado.
Os estudantes universitários realmente
escrevem para casa de vez em quando. 86. Café e chá durante as sessões de
Forneça cartões postais completos com estudo no fim da noite
postagem com um adesivo que diz: “É Um pouco de amor e carinho vai longe.
bom escrever para sua mãe!” Inclua seu Construa um carrinho que pode ser
cartão de conexão. transportado de dormitórios para
bibliotecas para áreas de estudo. Este
83. Fotocópias terá que ser dirigido por não-estudantes.
Compre cupons de fotocópia a uma taxa
reduzida em um centro de cópias local 87. Pizza no dia de mudança nos
próximo ao campus da faculdade. O dormitórios
preço não deve ser superior a cinco Se você quiser chamar a atenção de um
centavos por cópia. Entregue esses dormitório inteiro, dê uma pizza. Você
cartões no campus. Coloque o logotipo dificilmente precisará de sinais - o aroma
da igreja e o número do telefone no fará todo o marketing de que você
cartão. precisa. Negocie um desconto com a
pizzaria para grandes volumes, ou o
84. Café da manhã pop-tarts (biscoito vendedor pode estar disposto a lhe dar a
pré-cozido recheado) pizza em troca de um endosso.
Eles podem não ser tão saudáveis
assim, mas são populares entre os 88. Pacotes de cuidados
estudantes. Eles são bons quentes ou Prepare e ofereça pacotes de cuidados
frios. Os alunos os levarão para comer para um dormitório inteiro. Inclua itens
mais tarde, mesmo que já tenham como pacotes de chocolate quente,
tomado café da manhã. pipoca de micro-ondas, biscoitos, balas
e chicletes. O custo total será muito
menor que um dólar cada. Estes podem
ser distribuídos através de caixas de

115
Aula 7: Evangelismo servidor

correio de estudantes ou coloque uma colocando a moeda no chão ou em um


caixa no salão dos alunos. Certifique-se banco. Nota: Certifique-se de que o
de obter permissão do dormitório adesivo é maior que os US$ 0,25
primeiro. centavos. Há algumas pessoas por aí
que vão deixar o adesivo na moeda e
89. Cartões telefônicos para tentar inseri-lo no telefone ou na
chamadas de longa distância máquina de venda automática - então
Esses cartões são ótimos brindes. Entre você receberá uma ligação de um
em contato com empresas de longa técnico!
distância para encontrar um bom
negócio. Algumas empresas oferecem 92. Compre gasolina por baixo custo
um programa que permite inserir uma para barganhar o preço
mensagem personalizada que é Em vez de pagar o preço do dólar a mais,
reproduzida antes que as pessoas as pessoas compram o combustível com
acessem seus minutos gratuitos. o preço com um desconto notável por
algumas horas e pague a diferença ao
IDEIAS DE SERVIÇO RADICAL dono do posto. Quando os preços locais
estiverem de US$ 1,29 por galão,
90. Queda do dólar colocamos cartazes anunciando um
Nos shoppings locais, onde qualquer tipo preço de US$ 0,99. Quando os clientes
de evangelismo programático não é entram, nós lhes damos um cartão de
permitido, esta é uma maneira de conexão que explica brevemente o
chamar a atenção de muitas pessoas nosso projeto. O total que gastamos por
muito rapidamente. Pegamos uma nota duas horas geralmente v
de dólar e anexamos um cartão de
conexão explicando nosso projeto (use ariou de US$ 400 a US$ 500 por
adesivo removível). Em seguida, vamos estação. Cada vez que fizemos essa
a um shopping center e deixamos cair divulgação, obtivemos uma resposta
notas de dólar no chão. Para algum fantástica.
entretenimento gratuito, fique à distância
e veja quem recebe o dólar e como ele 93. Compre refeições na praça de
responde à mensagem. alimentação
Um pequeno grupo se reúne
91. Queda de US$ 0,25 centavos regularmente no shopping e faz uma
Você conhece pessoas que não oferta espontânea entre eles. Então eles
conseguem passar por um telefone se aproximam de um dos gerentes de um
público sem verificar o retorno da restaurante de comida rápida ou de um
moeda? Aqui está uma divulgação posto de alimentação e oferecem:
apenas para essas pessoas! Colocamos “Gostaríamos de pagar a conta do
um adesivo em um lado da moeda e máximo de clientes que essa quantia
colocamos essas moedas carregadas der.” Em um recente trabalho, esse
em devoluções de moeda de máquinas grupo pagou US$ 125 em alimentos -
de venda automática de vários tipos. cerca de uma hora de vendas. O gerente
Este também funciona apenas ficou tão empolgado que estava

116
explicando o próprio evangelho. para os
clientes, mesmo que ele fosse um
participante de igreja desapontado! Vai
saber!

94. O que sua igreja tem feito?


De que maneira a sua igreja mostrou o
amor de Deus de maneiras úteis para
abrir um caminho para Cristo em seus
corações? Como você fez o trabalho de
bondade “factível” em sua igreja? No
espaço abaixo, faça uma lista do que sua
igreja fez e anote algumas ideias sobre
como você pode fazer evangelismo
servidor em sua comunidade.51

51 Encontrado online em eryday_evangelism_ideas.pdf. Usado com


http://www.newsongs.org/uploads/6/1/8/1/6181467/ev permissão.

117
Aula 8: Alcançando a próxima geração

Perguntas a considerar:

• Por que a geração mais jovem é a geração com mais pessoas sem igreja
na história?
• O que significa compartilhar a verdade imutável do evangelho de maneira
mutável?
• Por que um método diferente é tão importante para alcançar a próxima
geração?
• O que há de errado com uma visão do cristianismo que é amplamente
moralista e terapêutica?
• Como seria o mundo se a igreja tivesse mais cautela para ajudar a
geração mais jovem a pensar e viver nesta cultura como missionários?

Notas de aula: Alcançando a próxima geração por Dr. Alvin Reid

52% da população mundial tem 30 anos ou menos!

Nós vivemos em um mundo que está rapidamente mudando; está mais jovem & mais
urbano.

Princípios para alcançar a próxima geração

Contexto:
• Em 1900, a Europa e a América do Norte tinham 82% da população cristã,
• Agora, em 2014, é de 39%.
• Até 2050, 71% serão africanos, asiáticos, latinos.
• O que isso significa?
o 30 a 40 anos atrás o cristão típico era um homem branco
o Mas hoje, um cristão típico no mundo é um jovem africano ou jovem
adulto da América Latina

Nos Estados Unidos, como a população tem mudado? [e no seu país?]

1) ___________________

a. A Geração Y (1982-2014) é cerca de 95 milhões.

b. A geração Baby Boomer (1945-1964) foi a maior de sua época.

119
Aula 8: Alcançando a próxima geração

2) ____________________

a. Em 2043, os anglo-americanos serão minoria.

b. Se vamos impactar o mundo, temos que alcançar os afro-


americanos, temos que alcançar os hispânicos e asiáticos, pessoas
do Oriente Médio e outros. Agora o mundo inteiro vive nas Américas.

3) _____________________

a. Em 1870, 80% dos norte-americanos viviam em áreas rurais.

b. Em 2014 entre 80-90% dos norte-americanos moravam em cidades


ou muito próximo a elas.

4) _______________________

a. 50 anos atrás, a maioria dos norte-americanos tinha algum


conhecimento de Deus e da Bíblia.

b. O grupo religioso que cresce mais rápido agora é “os nenhuns” (Não
o maior grupo).

c. Cristãos evangélicos são ainda o maior grupo, cerca de 25% da


população, (constante nos últimos 40 anos).

“Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus
Cristo, graça e paz a vós outros. Damos, sempre, graças a Deus por todos vós,
mencionando-vos em nossas orações e, sem cessar, recordando-nos, diante do nosso
Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da
vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, reconhecendo, irmãos, amados de
Deus, a vossa eleição, porque o nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em
palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como
sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós. Com efeito, vos
tornastes imitadores nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, posto que em meio
de muita tribulação, com alegria do Espírito Santo, de sorte que vos tornastes o modelo
para todos os crentes na Macedônia e na Acaia. Porque de vós repercutiu a palavra do
Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas também por toda parte se divulgou a vossa

120
fé para com Deus, a tal ponto de não termos necessidade de acrescentar coisa alguma;
pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso
no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o
Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou
dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura”.
-1Tessalonicenses 1.1-10

Como alcançaremos a próxima geração?


Essa é a geração mais pessoas sem igreja e secular na história da igreja!

Quatro princípios para alcançar a próxima geração:

1) Compartilhe a verdade imutável, que não _____________________.

• A verdade não muda, mas a maneira como nos comunicamos sim.

2) Enfoque menos na ______________ de ______________, e mais no


________________-se.

• Nós confundimos os efeitos do evangelho como evangelho em si

• Perdemos a maravilha do evangelho. Não há mais temor.


o Entre crentes e descrentes
o Não um cristão baseado na experiência
o Deus é Deus não importa o que aconteça

• Muitos jovens na igreja veem a Bíblia em três palavras:

o ____________________

- Simplesmente um livro de regras,


- Não faça isso, não faça aquilo

o _____________________

- Você é o centro da história,


- Queremos que você se sinta bem sobre você mesmo.
- Jovens tornam-se o centro do ministério jovem em vez de Jesus

121
Aula 8: Alcançando a próxima geração

o ______________________

- Sim, há um Deus, e ele é real e ele o salva para a eternidade,


mas ele não está realmente envolvido na sua vida diária.
- Deísta, Deus criou o mundo, mas está fora dele.

Eu quero substituir isso (moralismo, terapia e deísmo) pelo Teísmo Centrado no


Evangelho: para ajudar a próxima geração a saber que existe um Deus vivo e real. E
ele veio a nós em Cristo, e o evangelho é real e próximo. Ele é grande e poderoso, e
ele falou e fez tudo, mas ele é também Abba, Papai, Pai, e ele está bem próximo, e ele
responde a oração, e ele vai adiante de nós e fala conosco, e ele nos guia.

Essa geração precisa ver isso!

Você os enche de senso de ADMIRAÇÃO, você os deixa ver a maravilha do


evangelho, e a maravilha de quem Deus é, você achará muito mais fácil guiar a
moralidade e o comportamento deles.

Para alcançar a próxima geração, temos que ensinar-lhes o evangelho, compartilhar a


verdade, mas de maneiras criativas.

3) Enfoque menos a ______________ da igreja, e mais no _____________.

• Cristianismo em essência não é instituição, tem instituição.

• A Pessoa dominante no livro de Atos é o Espírito Santo.

“Se você tirasse o Espírito Santo do livro de Atos, 95% do que eles
fizeram falhará. Mas se você tirar o Espírito Santo da maioria das igrejas
hoje, 95% do que fizemos, nós apenas continuaremos fazendo” - A.W.
Tozer

• Temos aprendido a funcionar sem o poder de Deus.

• Movimentos tem mudado o mundo!

Pense sobre o movimento dos Direitos Civis. Dr. King não disse: “Eu tenho
um plano”, ele disse: “Eu tenho um sonho!”

122
4) Enfoque menos nas _____________________ e mais na ____________________.

• Você precisa ser muito claro sobre o que são convicções bíblicas imutáveis
e quais são suas preferências pessoais.

5) Enfoque menos as __________________ e mais nos _______________________.

Resumo:

A vida é uma viagem missionária. Viva por algo maior. Viva por Jesus!

123
Aula 8: Alcançando a próxima geração

Artigo 15: Alcançando e mantendo a próxima geração52


Por Dr. Alvin Reid

Em seu livro, The Shape of World Cristianity [A Forma do Cristianismo Mundial], Mark
Noll observa que, em 1900, cerca de 82% dos cristãos viviam na Europa e na América
do Norte. Hoje, apenas 39%. Um cristão mundial típico, 50 anos atrás, provavelmente
teria sido um homem ocidental e anglo-saxão. Agora essa pessoa provavelmente seria
um jovem latino-americano ou africano.

Nosso mundo foi achatado pela internet. O mundo e nossa oportunidade de


influenciá-lo literalmente estão ao nosso alcance. A geração do milênio é maior do que
a minha tribo Boomer e está reformulando negócios e redefinindo a família. Globalmente,
a população é mais jovem do que nunca. Como vamos alcançá-los? Como podemos
manter aqueles que alcançamos?

Primeiro: devemos compartilhar a verdade imutável de forma diferente para esta


geração. A verdade não muda; o evangelho é suficiente. Mas não comunicamos
efetivamente o evangelho a essa geração mais jovem. Nosso foco não intencional na
religião e na moral produziu o que Christian Smith chama de deísmo terapêutico
moralista que obscurece o evangelho enquanto mantemos um cristianismo superficial.

Se vamos alcançar uma geração mais jovem, faremos isso mostrando como, em uma
cultura gritando com mil ideias por minuto, o evangelho continua a ser a melhor ideia que
alguém poderia conhecer. Nós devemos substituir um cristianismo de cheklist por uma
vida radicalmente renunciada. Lembre-se que Martin Luther King Jr, disse: “Eu tenho um
sonho”, e não “eu tenho um plano”.

Ao compartilhar a verdade imutável de maneira diferente, quero dizer: primeiro,


precisamos ajudar a próxima geração a ver que o evangelho é mais do que um seguro
de fogo divino; é a entrada em um novo reino. Em Lucas 24.44-28, Jesus atou o coração
do evangelho - Sua morte e ressurreição - a todo o Antigo Testamento. Paulo, em 1
Coríntios 15, fala do evangelho como de primeira importância, e então resume isto com
a inclusão da frase “de acordo com as Escrituras” duas vezes. Temos que ajudar a
geração vindoura a chegar ao coração do evangelho: Deus, homem, Cristo, resposta E
a metanarrativa da Bíblia: criação, queda, resgate (ou redenção), restauração. Eu faço
isso com enredos de filmes, observando como as histórias que amamos nos levam de
volta à história do evangelho (C.S. Lewis fez isso antes de mim e melhor do que eu).

Segundo: mostramos como esta história do evangelho afeta todos os aspectos de


nossas vidas. Muitos adultos jovens compartimentalizaram sua fé, tornando-se, com
efeito, politeístas práticos: Jesus é Deus de sua igreja / vida espiritual; seus amigos e
mídia social, senhores da sobre sua vida relacional; suas circunstâncias controlam sua
52 Encontrado online em http://alvinreid.com/?p=3547. Usado com permissão.

124
vida emocional e assim por diante. Temos que mostrar aos jovens que a verdade de
Jesus se relaciona com toda a vida e é a chave para entender tudo desde dinheiro (2Co
8), tentação sexual (1Co 6.20), casamento (Ef 5.25). e como nós tratamos uns aos outros
(Ef 4.32). Em Atos 2, Pedro citou o Antigo Testamento ao compartilhar Cristo em uma
audiência judaica. Em Atos 17, Paulo não fez isso enquanto falava com os gentios. Em
vez disso, ele começou com a Criação, que é onde Gênesis, João e Romanos começam.
Já moramos em Jerusalém, agora vivemos em Atenas. Vamos alcançar uma geração de
atenienses com uma verdade ousada do evangelho. Em seguida: precisamos nos
concentrar menos na modificação do comportamento e mais na maravilha.

“Eu não fumo, bebo, xingo ou masco chiclete, nem corro com aqueles que o fazem.”
Esta declaração, uma das frases mais populares que resumem a vida cristã em meus
primeiros anos, demonstra uma disposição para o cristianismo que se concentra nos
efeitos exteriores da salvação em detrimento das mudanças no coração. Ambos
importam, mas muitas vezes a igreja, especialmente no que diz respeito aos mais jovens,
fala mais de comportamento exterior do que de transformação interior.

Ser mudado pelo evangelho certamente mudará seu comportamento. Spurgeon disse
que quando ele veio para Cristo ele perdeu 90% do seu vocabulário. A Escritura fala
inequivocamente sobre os efeitos do evangelho no comportamento de alguém. Jesus
falou muito sobre como devemos agir (ver, por exemplo, o bom samaritano). Mas não
devemos confundir o efeito do evangelho (mudança de comportamento) com a essência
do evangelho (a maravilha da salvação em Cristo).

Eu não estou argumentando para substituir o legalismo por liberalismo [ou


permissividade ou licenciosidade]. Mas o problema com um cristianismo orientado pelo
comportamento é múltiplo. Levados ao extremo, os jovens começam a jogar um jogo
onde se comportam de certa forma quando estão na subcultura religiosa e de outra
maneira quando separados. Isso apenas estimulou uma compartimentalização
crescente, muito prevalecente na igreja hoje. Assim, temos muitas jovens que são ativas
na igreja a vida inteira, que de repente se encontram grávidas fora do casamento ou de
repente se afastam da igreja. A compartimentalização leva a um tipo de cristianismo que
não sustenta a própria moralidade que ela prega. Além disso, cria uma atitude em muitos
jovens criados na igreja que é algo assim: Eu vejo pessoas que não são cristãs que se
comportam tão bem quanto eu sei quem professa a Cristo, então por que se preocupar?
Também cria uma atitude de discipulado que é tão mortal quanto beber uma forma de
veneno espiritual: a noção de que a conformidade exterior significa transformação
interior.

No livro de Atos, vemos uma igreja formada por pessoas transformadas pelo
evangelho. Ao longo do livro você lê sobre admiração: observe com que frequência os
termos “admiração”, “espanto”, “maravilha” e “maravilhados” são usados. Perdemos um
sentimento de admiração em muitas de nossas igrejas. A transformação do evangelho
leva à modificação do comportamento, e não o contrário. A transformação do evangelho

125
Aula 8: Alcançando a próxima geração

leva a mais, pois muda nossas mentes (Rm 12. 1-2), nossas vontades, nossas emoções,
tudo de nós.

A disposição dos primeiros crentes de serem ameaçados (At 4), espancados (At 5),
mortos (At 7), espalhar o evangelho em face da perseguição (At 8, 11), ser ousado,
compartilhar posses, na verdade dar suas vidas para viajar por todo o Império Romano
- esse tipo de comportamento não pode ser criado ou sustentado apenas por um padrão
externo de prática. Vem de uma compulsão interna que o poder do evangelho realmente
tem transformado, e que a propagação do evangelho causa mudanças no
comportamento com o propósito de glorificar a Jesus, não para impressionar outros
crentes.

Veja mais algumas ideias sobre como alcançar/manter a próxima geração: concentre-
se menos em nossas instituições e mais em movimentos, e em nossos relacionamentos
com pessoas mais jovens, vamos nos concentrar mais em nosso relacionamento com
elas do que as regras que estabelecemos para elas.

A geração do milênio não seguirá a Jesus com uma paixão simplesmente porque eles
“devem”. A maior parte da minha geração Baby Boomer também não. Eles não adoram
nossas instituições. Eles viram um extremista islâmico chamado Osama Bin Laden
mudar o mundo inteiro liderando um movimento de terrorismo global. Suas vidas são
movidas por movimentos e muitas vezes nem sabem: movimentos na moda, nas artes,
na música e na cultura.

O mundo tem sido moldado mais por movimentos do que por ditadores ou exércitos.
O Movimento dos Direitos Civis, a abolição do movimento da escravidão e outros
moldaram a história. Nenhum movimento mudou o mundo como o movimento que
começou com um pequeno grupo de crentes no lado oriental do Império Romano no
primeiro século d.C. Na verdade, você está lendo este artigo por causa desse
movimento.

Jesus Cristo não veio para estabelecer instituições, ele veio para lançar um
movimento. Agora, as instituições são importantes. Deus nos deu o lar, a Igreja e o
Estado. Mas quando mudamos nosso foco na manutenção de nossas instituições sobre
o avanço de um movimento, perdemos o ímpeto e perdemos a próxima geração. Dou
aulas em uma instituição, mas uma que se concentra muito mais no avanço do evangelho
para nossa nação e as nações do que para manutenção. E pela graça de Deus, tivemos
cinco anos consecutivos de crescimento na inscrição da próxima geração.

Hoje, os jovens, aos milhares, mantêm-se em longas filas, pagam preços muito
inflacionados e se esforçam para encontrar amigos na Starbucks. Por quê? Porque a
Starbucks criou o que os sociólogos chamam de Terceiro Lugar (casa, escola, terceiro
lugar). A Starbucks cresceu globalmente em um curto período porque rapidamente teve

126
a sensação de um movimento. O movimento é empolgante, eles são importantes. A
geração do milênio quer uma causa e não há causa maior que o evangelho.

Nós chamamos despertamentos espirituais de MOVIMENTOS de Deus. E se


desafiássemos os jovens adultos a não comparecerem a um culto da igreja
respeitosamente, mas a darem a própria vida promovendo um movimento do evangelho?
Nós podemos realmente ver o reavivamento para o qual muitos de nós oramos.

Além disso, esta geração é em grande parte um órfão de pai. Eles precisam de
mentores mais velhos que fazem mais do que estabelecer regras. Eles anseiam por
mentores que irão investir neles. No ano passado, em várias ocasiões, depois de um
acampamento de jovens, eu tinha alunos que me escreviam e se referiam a mim como
um pai, alguns que eu nunca conheci. Precisamos de uma revolução do tipo Tito 2 em
nossas igrejas, onde crentes mais velhos se dedicam a orientar e amar pessoas mais
jovens, mesmo quando sua música e suas preferências diferem das nossas. Minha
geração sacrifica o crescimento espiritual da próxima geração no altar de nossas
preferências. Vamos nos firmar na Palavra, ensinar e viver o evangelho e amar
genuinamente os mais jovens que a nós.

127
Aula 8: Alcançando a próxima geração

Artigo 16: Mudança de paradigma: às vezes mudar é bom53


por Dr. Alvin Reid

“Se você quer fazer inimigos, tente mudar alguma coisa.” -Woodrow Wilson

“Não há nada de errado com a mudança, se estiver na direção certa.” –Winston


Churchill

Mudança. Essa palavra assusta a muitos. Algumas coisas não mudam. Um acorde “C
maior” soa igual em qualquer lugar do globo. A água ferve a 100 graus Celsius ao nível
do mar em Hong Kong ou Wake Forest. Se você, não importa o seu nível de habilidade
atlética, pular de um avião a 20.000 pés sem paraquedas, você vai morrer. E o mais
importante, o evangelho que muda vidas eternamente tem sido, é e será o único
caminho para conhecer a Deus e viver para Ele. Não há outro Deus, nem ninguém ou
coisa digna de adoração. Devemos constantemente nos lembrar da realidade de que
nossa esperança está em Cristo e não temos esperança em nenhum outro. Além disso,
alguma mudança é ruim, muito ruim, particularmente a mudança que nos afasta de
Deus e sua verdade.

Dito isto, algumas coisas de fato mudam. Algumas coisas devem mudar. Eu não vejo
pastores no Ocidente pregando com uma toga como no primeiro século. Não
precisamos adorar a Jesus nas catacumbas da cidade, embora a igreja primitiva
fizesse isso em Roma. Nem precisamos cantar cantos gregorianos no culto
congregacional. O Novo Testamento dedica vários livros e qualificações para aqueles
que lideram a igreja; existe um padrão imutável lá. Mas o Novo Testamento é
notavelmente silencioso sobre o estilo de adoração, e ainda assim discutimos sobre
isso com muita frequência, mantendo o padrão para os pastores com menos
tenacidade.

Da mesma forma, vemos o evangelho sendo proclamado sem exceção quando lemos a
narrativa de Atos. Mas vemos uma variedade de métodos usados para exibir o
evangelho: milagres, proclamação ousada, comunidade evangélica, o evangelho
compartilhado desde o ponto inicial do Antigo Testamento para os judeus e da criação
para os gentios (veja Atos 17 para o último), o evangelho compartilhado na sinagoga e
em salas de aula, no mercado e perante governantes. Mesma mensagem, abordagens
variadas.
Devemos ser cuidadosos em qualquer cultura enquanto igreja contextualizando o
evangelho para os perdidos e para a igreja sem comprometer a mensagem. E devemos
confrontar consistentemente os ídolos do nosso tempo. Às vezes esses dois
convergem. O materialismo pode ser o maior ídolo da igreja ocidental. Se não formos
cuidadosos, nosso amor por edifícios elaborados (supostamente para dar o melhor de

53
Encontrado online em http://alvinreid.com/?p=1502. Usado com permissão.

128
nós a Deus) pode, de fato, ser mais um reflexo de nosso materialismo. Se construirmos
edifícios mais austeros, poderemos ter mais dinheiro para a missão. Se fizéssemos
mais em residências, talvez precisássemos de menos espaço na sala de aula e,
portanto, menos edifícios. Apenas um pensamento.

Algumas coisas estão mudando. E essas mudanças são boas. Devemos nos guardar
constantemente dos extremos de abraçar a cultura de um lado (a falácia do liberalismo)
e confundir nossas preferências em questões que podem mudar a mensagem imutável
do outro (a falácia do legalismo).

Aqui estão alguns exemplos de mudanças que eu acredito serem boas, e são
orientadas pelo evangelho:

• Da “Planta” de Igreja (ou seja, os edifícios) para o Plantio de Igrejas. Como um


jovem envolvido ativamente em uma Igreja Batista do Sul e como um jovem adulto
no treinamento de ministério, o apelo mais apaixonado e contínuo para expressar
grande fé veio em relação a um assunto mais do que qualquer outro: Programas
de construção. “Não são presentes iguais, mas sacrifício igual” foi citado mais do
que a maioria dos versículos das Escrituras, ou assim parecia. Bem, precisamos
de edifícios e estou feliz por eles. Nossa igreja tem quatro cultos de adoração
todos os domingos e encontra formas criativas de encher o prédio ao longo da
semana. Nós poderíamos usar um prédio maior. Mas aqui está a diferença: no
meu tempo no seminário, medíamos a capacidade de ASSENTO do prédio da
igreja local; hoje medimos a capacidade de ENVIO do ministério da igreja local.
Não me lembro de uma única igreja na década de 1970 ou 80 que tivesse mais
de três cultos. Isto parecia ser a janela não escrita. Hoje as igrejas têm quatro,
cinco, oito, dez cultos em um, dois ou cinco ou seis espaços. As 100 maiores
igrejas do país se reuniram no ano passado em 373 locais com muito mais cultos,
por exemplo. Portanto, o “complexo de edifícios” e, às vezes, a ênfase exagerada
nos edifícios (e, às vezes, na ostentação) são coisas do passado. Programas
maciços de construção estão sendo substituídos por igrejas missionárias com
grandes ênfases de plantação de igrejas. O foco é menor na PLANTA física da
igreja local e maior nas igrejas que ela está plantando. Assim, um pastor de uma
igreja com uma média de 300 pessoas que dá muito enfoque à plantação de
igrejas nacional e globalmente tem mais respeito do que um pastor de uma igreja
muito maior que não planta novas congregações.

• Do ministério estudantil orientado a eventos ao ministério de estudantes


missionários. Este está apenas começando a acontecer recentemente, mas está
acontecendo de maneira crescente. No pouco tempo em que dei enfoque ao
ministério estudantil, tive muitas discussões com alguns dos mais destacados
pastores estudantis da América. Uma grande e fundamental mudança está
acontecendo, de tratar adolescentes como pré-escolares para engajá-los na
missão, de entretenimento e atividades a viagens missionárias e discipulado, de

129
Aula 8: Alcançando a próxima geração

um “grupo” de jovens a um “ministério” estudantil. Assista e veja este movimento


crescente. Jim Elliot disse: “As crianças são flechas na aljava, e devem ser
treinadas como missionárias para acertar o Diabo com suas flechas.” O ministério
estudantil visto como treinamento de uma geração de missionários é impulsionado
por pastores estudantis prontos para mudar, e por uma geração do milênio pronta
para um desafio.

• De local para global para glocal (com características local e global). Se você quer
ser visto como totalmente irrelevante para uma geração mais jovem de ministros
(e uma enorme quantidade de ministros mais velhos engajados na Grande
Comissão), gaste todo o seu tempo, esforço e dinheiro na proximidade imediata
de seu ministério. Isso é problemático em vários níveis. Jesus ensinou uma nova
maneira de pensar, que para viver é preciso morrer, que ganhar é perder, que
para liderar é preciso seguir e ter liberdade é preciso se render. Uma obsessão
com o que fazemos (e os números que temos) localmente só funciona contra essa
mentalidade do Reino. Eu diria que uma igreja ou ministério dado a todo o Atos
1.8 (local e global) fará um ministério mais efetivo localmente do que se obcecado
com suas próprias fronteiras e com o ministério que acontece dentro. A palavra
“glocal” significa global e local. A separação entre eles está diminuindo. Vivemos
em um mundo plano onde tecnologia e viagens rápidas tornam quase todos os
lugares acessíveis. Cidades na América são internacionais. O mundo está aqui e
o mundo está lá. E nós devemos alcançar tudo isso. Cada vez mais líderes e
igrejas reconhecem que quanto mais doamos para alcançar as partes mais
remotas do mundo, mais vitalidade nós temos localmente em nossos ministérios
também.

• Do comportamento religioso às vidas centradas no evangelho. No Sul, onde vivi


a maior parte da minha vida, a prática religiosa vem com o território. E às vezes
essa prática religiosa fica no caminho do evangelho. As vidas religiosas criam um
cristianismo minimalista que se concentra no que acontece na instituição da igreja
(ou seja, no prédio da igreja), enquanto não acontece em outros locais, como o
lar e o Estado. Por isso, tornou-se quase epidêmico ter mais pessoas em quase
todas as igrejas que aparecem em cultos com regularidade, mas cujas casas, se
vermos atrás das cortinas, não refletem nada do evangelho. Da mesma forma, há
muitas vezes uma desconexão entre a forma como cantamos sobre Jesus em um
culto na igreja e a maneira como vivemos para ele no escritório (ou no restaurante
imediatamente após o culto). A religião cria sua própria versão de realidade virtual.
Algumas pessoas criam uma personalidade virtual on-line e andam por aí fazendo
coisas más (os pedófilos são a forma mais sórdida desse comportamento). Mas
as pessoas podem criar uma realidade virtual na qual as pessoas em suas igrejas
veem uma pessoa no espaço da igreja, mas que vivem vidas tristemente
diferentes longe do prédio. Mas uma vida centrada no evangelho vê toda a vida a
partir da perspectiva do evangelho. Isso afeta nossa ética de trabalho e nossos
pais, nosso uso do tempo de lazer e nosso relacionamento. Um foco crescente de

130
refletir o evangelho em todos os momentos está ajudando a moldar uma
compreensão mais missionária do cristianismo.

Outros exemplos existem. Estes simplesmente oferecem algumas das minhas


observações sobre onde nos colocamos no ano de 2010. Vivemos em tempos
emocionantes, quando a Palavra intemporal de Deus deve ser dada ao nosso mundo em
tempo hábil. Não devemos apenas falar bem da palavra, ou mesmo vivê-la bem,
devemos pensar bem, também.

131
Aula 8: Alcançando a próxima geração

Artigo 17: Comunicando a mensagem do #evangelho dentro de uma


cultura pós-moderna e digitalmente conectada54
Por Dustin Conner

“O pós-modernismo está morto e enterrado. Em seu lugar vem um novo paradigma


de autoridade e conhecimento formado sob a pressão de novas tecnologias e forças
sociais contemporâneas”, diz o subtítulo de um artigo de Alan Kirby, escritor e
pesquisador da literatura e cultura do século XX.55 O pós-modernismo foi substituído
como a filosofia dominante por um pós-pós-modernismo que alguns analistas culturais
diriam estar sendo definido por novas tecnologias e pelo impacto de um mundo digital e
global. A Web 2.0, a mídia digital interativa e os dispositivos de tecnologia inteligente em
constante evolução redefiniram como as pessoas criam, interagem, comunicam e
influenciam os outros, moldando assim nosso paradigma cultural atual. Com essa
mudança nas forças culturais dominantes, como a igreja deveria contextualizar a
comunicação do evangelho para essa cultura digital pós-moderna? Para responder às
perguntas de por que e como a Igreja deve comunicar um evangelho contextualmente
apropriado a uma sociedade pós-pós-moderna, deve-se examinar e interagir com a
mudança cultural pós-pós-moderna, particularmente em relação aos seus efeitos sobre
como as pessoas aprendem e se comunicam. Ao comunicar a mensagem do evangelho
de maneiras que são mais bem compreendidas e facilmente compartilháveis em uma
cultura pós-pós-moderna digitalizada, a Igreja será mais eficaz em comunicar a
mensagem do evangelho e fazer discípulos de todas as culturas.

A necessidade de a igreja permanecer atualizada com novos paradigmas culturais


É brincadeira dizer que a Igreja norte-americana ou ocidental parece permanecer
pelo menos 20 anos atrás da cultura atual, forçando-a a sempre brincar de “pegar” em
seus trajes, práticas e crenças dentro de sua cultura mutável.56 Em vez disso, a Igreja
deve estar na vanguarda, missionalmente liderando a cultura à medida que muda. Um
breve levantamento das datas de publicação de alguma literatura recente analisando o
paradigma cultural pós-moderno e a resposta da Igreja a ele mostra que os estudiosos
cristãos ainda estão tentando se engajar com a pós-modernidade, mesmo que seja
considerada morta ou pelo menos desbotada.57

54 O artigo completo pode ser encontrado no volume 1, número 11 do Global Missiology Journal [Revista de
Missiologia Global] online em http://ojs.globalmissiology.org/index.php/english/article/view/1245. Usado com
permissão.
55 Leia a descrição do artigo de Alan Kirby “The Death of Postmodernism and Beyond.” [A Morte do Pós-

Modernismo] Philosophy Now [Filosofia Hoje], no. 58 (novembro/dezembro 2006).


http://philosophynow.org/issues/58/The_Death_of_Postmodernism_And_Beyond. Acessado em 02 de setembro,
2012.
56 Alan Nelson, “Ministry in 2018: 12 Trends Affecting You Now.” [Ministério em 2018: 12 Tendência que Estão

Afetando Você Agora] Rev.org (January/February 2008), http://www.rev.org/article.asp?ID=2820 (Acessado em 21


de outubro, 2012).
57 Todas as dez fontes usadas na pesquisa para este artigo que lidam especificamente com o ministério para um

paradigma cultural pós-moderno foram publicadas nos últimos dez anos (a era pós-pós-modernidade), enquanto
apenas duas fontes puderam ser facilmente encontradas lidando com ministério em um paradigma cultural pós-
moderno.

132
O pós-modernismo se introduziu por volta dos anos 1950 e dominou as culturas
ocidentais, incluindo os Estados Unidos, em níveis filosóficos, antropológicos, políticos e
até teológicos. A Igreja no Ocidente procurou contextualizar a mensagem do evangelho
e a definição da comunidade cristã para reagir e responder a uma cosmovisão pós-
moderna, mas muitas vezes se viu desesperadamente tentando vários meios de alcançar
o pós-moderno, mas produzindo poucos resultados. A Igreja luta para comunicar de
maneira relevante a verdade absoluta do evangelho em uma cultura pós-moderna, já
que o pós-modernismo busca redefinir o significado de um texto e a intenção do autor,
criando um significado subjetivo em vez de objetivo. A ideia pós-moderna de verdade
subjetiva redefine radicalmente como as pessoas aprendem e se comunicam, uma vez
que “significado” é determinado pela comunidade em discussão, e não pela intenção do
autor original. Essa visão pluralista de comunicação e significado levou a Igreja a
formular respostas para envolver os pós-modernos com uma mensagem subjetiva do
evangelho. O surgimento da igreja emergente mostra que partes da Igreja tentaram
permanecer culturalmente relevantes com os pós-modernos, mas muitas vezes
sacrificaram a doutrina no altar da conversa aberta, deixando as verdades essenciais da
mensagem do evangelho abertas à interpretação de qualquer um.58

A última década viu inúmeros livros e artigos sobre o ministério em uma cultura
pós-moderna que tinham como objetivo capacitar pastores, líderes, professores e leigos
cristãos para que pudessem apropriadamente se engajar em uma cosmovisão pós-
moderna. Esses recursos são extremamente benéficos e relevantes para aqueles que
estão fazendo ministério em um ambiente pós-moderno, mas a pós-modernidade é um
produto dos anos 1950-1990, não dos anos 2000 ou 2010. A Igreja não deve se contentar
em apenas reagir a uma mudança na cultura, mas deve aprender a liderar a cultura em
evolução através de suas mudanças. Para evitar cair atrás das mudanças culturais que
acontecem na América, a igreja ocidental deve aprender a contextualizar fielmente a
mensagem do evangelho para um público pós-pós-moderno. Como o evangelho é
contextualmente proclamado com clareza e poder, as sociedades serão permeadas por
seguidores de Jesus que se ocuparão missionalmente de sua cultura para multiplicar
adoradores de Deus. Manter-se bem informado sobre os estilos de aprendizado e os
métodos de comunicação em evolução em uma cultura pós-pós-moderna prepara a
igreja para proclamar efetivamente a mensagem do evangelho de uma maneira
culturalmente apropriada.

A mensagem da redenção de Deus da humanidade sempre foi comunicada às


pessoas de maneiras que elas entendiam, usando tecnologias relevantes e disponíveis.
Deus falou as verdades do evangelho a Adão e Eva enquanto caminhava com eles no
Jardim do Éden, antes que fossem necessárias placas de pedra ou papiro. Os Dez
Mandamentos foram dados a Israel, escritos em tábuas de pedra, para preservar os
padrões de Deus para seu povo. O Rei Davi colocou o evangelho em letras e escreveu

58 Muitos na igreja emergente são criticados por questionar doutrinas principais tais quais a expiação, a realidade do
inferno e o nascimento virginal.

133
Aula 8: Alcançando a próxima geração

em pergaminho ou pele de animal para que Israel pudesse cantar juntos da misericórdia
e bondade do Deus de Israel. Jesus usou o método de ensino relevante de parábolas
para desafiar a compreensão que os escribas e fariseus faziam dos manuscritos do
Antigo Testamento que lhes diziam sobre sua vinda. Paulo debateu com os estudiosos
usando métodos retóricos de comunicação para iluminar as mentes da academia do
Império Romano.

O livro de Atos mostra como o evangelho se espalhou pelas estradas romanas


avançadas para todos os cantos do mundo conhecido. Por séculos, monges copiaram o
texto da Escritura em pergaminhos para preservar a mensagem do evangelho para as
futuras gerações. Guttenberg usou sua prensa para imprimir cópias da Bíblia mais rápido
do que qualquer monge, e os missionários puderam carregar cópias da palavra de Deus
para distribuir por todo o mundo. O telégrafo deu velocidade à comunicação rápida, e o
rádio trouxe a proclamação do evangelho ao vivo para as casas de milhões. A televisão
e os filmes subiram ao palco para a sala de estar de uma pessoa enquanto os atores
comunicavam sua mensagem, usando os sentidos do som e da visão.

A Internet deu ao discipulado uma nova versão do sistema rodoviário romano ao


conectar digitalmente qualquer pessoa que tenha acesso à Internet com pessoas e
recursos. A mídia social tem conectado bilhões de pessoas a outras pessoas para a
comunidade evangélica, rede, recursos e proclamação. Em palavras mais curtas, Deus
sempre incorporou o uso das tecnologias atuais disponíveis para que seu povo se
juntando a ele em sua missão pudesse efetivamente comunicar a mensagem do
evangelho. Portanto, é imperativo que os cristãos não apenas entendam como usar as
tecnologias atuais, mas também usá-las para contextualizar e comunicar efetivamente o
evangelho de Jesus.

Comunicação do evangelho e teoria da comunicação pós-pós-moderna


Charles Kraft explica na Communication Theory for Christian Witness [Teoria da
Comunicação para o Testemunho Cristão] que existem três métodos que as pessoas
usam para se comunicarem entre si.59 Em anúncios públicos para grupos maiores, o
método preferido é o monólogo. Diálogo ou discussão é melhor para pequenos grupos
de pessoas, onde vários podem contribuir para a conversa. O último método que Kraft
menciona é o envolvimento com a vida, que ele diz ser mais adequado para grupos e
indivíduos muito pequenos.60 Esses três métodos são razoavelmente imutáveis ao longo
das eras moderna e pós-moderna. Em relação a proclamar o evangelho e ensinar as
Escrituras, a abordagem na era moderna se concentrou mais no monólogo. Foi essa
época que se via o púlpito como confiável e verdadeiro e foi bem recebida pelos ouvintes.
A era pós-moderna encorajou as pessoas de diferentes contextos locais a conversarem
sobre um texto particular (falado ou escrito), refletindo o método de comunicação de
Kraft. Muitos movimentos e grupos cristãos pós-modernos usam frases como “participar

59
Charles H. Kraft, Communication Theory for Christian Witness [Teoria da Comunicação para o Testemunho
Cristão] (Maryknoll: Orbis Books, 1991), 60.
60 Ibid.

134
da conversa” para convidar os participantes a um diálogo sobre teologia, onde a
autoridade está no que é discutido e levado a cabo por cada indivíduo.

Embora Kraft esteja correto em sua análise da comunicação como a “coordenação entre
o objetivo do comunicador, o conteúdo da mensagem, os fatores contextuais e o tipo e
uso dos métodos empregados”, a Igreja deve aprender a contextualizar a mensagem do
evangelho para uma sociedade que pode interagir com um texto de uma maneira não
pensada no início dos anos 90.61 Já que a forma como a comunicação acontece dentro
de um cenário cultural pós-moderno é digital, interativa e multifacetada, a Igreja pós-pós-
moderna deve começar a repensar a forma como o evangelho é proclamado a um público
pós-pós-moderno. Tim Challies, em seu livro The Next Story [A Próxima História],
examina como a comunicação mudou em uma cultura saturada digitalmente e mostra
que a comunicação ainda é o elo que une todos - mesmo com a infinidade de dispositivos
usados agora para se comunicar.62 Contextualizar a comunicação do evangelho tem sido
necessário para todo o tempo e especialmente em nosso atual paradigma cultural.
Qualquer um pode pesquisar no Google a origem ou o conteúdo da mensagem, criticá-
la em um blog, “retuitar” para que muitos mais interajam ou postar um vídeo viral da
mensagem que possa comunicar melhor a mensagem do que o autor original.

Ao falar da pregação correta do evangelho da maneira correta, Bruce Ashford, professor


de teologia e cultura no Southeastern Baptist Theological Seminary, exorta os cristãos a
pregarem o evangelho “fielmente, permanecendo fiéis à intenção autoral dos escritores
bíblicos e, de maneira significativa, comunicando de tal forma que o público entenda
nossa mensagem da maneira como pretendemos.”63 Em uma cultura pós-pós-moderna,
a metanarrativa da história do evangelho deve ser contextualizada para uma audiência
que está acostumada a se tornar interativa com o texto onde eles tornam-se um dos
muitos autores. Ajudará a ver como melhor contextualizar o evangelho para este novo
paradigma cultural, examinando as maneiras pelas quais certas características
definidoras de comunicação do pós-pós-modernismo se cruzam com os fundamentos da
comunicação. As características de comunicação do pós-pós-modernismo a serem
examinadas são as seguintes: o texto digital como uma nova forma de textualidade, a
glocalização das redes sociais e a interatividade na aprendizagem e na comunicação.
Explicar isso mostrará os efeitos resultantes do pós-pós-modernismo na visão de mundo
e na comunicação do indivíduo.

Texto digital como nova forma de textualidade


A descrição de Alan Kirby do pós-pós-modernismo como “digimodernismo” mostra
adequadamente como a era digital mudou significativamente o atual paradigma cultural
do pós-modernismo para o pós-pós-modernismo. Kirby diz: “A maneira mais imediata,

61 Ibid., 61.
62 Tim Challies, The Next Story: Life and Faith after the Digital Explosion [A Próxima História: Vida e Fé depois da
Explosão Digital] (Grand Rapids: Zondervan, 2011), 69.
63 Bruce Riley Ashford, Theology and Practice of Mission: God, the Church, and the Nations [Teologia e Prática da

Missão: Deus, a Igreja e as Nações] (Nashville, TN: B & H Academic, 2011), 306.

135
Aula 8: Alcançando a próxima geração

no entanto, de descrever o digimodernismo é esta: é uma nova forma de textualidade.”64


Esta nova forma de textualidade altera a forma como a verdade é entendida e
comunicada através do papel do autor, do texto e do destinatário como mencionado
acima devido à natureza interativa dos textos “digimodernos”. A invenção da Internet
trouxe uma infinidade de informações para qualquer pessoa com acesso. As páginas da
Web na Internet começaram como textos somente leitura e existiam para fornecer ao
destinatário um texto que transmitisse informações. Conforme a tecnologia evoluiu, a
ideia de uma página da Web evoluiu para o que é conhecido como Web 2.0.

“A Web 2.0, como é usada hoje, refere-se a uma segunda geração de serviços baseados
na Internet (informações e aplicações) abertos para colaboração e altos níveis de
interatividade sem exigir habilidades de programação de computadores”, diz Jim
Macnamara, professor de comunicação pública da University of Technology, Sydney,
Austrália.65 Com a Web 2.0, páginas da web tornaram-se formas interativas de texto que
encorajam a participação do usuário para além de simplesmente receber informação.

“As formas da Web 2.0 são o desenvolvimento cultural globalmente mais importante do
século XXI até agora, e estão no coração do digimodernismo como a conhecemos
atualmente”, afirma Kirby.66 As salas de bate-papo criam pseudo-identidades para as
pessoas. Blogs são periódicos abertos para qualquer pessoa interagir, e a longevidade
das postagens de um blog depende da interação contínua dos leitores. A Wikipédia
fornece uma enciclopédia interativa que convida os destinatários a serem receptores e
produtores (pós-modernistas) de uma verdade absoluta (modernista). O YouTube elevou
a pessoa comum com algum tipo de dispositivo de gravação de vídeo para a
proeminência, e o vídeo produzido está pronto para interação e discussão por meio de
comentários e compartilhamento de mídia social. O Facebook busca imitar a amizade
criando comunidades de pessoas (redes sociais) que se comunicam e interagem
somente através de formas digitais de texto.67 Essa ascensão das mídias sociais através
das formas da Web 2.0 aumentou a demanda por interatividade entre as pessoas,
levando ao crescente desejo de personalização. Tim Challies explica essa necessidade
de personalização dizendo: “A experiência do usuário teve que ser personalizada para
que pudéssemos construir uma presença que refletisse nossos interesses e nossas
paixões - isso de alguma forma se tornaria parte de nossa própria identidade.”68 Essa
forma de comunicação molda a identidade pós-pós-moderna, à medida que ela antecipa
a interação daqueles dentro de sua rede social, através do detalhamento momentâneo
de seu dia, através de atualizações de status do Facebook ou postagens no Twitter.

64
Kirby, Digimodernism [Digimodernismo], 50.
65 Jim Macnamara, The 21st Century Media (r)evolution: Emergent Communication Practices [A (R)evolução da
Mídia do Século 21: Práticas de Comunicação Emergentes] (New York: Peter Lang, 2010), 33.
66 Alan Kirby, Digimodernism [Digimodernismo], 101.
67 Ibid., 105-123.
68 Challies, The next Story: Life and Faith after the Digital Explosion [A Próxima História: Vida e Fé depois da

Explosão Digital] (Grand Rapids, MI: Zondervan, 2011), 71.

136
Se a ideia do texto e a interação do destinatário mudaram tanto, como uma pessoa pós-
pós-moderna poderia interagir com um texto estático, como a Bíblia? Para os cristãos
contextualizarem a história do evangelho escrita em um texto estático, eles devem
primeiro interagir com o próprio texto das Escrituras. Um relacionamento com Jesus não
pode ser desenvolvido pelo mero conhecimento intelectual de Jesus e da história do
evangelho. Todos os relacionamentos envolvem interação entre duas partes, e um
relacionamento com Jesus cresce da interação com as Escrituras escritas. O primeiro
capítulo do Evangelho de João apresenta Jesus como a Palavra eterna que se encarnou
para que a humanidade pudesse interagir com ele relacionalmente. O pós-pós-moderno
deve vir a ver Jesus como a Palavra intertextual que envolve um relacionamento com o
texto muito mais profundo do que comentários e discussões em comum. A interação com
a Palavra envolve a pessoa no texto da história do evangelho.

Uma vez que uma pessoa interage com a Palavra sempre viva que promove um
relacionamento profundo com Jesus, essa pessoa pode então transferir a Palavra
relacional e viva da Escritura para os textos digitais com os quais interagem. Isso deve
envolver uma interação textual “digimoderna” mais profunda, além de postar um
versículo bíblico de vez em quando na plataforma de mídia social de alguém. O cristão
pós-pós-moderno pode agora compartilhar, discutir, proclamar e envolver uma rede
social diversificada de pessoas nas profundezas da história do evangelho através das
várias formas da Web 2.0. Embora o texto e a interpretação reais das Escrituras não
possam ser mudados por ninguém, o receptor interage digital, mental e fisicamente com
a mensagem da Escritura ao submeter sua vida às implicações encontradas no texto.
Nesse ponto de obediência, o cristão pós-pós-moderno torna-se coautor não do texto da
Escritura (a história da missão de Deus para redimir sua criação), mas do texto de sua
vida (sua história pessoal dentro da missão de Deus) sob a autoria hierárquica do “Autor
e consumador” da nossa fé. Deus convida a humanidade a fazer parte do texto final
(metanarrativa da história do evangelho) restaurando os destinatários à sua posição
original dentro do texto final. Se Tim Challies está correto quando diz que “as mídias
sociais e a mobilidade se complementam perfeitamente, dando-nos o desejo e a
capacidade de nos comunicar em todos os momentos, em todos os contextos”, então o
cristão deve integrar sua atividade na história de Deus com aqueles em suas redes
sociais através de mídias sociais e textos digitais.69

Rede social global


O pós-pós-modernismo altera os três métodos de comunicação do Kraft fundindo
monólogos, diálogos e envolvimento com a vida; criando assim um contexto e meios para
que a comunicação aconteça. Por causa da conectividade digital e interatividades da
Web 2.0, os pós-pós-modernos buscam envolver-se com um grupo maior - sua rede
social - onde se concentram em discussões interativas que começam como monólogos
e podem evoluir para diálogos de transformação da vida. As redes sociais existem desde
a criação de Adão e Eva, mas agora uma pessoa pode ter várias redes sociais que

69
Challies, 2011, 73.

137
Aula 8: Alcançando a próxima geração

incluem não apenas o vizinho da casa ao lado, mas também alguém a milhares de
quilômetros de distância em outro país. Essa ideia do indivíduo que vive em tensão entre
a interação de suas conexões locais e globais caracteriza o que o pastor Bob Roberts Jr.
descreve como glocalização. Ele diz: “Glocal está no tecido da vida cotidiana em todas
as dimensões e domínios. Nós não estamos sozinhos e nem eles estão. E ‘eles’ não
estão tão longe quanto pensávamos anteriormente.”70 A globalização expandiu a ideia
de uma rede social para qualquer pessoa que tenha conectividade on-line. Por causa
dessa redefinição das redes sociais, todos os três métodos de comunicação do Kraft são
empregados ao mesmo tempo pelo pós-pós-moderno na transmissão de verdade e
ideias. Um monólogo é agora um diálogo aberto que qualquer pessoa no mundo pode
participar, e a interação que se segue é percebida como envolvimento da vida.

A identidade e a estrutura da comunidade sempre foram centrais em como o significado


é discernido e a verdade é comunicada. A cultura pós-pós-moderna experimenta as
redes sociais digitalmente, fornecendo à Igreja duas opções: 1) abandonar as redes
sociais presenciais para redes sociais digitais ou 2) repensar como as redes sociais on-
line podem ser integradas ao aspecto comunitário da Igreja. As redes sociais podem
fornecer múltiplas interações do evangelho para os incrédulos, já que um cristão
comunica a verdade do evangelho com a intencionalidade missional por meio de
postagens, comentários, blogs, vídeos etc.

Comunicação e aprendizado interativos


Outro fenômeno da mudança cultural pós-pós-moderna é a natureza interativa do autor,
do texto e do receptor e o efeito inerente que isso tem sobre a aprendizagem e a
comunicação. Kelli Fuery explica em seu livro New Media: Culture and Image [Nova
Mídia: Cultura e Imagem] que os humanos estão acostumados a alguma forma de
interatividade e, com a ascensão do texto digital, estão experimentando uma nova era
de interatividade conduzida através de novas formas de mídia digital em vez de formas
tradicionais.71 Um elemento-chave da natureza interativa do texto digital é “a
multiplicidade de significados gerados para o sujeito e a tecnologia que o suporta.”72 A
possibilidade de interagir com múltiplos significados espelha o que já foi discutido sobre
a natureza do autor, o texto e o destinatário no pós-modernismo. Em contraste, a
interação de uma pessoa com múltiplos significados (pós-moderna) em um texto digital,
juntamente com a capacidade de assumir um papel autoral (moderno) no mesmo texto
cria um desejo único por conhecer, que é característico dessa tensão pós-moderna.

Referindo-se a novas maneiras de projetar ambientes de aprendizado para a educação,


Bill Brandon, escritor da Revista on-line Learning Solutions, fala dessa mudança de
aprendizado “digimoderna”, como ele diz: “O novo paradigma de autoridade e
conhecimento não significa o fim cursos conduzidos por instrutor, o postar no Facebook
ou Twittar do eLearning, ou a morte do design instrucional. Em vez disso, significa a
70 Bob Roberts Jr., 2007, 16.
71 Fuery, Kelli. New Media: Culture and Image [Novas Mídias: Cultura e Imagem] (Basingstoke, Hampshire: Palgrave
Macmillan, 2009), 28-29.
72 Ibid., 30.

138
extensão e expansão de oportunidades de aprendizagem.”73 Anya Kamenetz sugere que
os alunos aproveitem como a Internet evoluiu nosso conceito e prática de interação e
forme comunidades de ensino superior através de plataformas de mídia social.74 O
aprendizado interativo varia de aulas Faça-Você-Mesmo para Universidades híbridas /
on-line para comunidades de aprendizagem estabelecidas por meio das formas da Web
2.0.

Como então os cristãos podem aproveitar esta oportunidade para novas formas de
aprender e interagir com uma sociedade que está constantemente buscando a verdade
nesta “multiplicidade de significados”? Uma maneira seria repensar como a mensagem
do evangelho é entendida por indivíduos que interagem digitalmente. Proclamar e
ensinar o evangelho deve sempre ter o objetivo final de que a outra pessoa aprenda a
fim de compreender. Tradicionalmente, a maior parte da aprendizagem teológica dentro
da Igreja vem do sermão. Aqui, o texto estático da Escritura é explicado em forma de
monólogo, de modo que os destinatários aprendam o significado do texto e interajam
com ele aplicando alguns princípios aprendidos. Dentro de uma cultura pós-pós-
moderna, apresentar o significado do texto em um monólogo unidirecional e exortar os
congregantes a aplicar o(s) ponto(s) do sermão aumenta ou diminui a probabilidade de
que o aprendizado tenha ocorrido?

Criar ambientes de aprendizagem interativos para a proclamação do evangelho e


convidar os ouvintes a interagir com o texto das Escrituras sendo proclamado pode
ajudar o indivíduo pós-pós-moderno a entender melhor o significado do evangelho
encontrado no texto. Pregar sermões, portanto, torna-se um convite vivo para interagir
com o texto dentro de uma rede social da vida real - a igreja reunida. A preparação do
sermão pode acontecer nas redes sociais on-line, à medida que os pastores aprendem
com os insights dos outros ou, se desejarem, abrem seus próprios pensamentos e
perguntas sobre o texto para suas redes sociais. Isso convida não apenas os membros
da igreja do pastor a interagir com o texto, mas também a rede social on-line mais ampla
do pastor. Tony Merida, pastor de ensino da Igreja Imago Dei em Raleigh, Carolina do
Norte, mencionou como ele tenta fazer com que seus pontos de sermão e outras
declarações-chave sejam “twittáveis” por seu povo.75 Os pontos e ideias dos sermões
poderiam ser mais efetivamente comunicados se evoluíssem de frases triviais e
aliterativas que não podem existir sem o contexto do restante do monólogo em sentenças
facilmente compartilháveis que simplesmente explicam o ponto e podem ser interagidas
nas mídias sociais. A entrega do sermão oferece um ambiente no qual o pastor se torna
o preparador dos membros da comunidade evangélica para interagir de maneira física e
digital em cada uma das redes sociais de cada indivíduo. Projetar e entregar um texto (o

73 Brandon, Bill. “Digimodernism and Learning.” [Digimodernismo e Aprendizado] Por Bill Brandon: Learning
Solutions Magazine [Revista de Soluções de Aprendizado] (15 de agosto, 2011)
http://www.learningsolutionsmag.com/articles/729/digimodernism-and-learning (acessado 03 Setembro, 2012).
74 Anya Kamenetz, DIY U: Edupunks, Edupreneurs, and the Coming Transformation of Higher Education [Edupunks,

Empreendedores e a Transformação Vindoura do Ensino Superior] (White River Junction, VT: Chelsea Green Pub.,
2010), 113-119.
75
Tony Merida, entrevista com o autor, Wake Forest, NC 19 de Setembro, 2012.

139
Aula 8: Alcançando a próxima geração

sermão neste caso) que pode ser interagido por um longo período por qualquer um no
mundo com acesso a uma forma da Web 2.0 pode aumentar a capacidade de
aprendizado do indivíduo pós-pós-moderno em rede, e interagir fisicamente com o texto
do sermão dentro de suas redes sociais físicas e digitais.

Conclusão: um evangelho contextualizado para uma cultura digital pós-pós-


moderna
A cultura pós-pós-moderna deve ver a metanarrativa do evangelho como algo que pode
interagir digital e fisicamente, à medida que busca significado e comunidade entre a
multiplicidade de textos digitais. Com a interatividade proporcionada pelos textos digitais,
a igreja pode e deve buscar maneiras de contextualizar a proclamação da história do
evangelho para uma cultura que fala em cento e quarenta caracteres ou menos, capta
informações em pequenas frases de efeito do YouTube e interage com vários textos com
várias pessoas através de várias formas da Web 2.0. As formas de aprendizado e
comunicação evoluem à medida que as culturas se transformam em novas formas que
se ajustam às necessidades, emoções e características de uma determinada sociedade.

Portanto, os seguidores de Jesus devem contextualizar a mensagem da história do


evangelho e adaptar seus métodos de comunicação para que uma nova cultura pós-pós-
moderna aprenda, entenda e junte-se à comunidade cristã que vive em tensão com a
história do evangelho. A Igreja é o agente paradoxal que deve procurar trazer a busca
pós-pós-moderna por significado, verdade e compreensão para a rede social da Trindade
e sua comunidade formada pelo evangelho. O atual paradigma cultural pós-pós-moderno
cria uma geração de indivíduos esperançosos, ainda que desesperados, anônimos, mas
conhecidos, conectados, solitários, que buscam a verdade entre milhões de páginas da
Web e ainda lutam para decidir qual visão da verdade é realmente verdadeira. A Igreja
não pode se dar ao luxo de não contextualizar a história do evangelho para uma nova
cultura e as novas maneiras de aprender e se comunicar. As boas novas de Jesus podem
permanecer as mesmas ontem, hoje e eternamente dentro da metanarrativa do
evangelho, mas os métodos em que a Igreja comunica esse evangelho de metanarrativa
a uma cultura pós-pós-moderna não podem.

140
Aula 9: Reavivamento e evangelismo

Perguntas a considerar:

• O que é um verdadeiro reavivamento? Quais são as marcas do verdadeiro


reavivamento?
• Quão importante é entender as maneiras pelas quais Deus tem se movido na
história?
• Que tipo de perspectiva é obtida conhecendo-se a história dos reavivamentos?
• Como o mesmo evangelho que inspirou movimentos como O Primeiro Grande
Despertamento também motiva e inflama um movimento hoje?
• Como a história da igreja pode ajudá-lo a ver a diferença entre o cristianismo
como uma instituição que mantemos versus um movimento em que avançamos?

Notas de aula: Reavivamento e evangelismo por Dr. Alvin Reid

Introdução

Se você estudar a história do mundo, o que você descobrirá é que os movimentos


moldaram o mundo mais do que qualquer coisa.

Despertamentos Espirituais (Reavivamentos)


- Nós os chamamos de movimentos de Deus. Quando Deus penetra o modo
mundano comum de vida, desafia o status quo, e uma agitação vem e a igreja
irrompe em crescimento.
• Poderia ser um indivíduo, uma igreja, um espaço universitário, uma
comunidade. E algumas vezes na história é uma nação inteira ou principado
ou mesmo o mundo inteiro é atingido e experimenta crescimento espiritual.

A esperança por um movimento de Deus ainda existe.

O que é reavivamento? O que é essa coisa chamada “despertamento espiritual”?

“Favoreceste, SENHOR, a tua terra;


restauraste a prosperidade de Jacó.
Perdoaste a iniquidade de teu povo,
encobriste os seus pecados todos.
A tua indignação, reprimiste-a toda,
do furor da tua ira te desviaste.
Restabelece-nos, ó Deus da nossa salvação,
e retira de sobre nós a tua ira.
Estarás para sempre irado contra nós?
Prolongarás a tua ira por todas as gerações?
Porventura, não tornarás a vivificar-nos,
para que em ti se regozije o teu povo?”
-Salmo 85.1-6

141
Aula 9: Reavivamento e evangelismo

Reavivamento é um ________________de Deus no povo ____________________.

Quando chegamos a Cristo, através da salvação, nossas vidas são mudadas


eternamente e pessoalmente. Ninguém pode nos arrancar da mão do Pai. Nós temos
segurança no relacionamento com Deus através de Cristo; no entanto, nós ainda
vivemos em um mundo caído. E nós ainda pecamos. Seja através de pecados
flagrantes, onde fazemos coisas que são más: (Ver pornografia, ter raiva, ser ciumento,
ser arrogante). Ou apenas negligenciando as coisas: (amando pessoas perdidas,
negligenciando nossas devoções). Podemos chegar a um lugar onde estamos em um
estado de letargia espiritual, um sono espiritual, e precisamos ser despertados. Ou um
declínio espiritual do qual precisamos ser renovados.

Reavivamento é uma intervenção divina em uma igreja que traz uma séria reflexão
sobre o pecado pessoal e a ________________ sem embaraçamento do pecado.

A palavra usada para ‘reavivamento’ em Salmo 85.6 quer dizer “________________”

Quais são as marcas do movimento de Deus?

Quando falamos sobre reavivamento, falamos sobre…

1) Movimentos de Deus
• Há algo que está acontecendo que somente pode ser descrito como
“Deus fez isto”.

2) A __________________
• Estude os grandes despertamentos—eles pregavam o evangelho.

3) ____________________
• Oo zelo da juventude é algo especial

142
4) Pequenos grupos

5) Um retorno às __________________________ __________________________

6) Inovativo

7) Novos ministérios de Justiça Social


• Orfanatos

Aqui está uma realidade da História … Você pode estar no meio da atividade de Deus
e completamente sentir sua falta.

O primeiro grande despertamento


1 de 7 pessoas na Nova Inglaterra vieram a Cristo, nesse período.

Exemplo de Theodore Freylinghuysen – Um jovem na Alemanha, que esteve


envolvido em um movimento de Deus anteriormente, esse movimento, foi chamado de
“Pietismo”. Freylinghuysen então ouviu um desafio para fazer missões. Ele se mudou
para Nova Jersey para servir a 4 pequenas igrejas. Quando ele chegou lá, descobriu
que aquelas igrejas estavam basicamente mortas. As pessoas apostavam abertamente
e depois comungavam. Ele enfatizou 4 coisas:

1) Pregação evangelística

2) Visitação zelosa

3) Disciplina da igreja

4) Pregadores leigos

143
Aula 9: Reavivamento e evangelismo

As pessoas o confrontavam e ele respondia: “Eu prefiro morrer um milhão de mortes do


que não pregar a verdade!”
Exemplo de William Tennant – William mudou sua família da Escócia para a
Pensilvânia. Ele construiu uma cabana de troncos para a casa deles, depois construiu
outra cabana de troncos para servir de escola. Lá ele treinou seus três filhos em grego
e teologia evangelística. Esta “Faculdade de Troncos” acabou por se tornar Princeton
University.

Exemplo de Jonathan Edwards – Edwards foi um catalisador na Nova Inglaterra. Em


1741, Edwards escreveu The Distinguishing Marks of a Work of the Spirit of God [As
Marcas Distintivas de uma Obra do Espírito de Deus]. Existem cinco marcas que
demonstram um reavivamento:

1. Aumentará a estima por _______________

2. Trabalhará contra o reino de Satanás

3. Os homens demonstram maior consideração pelas _____________________

4. Leva as pessoas à verdade

5. Opera como um espírito de amor a ________________e ao


_________________

R.A. Torrey disse….

1. Se acerte com Deus

2. Comprometam-se juntos em oração

3. Coloquem-se totalmente à disposição de Deus

144
Artigo 18: Reavivamentos estudantis76
por Dr. Alvin Reid

Em 3 de fevereiro de 1970, um culto de capela começou normalmente no Asbury


College, uma pequena escola metodista no leste de Kentucky. A capela começou às 10
da manhã como programado, mas não terminou às 11h. Não terminou ao meio-dia,
nem 13h, ou mesmo 17h. Continuou pelos próximos oito dias, 185 horas, dando à luz
ao que foi chamado de Asbury College Revival [Reavivamento da Faculdade de
Asbury].

Em agosto de 1806, um grupo de universitários se encontrou debaixo de um


palheiro em meio a uma tempestade. Esses homens já estavam se encontrando,
orando e falando sobre o evangelho e as nações. Naquele dia, Samuel Mills propôs
uma missão à Ásia e nasceu o movimento de Missões Norte-Americanas.

No espaço do Yale College, no século XVIII, Timothy Dwight (o neto de Jonathan


Edwards) desafiou o ceticismo dos estudantes em suas mensagens da capela. Logo a
faculdade passou por um movimento de Deus onde metade da turma de veteranos foi
convertida em pouco tempo.

Deus frequentemente movia-se nos espaços universitários no reavivamento, nas


missões, no poder. É por isso que falo nos espaços universitários. Hoje vou fazer
minha primeira viagem à Universidade Shorter em Roma, na Geórgia, onde falarei na
capela amanhã. Eu vou desafiar os alunos a ver o cristianismo menos como uma
instituição para manter e mais como um movimento para avançar. Compartilharei da
mesma forma na Faculdade Williams, no Arkansas, e no Estado de Arkansas, no final
do outono. E tenho desafiado alunos da UNC, da UF, da Liberty e de Harvard com uma
mensagem semelhante. E meus alunos do SEBTS recebem uma dose disso
praticamente toda semana!

O reavivamento não é uma reunião de quatro dias, nem é focado principalmente nos
perdidos. O reavivamento acontece quando o povo de Deus tem uma afeição renovada
por Deus e seu evangelho, um espírito quebrantado e arrependido e disposição para
fazer qualquer coisa e ir a qualquer lugar para a glória de Deus e amor do evangelho.

Há tanta retórica sobre o reavivamento hoje que receio que erra o objetivo. O
reavivamento não é para levar as pessoas aos cultos da igreja ou mudar sua ética.
Esses são subprodutos de um movimento de Deus. E o reavivamento não é uma
esperança para que Deus afirme nossas estruturas. Em meu estudo da história dos
movimentos de Deus, estruturas tendem a ser mais demolidas do que perpetuadas. Em
todo grande despertamento:

76
Encontrado online em http://alvinreid.com/?p=1876. Usado com permissão.

145
Aula 9: Reavivamento e evangelismo

• A música nos cultos de adoração é alterada, dos hinos evangélicos dos Wesleys
para os hinos subjetivos dos pietistas, das canções evangélicas do final do
século XIX até a música de adoração influenciada pelo rock proveniente do
Movimento de Jesus.

• Métodos evangelísticos nascem não de líderes denominacionais, mas do


Espírito. Os Wesleys e Whitefield não queriam nem mesmo sair dos prédios da
igreja para pregar em outros espaços, mas tinham que fazê-lo e, ao fazê-lo,
alcançaram toda uma geração negligenciada pela igreja. Reuniões em massa
por Moody após o aumento da industrialização e urbanização, e cafeterias no
Movimento de Jesus são outros exemplos.
• Novos ministérios da justiça social surgem. George Whitefield construiu o
orfanato Bethesda, “casa de misericórdia”, porque sua visão do evangelho não
separava sua compaixão pelas pessoas de sua proclamação para as pessoas.
Foi na verdade o maior projeto de construção na colônia da Geórgia em sua
época e ainda hoje funciona. Francke, o Pietista começou um orfanato em Halle
e liderou outras reformas sociais enquanto pregava a Cristo. John Wesley teve
um grande impacto em Wilberforce e na abolição do movimento da escravidão.
Se vermos reavivamento, não será contido em um prédio da igreja. O
reavivamento nunca perpetuará a bolha cristã, porque a subcultura cristã é
inimiga de um movimento de Deus.

Há outras características dos movimentos de reavivamento, muitas vezes


negligenciadas. Uma é o papel dos estudantes universitários em particular e dos jovens
em geral. Outra é a ascensão de pequenos grupos nos lares, onde os crentes famintos
se reuniam (e os incrédulos, aliás) para estudar a Palavra e orar. E a mensagem de
reavivamento em grandes despertares não é uma necessidade sentida, em 3 passos
para se acertar com Deus. Nos despertamentos, o evangelho é recuperado e pregado
com profundidade e paixão.

Hoje estamos vendo um movimento crescente enfocando a grandeza do evangelho,


recuperando a Bíblia de uma postura moralista para um entendimento de que é um
livro com uma mensagem central, a obra redentora de Deus que é o nosso Rei.
Estamos vendo um movimento crescente de pequenos grupos fora dos edifícios da
igreja (alguns são forçados a isso por causa da dificuldade econômica de construir
edifícios enormes). E o maior número de adolescentes e estudantes na história
americana está entre nós, a maioria dos quais não conhece a Cristo, mas muitos deles
estão com fome, não por religião, mas por verdadeira mudança espiritual. E os jovens
que amam Jesus nesta geração têm uma paixão muito maior pela justiça social, algo
que a igreja não deve perder de vista.

Uma vez fui perguntado por um aluno sobre algo muito perspicaz: “Dr. Reid, a
maioria dos movimentos de reavivamento começou dentro dos prédios da igreja ou fora
de suas paredes?” Grande pergunta. Eu coloquei isso para Richard Owen Roberts,
com quem falei recentemente em uma conferência de oração. Ele observou que é difícil

146
dizer de forma decisiva, mas podemos dar amplos exemplos de ambos: alguns
movimentos começaram nos cultos da igreja, mas muitos ou mais avivamentos
começaram na comunidade fora de um prédio.
Deus não precisa de um edifício, nem precisa de um pregador. Mas ele usará servos
de Deus dispostos a serem radicais, a fazer o que quer que seja, a ir a qualquer lugar e
gastar mais tempo promovendo um movimento evangélico do que preservando as
preferências.

Arthur Wallis disse bem: “Vamos dizer, vamos dizer de joelhos: o reavivamento
custa caro!”
Que estejamos dispostos a buscar o movimento de Deus e que possamos estar
dispostos a pagar qualquer preço. Então, quando eu prego na capela de uma
universidade, estou orando para que Deus acenda apenas alguns com essa paixão.
E talvez ele faça isso amanhã.

147
Aula 9: Reavivamento e evangelismo

148
Aula 10: Questões no evangelismo
Perguntas a considerar:

• O que devo fazer quando encontro uma pessoa que faz perguntas que não
posso responder?
• Como você mantém a conversa centrada em Jesus, na cruz e no perdão dos
pecados quando a pessoa com quem você está falando continua mencionando
os cristãos hipócritas que eles conhecem?
• O que você faz quando uma Testemunha de Jeová ou um Mórmon bate à sua
porta?
• Como você fala com um membro da família sobre Cristo?
• O que você deve dizer quando fala com as crianças sobre Cristo?

Notas de aula: Questões no evangelismo por Dr. R. Larry Moyer

Há quatro áreas que criam desafios únicos para nós quando fazemos evangelismo.
Essas áreas são:

• Respondendo a questões e objeções


E se eu não puder responder à pergunta deles?

• Evangelizando membros de seitas


O que eu faço quando encontrar um membro de seita?

• Alcançando parentes
E quanto a meus parentes não-cristãos?

• Evangelizando crianças
Como posso compartilhar Cristo com meus filhos?

Respondendo a perguntas e objeções

1. Tome a _________________________________________.

• Atos 17.16-18 “Enquanto Paulo os esperava em Atenas, o seu espírito se


revoltava em face da idolatria dominante na cidade. Por isso, dissertava

149
Aula 10: Questões no evangelismo

na sinagoga entre os judeus e os gentios piedosos; também na praça,


todos os dias, entre os que se encontravam ali. E alguns dos filósofos
epicureus e estóicos contendiam com ele, havendo quem perguntasse:
Que quer dizer esse tagarela? E outros: Parece pregador de estranhos
deuses; pois pregava a Jesus e a ressurreição.”

• 1 Pedro 3.13-16a “Ora, quem é que vos há de maltratar, se fordes


zelosos do que é bom? Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da
justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as
suas ameaças, nem fiqueis alarmados; antes, santificai a Cristo, como
Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a
todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós, fazendo-o,
todavia, com mansidão e temor.”

- Deixe um temor apropriado de Deus expulsar seu medo do


homem. De maneira alguma está dizendo que você tem que ser
capaz de defender aquilo em que acredita para evangelizar.

2. Concentre-se na _________________________________________.

• 1 Coríntios 2.1-2 “Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o


testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de
sabedoria. Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e
este crucificado”.

- Paulo os deu uma declaração, não uma defesa— e ele se


concentrou na cruz.
- A cruz diz: “Eu te amo. Eu te amo. Eu te amo”.
- A ressurreição diz: “Eu sou Deus, eu sou Deus, eu sou Deus”.

3. Reconheça o ____________________________ problema

• 2 Coríntios 4.3-4 “Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é


para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste
século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de
Deus”.

- O problema real é que eles estão espiritualmente cegos.

150
4. Lembre-se, não é pecado dizer __________________________________.

• Isso transmite humildade e honestidade.

Evangelizando membros de seitas

1. A fim de alcançar membros de seitas,

• Você não tem que saber no que _____________ acreditam.

• Você tem que saber no que ______________ acredita.

• Lembre-se, quando Deus traz um membro de seita à sua porta,


Deus não os traz para ele falar com você. Deus o trouxe para você
falar com ele!

2. Limite sua discussão à pessoa e obra de ________________ discutindo duas


questões:

• Quem é Cristo?

• O céu é de graça?

151
Aula 10: Questões no evangelismo

3. Fale com eles sob __________________ condições:

• Eles vão falar com uma Bíblia aberta.

• Eles lhe permitirão tempo igual.

4. Não ofereça _________________________ e ______________________

• 2 João 10-11 “Se alguém chega a vocês e não trouxer esse ensino, não o
recebam em casa nem o saúdem. Pois quem o saúda torna-se
participante das suas obras malignas”.

5. Reconheça que as questões reais são _______________________, não


intelectuais.

• 2 Coríntios 4.3-4 “Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é


para os que se perdem que está encoberto, nos quais o deus deste
século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não
resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de
Deus”.

a. Um membro de seita é salvo assim como todo mundo.

• João 6.44 “Ninguém pode vir a mim, se o Pai, que me enviou, não
o atrair; e eu o ressuscitarei no último dia”.

152
b. Verdade, não emoção, deve ser sua autoridade.

• 2 Timóteo 2.23-26 “E repele as questões insensatas e


absurdas, pois sabes que só engendram contendas. Ora, é
necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim
deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente,
disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa
de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para
conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à
sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feitos
cativos por ele para cumprirem a sua vontade”.

6. Aprenda com alguém que _______________________ com eles antes.

• Atos 18.24-28 “Nesse meio tempo, chegou a Éfeso um judeu, natural de


Alexandria, chamado Apolo, homem eloquente e poderoso nas Escrituras.
Era ele instruído no caminho do Senhor; e, sendo fervoroso de espírito,
falava e ensinava com precisão a respeito de Jesus, conhecendo apenas
o batismo de João. Ele, pois, começou a falar ousadamente na sinagoga.
Ouvindo-o, porém, Priscila e Áquila, tomaram-no consigo e, com mais
exatidão, lhe expuseram o caminho de Deus. Querendo ele percorrer a
Acaia, animaram-no os irmãos e escreveram aos discípulos para o
receberem. Tendo chegado, auxiliou muito aqueles que, mediante a
graça, haviam crido; porque, com grande poder, convencia publicamente
os judeus, provando, por meio das Escrituras, que o Cristo é Jesus”.

Lembre-se disso! Quando Deus traz um membro de seita em sua porta, Deus não o
traz para ELE falar com você. Deus o traz para VOCÊ falar com ele.

Alcançando parentes

1. Peça a Deus para enviar alguém _________________________ de você.

153
Aula 10: Questões no evangelismo

2. Considere uma __________________________. Um esboço de quatro palavras


pode ajudar:

a. __________________________

b. __________________________

c. __________________________

d. __________________________

3. Aumente sua __________________________.

4. _________________________ por eles.

Lembre-se disso! Seu testemunho verbal não é a única maneira de alcançar os seus
parentes.
Evangelizando crianças

1. ________________________ a Cristo, não as ________________________.

2. Faça da questão _____________________________.

Não é fé na fé ou fé na oração. É fé em Cristo!

3. Quando der segurança, enfatize o __________________________, não uma


__________________________.

João 3.16 diz: “Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito,
para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna”.

154
4. Não baseie a ________________________ delas no ___________________
delas.

Lembre-se, elas podem ser cristãs, mas ainda são crianças!

155
Aula 10: Questões no evangelismo

Artigo 19: Cristãos são hipócritas!77


por Dr. R. Larry Moyer

Ai! Você estava esperando que seus amigos não-cristãos não mencionassem isso.
Afinal, eles têm visto você, não é?
O que você faz e como você responde? Manter quatro coisas em mente poderia
transformar uma objeção em uma oportunidade.

1. Não fique na defensiva. Não adianta muito dizer: “Isso nem sempre é verdade.”
Primeiro, a percepção é muitas vezes tão importante quanto a realidade. Mesmo
que nem sempre seja verdade, a percepção deles ainda tem que ser resolvida.
Em segundo lugar, argumentar que alguns que afirmam ser cristãos podem
nunca ter vindo a Cristo faz pouco bem. Além disso, há aqueles que
genuinamente vêm a Cristo que não vivem para ele.

2. Tome a ofensiva. Admita a verdade. Os cristãos são às vezes hipócritas. Mas,


então, lembre-lhes que também existem aqueles que sinceramente vivem para
Ele. Pergunte: “Você viria comigo por um dia e me permitiria apresentar você a
essas pessoas?” Curiosamente, eu nunca tive uma pessoa que aceitasse a
minha oferta!

3. Concentre a atenção deles em Cristo, não nos cristãos. Lembre-os de algo


que todo cristão sabe, mas a maioria dos não-cristãos nunca percebeu nem
pensou. Nossa salvação não vem porque os cristãos são perfeitos. Eles não são
e, portanto, não poderiam expiar nossos pecados. Mas Jesus Cristo, o perfeito
Filho de Deus, veio ao mundo, levou o castigo que merecemos pelo pecado,
morreu em nosso lugar e ressuscitou. Através da simples confiança nele como
nosso único caminho para o céu, somos eternamente seus. A cruz é a prova de
que ele não era um hipócrita. Um hipócrita não teria morrido em nosso lugar.
Porque ele, o Filho de Deus, satisfez a ira de um Deus santo contra nosso
pecado, podemos agora ser perdoados em vez de punidos. As boas novas do
evangelho estão centralizadas em Cristo, não em cristãos.

4. Emita um aviso. Depois do Evangelho, informe-os sobre algo que Satanás


prefere que você não mencione. Satanás se deleita em usar um cristão “ruim”
para manter os não-cristãos em seu reino. O epítome da loucura seria permitir
que Satanás dirija o destino eterno de uma pessoa. A resposta usual é: “Eu acho
que nunca pensei sobre isso”.

“Os cristãos são hipócritas” não é necessariamente uma porta fechada. Pode ser a
oportunidade pela qual você orou para conduzir um amigo não cristão, não para um
cristão perfeito (porque não há nenhum), mas para um Cristo perfeito!

77 Tirado do boletim Evantell’s Toolbox [Caixa de Ferramentas da Evantell]. Outono de 2011. Usado com permissão.

156
Artigo 20: Alcançando os sem igreja78
por Dr. Alvin Reid

Mudado radicalmente descreve adequadamente o impacto do evangelho no jovem Bill.


Sua combinação de cabelos selvagens, jeans rasgados, pés descalços e camiseta
tingida mostra quão recente foi sua conversão ao cristianismo. Sua aparência
desmente sua inteligência incomum.

Em um determinado domingo, logo após sua conversão, Bill decidiu comparecer a uma
congregação local para ter comunhão e nutrir-se além de seu estudo bíblico
universitário. Do outro lado da rua do campus ficava a igreja da faculdade, lotada
semanalmente com membros bem vestidos e conservadores. A igreja desejava
ardentemente desenvolver um ministério para os estudantes, mas até agora não
conseguiu iniciar tal ministério por causa da incerteza sobre como fazê-lo. Um dia, Bill
decidiu ir para lá.
Imagine a cena quando Bill entra. Ele não tem sapatos. Ele está vestido com seus
jeans, camiseta e aquele cabelo selvagem. O culto já começou, então Bill começa a
procurar um lugar. A igreja cresceu muito seu centro de adoração; então ele continua
andando. Até agora, as pessoas parecem um pouco desconfortáveis; mas ninguém diz
nada. Bill continua pelo corredor, procurando um lugar, mas encontrando apenas
olhares perplexos. Quando ele percebe que não há assentos, ele simplesmente se
agacha no tapete. Afinal, na fraternidade universitária, esse é um comportamento
perfeitamente aceitável. O problema é que ninguém nunca fez isso nessa igreja!

Por enquanto, as pessoas estão cada vez mais nervosas; e a tensão no ar é espessa.
Nesse momento, o pastor percebe um diácono se levantar de seu assento e,
lentamente, segue em direção a Bill. Este diácono em particular tem oitenta anos, tem
cabelos grisalhos prateados, um terno de três peças e um relógio de bolso. Conhecido
como um homem piedoso, elegante, digno e cortês, seu andar é acompanhado pela
batida de sua bengala. Enquanto ele caminha em direção a esse garoto, todo mundo
está pensando, você não pode culpá-lo pelo que ele vai fazer. Como você pode
esperar que um homem da sua idade e do seu passado entenda alguma criança da
faculdade no chão?

Leva muito tempo para o homem alcançar o menino. O silêncio reina, exceto pelo
clique da bengala do homem. Todos os olhos se concentram nele. Você não ouve
ninguém respirando. As pessoas estão pensando, O ministro não pode nem mesmo
pregar o sermão até que o diácono faça o que ele tem que fazer.
De repente, o homem idoso deixa cair a bengala no chão. Com grande dificuldade, ele
abaixa-se e senta-se ao lado de Bill para adorar com ele, para que ele não fique
sozinho. Todo mundo engasga com emoção. Quando o pastor ganha o controle, ele
78 Encontrado online em http://alvinreid.com/?p=71. Usado com permissão.

157
Aula 10: Questões no evangelismo

diz: “O que estou prestes a pregar, você pode nunca se lembrar. O que você acabou de
ver, nunca vai esquecer”.

Infelizmente, em 90% das igrejas, o relato acima não é como a maioria dos diáconos
ou das igrejas teria respondido ao jovem Bill. Perdemos um sentimento de compaixão
pelos radicalmente sem igreja na América; e é por isso que tão poucas pessoas
perdidas, ou até mesmo novos crentes como Bill, podem ser encontrados na maioria de
nossas igrejas. Para expressá-lo de modo simples, a maioria dos cristãos na América
vê a igreja como um hotel para os santos, em vez de um hospital para os pecadores.

Qual seria a necessidade mais premente para a igreja no que se refere ao evangelismo
no alvorecer do terceiro milênio DC?

Eu diria que a resposta tem menos a ver com influência política ou poder econômico,
menos com números e mais sobre influência. E certamente tem menos a ver com um
programa que compartimenta o evangelismo e mais sobre uma paixão que cria uma
cultura missionária. Alguma outra entidade tem tanta visibilidade com uma
correspondente falta de influência na cultura hoje quanto a igreja? Será que muitas
igrejas locais poderiam desaparecer de sua comunidade hoje e poucas pessoas fora de
sua associação sentiriam sua falta?
Eu diria que a igreja precisa de uma nova paixão para alcançar o radicalmente sem
igreja.

O que quero dizer com radicalmente sem igreja? Eu os defino como pessoas que
moram nos Estados Unidos e que não têm uma compreensão pessoal clara da
mensagem do evangelho e que tiveram pouco ou nenhum contato com uma igreja que
ensina a Bíblia e honra a Cristo. Uma analogia pode descrevê-los melhor. No primeiro
século, o apóstolo Paulo foi chamado por Deus como missionário para os gentios. Os
judeus eram o povo de Paulo. Eles tinham uma herança de fé, uma base bíblica e um
fundo cultural comum. No entanto, os gentios no primeiro século foram aqueles que na
maior parte não sabiam nada da mensagem do evangelho até que alguém como Paulo
lhes disse. Eles não tinham herança das Escrituras como os judeus. Alguns eram
religiosos, outros não. Eles são análogos em nossos dias a milhões de pessoas em
nosso país que quase não têm conhecimento real do cristianismo. Ah, eles sabem o
que é um colar clerical e reconhecem um prédio de igreja; mas eles não têm
conhecimento funcional do evangelho.

Enquanto os judeus de nossos dias poderiam ser descritos nessa analogia como
nominalmente religiosos, os gentios podem ser chamados de radicalmente sem igreja.
Eles podem ser devotadamente religiosos, assim como alguns gentios do primeiro
século; eles podem ser irreligiosos. Eles podem ser muçulmanos ou hindus ou Nova
Era ou Mórmon; ou eles podem ser agnósticos. A diferença entre eles e os cristãos
nominais, os “judeus” para usar a analogia, é que qualquer ideia que eles tenham do
cristianismo é obscura ou totalmente falha. Alguns deles reconhecem os arcos

158
dourados do McDonald's muito mais rapidamente do que uma cruz como um símbolo
com significado. Parece-me que a igreja tem sido justa em alcançar os judeus, mas
infelizmente ineficaz em alcançar os gentios.

Hoje almocei com um grupo de plantadores de igrejas na Vintage21, uma nova fábrica
de igrejas em Raleigh, ligada à Rede Acts29. O pastor, Tyler Jones, compartilhou a
história do nascimento e crescimento da igreja em apenas alguns anos, de alguns
pouco para agora, mais de 400 em três cultos. Ao contrário de muitas igrejas modernas
e pós-modernas que encontrei, esta realmente encontrou uma maneira de alcançar
muitas pessoas sem igreja, sem mencionar que cerca de 30% dos participantes
atualmente vêm desse grupo demográfico. O que me impressionou em relação a Tyler,
no meio de um cenário de ministério contextualizado, obviamente contemporâneo, foi
seu lembrete constante de que tudo o que fazemos deve ser bíblico. Agora há um
pensamento inovador: considerar que a melhor maneira de alcançar uma cultura sem
igreja hoje em dia está diretamente relacionada à nossa capacidade de entender como
a igreja primitiva alcançava uma cultura sem igreja.
Aqui está como Michael Green em Evangelism in the Early Church [Evangelismo na
Igreja Primitiva] argumenta que os primeiros crentes espalharam o evangelho em um
mundo sem igreja (p. 173): Mas já em Atos 8 descobrimos que não são os apóstolos,
mas os missionários amadores, os homens expulsos de Jerusalém, como resultado da
perseguição que se seguiu ao martírio de Estêvão, que levou o evangelho com eles
para onde quer que fossem. Foram eles que viajaram ao longo da planície costeira
para a Fenícia, sobre o mar para Chipre, ou foram ao norte para Antioquia. Eles eram
evangelistas, tanto quanto qualquer apóstolo. De fato, foram eles que tomaram os dois
passos revolucionários de pregar para o grego que não tinham conexão com o
judaísmo, e depois com o lançamento da missão gentia a partir de Antioquia. Foi um
esforço inconsciente. Eles foram dispersos de sua base em Jerusalém e foram para
todos os lugares espalhando as boas novas que trazia alegria, libertação e uma nova
vida a si mesmos. Isso muitas vezes não era uma pregação formal, mas conversas
informais com amigos e encontros casuais em lares..., em passeios e em torno de
bancas de mercado. Eles iam a todo lugar comentando o evangelho; eles fizeram isso
de forma natural, entusiasta e com a convicção daqueles que não são pagos para dizer
esse tipo de coisa. Consequentemente, eles foram levados a sério e o movimento se
espalhou.

Que Deus nos ajude a ter esta mesma paixão para ver o mesmo impacto em uma
cultura sem igreja hoje.79

79 Esse artigo é adaptado do livro Radically Unchurched: Who They Are and How to Reach Them [Radicalmente

Sem
Igrejas: Quem Eles São e Como Alcançá-los]. Kregel Books.

159
Aula 10: Questões no evangelismo

160
Aula 11: Como fazer do evangelismo um hábito em
vez de uma dor de cabeça

Perguntas a considerar:

• É normal ficar com medo quando falar com alguém sobre Cristo?
• Por que é importante que o evangelismo se torne natural e normal em vez de
raro e em ocasiões planejadas?
• Que papel o desenvolvimento de relacionamentos com os não-crentes
desempenha no evangelismo eficaz e consistente?
• Quais são algumas maneiras práticas de desenvolver relacionamentos com não-
crentes?

Notas de aula: Como fazer do evangelismo um hábito e não uma dor de cabeça
Por Dr. R. Larry Moyer

Se você vai fazer do evangelismo uma parte regular de sua vida, você terá que lidar
com obstáculos recorrentes. Proeminente entre eles é o problema do medo.

Em um artigo intitulado Fear is No Excuse [Medo não é Desculpa], Leighton Ford


escreve: “Eu sou um evangelista, e tenho testemunhado e partilhado minha fé desde os
14 anos de idade. Eu preguei para multidões de 60.000 pessoas e ainda fico nervoso
quando converso com um indivíduo sobre Cristo.”

Medo em evangelismo é ________________. Cada pessoa que evangeliza tem vezes


que tem medo. Você sempre terá que lidar com isso!

É esse medo e outros fatores que faz do evangelismo uma dor de cabeça para muitos
crentes. No entanto, é possível que o evangelismo seja parte regular da sua vida, em
vez de uma raridade. É possível ver o evangelismo como um hábito em sua vida, em
vez de uma dor de cabeça! Mas se você vai fazer do evangelismo uma parte da sua
vida, depois que este seminário terminar, há várias coisas que você deve aprender com
o apóstolo Paulo.

161
Aula 11: Como fazer do evangelismo um hábito em vez de uma dor de cabeça

Ouça a explicação de Paulo em 1 Tessalonicenses 1Tessalonicenses


2.1-10. 2.1-10

O contexto (vv.1-2a)
De acordo com Atos 16.12-24, Paulo e Silas foram 1”
Porque vós, irmãos, sabeis,
acusados de ensinar uma religião ilegal. Como ambos pessoalmente, que a nossa estada entre
eram judeus e sua pregação visava a idolatria de vós não se tornou infrutífera; 2 mas, apesar
Roma, tal pregação era traição. Paulo sabia que um de maltratados e ultrajados em Filipos,
julgamento com a execução resultante era iminente. como é do vosso conhecimento, tivemos
As pessoas não esperaram - elas atacaram Paulo e ousada confiança em nosso Deus, para vos
Silas, rasgaram suas roupas, os açoitaram e os anunciar o evangelho de Deus, em meio a
muita luta. 3 Pois a nossa exortação não
entregaram ao carcereiro, que prendeu os seus pés no
procede de engano, nem de impureza, nem
madeiro. se baseia em dolo;

O significado (vv.2b-10) 4 pelo contrário, visto que fomos aprovados


Reconheça que ousadia está disponível através do por Deus, a ponto de nos confiar ele o
seu relacionamento com Cristo. Paulo disse: “tivemos evangelho, assim falamos, não para que
ousada confiança em nosso Deus” (v. 2). Com essa agrademos a homens, e sim a Deus, que
prova o nosso coração. 5 A verdade é que
relação como base, o que contribuiu para essa
nunca usamos de linguagem de bajulação,
ousadia? Precisamos olhar para o mensageiro e a
como sabeis, nem de intuitos gananciosos.
mensagem. Ao fazê-lo, você pode aprender como Deus disto é testemunha. 6 Também
tornar o evangelismo um hábito em vez de um jamais andamos buscando glória de
sofrimento. homens, nem de vós, nem de outros. 7
Embora pudéssemos, como enviados de
Cristo, exigir de vós a nossa manutenção,
1. Desenvolva _____________________ em sua todavia, nos tornamos carinhosos entre
mensagem (v. 2-3). vós, qual ama que acaricia os próprios
filhos; 8 assim, querendo-vos muito,
a. O que foi - _______________________ estávamos prontos a oferecer-vos não
somente o evangelho de Deus, mas,
b. O que não foi - igualmente, a própria vida; por isso que vos
______________________ tornastes muito amados de nós. 9 Porque,
vos recordais, irmãos, do nosso labor e
fadiga; e de como, noite e dia labutando
2. Desenvolva _______________________ de
para não vivermos à custa de nenhum de
que você é um mensageiro de Deus (v. 4). vós, vos proclamamos o evangelho de
Deus. 10 Vós e Deus sois testemunhas do
a. O que não foi o desejo final deles - modo por que piedosa, justa e
_________________ irrepreensivelmente procedemos em
relação a vós outros, que credes”.
b. Qual foi o desejo final deles -
___________________

162
3. Desenvolva _________________________pelas pessoas (vv. 5-9)

a. O que não era a preocupação deles - __________________________

b. Qual era a preocupação deles - _________________________

4. Desenvolva _________________________ em sua vida (v. 10).

Ideias para desenvolver relacionamentos com não-crentes

• Convide um amigo para acompanhá-lo enquanto você corre ou joga golfe,


tênis ou squash.
• Peça a uma família para se juntar a você para um piquenique, sobremesa ou
evento esportivo especial.
• Organize ou participe de uma carona solidária para trabalho, compras ou um
evento especial.
• Ofereça-se para fazer algo pelos vizinhos enquanto eles estiverem longe de
casa.
• Se você sair do escritório para almoçar, peça a um colega que se junte a
você.
• Convide as crianças dos vizinhos para brincar no seu quintal. Você pode
tomar um chá com os pais e conhecê-los melhor.
• Trabalhe em projetos de artesanato ou reparo de casa juntos.
• Emprestar e tomar emprestado ferramentas de gramado e jardim. Emprestar
exibe um espírito de cuidado; pedir emprestado indica disposição para
depender dos outros.
• Ofereça sua ajuda a alguém na pintura, reforma ou paisagismo.
• Convide uma família para a sua casa para jantar.
• O treinamento de um time em sua área aumentará o contato com as crianças
e seus pais.
• Estenda uma recepção calorosa a um novo vizinho, fornecendo uma refeição
ou uma assistência especial.

163
Aula 11: Como fazer do evangelismo um hábito em vez de uma dor de cabeça

• Alugue um filme e convide uma família, amigos ou vizinho para assisti-lo com
você.
• Ajude aqueles que estão doentes ou sofrendo. Auxiliar com as crianças, dar
recados ou oferecer uma refeição pode abrir a porta para mais ministério.
• Use feriados como oportunidades especiais para ter convidados em sua
casa.
• Ajude a organizar uma festa em bloco para o seu bairro.
• Empreste um livro ou revista sobre questões espirituais e peça sugestões
quando estiverem prontos.
• Selecione um cabeleireiro ou mecânico que não seja cristão e os conheça.
• Se você estiver indo ao mercado ou shopping, convide um vizinho para
acompanhá-lo.
• Junte-se ao YMCA ou clube de serviço para estabelecer e construir contatos
com não-cristãos.

164
Artigo 21: A Mentalidade missional
por Matt Smith

Uma nova palavra de ordem tem crescido proeminente entre os líderes da Igreja na
América do Norte durante a última década e continua aumentando em ocorrência - é a
palavra missional. Para ser claro, missional é simplesmente a forma adjetiva da palavra
missionário. Um cristão missional seria então um cristão que se considera um
missionário. Uma igreja missional seria uma igreja que se visse como uma igreja
missionária. Missional é para missionário o que bíblico para a Bíblia. Em vez de dizer:
“evangelismo está de acordo com a Bíblia”, simplesmente diz: “evangelismo é bíblico”.
E assim, chamar uma igreja ou grupo de cristãos missional em oposição a missionários
parece ser mais natural. O que, especificamente, significa ser missional hoje? Por que
essa palavra cresceu rapidamente em popularidade com um foco maior na América do
Norte? E como é que uma igreja adota uma mentalidade missional? As respostas a
essas perguntas são encontradas explorando três componentes do conceito missional -
definição, destino e distintivos.

Missional definido

Muitos conceitos diferentes, porém, relacionados, são pretendidos quando as


pessoas usam a palavra missional hoje. W. Rodman Macllvaine III define uma igreja
missional como “um corpo unificado de crentes, com a intenção de ser a presença
missionária de Deus para a comunidade indígena que os rodeia, reconhecendo que
Deus já está trabalhando”.80 Ed Stetzer ajuda a explicar o significado de missional
contrastando com mentalidade de missão quando ele escreve o seguinte:

“Não confunda os termos mentalidade de missão e missional. O primeiro se refere


mais a uma atitude de preocupação com missões, particularmente no exterior.
Missional significa realmente fazer a missão exatamente onde você está. Missional
significa adotar a postura de um missionário, aprendendo e adaptando-se à cultura ao
seu redor, permanecendo biblicamente sólido. Pense desta maneira: missional significa
ser um missionário sem sair do seu CEP. Você pode ver como uma determinada
congregação ou denominação pode ser de mentalidade missionária sem ser missional.
Uma igreja missionária está “em missão…” intencional e deliberada sobre alcançar
outros. Por exemplo, os cristãos em missão se parecem com essas pessoas: eles

80
W. Rodman Macllvaine III. What is the Missional Church Movement? (Bibliotheca Sacra Jan. 2010) 92.

165
Aula 11: Como fazer do evangelismo um hábito em vez de uma dor de cabeça

estabelecem um estudo bíblico em sua casa para os vizinhos que não têm igreja. Eles
encontram oportunidades para compartilhar Cristo com os colegas de trabalho. As
férias em família de um casal são viagens missionárias, não apenas para compartilhar
experiências de evangelismo, mas também para ensinar a seus filhos o valor de
compartilhar Cristo como um estilo de vida contínuo. Uma congregação em missão
pode ser uma que patrocine eventos para trazer para a igreja aquelas pessoas que
geralmente evitam a igreja, achando que é irrelevante...

Uma igreja... que é missional está focada na missão de Deus (mission Dei), estando
ciente do que Deus está fazendo na cultura e unindo-se a ele em sua obra. Uma igreja
missional está disposta e ansiosa para envolver a cultura com as verdades do
evangelho”.81

Alvin Reid observa parte do desenvolvimento histórico do termo e relaciona-o ao


evangelismo pessoal quando ele escreve:

Os termos “missional” e “igreja missional” foram usados pela primeira vez por um grupo
de missiologistas e profissionais norte-americanos chamado Gospel and Our Culture
Network [O Evangelho e Nossa Rede Cultural] (GOCN). Esses líderes se reuniram para
buscar maneiras de aplicar no contexto norte-americano as implicações obtidas do
pensador missionário Lesslie Newbigin. Depois de voltar de décadas como missionário
na Índia, Newbigin percebeu quão secularizada e pagã a civilização ocidental havia se
tornado. Ele argumentou que nós, no Ocidente, devemos ver nosso mundo como um
campo missionário, e que a igreja deve adotar a postura de um missionário quando nos
relacionamos com a cultura. Essa abordagem tem demorado a ser aceita na igreja
ocidental como um todo. Mas essa realidade está mudando à medida que uma geração
de líderes mais jovens da igreja entende e abraça essa ideia.

Uma maneira simples de pensar sobre “missional” é isso. Evangelismo significa


compartilhar as boas novas de Jesus Cristo para uma pessoa perdida. Missões
significa conhecer um povo e sua cultura para ser mais eficaz em compartilhar Cristo.
Missional significa que eu, apesar de viver no Ocidente, tomo a postura de um
missionário. Isso incluirá evangelismo de atração, que a igreja convencional em meu
tempo de vida fez muito bem. Mas isso significará adicionar um foco na construção de
igrejas onde os crentes se veem como missionários na cultura, compartilhando Cristo e

81
Ed Stetzer. Planting Missional Churches: Planting a Church That’s Biblically Sound and Reaching People in
Culture Community [Quebrando o Código Missional: Sua Igreja Pode Ser Missionária em Sua Comunidade]
(Nashville, TN: B&H Academic, 2006), 19-20.

166
vivendo as implicações de um estilo de vida que segue Cristo em todos os níveis, e
criando filhos para fazer o mesmo. Lembro-me de um tempo na minha tradição quando
o foco era ajudar cada membro a descobrir que ele ou ela é um ministro. Os autores
escreviam livros sobre o tema “Todo Membro, um Ministro”. Acredito que o melhor foco
seria “Todo Membro, um Missionário.”82

Indo um pouco mais longe, Alan Hirsch, um autoproclamado “ativista missional”,


explica que uma compreensão adequada desse termo começa com “recuperar um
entendimento missionário de Deus ... Porque nós somos o povo ‘enviado’ de Deus, a
igreja é o instrumento da missão de Deus no mundo ... Embora frequentemente
digamos “a igreja tem uma missão”, de acordo com a teologia missional, uma
declaração mais correta seria “a missão tem uma igreja.”83

Definir missional é difícil (para dizer o mínimo) mas defini-lo em uma frase ou duas é
um desafio ainda maior. No entanto, Scott Thomas fez exatamente isso concluindo que
“uma igreja missional é uma comunidade unida de crentes, teologicamente formada,
centrada no Evangelho, capacitada pelo Espírito, que procura encarnar fielmente os
propósitos de Cristo para a glória de Deus. A missão da igreja é encontrada na missão
de Deus que está chamando a igreja a participar apaixonadamente da missão
redentora de Deus no mundo (Mt 28. 18-20; At 1. 8).”84

Destino missional

Sem dúvida, o movimento de recuperar a missão de Deus para a igreja e assumir a


postura de um missionário - que é referido como missional - foi direcionado a América
do Norte. As razões para isso são muitas; mas aqui estão algumas:

1. A típica igreja norte-americana perdeu de vista sua missão. Jesus deu a missão à
igreja antes de subir de volta ao céu. Essa missão - registrada em Mateus 28.18-20 -
era “fazer discípulos”. O propósito da igreja é dar glória a Deus; mas isso não pode

82
Reid. Evangelism Handbook [Manual de Evangelismo] (Nashville: B&H Academic, 2009), 6-7.
83 Alan Hirsh, “Defining Missional,” [Definindo Missional] ChristianityToday.com, Outono de 2008,
http://www.christianitytoday.com/le/2008/fall/17.20.html?start=2 (acessado em 17 de Março, 2014).
84 Scott Thomas, “What is Missional?” [O Que é Missional?] Acts 29 Blog, 15 de Junho 15, 2010,

http://www.acts29network.org/acts-29-blog/what-is-missional/ (acessado 17 de Março, 2014).

167
Aula 11: Como fazer do evangelismo um hábito em vez de uma dor de cabeça

nem começar a ser realizado até que a igreja se envolva em sua missão de fazer
discípulos. No entanto, a triste realidade é que a maioria das igrejas nem conhece sua
missão nem está trabalhando para isso. Por exemplo, uma igreja que encontrei não
tinha ideia de que sua missão era alcançar pessoas com o evangelho de Cristo. De
fato, quando o pastor finalmente se deu conta disso e começou a pregar sobre a
necessidade de compartilhar a fé e trazer outros a Jesus, a igreja não gostou porque
isso os deixou desconfortáveis, de modo que eles votaram pela saída dele. Ficou claro
que outra igreja que visitei também não sabia sua missão. Esta igreja tinha um slogan
impresso em seu boletim, um slogan diferente em sua brochura, uma terceira frase
impressa em seu logotipo, e quando perguntei ao pastor qual era a missão da igreja,
ele deu uma descrição totalmente diferente das três primeiras. Nenhuma dessas
descrições teve muito a ver com fazer discípulos de Jesus Cristo. Esta é a típica igreja
norte-americana.

2. As nações vieram para a América do Norte - os Estados Unidos em particular. A


pesquisa mais recente revela que a população dos EUA em 2050 será composta de
47% de brancos, 29% de hispânicos, 13% de negros e 9% de asiáticos.85 Isso revela
uma mudança muito dramática a partir de 1950, quando as populações americanas
eram compostas por 87% de brancos, 10% de negros e 3% de hispânicos.86 Com as
nações se mudando para o Ocidente de maneira tão rápida, a igreja deve reconhecer
que sua comissão para alcançar pessoas de todas as nações, tribos e línguas pode
agora ser realizada em seu próprio quintal. A diversidade de muitos tipos existe agora
em torno da maioria de nossas igrejas nos EUA. Será preciso muitos meios diferentes
para alcançar esses tipos de pessoas, o que leva ao terceiro ponto.

3. A igreja norte-americana tem falhado em contextualizar o evangelho. Para


aquelas igrejas que reconheceram sua missão de fazer discípulos e que se engajaram
ativamente nessa missão, muitos ainda falharam em comunicar o evangelho à cultura
em palavras que a cultura possa entender. Enquanto a mensagem do evangelho não
muda, a cultura faz e continuará a fazê-lo em um ritmo ainda mais rápido. Isso significa
que a maneira pela qual o evangelho pode ser efetivamente comunicado deve mudar
para se adequar à cultura que está sendo alcançada. Nossas igrejas na América do
Norte têm lutado para encontrar a criatividade para tirar esse tipo de coisa. Escolhendo,
em vez disso, relembrar e desejar os “bons velhos tempos”, nossas igrejas falharam
em sua missão. E isso não é mais evidente em todo o mundo do que na América do
Norte.

85
http://www.pewresearch.org/2013/05/03/the-state-of-race-in-america/
86 Ibid.

168
Distintivos missionais

Delinear algumas das características de uma igreja missionária ajuda a criar uma
imagem mental do que significa ser missional. Dependendo da inclinação teológica de
um autor, isso determina muito o quanto eles irão descrever uma igreja missional e que
tipos de características incluirão. A lista mais simples, porém abrangente, de
características missionais vem da caneta de Ed Stetzer e Mike Dodson. Em Comeback
Churches [Volte Igrejas], eles listam três características de uma igreja missional:87

1) Encarnacional - entrincheirados em suas comunidades. Isso significa não estar


tão focado nas instalações; em vez disso, se concentrar mais em viver,
demonstrar e oferecer comunidade bíblica para um mundo perdido. Significa
também viver a Grande Comissão de maneira tradicional quando uma igreja
tradicional é mais apropriada.

2) Nativo - firmemente enraizados no solo de sua sociedade, refletindo a cultura ao


seu redor. Isso significa parecer semelhante aos da nossa comunidade, mas
viver de forma diferente. Muitas vezes, em igrejas em declínio, existe uma
cultura da igreja que já está estabelecida e é confortável, mas é muito diferente
da cultura fora de suas paredes. Para se tornar nativo, isso precisa mudar -
particularmente na área de preferências - para se adequar mais
apropriadamente à comunidade. Por exemplo, Stetzer e Dodson escrevem: “As
igrejas nativas parecem diferentes de Seattle, do Senegal, de Cingapura. Nós
nos alegramos em uma igreja africana adorando ao som da música africana, em
roupas africanas com entusiasmo africano, mas isso seria totalmente
inapropriado em um ambiente diferente.”88

3) Intencional - conscientemente comprometido com metodologias eficazes. Isso


significa que “estilo de adoração, métodos evangelísticos, vestuário, horários de
culto, locais e outros assuntos são determinados pela sua eficácia em um
contexto cultural específico. Nossas igrejas lutam para serem
evangelisticamente eficazes porque estão presas a uma subcultura de
autoafirmação enquanto a cultura maior continua a se mover em outras

87
Ed Stetzer and Mike Dodson, Comeback Churches: How 300 Churches Turned Around and Yours Can Too
[Igrejas que Retornaram: Como 300 Igrejas Deram a Volta por Cima e Como a Sua Também Pode] (Nashville: TN,
B&H Publishing, 2007) 5-7.
88 Ibid. 6.

169
Aula 11: Como fazer do evangelismo um hábito em vez de uma dor de cabeça

direções.”89 A igreja precisa ser intencional sobre pensar e viver de seus


membros como missionários em sua própria localidade.

Tudo isso requer criatividade e muito trabalho, especificamente na área de estudo da


comunidade que circunda a igreja. Devemos trabalhar com igual vigor para fazer
exegese da Palavra de Deus e da cultura da comunidade. Van Gelder explica o
segundo.

Precisamos fazer exegese ... da cultura da mesma maneira que os missionários têm
sido tão bons em fazer com diversas culturas tribais de povos não alcançados
anteriormente. Precisamos fazer exegese… dos temas dos Rolling Stones…, Dennis
Rodman, Madonna, (e) David Letterman… Precisamos compreender que o Espírito do
Deus Vivo está atuando nessas expressões culturais, preparando os corações de
homens e mulheres para receber o evangelho de Jesus Cristo. Temos que encontrar,
no bom modo missionário, os motivos e temas que se conectam com as verdades do
evangelho. Precisamos aprender a proclamar: “Aquilo que você adora como
desconhecido, eu agora proclamo a você”. Essa é a visão missionária no seu
melhor.90

Espero que esta explicação e descrição da mentalidade missional tenha trazido


clareza a um assunto que recebe crescente quantidade de notoriedade entre os
círculos evangélicos.

89Ibid. 7.
90Craig Van Gelder, ed. Confident Witness—Changing World [Testemunho Confiante – Mudando o Mundo] (Grand
Rapids: Eerdmans, 1999) 14-15.

170
Aula 12: Como ajudar um novo convertido?

Perguntas a considerar:

• O que você deve fazer para acompanhar uma pessoa que você leva a Cristo?
• Por que tantas pessoas fazem profissões de fé em Cristo, mas não prosseguem
e continuam com Cristo?
• O que é exigido do acompanhamento efetivo?
• Qual é o objetivo de acompanhar um novo crente?
• Como você comunica garantia de salvação a um novo crente? Quando você
deve comunicar isso? Por que isso é tão importante?

Notas de aula: Como ajudar um novo convertido por Dr. R. Larry Moyer

Depois de fazer o contato e levar uma pessoa a Cristo, seu trabalho só começou.
Iniciando onde eles estão, você deve fazer a sua parte para acompanhar, e encorajá-lo
a crescer na graça e conhecimento de Cristo. (2Pe 3.18) Entender como melhor ajudar
os novos crentes requer conhecimento de certos princípios e uma consciência do que
fazer com base nesses princípios.

Às vezes, aqueles que são _________________ na área de pesca


são_________________ na área de acompanhamento! Muitas vezes nada é feito para
ajudar a pessoa a crescer em Cristo depois que confiaram nele. Isso desonra a Deus.

Os princípios para um acompanhamento eficaz:

1. Acompanhamento requer __________________________________

1Tessalonicenses 2.7, 11-12a – “nos tornamos carinhosos entre vós, qual ama
que acaricia os próprios filhos (...) e sabeis, ainda, de que maneira, como pai a
seus filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos.”

2. Acompanhamento requer ___________________________________

1Tessalonicenses 2.11-12a – “E sabeis, ainda, de que maneira, como pai a seus


filhos, a cada um de vós, exortamos, consolamos e admoestamos.”

171
Aula 12: Como ajudar um novo convertido?

3. Acompanhamento requer _____________________________

Colossenses 1.28-29 – “O qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e


ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo
homem perfeito em Cristo. Para isso é que eu também me afadigo, esforçando-
me o mais possível, segundo a sua eficácia que opera eficientemente em mim”.

4. Acompanhamento requer _____________________________

Colossenses 1.28-29 – “O qual nós anunciamos, advertindo a todo homem e


ensinando a todo homem em toda a sabedoria, a fim de que apresentemos todo
homem perfeito em Cristo. Para isso é que eu também me afadigo, esforçando-
me o mais possível, segundo a sua eficácia que opera eficientemente em mim.”

Por que esses princípios são importantes?

Alguns professam a Cristo, mas não prosseguem com o Senhor. Existem três
razões pelas quais isso acontece:

• Alguns não
são__________________________________________________.

• Alguns não são


_________________________________________________.

• Cristãos são ___________________________________________________.

A prática do acompanhamento efetivo:

Acompanhamento imediato – O que você fará antes de sua visita terminar.

172
1. Fale sobre __________________________.

a. Certifique-se de que ele entende, assim que ele levantar a cabeça da


oração, pergunte:

i. “Para onde você iria se você morresse


agora?”
ii. “se você morresse esta noite e Deus João 5.24
lhe perguntasse: ‘Por que eu deveria
deixar você entrar no meu céu?’ O
que você diria a ele?” “Em verdade, em verdade
vos digo: quem ouve a
b. Peça que interaja com João 5.24 minha palavra e crê naquele
perguntando as seguintes questões: que me enviou tem a vida
eterna, não entra em juízo,
i. “Aquele que ouve minha palavra” – mas passou da morte para a
Você fez isso? vida.”
ii. “E crê naquele que me enviou”, você
acreditou no que Deus disse e confiou
em Cristo como seu salvador?
iii. “Tem vida eterna”, isso significa mais
tarde ou agora? 1João
iv. “E não entra em juízo”, isso diz que
5.11-13
“não entra” ou “pode não entrar”?
v. “Mas passou da morte para a vida” –
Isso diz que “deve passar” ou “já
11 E o testemunho é este:
passou”? que Deus nos deu a vida
eterna; e esta vida está no
c. Peça que interaja com 1João 5.11-13 seu Filho.
perguntando as seguintes questões:
12 Aquele que tem o Filho
i. No verso 11, o que Deus nos deu? tem a vida; aquele que não
ii. No verso 11, onde a vida eterna é tem o Filho de Deus não tem
a vida.
encontrada?
iii. Na primeira parte do verso 12, quem 13 Estas coisas vos escrevi,
tem a vida eterna? a fim de saberdes que
iv. Na segunda parte do verso 12, quem tendes a vida eterna, a vós
não tem a vida eterna? outros que credes em o
v. Olhe o verso 13 enquanto eu leio: nome do Filho de Deus.
“Estas coisas vos escrevi, para que
vocês achem que têm a vida eterna, a
vós outros que credes em o nome do
Filho de Deus.” Eu li corretamente?

173
Aula 12: Como ajudar um novo convertido?

d. Encoraje-o a se comprometer a memorizar esses versos.

2. Fale sobre ______________________________________.


Peça-o que fale a duas pessoas sobre o que aconteceu antes do fim do dia.

a. Isso ajudará a cimentar em sua mente sobre o que aconteceu.

b. Isso vai ajudá-lo a desenvolver ousadia

c. Isso ajudará a começar a fazer o que ele deve fazer o resto de sua vida -
falar aos outros.

3. Fale sobre ________________________________________.

Explique que uma vez que um indivíduo confia em Cristo, tudo o que ele faz a
partir desse ponto é um agradecimento pelo que Cristo fez por ele (Rm 12.1-2).

Uma ilustração útil: Vamos supor que você esteja em um hospital morrendo de uma
doença rara. Eu era o único médico que sabia como curá-lo, e eu sempre te curei
dessa doença. Eu acredito que eu poderia pedir a você para fazer qualquer coisa por
mim, e você faria isso em apreciação, você concorda? (pausa) Agora, suponha que
cinco anos depois eu lhe diga: “Preciso de ajuda para consertar minha casa, você
poderia me dar alguma ajuda?” Você responde: “Não, consiga outra pessoa.” Sua vida
ainda é salva? (pausa) Claro! Mas esta é uma maneira terrível de dizer obrigado. De
modo semelhante, quando alguém confiou em Cristo essa pessoa é para sempre salvo.
Tudo que alguém faz a partir desse ponto é um agradecimento. Se um crente não vive
para Cristo, isso não muda a sua salvação, mas uma vez que a maneira como ele vive
desonra a Deus, é uma maneira pobre de agradecer.

Acompanhamento depois – O que você faz durante as semanas e meses que se


seguem à sua conversa?

1. Fale sobre _______________________________________.

Ofereça-se para passar por algum tipo de material de acompanhamento com


eles. Agora comece onde ele está! Você pode oferecer ajuda desse tipo:

174
a. “Agora que você confiou em Cristo, você o encontrou, mas Deus quer que
você venha a conhecê-lo melhor.”

b. a chave para o crescimento é a comunicação. Deus precisa falar com você e


você precisa falar com ele. Comunicação envolve estudo bíblico e oração.

c. você faz isso deixando Deus falar com você através da Bíblia, e depois fala
com Deus através da oração. Quanto mais você se comunica com Deus,
mais próximo você se torna (2Tm 3.16-17; Fl 4.6-7).

d. Ao ler a Bíblia e orar, você terá algumas perguntas. Eu gostaria de estar


disponível para ajudá-lo com essas perguntas. Eu tenho alguns materiais que
ajudarão você a começar a ler a Bíblia e orar. Você gostaria de trabalhar
nesta primeira parte, e quando terminar, vamos nos reunir e conversar sobre
isso?

2. Fale sobre ______________________________________.

a. No Novo Testamento, aqueles que creram foram batizados (At 2.41; 8.12;
16.14-15, 30-33; 18.8).

b. O batismo não tem valor salvífico, identifica os crentes com Cristo na


morte e ressurreição, e retrata um fato, que agora podemos “andar em
novidade de vida” (Rm 6.3-5; 1Co 1.17).

c. Serve como testemunho público e ato de obediência a Cristo. Como


primeiro ato de obediência a Cristo, é a maneira bíblica de dizer às outras
pessoas: “Eu pertenço a Cristo e, a partir de então, pelo poder de Deus,
pretendo viver em obediência a ele” (Mt 28.19-20; Rm 12.1-2).

d. Deus deseja sua obediência.

175
Aula 12: Como ajudar um novo convertido?

3. Fale sobre _______________________________________.

Fale sobre a importância da comunhão com os outros na igreja local. Ele precisa
de outros crentes e outros crentes precisam dele.
a. Hebreus 10.24-25 “Consideremo-nos também uns aos outros, para nos
estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de congregar-nos,
como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais
quanto vedes que o Dia se aproxima”.

4. Fale sobre _______________________________________.

a. Ensine-lhe uma apresentação clara e concisa do evangelho.

b. Convide-o a orar por uma pessoa que ele gostaria de ver confiar em
Cristo.

c. Deixe-o ver você fazendo evangelismo!

Escreva isso:

Conclusão: O acompanhamento não é feito por algo, é feito por alguém. Alguém que
entende uma abordagem bíblica para o acompanhamento.

176
Artigo 22: Como ajudar novos convertidos a crescerem em graça e
conhecimento91
por Dr. R. Larry Moyer

Quando uma pessoa chega a Cristo, nosso trabalho só começou. Nós devemos fazer o
nosso melhor para vê-los como 2Pedro 3.18 diz, “mas cresça na graça e conhecimento
de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”. Mas como você faz isso?

Antes de tudo, é importante perceber que é a sua presença acima de tudo que faz a
diferença. Dawson Trotman disse uma vez: “O acompanhamento não é feito por algo, é
feito por alguém.” Eu não poderia concordar mais. Sugerimos que quando alguém vem
a Cristo, você se encontra com eles uma vez por semana durante oito semanas. Apenas
estar lá faz toda a diferença no mundo. Às vezes é ideal que a pessoa que levou o
indivíduo a Cristo faça o acompanhamento. Ao mesmo tempo, porém, isso nem sempre
é ideal. Por exemplo, se é um parente, às vezes alguém fora da família é melhor no
acompanhamento do que alguém de dentro. Tem que ser tratado caso a caso.

Biblicamente, o acompanhamento é um trabalho para a igreja local. Isso significa que se


você levar alguém a Cristo e não tiver tempo para ajudá-lo a crescer, alguém na sua
igreja o fará. Não há como eu acompanhar todos que tenho o privilégio de levar a Cristo,
e Deus não espera que eu o faça. Portanto, antes que um evento de divulgação comece,
temos pessoas alinhadas que estão prontas para discipulá-las uma por uma.
Obviamente, para evitar possíveis problemas, você nunca terá uma pessoa do sexo
oposto seguindo o novo convertido. Tem que ser uma interação de homem para homem,
de mulher para mulher. Tenha em mente que a pessoa que faz o acompanhamento não
precisa ter um conhecimento profundo da Bíblia. Ele tem que ser alguém que esteja
sinceramente preocupado com o novo convertido crescendo em sua própria caminhada
espiritual e disposto a ajudar os outros.

No primeiro encontro, é importante cobrir o aspecto relacionado à segurança da


salvação. O verso que prefiro usar é João 5.24: “Em verdade, em verdade vos digo que
quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna e não entra
em juízo, mas já passou da morte para a vida”. Você vai querer passar com o novo
convertido o que aconteceu em termos de salvação. Chegamos a Deus como pecadores,
reconhecemos que Cristo morreu por nós e ressuscitou, e depositamos nossa confiança
em Cristo somente como nosso único caminho para o céu. Depois de fazermos isso,
Deus promete que nossa vida eterna com ele é baseada em fatos, não em sentimentos.
A segurança da salvação é uma das melhores coisas a serem abordadas nessa primeira
reunião.

91Encontrado online em http://www.churchleaders.com/outreach-missions/outreach-missions-how-tos/147745-how-


do-you-help-new-believers.html. Usado com permissão.

177
Aula 12: Como ajudar um novo convertido?

Também é importante abordar como crescer. Nós crescemos pela comunicação. Ele tem
que falar conosco, e nós temos que conversar com ele. Portanto, incentive-os a passar
um tempo com o Senhor em oração todos os dias e a estudar a Palavra. Eu sempre
recomendo que eles comecem em Filipenses porque é o livro mais fácil do Novo
Testamento. Sugiro que leiam um capítulo por dia e permaneçam nesse livro por um
mês. Na terceira vez, eles verão coisas que não viram na segunda vez, etc.
Ter algo para passar com um novo convertido é sempre uma ajuda. Temos livretos como
Welcome to the Family [Bem-vindo à Família] e Growing in the Family [Crescer na
Família], mas não posso enfatizar o suficiente que sua presença é o que faz a diferença.

Às vezes, as pessoas são boas em pescar, mas nem sempre são tão boas no
acompanhamento. Eles tendem a “deixar cair” a pessoa no momento em que ela vem a
Cristo. Entre e faça tudo que puder para ajudá-los a crescer, e você ficará empolgado ao
ver uma pessoa que não apenas veio a Cristo, mas agora está crescendo rapidamente.
Afinal, é por isso que Deus nos tem na terra: para impactar as pessoas para si mesmo.

178
BIBLIOGRAFIA
Arn, Win, e Charles Arn. The Master’s Plan for Making Disciples. Second Edition [O
plano do mestre para fazer discípulos. Segunda Edição]. Grand Rapids: Baker,
2002.

Bosch, David. Transforming Mission: Paradigm Shifts in Theology of Mission [Missão


transformadora: Mudanças de paradigma na teologia de missões]. Maryknoll:
Orbis Books, 2011.

Coleman, Robert. The Master Plan of Evangelism [O plano mestre de evangelismo].


Grand Rapids: Revel Publishers, 2010.

Dever, Mark. The Gospel and Personal Evangelism [O Evangelho e evangelismo


pessoal]. Wheaton: Crossway, 2007.

Early, Dave, e David Wheeler. Evangelism Is… How to Share Jesus with Passion and
Confidence [Evangelismo é … Como compartilhar Jesus com intensidade e
confiança]. Nashville: B&H Academic, 2010. ISBN-13: 978-0-8054-4959-4. ISBN-
10: 0-805-44959-0

Early, Dave, e Rod Dempsey. Disciple Making Is… How to Live the Great Commission
with Passion and Confidence [Fazer discípulos é… Como viver a grande
comissão com intensidade e confiança]. Nashville: B&H Publishing, 2013.

Fay, William, e Linda Evans Shepherd. Share Jesus Without Fear [Compartilhe Jesus
sem medo]. Nashville: B&H, 1999.

Geisler, David, e Norman Geisler. Conversational Evangelism: How to Listen and


Speak So You Can Be Heard [Evangelismo conversacional: Como ouvir e falar para
você ser ouvido]. Eugene: OR, Harvest House Publishers, 2009.

Gilbert, Greg. What is the Gospel [O que é o Evangelho?] Wheaton: IL, Crossway,
2007.

Greear, J. D. Recovering the Power that Made Christianity Revolutionary [Evangelho:


Recuperando o poder que tornou o cristianismo revolucionário]. Nashville: TN,
B&H Publishing, 2011. Kindle E-Book.

Henderson, Jim, e Matt Casper. Jim and Casper Go to Church: Frank Conversation
About Faith, Churches, and Well-meaning Christians [Jim e Casper vão à igreja:
Conversa franca sobre fé, igrejas e cristãos bem-intencionados]. Carol Stream:

179
Barna Books, 2007.

Hybels, Bill, e Mark Mittelberg. Becoming a Contagious Christian [Tornando-se um


cristão contagioso]. Grand Rapids: MI, Zondervan, 1994.

Kinnaman, David, e Gabe Lyons. Unchristian: What a new Generation Really Thinks
about Christianity… and Why It Matters. [Não-cristão: Que pensa realmente uma
nova geração sobre o cristianismo ... e porque é importante.] Grand Rapids:
Baker, 2007.

McRaney, Will. The Art of Personal Evangelism [A arte do evangelismo pessoal].


Nashville: B&H Academic, 2003.

Moyer, Larry. Free and Clear: Understanding and Communicating God’s Offer of
Eternal
Life [Livre e desimpedido: Entendendo e comunicando a oferta de deus de vida
eterna]. Grand Rapids: Kregel, 1997.

_____. 21 Things God Never Said: Correcting Our Misconceptions about Evangelism
[21 Coisas que Deus nunca disse: Corrigindo nossos equívocos sobre o
evangelismo]. Grand Rapids: Kregel Publications, 2010.

_____. Show Me How to Share the Gospel [Mostre-me como compartilhar o


Evangelho]. Grand Rapids: MI, Kregel Publications, 2009. Kindle E-Book.

_____. Show Me How to Share Christ in the Workplace [Mostre-me como compartilhar
Cristo no local de trabalho]. Grand Rapids: MI, Kregel Publications, 2012. Kindle
E-Book.

Newman, Randy. Questioning Evangelism: Engaging People’s Hearts the Way Jesus
Did [Questionando o evangelismo: Envolvendo os corações das pessoas como
fez Jesus.] Grand Rapids: Kregel Publications, 2004.

Niles, D.T. That They May Have Life [Para que tenham vida]. New York: Harper and
Brothers, 1951.

Payne, J.D. Evangelism: A Biblical Response to Today’s Questions [Evangelismo: Uma


resposta bíblica às questões de hoje]. Colorado Springs: Biblica Publishing,
2011.

Pippert, Rebecca. Out of the Saltshaker & Into the World: Evangelism as a Way of Life
[Fora do saleiro & dentro do mundo: Evangelismo como um modo de vida]. 2nd
Edition. Downers Grove: IL, InterVarsity Press, 1999.

180
Rainer, Thom S. Surprising Insights from the Unchurched and Proven Ways to Reach

Them. [Perspectivas surpreendentes dos sem-igreja e maneiras comprovadas de


alcançá-los]. Grand Rapids: MI, Zondervan, 2008.

_____. The Unchurched Next Door: Understanding Faith Stages as Keys to Sharing
Your
Faith [Os sem igreja moram ao lado: Entendendo os estágios da fé como chaves
para compartilhar sua fé]. Grand Rapids: IL, Zondervan, 2008.

Reid, Alvin. Evangelism Handbook: Biblical, Spiritual, Intentional, Missional [Manual de


Evangelismo: Bíblico, espiritual, intencional, missional]. Nashville: B&H
Academic, 2009.

_____. As You Go: Creating a Missional Culture of Gospel-Centered Students.


[Enquanto você vai: Criando uma cultura missional de alunos centrados no
evangelho]. Colorado Springs: CO, NavPress, 2013. Kindle E-Book.

_____. ReVITALIZE Your Church Through Gospel Recovery [ReVITALIZE a sua igreja
através da recuperação do evangelho]. Gospel Advance Books, 2013. Kindle E-
Book.

_____. Firefall: How God Has Shaped History Through Revival [O cair do fogo: Como
Deus moldou a história através do reavivamento]. Nashville: TN, B&H
Publishing, 1997.

Searcy, Nelson, e Jennifer Dykes, Henson. Ignite: How to Spark Immediate Growth in
Your Church [Incendeie: Como estimular um crescimento imediato em sua igreja].
Grand Rapids: Baker, 2009.

Sjogren, Steve, Conspiracy of Kindness: A Unique Approach to Sharing the Love of


Jesus [Conspiração da bondade: Uma abordagem única para compartilhar o amor de
Jesus]. Ventura: Regal, 2007.

______. 101 Ways to Help People in Need 101 Ways to Reach Your Community [101
Maneiras de alcançar sua comunidade]. Colorado Springs: Navpress, 2001.

Sjogren, Steve, e Janie Sjogren, 101 Ways to Help People in Need [101 Maneiras de
ajudar as pessoas necessitadas]. Colorado Springs: Navpress, 2002.

Spurgeon, Charles. The Soul Winner. [O ganhador de almas]. Grand Rapids: MI, Wm.
B. Eerdmans Publishing, 1963.

181
Stetzer, Ed, e David Putman. Breaking the Missional Code: Your Church Can Become
a Missionary in Your Community [Quebrando o código missional: Sua igreja
pode ser missionária em sua comunidade]. Nashville: TN, B&H Publishers, 2006.

Strobel, Lee. Inside the Mind of Unchurched Harry and Mary: How to Reach Friends
and
Family Who Avoid God and the Church [Dentro da mente dos sem igreja Harry e Maria:
Como alcançar amigos e famílias que evitam Deus e a igreja]. Grand Rapids:
Zondervan, 1993.

Wheeler, David, e Alvin Reid. Servant Evangelism: Showing and Sharing the Good
News [Evangelismo Servidor: Mostrando e compartilhando as boas novas].
Gospel Advance Books, 2013.

Recursos On-line

www.alvinreid.com

www.dare2share.org

www.evantell.org

www.indigitous.org

www.servantevangelism.com

www.viewthestory.com

182

Você também pode gostar