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Estudos dos solos de Angola pelo ISA e pelo IICT

Chapter · January 2006

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Manuel Madeira
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Estudos dos solos de Angola pelo ISA e pelo IICT. Contribuição para
a Ciência do Solo Tropical

R. Pinto Ricardo1, 2, J. A. Raposo1 & M. Madeira2


1
Instituto de Investigação Científica Tropical, Tapada da Ajuda, 1349-017 Lisboa; email:
jraposo@isa.utl.pt
2
Instituto Superior de Agronomia, Departamento de Ciências do Ambiente, Tapada da Ajuda,
1349-017 Lisboa, e-mail: mavmadeira@isa.utl.pt

INTRODUÇÃO

A actividade em Angola no domínio da Pedologia teve início em 1946, cabendo ao Instituto


Superior de Agronomia (ISA) o mérito de semelhante iniciativa. Na realidade foi durante
esse ano que o Prof. J. V. Botelho da Costa e o então Assistente Ário L. Azevedo resolveram
orientar-se para o estudo dos solos de Angola, conseguindo constituir para o efeito uma
Missão Agrológica a Angola, a qual foi financiada pela Junta de Exportação dos Cereais das
Colónias que manifestou a esses docentes, como seu objectivo particular, o interesse que
tinha no reconhecimento preliminar dos solos do planalto angolano tendo fundamentalmente
em vista a definição das zonas mais apropriadas para a realização da cultura dos cereais
(Costa & Azevedo, 1947).
Anteriormente – a partir de 1878, ano em que os técnicos portugueses começaram a
preocupar-se com os solos de Angola –, os solos de Angola apenas tinham sido abordados de
forma fragmentária, limitada e mesmo rudimentar ou, então, considerados sem existir o seu
conhecimento directo. De facto, havia comentários feitos pelos exploradores portugueses, nos
seus Relatórios de Viagem, aos solos que iam observando, como por exemplo Serpa Pinto
(Pinto, 1881), Capelo & Ivens (1881, 1886), Paiva Couceiro (Couceiro, 1890, 1892), Artur de
Paiva (Paiva, 1892); havia alguns trabalhos sobre solos ou trabalhos de ordem geral contendo
referências aos solos (Monteiro, 1909a, b; Dória, 1912; Almeida, 1920; Queiroz, 1930;
Sousa, 1931; Velho, 1943); existiam, inclusivamente, informações indirectas sobre os tipos
de solos que ocorriam em Angola, as quais estavam contidas nos dois mapas de solos que
entretanto tinham sido publicados relativamente ao Continente Africano (Shantz & Marbut,
1923; Schokalsky, 1944).
Em 1946, no dizer dos próprios docentes que formaram a Missão Agrológica (Costa &
Azevedo, 1947), a situação em que se encontravam ao iniciarem o estudo dos solos de
Angola era a seguinte: “Exceptuando referências várias e mais ou menos vagas à existência
de ‘laterites’, e um trabalho do Engenheiro - Agrónomo Abreu Velho sobre as terras negras
de Catete, em que se discutem as suas analogias com os ‘tchernozems’, não se dispõe de
quaisquer elementos obtidos directamente na colónia quanto aos grandes grupos de solos que
nela possam encontrar-se. Não existe, ao que saibamos, um único estudo completo de
qualquer perfil de solos segundo os métodos modernamente usados em Pedologia”.
A Missão Agrológica realizou em Angola uma campanha de cerca de dois meses
(Agosto a Setembro de 1946), durante a qual efectuou um pouco mais de 4 000 km de
percursos de prospecção pedológica, observou e descreveu morfologicamente 258 perfis de
solos e colheu neles 808 amostras de terra para posterior estudo laboratorial. As amostras de
terra e demais elementos reunidos pela Missão no seu trabalho de campo foram depois
sujeitos a trabalhos de laboratório e de gabinete em Lisboa, no ISA (nas Secções de Física
Agrícola e de Química Agrícola), tendo sido orientados pelo próprio Prof. J. V. Botelho da
Costa e, quanto às análises químicas, pelo Prof. L. A. Valente Almeida. Esses trabalhos
estenderam-se até 1951, não obstante ter terminado o financiamento da Junta de Exportação
dos Cereais das Colónias no fim de 1948. Todavia, de 1948 a 1950 ainda se efectuaram
algumas análises correntes para caracterização dos vários tipos de solos definidos e, além
disso, realizaram-se estudos especiais sobre mineralogia das argilas, matéria orgânica do solo
e água do solo.
Aliás, só foi possível concluir as análises correntes no ano de 1951, graças a um
subsídio concedido ao ISA pela Junta das Missões Geográficas e de Investigação do Ultramar
(JIU). A JIU começou deste modo a sua intervenção nos estudos de Pedologia Tropical, cuja
orientação ficou a cargo, evidentemente, do Prof. J. V. Botelho da Costa, sendo assim
iniciada a cooperação ISA-JIU (IICT, Instituto de Investigação Científica Tropical) para
continuação dos estudos sobre os solos de Angola.
O trabalho até esse momento realizado pelo ISA deu lugar a diversos e importantes
estudos pedológicos, os quais começaram desde logo a projectar-se internacionalmente e a
contribuir para o desenvolvimento da Ciência do Solo Tropical.
A JIU em 1951, por outro lado, financiou uma Brigada de Estudos de Pedologia
Tropical para a realização de trabalhos de campo em Angola ainda nesse ano – constituída
pelo Prof. J. V. Botelho da Costa (ISA), Inv. Ário L. Azevedo (JIU), Assistente. R. Pinto
Ricardo (ISA) e Técnico Ruy F. Mayer –, tendo procedido ao reconhecimento de solos na
bacia do rio Cunene, entre os rápidos da Matala e a povoação do Humbe, com vista à
instalação de colonatos agrícolas. Em 1952 e 1953 financiou uma Missão de Estudos de
Hidráulica Agrícola, a fim de concluir o trabalho da Brigada anterior e, além disso, efectuar
estudos da mesma índole no vale do rio Cuanza envolvendo as regiões de Catete e de Bom
Jesus; os elementos da Brigada e mais o Engenheiro Agrónomo E. P. Cardoso Franco
constituíram o núcleo central da Missão, que contou ainda com a colaboração de mais dois
assistentes do ISA e três engenheiros agrónomos de Serviços Oficiais.

2
No âmbito da JIU, em 1953, para o estudo continuado e institucionalizado dos solos
de Angola acabou por ser criada uma Missão – Missão de Pedologia de Angola, MPA (a
partir de 1964 Missão de Pedologia de Angola e Moçambique, MPAM) –; em 1960, a par da
Missão, constituiu-se o Centro de Estudos de Pedologia Tropical (CEPT) para, de forma
objectiva e permanente, assegurar o estudo dos solos de Angola (cooperando com a Missão)
e, além disso, coordenar e orientar superiormente do ponto de vista científico os estudos
pedológicos a cargo de outras entidades pertencentes à JIU e formar especialistas nos vários
domínios da Pedologia Tropical. Logicamente a Missão acabou por se integrar no CEPT ao
ser feita, em 1973, uma reorganização da JIU. Quando foi criado o IICT, no ano de 1983, o
CEPT passou a designar-se simplesmente Centro de Estudos de Pedologia (CEP), o qual
acabou por ser extinto em 2004, como aliás sucedeu a todos os demais Centros, face a
profunda reorganização do Instituto com a preocupação de ser conseguida uma mais ampla e
eficiente investigação científica.
A MPA/MPAM foi criada por proposta do Prof. J. V. Botelho da Costa, tendo tido as
seguintes chefias: Prof. J. V. Botelho da Costa (1953-1960), o Prof. Ário L. Azevedo (1960-
-1962), o Prof. R. Pinto Ricardo (1962-1964) e o Inv. E. P. Cardoso Franco (1964-
-1973). O CEPT/CEP ficou a dever-se igualmente à iniciativa do Prof. J. V. Botelho da
Costa, tendo a sua direcção pertencido ao próprio Prof. J. V. Botelho da Costa (1960-1965),
ao Prof. Ário L. Azevedo (1965-1970) e ao Prof. R. Pinto Ricardo (1970-2004).
Tanto o Centro como a Missão tiveram a sua sede no ISA, na Secção de Pedologia, a
qual, presentemente, faz parte do Departamento de Ciências do Ambiente. A actividade
desenvolvida por essas estruturas decorreu sempre em íntima e profícua cooperação com o
ISA, com reconhecidas vantagens mútuas quer para o ensino da Ciência do Solo no País quer
para a investigação nesse mesmo domínio levada a cabo pelos pedologistas portugueses,
contribuindo de forma relevante para o progresso da Ciência do Solo Tropical e projectando-
-se reconhecidamente no estrangeiro, a um tal nível que, justamente, tem sido considerada a
existência de uma Escola Portuguesa de Pedologia Tropical.
O grande obreiro e impulsionador dessa Escola foi, como não podia deixar de ser, o
Prof. J. V. Botelho da Costa, a quem prestamos aqui as nossas mais sinceras homenagens. O
Prof. J. V. Botelho da Costa, aliás, deve ser tido como o introdutor em Portugal da Ciência
do Solo, graças ao trabalho que apresentou em 1932 sobre “Os Novos Conceitos da Ciência
do Solo e o Valor para a Agronomia” (Costa, 1932), trabalho em que o solo foi considerado
pela primeira vez entre nós segundo os princípios estabelecidos por Dokuchaiev. Além disso,
ele deve ser também considerado como o Pai da Ciência do Solo Tropical Portuguesa, uma
vez que foi o iniciador no País do estudo sistemático e aprofundado dos solos tropicais com a
Missão Agrológica a Angola de 1946.
Aliás, continuar a impulsionar a Ciência do Solo Tropical é a melhor das homenagens
que pode ser prestada à memória da brilhante actividade científica do Prof. J. V. Botelho da
Costa. Tal significa aprofundar e ampliar conhecimentos, adaptar, inovar e aplicar novas
tecnologias ao uso do solo, eliminar lacunas e corrigir eventuais erros, requisitos sem dúvida

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essenciais para o desenvolvimento científico e tecnológico da agricultura angolana. Neste
contexto, reveste-se de maior importância a cooperação entre instituições de investigação e
universitárias da República de Angola e de Portugal para dinamizar essas acções, partindo do
conhecimento acumulado e utilizando todo o acervo que existe sobre os solos de Angola.
A actividade pedológica em Angola resultante da cooperação ISA-IICT (JIU)
compreendeu: a) estudo dos solos nos principais domínios da Pedologia, de longe a maior
actividade desenvolvida, b) formação de pedologistas e c) apoio dispensado à realização de
cartografia de solos por outras entidades, públicas ou privadas.
Neste trabalho abordam-se os Domínios e Linhas de Investigação, desenvolvidos
para o estudo dos solos de Angola, a contribuição dada na Formação de Especialistas em
Ciência do Solo e o Apoio que se Dispensou à Realização de Cartas de Solos por outras
Entidades com vista ao uso do solo em bases científicas e tecnicamente fundamentadas. Por
fim, fazem-se algumas considerações quanto às Perspectivas Consideradas Fundamentais
Relativamente à Actividade a Prosseguir.

DOMÍNIOS E LINHAS DE INVESTIGAÇÃO EM QUE DECORREU O ESTUDO


DOS SOLOS DE ANGOLA

Os estudos de solos efectuados em Angola referem-se sobretudo aos seguintes domínios


principais: caracterização, classificação, cartografia, taxonomia pedológica, física, química e
mineralogia. Secundariamente, devem ainda considerar-se os domínios respeitantes a
pedogénese, micromorfologia do solo, degradação-conservação-recuperação dos solos,
tecnologia geral do solo, nutrição mineral das culturas - fertilidade dos solos, laterites e
pedoclima.

Caracterização, Classificação e Cartografia dos Solos

Os estudos relativamente à Caracterização, à Classificação e à Cartografia dos Solos foram os


que tiveram maior desenvolvimento e, em geral, decorreram em conjunto associados no
mesmo projecto de investigação. Os estudos em causa visaram objectivos científicos e,
simultaneamente, objectivos técnicos.
Do ponto de vista científico, (a) investigaram-se os principais tipos de solos de
Angola numa perspectiva global e tipicamente naturalista, (b) caracterizaram-se quanto à
morfologia e a aspectos físicos, químicos e mineralógicos, (c) definiu-se a sua taxonomia
pedológica e (d) estudou-se a sua distribuição geográfica. Em tal trabalho encarou-se sempre
o solo como parte integrante dos ecossistemas terrestres e, além disso, considerou-se como
um sistema complexo e multifuncional.
Do ponto de vista técnico, reuniu-se informação com vista a possibilitar a apreciação
agronómica (ou mesmo visando outras finalidades, inerentes a diversos outros ramos de

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engenharia) dos diferentes tipos de solos de uma qualquer região de Angola na óptica da sua
gestão e utilização para determinados fins específicos, mas sem deixar de atender à sua
conservação e à preservação integral do respectivo ambiente.
Logo em 1948, partindo de dados obtidos pela Missão Agrológica a Angola de 1946,
um estudo sobre características e distribuição geográfica de diversos grupos de solos de
Angola foi apresentado na “Conference Africaine des Sols” (Costa & Azevedo, 1948), tendo
sido muito bem recebido e tendo beneficiado de apreciável projecção no estrangeiro. Depois
em 1953 apareceu a obra Solos de Angola. Contribuição para o seu Estudo (Costa et al.,
1953), a qual foi muito apreciada e frequentemente citada na bibliografia internacional,
havendo merecido de Van Baren, por exemplo (Tropical Abstracts, Vol.X, p. 646, 1955),
uma ampla apreciação crítica que começou com as seguintes considerações:
“The treatise gives a clear and systematic account of the results of a soil survey of Angola,
carried out between 1946 and 1952, and for the date obtained in subsequent laboratory
investigations. As one of the reasons for executing such an elaborate and strenuous task the
authors assert that the failure of many European Agricultural enterprises in the tropics may be
ascribed to the wrong choice of soils. A second reason lies in the urgent need to work out a
sound soil conservation system which will fit in and can be adapted to native agriculture”.
No ano de 1954 dá-se então início ao grande projecto da Carta Geral dos Solos de
Angola, uma carta pedológica de pequena escala que foi programada para ser publicada em
folhas correspondentes aos respectivos distritos da divisão administrativa de então (em geral
equivalentes, de forma aproximada, às actuais províncias da República de Angola).
Aliás, no próprio ano de 1954, o então Investigador da JIU Ário L. Azevedo,
apresenta o trabalho Os Solos de Angola e a Agricultura. Características, Distribuição e
Tecnologia de Alguns Solos de Angola (Azevedo, 1954b) em que inclui um Esboço
Pedológico, na escala de 1: 4 000 000, tendo utilizado para o efeito todas as informações à
data disponíveis sobre os solos de Angola. Trata-se de um simples esboço, com bastantes
áreas em branco, baseado “desde estudos de pormenor e cartas agrológicas aos
reconhecimentos gerais e às simples observações de passagem ou comentários feitos por este
ou aquele autor acerca de solos”; teve todavia o mérito de ser a primeira tentativa feita no
sentido de indicar para todo o território angolano a distribuição dos respectivos solos baseada
no conhecimento directo dos próprios solos. Com esse fim foi elaborada uma classificação
dos solos que, embora com carácter provisório, representa a primeira classificação
estruturada para a globalidade dos solos de Angola, na qual é adoptada uma nomenclatura
essencialmente conotativa.

No que respeita propriamente à Carta Geral dos Solos de Angola, a situação presente
é a que a seguir se indica (Figura 1).

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Figura 1 – Situação presente da execução da Carta Geral dos Solos de Angola

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Cartas publicadas:

1 - Ex-distrito da Huíla – Área, cerca de 168 000 km2; Carta, na escala de 1:1 000 000;
Notícia explicativa, 482 pp. Lisboa (MPA, 1959) (1958)*;
2 - Ex-distrito de Huambo – Área, cerca de 29 827 km2; Carta, na escala de 1:500 000;
Notícia explicativa, 275 pp. Lisboa (MPA, 1961) (1960);
3 - Ex-distrito Moçâmedes – Área, cerca de 56 000 km2; Carta, na escala de 1:1 000 000;
Notícia explicativa, 192 pp. Lisboa (MPA, 1963) (1962);
4 - Ex-distrito de Cabinda – Área, cerca de 73 000 km2; Carta, na escala de 1:500 000;
Notícia explicativa, 227 pp. Lisboa (MPAM, 1968) (1965);
5 - Ex-distritos de Uíge e Zaire – Área, cerca de 95 000 km2; Carta, na escala de
1:1 000 000; Notícia explicativa, 467 pp. Lisboa (MPAM & CEPT, 1972a) (1966);
6 - Ex-distrito de Benguela – Área, cerca de 38 100 km2; Carta, na escala de 1:500 000;
Notícia explicativa, 509 pp. Lisboa (CEPT, 1981) (1976);
7 - Província de Cuanza Sul – Área, cerca de 58 000 km2; Carta, na escala de
1:500 000; Notícia explicativa, 617 pp. Lisboa (CEP, 1985) (1981);
8 - Província de Malanje – Área, cerca de 99 270 km2; Carta, na escala de
1:750 000; Notícia explicativa, 839 pp. Lisboa (CEP, 1995) (1991);
9 - Província de Bié – Área, cerca de 69 000 km2; Carta, na escala de 1:750 000; Notícia
explicativa, 550 pp. Lisboa (CEP, 2002) (1994).

Cartas concluídas para publicação:

10 - Províncias de Lunda Norte, Lunda Sul e Moxico – Área, cerca de 369 850 km2;
Carta, na escala de 1:1 000 000; Notícia explicativa, 337 pp. Lisboa (CEP, 1997)
(Policopiada);
11 - Província de Cuando - Cubango – Área, cerca de 193 000 km2; Carta, na escala de
1:1 000 000; Notícia explicativa, 250 pp. Lisboa (CEP, 2000) (Policopiada).

Carta em execução, já na fase de finalização:

12 - Províncias de Luanda, Bengo e Cuanza Norte – Área, cerca de 60 000 km2; Carta,
na escala de 1:500 000.
*
Nesta carta, como em todas as outras que se seguem, a data final entre parêntesis respeita ao ano em
que o trabalho foi entregue para publicação.

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Além disso, à medida que o trabalho de campo inerente ao reconhecimento e à
cartografia dos solos foi avançando, tornou-se possível cobrir todo o território angolano com
uma carta de solos, tendo-se publicado nesse sentido a Carta Generalizada dos Solos de
Angola, em quatro aproximações, como a seguir se especifica.

1 - Primeira Aproximação – Apresentada no “7th International Congress of Soil


Science” (Madison, 14-23 Agosto 1960); Carta, na escala de 1: 3 000 000; Notícia
explicativa, comunicação ao Congresso com 7 pp. (Costa & Azevedo, 1960). A
propósito deste trabalho, V. A. Kovda emitiu a seguinte opinião: “The new soil map
of Angola is very important for our knowledge of the soils of Africa. The published
part of the soil map and text are very useful and impressive. It is to be hoped that
important survey and publication will be completed”.
2 - Segunda Aproximação – Apresentada no “8th International Congress of Soil
Science” (Bucareste, 31 Agosto – 9 Setembro 1964); Carta, na escala de
1: 3 000 000; Notícia explicativa, comunicação ao Congresso com 10 pp. (Costa et
al., 1964).
3 - Terceira Aproximação – Publicada pela JIU em 1968; Carta, na escala de
1:3 000 000; Notícia explicativa, 277 pp. (MPAM & CEPT, 1968).
4 - Quarta Aproximação (Figura 2) – Concluída pelo CEP no ano de 1997, numa
versão digital, em formato vectorial; Carta, na escala de 1:1 000 000; Notícia
explicativa, 116 pp. (Franco & Raposo – Coordenadores, 1997).
De referir, por fim, que o trabalho de reconhecimento e cartografia pedológica dos
solos de Angola possibilitou a participação da MPAM e do CEPT em importantes projectos
internacionais, nomeadamente:

- “Carte des Sols d’Afrique” (Escala, ± 1:25 000 000), executada sob a coordenação do
“Service Pedologique Interafricain”. Bruxelas, 1960 (D’Hoore, 1960);
- “Soil Map of Africa” (Escala, 1:5 000 000), executado sob a coordenação da “Comission for
Technical Co-operation in Africa”. Lagos, 1964 (D’Hoore, 1964);
- “Carte Mondiale des Sols – Afrique” (Escala, 1:5 000 000), executada sob a coordenação
da FAO e da Unesco. Paris, 1976 (FAO-Unesco, 1974, 1976).
- “Soil and Terrain Database for Southern Africa (SOTERSAF)” (Escala
1: 2 000 000), projecto coordenado pela FAO e pelo ISRIC. Roma, 2003 (FAO & ISRIC,
2003).

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Figura 2 – Versão simplificada da Carta Generalizada dos Solos de Angola (4a Aproximação)

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A “Carte des Sols d’Afrique” e o “Soil Map of Africa” contaram na sua execução,
para Angola, com a colaboração dos Profs. J. V. Botelho da Costa, Ário L. Azevedo e R.
Pinto Ricardo e dos Invs. E. P. Cardoso Franco e E. M. Silva da Câmara, tendo o primeiro
participado também no estabelecimento da Legenda da Carta. Quanto à “Carte Mondiale des
Sols”, entre os cientistas participantes no projecto figuram, no que respeita ao território de
Angola, os pedologistas da JIU Profs. J. V. Botelho da Costa, Ário L. Azevedo e R. Pinto
Ricardo e Inv. E. P. Cardoso Franco. Relativamente ao projecto SOTERSAF verificou-se a
intervenção do CEP através do Inv. José A. Raposo (e também, em questões pontuais, do
Prof. R. Pinto Ricardo), tendo sido facultados todos os elementos necessários respeitantes a
Angola.
É de toda a justiça referir, quanto à Carta Geral dos Solos de Angola (e para finalizar
as considerações a seu respeito), que a respectiva execução implicou a actividade de variados
cientistas e técnicos sendo de destacar os que nela intervieram com carácter permanente: em
trabalhos de campo e de gabinete, os Profs. J. V. Botelho da Costa, Ário L. Azevedo, R. Pinto
Ricardo e António A. G. Réffega, e os Invs. E. P. Cardoso Franco, E. M. Silva da Câmara, M.
J. S. M. Guerra Pinheiro, F. A. Milho da Conceição, M. Monteiro Marques e M. A. Melo
Ferreira; nos trabalhos laboratoriais, o Inv. A. F. A. Sanches Furtado, o Eng. Agr.mo J. A.
Castanho Póvoas, as Dras. Maria Fernanda Barral, Iolanda Póvoas, Maria de Lurdes S.
Ricardo e Maria Eugénia Pereira e, ainda, as analistas Maria da Luz B. C. Silva e Sousa,
Maria Henriqueta Furtado, Maria de Lurdes Canilho Esteves e Isabel Maria Meireles.
Além da carta geral acabada de comentar, outra cartografia pedológica foi efectuada
em escalas maiores, tendo assim sido obtidas cartas de reconhecimento, cartas semi-
-detalhadas e mesmo cartas detalhadas, as quais associaram sempre ao respectivo documento
cartográfico uma notícia explicativa dando, entre outras, informações preciosas sobre a
tipologia dos solos e a sua classificação. Por exemplo: Costa et al. (1951, 1952, 1954a,
1954b, 1954c, 1956b, 1958), Ricardo & Conceição (1963), CEPT (1967), MPAM & CEPT
(1972b, 1974).
Foram igualmente realizadas cartas interpretativas de solos e as correspondentes
classificações, como regra partindo de cartas pedológicas existentes ou então de cartas
pedológicas efectuadas simultaneamente como fase antecedente do projecto delineado. Tais
cartas visaram objectivos agrícolas precisos ou simples objectivos de natureza agrária geral
ou finalidades mais amplas como, por exemplo, o planeamento agro-ecológico e o uso
agrário sustentável da “terra” ou mesmo o estabelecimento de planos de desenvolvimento
territorial. Por exemplo: Costa et al. (1951, 1952, 1954a, 1956b, 1958, 1959a), CEPT (1967),
MPAM & CEPT (1972b, 1974), Raposo (2000).

Como simples caracterização de tipos de solos que se reconheceu terem particular


interesse, efectuaram-se alguns estudos respeitantes, por exemplo, a Solos Ferralíticos e

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Solos Fersialíticos (Costa & Póvoas, 1959; Franco, 1964), a Solos das Regiões Secas
(Ricardo & Franco, 1958; Costa et al.,1959 b,c) e a Vertissolos (Azevedo & Costa, 1954).
*
* *
A metodologia seguida na cartografia dos solos de Angola foi sempre a metodologia
clássica, tendo-se adoptado para todas as cartas o formato analógico. Em 1989, com a
emergência dos sistemas de informação e cartografia digital, iniciaram-se os trabalhos de
digitalização, geo-referenciação e vectorização da informação pedológica existente no CEP,
de que resultou a elaboração da 4ª Aproximação da Carta Generalizada dos Solos de Angola.
Este trabalho envolveu principalmente os Invs. E. P. Cardoso Franco e José A. Raposo. Ao
primeiro coube sobretudo a organização das tabelas de atributos e a definição e composição
das unidades cartográficas; o segundo coordenou o trabalho de representação da
informação cartográfica em estruturas vectoriais e na associação dos atributos com a
informação espacial.
Presentemente, está-se em condições de passar a realizar qualquer carta de
solos por processo informático em função dos objectivos pretendidos e dos níveis de
informação armazenada.

O Estudo dos Solos e a Taxonomia Pedológica

No que respeita à Taxonomia Pedológica, os estudos desenvolvidos – que conduziram à


construção de um Sistema de Classificação dos Solos de Angola (CEP, 1985) – contribuíram
de forma marcada para o progresso da taxonomia dos solos tropicais.
Durante bastante tempo existiu uma grande confusão quanto ao emprego dos termos
laterite e laterítico. A ideia de que a existência das formações cimentadas constituídas por
uma acumulação de sesquióxidos livres, típicas do meio tropical, não seria uma característica
essencial dos solos tropicais designados Laterites e Solos Lateríticos – como se pensou até
finais dos anos 40 – representou, sem dúvida, uma evolução muito significativa, na qual os
pedologistas portugueses desempenharam um papel importante. Com efeito, o Prof. J. V.
Botelho da Costa (em colaboração com C. G. Trapnell e J. Van Garderen) apresentou à
“Conférence Africaine des Sols” (Bulletin Agricole du Congo Belge, XL(1), p. 1042, 1949,
Bruxelles) a proposta seguinte: “Considering that whatever the original meaning of laterite,
this term is now in general use in Africa in the sense of Du Preez’s definition (Du Preez,
1948), this Conference agreed to recommend restriction in future of the use of this term to
this definition. Having regard to the importance of the composition of the inorganic colloids
of the soil, both from the pedological and the agronomic point of view, it is also agreed that
as a provisional measure and pending further research, Martin and Doyne’s distinction of
soils by the SiO2/Al2O3 ratio of the colloidal fraction be recognized for the present as one of

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the criterions in soil classification, but that the soils termed: laterite and lateritic by these
authors (SiO2/Al2O3 less than 1.33 or between 1.33 to 2) be known henceforth as allite and
allitic respectively”.
Mais tarde, durante a “IIe Conférence Interafricaine des Sols (Léopoldville, 9-14 août
1954)“, o Prof. J. V. Botelho da Costa defendeu a opção do termo ferralítico para designar
diversos grupos de solos das regiões tropicais e subtropicais que se caracterizam
essencialmente por uma fracção argilosa com baixos valores da sua relação molecular sílica-
-sesquióxidos e nos quais a laterite (de acordo com o sentido dado por Du Preez, 1948) não
representa uma característica essencial (Costa, 1954b). O termo foi de imediato aceite por
Aubert (1954) e por si adoptado na conferência plenária que proferiu no “5e Congrès
International de la Science du Sol (Léoplodville, 16-21 août 1954)”:« Ne pourrait-on pas
utiliser pour les Sols Latéritiques eux-mêmes, un terme qui s’éloigne un peu plus du terme
primitif que celui de Latosol, proposé par C.E. Kellog et le ‘Soil Survey’ des U.S.A.? Ne
pourait-on, pour cet ensemble qui corresponde, semble-t-il, à tout un Sous-Ordre de sols,
prendre le terme de “ferrallite“ déjà proposé par d’autres, en particulier par le regretté
Professeur G. W. Robinson, et tout récemment encore, lors de la Conférence Interafricaine
des Sols, par J. V. Botelho da Costa, et laisser aux éléments latéritiques en voie de
durcissement les noms de carapace et de cuirasse latéritiques?»
Deste modo, a designação Solos Ferralíticos entrou para a nomenclatura taxonómica
dos solos tropicais. Segundo Chatelin (1972), « sans mésestimer lés recherches d’autres
écoles, on peut avancer que l’étude des sols ferrallitiques, qu’ils soient désignés par le
vocable ferrallitique ou par un autre, est dominée pendant la période moderne par les équipes
animées par Aubert (ORSTOM), Sys (INEAC), Botelho da Costa (JIU), et par l’équipe du
Soil Survey Staff U.S. La place prééminente prise par les quatre organismes en question dans
l’étude des sols ferrallitiques, ou ferralíticos, ou kaolisols, ou oxisols, se traduit par le fait que
ce sont leurs terminologies et classifications qui sont le plus employées».
No que respeita aos Solos e Argilas Negras Tropicais e Subtropicais – actualmente
designados Vertissolos – os Profs. Ário L. Azevedo e J. V. Botelho da Costa consideraram,
numa comunicação apresentada ao “5e Congrès International de la Science du Sol”, solos
derivados de formações rochosas e solos das planícies aluvionais (Azevedo & Costa, 1954).
Para D’Hoore (1955), “ cette subdivision nous semble intéressante, surtout que la plupart des
terres noires signalées en Afrique semblent pouvoir être assimilées à l’une ou l’autre de ces
catégories”. Consequentemente, ele adoptou esta distinção nas cartas dos solos de África cuja
execução coordenou (D’Hoore, 1960, 1964).
Boulaine (1957), ao discutir aspectos fundamentais da classificação (e cartografia)
dos solos do Chélif (Argélia), apoiou-se num trabalho sobre os solos da Huíla (Costa et al.,
1956a) afirmando que “lés Portugais sont arrivés à la même conclusion en Angola”.

12
A propósito dos sistemas de nomenclatura de solos geralmente em uso nas
classificações pedológicas, o Prof. J. V. Botelho da Costa (Costa, 1954b) formulou uma
proposta na “IIe Conférence Interafricaine des Sols” no sentido de se modificarem esses
sistemas relativamente aos seguintes pontos:
- Recusar as designações de Grandes Grupos de solos (ou de unidades de categoria
taxonómica superior) que não sejam apoiadas nas características essenciais dos
solos em questão;
- Substituir as designações de Grandes Grupos de solos que envolvam
exclusivamente a respectiva cor;
- Preferir expressões que abranjam mais de uma característica essencial;
- Recorrer a termos derivados do latim e do grego. Aliás, em relação a este último
ponto, a proposta teve a pronta aprovação de C. E. Kellog que fez saber que tal
critério estava em estudo nos Estados Unidos da América do Norte (o seu país).
Uma outra contribuição igualmente importante dos pedologistas do IICT para a
taxonomia dos solos tropicais, diz respeito à adopção das relações moleculares SiO2/Al2O3 e
SiO2/R2O3 da fracção argilosa como índice para a separação dos solos a um nível elevado –
solos ferralíticos, fersialíticos e sialíticos, cuja argila possui os caracteres respectivamente
ferralítico, fersialítico e sialítico (Costa et al., 1953; Costa, 1959; MPA, 1959) –. Estes
caracteres são os seguintes:

Valores das relações moleculares


Designação da argila
SiO2/Al2O3* SiO2/R2O3*
Fortemente ferralítica ≤1,33 <2,0
Ferralítica Medianamente ferralítica 1,4-1,6 <2,0
Fracamente ferralítica 1,7-2,0 <2,0
Fersialítica >2,0 <2,0
Fracamente sialítica 2,0-2,4 >2,0
Sialítica Fortemente sialítica 2,4-3,4 >2,0
Muito fortemente sialítica ≥3,5 >2,0
* A sílica considerada é a sílica combinada (silicatos e sílico-aluminatos)

Ainda a propósito da taxonomia pedológica deve-se, a título de exemplo, dar mais


algumas referências importantes de outros trabalhos efectuados: Costa (1954a), Costa et al.,
(1956a), Costa & Azevedo (1957), Costa & Franco (1965), Franco (1988, 1989), Conceição
(1991).

13
Física do Solo

No que respeita à Física do Solo, os estudos principais foram orientados pelo Prof. J. V.
Botelho da Costa e dirigidos para os capítulos da Estrutura e da Água, tanto do ponto de vista
puramente científico como no das respectivas relações com as plantas cultivadas. Por
exemplo: Soares (1953), Costa (1954c), Costa & Macedo (1955), Almeida (1961), Sousa
(1961), Costa & Sousa (1961, 1962), Leitão (1964), Franco (1983, 1997).

Química do Solo

Entre os estudos de Química do Solo, distinguem-se os relativos a duas linhas principais de


investigação: uma no domínio da Matéria Orgânica do Solo e a outra sobre o Fósforo do
Solo; além desses, devem ainda referir-se estudos sobre Microelementos, Azoto e Potássio,
bem como outros estudos diversos.
A linha relativa à Matéria Orgânica dos Solos Tropicais foi iniciada em 1949 por R.
Pinto Ricardo (então ainda aluno do curso de Engenheiro Agrónomo do ISA) sob a
orientação do Prof. L. A. Valente Almeida. Tendo começado com o estudo da matéria
orgânica das Terras Negras de Angola (Ricardo, 1951), estendeu-se depois sobretudo ao
fraccionamento e à caracterização da matéria orgânica de diversos tipos de solos (em
particular, Solos Ferralíticos), bem como ao estudo dos ácidos húmicos de alguns dos
principais tipos de solos de Angola e também da metodologia para doseamento do carbono
orgânico do solo. Exemplos: Ricardo (1961, 1968a, 1968b), Almeida & Ricardo (1954,
1972), Ricardo & Póvoas (1961, 1964), Franco & Póvoas (1996), Franco & Ricardo (1998),
Franco et al. (1998).
Os estudos respeitantes ao Fósforo do Solo referem-se sobretudo a métodos de
doseamento do fósforo total e assimilável, fraccionamento do fósforo do solo, papel do
fósforo no solo e mecanismos da sua retenção pelos óxidos de ferro e de alumínio. Exemplos
de referências: Almeida & Miranda (1954), Macedo (1955, 1960, 1964, 1968), Costa (1957),
Azevedo & Gouveia (1957), Almeida et al. (1958), Franco & Póvoas (1959), Réffega (1960).
A investigação sobre Microelementos foi iniciada em 1956 (Fragoso, 1959) mas,
infelizmente, não teve grande desenvolvimento; fez-se apenas mais um trabalho (Pinheiro,
1970). Foram realizados também alguns estudos sobre o Azoto e o Potássio, todavia em
número reduzido (Marques, 1965; Coelho, 1968; Almeida et al., 1968, 1969), bem como
outros fora de qualquer programa preciso (Franco & Póvoas, 1998; Franco et al., 2001).

14
Mineralogia do Solo

O domínio da Mineralogia do Solo – linha de investigação introduzida em Portugal pelo Prof.


J. M. M. Bastos Macedo e que teve como outro cientista igualmente importante o Inv. A. F.
A. Sanches Furtado – compreendeu principalmente estudos sobre métodos de caracterização
mineralógica dos solo, mineralogia das fracções argila, limo e areia, o papel físico-químico
da argila no solo, génese dos minerais constituintes da argila do solo, mineralogia dos solos
versus alteração das rochas e alteração das rochas (tanto nas condições naturais como por via
experimental) tendo em vista a formação dos solos. Os dados obtidos por tais estudos
constituem base fundamental para a taxonomia dos solos tropicais e elementos indispensáveis
para esclarecimento da sua génese, assim como para orientar a sua utilização racional e
melhor definir a respectiva tecnologia. Muitos deles revestem-se de certo carácter pioneiro,
pois contam-se entre os primeiros trabalhos referentes à mineralogia dos solos das regiões
tropicais, tendo-lhe sido reconhecido indiscutível mérito nos meios científicos internacionais
da especialidade. Citamos, a título exemplificativo, Macedo (1948 a, b), Macedo & Franco
(1958), Macedo et al. (1958), Dias (1959), Dias et al. (1959a), Póvoas & Macedo (1959a, b),
Furtado & Portas (1964), Portas & Furtado (1964a, b), Furtado & Herbillon (1964), Furtado
1965, 1968a, b, 1973, 1974, 1985, 1987, 1995, 1998, 2002).
Deve-se referir, a propósito da mineralogia do solo, que o estudo do Prof. J. M. M.
Bastos Macedo apresentado à “Conférence Africaine des Sols” (Macedo, 1948b) conduziu à
composição da argila de solos de Angola por um método que, até ao momento, não tinha sido
aplicado a solos do Continente Africano. Os cientistas do INEAC J. L. D’Hoore e J. Fripiat
(Bulletin Agricole Du Congo Belge, XL (1), p. 1026, 1949, Bruxelles) consideraram que “lés
méthodes employées se révèlent interessantes”, manifestando a intenção de estudar a sua
aplicação aos solos do então Congo Belga.
Por outro lado, sucedeu que os Profs. Ário L. Azevedo e J. V. Botelho da Costa
(Azevedo & Costa, 1954) estiveram entre os primeiros cientistas a indicar a presença de
montmorilonite nos Solos e Argilas Negras Tropicais e Subtropicais de África.
Além disso, são igualmente inovadores outros trabalhos sobre as Terras Negras de
Angola (Almeida & Ricardo, 1954; Dias et al., 1959b) que conduziram à conclusão de que os
Solos e Argilas Negras Tropicais e Subtropicais, apesar da sua cor preta, são muito pobres
em matéria orgânica, o que implica que a cor escura que apresentam não pode resultar da
quantidade de matéria orgânica mas sim da natureza desta em associação com outras causas,
em particular as quantidades e as formas do ferro e do manganês presentes nos respectivos
solos.

15
Outros Domínios

Alguns estudos igualmente importantes foram também realizados, como já se destacou, em


domínios menos investigados do que os precedentes, nomeadamente os seguintes:
Pedogénese (Macedo, 1954; Franco, 1968; Ricardo et al., 1974, 1980, 2000);
Micromorfologia do Solo (Condado, 1969; Benayas & Ricardo, 1973); Degradação,
Conservação e Recuperação dos Solos (Costa, 1950; Azevedo, 1953; Costa et al., 1954d);
Tecnologia Geral do Solo (Azevedo, 1954a); Nutrição Mineral de Culturas e Fertilização
dos Solos (Azevedo, 1952; Almeida & Balbino, 1960); Laterites (Marques, 1966, 1967;
Furtado & Marques, 1968, 1973); Pedoclima (Franco, 1980, 1982, 1993).

Base de dados

O estudo dos solos de Angola, nas várias vertentes que se acabaram de abordar, baseou-se
nos 7.811 pédones observados e descritos morfologicamente para a Carta Geral dos Solos de
Angola. Nas Memórias das respectivas cartas provinciais/distritais figura um total de 1.327
pédones, aos quais correspondem 6.427 amostras de solo que foram caracterizadas dos
pontos de vista físico, químico e mineralógico.
Constituiu-se uma Base de Dados com todos estes pédones publicados, a qual contém
os diversos parâmetros analíticos das amostras estudadas e, além disso, para cada pédone, a
respectiva localização (com elementos de geo-referenciação), informação quanto a alguns dos
factores pedogenéticos e a sua classificação de acordo com o CEP, a FAO e a WRB.
Trata-se de uma Base de Dados muito valiosa e da maior importância com vista a
futuros estudos que se pretendam fazer sobre os solos de Angola.

FORMAÇÃO DE ESPECIALISTAS EM CIÊNCIA DO SOLO

Da cooperação ISA-IICT, além da vasta e relevante investigação realizada (como de


forma sintética se relatou atrás), resultou outra actividade igualmente muito importante que
foi a especialização de engenheiros agrónomos e engenheiros silvicultores, bem como de
técnicos agrários, em questões de Pedologia Tropical e em problemas respeitantes à
fertilidade dos solos tropicais. Semelhante acção foi decisiva para a formação técnico-
-científica de inúmeros tirocinantes das licenciaturas do ISA, que depois seguiram a carreira
docente universitária e a carreira de investigação em várias instituições (incluindo CEPT/CEP
e MPA/MPAM) ou que foram prestar serviço noutros Organismos.
Por outro lado, do mesmo modo, foi dada formação técnica a diverso pessoal analista
na caracterização laboratorial dos solos das regiões tropicais.

16
APOIO DISPENSADO À REALIZAÇÃO DE CARTAS DE SOLOS POR OUTRAS
ENTIDADES

Por último, refere-se outra actividade importante com forte expressão no desenvolvimento da
cartografia de solos em Angola por outras entidades (públicas e privadas) tendo
objectivamente em vista o ordenamento agrário do território ou o uso do solo por culturas em
bases científicas e tecnicamente fundamentadas: diz respeito à iniciativa havida no sentido de
pôr a funcionar e de apoiar outros grupos técnico-científicos para cartografia de solos.
Com efeito, em 1954, organizou-se e orientou-se a “Brigada Agrológica do Caminho
de Ferro de Moçâmedes” (dependendo directamente do Governo Geral de Angola e sediada
em Angola), tendo-se colaborado nos respectivos trabalhos, tanto trabalhos de campo como
os de laboratório. Essa Brigada, que existiu até 1962, teve como acção proceder ao
reconhecimento geral agrícola, florestal e pecuário da zona da influência directa do Caminho
de Ferro de Moçâmedes. O trabalho que efectuou compreendeu, além de outras tarefas, a
realização de cartas de solos e cartas de aptidão.
Em 1955, formou-se e orientou-se a “Brigada Agrológica de Cela” criada no âmbito do
Ministério do Ultramar, a qual teve a sua sede na Secção de Pedologia do ISA, foi chefiada
por um docente desta Secção e contou com a colaboração de outros docentes do ISA. O seu
trabalho, que decorreu até 1957, compreendeu a cartografia detalhada de solos na zona de
colonização europeia de Cela.
Por outro lado, incentivou-se a constituição de um grupo privado para estudo dos solos
nas explorações agrícolas dedicadas à cultura da cana de açúcar e em roças de café.
Dispensou-se apoio científico a esse grupo, tendo-se efectuado o trabalho de análise
laboratorial das amostras de solo colhidas nos respectivos estudos e, além disso, orientado o
trabalho de gabinete respeitante à interpretação dos tipos de solos definidos no sentido da sua
aptidão para as culturas referidas, bem como às medidas que deviam ser tomadas para que os
solos observados – muitos deles em condições de salinização e/ou sodização – pudessem
produzir economicamente nos maiores níveis possíveis.
Foram assim realizadas várias cartas de solos e cartas de aptidão cultural, de natureza
detalhada, nomeadamente nas propriedades de Cassequel, Tentativa, S. Francisco e Longa-
-Nhia, e nas roças do Amboim e de Seles.
Tais trabalhos contribuíram de maneira expressiva para os aumentos de produção nas
explorações agrícolas indicadas e para a melhoria indiscutível das condições económicas das
respectivas empresas.

17
PERSPECTIVAS FUNDAMENTAIS RELATIVAMENTE À ACTIVIDADE A
PROSSEGUIR

Como corolário de tudo o que acabou de se expor, pode dizer-se que a actividade
desenvolvida em Angola no âmbito da Ciência do Solo, como resultado da permanente e
activa cooperação entre o Instituto Superior de Agronomia e o Instituto de Investigação
Cientifica Tropical, atingiu ampla expressão e contribuiu de forma destacada para o mais
profundo conhecimento científico e técnico dos solos do território angolano e
consequentemente dos solos das regiões tropicais, havendo tido marcada influência no
desenvolvimento da Ciência do Solo Tropical.
Esse desenvolvimento cientifico e técnico, expressando a importância da interacção
entre instituições universitárias e de índole técnico-científica, foi decisivo para a formação de
inúmeros tirocinantes das licenciaturas do Instituto Superior de Agronomia e para o
desenvolvimento da formação científica de muitos docentes universitários e investigadores de
várias instituições. Aliás, a direcção da actividade científica levada a cabo esteve sempre sob
a responsabilidade directa de docentes do ISA. Chama-se aqui a atenção para o facto da
presente realização, pelo ISA e pela Universidade Agostinho Neto, de um Mestrado em
Agronomia e Recursos Naturais dirigido para licenciados de Angola constituir uma
excepcional oportunidade para o reforço dessa interacção, a qual, aliás, está já a produzir
neste momento os primeiros frutos.
Dado o valioso património acumulado sobre o conhecimento científico e técnico dos
solos da República de Angola, ele não pode ser esquecido e muito menos desprezado; antes,
sim, ele deve ser aprofundado e até ampliado, de uma forma sistemática e coordenada, tendo
sobretudo em atenção os seguintes aspectos fundamentais:
a) Caracterização física, química e mineralógica dos solos mais suficientemente
aprofundada (e, inclusive, a própria caracterização biológica), com vista à definição
dos parâmetros adequados que possibilitem a aferição do Sistema de Classificação
Pedológica do CEP e o perfeito enquadramento das suas unidades-solo nos sistemas
taxonómicos internacionais hoje mais em uso, nomeadamente a World Reference
Base for Soil Resources (WRB) e a Soil Taxonomy do United States Department of
Agriculture;
b) Aplicação a um universo representativo de amostras-padrão, já estudadas pelos
métodos analíticos estabelecidos pelo CEP, da metodologia adoptada por aqueles
sistemas taxonómicos de referência, a fim de definir correlações que, muito
simplesmente, possibilitem transpor os inúmeros dados analíticos existentes sobre
os solos de Angola para os parâmetros considerados por tais sistemas;
c) Aprofundamento do conhecimento de parâmetros químicos do solo com vista à
avaliação e gestão da fertilidade dos mesmos e à definição de bases para o
planeamento agro-ecológico e o uso sustentável dos solos.

18
Este prosseguimento do estudo dos solos de Angola, em desejada colaboração com os
investigadores angolanos e com as estruturas oficiais em que eles se integram, deve constituir
um objectivo prioritário dentro de programas comuns de investigação Angola - Portugal. É
importante porque permitirá seguir novas linhas de pesquisa pedológica fundamentais para
apoio ao desenvolvimento agrícola do País e, por outro lado, continuará a contribuir de forma
relevante para o progresso da Ciência do Solo Tropical.

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