Você está na página 1de 103

__________________________________________________________________________

CURSO DE INTEGRAÇÃO DE SERVIDORES


Instrutor: Rafael Lima Barros

Boa Vista - RR
2023
__________________________________________________________________________

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO .................................................................................................................5

Primeiros passos na ufrr ....................................................................................................... 6

DIREITOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS .........................................................................7

Nomeação .........................................................................................................................7
Readaptação .....................................................................................................................9
Reversão ...........................................................................................................................9
Reintegração ...................................................................................................................10
Recondução .................................................................................................................... 11
Remoção ......................................................................................................................... 11
Redistribuição ................................................................................................................. 12
Substituição de Chefia .................................................................................................... 12
Vencimento e Remuneração ...........................................................................................12
Indenizações ...................................................................................................................13
Gratificações e Adicionais ............................................................................................... 14
Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento .................. 14
Gratificação natalina ....................................................................................................... 16
Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas ............................. 16
Adicional por Serviço Extraordinário (art. 73 da Lei 8112/1990) ..................................... 16
Adicional Noturno ............................................................................................................17
Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso (GECC) ..............................................17
Férias .............................................................................................................................. 18
Licenças ..........................................................................................................................18
Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família ................................................... 19
Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge .............................................................19
Licença para o Serviço Militar ......................................................................................... 20
Licença para Atividade Política ....................................................................................... 20
Licença para Capacitação ...............................................................................................20
Licença para Tratar de Interesses Particulares ...............................................................21
Licença para o Desempenho de Mandato Classista .......................................................21
__________________________________________________________________________

SESDUF-RR ................................................................................................................... 21
Sintauf/UFRR ..................................................................................................................22
Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade ..................................................... 22
Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo ............................................................ 22
Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior ............................................................ 22
Afastamento para Participação em Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu no País23
Concessões .................................................................................................................... 24
Tempo de Serviço ........................................................................................................... 25
Averbação de Tempo de Serviço .................................................................................... 27
Direito de Petição ............................................................................................................27
Aposentadoria .................................................................................................................28
Funpresp e Regime de Previdência Complementar – RPC ............................................29
Abono de Permanência ...................................................................................................30
Auxílio-natalidade ........................................................................................................... 30
Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-Paternidade ............................................ 31
Pensão ............................................................................................................................31
Auxílio-funeral ................................................................................................................. 32
Assistência à Saúde ........................................................................................................32

PLANOS DE CARREIRA E CARGOS ................................................................................ 34

Plano de Carreira dos Técnico-administrativos em Educação (Lei nº 11.091/2005) .......34


Comissão Interna de Supervisão (CIS) ...........................................................................37
Plano de Carreira dos Professores do Magistério Superior - MGS (Lei nº 12.772/2012)38
Plano de Carreira dos Professores do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico - EBTT (Lei
nº 12.772/2012) ...............................................................................................................41
Retribuição por Titulação ................................................................................................ 42
Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC) .................................................... 46
Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) ..................................................... 46

DEVERES DOS SERVIDORES ..........................................................................................48

Deveres previstos na Lei 8.112/1990 .............................................................................. 48


Proibições previstas na Lei 8.112/1990 .......................................................................... 49
Acumulação de cargos públicos ..................................................................................... 50
Penalidades .................................................................................................................... 51
__________________________________________________________________________

Ponto Eletrônico e Plano de Trabalho Docente .............................................................. 52

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO ...................................... 54

CAPÍTULO I - Seção I - Das Regras Deontológicas ....................................................... 54


Seção II - Dos Principais Deveres do Servidor Público .................................................. 56
Seção III - Das Vedações ao Servidor Público ............................................................... 59
CAPÍTULO II - DAS COMISSÕES DE ÉTICA ................................................................ 60

ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA UFRR .......................................................................62

Princípios da UFRR ........................................................................................................ 64


Objetivos da UFRR ......................................................................................................... 65
Estrutura da UFRR ..........................................................................................................66
Órgãos de Administração Acadêmica ............................................................................. 73
Órgãos Suplementares ................................................................................................... 73
Assembleia Universitária .................................................................................................74
Regimento Geral da UFRR ............................................................................................. 74
Órgãos da Administração Acadêmica ...................................................................... 74
Centros, Institutos e Núcleos Acadêmicos ...............................................................75
Conselho de Centro, Instituto e Núcleos Acadêmicos ............................................. 75
Direção do Centro, Instituto e Nùcleo Acadêmico ....................................................77
Departamentos e Coordenações de Curso de Graduação ......................................79
Coordenação dos Cursos de Graduação ................................................................ 81
Conselho de Curso .................................................................................................. 82
Escolas e Colégio de Ensino Básico e Profissionalizante ....................................... 83
Órgãos Suplementares ............................................................................................ 83
Organização Didático-Científica ......................................................................................83
Ensino ......................................................................................................................83
Ensino de Graduação .............................................................................................. 84
Plano de Desenvolvimento Institucional ......................................................................... 84
Plano de Desenvolvimento de Pessoas ..........................................................................86
Capacitação de Servidores ............................................................................................. 86
Eventos internos de capacitação ............................................................................. 87
Eventos externos de capacitação ............................................................................ 87
Procedimentos para custeio da participação em eventos externos de capacitação 87
__________________________________________________________________________

Qualidade de Vida dos Servidores ..................................................................................88


Orçamento da UFRR ...................................................................................................... 89

HISTÓRIA DA UFRR .......................................................................................................... 92

1989 – 1993 .................................................................................................................... 93


1994 a 1999 .................................................................................................................... 95
2000 a 2004 .................................................................................................................... 96
2005-2009 .......................................................................................................................97
2010 a 2014 .................................................................................................................... 98
2015 a 2019 .................................................................................................................... 99
Reitores da UFRR .........................................................................................................101

REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 102


__________________________________________________________________________

APRESENTAÇÃO

Este curso foi elaborado a fim de orientar não somente aos novos servidores, mas também
aos que já estão na UFRR há certo tempo, para que possam exercer suas atividades com
consciência do funcionamento da UFRR e de seus direitos e deveres como servidores
públicos.

O ideal é que o(a) servidor(a) participe deste curso imediatamente após entrar em exercício
na UFRR, o que nem sempre é possível, tendo em vista que atualmente o número de
servidores que ingressam na UFRR simultaneamente não é suficiente para formação de
turma.

Por ser obrigatória a participação de servidores em estágio probatório, este curso já foi
realizado diversas vezes de forma presencial e online, a fim de que seja possível sua oferta
com mais frequência.

Espero que o conteúdo do curso seja relevante!

5
__________________________________________________________________________

PRIMEIROS PASSOS NA UFRR

Ao tomar posse e entrar em exercício na UFRR, é necessário a criação do e-mail


institucional e, além de ser cadastrado no Sistema de Gestão de Pessoas do Governo
Federal (Sigepe), o servidor será cadastrado no Sistema Integrado de Gestão de Recursos
Humanos (SIGRH).

Ao ser cadastrado no SIGRH, tanto o servidor quanto o responsável pelo setor de sua
lotação receberão por e-mail notificação automática do sistema confirmando o cadastro.

Após cadastro no SIGRH, realizado pela Coordenação de Cadastro e Lotação (CCL), você
deverá se cadastrar no Sistema Integrado de Patrimônio, Gestão e Contratos (SIPAC).

O login e senha criados no SIPAC serão os mesmos para os demais módulos do Sistema
Integrado de Gestão - SIG (SIGAA, SIPAC, SIGRH, SIGEleição, SIGEventos e SIGAdmin).

Clique aqui para criar seu e-mail institucional

Clique aqui para se cadastrar no SIPAC

6
__________________________________________________________________________

DIREITOS DOS SERVIDORES PÚBLICOS

Neste tópico, veremos os principais direitos dos servidores, tendo como base a Lei nº 8.112,
de 11 de dezembro de 1990, que dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis
da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

Para uma melhor compreensão dos direitos dos servidores públicos, verificaremos as formas
de provimento em cargo público, suas implicações e conceitos relacionados.

Nomeação

Após prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a


ordem de classificação e o prazo de sua validade, ocorre a nomeação para ocupação do
cargo efetivo para o qual o candidato foi habilitado, devendo ser observado os seguintes
requisitos:
 A nacionalidade brasileira;
 O gozo dos direitos políticos;
 A quitação com as obrigações militares e eleitorais;
 O nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
 A idade mínima de dezoito anos;
 Aptidão física e mental – com prévia inspeção médica oficial; e
 Outros requisitos estabelecidos em lei de acordo com as atribuições que o cargo pode
exigir.

7
__________________________________________________________________________

Após nomeação, a prazo para tomar posse é de 30 (trinta) dias, que é efetivada pela
assinatura do respectivo termo, no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as
responsabilidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão ser alterados
unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados os atos de ofício previstos em lei (art.
13).

Após tomar posse do cargo público efetivo, o servidor empossado tem 15 (quinze) dias para
entrar em exercício, que é o efetivo desempenho das atribuições do cargo público.

Ao entrar em exercício, o servidor está sujeito ao estágio probatório por 3 (três) anos, onde
será avaliada sua aptidão e capacidade para o desempenho do cargo com observação dos
seguintes fatores:
 Assiduidade;
 Disciplina;
 Capacidade de iniciativa;
 Produtividade;
 Responsabilidade.

É designada uma comissão para avaliação de desempenho no estágio probatório conforme


os fatores já citados.

O servidor não aprovado no estágio probatório será exonerado ou, se estável, reconduzido
ao cargo anteriormente ocupado se este estiver vago. Caso o cargo anterior já esteja
provido, ou seja, ocupado por outro servidor, o servidor não aprovado no estágio probatório
deverá ser aproveitado em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o
anteriormente ocupado.

O estágio probatório ficará suspenso durante as seguintes licenças e afastamentos:


 Licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos
filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas
e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica
oficial;
 Licença sem remuneração e prazo indeterminado ao servidor para acompanhar
cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional,
8
__________________________________________________________________________

para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e


Legislativo;
 Licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em
convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua
candidatura perante a Justiça Eleitoral;
 Afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o Brasil
participe ou com o qual coopere, que é concedido com perda total da remuneração.

Após 3 (três) anos de efetivo exercício e aprovação no estágio probatório, o servidor


adquirirá estabilidade no serviço público.

O servidor estável só perderá o cargo nos seguintes casos:

✧Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

✧Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

✧Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei


complementar, assegurada ampla defesa.

Readaptação

Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades


compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental
verificada em inspeção médica.

Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando será aposentado.

A readaptação será efetivada em cargo de atribuições afins, respeitada a habilitação exigida,


nível de escolaridade e equivalência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo
vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga.

Reversão

É o retorno à atividade de servidor aposentado:

9
__________________________________________________________________________

■ Por invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da


aposentadoria (encontrando-se provido o cargo, o servidor exercerá suas atribuições
como excedente, até a ocorrência de vaga); ou

■ No interesse da administração, desde que:

● Tenha solicitado a reversão;

● A aposentadoria tenha sido voluntária;

● Estável quando na atividade;

● A aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação;

● Haja cargo vago.

A reversão ocorre no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação.

O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão da


aposentadoria.

O servidor que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em


substituição aos proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer,
inclusive com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente à
aposentadoria. No caso de Reversão no interesse da administração o servidor somente terá
os proventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos
no cargo.

Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 (setenta) anos de idade.

Reintegração

É a reinvestidura do servidor estável no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo


resultante de sua transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão
administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens.

10
__________________________________________________________________________

Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade, retornando à


atividade mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos
compatíveis com o anteriormente ocupado.

O Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o imediato aproveitamento de


servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da
Administração Pública Federal.

Recondução

É o retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado e decorrerá de:

✔ Inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;

✔ Reintegração do anterior ocupante.

Se o cargo de origem estiver provido, o servidor será aproveitado em outro cargo de


atribuições e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.

Remoção

É o deslocamento do servidor no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede,


e pode ocorrer nas seguintes modalidades:

● De ofício, no interesse da Administração;

● A pedido, a critério da Administração;

● A pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração


nos seguintes casos:

✔Para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar,


de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração;

✔Por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro ou dependente que viva às


suas expensas e conste do seu assentamento funcional, condicionada à
comprovação por junta médica oficial;

11
__________________________________________________________________________

✔Em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de


interessados for superior ao número de vagas, de acordo com normas
preestabelecidas pelo órgão ou entidade em que aqueles estejam lotados.

Redistribuição

É o deslocamento de cargo de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro


geral de pessoal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do
órgão central do SIPEC, observados os seguintes preceitos:
 Interesse da administração;
 Equivalência de vencimentos;
 Manutenção da essência das atribuições do cargo;
 Vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades;
 Mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional;
 Compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão
ou entidade.

Substituição de Chefia

Os servidores investidos em cargo ou função de direção ou chefia e os ocupantes de cargo


de Natureza Especial terão substitutos sempre que houver afastamentos, impedimentos
legais ou regulamentares e na vacância do cargo, indicados no regimento interno ou, no
caso de omissão, previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou entidade.

Vencimento e Remuneração

Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo público, com valor fixado em
lei.

12
__________________________________________________________________________

Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias


permanentes estabelecidas em lei.

O servidor pode perder a remuneração do dia em que faltar ao serviço sem justificativa, ou a
parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, ausências justificadas e saídas
antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, até o mês subsequente ao da
ocorrência, a ser estabelecida pela chefia imediata.

As faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser


compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo
exercício.

Não pode haver desconto sobre a remuneração ou provento do servidor, salvo por
imposição legal ou mandado judicial.

Mediante autorização do servidor, é possível consignação em folha de pagamento em favor


de terceiros, a critério da administração e com reposição de custos, na forma definida em
regulamento, não podendo a consignação ser superior a 35% (trinta e cinco por cento) da
remuneração mensal, sendo 5% (cinco por cento) reservados exclusivamente para a
amortização de despesas contraídas por meio de cartão de crédito ou a utilização com a
finalidade de saque por meio do cartão de crédito.

Além do vencimento, estão previstas na Lei nº 8112/1990 vantagens como indenizações,


gratificações e adicionais.

Indenizações

Constituem indenizações ao servidor:

⮚ Ajuda de custo – destina-se a compensar as despesas de instalação do servidor que,


no interesse do serviço, passar a ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio
em caráter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a qualquer tempo, no
caso de o cônjuge ou companheiro que detenha também a condição de servidor, vier a ter
exercício na mesma sede;

13
__________________________________________________________________________

⮚ Diárias – indenização paga ao servidor que se afasta da sede a serviço, em caráter


eventual ou transitório para outro ponto do território nacional ou para o exterior, a fim de
indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, alimentação e locomoção
urbana, conforme dispuser em regulamento;

⮚ Transporte – a indenização de transporte é devida ao servidor que realizar despesas


com a utilização de meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, por
força das atribuições próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento;

⮚ Auxílio-moradia – consiste no ressarcimento das despesas comprovadamente


realizadas pelo servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem
administrado por empresa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da
despesa pelo servidor, desde que atendidos os requisitos previstos art. 60-B da Lei
8112/1990.

Gratificações e Adicionais

Além do vencimento básico, os servidores têm direito às seguintes gratificações e adicionais


(art. 61 da lei 8112/1990):

⮚ Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento;

⮚ Gratificação natalina;

⮚ Adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou penosas;

⮚ Adicional pela prestação de serviço extraordinário;

⮚ Adicional noturno;

⮚ Adicional de férias;

⮚ Gratificação por encargo de curso ou concurso.

Retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e assessoramento

Essa retribuição está prevista no art. 62 da Lei 8112/1990 e seus valores estão previstos na
Lei 13.328/2016.
14
__________________________________________________________________________

No caso da UFRR, se aplicam as seguintes funções gratificadas com valores vigentes no


ano de 2021:

⮚ Tabela de Remuneração dos Cargos de Direção das IFES (CD)


Cargo Total 60%

CD-01 (Reitor) R$13.474,12 R$ 8.084,47

CD-02 (Pró-Reitores) R$ 11.263,53 R$ 6.758,12

CD-03 R$ 8.842,39 R$ 5.305,43

CD-04 R$ 6.421,26 R$ 3.852,76

Obs.: Os ocupantes de Cargo de Direção podem optar por receber o valor integral da
remuneração do CD ou a remuneração do cargo acrescido de 60% da remuneração do CD.

⮚ Tabela de Remuneração das Funções Gratificadas (FG) de algumas


coordenações/assessorias
NÍVEL VENCIMENTO GDAF¹ AGE² TOTAL

FG-01 137,26 227,86 610,39 975,51

FG-02 117,24 194,62 344,42 656,28

FG-03 97,13 161,24 273,70 532,07

FG-04 66,39 110,20 94,24 270,83

FG-05 54,65 90,71 74,39 219,75

FG-06 40,48 67,19 53,47 161,14

FG-07 38,63 64,13 - 102,76

FG-08 28,58 47,44 - 76,02

FG-09 23,18 38,49 - 61,67

¹ Gratificação de Atividade pelo Desempenho de Função.


² Adicional de Gestão Educacional.

Existe também a Função de Coordenador de Curso (FCC) com nível único e valor de
R$ 983,18 (novecentos e oitenta e três reais e dezoito centavos).

15
__________________________________________________________________________

Gratificação natalina

Corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de
dezembro, por mês de exercício no respectivo ano, devendo ser paga até o dia 20 de
dezembro de cada ano.

Na UFRR, essa gratificação é paga em duas parcelas, sendo a primeira parcela no mês de
julho e a segunda no mês de dezembro.
O servidor pode optar por antecipar o pagamento da primeira parcela da gratificação natalina
para o mês em que usufruir das suas férias.

Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades Penosas

Os servidores que trabalham habitualmente em locais insalubres ou em contato permanente


com substâncias tóxicas, radioativas ou com risco de vida, têm direito a um adicional sobre o
vencimento do cargo efetivo.
Se o servidor fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade deverá optar por
um deles.

Esses adicionais não são pagos automaticamente, devendo ser solicitados pelo servidor.

Deve haver controle permanente da atividade de servidores em operações ou locais


penosos, insalubres ou perigosos, sendo que a servidora gestante ou lactante se afastará
desses locais ou operações enquanto durar a gestação e lactação.

Adicional por Serviço Extraordinário (art. 73 da Lei 8112/1990)

Esse adicional é remunerado com acréscimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à
hora normal de trabalho e somente é permitido para atender às situações excepcionais e
temporárias, respeitado o limite máximo de 2 (duas) horas por jornada diária.

16
__________________________________________________________________________

Adicional Noturno

Corresponde ao valor por hora acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) abrangendo o
serviço prestado em horário compreendido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5
(cinco) horas do dia seguinte, computando-se cada hora como cinquenta e dois minutos e
trinta segundos.

Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso (GECC)

É devida ao servidor que, em caráter eventual:

⮚ Atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento ou de treinamento


regularmente instituído no âmbito da administração pública federal;

⮚ Participar de banca examinadora ou de comissão para exames orais, para análise


curricular, para correção de provas discursivas, para elaboração de questões de
provas ou para julgamento de recursos intentados por candidatos;

⮚ Participar da logística de preparação e de realização de concurso público


envolvendo atividades de planejamento, coordenação, supervisão, execução e
avaliação de resultado, quando tais atividades não estiverem incluídas entre as
suas atribuições permanentes;

⮚ Participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame vestibular ou de


concurso público ou supervisionar essas atividades.

O valor dessa gratificação é calculado em horas, limitada a 120 (cento e vinte) horas de
trabalho anual e somente será paga se as atividades forem exercidas sem prejuízo das
atribuições do cargo de que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensação de
carga horária quando desempenhadas durante a jornada de trabalho.

Excepcionalmente a autoridade máxima do órgão poderá acrescentar 120 (cento e vinte)


horas de trabalho anual em situação de excepcionalidade, devidamente justificada.

17
__________________________________________________________________________

Férias

O servidor tem direito ao período de férias de 30 (trinta) dias se for técnico administrativo e
45 (quarenta e cinco) dias se for docente, sendo que ocorrerá o pagamento de adicional
correspondente a 1/3 (um terço) da remuneração no período de férias.

São exigidos 12 (doze) meses de exercício para o primeiro período aquisitivo de férias, não
podendo acumular mais de dois períodos.

Atualmente, as férias são solicitadas pelo servidor interessado por meio do SouGov,
podendo ser parceladas em até 3 (três) vezes e devem ser homologadas pela chefia
imediata.

Clique aqui e veja o tutorial de como programar/alterar/acompanhar suas férias!

Licenças

De acordo com o art. 81 da Lei 8112/1990, o servidor tem direito as seguintes licenças:
 Por motivo de doença em pessoa da família;
 Por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro;
 Para o serviço militar;
 Para atividade política;
 Para capacitação;

18
__________________________________________________________________________

 Para tratar de interesses particulares;


 Para desempenho de mandato classista.

Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família

É a licença concedida ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos


pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas
expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia
médica oficial, sendo vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da
licença.

Essa licença só pode ser deferida se a assistência direta do servidor for indispensável e não
puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante compensação
de horário.

É possível a concessão da licença a cada doze meses, com interstício contado a partir da
data da primeira licença, nas seguintes condições:

● Por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor;


e

● Por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração.

Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge

É a licença concedida ao servidor por prazo indeterminado e sem remuneração para


acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro ponto do território
nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e
Legislativo.

Se cônjuge ou companheiro também for servidor público, civil ou militar, de qualquer dos
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver
exercício provisório em órgão ou entidade da Administração Federal direta, autárquica ou
fundacional, desde que para o exercício de atividade compatível com o seu cargo.

19
__________________________________________________________________________

Licença para o Serviço Militar

Ocorre quando o servidor é convocado para o serviço militar de acordo com o previsto em
legislação específica, devendo o servidor retornar ao exercício do cargo em até 30 (tinta)
dias após conclusão do serviço militar.

Licença para Atividade Política

O servidor tem direito a licença, sem remuneração, durante o período que mediar entre a
sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do
registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor


fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de
três meses.

Licença para Capacitação

Após cada quinquênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da Administração,


afastar-se do exercício do cargo por até 3 (três) meses, para participar de curso de
capacitação profissional (art. 87 da Lei 8112/1990).

Essa licença pode ser parcelada em até 6 (seis) períodos não inferiores a 15 (dias) e com
interstício mínimo de 60 (sessenta) dias entre os períodos.

Observação: Os períodos de licença não acumulam, ou seja, se um servidor completar 10


(dez) anos de efetivo exercício, e ainda não tiver usufruído da licença para capacitação
referente aos 5 (cinco) primeiros anos, só poderá usufruir até (três) meses referente ao
último quinquênio.

Atualmente na UFRR os procedimentos para concessão de licença para capacitação estão


previstos na Resolução CUNI/UFRR N° 018, de 23 de outubro de 2020.

20
__________________________________________________________________________

Licença para Tratar de Interesses Particulares

A critério da Administração, podem ser concedidas ao servidor, desde que não esteja em
estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo prazo de até três
anos consecutivos, sem remuneração.

Essa licença pode ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse
do serviço.

Licença para o Desempenho de Mandato Classista

O servidor tem direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em


confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo
da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou
administração em sociedade cooperativa constituída por servidores públicos para prestar
serviços a seus membros (art. 92).

Essa licença tem duração igual à do mandato, sendo renovável no caso de reeleição.

Já que falamos de sindicato representativo da categoria, convém falar sobre a Seção


Sindical dos Docentes da UFRR (SESDUF-RR) e Sindicato dos Servidores Técnico-
administrativos da Universidade Federal de Roraima (Sintauf/UFRR).

SESDUF-RR

É uma instância organizadora deliberativa territorial do ANDES-SN, possuindo Regimento


próprio, aprovado pela Assembleia Geral dos Docentes a ela vinculados, respeitando os
Estatutos da ANDES – Sindicato Nacional. Situada no Campus do Paricarana da UFRR, em
frente à SESAU, a SESDUF- RR, como é conhecida, foi fundada em 18 de julho de 1990,
para representar os direitos e interesses dos Docentes da UFRR que tenham sua proposta
de filiação aprovada pela Diretoria.

Caso seja docente e tenha interesse em mais informações, basta entrar em contato por e-
mail secretaria@sesduf-rr.org.br ou acessar ao site do sindicato http://sesduf-rr.org.br/.

21
__________________________________________________________________________

Sintauf/UFRR

O Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos da Universidade Federal de Roraima no


momento encontra-se inativo.

Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade

O servidor pode ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da
União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, para exercício de cargo em
comissão ou função de confiança e em casos previstos em leis específicas.

Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo

Ocorre nas seguintes situações:

➢ Tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo;

➢ Investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado


optar pela sua remuneração;

➢ Investido no mandato de vereador:

➢ havendo compatibilidade de horário, perceberá as vantagens de seu cargo,


sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;

➢ não havendo compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe


facultado optar pela sua remuneração.

O servidor contribuirá para a seguridade social como se em exercício estivesse e não


poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce
o mandato.

Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior

Esse afastamento está condicionado à autorização do Presidente da República, Presidente


dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo Tribunal Federal, não excedendo
22
__________________________________________________________________________

o período de 4 (quatro) anos, podendo ser concedida novamente somente decorrido igual
período do afastamento anterior.

O servidor beneficiado não poderá ser exonerado ou concedida licença para tratar de
interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a
hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento.

Afastamento para Participação em Programa de Pós-Graduação Stricto


Sensu no País

O art. 96-A da Lei 8112/1990, dispõe que o servidor, no interesse da Administração, pode se
afastar do exercício do cargo efetivo com a devida remuneração para participar de programa
de pós-graduação stricto sensu em instituição de ensino superior no País, desde que a
participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou
mediante compensação de horário.

No §2º do artigo supracitado, está previsto que os afastamentos somente serão concedidos
aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos 3
(três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, incluído o período de estágio
probatório, que não tenham se afastado por licença para tratar de assuntos particulares,
para gozo de licença capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos
anteriores à data da solicitação de afastamento.

Observação: Os ocupantes de cargos do Plano de Carreiras e Cargos do Magistério Federal


poderão se afastar para realização de programas de mestrado ou doutorado
independentemente do tempo de ocupação do cargo, tendo em vista o disposto no §2º do art.
30 da Lei 12.772/2012.

De acordo com o art. 21 do Decreto nº 9.991/2019, os afastamentos para participar de ações


de pós-graduação stricto sensu observarão os seguintes prazos:

● Mestrado: até vinte e quatro meses;

● Doutorado: até quarenta e oito meses; e

● Pós-doutorado: até doze meses.


23
__________________________________________________________________________

Na UFRR os procedimentos para esses afastamentos estão previstos nas Resolução nº


006/2015 – CEPE (para docentes) e Resolução CUni nº 050/2022 (para técnicos
administrativos).

As solicitações de afastamento dos docentes para participar de ações de pós-graduação


stricto sensu devem ser encaminhadas à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação
(PRPPG).

Link para acesso às orientações da PRPPG

As solicitações de afastamento dos técnico-administrativos para participar de ações de pós-


graduação stricto sensu devem ser encaminhada à Coordenação de Capacitação do
Servidor (CAPS).

Link para acesso aos documentos necessários para solicitação de afastamento para pós-
graduação (técnicos)

Concessões

De acordo com o art. 97 da Lei 8122/1990, o servidor poderá ausentar-se do serviço sem
qualquer prejuízo:

24
__________________________________________________________________________

● por 1 (um) dia, para doação de sangue;

● pelo período comprovadamente necessário para alistamento ou recadastramento


eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 2 (dois) dias;

● por 8 (oito) dias consecutivos em razão de casamento ou falecimento do cônjuge,


companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou
tutela e irmãos.

Tempo de Serviço

Para todos os efeitos, é contado o tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às
Forças Armadas, sendo a apuração do tempo de serviço em dias, que serão convertidos em
anos, considerado o ano como 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias.

São considerados como de efetivo exercício os afastamentos em virtude de:

● Férias;

● Exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos


Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;

● Exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte do


território nacional, por nomeação do Presidente da República;

● Desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito


Federal, exceto para promoção por merecimento;

● Júri e outros serviços obrigatórios por lei;

● Missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento;

● Missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme


dispuser o regulamento;

● Licença:

● À gestante, à adotante e à paternidade;

● Para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses,


cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em cargo
de provimento efetivo;

25
__________________________________________________________________________

● Para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou


administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para
prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por
merecimento;

● Por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;

● Para capacitação, conforme dispuser o regulamento;

● Por convocação para o serviço militar;

● Deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18 da Lei 8.112/1990;

● Participação em competição desportiva nacional ou convocação para


integrar representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme
disposto em lei específica;

● Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe


ou com o qual coopere.

É contado apenas para efeito de aposentadoria e disponibilidade:

● O tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal;

● A licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com


remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias em período de 12 (doze) meses;

● A licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o da Lei 8.112/1990;

● O tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual,


municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;

● O tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;

● O tempo de serviço relativo a tiro de guerra;

● O tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a que se
refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102 da Lei 8.112/1990.

Observações:
 O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova
aposentadoria.
 Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em
operações de guerra.
26
__________________________________________________________________________

 É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado concomitantemente


em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades dos Poderes da União,
Estado, Distrito Federal e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de
economia mista e empresa pública.

Averbação de Tempo de Serviço

Caso já tenha tempo de serviço em outros órgãos/intituições, o servidor deve solicitar


averbação de tempo de serviço.

Direito de Petição

De acordo com o art. 104 da Lei 8.112/1990, é assegurado ao servidor o direito de requerer
aos Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo.

O requerimento será dirigido à autoridade competente para decidi-lo e encaminhado por


intermédio daquela a que estiver imediatamente subordinado o requerente.

Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou proferido a


primeira decisão, não podendo ser renovado.

O requerimento e o pedido de reconsideração deverão ser despachados no prazo de 5


(cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias, cabendo recurso nos casos de
indeferimento do pedido de reconsideração e das decisões sobre os recursos
sucessivamente interpostos.

O recurso será dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver expedido o ato ou
proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala ascendente, às demais autoridades,
sendo o recurso encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente
subordinado o requerente.

O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a


contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida.
27
__________________________________________________________________________

O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade competente.

Em caso de provimento do pedido de reconsideração ou do recurso, os efeitos da decisão


retroagirão à data do ato impugnado.

O direito de requerer prescreve:

● em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassação de


aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse patrimonial e
créditos resultantes das relações de trabalho;

● em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for
fixado em lei.

O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato impugnado ou da data da


ciência pelo interessado, quando o ato não for publicado.

O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.

A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela administração.

Para o exercício do direito de petição, é assegurada vista do processo ou documento, na


repartição, ao servidor ou a procurador por ele constituído.

Aposentadoria

De acordo com o §1º do art. 40 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988,


há três possibilidades de aposentadoria do servidor:

1. por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em que estiver investido,


quando insuscetível de readaptação, hipótese em que será obrigatória a realização de
avaliações periódicas para verificação da continuidade das condições que ensejaram a
concessão da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federativo;

28
__________________________________________________________________________

2. compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 75


(setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;

3. no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65


(sessenta e cinco) anos de idade, se homem.

O requisito de idade será reduzido em 5 (cinco) anos, para o professor que comprove tempo
de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino
fundamental e médio fixado em lei complementar.

Atenção: Essa é a regra geral trazida pela Emenda Constitucional nº 103, de 12 de


novembro de 2019, mas as formas de aposentadoria podem variar conforme o tempo de
serviço e direitos adquiridos, além de outros fatores determinantes do enquadramento para
aposentadoria.

Funpresp e Regime de Previdência Complementar – RPC

São dois temas distintos, todavia inter-relacionados, a saber:

Regime de Previdência Complementar – RPC


Regime de previdência ao qual todos servidores com ingresso no serviço público federal a
contar de 04/02/2013 ou aqueles que já estavam no serviço público federal antes dessa data
e optaram pela migração de regime de previdência, opção esta que está atualmente vedada.

Na prática, não significa requisitos diferenciados para a aposentadoria, mas sim a limitação
do valor da aposentadoria ao teto do RGPS (Regime Geral de Previdência Social). Assim, só
há aposentadoria no serviço público federal em valor superior à esse teto na hipótese de o
servidor ter sido admitido em data anterior a 04/02/2013.

Da mesma forma, a contribuição ao Plano de Seguridade Social – PSS, limita-se ao Teto do


RGPS, não à totalidade da remuneração.

29
__________________________________________________________________________

Em 2023, o teto do INSS passou de R$ 7.087,22 (sete mil e oitenta e sete reais e vinte e
dois centavos) para R$ 7.507,49 (sete mil quinhentos e sete reais e quarenta e nove
centavos).

Funpresp – Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal


Detalhes pelo link: https://www.funpresp.com.br/transparencia/a-funpresp

Empresa criada com o objetivo de administrar e executar planos de previdência


complementar aos servidores públicos federais, além de oferecer outros benefícios e
vantagens correlacionados.

Na prática, complementa a aposentadoria do servidor, especialmente nos valores de


remuneração que excedem o Teto do RGPS.

Na adesão à Funpresp, há uma contribuição que o servidor efetua para fins de


complementação da aposentadoria.

Na página do Sistema de Gestão de Pessoas do Governo Federal é possível acessar a


funcionalidade “Simular Benefício Especial”. Assista ao vídeo para conferir o passo a passo.
Se decidir migrar, o próprio servidor realiza o procedimento pelo mesmo Sistema.

Abono de Permanência

É um incentivo pago ao servidor que implementa os requisitos para se aposentar, mas opta
por permanecer na ativa.
Deferido o abono, o servidor continua recolhendo a contribuição previdenciária, mas recebe
o abono de permanência em retribuição, em valor idêntico ao tributado e na mesma folha de
pagamento.

Auxílio-natalidade

É devido à servidora por motivo de nascimento de filho, em quantia equivalente ao menor


vencimento do serviço público, inclusive no caso de natimorto.

30
__________________________________________________________________________

Na hipótese de parto múltiplo, o valor será acrescido de 50% (cinquenta por cento), por
nascituro.
O auxílio será pago ao cônjuge ou companheiro servidor público, quando a parturiente não
for servidora.

Licença à Gestante, à Adotante e da Licença-Paternidade

É concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, sem
prejuízo da remuneração, prorrogável por mais 60 (sessenta) dias.
Essa licença poderá ter início no primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação
por prescrição médica.
No caso de nascimento prematuro, a licença terá início a partir do parto.
No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora será submetida a
exame médico, e se julgada apta, reassumirá o exercício.
No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora terá direito a 30 (trinta) dias de
repouso remunerado.

Atenção:
Embora o art. 210 da Lei 8.112/90 disponha que à servidora que adotar ou obtiver guarda
judicial de criança até 1 (um) ano de idade, serão concedidos 90 (noventa) dias de licença
remunerada, e no caso de adoção ou guarda judicial de criança com mais de 1 (um) ano de
idade, o prazo será de 30 (trinta) dias, o Ofício Circular nº 14/2017-MP firmou o
entendimento que a licença adotante terá a mesma duração da licença à gestante,
inclusive quanto a sua prorrogação (120 + 60 dias), independente da idade da criança
adotada.
O servidor terá direito à licença paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos pelo
nascimento ou adoção de filhos, prorrogável por 15 (quinze) dias.

Pensão

Por morte do servidor, os seus dependentes, nas hipóteses legais, fazem jus à pensão por
morte, observados os limites estabelecidos em Lei (art. 215), sendo beneficiários da pensão:
1. Cônjuge;
31
__________________________________________________________________________

2. Cônjuge divorciado ou separado judicialmente ou de fato, com percepção de


pensão alimentícia estabelecida judicialmente;
3. O companheiro ou companheira que comprove união estável como entidade
familiar;
4. Filho de qualquer condição que atenda a um dos seguintes requisitos: menor de 21
(vinte e um) anos, filho inválido, tenha deficiência grave ou tenha deficiência
intelectual ou mental;
5. A mãe e o pai que comprovem dependência econômica do servidor (caso não haja
beneficiários nos itens anteriores); e
6. O irmão de qualquer condição que comprove dependência econômica do servidor e
atenda a um dos requisitos previstos para os filhos (caso não haja beneficiários nos
itens anteriores).
Observação:
O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do servidor e desde
que comprovada dependência econômica, na forma estabelecida em regulamento.

Auxílio-funeral

É devido à família do servidor falecido na atividade ou aposentado, em valor equivalente a


um mês da remuneração ou provento.
No caso de acumulação legal de cargos, o auxílio será pago somente em razão do cargo de
maior remuneração.
O auxílio será pago no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, por meio de procedimento
sumaríssimo, à pessoa da família ou a terceiro que houver custeado o funeral.
Em caso de falecimento de servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no
exterior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta de recursos da União,
autarquia ou fundação pública.

Assistência à Saúde

A assistência à saúde do servidor, ativo ou inativo, e de sua família compreende assistência


médica, hospitalar, odontológica, psicológica e farmacêutica, terá como diretriz básica o
implemento de ações preventivas voltadas para a promoção da saúde e será prestada pelo
Sistema Único de Saúde – SUS, diretamente pelo órgão ou entidade ao qual estiver
32
__________________________________________________________________________

vinculado o servidor, ou mediante convênio ou contrato, ou ainda na forma de auxílio,


mediante ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, ativo ou inativo, e
seus dependentes ou pensionistas com planos ou seguros privados de assistência à saúde,
na forma estabelecida em regulamento.

Atualmente a UFRR possui convênio com a Geap Autogestão em Saúde, e caso tenha
interesse no plano, maiores informações podem ser obtidas no site www.geap.com.br, ou
contatando a Diretoria de Administração de Recursos Humanos (DARH) por meio do e-mail
darh@ufrr.br.
Pode ser solicitado ressarcimento parcial do valor despendido pelo servidor, ativo ou
inativo, e seus dependentes ou pensionistas com outros planos ou seguros privados de
assistência à saúde.

33
__________________________________________________________________________

PLANOS DE CARREIRA E CARGOS

Na UFRR, temos servidores pertencentes a três carreiras distintas:

● de Técnico-administrativos em Educação;

● de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico; e

● de Magistério Superior.

Plano de Carreira dos Técnico-administrativos em Educação (Lei nº


11.091/2005)

Está estruturado em 5 (cinco) níveis de classificação (A, B, C, D e E), com 4 (quatro) níveis
de capacitação cada (níveis I, II, III e IV).

É importante frisar que praticamente todos os cargos de dos níveis A, B e C já foram extintos.

De acordo com o art. 8º da Lei nº 11.091/2005, são atribuições gerais dos cargos que
integram o Plano de Carreira, sem prejuízo das atribuições específicas e observados os
requisitos de qualificação e competências definidos nas respectivas especificações:

⮚ planejar, organizar, executar ou avaliar as atividades inerentes ao apoio técnico-


administrativo ao ensino;

⮚ planejar, organizar, executar ou avaliar as atividades técnico-administrativas inerentes à


pesquisa e à extensão nas Instituições Federais de Ensino;

34
__________________________________________________________________________

⮚ executar tarefas específicas, utilizando-se de recursos materiais, financeiros e outros


de que a Instituição Federal de Ensino disponha, a fim de assegurar a eficiência, a
eficácia e a efetividade das atividades de ensino, pesquisa e extensão das Instituições
Federais de Ensino.

As atribuições gerais referidas serão exercidas de acordo com o ambiente organizacional.

As atribuições específicas de cada cargo serão detalhadas em regulamento.

O desenvolvimento do servidor técnico-administrativo na carreira ocorre, exclusivamente,


pela mudança de nível de capacitação e de padrão de vencimento mediante,
respectivamente, Progressão por Capacitação Profissional ou Progressão por Mérito
Profissional.

Progressão por Capacitação Profissional é a mudança de nível de capacitação, no mesmo


cargo e nível de classificação, decorrente da obtenção pelo servidor de certificação (mínima
de 20h) em Programa de capacitação, compatível com o cargo ocupado, o ambiente
organizacional e a carga horária mínima exigida, respeitado o interstício de 18 (dezoito)
meses, conforme tabela a seguir:

Tabela para progressão por capacitação profissional


NÍVEL DE NÍVEL DE
CARGA HORÁRIA DE CAPACITAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO CAPACITAÇÃO
I Exigência mínima do Cargo
II 20 horas
A
III 40 horas
IV 60 horas
I Exigência mínima do Cargo
II 40 horas
B
III 60 horas
IV 90 horas
I Exigência mínima do Cargo

C II 60 horas
III 90 horas

35
__________________________________________________________________________

IV 120 horas
I Exigência mínima do Cargo
II 90 horas
D
III 120 horas
IV 150 horas
I Exigência mínima do Cargo
II 120 horas
E III 150 horas
Aperfeiçoamento ou curso de capacitação igual ou
IV
superior a 180 horas

Atenção: A progressão por capacitação é concedida a partir da data do requerimento,


respeitado o interstício mínimo de 18 (dezoito) meses entre cada progressão.

Progressão por Mérito Profissional é a mudança para o padrão de vencimento


imediatamente subsequente, a cada 18 (dezoito) meses de efetivo exercício, desde que o
servidor apresente resultado fixado em programa de avaliação de desempenho, observado o
respectivo nível de capacitação.

O servidor técnico-administrativo que possuir educação formal superior ao exigido para o


cargo de que é titular receberá o Incentivo à Qualificação.

O Incentivo à Qualificação tem por base percentual calculado sobre o padrão de vencimento
percebido pelo servidor, da seguinte forma:

Tabela de percentuais de incentivo à qualificação


*Área de Área de
Nível de escolaridade formal superior ao previsto para o exercício conhecimento conhecimento
do cargo (curso reconhecido pelo Ministério da Educação) com relação com relação
direta indireta
Ensino fundamental completo
0% -

Ensino médio completo 15% -


Ensino médio profissionalizante ou ensino médio com curso técnico
20% 10%
completo

36
__________________________________________________________________________

Curso de graduação completo 25% 15%


Especialização, com carga horária igual ou superior a 360h 30% 20%
Mestrado 52% 35%
Doutorado 75% 50%

*As áreas de conhecimento com relação direta estão definidas no Decreto Nº 5.824, de 29
de junho de 2006.

Clique aqui e assista ao vídeo desenvolvimento na Carreira TAE

Comissão Interna de Supervisão (CIS)

O § 3º do art. 22 da Lei nº 11.091/2005 estabelece que cada Instituição Federal de Ensino


deverá ter uma Comissão Interna de Supervisão do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-
Administrativos em Educação composta por servidores integrantes do Plano de Carreira,
com a finalidade de acompanhar, orientar, fiscalizar e avaliar a sua implementação no âmbito
da respectiva Instituição Federal de Ensino e propor à Comissão Nacional de Supervisão as
alterações necessárias para seu aprimoramento.

São atribuições da CIS:

● Acompanhar a implantação do Plano de Carreira em todas as suas etapas, bem como o


trabalho da Comissão de Enquadramento;

● Auxiliar a área de pessoal, bem como os servidores, quanto ao Plano de Carreira dos
cargos técnico-administrativos em educação;

● Fiscalizar e avaliar a implementação do Plano de Carreira no âmbito da respectiva


instituição federal de ensino;

● Propor à Comissão Nacional de Supervisão as alterações necessárias para o


aprimoramento do plano;

37
__________________________________________________________________________

● Apresentar propostas e fiscalizar a elaboração e a execução do plano de


desenvolvimento de pessoal da instituição federal de ensino e seus programas de
capacitação, de avaliação e de dimensionamento das necessidades de pessoal e
modelo de alocação de vagas;

● Avaliar, anualmente, as propostas de lotação da instituição federal de ensino, conforme


o inciso I do § 1o do art. 24 da Lei no 11.091, de 12 de janeiro de 2005;

● Acompanhar o processo de identificação dos ambientes organizacionais da IFE


proposto pela área de pessoal, bem como os cargos que os integram;

● Examinar os casos omissos referentes ao Plano de Carreira e encaminhá-los à


Comissão Nacional de Supervisão.

Para mais informações sobre a CIS, contate-os por meio do email cis@ufrr.br.

Plano de Carreira dos Professores do Magistério Superior - MGS (Lei nº


12.772/2012)

As classes da Carreira de Magistério Superior estão divididas em A, B, C, D e E, recebem


denominações de acordo com a titulação do ocupante do cargo:

⮚ Classe A, com as denominações de:

● Professor Adjunto A, se possuir do título de doutor;

● Professor Assistente A, se possuir do título de mestre; ou

● Professor Auxiliar, se graduado ou possuir de título de especialista;

⮚ Classe B, com a denominação de Professor Assistente;

⮚ Classe C, com a denominação de Professor Adjunto;

⮚ Classe D, com a denominação de Professor Associado; e

⮚ Classe E, com a denominação de Professor Titular.

Existe também o Cargo Isolado de Professor Titular-Livre do Magistério Superior que ocorre
na classe e nível únicos, mediante aprovação em concurso público de provas e títulos, no

38
__________________________________________________________________________

qual são exigidos: título de doutor e 10 (dez) anos de experiência ou de obtenção do título
de doutor, ambos na área de conhecimento exigida no concurso específico para esse cargo.

O desenvolvimento na Carreira de Magistério Superior ocorre mediante progressão


funcional e promoção.

Progressão é a passagem do servidor para o nível de vencimento imediatamente superior


dentro de uma mesma classe, e promoção, a passagem do servidor de uma classe para
outra subsequente.

Para progressão na Carreira de Magistério Superior é preciso observar o seguinte:


1.O cumprimento do interstício de 24 (vinte e quatro) meses de efetivo exercício em
cada nível; e
2.Aprovação em avaliação de desempenho.
Na UFRR, a progressão deve ser solicitada pelo professor a cada 24 (vinte e quatro) meses,
devendo anexar os comprovantes das atividades de ensino, pesquisa e extensão, referentes
ao interstício, a fim de demonstrar seu acadêmico, sendo a avaliação realizada pela
Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD).

O mesmo procedimento se aplica a promoção, sendo o único diferencial da progressão a


mudança de classe, caso o professor esteja no último nível da classe anterior.

Aceleração da promoção – o professor do Magistério Superior, ao ser aprovado no estágio


probatório, caso possua título de mestre ou doutor, deve solicitar aceleração da promoção,
onde passará para o nível inicial da Classe B, se mestre, ou nível inicial da Classe C, se
doutor.

Atenção: Para promoção para a Classe D é necessário possuir título de doutor, e para a
Classe E, além do título e doutor, é necessário lograr aprovação de memorial que deverá
considerar as atividades de ensino, pesquisa, extensão, gestão acadêmica e produção
profissional relevante, ou defesa de tese acadêmica inédita, sendo a avaliação para acesso
à Classe E, com denominação de Titular, realizada por comissão especial composta por, no
mínimo, 75% (setenta e cinco por cento) de profissionais externos à IFE.

39
__________________________________________________________________________

Tabela de Carreira de Magistério Superior


VENCIMENTO BÁSICO EM R$
NÍVEL REGIME DE TRABALHO
CLASSE DENOMINAÇÃO
DEDICAÇÃO
20 HORAS 40 HORAS
EXCLUSIVA
E Titular 1 4.774,42 6.684,19 9.548,84

4 4.340,38 6.076,54 8.680,76


3 4.173,44 5.842,82 8.346,89
D Associado
2 4.012,93 5.618,10 8.025,86
1 3.858,58 5.402,02 7.717,17
4 3.086,87 4.321,61 6.173,73
3 2.968,14 4.155,40 5.936,28
C Adjunto
2 2.853,98 3.995,58 5.707,96
1 2.744,21 3.841,90 5.488,43
2 2.601,15 3.641,61 5.202,30
B Assistente
1 2.477,29 3.468,20 4.954,57
Adjunto-A – se Doutor 2 2.348,14 3.287,39 4.696,28
Assistente-A – se Mestre
A
Auxiliar – se Graduado ou 1 2.236,32 3.130,85 4.472,64
Especialista

Clique aqui e assista ao vídeo sobre a Carreira do Magistério Superior!

40
__________________________________________________________________________

Plano de Carreira dos Professores do Ensino Básico, Técnico e


Tecnológico - EBTT (Lei nº 12.772/2012)

A Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico é composta pelas classes


D I, D II, D III, D IV e Titular.

O desenvolvimento na Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico


ocorrerá mediante progressão funcional e promoção assim como na Carreira do
Magistério Superior, com o diferencial que é exigida a titulação de doutor apenas para a
Classe Titular, sendo também exigida a aprovação de memorial que deverá considerar as
atividades de ensino, pesquisa, extensão, gestão acadêmica e produção profissional
relevante, ou de defesa de tese acadêmica inédita.

Aceleração da promoção – o professor do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, ao ser


aprovado no estágio probatório, caso possua especialização, mestrado ou doutorado, deve
solicitar aceleração da promoção, onde passará para o nível 1 da classe D II, se especialista,
ou nível 1 da Classe DIII, se mestre ou doutor.

Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico


VENCIMENTO BÁSICO EM R$

CLASSE NÍVEL REGIME DE TRABALHO

20 HORAS 40 HORAS DEDICAÇÃO EXCLUSIVA


Titular 1 4.774,42 6.684,19 9.548,84
4 4.340,38 6.076,54 8.680,76

D IV 3 4.173,44 5.842,82 8.346,89


2 4.012,93 5.618,10 8.025,86
1 3.858,58 5.402,02 7.717,17
4 3.086,87 4.321,61 6.173,73

D III 3 2.968,14 4.155,40 5.936,28


2 2.853,98 3.995,58 5.707,96
1 2.744,21 3.841,90 5.488,43

D II 2 2.601,15 3.641,61 5.202,30


1 2.477,29 3.468,20 4.954,57

41
__________________________________________________________________________

DI 2 2.348,14 3.287,39 4.696,28


1 2.236,32 3.130,85 4.472,64

Clique aqui e assista ao vídeo sobre a Carreira do EBTT!

Retribuição por Titulação

É devida ao docente integrante do Plano de Carreiras e Cargos de Magistério Federal (MGS


e EBTT), conforme tabelas a seguir:

Carreira de Magistério Superior - Valores da RT para o Regime de 20 horas semanais


RETRIBUIÇÃO POR TITULAÇÃO EM R$
CLASSE DENOM. NÍVEL
APERFEIÇOAMENTO ESPECIALIZAÇÃO MESTRADO DOUTORADO

E Titular 1 238,72 477,44 1.193,61 2.745,29


4 217,02 434,04 1.085,10 2.495,72
3 208,67 417,34 1.043,36 2.399,73
D Associado
2 200,65 401,29 1.003,23 2.307,43
1 192,93 385,86 964,65 2.218,69
4 154,34 308,69 771,72 1.774,95
3 148,41 296,81 742,04 1.706,68
C Adjunto
2 142,70 285,40 713,50 1.641,04
1 137,21 274,42 686,05 1.577,92
2 130,06 260,12 650,29 1.495,66
B Assistente
1 123,86 247,73 619,32 1.424,44
Adjunto-A - se Doutor 2 117,41 234,81 587,03 1.350,18
Assistente-A - se Mestre
A
Auxiliar - se Graduado ou 1 111,82 223,63 559,08 1.285,89
Especialista

42
__________________________________________________________________________

Carreira de Magistério Superior - Valores da RT para o Regime de 40 horas semanais


RETRIBUIÇÃO POR TITULAÇÃO EM R$
CLASSE DENOM. NÍVEL
APERFEIÇOAMENTO ESPECIALIZAÇÃO MESTRADO DOUTORADO
E Titular 1 501,31 1.002,63 2.506,57 5.765,11
4 455,74 911,48 2.278,70 5.241,01
3 438,21 876,42 2.191,06 5.039,43
D Associado
2 421,36 842,71 2.106,79 4.845,61
1 405,15 810,30 2.025,76 4.659,24
4 324,12 648,24 1.620,61 3.727,39
3 311,65 623,31 1.558,27 3.584,03
C Adjunto
2 299,67 599,34 1.498,34 3.446,18
1 288,14 576,28 1.440,71 3.313,64
2 273,12 546,24 1.365,60 3.140,89
B Assistente
1 260,12 520,23 1.300,58 2.991,32
Adjunto-A - se Doutor 2 246,55 493,11 1.232,77 2.835,38
Assistente-A - se
Mestre
A Auxiliar - se 1 234,81 469,63 1.174,07 2.700,36
Graduado ou
Especialista

Carreira de Magistério Superior - Valores da RT para o Regime de Dedicação Exclusiva


RETRIBUIÇÃO POR TITULAÇÃO EM R$
CLASSE DENOM. NÍVEL
APERFEIÇOAMENTO ESPECIALIZAÇÃO MESTRADO DOUTORADO
E Titular 1 954,88 1.909,77 4.774,42 10.981,17
4 868,08 1.736,15 4.340,38 9.982,88
3 834,69 1.669,38 4.173,44 9.598,92
D Associado
2 802,59 1.605,17 4.012,93 9.229,73
1 771,72 1.543,43 3.858,58 8.874,74
4 617,37 1.234,75 3.086,87 7.099,79
3 593,63 1.187,26 2.968,14 6.826,73
C Adjunto
2 570,80 1.141,59 2.853,98 6.564,16
1 548,84 1.097,69 2.744,21 6.311,69
2 520,23 1.040,46 2.601,15 5.982,65
B Assistente
1 495,46 990,91 2.477,29 5.697,76

43
__________________________________________________________________________

Adjunto-A - se Doutor 2 469,63 939,26 2.348,14 5.400,72


Assistente-A - se
Mestre
A
Auxiliar 1 447,26 894,53 2.236,32 5.143,54
- se Graduado ou
Especialista

Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico - Valores da RT para o


Regime de 20 horas semanais
RETRIBUIÇÃO POR TITULAÇÃO EM R$

ESPECIALIZAÇÃO ou MESTRADO ou DOUTORADO


CLASSE NÍVEL
APERFEIÇOAMENTO RSC-I + RSC-II + ou RSC-III +
Graduação Especialização Mestrado
Titular 1 238,72 477,44 1.193,61 2.745,29*
4 217,02 434,04 1.085,10 2.495,72
3 208,67 417,34 1.043,36 2.399,73
D IV
2 200,65 401,29 1.003,23 2.307,43
1 192,93 385,86 964,65 2.218,69
4 154,34 308,69 771,72 1.774,95
3 148,41 296,81 742,04 1.706,68
D III
2 142,70 285,40 713,50 1.641,04
1 137,21 274,42 686,05 1.577,92
2 130,06 260,12 650,29 1.495,66
D II
1 123,86 247,73 619,32 1.424,44
2 117,41 234,81 587,03 1.350,18
DI
1 111,82 223,63 559,08 1.285,89
* Valor devido exclusivamente para Doutorado

44
__________________________________________________________________________

Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico -


valores de RT para o Regime de 40 horas semanais

RETRIBUIÇÃO POR TITULAÇÃO EM R$

ESPECIALIZAÇÃO ou MESTRADO ou DOUTORADO


CLASSE NÍVEL
APERFEIÇOAMENTO RSC-I + RSC-II + ou RSC-III +
Graduação Especialização Mestrado
Titular 1 501,31 1.002,63 2.506,57 5.765,11*
4 455,74 911,48 2.278,70 5.241,01
3 438,21 876,42 2.191,06 5.039,43
D IV
2 421,36 842,71 2.106,79 4.845,61
1 405,15 810,30 2.025,76 4.659,24
4 324,12 648,24 1.620,61 3.727,39
3 311,65 623,31 1.558,27 3.584,03
D III
2 299,67 599,34 1.498,34 3.446,18
1 288,14 576,28 1.440,71 3.313,64
2 273,12 546,24 1.365,60 3.140,89
D II
1 260,12 520,23 1.300,58 2.991,32
2 246,55 493,11 1.232,77 2.835,38
DI
1 234,81 469,63 1.174,07 2.700,36
* Valor devido exclusivamente para Doutorado

Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico -


Valores de RT para o Regime de Dedicação Exclusiva

RETRIBUIÇÃO POR TITULAÇÃO EM R$

ESPECIALIZAÇÃO MESTRADO ou DOUTORADO


CLASSE NÍVEL
APERFEIÇOAMENTO ou RSC-I + RSC-II + ou RSC-III +
Graduação Especialização Mestrado
Titular 1 954,88 1.909,77 4.774,42 10.981,17*
4 868,08 1.736,15 4.340,38 9.982,88
3 834,69 1.669,38 4.173,44 9.598,92
D IV
2 802,59 1.605,17 4.012,93 9.229,73
1 771,72 1.543,43 3.858,58 8.874,74
4 617,37 1.234,75 3.086,87 7.099,79

45
__________________________________________________________________________

D III 3 593,63 1.187,26 2.968,14 6.826,73


2 570,80 1.141,59 2.853,98 6.564,16
1 548,84 1.097,69 2.744,21 6.311,69
2 520,23 1.040,46 2.601,15 5.982,65
D II
1 495,46 990,91 2.477,29 5.697,76
2 469,63 939,26 2.348,14 5.400,72
DI
1 447,26 894,53 2.236,32 5.143,54
* Valor devido exclusivamente para Doutorado

Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC)

No caso dos ocupantes de cargos da Carreira de Magistério do Ensino Básico, Técnico e


Tecnológico, para fins de percepção da RT, é considerada a equivalência da titulação exigida
com o Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC), que pode ser concedida em três
níveis:

⮚ RSC I – somado ao diploma de graduação equivale a titulação de especialização;

⮚ RSC II – somado ao certificado de pós-graduação lato sensu equivale a mestrado;


e

⮚ RSC III – somado a titulação de mestre equivale a doutorado.

Na UFRR, os procedimentos para concessão do RSC estão previstos na Resolução nº


009/2015-Cuni.

Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD)

Criada pelo Decreto nº 94.664 de 23 de julho de 1987 e normatizado pela Portaria do


Ministério da Educação de nº 475 de 26 de agosto de 1987, a Comissão Permanente de
Pessoal Docente (CPPD) é um órgão de natureza consultiva, vinculado diretamente à
Reitoria, que tem com principal atribuição, conforme a Lei nº 12.772, de 28/12/2012, prestar
assessoramento no que diz respeito a:

46
__________________________________________________________________________

I - dimensionamento da alocação de vagas docentes nas unidades acadêmicas;

II - contratação e admissão de professores efetivos e substitutos;

III - alteração do regime de trabalho docente;

IV - avaliação do desempenho para fins de progressão e promoção funcional;

V - solicitação de afastamento de docentes para aperfeiçoamento, especialização, mestrado,


doutorado ou pós-doutorado; e

VI - liberação de professores para programas de cooperação com outras instituições,


universitárias ou não.

Atualmente a CPPD é composta por dois representantes (titular e suplente) de cada centro
didático ou instituto, que são responsáveis por analisar o cumprimento dos critérios
estabelecidos na legislação vigente pelos docentes dos cursos vinculados, além de
colaborar com as demais atribuições da Comissão.

O funcionamento da CPDD consta de forma detalhada em seu regimento interno, aprovado


pelo Conselho Universitário (CUni) da UFRR em 2018 (Resolução CUni nº 002, de 18 de
maio de 2018).

Para mais informações sobre a CPPD, contate-os por meio do e-mail cppd@ufrr.br.

47
__________________________________________________________________________

DEVERES DOS SERVIDORES

Deveres previstos na Lei 8.112/1990

De acordo com o art. 116 da Lei 8.112/1990, são deveres dos servidores:

⮚ Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;

⮚ Ser leal às instituições a que servir;

⮚ Observar as normas legais e regulamentares;

⮚ Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais;

⮚ Atender com presteza:

✔ ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as


protegidas por sigilo;

✔ à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de


situações de interesse pessoal;

✔ às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

⮚ Levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da


autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento
de outra autoridade competente para apuração;

⮚ Zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público;

⮚ Guardar sigilo sobre assunto da repartição;

⮚ Manter conduta compatível com a moralidade administrativa;

⮚ Ser assíduo e pontual ao serviço;

⮚ Tratar com urbanidade as pessoas;


48
__________________________________________________________________________

⮚ Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder – essa representação deve


ser encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela
contra a qual é formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa.

Proibições previstas na Lei 8.112/1990

As proibições estão previstas no art. 117 da Lei 8.112/1990 e sua inobservância acarreta em
penalidades como advertência, suspensão e demissão.

Proibições:

⮚ Ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato;

⮚ Retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto


da repartição;

⮚ Recusar fé a documentos públicos;

⮚ Opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou execução de


serviço;

⮚ Promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

⮚ Cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o


desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado;

⮚ Coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou


sindical, ou a partido político;

⮚ Manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,


companheiro ou parente até o segundo grau civil;

⮚ Recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado.

Proibições que causam suspensão:

⮚ Cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa, exceto em


situações de emergência e transitórias;

⮚ Exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou


função e com o horário de trabalho;

49
__________________________________________________________________________

Proibições que causam demissão:

⮚ Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da


dignidade da função pública;

⮚ Participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada ou não


personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou
comanditário.
Observação – essa vedação não se aplica na participação nos conselhos de
administração e fiscal de empresas ou entidades em que a União detenha,
direta ou indiretamente, participação no capital social ou em sociedade
cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros; e no gozo de
licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 91 desta Lei,
observada a legislação sobre conflito de interesses.

⮚ Atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se


tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de
cônjuge ou companheiro;

⮚ Receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de


suas atribuições;

⮚ Aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;

⮚ Praticar usura sob qualquer de suas formas;

⮚ Proceder de forma desidiosa;

⮚ Utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades


particulares;

Acumulação de cargos públicos

Em regra, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, e essa vedação se


estende a cargos, empregos e funções em autarquias, fundações públicas, empresas
públicas, sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos Estados, dos
Territórios e dos Municípios.

Havendo compatibilidade de horário, é possível a acumulação remunerada de cargos


públicos nos seguintes casos:

50
__________________________________________________________________________

⮚ dois cargos de professor;

⮚ de um cargo de professor com outro técnico ou científico;

⮚ a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões


regulamentadas;

Observação: considera-se, para fins de acumulação, cargo técnico ou científico como


aquele que requer conhecimento técnico específico na área de atuação do profissional, com
habilitação legal específica, de grau universitário ou profissionalizante de segundo grau.

Penalidades

De acordo com o art. 127 da Lei 8.112/1990, são penalidades disciplinares:

⮚ Advertência;

⮚ Suspensão;

⮚ Demissão;

⮚ Cassação de aposentadoria ou disponibilidade;

⮚ Destituição de cargo em comissão;

⮚ Destituição de função comissionada.

As penalidades serão aplicadas considerando a natureza e a gravidade da infração cometida,


os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou
atenuantes e os antecedentes funcionais (art. 128).

Observações:

Advertência - aplicada por escrito, nos casos de violação de proibição constante do


art. 117, incisos I a VIII e XIX (Lei 8.112/1990), e de inobservância de dever funcional
previsto em lei, regulamentação ou norma interna, que não justifique imposição de
penalidade mais grave.

51
__________________________________________________________________________

Suspensão - aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e


de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de
demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias.

A demissão é aplicada nos seguintes casos:

⮚ crime contra a administração pública;

⮚ abandono de cargo;

⮚ inassiduidade habitual;

⮚ improbidade administrativa;

⮚ incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;

⮚ insubordinação grave em serviço;

⮚ ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou


de outrem;

⮚ aplicação irregular de dinheiros públicos;

⮚ revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;

⮚ lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

⮚ corrupção;

⮚ acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;

⮚ transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117 (informados anteriormente nas


proibições).

Ponto Eletrônico e Plano de Trabalho Docente

Já que estamos falando de deveres dos servidores, é importante falarmos do ponto


eletrônico, que é a forma de controle da frequência dos técnicos administrativos, e do Plano
de Trabalho Docente, que é uma forma de controle da produção do docente.

Ponto Eletrônico
Na UFRR, a Resolução nº 008/2014-CUni fixa normas e procedimentos para o registro
eletrônico de frequência dos servidores técnicos administrativos.

52
__________________________________________________________________________

O horário de funcionamento da UFRR é de segunda-feira a sexta-feira das 7h às 22h e aos


sábados das 8h às 18h, devendo o servidor cumprir, dentro desses intervalos, a jornada de
trabalho estabelecida na legislação em razão do seu cargo,observando o interesse
institucional.

Mensalmente a chefia imediata do servidor deve homologar sua frequência nos períodos
informados pela DARH.

Clique aqui e confira na íntegra a Resolução nº 008/2014-CUni

Plano de Trabalho Docente (PTD)


É o instrumento de planejamento anual das atividades de ensino, pesquisa, extensão e
administração a serem realizadas pelos docentes no âmbito da UFRR, e consiste em um
documento de descrição, registro e distribuição da carga horária docente nas atividades de
ensino, pesquisa, extensão e administração.

O PTD é regulamentado pela Resolução nº 012/2014-CEPE, e deve ser elaborado pelo


docente e consequentemente entregue à PROGESP pelo coordenador da unidade
acadêmica, nas datas previstas no Calendário Universitário.

Clique aqui e confira na integra a Resolução nº 012/2014-CEPE!

53
__________________________________________________________________________

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR


PÚBLICO

O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal foi
aprovado pelo Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994.

Este código não é extenso, sendo importante que tenham conhecimento de todo o seu
conteúdo, por isso o reproduziremos na integra aqui.

CAPÍTULO I - Seção I - Das Regras Deontológicas

I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são


primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou
função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus
atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da
tradição dos serviços públicos.

II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim,
não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto,
consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da Constituição Federal.

54
__________________________________________________________________________

III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal,
devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a
legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a
moralidade do ato administrativo.

IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou


indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, que a
moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de legalidade.

V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido
como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o
êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida
particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia a dia
em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do


Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo previamente
declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui
requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o
bem comum, imputável a quem a negar.

VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que
contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Administração Pública.
Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro,
da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto
mais a de uma Nação.

IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público


caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta
ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer
bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não
55
__________________________________________________________________________

constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os


homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e
seus esforços para construí-los.

X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em
que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie
de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de
desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores,
velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os
repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e
caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.

XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de


desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações
humanas.

XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus
colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua
atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da
Nação.

Seção II - Dos Principais Deveres do Servidor Público

XIV - São deveres fundamentais do servidor público:

a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja


titular;

b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando
prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de

56
__________________________________________________________________________

qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas
atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;

c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo
sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem
comum;

d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens,
direitos e serviços da coletividade a seu cargo;

e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de


comunicação e contato com o público;

f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na
adequada prestação dos serviços públicos;

g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as


limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem qualquer espécie de
preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e
posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;

h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal;

i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e


outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência
de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;

j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da


segurança coletiva;

l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao
trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;

57
__________________________________________________________________________

m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao


interesse público, exigindo as providências cabíveis;

n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais


adequados à sua organização e distribuição;

o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de


suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum;

p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;

q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes


ao órgão onde exerce suas funções;

r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de


seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo
tudo sempre em boa ordem.

s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;

t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas,
abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço
público e dos jurisdicionados administrativos;

u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade
estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não
cometendo qualquer violação expressa à lei;

v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código
de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

58
__________________________________________________________________________

Seção III - Das Vedações ao Servidor Público

XV - E vedado ao servidor público;

a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter
qualquer favorecimento, para si ou para outrem;

b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que deles


dependam;

c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este
Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão;

d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por qualquer
pessoa, causando-lhe dano moral ou material;

e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu


conhecimento para atendimento do seu mister;

f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou interesses de


ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados administrativos ou
com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores;

g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira,


gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, familiares
ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor
para o mesmo fim;

h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências;

i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos;

j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular;

59
__________________________________________________________________________

l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro
ou bem pertencente ao patrimônio público;

m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em


benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros;

n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente;

o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade ou a
dignidade da pessoa humana;

p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho


duvidoso.

CAPÍTULO II - DAS COMISSÕES DE ÉTICA

XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta


autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições
delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de
orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e
com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de
procedimento susceptível de censura.

XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução


do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de
instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da
carreira do servidor público.

XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com
ciência do faltoso.

60
__________________________________________________________________________

XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público
todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de
natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira,
desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as
autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as
sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.

61
__________________________________________________________________________

ESTRUTURA E ORGANIZAÇÃO DA UFRR

Implantada em 1989, quatro anos após ter sido autorizada pela Lei nº 7.364/85, a UFRR foi
a primeira instituição federal de ensino Superior a instalar-se em Roraima.
A instituição oferta 47 cursos superiores, sendo 26 bacharelados, 20 licenciaturas e 1
tecnológico, com atividades desenvolvidas em três campi:

Campus Paricarana
Primeiro campus da UFRR, composto pelas
principais unidades administrativas, a maioria das
unidades acadêmicas, além de setores
suplementares de atendimento e assistência em
diversas áreas.

Campus Cauamé
O campus, localizado na zona rural do Distrito de
Monte Cristo, abriga o Centro de Ciências
Agrárias (CCA), onde funcionam os cursos de
Agronomia, Medicina Veterinária, Zootecnia, e
também são ofertados os cursos de mestrado e
doutorado em Agronomia.

Campus Murupu
Localizado na zona rural de Boa Vista, abriga a
Escola Agrotécnica (EAGRO) e oferece os Cursos
Técnicos em Agropecuária nas modalidades:
integrado ao Ensino Médio, subsequente ao
Ensino Médio e Educação Profissional de Jovens
e Adultos (PROEJA), além do curso de Tecnologia
em Agroecologia.

62
__________________________________________________________________________

A UFRR tem com missão produzir, integrar e socializar conhecimentos para formar cidadãos
comprometidos com o desenvolvimento cultural, social, econômico e ambiental.

Para compreensão da estrutura e organização da UFRR, é importante que conheçamos seu


Estatuto, que foi aprovado pela Resolução nº 26/2003-CUNI, de 31 de dezembro de 2003.

A UFRR foi autorizada pela Lei nº 7.364/85, de 12 de setembro de 1985 e criada pelo
Decreto. nº 98.127, de 08 de setembro de 1989, sendo uma fundação pública, dotada de
personalidade jurídica de direito privado, nos termos da Lei nº 7.596, de 10 de abril de
1987, com sede e foro em Boa Vista, Estado de Roraima e com vinculação ao Ministério da
Educação.

A UFRR goza de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e


patrimonial, regendo-se pela Constituição Federal, pelas leis infraconstitucionais, por este
Estatuto, pelo Regimento Geral e pelas decisões dos órgãos de deliberação coletiva, no
âmbito de suas competências, e pode, no exercício de sua autonomia:

⮚ Elaborar e reformar seu Estatuto e Regimento Geral, em consonância com a


legislação em vigor;

⮚ Organizar os processos de escolha do Reitor, Vice-Reitor e Diretores de


Unidades Acadêmicas, de acordo com a legislação e normatizações internas em
vigor;

⮚ Criar, organizar, avaliar, modificar e extinguir cursos e programas em sua sede


e fora dela;

⮚ Fixar os currículos dos seus cursos, observadas as diretrizes gerais pertinentes;

⮚ Estabelecer planos de pesquisa científica, atividade artística e de extensão;

⮚ Fixar o número de vagas para ingresso de alunos de acordo com a sua


capacidade e as exigências da comunidade;

⮚ Conferir graus, diplomas, certificados, títulos e dignidades universitárias;

⮚ Dispor, respeitada a legislação específica, sobre política de pessoal docente e


técnico-administrativo;

63
__________________________________________________________________________

⮚ Estabelecer, em consonância com a lei, critérios e normas a serem observadas


pelos corpos docente, discente e técnico-administrativo, e definir a sanções a que
estão sujeitos;

⮚ Firmar contratos, convênios, acordos e instrumentos similares;

⮚ Administrar e dispor do seu patrimônio;

⮚ Aprovar e executar planos, programas e projetos de investimentos referentes a


obras, serviços e aquisições em geral, bem como administrar rendimentos,
conforme dispositivos institucionais;

⮚ Elaborar e executar seus planos de desenvolvimento institucional e orçamentos


anuais e plurianuais;

⮚ Efetuar transferências, quitações e tomar as providências de ordem


orçamentária, financeira e patrimonial necessárias à gestão contábil e financeira;

⮚ Receber e gerir subvenções, doações, heranças, legados e a cooperação


financeira resultante de convênios, acordos e contratos com entidades públicas e
privadas;

⮚ Contrair empréstimos para atender às suas necessidades.

Princípios da UFRR

São princípios fundamentais da UFRR (art. 3º do Estatuto):

● A ética;

● A gestão democrática e descentralizada;

● A natureza pública e gratuita do ensino;

● Igualdade de condições para acesso e permanência nos cursos;

● Indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;

● A liberdade cultural, política, social e econômica, como fundamento da justiça e


do bem-estar dos indivíduos;

● Livre escolha dos dirigentes e membros dos órgãos colegiados;


64
__________________________________________________________________________

● A defesa do meio ambiente e dos direitos humanos, como incentivo à paz;

● O planejamento e a avaliação participativa e periódica das atividades;

● A defesa e o desenvolvimento da Amazônia por meio do uso sustentável dos


recursos naturais, utilizando-se de meios legais, técnicos, científicos e culturais de
que dispuser.

Objetivos da UFRR

Os objetivos estão previstos no art. 4º do Estatuto da UFRR, e são os seguintes:


 Promover e difundir a educação e a criação cultural, e o desenvolvimento
científico e reflexivo da sociedade, garantindo sua qualidade, sua natureza pública;
 Formar cidadãos, nas diferentes áreas do conhecimento, com espírito científico
e pensamento reflexivo, aptos para o trabalho profissional, como base para o
desenvolvimento sustentável das sociedades local, regional e nacional,
colaborando com a sua formação contínua;
 Oportunizar à comunidade ensino fundamental e médio gratuitos e de
qualidade;
 Incentivar e efetivar pesquisas científicas e tecnológicas, como suporte ao
desenvolvimento econômico-social sustentável do Estado de Roraima, da Região
Amazônica e do Brasil, alicerçado nos valores éticos e étnicos, com ênfase na
preservação ambiental;
 Promover a democratização da educação, no que concerne à gestão
acadêmica, política, administrativa e financeira; à igualdade de acesso e
socialização de seus benefícios;
 Promover a extensão como um processo educativo e científico que articula o
ensino e a pesquisa de forma indissociável, e viabiliza a relação transformadora
entre a universidade e a sociedade;
 Cooperar com instituições públicas e privadas, em busca de um modelo de
desenvolvimento integrado e auto sustentável, preservando os valores éticos,
étnicos, e ecológicos, em consonância com os objetivos e tradições dos povos da
região, visando a formação da consciência cívica nacional e o caráter universal do
saber;

65
__________________________________________________________________________

 Promover a integração cultural na perspectiva da pluralidade dos povos da


região e de sua integração internacional.

Estrutura da UFRR

A estrutura da UFRR é composta por:


 Órgãos da administração superior;
 Órgãos da administração acadêmica;
 Órgãos suplementares;
 Assembléia Universitária.

São órgãos da Administração Superior da UFRR:


 Órgãos Deliberativos e Normativos:
Conselho Diretor (CD);
Conselho Universitário (CUNI);
Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CEPE).

 Órgão Executivo:
Reitoria.

Os Órgãos Deliberativos e Normativos se reunirão com a presença da maioria dos seus


membros e suas deliberações, salvo disposição em contrário, serão tomadas por maioria
simples de votos.

Os presidentes dos Órgãos Deliberativos e Normativos somente terão o voto de qualidade.

Cada Órgão Deliberativo e Normativo deve regulamentar o próprio funcionamento.

Conselho Diretor

É o órgão de deliberação superior em matéria de controle e fiscalização econômico-


financeira e patrimonial composto por:

66
__________________________________________________________________________

 Reitor – Presidente;
 1 (um) representante indicado pela Administração Superior;
 2 (dois) docentes, em regime de dedicação exclusiva e em efetivo
exercício, do quadro do pessoal docente da IFES (eleito pelos pares);
 1 (um) representante do corpo técnico-administrativo (eleito pelos pares);
 1 representante do corpo discente (eleito pelos pares);
 1 (um) docente indicado pela seção sindical dos professores;
 1 (um) servidor técnico-administrativo, indicado pela seção sindical dos
técnicos;
 1 (um) representante discente indicado pelo Diretório Acadêmico dos
Estudantes;
 1 (um) representante da Fundação AJURI, por ela indicado;
 2 (dois) representantes da comunidade civil, indicados pela Assembleia
Legislativa do Estado de Roraima, sem mandato parlamentar, ouvidos os
conselhos ou delegacias regionais de Administração, Contabilidade e
Economia;
 1 (um) representante do Governo do Estado.

Deverão ser indicados/eleitos suplentes dos membros que os substituirão nos impedimentos
e ausências e os sucederão no caso de vacância.

Os membros representantes dos corpos docente e técnico-administrativo terão mandato


de 2 (dois) anos, permitida uma recondução.

O membro representante do corpo discente terá mandato de 1 (um) ano, permitida uma
recondução.

Não serão eleitos ou indicados ao Conselho Diretor os servidores da UFRR ocupantes de


cargo em comissão ou função de confiança.

O presidente do Conselho Diretor será substituído, nos seus impedimentos e ausências,


pelo Vice-Reitor e, Na ausência concomitante do Reitor e do Vice-Reitor, assumirá a
presidência o membro docente mais antigo no Conselho Diretor.

67
__________________________________________________________________________

São competências do Conselho Diretor:


 Eleger o seu presidente e vice-presidente, para um mandato de 2 (dois) anos;
 Elaborar seu Regimento;
 Acompanhar e fiscalizar a execução orçamentária e contábil da UFRR;
 Deliberar sobre o Relatório Anual de Atividades e Tomada de Contas do
Reitor, emitindo parecer, para encaminhamento ao Tribunal de Contas da
União.

Conselho Universitário (CUNI)

É o órgão superior de consulta e deliberação em matéria administrativa e disciplinar e


instância final de recurso, composto por:
 Reitor, seu presidente;
 Vice-Reitor, como vice-presidente;
 Pró-Reitores de Planejamento, Administração, Infraestrutura e Gestão
Pessoas;
 Diretores de centros didáticos; institutos ou escola do ensino básico, técnico
ou tecnológico;
 1 (um) representante docente por centro didático ou instituto ou escola de
ensino básico, técnico ou tecnológico, independente de estar ou não
vinculado a algum centro didático ou instituto, em regime de dedicação
exclusiva, eleito pelos pares;
 1 (um) representante discente por centro didático ou instituto, eleito pelos
pares;
 7 (sete) servidores técnico-administrativos, eleitos pelos pares;
 1 (um) representante docente indicado pelo Conselho Curador da fundação
AJURI;
 1 (um) representante da comunidade, indicado e escolhido pelos demais
componentes do CUNI, entre aquelas personalidades da sociedade civil que
mais se destacaram no apoio à Universidade, à ciência, à tecnologia, à
cultura e à arte, integrantes preferencialmente, do mundo do trabalho, dos
negócios artísticos, culturais e da rede de organizações não-governamentais.

68
__________________________________________________________________________

Os membros não vinculados a cargos terão suplentes indicados pelos mesmos critérios que
os titulares.

Os representantes docentes e técnico-administrativos terão suplentes eleitos pelo mesmo


critério que os titulares e terão mandato de 2 (dois) anos, permitida uma recondução.

Os representantes discentes e da comunidade terão suplentes eleitos pelo mesmo critério


que os titulares e terão mandato de 01 (um) ano, permitida uma recondução.

São competências do CUNI:

⮚ Traçar as políticas e as diretrizes gerais da UFRR;

⮚ Aprovar a proposta orçamentária e suas alterações, bem como a abertura de novos


créditos;

⮚ Aprovar o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI);

⮚ Autorizar acordos e convênios, bem como o recebimento de doações, que


importem em compromisso oneroso para a UFRR;

⮚ aprovar o Estatuto e o Regimento Geral da UFRR, ouvido o Conselho de Ensino,


Pesquisa e Extensão - CEPE, no que lhe competir;

⮚ Regulamentar o próprio funcionamento e dos demais órgãos da UFRR, com


exceção dos Conselhos Diretor e CEPE;

⮚ Aprovar as vinculações orgânicas dos Centros Didáticos e suas subunidades e das


unidades complementares;

⮚ Coordenar o processo de consulta eleitoral a comunidade acadêmica para escolha


do Reitor e do Vice-Reitor;

⮚ Referendar o resultado da consulta eleitoral a ser encaminhada ao MEC, para os


cargos de Reitor e Vice-Reitor, pelo menos 60 (sessenta) dias, antes da conclusão
dos mandatos em curso, respeitando o resultado do processo de consulta de que
trata o item anterior;

⮚ Dar posse ao Reitor e Vice-Reitor, em sessão conjunta com o CEPE;

⮚ Deliberar sobre a concessão de dignidades universitárias, bem como conferir


prêmios e distinções a atividades acadêmicas e administrativas relevantes;

69
__________________________________________________________________________

⮚ Deliberar, originariamente, ou em grau de recurso, sobre os casos omissos neste


Estatuto, no Regimento Geral e nas demais normas internas;

⮚ Deliberar, em última instância, sobre medidas disciplinares;

⮚ Autorizar a aquisição, cessão, locação, permuta e alienação dos bens imóveis do


patrimônio da UFRR;

⮚ Apreciar, em grau de recurso, os vetos do Reitor às deliberações dos órgãos


colegiados;

⮚ Criar, extinguir ou modificar as estruturas administrativas necessárias ao


funcionamento dos cursos criados, incorporados ou modificados pelo Conselho de
Ensino, Pesquisa e Extensão, à vista dos respectivos projetos políticos
pedagógicos.

⮚ Exercer o poder disciplinar sobre os diretores dos Centros que deixam de cumprir
decisões dos órgãos deliberativos superiores;

⮚ Decretar intervenção em qualquer Unidade acadêmica, de acordo com o que


estabelece o Regimento Geral da UFRR;

⮚ Fixar normas para a execução do regime financeiro, orçamentário e contábil da


UFRR.

Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE)

É o órgão superior de consulta e deliberação em matéria didático-científica, cultural e


artística, integrado por:
 Reitor – Presidente;
 Pró-Reitor de Graduação;
 Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação;
 Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Estudantis;
 1 (um) representante discente de cada Centros Didáticos, Instituto, Núcleos
de Ensino e Escola Profissionalizante;
 1 (um) representante discente de cada Centro, eleito pelos pares;
 2 (dois) representantes do corpo técnico-administrativo vinculados,
preferencialmente, a atividades acadêmicas, pesquisa ou extensão, eleito
pelos pares.

70
__________________________________________________________________________

Os representantes docentes, discentes e técnico-administrativos terão suplentes eleitos pelo


mesmo critério que os titulares.

Os representantes docentes e técnico-administrativos terão mandato de 2 (dois) anos,


permitida uma recondução.

Os representantes discentes terão mandato de 1 (um) ano, permitida uma recondução.

São competências do CEPE:

⮚ Estabelecer, em última instância, as políticas e diretrizes de ensino, pesquisa,


extensão e pós-graduação;

⮚ Aprovar o calendário universitário;

⮚ Opinar sobre a reforma do Estatuto, Regimento Geral e Regimento dos demais


órgãos colegiados, exclusivamente em matéria acadêmica;

⮚ Deliberar sobre matérias de sua competência, originariamente ou em grau de recurso;

⮚ Opinar sobre a modificação da estrutura dos Centros Didáticos, Institutos, Núcleos de


Ensino e Escola profissionalizante;

⮚ Criar, expandir, modificar e extinguir cursos e programas de Graduação e pós-


graduação e estabelecer normas pertinentes;

⮚ Estabelecer normas referentes à admissão e incentivos funcionais do pessoal


docente e técnico-administrativo;

⮚ Opinar conclusivamente sobre acordos e convênios a serem firmados, que envolvam


interesses de natureza didático-científica.

O CEPE contará com as seguintes câmaras setoriais, com funções consultivas e


deliberativas, no âmbito de sua competência:
 Câmara de Ensino;
 Câmara de Pesquisa e Pós-Graduação;
 Câmara de Extensão Universitária e Assuntos Estudantis.

O funcionamento das Câmaras Setoriais será regulamentado pelo CEPE.

71
__________________________________________________________________________

Das decisões do CEPE, exceto no que se refere ao inciso I do art. 16, cabe recurso ao
Conselho Universitário, em última instância, no prazo de 10 (dez) dias da publicação.

● Reitoria
É o órgão executivo de coordenação e superintendência das atividades universitárias e será
exercida pelo Reitor e, nos seus impedimentos, pelo Vice-Reitor.

A Reitoria contará com a seguinte estrutura, além de outra que assegure o seu
funcionamento:
 Vice-Reitoria;
 Chefia de Gabinete;
 Pró-Reitorias;
 Assessoria/Consultoria Jurídica;
 Auditoria Interna;
 Coordenadoria de Comunicação Social;
 Comissão Permanente de Pessoal Docente.

O Chefe de Gabinete, os Pró-Reitores, o Assessor/Consultor Jurídico, o Auditor-chefe e o


Coordenador de Comunicação Social serão nomeados pelo Reitor.

Gestão
O Reitor e o Vice-Reitor, observada a legislação aplicável, em vigor, serão escolhidos pela
comunidade acadêmica, de forma democrática, sob a coordenação do Conselho
Universitário, para um mandato de 04 (quatro) anos, permitida uma recondução.

O Reitor será substituído em suas ausências e impedimentos pelo Vice-Reitor, que também
exercerá as funções que lhe forem delegadas pelo Reitor.

Nas faltas e impedimentos do Reitor e do Vice-Reitor, a Reitoria será exercida, a critério da


Administração Superior, por um dos Pró-Reitores.

72
__________________________________________________________________________

Órgãos de Administração Acadêmica

A estrutura acadêmica da UFRR será organizada em:


 Órgãos Deliberativos e Normativos:
 Conselhos de Centros Didáticos, de Institutos e de Núcleos de Ensino e
Escola Profissionalizante;
 Conselho de Curso;
 Conselho deliberativo escolar.

 Órgãos executivos:
 Centros Didáticos, Institutos, Núcleos de Ensino e Escola Profissionalizante;
 Departamentos ou Coordenações de curso;
 Direção de Escolas.

Os Diretores de Centros Didáticos, Institutos e os Coordenadores de Núcleos de Ensino, os


Chefes de Departamentos, os Coordenadores de Cursos e os Diretores de Escola
Profissionalizante serão eleitos na forma determinada pelo Conselho Universitário.

Os Departamentos, Coordenações de Curso e as Escolas constituem-se em unidades


básicas da estrutura acadêmica, para efeito de organização administrativa, didático-científica
e de recursos humanos, congregando os servidores segundo a necessidade de cada área
do conhecimento.

Órgãos Suplementares

Para a execução de atividades de apoio didático, científico, administrativo e tecnológico a


mais de um Departamento, Centro ou a toda a Universidade, a UFRR contará com tantas
unidades quantas se fizerem necessárias, vinculadas às Pró-Reitorias ou Centros.

São órgãos suplementares da Universidade:


 Centro de Computação – CECOMP DTI;
73
__________________________________________________________________________

 Bibliotecas Central e Setoriais;


 Unidade de Saúde;
 Editoras Universitárias;
 Núcleos de pesquisa, de ensino ou extensão;
 Núcleos de práticas acadêmicas.

Assembleia Universitária

A Assembleia Universitária, presidida pelo Reitor, é a reunião da comunidade universitária,


constituída pelos órgãos de administração e pelos corpos docente, discente e técnico-
administrativo e será convocada para:

✔Conhecer o relatório anual das atividades levadas a efeito no exercício anterior e o


plano de gestão para o exercício seguinte;

✔Assistir à entrega de títulos honoríficos e de condecorações de mérito e às


cerimônias de colação de grau;

✔Assistir à aula magna de abertura do ano letivo;

✔Assistir à posse do Reitor.

Regimento Geral da UFRR

Aprovado pela Resolução nº 006/2007-CUNI, disciplina a organização e o funcionamento


dos vários órgãos e serviços da Universidade Federal de Roraima - UFRR, complementando
o seu estatuto.

Órgãos da Administração Acadêmica

Como já vimos anteriormente, a UFRR é constituída por centros, institutos, núcleos


acadêmicos, departamentos, coordenações e curso de graduação, pós-graduação, escolas
e colégio, sem prejuízo de outras unidades que vierem a ser criadas.

74
__________________________________________________________________________

Os centros, institutos e núcleos acadêmicos estabelecerão em seus regimentos internos as


respectivas estruturas acadêmico-administrativas, sujeitas às normas gerais do regimento
geral.

Os cursos de graduação e pós-graduação oferecidos pela UFRR serão ministrados sob a


responsabilidade dos centros, institutos e núcleos acadêmicos, através dos departamentos
e/ou coordenações de curso e os cursos de nível fundamental, médio e técnico-
profissionalizante serão ministrados sob a responsabilidade das escolas.

Os cursos de pós-graduação poderão ser ministrados sob a responsabilidade dos núcleos


de pesquisa.

Centros, Institutos e Núcleos Acadêmicos

Os centros, institutos e núcleos acadêmicos são órgãos executivos aos quais compete, no
âmbito de sua área de atuação, o desenvolvimento do ensino, da pesquisa e da extensão, e
serão dirigidos por diretores eleitos pela comunidade acadêmica respectiva e nomeados
pelo reitor, conforme as regras estabelecidas pelo CUni.

Conselho de Centro, Instituto e Núcleos Acadêmicos

São instâncias superiores de normatização e deliberação em matéria administrativa e


didático-científica, no âmbito de cada unidade, composto da seguinte forma:
 pelo diretor da unidade, seu presidente;
 pelos chefes dos departamentos vinculados a unidade ;
 pelos coordenadores de cursos de graduação, ensino básico e técnico vinculados a
unidade ;
 por um servidor técnico-administrativo vinculado a unidade, eleito pelos pares;
 por um aluno de cada curso de graduação ensino básico e técnico vinculado a
unidade, eleitos pelos pares;
 por um docente de cada curso de graduação, ensino básico e técnico vinculado a
unidade, eleitos pelos pares;
O mandato dos representantes docentes e dos servidores técnico-administrativos será de
dois anos e, dos alunos, um ano.

75
__________________________________________________________________________

Os conselhos se reunirão com a presença da maioria simples dos seus membros e decidirão
por maioria simples de votos.

Os presidentes dos conselhos terão somente o voto de qualidade.

As reuniões ordinárias terão suas datas estabelecidas em calendário aprovado pelos


conselhos de centro e serão convocadas pelo seu presidente.

As reuniões extraordinárias de cada conselho serão convocadas pelos presidentes ou a


requerimento da maioria simples dos conselheiros, com 48 (quarenta e oito) horas de
antecedência.

O comparecimento às reuniões dos conselhos de centro é obrigatório e prefere à qualquer


outra atividade no âmbito de cada unidade.

As questões disciplinares relativas aos membros dos conselhos de cada unidade serão
definidas por seus respectivos regimentos.

Cada conselho, conforme dispuser o seu regimento interno, poderá constituir câmaras e
comissões especializadas.

São competências do conselho:


 deliberar, como instância superior da unidade, sobre matéria que não seja da
competência do diretor ou coordenador;
 propor ao CUni a alteração e a reforma do regimento da unidade;
 deliberar sobre os regimentos dos departamentos, coordenações e conselhos de
curso, submetendo-os ao CEPE para que se manifeste, exclusivamente, em matéria
acadêmica, para superior deliberação do CUni;
 designar os componentes das bancas examinadoras de concursos públicos para a
admissão de docentes, ouvido o conselho de curso;
 propor ao reitor, por iniciativa de pelo menos 2/3 (dois terços) dos conselheiros, com
a devida justificativa, o afastamento ou exoneração do diretor;

76
__________________________________________________________________________

 deliberar sobre o relatório anual das atividades desenvolvidas pelo diretor, referente
ao ano anterior;
 cumprir e fazer cumprir as diretrizes gerais de ensino estabelecidas pelos órgãos
normativos e deliberativos superiores da universidade e pela legislação;
 promover a integração das atividades de ensino, pesquisa e extensão dos
departamentos e das coordenações de curso, compatibilizando-as com as ações de
planejamento e execução e com as decisões dos conselhos de cursos;
 definir a política administrativa e didático-científica da unidade;
 deliberar sobre a utilização dos equipamentos e instalações confiadas a unidade,
considerando o disposto no artigo 144 do regimento;
 decidir sobre recursos dos atos e decisões do diretor da unidade, dos chefes de
departamentos, coordenadores de curso e dos conselhos de cursos;
 aprovar projetos de pesquisa e os planos dos cursos de pós-graduação,
aperfeiçoamento e extensão que envolvam mais de um departamento ou
coordenação de curso, sem ultrapassar o âmbito da unidade;
 aprovar e encaminhar ao CEPE sugestões quanto à organização e o funcionamento
dos cursos de graduação e pós-graduação;
 encaminhar, à Reitoria, até o mês de março de cada ano, sugestão para elaboração
do orçamento geral da UFRR;
 aprovar a programação anual dos trabalhos da unidade;
 deliberar, para posterior encaminhamento ao CEPE, sobre propostas de criação de
novos cursos, departamentos e coordenações, bem como sobre a alteração da
constituição dos já existentes, no âmbito da própria unidade;
 supervisionar as eleições no âmbito da própria unidade;
 exercer outras atribuições que forem fixadas no estatuto, neste regimento e em seu
próprio regimento.

Direção do Centro, Instituto e Nùcleo Acadêmico

A direção da unidade será exercida por um docente efetivo da UFRR, lotado na respectiva
unidade, eleito pelos pares.
O diretor da unidade será eleito para mandato de 04 (quatro) anos, permitida uma
recondução.

77
__________________________________________________________________________

Os diretores da unidade terão as seguintes atribuições:


 administrar e representar a unidade em todos os assuntos de sua competência,
dentro e fora da UFRR;
 convocar e presidir as reuniões do respectivo conselho da unidade;
 cumprir e fazer cumprir as deliberações do conselho da unidade e dos órgãos da
administração superior da universidade;
 cumprir e fazer cumprir as disposições do estatuto da UFRR, deste regimento geral
e do regimento da unidade;
 submeter ao conselho da unidade os assuntos de interesses administrativos e
acadêmicos, que não sejam de sua competência;
 supervisionar a fiel execução das atividades acadêmicas e a assiduidade do pessoal
vinculado a unidade;
 exercer a administração e o poder disciplinar do pessoal que lhe esteja subordinado
e dos alunos, mediante a instauração de comissões de sindicância, quando tiver
ciência de irregularidade;
 encaminhar ao reitor, para nomeação, os nomes escolhidos e/ou eleitos dos chefes
de departamentos e coordenadores de cursos vinculados a respectiva unidade;
 expedir portarias, ordens de serviço e avisos, no âmbito de sua competência;
 responsabilizar-se e zelar pela guarda e conservação dos bens e instalações da
unidade;
 constituir comissões para estudos de assuntos ou grupos de trabalho para execução
de projetos específicos;
 adotar ad referendum do conselho da unidade, medidas de urgência que se
imponham, submetendo-as à ratificação na primeira reunião que ocorrer;
 organizar a escala de férias do pessoal que lhe esteja subordinado de modo a
assegurar o funcionamento ininterrupto da unidade;
 assegurar o bom desempenho das atividades no âmbito da unidade;
 submeter, anualmente, no primeiro trimestre, ao reitor, relatório circunstanciado dos
trabalhos desenvolvidos na unidade, referente ao ano anterior, após a aprovação
pelo conselho da unidade, com a sugestão de providências para maior eficiência das
atividades.
 promover a divulgação das atividades da unidade;
 resolver casos omissos do regimento da unidade ad referendum do conselho da
unidade.
78
__________________________________________________________________________

 desempenhar outras funções inerentes ao cargo, de acordo com o disposto neste


regimento geral e no regimento da unidade.

Verificada a vacância ou o impedimento do diretor, o reitor, ouvido o conselho de centro ou


instituto, designará diretor pro tempore para a realização de nova eleição ou até que cesse
o impedimento.

Departamentos e Coordenações de Curso de Graduação

Departamentos Acadêmicos
Os departamentos são órgãos executivos que aglutinam docentes de uma determinada área
de conhecimento e técnicos-administrativos, e serão dirigidos por um chefe eleito pelos
pares e nomeado pelo reitor.
Os departamentos serão vinculados diretamente a, pelo menos, um curso de graduação de
uma determinada unidade e funcionarão de acordo com regimento próprio.
O departamento é a primeira instância de deliberação em matéria didático-científica e
administrativa no âmbito de sua atuação.
O colegiado do departamento é composto por:
 Docentes lotados no departamento;
 Um representante discente do curso ao qual o departamento está vinculado;
 Um representante técnico-administrativo lotado no departamento.

Compete ao colegiado do departamento:


 elaborar os planos de trabalho do departamento, atribuindo encargos de ensino,
pesquisa e extensão aos docentes neles lotados, em consonância com o Plano de
Desenvolvimento Institucional e o Planejamento Anual do Centro ou instituto;
 adotar ou sugerir, quando for o caso, providências para viabilizar a realização das
atividades acadêmico-administrativas;
 aprovar os projetos de pesquisa, cursos de pós-graduação e atividades de extensão
em seu âmbito de atuação;
 adotar providências para o aperfeiçoamento do seu pessoal docente e técnico-
administrativo;

79
__________________________________________________________________________

 deliberar sobre o afastamento temporário e a mudança do regime de trabalho do


pessoal docente ou técnico administrativo que lhe seja vinculado, ouvido o conselho
de curso;
 distribuir a carga horária de seu pessoal docente nas atividades de ensino, pesquisa e
extensão, ouvido o conselho de curso;
 apresentar ao conselho de centro projetos que propiciem o desenvolvimento da
universidade e o melhor atendimento à comunidade acadêmica e a toda sociedade;
 exercer as atribuições previstas no estatuto, no regimento geral e no seu próprio
regimento;
 propor ao reitor, por iniciativa de pelo menos 2/3 (dois terços) dos conselheiros, com a
necessária justificativa, o afastamento ou destituição dos chefe de departamento e
dos coordenadores de curso;
 aprovar o plano semestral de trabalho e relatório anual de atividades dos docentes.

A chefia de departamento é exercida por um docente efetivo da UFRR, lotado na respectiva


unidade, eleito para um mandato de 02 (dois) anos.

Compete ao chefe de departamento:


 representar o departamento no conselho de Centro, na qualidade de membro nato,
bem como nos demais setores da UFRR;
 supervisionar as atividades do pessoal docente e técnico-administrativo, que lhe
esteja vinculado, particularmente quanto à freqüência e à assiduidade, respondendo
pelo desempenho global no âmbito do departamento;
 dirigir e supervisionar as atividades do departamento e suas dependências;
 exercer ação disciplinar no âmbito do departamento, instaurando sindicâncias
quando tiver ciência de irregularidade;
 decidir, em primeira instância, as questões suscitadas pelo corpo docente e
administrativo;
 elaborar os planos de trabalho do departamento, atribuindo encargos de ensino,
pesquisa e extensão aos docentes neles lotados;
 coordenar a utilização dos equipamentos e instalações sob responsabilidade do
departamento;
 convocar formalmente e presidir as reuniões do departamento;

80
__________________________________________________________________________

 encaminhar ao diretor da unidade o relatório de atividades do departamento,


previamente aprovado pelo colegiado do departamento, ao final de cada ano.
 cumprir e fazer cumprir as disposições do estatuto e dos regimentos geral e próprio,
bem como as decisões dos órgãos deliberativos da UFRR.
 Verificada a vacância ou impedimento do chefe, o reitor, ouvido o colegiado do
departamento, designará chefe pro tempore para realização de nova eleição ou até
que cesse o impedimento.

Coordenação dos Cursos de Graduação

A coordenação de curso de graduação, órgão executivo, responsável pelas atividades


didáticas e pedagógicas de um determinado curso de graduação vinculado a uma unidade, é
dirigida por um coordenador eleito pela comunidade acadêmica do curso e nomeado pelo
reitor, para um mandato de 02 (dois) anos.
Compete ao coordenador de curso de graduação:
 coordenar e supervisionar todas as atividades didático pedagógicas do curso;
 seguir as orientações e determinações do conselho de curso;
 requerer ao órgão administrativo competente a compra de materiais didáticos e
organizar sua guarda e uso efetivo;
 convocar as reuniões ordinárias e extraordinárias do conselho de curso;
 acompanhar o desempenho acadêmico dos alunos do curso;
 apresentar proposta de oferta de disciplinas, tema contextual, módulos ou módulos
ao conselho de curso, ouvido o departamento interessado;
 encaminhar ao setor de registro e controle acadêmicos, após aprovação do conselho
de curso, a oferta de disciplina ou módulos.
 presidir o conselho de curso;
 representar a Coordenação do curso no conselho de Centro, na qualidade de
membro nato, bem como nos demais setores da UFRR;

As atribuições dos coordenadores de curso contemplarão as atribuições dos chefes de


departamento quando o curso se organizar apenas na forma de coordenação.

81
__________________________________________________________________________

Conselho de Curso

O conselho de curso é o órgão deliberativo e normativo, vinculado a unidade, responsável


pelo funcionamento de cursos de graduação, bem como seu desenvolvimento e avaliação
permanente.
O conselho de curso de Graduação será composto:
 pelo coordenador do curso, seu Presidente;
 pelos chefes dos departamentos que compõem o curso;
 por docentes, discentes e técnico administrativo, a critério de cada curso.

O conselho de curso de graduação funcionará obedecendo os seguintes critérios:


 as datas das reuniões ordinárias serão fixadas em calendário anual proposto pelo
coordenador do curso e aprovado pelo conselho de curso;
 as reuniões extraordinárias podem ser convocadas por iniciativa do coordenador do
curso ou por iniciativa de 30% (trinta por cento) dos membros do conselho, com 48
(quarenta e oito) horas de antecedência;
 O conselho reunir-se-á com a presença da maioria simples dos seus membros e
decidirá por maioria simples de votos.
 a pauta das reuniões será elaborada pelo coordenador e entregue junto com a
convocação;
 as deliberações envolvendo mudanças no projeto pedagógico ou ações disciplinares
afetando docentes ou discentes do curso, obedecerão a um quorum com a presença
de 60% dos membros do conselho;
 o comparecimento às reuniões é obrigatório e terá caráter prioritário sobre outras
atividades no âmbito do curso, cabendo ao coordenador comunicar ao chefe do
departamento das faltas ocorridas, tendo em vista o disposto no inciso II do art. 12;
 o coordenador terá somente o voto de qualidade.

Das decisões do conselho de curso caberá recurso ao conselho da unidade.

Compete ao conselho de curso de Graduação:


 elaborar, aprovar e desenvolver o projeto pedagógico do curso, com base na
legislação vigente, no Projeto Político Pedagógico da Universidade, no perfil do

82
__________________________________________________________________________

profissional desejado, nas características e necessidades da área de conhecimento,


do mercado de trabalho e da sociedade;
 acompanhar e avaliar o curso para, a partir dos resultados, propor e executar ações
que propiciem a melhoria qualitativa;
 promover a integração docente-discente, a interdisciplinaridade e a compatibilização
da ação docente com os planos de ensino, com vistas à formação prevista no projeto
pedagógico;
 adotar e sugerir providências para melhoria do nível de ensino do curso;
 deliberar sobre aproveitamento de disciplinas;
 deliberar, em primeira instância, sobre contratação de professores para o curso,
indicando as áreas de demanda;
 sugerir ao conselho da unidade, os nomes dos membros das bancas examinadoras
de concurso público para contratação de professores para o curso;
 elaborar seu regimento, submetendo-o à apreciação do conselho da unidade e ao
CUni.

Escolas e Colégio de Ensino Básico e Profissionalizante

A composição, a estrutura e a competência do conselho e da direção das escolas e colégio


serão definidas em regimento próprio, aprovado pelo CUni, ouvido o CEPE.

Órgãos Suplementares

Para a execução de atividades de apoio didático, científico, administrativo e tecnológico a


mais de um departamento, centro, instituto, núcleo acadêmico ou a toda a UFRR, contará
com tantas unidades quantas se fizerem necessárias.

Organização Didático-Científica

Ensino

A UFRR ministrará o ensino nas modalidades descritas no artigo 36 do estatuto da UFRR.

Os cursos serão regulamentados em diplomas normativos próprios aprovados pelo CEPE ou


suas câmaras setoriais, observada a competência.

83
__________________________________________________________________________

O acesso aos cursos oferecidos pela UFRR se dará em igualdade de condições, mediante
processo seletivo, ressalvadas as formas de ingresso específicas regulamentadas pelo
CEPE, excetuando-se os cursos de extensão devido a suas próprias características.

O CUni decidirá sobre a criação, extinção, incorporação ou modificação de cursos, à vista de


planos aprovados pelo CEPE.

Ensino de Graduação

O ato de criação de um curso implicará em autorização para o funcionamento, cabendo à


Coordenação do curso e à Pró-Reitoria de Graduação adotar as medidas necessárias para o
reconhecimento pelo Ministério da Educação.
Os cursos de graduação da UFRR poderão adotar sistemas curriculares diferenciados desde
que contemplados no projeto político-pedagógico aprovado pelo CEPE.

O Regimento Interno também trata das formas de ingresso de discentes na UFRR, matrícula,
oferta de disciplinas, rendimento escolar, entre outros.

Caso tenha interesse no conteúdo completo do regimento, basta consulta a Resolução nº


006/2007-CUNI.

Plano de Desenvolvimento Institucional

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) é um instrumento de gestão do ensino


superior que norteia a UFRR para uma visão holística de médio prazo, e seu foco se
fundamenta em processos principais, e na mensuração do desempenho institucional para o
controle social.

A RESOLUÇÃO CUNI/UFRR N° 049, de 30 de dezembro de 2021, aprovou o PDI para os


anos de 2021 a 2025, representando as diretrizes e o planejamento da Universidade Federal
de Roraima (UFRR), servindo de fundamento para as suas principais ações.

84
__________________________________________________________________________

O PDI, a fim de manter o legado das suas versões anteriores, conciliando com o
desenvolvido da instituição, utiliza-se de seus antecessores como base para sua elaboração.
O plano está estruturado conforme o Decreto nº 9.235/2017 e seus elementos:
❖ Perfil Institucional da UFRR, seu histórico, missão, visão de futuro e valores;
❖ Projeto Pedagógico Institucional (PPI), documento que norteia as práticas
institucionais na área acadêmica e o seu compromisso com as questões sociais,
incluindo os princípios que norteiam as práticas acadêmicas e as políticas da UFRR;
❖ Descrição da Organização Didático-Pedagógica da UFRR quanto à Graduação
e PósGraduação, a Educação Básica e Profissional, e a Educação à Distância, além
do seu cronograma de expansão;
❖ Governança, contemplando assuntos relacionados aos processos de gestão
institucional, integridade, autoavaliação, transparência, comunicação com a
sociedade, gestão de pessoas, infraestrutura e capacidade e sustentabilidade
financeiras;
❖ E em seu Anexo I apresenta os objetivos, projetos e indicadores de 8 (oito)
áreas temáticas: Ensino; Pesquisa e Pós-Graduação; Extensão e Assistência
Estudantil; Pessoas e Ambiência no Trabalho; Infraestrutura; Administração;
Planejamento, e Gestão e Desenvolvimento Institucional.

Clique aqui para acesso a mais informações sobre o PDI 2021-2025!

85
__________________________________________________________________________

Plano de Desenvolvimento de Pessoas

O Plano de Desenvolvimento de Pessoas (PDP) é um instrumento da Política Nacional de


Desenvolvimento de Pessoas (PNDP) estabelecido pelo Decreto nº 9.991, de 28 de agosto
de 2019.

Elaborado anualmente, o PDP deve ser aprovado pela autoridade máxima do órgão e
posteriormente enviado ao Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal (SIPEC) em
agosto.

Na UFRR, o PDP é elaborado pela Coordenação de Capacitação do Servidor (CAPS), com


base, principalmente, nos planejamentos estratégicos institucionais, indicadores
institucionais internos e externos, recomendações dos órgãos de controle, análise de
necessidades apontadas pelos setores da instituição em vários momentos, missão e
princípios institucionais.

Clique aqui para acesso a mais informações sobre o PDP 2023!

Capacitação de Servidores

Além dos afastamentos para participação em Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu e


da Licença para Capacitação, a UFRR promove diversas ações de desenvolvimento para
seus servidores, sendo que entre as principais ações estão a realização dos eventos
internos de capacitação e custeio de despesas em eventos externos de capacitação.

86
__________________________________________________________________________

Eventos internos de capacitação

Abrange as capacitações realizadas diretamente pela Coordenação de Capacitação do


Servidor (CAPS), que estejam em consonância com as orientações contidas no PDP.

Eventos externos de capacitação

Alternativa a ser adotada para as necessidades e/ou oportunidades de capacitação


nacionais e internacionais, contemplando as capacitações específicas promovidas pelas
escolas de governo, universidades e afins. Contempla a participação de servidores em
eventos externos a fim de atender demandas específicas do cargo, função ou setor de
lotação.

Procedimentos para custeio da participação em eventos externos de capacitação

A iniciativa para a participação em eventos externos de capacitação se dará a partir de


requerimento do servidor, ou com a anuência deste, quando se tratar de afastamento por
interesse da Instituição, devendo, obrigatoriamente, estar comprovada a correlação entre o
evento de capacitação e as atribuições do cargo ou atividades exercidas pelo servidor,
mediante manifestação da chefia imediata quanto à justificativa pela necessidade da
capacitação. Para solicitação do custeio da participação em eventos externos de
capacitação, os servidores devem observar o seguinte:

Servidores Técnicos Administrativos:


As solicitações são centralizadas na CAPS e devem ser feitas de acordo com Portaria
Normativa expedida pela PROGESP e amplamente divulgada para os técnicos
administrativos.

Servidores Docentes:
Tendo em vista a desconcentração de recursos na UFRR e a autonomia dos
centros/institutos/coordenações de curso, o custeio da participação em eventos externos de
capacitação por parte dos docentes será efetivado pelas unidades nas quais os servidores
docentes estiverem lotados, obedecendo aos critérios/normas instituídas internamente.
87
__________________________________________________________________________

Qualidade de Vida dos Servidores

Na UFRR existe um setor específico responsável pelas ações relacionadas à qualidade de


vida e bem estar dos seus servidores, a Coordenação de Atenção à Qualidade de Vida do
Servidor (CAQVS), sendo uma das principais ações, a manutenção da Academia dos
Servidores da UFRR, onde ocorrem atividades físicas, aulas de dança, artes marciais, entre
outras.

Outra forma de promover a qualidade de vida dos servidores, a UFRR oferece diversos
serviços de saúde, inclusive aos dependentes, alunos e o público externo. Na Unidade de
Saúde são ofertados pela equipe multiprofissional, atendimento e consultas com
profissionais da enfermagem, serviço social, psicologia, nutrição, odontologia, ao passo que
das especialidades médicas têm-se cardiologia, pediatria e clínica médica.

SIASS
Dividido em dois módulos (Perícia Oficial e Promoção à Saúde), o Subsistema Integrado de
Atenção à Saúde do Servidor (SIASS), ora realiza avaliações técnicas de questões
relacionadas à saúde e à capacidade laboral, por equipe de profissionais (médico e/ou
cirurgião-dentista) formalmente designados, ao mesmo tempo em que constrói um conjunto
de ações dirigidas à saúde do servidor, com vistas ao desenvolvimento de práticas de
gestão, de atitudes e de comportamentos que contribuam para a proteção da saúde no
âmbito individual e coletivo.

É muito importante que todos os servidores conheçam a Cartilha do SIASS, que contém
todas as informações referentes às licenças relacionadas a saúde do servidor.

Clique aqui para acesso à Cartilha do SIASS na íntegra!

88
__________________________________________________________________________

Orçamento da UFRR

Para entendermos um pouco sobre o orçamento da UFRR, veremos aqui a proposta


orçamentária de 2023.

A Proposta Orçamentária da Universidade Federal de Roraima (UFRR), para o exercício


financeiro de 2023, no montante de R$ 260.375.583,00 (duzentos e sessenta milhões
trezentos e setenta e cinco mil quinhentos e oitenta e três reais), foi aprovada pelo Conselho
Universitário por meio da Resolução CUNI/UFRR Nº 073, de 08 de fevereiro de 2023.

O orçamento geral destinado à UFRR é alocado em ações orçamentárias previamente


definidas no Projeto de Lei Orçamentária Anual da União (PLOA-2023), podendo sofrer
alterações durante sua execução.

As dotações discricionárias são distribuídas internamente em orçamentos temáticos e parte


dos recursos de custeio e de capital, recebidos pela Unidade Gestora, são descentralizados
aos Centros de Custos por meio de matrizes próprias que terão a responsabilidade de gerir
e executar o orçamento recebido, onde entende-se por:

⮚ Unidade Gestora: unidade orçamentária ou administrativa investida do poder de


gerir recursos orçamentários e financeiros, próprios ou sob descentralização;

⮚ Centros de Custos: unidade vinculada à UFRR, que tem por responsabilidade a


realização total ou parcial de ações de governo, propostas pelo Ministério da Educação
(MEC).

Essa descentralização pode ser revista pela Administração Superior da UFRR, caso haja
suplementações, contingenciamentos, bloqueios do orçamento e/ou despesas que prevejam
valor maior/menor de crédito ou limite orçamentário para a UFRR.

De acordo com o Plano de Distribuição do Orçamento da UFRR para 2023, temos o


seguinte:

89
__________________________________________________________________________

Ações Valor

4572 - Capacitação de servidores públicos federais em processo de qualificação e requalificação R$ 100.000,00

20RI - Funcionamento das instituições federais de educação básica R$ 340.497,00

20RL - Funcionamento das instituições federais de educação profissional R$ 1.392.303,00

2994 - Assistência aos estudantes das instituições federais de educação profissional R$ 501.497,00

20GK - Fomento às ações de graduação, pós-graduação, ensino, pesquisa e extensão R$ 1.879.725,00

20RK - Funcionamento de instituições federais de ensino superior R$ 20.699.898,00

8282 - Reestruturação e Modernização das Instituições Federais de Ensino Superior R$ 5.891.556,00

216H - Ajuda de Custo para Moradia ou Auxílio-Moradia a Agentes Públicos R$ 26.528,00

4002 - Assistência ao estudante de ensino superior R$ 5.500.929,00

00PW - Contribuições a entidades nacionais R$ 80.000,00

00OQ - Contribuições a entidades internacionais R$ 20.000,00

Total - Orçamento Discricionário R$ 36.432.933,00

2004 - Assistência Médica e Odontológica aos Servidores Civis, Empregados, Militares e seus Dependentes R$ 1.726.356,00

20TP - Ativos Civis da União R$ 149.844.555,00

212B - Benefícios Obrigatórios aos Servidores Civis, Empregados,Militares e seus Dependentes R$ 8.073.767,00

0181 - Aposentadorias e Pensões Civis da União R$ 31.301.231,00

00S6 - Benefício Especial e Demais Complementações de Aposentadorias R$ 13.000,00

Total - Orçamento Obrigatório R$ 190.958.909,00

09HB - Contribuição da União, de suas Autarquias e Fundações para o Custeio do Regime de Previdência R$ 32.983.741,00
dos Servidores Públicos Federais

Total - Orçamento Financeiro R$ 32.983.741,00

TOTAL GERAL R$ 260.375.583,00

Fonte: Anexo I da Resolução CUNI/UFRR Nº 073, de 08 de fevereiro de 2023..

Clique aqui e veja a CUNI/UFRR Nº 073, de 08 de fevereiro de 2023 na íntegra!

90
__________________________________________________________________________

Já que estamos falando de orçamento público, é necessário que entendamos o estágio da


despesa pública, onde temos o seguinte:
➔ Orçamento público: é o instrumento de planejamento que detalha a previsão
dos recursos a serem arrecadados (impostos e outras receitas estimadas) e a
destinação desses recursos (ou seja, em quais despesas esses recursos serão
utilizados) a cada ano;
➔ Empenho: é a etapa em que o governo reserva o dinheiro que será pago
quando o bem for entregue ou o serviço concluído. Isso ajuda o governo a organizar
os gastos pelas diferentes áreas do governo, evitando que se gaste mais do que foi
planejado.
➔ Liquidação: é quando se verifica que o governo recebeu aquilo que comprou.
Ou seja, quando se confere que o bem foi entregue corretamente ou que a etapa da
obra foi concluída como acordado.
➔ Pagamento: se estiver tudo certo com as fases anteriores, o governo pode
fazer o pagamento, repassando o valor ao vendedor ou prestador de serviço
contratado.

91
__________________________________________________________________________

HISTÓRIA DA UFRR

Para entendermos um pouco da história da UFRR, transcreveremos aqui partes do livro e-


book intitulado “30 ANOS UNIDOS PELA DIVERSIDADE 1989-2019: mudando vidas,
construindo Conhecimento”, organizado pelos servidores: Vângela Maria Isidoro de
Morais; Júlia Faria Camargo; Inez de Fátima Brandão; Antônio Aparecido Giocondi;
Reginaldo Gomes de Oliveira; Luan Correia Cunha Santos.

Clique aqui caso queira acessar o conteúdo integral do livro!

“…

Parte do grupo dos 124 fundadores da UFRR, sendo 59


técnicos administrativos, 51 professores e 14
colaboradores.

Marinete, um símbolo dos percursos nos anos iniciais da UFRR.

92
__________________________________________________________________________

A Universidade Federal de Roraima (UFRR) foi idealizada no trânsito de importantes


mudanças históricas da sociedade brasileira: o período de redemocratização política no país
e a transformação de Roraima da sua condição de Território para Estado com a atual
Constituição Federal. Mas neste cenário, o Brasil vivia também um dos piores momentos
econômicos. Nascer institucionalmente no fim da década de oitenta não foi uma tarefa fácil.

A UFRR, precursora na oferta de ensino superior em Roraima, nasceu artesanalmente. De


fisionomia pública, a Universidade quebra a lógica e se instala pela coragem e determinação
de um grupo formado por seu fundador, o reitor pro tempore José Hamilton Gondim Silva, e
pelos primeiros servidores que enfrentaram a tarefa de iniciar a vida institucional.

No início, a UFRR foi uma porção de documentos transportada numa pasta de mão. Sem
estrutura física, a Universidade começou suas atividades na garagem da Delegacia do
Ministério da Educação (prédio da extinta Demec). Com a cessão de um terreno e três
pavilhões inacabados, onde hoje se encontra o Campus Paricarana, na capital Boa Vista, a
UFRR, instalada inicialmente no Bloco I, irrompe, improvisa, cresce, se desenvolve e
consolida sua presença na região amazônica do Brasil nesses mais de 30 anos de história.

1989 – 1993

________________________________________________
O nome dado ao primeiro campus indica as
dificuldades de partida. Paricarana é uma árvore
nativa – Baudichia virgilloide Agardh – conhecida por
ser muito resistente. A inspiração foi necessária para
vencer o cenário adverso de implantação da
Universidade. Sem infraestrutura, o Campus
Paricarana alagava no inverno e era tomado pela
poeira no verão. O bloco I abrigou as primeiras
atividades, mas não oferecia instalações adequadas.
As aulas eram ministradas em cartolinas, os alunos chegaram a se sentar no chão. Sem ventiladores,
livros e laboratórios, essas ausências foram sofridas também pelos primeiros servidores que ficaram
por mais de quatro meses sem receber salários, pelo fato de a UFRR não dispor de orçamento
próprio no contexto de sua implantação.

93
__________________________________________________________________________

________________________________________________
Outra árvore virou referência na memória dos pioneiros da
UFRR, o cajueiro. Como a maioria dos professores veio de
outros estados brasileiros, os desafios dos primeiros meses
se tornaram mais grave pela falta de acomodação
apropriada. Dormindo no alojamento do ginásio de esportes
Hélio Campos, os professores percorriam a pé a longa
distância até o trabalho e permaneciam na UFRR o dia
inteiro. Na paisagem do lavrado, os cajueiros forneciam a
sombra para minimizar o calor e o alimento em tempos de
safra.

Os primeiros cursos oferecidos pela UFRR no ano de sua


criação, em 1989, foram: Licenciaturas Plena em História,
Matemática, Letras, e os Bacharelados em Administração,
Economia e Contabilidade.

Nos idos dos anos 1990, a expansão da estrutura física se


deu por estratégias não convencionais. Um dos blocos na
área do campus Paricarana estava destinado a ser uma
secretaria de estado. A comunidade acadêmica reagiu ao
déficit de espaço ocupando o bloco III. Esta ação, pelo
contexto conflitivo do período no cenário internacional, fez
com que o bloco passasse a ser popularmente conhecido
como Kuwait.

94
__________________________________________________________________________

Em 1991 teve início a interiorização da UFRR. Esse


processo levou o ensino superior, por meio dos cursos de
licenciaturas, a todos os municípios de Roraima. O
programa contou com as parcerias das prefeituras e o
deslocamento dos professores nos finais de semana por
precárias estradas. Em dados de 1995, haviam 18 cursos
de licenciatura plena em funcionamento e 800 alunos no
interior.

A UFRR criou em 1993 uma ampla Campanha de


Alfabetização para a Cidadania. O programa de
alfabetização de jovens e adultos corrigiu deficiências com
o letramento e tinha o objetivo maior de “ensinar a pensar”.
A universidade, compreendida em seu contexto social,
estendia para grande camada da população de Roraima as
possibilidades de acesso futuro ao ensino superior.

1994 a 1999

Vários professores cubanos, na qualidade de visitantes,


além de auxiliarem na instalação e consolidação de outros
cursos de graduação da UFRR, emprestaram know-how e
especial apoio à Campanha de Alfabetização para a
Cidadania. Com a adesão e colaboração de diversos
segmentos sociais, em 1994, a campanha se estendia por
28 bairros de Boa Vista, 41 localidades do interior, com
mais de 4 mil alunos matriculados.

95
__________________________________________________________________________

As raízes da Universidade se espalharam em outros campos


da educação. A UFRR já havia recebido, em 1993, por
doação do governo estadual, a Escola Agrotécnica de
Roraima. No ano de 1994, a Universidade criava o “Espaço
da Criança”, uma creche que foi o embrião de outra grande
conquista, a Escola de Aplicação. Criada em 1995, a escola
que hoje é denominada Colégio de Aplicação (CAp) passou
por várias fases, funcionou no bloco 1, foi transferida para
um prédio construído e mantido pelo Governo do Estado, e
se consolidou como instituição federal em 2002, servindo
ainda de laboratório para as práticas pedagógicas dos cursos de licenciatura da UFRR.
Na atualidade, o CAp faz parte do Centro de Educação (CEDUC), oferta o ensino fundamental I e II e o ensino
médio, com 480 alunos matriculados. A estimativa é de que 2.500 alunos já passaram pelo CAp em sua história,
consolidando assim, pela qualidade alcançada, um espaço de referência no cenário educacional de Roraima.

2000 a 2004

A sede administrativa da UFRR quando do seu funcionamento na


Av. Ville Roy, Bairro São Pedro, em virtude de reformas na parte
física do bloco II, em 2003.

Algumas ações de reestruturação da UFRR demonstram os desafios


institucionais no início do século XXI. A perfuração do poço para a construção
do castelo d’água no Campus Paricarana, a edificação do Parlatório como
espaço de eventos para a comunidade acadêmica, a criação de um novo
espaço para a biblioteca central e o pórtico da UFRR são alguns exemplos.

96
__________________________________________________________________________

A Universidade Federal de Roraima é pioneira, dentre as


instituições federais de ensino superior no Brasil, na implantação
do curso de graduação de formação indígena. O Núcleo Insikiran
de Formação Superior Indígena foi criado pela Resolução
015/2001 do Conselho Universitário no dia 19 de dezembro de
2001.

_____________________________________________________
No dia 17 de junho de 2002 foi criada a Fundação Ajuri de Apoio
ao Desenvolvimento da Universidade Federal de Roraima. O nome
de origem indígena “ajuri” significa mutirão, trabalho em comum.
As fundações atuam como suporte administrativo e financeiro, no
apoio à realização de projetos de ensino, pesquisa e extensão, por
meio da captação e gerenciamento de recursos.
A Fundação Ajuri é pessoa jurídica de direito privado, sem fins
lucrativos, com autonomia administrativa e financeira. O apoio às
atividades da UFRR se ampara no objetivo de promover o
desenvolvimento técnico e científico da região amazônica, em
especial do estado de Roraima, visando a qualidade de vida da
população, inserida em um contexto de um ambiente ecologicamente equilibrado e identificado com os valores
histórico-culturais da região.

2005-2009

Nesse período, a UFRR conquistou outro importante papel na


história universitária, a aprovação e implantação de programas de
pós-graduação stricto sensu, favorecendo a pesquisa científica
e o aprofundamento do saber.
O primeiro curso de mestrado da UFRR foi o de Recursos Naturais,
criado em 2004 e referendado em 2005, por meio da Resolução
005/05 que aprovou o Projeto Pedagógico do Programa de Pós-
Graduação em Recursos Naturais (Pronat). Os demais cursos
vieram na sequência: Programa
de Pós-Graduação em Química, Física, Agronomia, Letras e
Geociências.

97
__________________________________________________________________________

Um dos primeiros atos para a conquista do Campus Murupu,


localizado à margem da BR-174, a 37 km de Boa Vista, foi a
cessão pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária (Incra) do direito de uso e a posse provisória dos
bens móveis e imóveis da antiga Fazenda Bamerindus em
2008. Com a conclusão das primeiras obras de reforma, o
Campus Murupu foi inaugurado em março de 2009 e passou
a abrigar a Escola Agrotécnica de Roraima (Eagro) que
desde 1993 havia sido doada pelo estado à UFRR.

2010 a 2014

A concessão de uma emissora de rádio para a Universidade foi um


anseio da comunidade acadêmica, desde os seus primórdios. Na
segunda metade da década de 1990, o professor Alexandre
Borges e seus alunos do curso de Comunicação Social chegaram
a operar temporariamente uma rádio livre. Muitas outras práticas
laboratoriais de radiojornalismo foram feitas em parcerias com
outras emissoras, a exemplo, principalmente, da Rádio Roraima.
Assim, restava caracterizada naquela circunstância necessidade
de se ter um canal de comunicação que servisse tanto como
laboratório quanto como canal de comunicação da Universidade
com a sociedade. Depois de um longo processo de solicitação, a UFRR passou a contar, em 2011, com a
Rádio Universitária FM 95,9, afiliada à Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e a Radioagência Nacional.
Com finalidade exclusivamente educativa, a Rádio Universitária compõe a estrutura de comunicação da UFRR,
juntamente com a TV Universitária e a Coordenadoria de Comunicação (Coordcom).

A UFRR desenvolveu nesse período um amplo programa de


assistência estudantil com o objetivo de combater a evasão e a
retenção dos discentes e melhorar o desempenho acadêmico nos
cursos de graduação. A Universidade, por meio de diversas
vinculações a programas assistenciais, ampliou ações de
alimentação, moradia, assistência à saúde, acessibilidade e apoio
pedagógico aos discentes. Em 2012, com recursos próprio e do
Programa Nacional de Assistência Estudantil (PNAES), vários
auxílios foram incorporados ou fortalecidos, a exemplo do vale
alimentação (restaurante universitário), vale transporte, vale
reprografia, vale moradia, vale refeição (complementação para alunos nas residências universitárias), vale pró-
atleta, vale pró-cultura e auxílio pró-ciência. Além disso, a assistência estudantil abrange o programa de bolsas

98
__________________________________________________________________________

que atende a diferentes perfis acadêmicos, tais como bolsas proacadêmico, proqualifica, incluir e permanência.
Assim, no âmbito da UFRR, a assistência estudantil demanda uma política de continuidade e de
aprimoramento dessas ações.

Criada em 2009, a Coordenadoria de Relações Internacionais


(Crint/UFRR) expandiu nos anos consecutivos as suas ações de
promoção e formação de redes de internacionalização nos âmbitos
do ensino, pesquisa e extensão.
São destaques desse quinquênio a intensificação da participação da
Universidade no cenário internacional, por meio da celebração de
convênios com instituições estrangeiras de ensino, visando, dentre
outras razões, o aumento expressivo da mobilidade acadêmica,
proporcionando a vários alunos da UFRR e a estudantes estrangeiros,
a oportunidade de vivenciar uma experiência internacional. As ações
de mobilidade da Crint também passaram a contemplar servidores da Instituição, possibilitando qualificação
aos docentes e técnicos administrativos.

Com a ampliação do ingresso de novos alunos, a criação de


novos cursos de graduação e pós-graduação, o
desenvolvimento nas pesquisas e o crescimento do quadro de
novos servidores docentes e técnico-administrativos, houve
consequentemente a necessidade de se realizar um grande
investimento em infraestrutura física nos três campi, além da
aquisição de equipamentos e mobiliários. Outros investimentos
se voltaram para atender às demandas de expansão e
consolidação da rede de gerenciamento de dados e internet na
UFRR. Foi nesse período que a UFRR comprou o Sistema
Integrado de Gestão (SIG).

2015 a 2019

As aulas magnas da UFRR têm se constituído um momento


especial de integração com a comunidade interna e externa e
uma oportunidade de apresentação de temas importantes para o
campo do saber. Exemplo disso foi a cerimônia de abertura do
semestre no dia 16 de maio de 2016 com a aula proferida pelo
escritor e líder indígena Davi Kopenawa Yanomami, no Centro
Amazônico de Fronteira (CAF), com a presença de cerca de 1200

99
__________________________________________________________________________

pessoas. A aula teve por tema “Os xapiri e a ciência da floresta”.


Os xapiri são seres especiais na cosmologia Yanomami, espíritos que se comunicam com os habitantes da
floresta, que orientam a vida social e a relação com a natureza. Para a aula, o escritor indígena se baseou no
conteúdo do seu livro “A Queda do Céu” que trata de xamanismo, política cosmológica e interétnica. Sua
participação na abertura do semestre numa instituição de ensino superior além de inédita significa a
valorização da Universidade como campo de saberes amazônicos.

O Centro de Referência ao Refugiado e Imigrante (CRI)


funciona no Campus Paricarana da UFRR, desde abril de 2018.
Foi mais que uma parceria, mas uma atitude corajosa entre UFRR
e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados
(Acnur). O objetivo do centro é de oferecer serviços relacionados
à documentação, assistência social, jurídica, preparação de
currículos, aulas de português, inclusão digital e participação em
diversas atividades culturais e educativas oferecidas por projetos
de extensão da UFRR. Em 2019, a Universidade abriu vagas no
processo seletivo do vestibular exclusivas para imigrantes e
refugiados.
Este contexto, especialmente destacado pela presença dos imigrantes venezuelanos, permite à UFRR
desenvolver um importante papel sócio educacional como instituição situada em cenário de fronteiras com
outros países, ao mesmo tempo em que a Universidade tem a oportunidade de realizar várias atividades
acadêmicas sobre o fenômeno migratório na esfera do ensino, pesquisa e extensão.

...”

100
__________________________________________________________________________

Reitores da UFRR

Aqui estão os Reitores que representaram a UFRR e seus respectivos mandatos:

101
__________________________________________________________________________

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Dispõe sobre o regime jurídico dos
servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 12 de dezembro de 1990.

BRASIL. Lei nº 11.091, de 12 de janeiro de 2005. Dispõe sobre a estruturação do plano de


carreira dos cargos técnico-administrativos em educação, no âmbito das instituições federais
de ensino vinculadas ao ministério da educação, e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, DF, 13 de janeiro de 2005, p.1.

BRASIL. Lei nº 12.772, de 28 de dezembro de 2012. Dispõe sobre a estruturação do Plano


de Carreiras e Cargos de Magistério Federal; sobre a Carreira do Magistério Superior, de
que trata a Lei nº 7.596, de 10 de abril de 1987; sobre o Plano de Carreira e Cargos de
Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico e sobre o Plano de Carreiras de
Magistério do Ensino Básico Federal, de que trata a Lei nº 11.784, de 22 de setembro de
2008. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 31 de dezembro de 2012. P. 1.

BRASIL. Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994. Aprova o Código de Ética Profissional do


Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 de
junho de 1994.

BRASIL. Decreto nº 9.991, de 28 de agosto de 2019. Dispõe sobre a Política Nacional de


Desenvolvimento de Pessoas da administração pública federal direta, autárquica e
fundacional, e regulamenta dispositivos da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, quanto
a licenças e afastamentos para ações de desenvolvimento. Diário Oficial da União, Brasília,
DF, 29 de outubro de 2019, p.1.

E-book intitulado “30 ANOS UNIDOS PELA DIVERSIDADE 1989-2019: mudando vidas,
construindo Conhecimento”, organizado pelos servidores: Vângela Maria Isidoro de
Morais; Júlia Faria Camargo; Inez de Fátima Brandão; Antônio Aparecido Giocondi;
Reginaldo Gomes de Oliveira; Luan Correia Cunha Santos.

102

Você também pode gostar