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Colégio Nossa Senhora do “Perpétuo Socorro”.

Diretora: Vera Lúcia Ferreira Santos.


Professora: Ingrid Lopes
Disciplina: Redação (8º ano)
Conteúdo: Revisão – (3ª avaliação)

REVISÃO: DOCUMENTÁRIO

Texto I
https://www.youtube.com/watch?v=TpWPXQw3NEc&t=21s

Texto II
https://www.youtube.com/watch?v=8n4f_81FjZU&t=147s

Texto III
DOCUMENTÁRIO MOSTRA VIDA E OBRA DO ARTISTA DE MANGÁ YOSHIHIRO TATSUMI
Colega de Tezuka, autor cunhou o termo 'gekiga' para suas HQs adultas. Longa em animação é baseado em
contos, biografia e desenhos do autor.

Cena da animação "Tatsumi", destaque da mostra Un Certain Regard. (Foto: Divulgação)

Um documentário sobre a vida e obra de Yoshihiro Tatsumi, um dos mais importantes artistas de
mangá do Japão, teve sua première mundial na noite desta terça-feira (17) em Cannes. O filme é parte da
mostra competitiva Un Certain Regard.
Dirigido por Erik Khoo, "Tatsumi" usa os próprios desenhos do artista para criar uma adaptação
animada de cinco de suas histórias, além de sua própria biografia, contada na recém-lançada "A drifting
life".
Discípulo e colega de Osamu Tezuka, considerado "o deus do mangá" no Japão, Tatsumi nasceu em
Osaka e começou a criar suas HQs ainda adolescente. Em 1957, cunhou a expressão "gekiga" para descrever
seus mangás, que inovaram ao abordar temáticas adultas e realistas.
"Hell", conto que abre o filme, é ambientado em Hiroshima, logo após a explosão da bomba atômica e
conta a história de um fotógrafo que registrou a sombra de um garoto e sua mãe antes de serem eliminados
pela hecatombe nuclear.
Com 75 anos de idade e ainda em atividade, Yoshihiro Tatsumi também dublou alguns trechos da
animação. Ao lado do diretor nascido em Cingapura - que já esteve no festival por diversas vezes, incluindo
em 2008 quando apresentou "My magic" -, o artista de mangá também compareceu à sessão do filme e
afirmou que o assistiu pela primeira vez em Cannes.
"Tatsumi" ainda não tem estreia prevista no Brasil. De sua obra, a editora Zarabatana já publicou no país
o mangá "Mulheres", uma coleção de histórias de personagens femininas.
https://www.portaldarte.com.br/noticias/documentariomanga.html

RELEMBRANDO O GÊNERO DOCUMENTÁRIO

• Documentário é uma produção artística não-ficcional, que se caracteriza principalmente pelo


compromisso da exploração da realidade.
• O documentário é um produto audiovisual, ou seja, é um produto de comunicação formado por
imagens com impressão de movimento acompanhadas de som sincronizado.
• O documentário é um gênero informativo que se preocupa em dar voz a outras vozes.
• Os responsáveis pela produção fazem uma interpretação do mundo com base no depoimento de
pessoas reais e das histórias que elas contam.
• Para produzi-lo, é importante que se faça uma ampla pesquisa do tema a ser abordado, seguida da
coleta de dados (por meio de entrevistas e da reunião de documentos, de fatos e de dados
concretos).
• A linguagem empregada nos documentários é cinematográfica, dinâmica e, frequentemente,
dramática, com a intenção de dar significado à voz do locutor.
• O roteiro fundamental para a composição de um documentário. Um roteiro nada mais é do que
um documento, um guia contendo (basicamente) as cenas e diálogos de um filme ou qualquer
outro produto audiovisual.
• O roteiro de um documentário é construído de forma processual, ou seja, pode sofrer adaptações
durante sua produção.

Estrutura de um documentário

Início: apresentação do tema e das pessoas envolvidas, de forma a contextualizar a situação exposta.
Meio: aprofundamento das informações por meio de depoimentos variados das pessoas envolvidas e de
cenas relacionadas ao fato retratado.
Fim: apresentação do resultado do conflito, propostas de solução para possíveis problemas ou convite à
reflexão sobre o assunto.
REVISÃO: REPORTAGEM DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

EMOÇÕES FACILITAM O ARMAZENAMENTO DE MEMÓRIAS DURADOURAS

Processo acontece durante o sono, por isso dormir bem é essencial. Memórias ligadas ao medo são mais
fortes que as prazerosas

A pandemia do coronavírus e os longos meses de distanciamento social geraram consequências


desastrosas para o sono e a saúde. Um estudo recente do Instituto do Cérebro do Rio Grande do Sul (InsCer)
apontou que 69,8% dos adultos declararam ter algum distúrbio do sono. Antes da pandemia, para se ter uma
comparação, a média era de 30%. Isso preocupa os especialistas, uma vez que o sono e as emoções são
cruciais para o processo de aprendizado e memória.
A neurocientista Gabrielle Girardeau, do Instituto Francês de Pesquisas Médicas (Inserm), é uma das
que se dedica ao estudo da área. “Toda memória é um pouco emocional, porque guardaremos a longo prazo
aquilo que gerou emoções, sejam positivas ou negativas”, diz. Isso acontece devido à comunicação entre a
amígdala e o hipocampo – que integram o sistema límbico, uma espécie de centro regulador das emoções.
Um dos enigmas na comunicação entre a amígdala e o hipocampo é saber se a atividade neuronal é
semelhante quando em ação ou dormindo. Para desvendar essa questão foi feito o registro da atividade
elétrica dos neurônios em camundongos. A publicação da equipe francesa na revista Current Opinion in
Physiology revela uma reativação coordenada muito forte entre o hipocampo e a amígdala, sugestivo de que
esse diálogo durante o sono recapitula o que aconteceu durante o aprendizado. “É como se durante o sono
assistíssemos a um filme do que vimos durante o dia”, comenta Gabrielle.

Medo fica mais gravado na memória

Não é novidade para a neurociência que o sono é muito importante para o hipocampo e a memória
episódica, mas a novidade é que esse também é o caso associando uma memória emocional.
O componente emocional tem um peso enorme e facilita a formação e consolidação de memórias de
longa duração nas situações prazerosas. No entanto, as emoções associadas ao medo têm mais relevância,
por envolverem relações de sobrevivência e risco. “Há uma construção na arquitetura cerebral dizendo “não
vá colocar em risco sua sobrevivência”, por isso o sistema é muito mais protetor no sentido das emoções
aversivas”, explica Guilherme Lucas de Araújo, neurocientista do Departamento de Fisiologia da Faculdade
de Medicina de Ribeirão Preto da USP.
As memórias relacionadas ao medo são extremamente importantes e são evocadas em circunstância
de ameaça – o cérebro faz um rápido inventário de tudo aquilo que uma vez causou medo e suas
consequências – para lidar com a situação de forma mais segura e estratégica. “A emoção em contextos
aversivos tem um papel fundamental de sobrevivência e por isso as memórias de situações aversivas são
construídas com circuitos muito precisos”, comenta Guilherme.
Compreender as bases neurais da memória emocional normal é importante também para entender o
que acontece quando esse tipo de memória é perturbado, como ocorre na desordem do estresse pós-
traumático, alvo de interesse de muitos pesquisadores. Entretanto, há um longo caminho de estudos pela
frente.
O estresse é um dos piores inimigos da memória, porém alguns tipos de estresse são importantes para
desenvolver capacidades cognitivas como atenção, foco, tomada de decisões e defesa.
No caso do estresse pós-traumático trata-se de uma memória que ocorre num momento em que não
há risco, e ainda assim causa desgaste e sofrimento enormes. “É uma patologia na qual o circuito formado
por uma experiência aversiva muito intensa e muito significativa é evocado de forma recorrente”, salienta
Guilherme.
Sono influencia na retenção de memórias

Apesar de sono e neuroplasticidade – habilidade de reorganizar os neurônios e os seus circuitos e


formar novos neurônios (neurogênese) – serem essenciais para a formação e consolidação de memória, a
ligação entre eles não é bem compreendida. Em um artigo na revista Scientific Report pesquisadores
observaram que camundongos que tiveram a capacidade de neurogênese suprimida apresentavam também
sono alterado e problemas de memória. Isso porque é durante o sono que as memórias são consolidadas.
Quando uma vivência é forte o suficiente para consolidar uma informação tem início um processo
para formar sinapses e circuitos neurais que não existiam antes, e o cérebro muda fisicamente. “Por causa da
construção física das memórias é que não existe um único cérebro igual ao do outro – a memória nos dá
identidade. Daí a importância de estudar e saber como ela se forma, se podemos melhorar”, diz Guilherme.
A compreensão da relação entre neuroplasticidade e sono é muito importante para abordagens
preventivas, uma vez que os distúrbios do sono são mais frequentes durante o envelhecimento, e também são
um sintoma comum em estágios precoces de doenças neurodegenerativas.

Prejuízos da falta de sono para a memória

“Em alguns casos, a pessoa não dorme bem por muitos anos e, consequentemente, tem dificuldade
enorme de se concentrar, então sua memória é mais prejudicada”, comenta Débora Cristina Hipólide, do
Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que pesquisa os prejuízos
que a falta de sono causa na formação e consolidação de memória.
“Conforme aumenta a idade, ou há alguma doença ou uma condição de estresse como essa que
vivemos com a pandemia, perdemos o sono, e a questão da higiene do sono nunca foi tão importante quanto
agora”, diz. Assim, é necessária a mudança de hábitos que dificultam ou impedem de se ter uma noite de
sono tranquila e reparadora, tais como o uso de eletrônicos e alimentação pesada antes de dormir.
Não se sabe se voltar a dormir normalmente após longos períodos de privação de sono é suficiente
para correr atrás do tempo perdido na geração de novos neurônios. Pesquisadores apontam que a privação de
sono prejudica a neurogênese em ratos, mas a neurociência ainda não sabe se esse fenômeno é pontual ou
permanente, se pode ser revertido com o tempo ou mesmo o quanto afeta outras funções do cérebro.
“Estamos pesquisando esse ponto. Creio que o organismo recupere o tempo perdido de sono, o problema é
quando essa privação se torna crônica”, finaliza Débora.
Disponível em: https://www.comciencia.br/memorias-ligadas-ao-medo-sao-mais-fortes-que-as-prazerosas/

RELEMBRANDO O GÊNERO REPORTAGEM DE DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA

O objetivo principal da reportagem de divulgação científica é divulgar um estudo científico


empregando uma linguagem clara, direta, objetiva e acessível ao público leigo.
Escritas por jornalistas e geralmente publicadas em revistas e sites especializados, as reportagens de
divulgação científica apresentam estrutura complexa, uma vez que demandam investigação e pesquisas que
as sustentem. Ainda que não exista uma estrutura definida para sua composição, alguns elementos são
comumente encontrados. São eles:
•Título: conciso, objetivo e chamativo, tem a função de atrair a atenção do leitor.
•Linha fina: subtítulo com informações adicionais sobre o assunto abordado.
•Lide: assim como nas notícias, algumas reportagens usam esse recurso. É o parágrafo inicial do texto
jornalístico, que responde às perguntas básicas: O quê? Quem? Quando? Onde? Como? Por quê? Essa
escolha, no entanto, é opcional, pois o jornalista pode optar por outras formas de começar o texto e
responder a essas perguntas no desenvolvimento da matéria. O que importa, de fato, é iniciá-lo de forma
interessante, de modo a atrair a atenção do leitor logo nas primeiras linhas.
•Recursos gráficos: tabelas, ilustrações, gráficos e infográficos, entre outras opções, deixam o texto
mais dinâmico e atraente, além de serem excelentes formas de sintetizar e aprofundar o conteúdo do
texto, facilitando a assimilação por parte dos leitores.
No corpo da reportagem, é desenvolvido o assunto em questão. Como o objetivo é divulgar uma
informação científica, é comum encontrar, nos parágrafos centrais do texto, os seguintes elementos:
Citações: trechos de entrevistas e depoimentos de especialistas costumam ser transcritos pelo jornalista
como forma de garantir a impessoalidade e dar credibilidade ao conteúdo. Há dois tipos de citação: direta e
indireta:
Vocabulário técnico: ainda que esse tipo de texto seja direcionado a um público com interesse no
desenvolvimento das ciências, os leitores são, em geral, leigos, ou seja, não são especialistas no tema. Dessa
forma, os termos técnicos – muitas vezes essenciais para descrever fatos científicos – devem ser empregados
com cautela e vir sempre acompanhados de breve explicação.
Referências a fontes e dados de pesquisa: assim como as citações, a inserção das referências contribui
para aumentar a credibilidade da reportagem de divulgação científica. Isso também permite que o
leitor consulte a pesquisa original, caso deseje se aprofundar.

REVISÃO: MEME
• O meme, como você já deve saber, é um fenômeno típico da internet.
• Ele pode ser apresentado em diversas combinações de linguagem verbal e não verbal, em imagens
estáticas ou animadas, referindo-se a qualquer informação que se propague no meio virtual.
• Normalmente, eles têm vida curta, pois estão atrelados ao recorte de um fato noticiado ou são criados
para ilustrar um momento específico. No entanto, podem sobreviver devido à sua capacidade de
adaptação e de viralização, isto é, os memes podem ser modificados dependendo da situação que se
pretende ironizar, o que faz com que sua capacidade de multiplicação seja infinita.
• Nem toda imagem engraçada é um meme. Para que as imagens sejam consideradas exemplos desse
gênero, elas não podem ser uma brincadeira isolada, ou seja, é preciso que haja replicação de um
modelo, adaptado a diferentes contextos, remodelado de acordo com o objetivo da mensagem e
repostado por diferentes pessoas.
• Mais do que produzir humor, os memes podem desempenhar uma importante função social,
auxiliando no questionamento de estereótipos, promovendo identificações e combatendo
preconceitos.
• Por utilizarem bastante a ironia – recurso em que se afirma o contrário do que se quer dizer –, os
memes podem constituir um importante instrumento de crítica.
• Por outro lado, é importante notar que a liberdade de expressão permitida na composição dos textos
não pode ser confundida com o discurso do ódio, situação em que o objetivo de conscientização se
perderia, tornando o meme uma forma de ataque a determinados grupos, e não de combate a
comportamentos indesejáveis.
• Lembre-se de que, apesar desse caráter humorístico e da capacidade de exercer grande papel social, o
meme ainda é um gênero breve e superficial no que diz respeito à transmissão da informação. Por
mais que seja utilizado para criticar e se colocar contra injustiças, ainda é necessário se aprofundar
nos assuntos e debates em defesa da igualdade que o meme propõe.

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