O documento resume uma resenha sobre o filme "Quem foi que disse: Sobre a vida e o viver". O filme é analisado como uma experiência de "cinema aula" que explora conceitos de vida e linguagem de forma educativa através de elementos documentais e ficcionais. A obra é contextualizada como resultado de uma disciplina universitária e caracterizada como uma aula que proporciona uma vivência do processo de construção do conhecimento.
O documento resume uma resenha sobre o filme "Quem foi que disse: Sobre a vida e o viver". O filme é analisado como uma experiência de "cinema aula" que explora conceitos de vida e linguagem de forma educativa através de elementos documentais e ficcionais. A obra é contextualizada como resultado de uma disciplina universitária e caracterizada como uma aula que proporciona uma vivência do processo de construção do conhecimento.
O documento resume uma resenha sobre o filme "Quem foi que disse: Sobre a vida e o viver". O filme é analisado como uma experiência de "cinema aula" que explora conceitos de vida e linguagem de forma educativa através de elementos documentais e ficcionais. A obra é contextualizada como resultado de uma disciplina universitária e caracterizada como uma aula que proporciona uma vivência do processo de construção do conhecimento.
**Resenha: "Quem foi que disse: Sobre a vida e o viver" - Uma Jornada
Cinematográfica e Epistemológica**
O ensaio em análise mergulha nas profundezas do filme "Quem foi que
disse: Sobre a vida e o viver", dirigido por Luiz Antonio Botelho Andrade, oferecendo uma visão única e multifacetada ao enquadrá-lo na categoria de "cinema aula". Nesse contexto, a obra é apresentada não apenas como uma narrativa cinematográfica, mas como uma experiência de prática-teórica que envolve a construção, reconstrução e celebração do conhecimento.
A análise se desdobra na compreensão ontológica, epistemológica e
pedagógica do filme. O documentário é considerado uma investigação de um tema de interesse (ontologia), trabalhando os elementos do problema para que revelem o que guardam (epistemologia) e constituindo uma experiência coletiva de construção-reconstrução-celebração do conhecimento (pedagogia). Essa abordagem tríplice oferece um quadro abrangente da natureza do filme como uma entidade que vai além da mera narrativa cinematográfica.
A incursão na "docuficção" como gênero destaca a hibridez entre
documentário e ficção, explorada de maneira aprofundada ao longo da narrativa. A temática central envolve o conceito biológico de vida, interligado a uma reflexão sobre linguagem, à luz da perspectiva de Humberto Maturana. A escolha de abordar tais conceitos reforça a intenção educativa da obra.
A ideia de "Cinema Aula" emerge como uma categoria de análise que
busca valorizar os elementos criativos e inovadores da experiência de fazer cinema no contexto universitário. O filme é contextualizado como resultado da disciplina "Cinema Ciência Ensino", ministrada no Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense (UFF), o que adiciona camadas adicionais de significado à obra.
A resistência à rotulação simplista do filme como "educativo" é evidente,
com o autor argumentando que todo cinema é permeado por valores, crenças e visões de mundo. A importância da linguagem cinematográfica como um instrumento de prazer para o espectador é ressaltada, citando a perspectiva de Jean Rouch, produtor de documentários antropológicos.
A discussão sobre "Docuficção" é enriquecida pela perspectiva da
História Cultural, que propõe que todo filme tem um caráter documentarista, reconstruindo a realidade de acordo com um referencial específico. A dicotomia entre forma e conteúdo no cinema é explorada, sublinhando a relevância da linguagem na subversão do real.
A "Cinema Aula" é mais profundamente explorada como uma
experiência de prática teórica, envolvendo pesquisa ativa, reconstrução do objeto na experiência e celebração coletiva do conhecimento. O filme é caracterizado como uma aula que não apenas busca ensinar, mas proporciona uma vivência do processo dialético de construção-reconstrução-celebração do conhecimento.
A conclusão destaca a capacidade única do filme de transcender a
classificação simplista de gêneros cinematográficos, mantendo-se polissêmico sem se tornar um híbrido confuso. A caracterização precária dos tempos retratados é interpretada como uma escolha consciente, contribuindo para a abordagem única da obra. A ênfase na perspectiva da criação cinematográfica e a provocação sobre a audiência encerram a resenha, sublinhando a gratificação de estar diante de uma obra que não é meramente educativa, mas invariavelmente proporciona aprendizado.