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Bioquímica da estrutura dental

Composição química dos dentes →Esmalte: sólido poroso;

→Os dentes são unidades estruturais da →Porosidade do esmalte:


dentição: decídua ou permanente;
→Facilita a difusão de ácidos para o interior
→Tecidos duros: esmalte, dentina e cemento; do esmalte: induzir a desmineralização;

→Tecidos moles: polpa dental; →Difusão de íons de cálcio, fosfato e


fluoreto através do esmalte: revertera
→Esmalte e a dentina são os principais tecidos
desmineralização provocada;
mineralizados que compõem os dentes;
→Composto de sais de cálcio e fosfato:
→Cemento: estrutura de suporte, servindo
predomina a hidroxiapatita (HA);
como ligação entre a superfície radicular e o
ligamento periodontal; →Os cristais de HÁ estão constituídos por
pequenas unidades: células unitárias;

Composição inorgânica do dente

●Composto de sais de cálcio e fosfato:


predominam na hidroxiapatita (HA);

Esmalte dental:
→Os cristais de HA estão constituídos por
→Tecido acelular altamente mineralizado que pequenas unidades: células unitárias;
cobre a superfície externa dos dentes, sendo a
→Os cristais de HA:
estrutura mais dura do corpo humano;
→Longos e finos no esmalte (1mm x 50nm x
→Composto principalmente por material
25nm)
MARIA LUIZA MENDONÇA

inorgânico;
→Menores na dentina e no cemento (100 x
30 x 5nm)

→O tamanho dos cristais determina sua área


de superfície em cada tecido: reatividade dos
cristais com os elementos como o F- (fluoreto);
→Água e matéria orgânica correspondem a
→Nos dentes, os cristais não se encontram
5% da composição do esmalte em peso;
como HA pura: sofre modificações pela
incorporação, durante a mineralização pré- refletindo os diferentes mecanismos de
eruptiva, de outros íons, tais como F-, incorporação dos íons nessas estruturas;
carbonato, magnésio e sódio;
→Esmalte: concentração de fluoreto é maior
→Principais elementos químicos encontrados na superfície externa e menor no seu interior;
são: cálcio, fosfato e carbonato;
→Dentina: concentração de fluoreto é maior
na junção amelodentinária e na superfície
pulpar;

→Cemento: concentração de fluoreto é maior


do que na dentina radicular;

●Mineral dental formado pré-eruptivamente:


→Diferenças na distribuição dos elementos
apatita carbonatada fluoretada;
secundários ao longo da estrutura dos tecidos
mineralizados dentais, leva a variações nas
concentrações no fluido tissular e na atividade
metabólica das células formadoras desses
tecidos durante o processo de desenvolvimento →Fluoreto quando no centro do cristal: 5 a
dos dentes; 10% - é chamado de apatita fluoretada;

→Elementos continuam se incorporando nos →Diminui a distância entre as células unitária


dentes mediante o processo de troca iônica localizadas abaixo e acima desta – deixando o
durante o período pré-eruptivo – assim os cristal mais estável, dificultando a
dentes ficam em contato com os líquidos desmineralização;
teciduais; →Cristais têm um diâmetro maior do que a
→Pós-eruptivamente: as reações de troca apatita não fluoretada;
iônica no esmalte, como reestruturação por →Nos tecidos mineralizado dentais, existem
dissolução e reprecipitação de novos minerais, dois tipos de água: água de hidratação (água
acontecem constantemente; frouxamente ligada) e água semicristalina (água
→Íons que se incorporam no esmalte pós- fortemente ligada);
eruptivamente: são localizados na saliva e de →Água de hidratação: ligada a matéria
MARIA LUIZA MENDONÇA

alimentos e bebidas; orgânica, promove a difusão de íons pelo


→Íons no plasma podem se incorporar na esmalte nos dois sentidos, saída e entrada;
dentina – presentes na superfície pulpar e no →Água semicristalina: forma uma camada de
cemento por meio do ligamento periodontal; hidratação ao redor dos cristais, servindo como
→Exemplo de variações: depende do gradiente ligação para o hidrogênio;
de distribuição do íon fluoreto ao longo da →Organização dos cristais nos tecidos
estrutura do esmalte, da dentina e do cemento, mineralizado dentais:
→Esmalte: cristais se agrupam formando →Dentina: aproximadamente 20% do seu peso
primas, uma estrutura com formato de hastes corresponde a material orgânico e no cemento
que o atravessa initerruptamente ao longo da essa porcentagem é de 25%;
sua espessura, perpendicularmente a superfície
→Principal componente orgânico da dentina e
dental, nos primas os cristais esta orientados
do cemento são as fibras de colágeno,
paralelamente ao seu eixo longitudinal na
maioritariamente do tipo I (18%), com algumas
cabeça do prisma, ao passo que, na cauda, os
fibras de colágeno tipos III e IV;
cristais tem diferentes orientações e inclinações;
→O colágeno tipo I: formam o esqueleto
→Dentina e no cemento: os cristais têm estrutural desses tecidos;
menores níveis de organização cristalina, os
quais estão orientados paralelamente ao eixo Propriedades físico-químicas dos dentes:
longitudinal das fibras de colágeno;
Densidade
Composição orgânica dos dentes
→O esmalte é um sólido microporoso,
→O esmalte contém proteínas e peptídeos composto por cristais de apatita rodeados de
solúveis e insolúveis: participando do água e matéria orgânica, com densidade de 2,9
desenvolvimento do esmalte, são processadas a 3 g/cm3;
durante a amelogênese;
→A dentina e o cemento, com menor
→Peptídeos oriundos da degradação das conteúdo mineral, têm menor densidade do
proteínas amelogenina e enamelina por enzimas que o esmalte: 2,14 e 2,03g/cm3,
proteolíticas durante a maturação do esmalte; respectivamente;
→Os principais aminoácidos na fração de Permeabilidade
proteínas solúveis pertencem á amelogenina:
prolina, glicina, ácido glutâmico e ácido →Determinada pelo conteúdo orgânico e de
aspártico; água, que forma uma matriz entre os cristais
de apatita através da qual vão se difundir íons e
→Os aminoácidos na fração de proteínas moléculas solúveis;
insolúveis, como a enamelina: prolina, glutamina,
histidina e leucina; →Esmalte: membrana semipermeável,
limitando a passagem de água, íons e moléculas
MARIA LUIZA MENDONÇA

→Esmalte contém hidroxiprolina, um de diferentes tamanhos através desse tecido;


aminoácido próprio do colágeno, indicando
contaminação por dentina na análise; →Dentina: altamente permeável, permitindo a
passagem de água, íons e moléculas de
→O esmalte contém lipídeos e citrato: diferentes tamanhos através dos
principalemente na superfície externas e perto prolongamentos odontoblásticos;
da junção amelodentinária;
→Difusão do fluoreto: em contato com a em relação a constante do produto de
superfície dental – íon pode se difundir através solubilidade (Kps) desse mineral;
do espaço interprismático, distribuir-se entre os
→Produto de atividade iônica (PAI) é igual ao
cristais nesse local e adsorver-se a sua
Kps (PAI=Kps), o GS é igual a 1;
superfície;
→Solução está saturada em relação a
→Difusão do fluoreto é dificultada pela sua
constante do produto de solubilidade (Kps)
reatividade: superfície externa do esmalte,
desse mineral - há equilíbrio entre o mineral
contribuindo para a maior concentração desse
sólido e os íons que o compõem dissolvidos em
íon nessa região do esmalte;
solução, não havendo perda nem ganho de
→Iodeto: difunde por todo o esmalte, atingindo mineral;
a polpa;
RESUMO: quando o grau de saturação de um
→Difusao: relacionada com o processo da cárie íon é igual a um, não vai haver
dental; desmineralização ou remineralização;

→Metabolismo de carboidratos pelas bactérias →Quando o GS for menor que 1: a solução


no biofilme dental, leva a produção de ácidos estará subsaturada em relação ao mineral;
que se difundem através do espaço
→Há menor quantidade de íons que
interprismático e entram em contato com a sua
superfície dos cristais de apatita; compõem o mineral dissolvidos na solução do
que no mineral sólido (PAI<Kps);
→Prismas do esmalte: cristais estão orientados
paralelamente ao seu eixo longitudinal na →Tendência é que os íons no mineral (do
cabeça do prisma – favorece a dente, por exemplo) se dissolvam, ocorrendo a
desmineralização ácida dos prismas na região demineralização;
central, mantendo o esmalte interprismático; →Solução estará supersaturada em relação ao
→Após a solubilização dos cristais: íons que os mineral – GS for > 1 (PAI>Kps);
compõem se difundem do interior ao exterior →Há maior quantidade de íons que
do esmalte através dos espaços
compõem o mineral dissolvidos na solução do
interprismáticos;
que no mineral sólido;
MARIA LUIZA MENDONÇA

Solubilidade
→Excesso de íons se precipitem sobre o
→Solubilidade – acidificação do meio ao redor mineral do dente, havendo a remineralização;
do mineral do dente ou na presença de →Mudanças no pH dos fluidos bucais alteram o
quelantes; seu grau de saturação com relação ao mineral
●Solubilidade ácida: do dente – atrelado a solubilidade dos minerais;

→Solubilidade de um mineral pouco solúvel: →Solubilidade do mineral do dente é


depende do grau de saturação (Gs) da solução inversamente proporcional ao pH do meio –
quando o pH do meio for menor (quando maior concentração de CO32- (carbonato) do que os
a concentração de íons hidrogênio – H+), maior cristais no esmalte;
solubilidade do mineral do dente e vice-versa;
→Fibras de colágeno da dentina e do cemento
→Condições fisiológicas de pH neutro – saliva e – metabolizadas pelas enzimas proteolíticas das
o fluido do biofilme tem maior concentração de bactérias no biofilme dental, expondo mais
cálcio e potássio (íons comuns da solubilidade cristais de apatita e facilitando a difusão dos
da hidroxiapatita) –os fluidos supersaturados ácidos ao longo da estrutura desses tecidos;
com relação ao mineral do dente;
→pH no qual a saliva deixa de ser saturada
→Maior concentração de hidrogênio no fluido com relação ao mineral da dentina é de
do biofilme – bactérias no biofilme produzem aproximadamente uma unidade maior que para
ácidos a partir do metabolismo dos carboidratos o esmalte (<6,5), explicando por que
fermentáveis da dieta, principalmente sacarose, determinados açúcares da dieta são
glicose e frutose; cariogênicos só para a dentina;

→Hidrogênio se associa com o fosfato e a ●Erosão dental esta relacionada a dissolução do


hidroxila do fluido do biofilme – gerando menor mineral do dente em ausência da película
concentração com esses íons; adquirida;

→Neutralização e a lavagem dos ácidos pela →Solubilidade: depende da concentração de


saliva – a queda de pH é revertida e maior cálcio e fosfato na bebida ou no alimento com
aumento do pH; potencial erosivo, mesmo que o pH dela seja
menor que o crítico definido para esmalte ou
→Diminuição da concentração do próton de
dentina;
hidrogênio – fosfato e a hidroxila se dissociam
desses prótons, aumento do PAI e GS da →Grau de saturação do produto erosivo em
solução com relação ao mineral do dente; termos de PAI em relação a um mineral –
determinado pela concentração dos íons
→íons – disponibilizados para precipitar na
comuns da solubilidade da HA (cálcio e potassio)
superfície do esmalte como HA naqueles
e do pH – não há um pH critico fixo que sejam
lugares onde houve perda de minerais –
desenvolvidas lesões erosivas;
revertendo parcialmente a desmineralização
provocada – leva a remineralização salivar do →Potencial erosivo de um produto ácido – GS
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esmalte e da dentina; associado a sua capacidade tampão;

→pH crítico – pH abaixo do qual a saliva deixa →Sistemas tampão – evitam variações bruscas
de ser saturada com relação a HA é < 5,5, o no pH da solução pela entrada de H+ ou OH-
meio se torna subsaturado com relação a HA, no sistema que no caso dos produtos ácidos, o
levando a dissolução desses cristais; pH baixo que favorece a dissolução do mineral
do dente;
→Dentina e no cemento: cristais tem menor
tamanho, menor nível de organização e maior
●Composição do mineral dental: concentração desse íon na solução – solução
estará subsaturada com relação ao mineral
→Fluoreto de incorpora no mineral do dente –
dental, e haverá uma dissolução do mineral ate
cristal vai ser menos solúvel e mais resistente a
atingir o equilíbrio;
uma futura desmineralização;
→Eficiência desmineralizante do EDTA –
→Carbonato na apatita faz os cristais serem
dependerá do seu pH, da concentração, da
mais solúveis – dentina, o cemento e o esmalte
temperatura e do tempo de contato;
dos dentes decíduos, tem lesões de cárie que
progridem mais rapidamente, ou seja, são mais →pH – eficiência (5 e 6) e menor pH é menor
suscetíveis a essa doença; do que 5 e maior do que 6, o EDTA perde a
eficiência;
→Tecido cariado – tem menos carbonato e
magnésio do que o tecido sadio adjacente – →Maior eficiência desmineralizante –
minerais com esses elementos são mais relacionada a maior concentração de EDTA na
dissolvidos do que minerais a base de fosfato de solução e maior temperatura;
cálcio;
→Tempo – reação é instantânea, mas é
●Solubilidade quelante: autolimitante em função da quantidade de
moléculas de EDTA colocadas no canal radicular
→Quelante – molécula capaz de formar
com relação do excesso de cálcio da dentina –
complexos com cátions tais como o cálcio,
irrigar frenquentemente o canal com EDTA
alumínio e o magnésio;
será mais eficiente;
→Ácido etileno diamino tetra-acético (EDTA) é
Adsorção
um sal com capacidade quelante amplamente
utilizado em odontologia para a instrumentação →Esmalte: solido eletricamente negativo,
do canal radicular durante o tratamento porque os ions de fosfato da sua rede cristalina
endodôntico; predominam na superfície;
→EDTA forma complexos solúveis com o →Contato com a saliva – leva a liberação de
cálcio; ions cálcio se ligam eletrostaticamente ao
→EDTA – remove os íons de cálcio do meio fosfato, invertendo a polaridade e tornando o
– capacidade quelante do EDTA é equimolar, esmalte eletropositivo, com propriedade de
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isto é, cada molécula de cálcio do meio será adsorver moléculas com carga negativa;
quelada por uma EDTA, até saturar a solução; →Proteínas e peptídeos salivares com carga
→Solubilidade dos tecidos dentais – depende negativa terão maior facilidade de adsorção ao
do GS da solução com relação ao mineral esmalte;
dental;

→EDTA é adicionado nessa solução – forma


complexos com o cálcio, diminuindo assim a
→Proteger os tecidos dentais do desgastes
por fricção pela ação lubrificante;

→Prevenir o alargamento contínuo dos


dentes;

→Alguns componentes de produtos para


higiene bucal de natureza aniônica, como o
pirofosfato e o detergente Lauril Sulfato de
sódio (LSS), podem competir com as proteínas
da saliva pela superfície do esmalte, afetando a
formação da película adquirida;

Reatividade
→Camada de proteínas adsorvidas a superfície
do esmalte – leva a formação da película →Quando um fluoreto em alta concentração
adquirida do esmalte (PEC); (> 100 ppm F-) é aplicado na superfície dos
dentes – reação química entre o fluoreto e o
→Proteínas salivares: estaterina, histatina,
mineral do esmalte e da dentina, com formação
proteínas ricas em prolina (PRPs), cistatina,
de produtos de reação;
mucina, amilase e imunoglobulina A secretória;
→Produtos de reação do F- podem ser de
→Película adquirida se forma rapidamente após
dois tipos:
a exposição do esmalte dental a saliva, e, além
da carga negativa, a primeira camada de →(1) tipo fluoropatita (FA), que tem sido
proteínas adsorvidas se adsorve por seletividade também chamado de fluoreto fortemente
– posteriormente, outras proteínas se agregam ligado, fluoreto insolúvel ou F-in;
a essa primeira camada;
→(2) tipo fluoreto de cálcio (“CaF2”) que tem
→As funções dessa película adquirida são: sido também chamado de Fluoreto fracamente
ligado, fluoreto solúvel em álcali ou F- on;
→Proteger a superfície do esmalte, atuando
como uma membrana semipermeável dos →Quantidade dos produtor formado depende
ácidos na cavidade oral, protegendo-o da da concentração de F e do pH do veículo de
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erosão; aplicação – produto formado tipo CaF2;

→Influenciar a aderência de microrganismos; → “CaF2” fluoreto de cálcio – fracamente


ligado porque não é estável no meio bucal –
→Servir como substrato para os
dissolvido pela saliva;
microrganismos do biofilme dental;
→Chamado de reservatório de fluoreto
→Formar um reservatório de íons protetores, formado no esmalte e na dentina pela aplicação
como o fluoreto; profissional de flúor;
→Disponibiliza fluoreto para o fluido do biofilme
formado sobre o esmalte e a dentina,
controlando a desmineralização e promovendo
a remineralização dental;

Propriedades mecânicas

Dureza

→Dureza dos tecidos dentais – diretamente


proporcional ao conteúdo mineral dos dentes;

→Quanto mais duro for o dente, maior é seu →Aplicabilidade da dureza:


conteúdo mineral;
→Avaliar o potencial desmineralizante de uma
→Equipamento para a avaliação da dureza – solução no esmalte – após ser avaliada a
microdurômetro, o qual tem aclopado, por dureza inicial do esmalte, ele é submetido ao
exemplo, um penetrador de diamante do tipo desafio erosivo ou cariogênico; os valores de
Knoop ou Vickers. Pelo comprimento da dureza e o comprimento das endentações finais
endentação e a carga aplicada, mede-se a serão maiores do que os iniciais, indicando que
resistência dos materiais. Os dados obtido são o esmalte sofreu perda mineral;
expressos, como número de dureza Knoop,
→Avaliar o potencial remineralizante de um
em kg/mm2;
produto no esmalte cariado ou com erosão
→Esmalte – tecido acelular altamente inicial – valores de dureza e o comprimento das
mineralizado – dureza em torno de 320 a 350 endentações finais menores do que os iniciais,
kg/mm2; indicando que o esmalte ganhou mineral;
→Dentina e cemento – maior conteúdo
orgânico – dureza desses tecidos ser menor:
de 40 a 60kg/mm2;

→Analise de dureza: indicador laboratorial de


ganho ou perda de mineral que o dente sofre
MARIA LUIZA MENDONÇA

pelo processo de cárie ou erosão – quanto


maior endentação com relação a endentação
inicial (em esmalte ou dentina hígidos), o tecido
perdeu mineral – menor for a endentação, o
tecido ganhou mineral;

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